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<p>DIETAS HOSPITALARES:</p><p>MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Dietoterapia</p><p>DIETOTERAPIA é o tratamento de determinadas doenças e/ou condições do indivíduo por meio de</p><p>alimentação adequada.</p><p>Adequação das dietas hospitalares ao paciente, de acordo com a prescrição do médico ou</p><p>nutricionista.</p><p>Modificações qualitativas ou quantitativas: consistência, temperatura, volume, valor calórico,</p><p>composição, nutrientes, entre outras.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Geral ou Livre</p><p>Indicação: indivíduos sem restrições alimentares, com mastigação e funções gastrointestinais</p><p>intactas.</p><p>Característica: Sem alteração de consistência ou composição, mantêm os grupos alimentares em</p><p>equilíbrio, alimentos variados e balanceados.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Branda</p><p>Indicação: Normalmente utilizada como transição da dieta pastosa para a dieta livre, em casos</p><p>de pós-cirúrgico ou com debilidade na mastigação, deglutição, motilidade gástrica e trato</p><p>digestório.</p><p>Característica: Consistência branda, com redução das fibras e resíduos (resíduos celulósicos e</p><p>tecidos conjuntivo abrandados por cocção e/ou subdivisão).</p><p>Alimentos Indicados: Frutas cozidas, sem casca, legumes cozidos, pães e biscoitos macios, bolos</p><p>úmidos, carnes e ovos bem cozidos.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Pastosa</p><p>Indicação: Em casos de disfagia, risco de engasgos, aspiração pulmonar, dentição comprometida,</p><p>doenças neurológicas ou outras alterações do trato gastrointestinal com contraindicação de dieta</p><p>líquida.</p><p>Característica: Consistência de papa e ação mecânica (picar, triturar, amassar). Sucos e bebidas</p><p>devem ser espessados.</p><p>Alimentos Indicados: purês, arroz papa, sopas cremosas, frutas batidas sem sementes, pastas de</p><p>queijos, carnes desfiadas ou trituradas, ovos mexidos, suflês, pudins, vitaminas, massas, mingau de</p><p>8 a 12%.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Líquida Pastosa</p><p>Indicação: Alimentos que não necessitam de mastigação, facilitando a deglutição para pacientes</p><p>com disfagia para líquidos finos.</p><p>Característica: Composta por líquidos grossos, com água e sucos espessados.</p><p>Alimentos Indicados: Vitamina de fruta, mingaus, iogurte, gelatina,</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Líquida Completa</p><p>Indicação: Pacientes com dificuldades no processo da mastigação, alguns casos de pré e pós</p><p>operatórios e preparação para alguns exames.</p><p>Característica: Hipocalórica, administrada a cada duas horas com volume de 200 a 300ml por</p><p>refeição, não deve ultrapassar mais que dois dias. Alimentos líquidos ou liquidificados.</p><p>Alimentos Indicados: Mingaus de 3% a 6%, sopas batidas e peneiradas, sucos coados, iogurte sem</p><p>pedaços, água de coco, feijão liquidificado.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto à consistência</p><p>Dieta Líquida Restrita</p><p>Indicação: Para pré e pós-operatórios com objetivo de hidratação e preparação para alguns exames</p><p>( colonoscopia)</p><p>Característica: Administrada a cada duas horas, com volume de 200 a 300ml por refeição, não deve</p><p>ultrapassar mais que dois dias. Alimentos líquidos ou liquidificados com mínimo resíduo, líquidos</p><p>claros e coados, sem fibras.</p><p>Alimentos Indicados: chás, bebidas carbonatadas, caldos de cozimento de legumes e carnes</p><p>coados, sucos coados, gelatina, água de coco.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto aos nutrientes:</p><p>Hipolipídica</p><p>Indicação de restrição de lipídios por má absorção ou outras patologias, oferecer em média 15% de</p><p>lipídios, optando por gorduras poli-insaturada ou monoinsaturada, retirar gordura de adição e</p><p>utilizar estratégias de substituição. Priorizar alimentos cozidos, grelhados ou assados, substituir</p><p>creme de leite, por creme de leite light, substituir manteiga por ricota, etc.