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<p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>1</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>2</p><p>Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos</p><p>TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua</p><p>aprovação.</p><p>Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas</p><p>na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:</p><p>Material Data</p><p>Rodada 01 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 02 12/02</p><p>Rodada 03 16/02</p><p>Rodada 04 23/02</p><p>Rodada 05 02/03</p><p>Rodada 06 09/03</p><p>Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS</p><p>RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.</p><p>Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,</p><p>muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no</p><p>resultado final.</p><p>Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.</p><p>Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada</p><p>uma das dicas.</p><p>Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas</p><p>para: atendimento@pensarconcursos.com</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>3</p><p>ÍNDICE</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4</p><p>CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 13</p><p>ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 17</p><p>LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30</p><p>NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 39</p><p>NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 47</p><p>NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 56</p><p>RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 62</p><p>INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>4</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>DICA 01</p><p>PARA FACILITAR...</p><p>⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.</p><p>⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.</p><p>⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como</p><p>substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,</p><p>conjunção, interjeição.</p><p>⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período.</p><p>Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal.</p><p>DICA 02</p><p>DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES</p><p>DE LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência</p><p>(ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM</p><p>TRAÇOS COMUNS.</p><p>CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em</p><p>evidência os elementos de destaque.</p><p>COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com</p><p>argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura.</p><p>CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar</p><p>traços diferenciados , pontos adversos.</p><p>DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os</p><p>elementos.</p><p>ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com</p><p>base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do</p><p>assunto abordado.</p><p>EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar</p><p>com palavras de quem escreve, basear-se no texto.</p><p>EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões</p><p>(porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto.</p><p>DICA 03</p><p>ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?</p><p>- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.</p><p>-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.</p><p>- NÃO ABORDAM o texto!</p><p>- CONTRADIZEM o texto.</p><p>- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade!</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>5</p><p>DICA 04</p><p>*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando:</p><p>1. Generaliza;</p><p>2. Extrapola;</p><p>3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.</p><p>*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando:</p><p>1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;</p><p>2. Literalidade, usando sinônimos;</p><p>3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.</p><p>DICA 05</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:</p><p></p><p>* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO.</p><p>* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE.</p><p>* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que</p><p>foi pedido na questão.</p><p>DICA 06</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:</p><p></p><p>* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO</p><p>TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa.</p><p>Porém sempre com uma leitura dirigida.</p><p>* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com</p><p>palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO.</p><p>DICA 07</p><p>INTERPRETAÇÃO DE TEXTO</p><p>IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma</p><p>IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO,</p><p>OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO.</p><p>Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM</p><p>ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação.</p><p>DICA 08</p><p>DIFERENCIAÇÃO ENTRE:</p><p>COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito.</p><p>INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>6</p><p>DICA 09</p><p>HOMONÍMIA</p><p>→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia.</p><p>→ divide-se em:</p><p>- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia.</p><p>- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia.</p><p>*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente:</p><p>Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO)</p><p>*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas:</p><p>Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo)</p><p>*Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM</p><p>SIGNIFICADOS DIFERENTES.</p><p>Ex.: MANGA!</p><p>Eu amo manga (fruta)</p><p>A manga da blusa está molhada (parte da roupa)</p><p>Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo</p><p>Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio</p><p>QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!</p><p>... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas</p><p>sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão.</p><p>E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA!</p><p>Muita atenção em sua prova!</p><p>DICA 10</p><p>PARONÍMIA</p><p>→ consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS</p><p>DIFERENTES!</p><p>Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo)</p><p>Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto</p><p>seria IMINENTE!</p><p>DICA 11</p><p>Homônimos e Parônimos</p><p>*Alguns exemplos:</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>→ agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como</p><p>um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um</p><p>prédio que acabou de desabar.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>39</p><p>NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>DICA 86</p><p>Súmula Vinculante nº 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência</p><p>e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por</p><p>parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de</p><p>responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão</p><p>ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.</p><p>Mnemônico:</p><p>Perigo à integridade física própria ou alheia;</p><p>Resistência;</p><p>Fundado receio de fuga.</p><p>DICA 87</p><p>HABEAS CORPUS</p><p>Caráter preventivo ou</p><p>repressivo</p><p>Sim</p><p>Finalidade Proteger a liberdade de locomoção</p><p>Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou</p><p>estrangeira. Só pode ser impetrado a favor de pessoa</p><p>natural, jamais de pessoa jurídica.