Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho (identificação profissional)

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<p>Fasul Educacional</p><p>Aluno(a): Isabel Cristina Paz Machado</p><p>Disciplina: Direito do Trabalho II</p><p>Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho (identificação profissional)</p><p>O modelo da CTPS segue as diretrizes estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Conforme estipulado na CLT, a posse da CTPS é obrigatória para a ocupação de qualquer emprego, independentemente de sua natureza, seja ela rural, temporária ou para aqueles que atuam por conta própria em atividades profissionais remuneradas.</p><p>Diante dessas informações, você, advogado recém-formado, se depara com o seguinte caso:</p><p>A HISTÓRIA DE MARILUA</p><p>Marilua dos Anjos não tem CTPS e afirma não ter qualquer documento de identificação. Para conseguir o emprego desejado, ela disse para sua colega de quarto, Líria de Deus, e seu namorado, José da Lua, que nunca teve documentos por sempre ter morado em área rural e tr pais em situação financeira precária.</p><p>Marilua solicitou que Líria e José confirmassem suas declarações para conseguir a CTPS. Porém, essas informações eram falsas. Mesmo assim, a moça conseguiu obter a Carteira e o emprego desejado.</p><p>Seis meses depois de já estar trabalhando, o empregador de Marilua convocou-a para testemunhar em um caso perante a Justiça do Trabalho, em uma ação trabalhista movida por seu ex-colega.</p><p>Antes de iniciar, a juíza solicitou um documento de identificação, e Marilua apresentou sua CTPS r seu Registro Geral (RG). Concluindo o depoimento, Marilua deixou seus documentos para trás, que foram entregues ao empregador, Joaquim. Enquanto aguardava os papéis para devolvê-los, Joaquim notou que o RG estava datado há mais de 10 anos, o que despertou sua atenção.</p><p>Ele se recordou de que a CTPS da funcionária continha uma declaração assinada por duas testemunhas afirmando que ela não possuía nenhum documento de identificação. Ao compará-los, Joaquim constatou uma discrepância no local de nascimento registrado no RG em relação ao que estava indicado na CTPS. Diante disso, ele levou a situação ao conhecimento de seu superior, que determinou a adoção das medidas necessárias.</p><p>Diante dessa situação, você é chamado para dar um parecer sobre o caso. A partir dos estudos sobre a identificação profissional, quais seriam as medidas adequadas para o caso concreto? Justifique a sua resposta.</p><p>Resposta:</p><p>Possíveis medida a serem tomadas são:</p><p>Demissão da funcionária: A empresa deve considerar a demissão de Marilua dos Anjos devido às informações falsas fornecidas durante o processo de contratação, o que configura uma violação da confiança do empregador e pode ser considerado justa causa para rescisão do contrato de trabalho, conforme o artigo 482 da CLT. É considerado, inclusive, crime com penas previstas no artigo 299 do Código Penal (CP), conforme disposto no artigo 49 da CLT. A autoridade policial deverá ser comunicada para adotar as medidas cabíveis.</p><p>Comunicação ao Ministério do Trabalho: A empresa deve comunicar o Ministério do Trabalho sobre a situação em que uma CTPS foi emitida com informações falsas para Marilua. Essa ação é importante para que as autoridades competentes estejam cientes do ocorrido e possam tomar as providências necessárias.</p><p>Justificativa para as medidas:</p><p>O artigo 49 da CLT estabelece que a falsificação de informações relacionadas à CTPS é considerada crime de falsidade, com penalidades previstas no artigo 299 do Código Penal. Isso abrange a falsa afirmação de identidade, filiação, local de nascimento, residência, profissão, estado civil e beneficiários, bem como o uso de documentos falsificados.</p><p>O artigo 50 da CLT determina que, se for comprovada a falsidade nas declarações para emissão da CTPS ou em suas anotações, o fato deve ser comunicado à autoridade que emitiu a carteira, a fim de tomar as medidas legais cabíveis.</p><p>Portanto, a demissão de Marilua e a comunicação ao Ministério do Trabalho são medidas coerentes com a legislação trabalhista e penal, visando à correção da irregularidade e à conformidade com as normas vigentes. Além disso, essas ações contribuem para a integridade do sistema de registro de emprego e para a prevenção de fraudes trabalhistas.</p>