</p><p>Alimentos indicados: óleos de grãos em pequenas quantidades, castanhas, azeite de oliva, queijos</p><p>magros, leite desnatado, carnes sem pele e sem gordura, pães e bolos sem recheio.</p><p>*em casos com maior restrição, na dieta Alipídica não utilizam os óleos para maior redução de</p><p>gordura.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto aos nutrientes:</p><p>Hiperproteica</p><p>Nos distúrbios catabólicos ou hipermetabólicos, como câncer, queimaduras, desnutrição proteica,</p><p>infecções, feridas, estresse metabólico, a maior oferta de proteínas é feita através da concentração</p><p>das preparações e alimentos de alto valor biológico como os de origem animal.</p><p>Alimentos indicados: mingaus, bebidas enriquecidas, suplementos proteicos, fórmulas e alimentos</p><p>ricos em proteínas.</p><p>*para evitar sobrecarga renal, aumentar ingestão de líquidos.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto aos nutrientes:</p><p>Hipoproteica</p><p>Baixo teor de proteínas, necessário em casos de insuficiência renal e hepática.</p><p>Alimentos indicados: utilizar fontes de proteína de baixo valor biológico como leguminosas e</p><p>adequar a oferta calórica com lipídios e carboidratos, sucos de frutas, frutas, vegetais, farinhas,</p><p>tubérculos e óleos vegetais.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto aos nutrientes:</p><p>Hipossódica</p><p>Baixo teor de sódio, em casos de hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais ou</p><p>edemas. Reduzir gradualmente o sódio para adaptação e retirar da dieta alimentos com alto teor de</p><p>sódio como industrializados, enlatados, embutidos, processados e ultraprocessados.</p><p>Alimentos indicados: sal light, temperos a base de ervas e especiarias, hortaliças, legumes, frutas,</p><p>carnes frescas.</p><p>*Hipossódica permite ¼ colher de chá de sal por dia na dieta de 2g e ½ colher de chá de sal na dieta</p><p>de 4g de sódio e retira alimentos com alto teor de sódio</p><p>* Assódica no máximo 1g de sódio, sem sal de adição nas preparações, retirada total de alimentos</p><p>que contenham sal. .</p><p>Restrições mais rígidas podem limitar a 500mg de sódio, ou seja, nenhum sal de adição e restrição</p><p>total de alimentos com teor moderado e alto de sódio, inclusive alguns vegetais.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Modificações quanto aos nutrientes:</p><p>Hipocalêmica</p><p>Redução de potássio em alguns casos de diabetes, doença cardíaca grave, insuficiência renal</p><p>crônica e hemodiálise.</p><p>Alimentos fontes de potássio devem ser sempre cozidos, deixando o alimento de (re)molho antes</p><p>do cozimento e trocar a água durante a preparação.</p><p>Evitar alimentos com alto teor de potássio como água de coco, castanhas, espinafre, abobrinha,</p><p>batata, feijão, lentilha, beterraba, chuchu, chocolate, chicória, tomate, melçao, maracujá, laranja,</p><p>ameia, amora, mamão, figo, uva, abacate, banana e damasco.</p><p>Alimentos indicados: pães brancos, macarrão, arroz, broto de feijão, manteiga, requeijão, limão,</p><p>maracujá, melancia, jabuticaba, mel, brócolis, pimentão e alimentos cozidos.</p><p>DIETAS HOSPITALARES: MODIFICAÇÕES E CLASSIFICAÇÕES</p><p>Exemplos de dietas com modificações quanto aos componentes:</p><p>• Isenta de Lactose</p><p>• Isenta de Glúten</p><p>• Obstipante</p><p>• Laxativa</p><p>• AntiFermentativa</p><p>• Sem irritantes gástricos</p><p>A escolha do tipo de dieta a ser utilizada e a adequada nutrição do paciente não é somente</p><p>responsabilidade do profissional nutricionista, mas sim da Equipe Multidisciplinar de Terapia</p><p>Nutricional (EMTN). A integração entre esses profissionais torna o atendimento ao paciente muito</p><p>mais efetivo, visto que ainda há defasagem de conhecimentos interdisciplinares em muitos</p><p>profissionais, torna-se ainda mais importante esse conteúdo.</p><p>Obrigada!</p><p>Natália M.S.Ribeiro</p><p>prof.nataliaribeiro@unyleya.edu.br</p><p>Slide 1</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p>