</p><p>Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada</p><p>Natureza Penal</p><p>Isenção de custas Sim</p><p>Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e</p><p>“periculum in mora”</p><p>Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem</p><p>como disciplinares não resultam em cerceamento da</p><p>liberdade de locomoção. Por isso, não cabe “habeas</p><p>corpus” para impugná-las</p><p>DICA 88</p><p>MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL</p><p>Caráter preventivo ou</p><p>repressivo</p><p>Sim</p><p>Finalidade Proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas</p><p>corpus” ou “habeas data”</p><p>Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades</p><p>reconhecidas por lei como detentoras de capacidade</p><p>processual, alguns órgãos públicos e o Ministério Público</p><p>Legitimados passivos Poder público e particulares no exercício da função pública</p><p>Natureza Civil</p><p>Isento de custas Não</p><p>Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum</p><p>in mora”, mas há exceções</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>40</p><p>DICA 89</p><p>O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três</p><p>pressupostos para o seu cabimento:</p><p>a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática propriamente</p><p>dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva;</p><p>b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de</p><p>um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania</p><p>e à cidadania;</p><p>c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora</p><p>(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).</p><p>E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas</p><p>seguintes situações:</p><p>a) Não cabe mandado de injunção se já houver norma regulamentadora do direito</p><p>constitucional, mesmo que esta seja defeituosa. Ora, se já existe norma regulamentadora,</p><p>não faz sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como pressuposto a ausência</p><p>de regulamentação de norma constitucional.</p><p>b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma regulamentadora de direito</p><p>infraconstitucional. O mandado de injunção somente repara falta de regulamentação de</p><p>direito previsto na Constituição Federal. A ausência de regulamentação de uma lei não dá</p><p>ensejo à utilização do mandado de injunção.</p><p>c) Não cabe mandado de injunção diante da falta de regulamentação de medida</p><p>provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacional. O mandado de injunção</p><p>tem como um de seus pressupostos a ausência de regulamentação de direito constitucional.</p><p>d) Não cabe mandado de injunção se não houver obrigatoriedade de regulamentação</p><p>do direito constitucional, mas mera faculdade.</p><p>Grave assim:</p><p>Não cabe mandado de injunção:</p><p>a) Se já houver norma regulamentadora</p><p>b) Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional</p><p>c) Se faltar regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo</p><p>Congresso Nacionalidade</p><p>d) Se não houver obrigatoriedade de regulamentação</p><p>DICA 90</p><p>Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o</p><p>Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo:</p><p>a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão</p><p>da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações</p><p>pessoais ou de retificação de dados.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>41</p><p>b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder</p><p>Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após</p><p>esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.</p><p>c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração</p><p>Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da</p><p>administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias</p><p>administrativas".</p><p>A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de</p><p>Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito</p><p>do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza</p><p>jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual.</p><p>d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder</p><p>Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio</p><p>requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não</p><p>haverá interesse de agir do segurado.</p><p>DICA 91</p><p>Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS.</p><p>POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do</p><p>cidadão no processo eleitoral, votando ou sendo votado.</p><p>Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o</p><p>cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições,</p><p>seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar).</p><p>Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a</p><p>elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado.</p><p>Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de</p><p>inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos</p><p>políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos</p><p>políticos.</p><p>DICA 92</p><p>Súmula Vinculante 18</p><p>A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a</p><p>inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.</p><p>Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes</p><p>consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de</p><p>Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja</p><p>substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato</p><p>eletivo e candidato à reeleição.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>42</p><p>DICA 93</p><p>DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E</p><p>PARLAMENTARES</p><p>Presidente da República,</p><p>Governador e prefeito (além dos</p><p>respectivos vices)</p><p>Deputado, Senador e</p><p>vereador</p><p>Possibilidade de</p><p>reeleição</p><p>Somente uma vez para o</p><p>período subsequente.</p><p>Não há limitações. Podem</p><p>ser reeleitos quantas vezes</p><p>quiserem/conseguirem</p><p>Para concorrer a</p><p>CARGO DIVERSO</p><p>Deverá renunciar ao mandato até</p><p>seis meses antes do pleito. É a</p><p>chamada desincompatibilização.</p><p>Não há necessidade de se</p><p>afastar do cargo.</p><p>Para concorrer ao</p><p>MESMO CARGO</p><p>Não há a necessidade de se afastar. Não há necessidade de se</p><p>afastar do cargo.</p><p>Restrições à</p><p>candidatura</p><p>de parentes na</p><p>mesma base</p><p>territorial</p><p>Cônjuge, companheiro e os parentes</p><p>consanguíneos ou afins, até o 2º</p><p>grau, inclusive por adoção, são</p><p>inelegíveis, salvo se já titulares de</p><p>mandato eletivo e candidatos à</p><p>reeleição. É a chamada</p><p>inelegibilidade reflexa.</p><p>Não há proibição de</p><p>parentes concorrerem.</p><p>DICA 94</p><p>- Direitos políticos: conjunto de normas legais permanentes que regulamenta o direito</p><p>democrático de participação do povo no Governo, diretamente ou por seus representantes.</p><p>Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos meios necessários ao exercício</p><p>da soberania popular.</p><p>- Sufrágio: é o direito público subjetivo de eleger um representante político (capacidade</p><p>eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral passiva),</p><p>o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado.</p><p>- O Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do sufrágio a todos os cidadãos,</p><p>independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, de escolaridade</p><p>ou de qualquer outra capacidade especial.</p><p>- Soberania popular: é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade</p><p>aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo.</p><p>- Voto: é a materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha</p><p>de seus representantes políticos.</p><p>DICA 95</p><p>O recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem se estão</p><p>ou não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>43</p><p>ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. Não existe no</p><p>ordenamento pátrio.</p><p>DICA 96</p><p>De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de dois tipos:</p><p>a) Universal: quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais,</p><p>independentemente de condições econômicas, culturais, sociais ou outras condições</p><p>especiais. Os critérios para se determinar a capacidade de votar e de ser votado são não-</p><p>discriminatórios. A Constituição Federal de 1988 consagra o sufrágio universal,</p><p>assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que cumpram</p><p>requisitos de alistabilidade e de elegibilidade.</p><p>b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do preenchimento de</p><p>algumas condições especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. O</p><p>sufrágio restrito pode ser censitário, quando depender do preenchimento de condições</p><p>econômicas (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o indivíduo apresente</p><p>alguma característica especial (ser alfabetizado, por exemplo).</p><p>DICA 97</p><p>Para que o partido político receba os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao</p><p>rádio e televisão, ele precisará ter um número mínimo de votos nas eleições para a</p><p>Câmara dos Deputados OU um número mínimo de Deputados Federais eleitos.</p><p>São critérios alternativos, ou seja, basta que o partido político cumpra um deles e</p><p>receberá os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão.</p><p>Quais são esses critérios?</p><p>a) Número mínimo de votos válidos: Nas eleições para a Câmara dos Deputados, o</p><p>partido político deverá ter, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos</p><p>1/3 (um terço) das unidades da federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos</p><p>votos válidos em cada uma delas.</p><p>b) Número mínimo de Deputados Federais eleitos: irão cumprir cláusula de barreira</p><p>aqueles partidos que tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais</p><p>distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da federação.</p><p>DICA 98</p><p>A titularidade dos direitos dos direitos políticos pertence exclusivamente aos cidadãos. Eles</p><p>são adquiridos através do alistamento eleitoral.</p><p>Ao alistar-se, o indivíduo passa a gozar de capacidade eleitoral ativa que viabiliza o exercício</p><p>do direito subjetivo público de eleger seus representantes, participando (via representação)</p><p>do processo político e das ações governamentais.</p><p>Alistamento eleitoral, portanto, é o ato por meio do qual o indivíduo habilita-se ao</p><p>pleno exercício da cidadania, inscrevendo-se como eleitor perante Justiça Eleitoral.</p><p>É o que o torna apto a exercer a capacidade eleitoral ativa.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>44</p><p>No Brasil, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são obrigatórios para os</p><p>brasileiros alfabetizados maiores de dezoito e menores de setenta anos (art. 14, § 1º,</p><p>I, CF/88). Por outro lado, o alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos,</p><p>os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos</p><p>de idade.</p><p>DICA 99</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que</p><p>estes não estejam a serviço de seu país;</p><p>O critério territorial determina que será brasileiro nato o indivíduo que nascer no</p><p>território nacional, independentemente da nacionalidade dos seus pais. Deste</p><p>modo, como regra, qualquer pessoa nascida em nosso território, pouco importando se os</p><p>pais são nacionais ou estrangeiros, será considerada brasileira nata.</p><p>Este critério não traz uma regra absoluta! Ou seja, nem todos os nascidos em nosso</p><p>território serão brasileiros natos! Por que não? Ora, porque o critério territorial comporta</p><p>uma exceção, não sendo aplicado no seguinte caso: se o indivíduo nascer em nosso</p><p>território, mas for filho de (ambos) pais estrangeiros e qualquer deles (ou ambos) estiver</p><p>no Brasil a serviço do país de origem, ele não receberá a nossa nacionalidade originária.</p><p>ATENÇÃO: a não incidência do critério territorial depende da presença de dois requisitos</p><p>que são cumulativos (os dois devem estar presentes):</p><p>1- os dois pais devem ser estrangeiros; E</p><p>2- qualquer um deles, ou ambos, deve estar na República Federativa do Brasil a serviço do</p><p>país de origem (e não a serviço de uma empresa privada, ou por interesses pessoais).</p><p>DICA 100</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer</p><p>deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;</p><p>Veja que a alínea “b” da nossa Constituição estabelece que serão brasileiros natos os</p><p>nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles</p><p>esteja no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.</p><p>O texto constitucional abraçou, nesta alínea, o critério sanguíneo associado ao critério</p><p>funcional: um dos pais (ou ambos) será brasileiro, e qualquer um deles (ou ambos) deverá</p><p>estar no estrangeiro a serviço da República Federativa do Brasil – o que significa</p><p>desempenhar uma função ou prestar um serviço público de natureza diplomática,</p><p>administrativa ou consular, a quaisquer dos órgãos da administração centralizada ou</p><p>descentralizada da União, dos Estados-membros, dos Municípios ou do Distrito Federal.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>45</p><p>DICA 101</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam</p><p>registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República</p><p>Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela</p><p>nacionalidade brasileira;</p><p>Nesta 1ª parte da</p><p>alínea “c”, determinou nosso texto constitucional que será brasileira nata</p><p>a criança que nasce no estrangeiro, filha de pai ou/e mãe brasileiros, desde que seja</p><p>registrada em repartição consular brasileira competente (associação do critério</p><p>sanguíneo + registro).</p><p>Neste caso, um dos pais (ou ambos) tem a nacionalidade brasileira, mas não está no exterior</p><p>a serviço da República Federativa do Brasil: deve então registrar a criança em repartição</p><p>consular competente para que ela adquira nossa nacionalidade nata.</p><p>Muito cuidado com questões que digam que a criança nascida no exterior, filha de pai</p><p>brasileiro/mão brasileira (ou ambos brasileiros), registrada em repartição consular</p><p>competente é brasileira naturalizada. Não, não é. É nata! Pois preenche os requisitos</p><p>para adquirir nossa nacionalidade primária.</p><p>DICA 102</p><p>Naturalização extraordinária (ou quinzenária)</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>II - naturalizados:</p><p>b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil</p><p>há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram</p><p>a nacionalidade brasileira.</p><p>Da leitura do artigo, você deve ter observado que a naturalização extraordinária só será</p><p>obtida pelo indivíduo que, possuindo capacidade civil, observar 3 condições:</p><p>1) residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;</p><p>2) ausência de condenação penal e</p><p>3) apresentação do requerimento de naturalização.</p><p>Perceba que os 3 requisitos são cumulativos (não alternativos), ou seja, todos devem</p><p>ser cumpridos para que o indivíduo possa se naturalizar: não adianta cumprir só um deles!</p><p>DICA 103</p><p>O art. 222 da CF/88 estabelece algumas restrições referentes ao direito de propriedade</p><p>de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora de sons e imagens.</p><p>Seguindo a lógica de que “quem tem informação tem poder”, nossa Constituição prevê que</p><p>só poderão ser proprietários desse tipo de empresa os brasileiros natos ou então os que</p><p>estejam naturalizados há mais de 10 anos.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>46</p><p>E tem mais: se essa empresa for uma sociedade, no mínimo 70% do capital total e</p><p>votante deverá pertencer aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.</p><p>DICA 104</p><p>Naturalização ordinária: pela via ordinária poderão se naturalizar brasileiros:</p><p>1) os estrangeiros (ou apátridas) que cumprirem os requisitos da Lei nova de Migração (Lei</p><p>nº 13.445/2017);</p><p>2) os indivíduos originários de países de língua portuguesa desde que, possuidores de</p><p>capacidade civil, tenham residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral;</p><p>Vale destacar que não se pode falar em direito público subjetivo à obtenção da naturalização</p><p>ordinária.</p><p>Naturalização extraordinária: pela via extraordinária o indivíduo poderá se naturalizar</p><p>se respeitar os seguintes requisitos:</p><p>1) possuir residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;</p><p>2) não tiver sido condenado penalmente e</p><p>3) apresentar o requerimento de naturalização.</p><p>Há direito público subjetivo à obtenção da naturalização extraordinária, o que significa</p><p>que se os requisitos forem corretamente preenchidos a naturalização será concedida.</p><p>DICA 105</p><p>PERDA DO DIREITO DE NACIONALIDADE</p><p>A perda da nacionalidade brasileira só poderá ocorrer nas duas hipóteses previstas na</p><p>Constituição da República:</p><p>Perda-punição - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver</p><p>cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao</p><p>interesse nacional.</p><p>Perda-mudança - Pode-se dizer que ocorrerá quando o indivíduo, voluntariamente,</p><p>adquirir outra nacionalidade. Entretanto, existem exceções à ideia central de que a</p><p>aquisição de nova nacionalidade ocasionará a perda da nacionalidade brasileira, pois um</p><p>brasileiro pode adquirir outra nacionalidade sem perdê-la, bastando, para tanto, que</p><p>referida aquisição importe:</p><p>1) em recebimento de nacionalidade primária por Estado estrangeiro, ou</p><p>2) seja fruto de imposição do Estado estrangeiro no qual o brasileiro reside, como condição</p><p>para que ele possa permanecer no território ou para exercer direitos civis.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>47</p><p>NOÇÕES DE DIREITO PENAL</p><p>DICA 106</p><p>PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL</p><p>- Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina,</p><p>não há pena sem prévia cominação.</p><p>- Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e</p><p>cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia,</p><p>quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818-</p><p>PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja</p><p>favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta).</p><p>- Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato</p><p>praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos</p><p>crimes praticados a partir da data de sua vigência.</p><p>- Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que</p><p>a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES</p><p>VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em</p><p>espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo</p><p>magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos -</p><p>em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes -</p><p>cabendo ao juiz a análise do caso concreto.</p><p>DICA 107</p><p>- Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do</p><p>autor do fato durante o processo dosimétrico.</p><p>- Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não</p><p>passará da pessoa do condenado</p><p>- Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve</p><p>colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que</p><p>não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por</p><p>causar mal a si próprio.</p><p>- Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir</p><p>que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.</p><p>OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de</p><p>danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena)</p><p>ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria,</p><p>afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara</p><p>Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em</p><p>31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA</p><p>TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)</p><p>DICA 108</p><p>- Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a</p><p>tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que</p><p>fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita</p><p>por se tratar de ato cultural da nossa sociedade.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>48</p><p>- Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do</p><p>delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de</p><p>modo GRAVE, o bem jurídico tutelado.</p><p>- Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens</p><p>jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão</p><p>mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de</p><p>GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL</p><p>devem ser tutelados.</p><p>- Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente</p><p>deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com</p><p>satisfação o bem jurídico que se almeja proteger.</p><p>DICA 109</p><p>- Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o</p><p>réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único</p><p>+ art 5º , XL ,CF).</p><p>Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer</p><p>o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença</p><p>condenatória transitada em julgado.</p><p>Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.</p><p>OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização</p><p>da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de</p><p>Execução poderá aplicá-la.</p><p>OBS.2: Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao</p><p>juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”</p><p>DICA 110</p><p>APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO -ALGUNS CONCEITOS QUE</p><p>MERECEM ATENÇÃO:</p><p>NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA: Em suma, trata-se de uma nova lei</p><p>que passa a criminalizar conduta até aquele momento atípica, ou</p><p>seja, não existia a previsão da conduta como crime. Há retroativa? Não.</p><p>Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no</p><p>princípio da anterioridade da lei penal.</p><p>NOVATIO LEGIS IN PEJUS: Trata-se de uma inovação legislativa</p><p>MAIS GRAVE do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais</p><p>grave do que a atual. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão</p><p>somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da</p><p>lei penal.</p><p>NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Trata-se de uma inovação legislativa</p><p>MAIS BENÉFICA do do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>49</p><p>OBS.1: A ABOLITIO CRIMINIS apesar de cessar a pena e os efeitos penais da condenação,</p><p>não impede os efeitos extrapenais da condenação. Ex.: A foi condenado pelo crime</p><p>de adultério. Todavia, lei nova surge e descriminaliza a conduta. A será solto, cessando a</p><p>pena imposta e a condenação pelo crime de adultério não poderá ser considerada para fins</p><p>de reincidência (exemplo de efeitos da condenação). Conduto, se foi condenado à reparação</p><p>do dano causado à vítima (efeito extrapenal da condenação), DEVERÁ REPARÁ-LO!</p><p>DICA 111</p><p>LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA</p><p>“Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração</p><p>ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua</p><p>vigência.”</p><p>É importante o candidato se atentar em sua prova que as leis excepcionais e</p><p>temporária são criadas para vigorar apenas em determinado período, devido a</p><p>razões excepcionais e, por isso, ainda que saia do mundo jurídico - revogação</p><p>natural - não gerará abolitio criminis. Nesse sentido, aqueles que tiverem praticado o</p><p>crime durante sua vigência deverão responder pela conduta praticada.</p><p>Ex. de prova: “Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja</p><p>promulgada uma lei federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou</p><p>culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e</p><p>01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade,</p><p>não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada</p><p>legislação. Nessa hipótese, o indivíduo a que em 02 de março de 2015 estiver sendo</p><p>acusado em um processo criminal por ter praticado o referido crime de</p><p>“desperdício de água tratada”, durante o período de vigência da lei, R: poderá ser</p><p>condenado pelo crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na lei</p><p>que previu essa conduta esteja encerrado.</p><p>DICA 112</p><p>REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no</p><p>momento da ação.</p><p>EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em:</p><p>*Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu</p><p>crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato</p><p>ocorrido.</p><p>*Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei,</p><p>mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA</p><p>e o agente cometeu o fato sob seu império.</p><p>é mais benéfica do que a atual. Há retroativa? Sim!!! A nova legislação</p><p>será aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor.</p><p>ABOLITIO CRIMINIS: Há DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta pela</p><p>nova lei. SENDO BENÉFICA, HÁ RETROATIVIDADE (eficácia</p><p>retroativa) !!! Será aplicada aos fatos praticados ANTES de sua</p><p>entrada em vigor, que não poderão mais ser punidos, além de gerar a</p><p>extinção da punibilidade do agente. Ex.: antigo crime de adultério.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>50</p><p>ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu.</p><p>DICA 113</p><p>● Súmula 711, STF: A lei penal MAIS GRAVE aplica-se ao crime continuado ou</p><p>ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou</p><p>da permanência.</p><p>● Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo + o agente controla</p><p>sua permanência, tendo o domínio sobre a consumação do delito. Ex.: crime de usurpação</p><p>de função pública.</p><p>● Crime continuado: configura-se crime continuado quando o agente, mediante</p><p>mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e</p><p>pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,</p><p>devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do</p><p>CP).</p><p>● Ex.: Agente da PF passa a receber um pagamento de um advogado por várias</p><p>ocasiões, caracterizando corrupção passiva. Nesta hipótese, será aplicado o crime de</p><p>corrupção passiva como se ele tivesse cometido um único crime. Mas e se surgisse uma lei</p><p>que aumentasse a pena durante o cometimento de um dos atos pelo analista? Será aplicada</p><p>a última lei segundo entendimento sumulado, ainda que mais prejudicial.</p><p>E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!</p><p>(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE – CE)</p><p>... “A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, ainda</p><p>que ocorra superveniência de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva.” VOCÊS</p><p>AGORA JÁ SABEM RESPONDER... ERRADOOOO!</p><p>DICA 114</p><p>TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE (ART. 4º, CP): “Considera-se praticado</p><p>o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.</p><p>LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6º, CP): “Considera-se praticado</p><p>o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como</p><p>onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ”</p><p>OBS.: Quando estivermos diante de uma situação em que envolve o Brasil e um outro país,</p><p>tanto o lugar onde se pratica a conduta quanto o lugar do resultado são considerados</p><p>como local do crime.</p><p>OBS.2: LUGAR DO CRIME = UBIGUIDADE</p><p>TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE (= TEORIA DA AÇÃO)</p><p>LUTA!</p><p>QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!</p><p>(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial</p><p>de Justiça – Avaliador)</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>51</p><p>... Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou,</p><p>respectivamente, as teorias do(a): AGORA FICOU FÁCIL! RESPOSTA  atividade e da</p><p>ubiquidade.</p><p>DICA 115</p><p>NÃO CONFUNDA EM SUA PROVA!</p><p>Art. 6º, CP Art. 70, caput, CPP</p><p>Adotou a Teoria da UBIQUIDADE</p><p>Adotou a Teoria do RESULTADO</p><p>*Considera-se praticado o crime no</p><p>lugar:</p><p>- em que ocorreu a ação ou</p><p>omissão,</p><p>no todo ou em parte,</p><p>- bem como onde se produziu ou</p><p>deveria produzir-se o resultado.</p><p>*A competência será, de regra,</p><p>- determinada pelo lugar em que</p><p>se consumar a infração,</p><p>- ou, no caso de tentativa, pelo</p><p>lugar em que for praticado o</p><p>último ato de execução.</p><p>Regra destinada a solucionar a</p><p>competência na hipótese de delitos</p><p>que envolvam o território de dois</p><p>ou mais países (conflito</p><p>internacional de jurisdição)</p><p>Regra destinada a solucionar a</p><p>competência na hipótese de crimes</p><p>envolvendo o território o</p><p>território de duas ou mais</p><p>comarcas (ou seções judiciárias)</p><p>DENTRO DO BRASIL (conflito</p><p>interno de competência</p><p>territorial)</p><p>Definirá se o Brasil terá a</p><p>competência para julgar o caso na</p><p>hipótese de crimes à distância.</p><p>Definirá qual o juízo competente no</p><p>caso de crimes plurilocais.</p><p>DICA 116</p><p>ATENÇÃO! EXCEÇÃO AO ART. 70, CPP! Posição do STJ e STF:</p><p>Nos crimes contra a vida, a competência será determinada pela TEORIA DA ATIVIDADE.</p><p>Dessa forma, no caso de crimes contra a vida (DOLOSOS OU CULPOSOS), se os atos de</p><p>execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro  a competência para</p><p>o julgamento do fato será do local onde foi praticada a conduta (local da</p><p>execução).</p><p>JUSTIFICATIVA: “(...) é justamente no local da ação que se encontram as</p><p>melhores provas (testemunhas, perícia etc.), pouco interessando onde se dá a</p><p>morte da vítima. Para efeito de condução de uma mais apurada fase probatória,</p><p>não teria cabimento desprezar-se o foro do lugar onde a ação desenvolveu-se</p><p>somente para acolher a teoria do resultado. Exemplo de ilogicidade seria o autor</p><p>ter dado vários tiros ou produzido toda a série de atos executórios para ceifar a</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>52</p><p>vida de alguém em determinada cidade, mas, unicamente pelo fato da vítima ter-</p><p>se tratado em hospital de Comarca diversa, onde faleceu, deslocar-se o foro</p><p>competente para esta última. As provas teriam que ser coletadas por precatória,</p><p>o que empobreceria a formação do convencimento do juiz.” (Nucci, Guilherme de</p><p>Souza, Código de Processo Penal Comentado. 8ª ed., São Paulo: RT, 2008, p. 210).</p><p>DICA 117</p><p>ATENÇÃO! Nos CRIMES CONEXOS, NÃO SE APLICA A TEORIA DA UBIQUIDADE,</p><p>devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.</p><p>DICA 118</p><p>A TEORIA DA UBIQUIDADE, além dos crimes conexos, também, não se aplica nos</p><p>seguintes casos:</p><p>*CRIMES PLURILOCAIS: consistem naqueles que envolvem duas ou mais</p><p>comarcas/seções judiciárias dentro do país. Regra: aplicação art. 70, CPP. Exceção:</p><p>Homicídio Culposo ou Doloso (STJ e STF) – Teoria da Atividade.</p><p>*INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: art. 63 da Lei 9.099/1995 -</p><p>adotou a teoria da atividade: “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em</p><p>que foi praticada a infração penal. ”</p><p>*CRIMES FALIMENTARES: Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido</p><p>decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de</p><p>recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes falimentares (art. 183, Lei</p><p>11.101/2005).</p><p>*ATOS INFRACIONAIS: “Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do</p><p>lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. ”</p><p>(art. 147, § 1.º, ECA).</p><p>DICA 119</p><p>ATENÇÃO! Essa expressão pode cair em sua prova!</p><p>CRIME À DISTÂNCIA (OU DE ESPAÇO MÁXIMO): é o crime que envolve o território de</p><p>dois países. A ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. Ou seja, são</p><p>aqueles em que conduta e resultado ocorrem em países diversos. Ex.: tráfico de drogas</p><p>provenientes de Assunção (Paraguai) com destino a Manaus (Brasil).</p><p>DICA 120</p><p>PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA</p><p>*Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito</p><p>internacional, ao crime cometido no território nacional. Como são admitidas algumas</p><p>exceções, aplica-se a teoria da territorialidade mitigada ou temperada.</p><p>*TERRITÓRIO BRASILEIRO: mar territorial, espaço aéreo e subsolo.</p><p>*TERRITÓRIO BRASILEIRO POR EXTENSÃO: navios e aeronaves públicas brasileiras,</p><p>onde quer que se encontrem e navios e aeronaves particulares, que se encontrem no espaço</p><p>aéreo ou em alto-mar.</p><p>INDO MAIS FUNDO... Artigo 17 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito</p><p>do Mar (assinada pelo Brasil): Direito de passagem inofensiva - Salvo disposição em</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>53</p><p>contrário da presente Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral,</p><p>gozarão do direito de passagem inofensiva pelo mar territorial. A Doutrina sustenta que se</p><p>um crime for praticado a bordo de uma embarcação amparada pela “passagem inocente”,</p><p>não será aplicável a lei brasileira a este crime, desde que o crime em questão não afete em</p><p>nada interesse jurídico nacional e o brasil não seja o país de destino.</p><p>DICA 121</p><p>EXTRATERRITORIALIDADE - crimes que mesmo cometidos fora do Brasil, sujeitam-</p><p>se às leis brasileiras.</p><p>EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA → Crimes cometidos:</p><p>*contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;</p><p>*contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de</p><p>Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou</p><p>fundação instituída pelo Poder Público;</p><p>*contra a administração pública, por quem está a seu serviço;</p><p>*de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (p. da justiça</p><p>universal);</p><p>OBS.: O AGENTE É PUNIDO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO</p><p>OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO.</p><p>DICA 122</p><p>EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA → Crimes:</p><p>*que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;</p><p>*praticados por brasileiro;</p><p>*praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade</p><p>privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.</p><p>CONDIÇÕES CONCOMITANTES (REUNIDAS):</p><p>*entrar o agente no território nacional;</p><p>*ser o fato punível também no país em que foi praticado;</p><p>*estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;</p><p>*não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;</p><p>*não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar</p><p>extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.</p><p>***** TAMBÉM SE APLICA A LEI BRASILEIRA AO CRIME cometido por estrangeiro</p><p>contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições traçadas anteriormente e as</p><p>seguintes: (alguns doutrinadores a chamam de extraterritorialidade</p><p>hipercondicionada)</p><p>*não foi pedida ou foi negada a extradição;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>54</p><p>*houve requisição do Ministro da Justiça.</p><p>DICA 123</p><p>CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS</p><p>Ocorre quando duas normas aparentemente incriminadoras são aplicáveis a uma mesma</p><p>conduta e ao mesmo tempo. Ou seja, mesma conduta desafia dois tipos penais.</p><p>Ex.: art. 121 CP (crime de homicídio) x art. 123 CP (infanticídio) = ambos são crimes</p><p>de homicídio, conduto o artigo 123 é norma especial.</p><p>*PREVALECERÁ o princípio da PROIBIÇÃO DO NON BIS IN IDEM, já que um fato não</p><p>pode desafiar dois tipos penais diversos, sendo proibida dupla punição por um mesmo</p><p>fato.</p><p>DICA 124</p><p>PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS</p><p>Princípio da</p><p>Especialidade</p><p>- Norma especial afasta aplicação de norma</p><p>geral.</p><p>-Especial é a norma que possui elementos que a</p><p>individualiza, independentemente da gravidade</p><p>do crime.</p><p>- Ex.: art. 121 e 126 – o crime de infanticídio</p><p>prevalece sobre a mãe que, sob o estado puerperal,</p><p>mata o filho após</p><p>o parto.</p><p>Princípio da</p><p>Subsidiariedade</p><p>- Norma primária afasta a aplicação da norma</p><p>subsidiária.</p><p>- Primária é a norma que prevê uma violação</p><p>mais ampla e grave aos bens jurídicos tutelados.</p><p>Pode ser aplicado de forma EXPRESSA e TÁCITA:</p><p>*EXPRESSA: quando o próprio tipo penal se declara</p><p>subsidiário. Ex.: art. 132 CP: crime de perigo a vida</p><p>ou a saúde, com detenção de 3 meses a 1 ano, SE O</p><p>FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.</p><p>*TÁCITA: um tipo penal serve como causa de</p><p>aumento, qualificadora, ou elemento constitutivo de</p><p>outro. Ex.: art. 163 (crime de dano) x art. 155, § 4º, I</p><p>(crime de furto qualificado por rompimento de</p><p>obstáculo). Pois bem, no crime de furto houve crime</p><p>de dano ao romper obstáculo (que é causa de</p><p>aumento de pena), mas o artigo 163 será aplicado</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>55</p><p>somente de forma subsidiária, ou seja, se o ato</p><p>praticado não for mais gravoso.</p><p>DICA 125</p><p>PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS</p><p>Princípio da</p><p>Consunção (ou</p><p>absorção)</p><p>Em suma, a conduta que serve como meio de</p><p>preparação, execução ou mero exaurimento de</p><p>outra, é por esta absorvida. Se aplica,</p><p>principalmente, quando uma conduta delituosa serve</p><p>como meio para praticar outra.</p><p>ANTEFATO IMPUNÍVEL = quando um crime serve</p><p>de preparação para outrem. Ex.: art. 155 CP (furto)</p><p>+ art. 150 (invasão de domicílio). O crime de invasão</p><p>de domicilio será o delito meio, e será absorvido pelo</p><p>crime de furto – SÚMULA 17 STJ (crime de</p><p>falsificação documento publico é absorvido pelo crime</p><p>de estelionato se for mero meio para o segundo</p><p>crime).</p><p>PÓS-FATO IMPUNÍVEL – agente pratica uma</p><p>segunda conduta violando o mesmo bem jurídico</p><p>para obter vantagem que queria com a primeira</p><p>conduta. Neste caso, o agente viola o bem jurídico</p><p>com a primeira conduta, e a segunda é mera</p><p>conseqüência. Ex.: art 289 CP (falsificar moeda) +</p><p>art. 289, § 1º, CP (uso de moeda falsa) = responderá</p><p>apenas pelo crime de falsificação.</p><p>Princípio da</p><p>Alternatividade</p><p>Nos tipos penais mistos alternativos (os que</p><p>possuem vários núcleos que descrevem a</p><p>conduta), a prática de vários núcleos no mesmo</p><p>contexto, gera crime ÚNICO.</p><p>Ex.: tráfico de drogas = possui diversos núcleos:</p><p>traficar, fabricar, repassar, transportar, possuir, etc</p><p>(...). Nessa lógica, aquele que fabrica e transporta</p><p>responde por um único crime.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>56</p><p>NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL</p><p>DICA 126</p><p>SÚMULA VINCULANTE Nº 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter</p><p>acesso amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento</p><p>investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao</p><p>exercício do direito de defesa.</p><p>ATENÇÃO! Fiquem atentos e não caiam na pegadinha, o acesso do defensor será aos</p><p>elementos de prova JÁ DOCUMENTADOS, aqueles que ainda não foram, como exemplo:</p><p>uma hipótese de interceptação telefônica não juntada ao IP, não serão objeto de acesso,</p><p>sobretudo para não prejudicar a eficiência da medida.</p><p>DICA 127</p><p>ATENÇÃO!</p><p>PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA</p><p>→ Nos crimes de AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial somente poderá proceder a</p><p>inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.</p><p>DICA 128</p><p>IMPORTANTE!</p><p>O DELEGADO DE POLÍCIA NÃO PODE DETERMINAR ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO</p><p>POLICIAL!</p><p>NÃO IMPORTA se existiam excludentes de ilicitude.</p><p>Essa regra NÃO TEM EXCEÇÃO!</p><p>QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR ENVOLVENDO O DELEGADO DE POLÍCIA...</p><p>(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-PA)</p><p>... Na condução do inquérito policial, o Delegado de Polícia, sempre pautando suas ações</p><p>pela legalidade, também se sujeita ao Princípio da Discricionariedade, que possui como</p><p>característica possibilitar ao Delegado de Polícia: a definição do rumo das investigações.</p><p></p><p>ATENÇÃO! Aprofundando... Há de se ressalvar, contudo, que, alguns tribunais, possuem</p><p>entendimento que algumas diligências devem ser “obrigatoriamente” realizadas, cite-se</p><p>como exemplo o exame de corpo de delito, nos crimes que deixam vestígio, bem como a</p><p>oitiva do investigado. Existem, inclusive, julgados do STJ nesse sentido, como exemplo: HC</p><p>69.405 do STJ. SE A QUESTÃO NÃO COBRAR, VAMOS PELA REGRA, OK? SEMPRE USE</p><p>ESSE RACIOCÍNIO EM SUA PROVA!</p><p>DICA 129</p><p>- Art. 6º, CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade</p><p>policial deverá:</p><p>I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e</p><p>conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>57</p><p>II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados</p><p>pelos peritos criminais;</p><p>III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e</p><p>suas circunstâncias;</p><p>IV - ouvir o ofendido;</p><p>V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no</p><p>Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por</p><p>duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;</p><p>VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;</p><p>VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a</p><p>quaisquer outras perícias;</p><p>VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se</p><p>possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;</p><p>IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,</p><p>familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois</p><p>do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a</p><p>apreciação do seu temperamento e caráter.</p><p>X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se</p><p>possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos</p><p>cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.</p><p>OLHEM COMO FOI COBRADO PELA BANCA CESPE:</p><p>(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA –</p><p>Conciliador) Em regra, a apreensão de objetos na fase inquisitorial não depende de</p><p>autorização judicial. CORRETO!</p><p>DICA 130</p><p>O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL embasado no princípio da</p><p>insignificância faz coisa julgada material, o que impede seu desarquivamento diante</p><p>do surgimento de novas provas.</p><p>ATENÇÃO! É certo dizer que o inquérito policial é DISPENSÁVEL para a promoção da ação</p><p>penal desde que a denúncia esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos</p><p>em lei ≠ denúncia NÃO PODE VIR desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da</p><p>autoria (JUSTA CAUSA).</p><p>DICA 131</p><p>PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL, bastam indícios suficientes da</p><p>existência do crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade</p><p>do delito ou de sua autoria. ***INCLUSIVE ESSA DICA É QUESTÃO ATUAL DA BANCA</p><p>CESPE!</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>58</p><p>DICA 132</p><p>A sentença de arquivamento de IP NÃO faz coisa julgada material em regra (art. 18,</p><p>CPP). Excepcionalmente, poderá fazer coisa julgada quando a sentença for fundada</p><p>em:</p><p>*Atipicidade: faz coisa julgada material.</p><p>*Excludente de culpabilidade: faz coisa julgada material.</p><p>*Extinção da punibilidade: faz coisa julgada material (exceção: certidão de óbito</p><p>falsa).</p><p>*Excludente de ilicitude: DIVERGÊNCIA= STF: faz coisa julgada formal / STJ: faz coisa</p><p>julgada material.</p><p>*COISA JULGADA FORMAL: O arquivamento do inquérito NÃO afasta a possibilidade de</p><p>reabertura do IP, desde que colhidas novas provas do delito.</p><p>*COISA JULGADA MATERIAL: AINDA QUE SURJAM NOVAS PROVAS, não há</p><p>possibilidade de reabertura do IP.</p><p>DICA 133</p><p>O entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores é no sentido de que a</p><p>DENÚNCIA ANÔNIMA sobre fato grave de necessária repressão imediata NÃO é</p><p>suficiente para embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida</p><p>formulação de pedido de quebra de sigilo e de interceptação telefônica. Todavia,</p><p>podem, a informação apócrifa não inibe e nem prejudica a prévia coleta de elementos</p><p>de informação dos fatos delituosos (STF, Inquérito 1.957-PR) com vistas a apurar</p><p>a veracidade dos dados nela contidos</p><p>“As notícias anônimas não autorizam, por si sós, a propositura de ação penal ou mesmo, na</p><p>fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de investigação, como</p><p>interceptação telefônica ou busca e apreensão.” (STF, 1ª Turma, HC 106152/MS, Rel. Min.</p><p>Rosa Weber)</p><p>DICA 134</p><p>E – escrito</p><p>I- inquisitivo</p><p>D- dispensável</p><p>O- oficial</p><p>S- sigiloso</p><p>O- oficioso</p><p>OFICIALIDADE</p><p>Enquanto a OFICIOSIDADE está relacionada com o dever da autoridade de agir de ofício</p><p>(sem provocação), a OFICIALIDADE está relacionada com a RESPONSABILIDADE sobre</p><p>o inquérito policial.</p><p>Por força da OFICIALIDADE, dizemos que o inquérito policial é de responsabilidade de um</p><p>órgão oficial do Estado, especificamente a POLÍCIA JUDICIÁRIA!</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>59</p><p>DICA 135</p><p>Lei nº. 13.964/2019 – NOVIDADE! (PACOTE ANTICRIME)</p><p>Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144, CF</p><p>(polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias</p><p>militares e corpos de bombeiros militares, polícias penais federal, estaduais e distrital)</p><p>figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares</p><p>e demais procedimentos extrajudiciais, CUJO OBJETO FOR A INVESTIGAÇÃO DE</p><p>FATOS RELACIONADOS AO USO DA FORÇA LETAL PRATICADOS NO EXERCÍCIO</p><p>PROFISSIONAL, DE FORMA CONSUMADA OU TENTADA, incluindo as situações</p><p>dispostas no art. 23 do CP (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de</p><p>dever legal ou no exercício regular de direito), o indiciado poderá constituir defensor:</p><p>= Para referidos casos, o investigado deverá ser citado da instauração do</p><p>procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48</p><p>(quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.</p><p>= Esgotado o prazo de 48h com ausência de nomeação de defensor pelo</p><p>investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a</p><p>instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos</p><p>fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor</p><p>para a representação do investigado.</p><p>= Referidas disposições se aplicam aos servidores militares vinculados às FORÇAS</p><p>ARMADAS desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a</p><p>Garantia da Lei e da Ordem</p><p>DICA 136</p><p>PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL</p><p>REGRA GERAL: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.</p><p>Inquérito Policial Federal: réu preso 15 + 15 dias, réu solto 30 dias.</p><p>Inquérito Policial Militar: réu preso 20 dias, réu solto 40 + 20 dias.</p><p>Lei de drogas: réu preso 30 + 30 dias, réu solto 90 + 90 dias.</p><p>Crimes contra a Economia Popular: réu preso 10 dias, réu solto 10 dias.</p><p>ATENÇÃO! TRATANDO-SE de CRIMES HEDIONDOS, tendo sido decretada a prisão</p><p>temporária, o prazo para a conclusão do IP passa a ser de 60 dias. Justifica-se, pois, a</p><p>prisão temporária em caso de crime hediondo tem o prazo de 30 dias,</p><p>prorrogáveis por mais 30 dias. Como a prisão temporária cabe tão somente durante</p><p>a fase de investigação, isso faz com que, consequentemente, o prazo para a conclusão</p><p>do IP acompanhe o prazo da prisão temporária.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>60</p><p>DICA 137</p><p>PESSOAL, BASTANTE ATENÇÃO! *****</p><p>A REGRA GERAL PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL COMO JÁ DITO NO</p><p>MATERIAL É: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.</p><p>OBSERVE-SE O ART. 10 DO CPP:</p><p>“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso</p><p>em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a</p><p>partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando</p><p>estiver solto, mediante fiança ou sem ela.”</p><p>OCORRE QUE COM O PACOTE ANTICRIME SURGIU O SEGUINTE ARTIGO 3-B, §2º, CPP –</p><p>QUE TRATA DO JUIZ DAS GARANTIAS E ENCONTRA-SE SUSPENSO CONFORME</p><p>LIMINAR PROFERIDA NA ADI Nº. 6298!</p><p>“§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação</p><p>da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração</p><p>do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não</p><p>for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.”</p><p>DICA 138</p><p>Como o IP (inquérito policial) é um procedimento que não possui contraditório pleno e ampla</p><p>defesa, o valor probante dos elementos de convicção colhidos nessa fase de</p><p>investigação é RELATIVO.</p><p>CONTUDO, o Juiz pode utilizar as provas colhidas no IP para fundamentar sua decisão,</p><p>PORÉM NÃO PODE BASEAR SUA DECISÃO APENAS NAS PROVAS OBTIDAS NO</p><p>DECORRER DO IP. Olha o que dispõe o art. 155, do Código de Processo Penal (CPP):</p><p>Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova</p><p>produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão</p><p>exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,</p><p>ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.</p><p>Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas</p><p>as restrições estabelecidas na lei civil.</p><p>DICA 139</p><p>INDICAMENTO:</p><p>Em suma: trata-se de ato técnico-jurídico (fundamentado) no qual a autoridade policial</p><p>indica/aponta alguma pessoa como “provável” infrator, ou seja, imputa a alguém, no</p><p>inquérito policial, a prática da infração penal investigada.</p><p>ATENÇÃO! É ATO PRIVATIVO DO DELEGADO DE POLÍCIA!</p><p>§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,</p><p>mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas</p><p>circunstâncias. (Art. 2º, §6º da Lei 12.830/13)</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>61</p><p>DICA 140</p><p>NOTITIA CRIMINIS – EM SUMA, TRATA-SE DA SITUAÇÃO EM QUE A</p><p>AUTORIDADE POLICIAL TOMA CONHECIMENTO DE UM FATO DELITUOSO.</p><p>Notitia criminis de cognição IMEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial</p><p>toma ciência do fato delituoso em consequência de suas atividades</p><p>rotineiras.</p><p>Notitia criminis de cognição MEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial</p><p>toma ciência do fato delituoso por meio de um expediente formal, como</p><p>exemplo a requisição do MP com o intuito de instauração do IP.</p><p>Notitia criminis de cognição COERCITIVA: Hipótese em que a autoridade policial</p><p>toma ciência do fato delituoso tendo em vista a prisão em flagrante do</p><p>suspeito.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>DELATIO CRIMINIS (TAMBÉM FORMA DE NOTITIA CRIMINIS),</p><p>CLASSIFICA-SE COMO:</p><p>Delatio criminis SIMPLES: trata-se da comunicação feita à autoridade policial por</p><p>qualquer pessoa do povo (art. 5º, §3º do CPP).</p><p>Delatio criminis POSTULATÓRIA: trata-se da comunicação feita pelo próprio</p><p>ofendido nos casos de crimes de ação penal pública condicionada ou ação</p><p>penal privada, nas quais ele já pede a instauração do IP.</p><p>Delatio criminis INQUALIFICADA: trata-se da famosa “denúncia anônima”; a</p><p>comunicação do fato feita à autoridade policial por qualquer do povo, porém</p><p>ausente a identificação do comunicante. RELEMBRANDO QUE... Nessas</p><p>situações, os delegados de polícia não deverão proceder, imediatamente, à</p><p>instauração do IP. Mas, primeiramente, devem verificar a procedência</p><p>da</p><p>denúncia e, caso haja realmente notícia do crime, instaurar o IP.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>62</p><p>RACIOCÍNIO LÓGICO</p><p>DICA 141</p><p>- Principais métodos de resolução de questões sobre argumentação</p><p>- questões que fornecem as premissas e solicitam as conclusões de um argumento: para</p><p>obter as conclusões é preciso assumir que todas as premissas são verdadeiras. Assim:</p><p>- se as premissas possuem proposições categóricas (todo/algum/nenhum) podemos</p><p>utilizar diagramas lógicos;</p><p>- se uma das premissas é uma proposição simples: começar analisando-a, e com ela partir</p><p>para deixar as demais verdadeiras também;</p><p>- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) são</p><p>proposições simples: “chutar” o valor lógico de alguma proposição simples que compõe as</p><p>premissas, e com isso tentar forçar todas as premissas a ficarem verdadeiras, analisando</p><p>se não há falha lógica;</p><p>- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) também:</p><p>efetuar o teste de validade, forçando cada possível conclusão a ser F, e com isso tentar</p><p>forçar todas as premissas a serem V. Se isso for possível, aquela alternativa NÃO é uma</p><p>conclusão. Também é possível tentar “emendar” todas as premissas, em especial se forem</p><p>condicionais, utilizando também as suas contrapositivas.</p><p>DICA 142</p><p>Proposições categóricas podem ser tratadas com diagramas lógicos</p><p>- Todo A é B: “todos os elementos do conjunto A são também do conjunto B”, isto é, A</p><p>está contido em B.</p><p>- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também de B, isto é, os dois conjuntos são</p><p>totalmente distintos (disjuntos)</p><p>- Algum A é B: algum elemento de A é também elemento de B</p><p>- Algum A não é B: existem elementos de A que não são de B</p><p>DICA 143</p><p>Questões de Associações Lógicas</p><p>IDENTIFICAR:</p><p>1 – listagem de diversos elementos distintos (neste caso, irmãs, cursos e locais);</p><p>2 – solicitação para que você associe os elementos entre si (neste caso, o enunciado quer</p><p>saber o curso e o local de férias de uma das irmãs);</p><p>3 – presença de informações adicionais para realizar as associações.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>63</p><p>RESOLVER:</p><p>1 – montar uma tabela que relacione todas as possibilidades de associações entre os</p><p>elementos;</p><p>2 – analisar as informações adicionais visando “cortar” associações que vão contra as</p><p>informações e “marcar” associações de acordo com o que foi determinado no enunciado</p><p>DICA 144</p><p>Questões de Verdades e Mentiras</p><p>IDENTIFICAR:</p><p>- são apresentadas frases que podem ser verdadeiras ou mentirosas,</p><p>- não sabemos QUAIS são verdadeiras e quais são mentirosas, apenas QUANTAS.</p><p>RESOLVER:</p><p>- encontrar um par de informações contraditórias;</p><p>- dentro do par, uma informação é V e a outra é F;</p><p>- analisar as informações FORA do par.</p><p>DICA 145</p><p>Questões de Calendários</p><p>- semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça</p><p>seguinte).</p><p>- anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias.</p><p>- nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total.</p><p>Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4;</p><p>Anos “normais” (365 dias) → o primeiro dia é igual ao último (ex.: se 01/jan foi segunda,</p><p>31/dez será segunda)</p><p>Anos bissextos (366 dias) → o último dia o subsequente do primeiro (ex.: se 01/jan foi</p><p>segunda, 31/dez é terça)</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>64</p><p>INFORMÁTICA</p><p>DICA 146</p><p>Uma rede de computadores pode ser definida como uma estrutura de computadores</p><p>e dispositivos conectados através de um sistema de comunicação com o objetivo de</p><p>compartilharem informações e recursos entre si. As redes permitem, portanto, a troca de</p><p>informações e recursos entre as pessoas conectadas através de um canal de comunicação.</p><p>Uma rede pode facilitar:</p><p>▪ O compartilhamento de impressoras e outros dispositivos de hardware.</p><p>▪ O compartilhamento de documentos, aplicativos e outros produtos digitais.</p><p>▪ A replicação de dados para backup.</p><p>▪ A comunicação e a vídeo conferência.</p><p>DICA 147</p><p>Os enlaces são os meios de transmissão por onde trafegam os dados sendo trocados na</p><p>rede. O meio de transmissão pode ser guiado (com fio) ou não guiado (sem fio ou</p><p>wireless). Os meios de transmissão guiados mais comuns são par trançado, cabo coaxial</p><p>e fibra óptica. Os meios de transmissão não guiados são atmosfera, água e espaço.</p><p>DICA 148</p><p>Técnicas de pesquisa comuns:</p><p>Pesquisar em redes sociais</p><p>Coloque @ antes de uma palavra para pesquisar em redes sociais. Por exemplo:</p><p>@Instagram.</p><p>Pesquisar um preço</p><p>Coloque $ antes de um número. Por exemplo: câmera $400.</p><p>Pesquisar hashtags</p><p>Coloque # antes de uma palavra. Por exemplo: #concurso</p><p>Excluir palavras da pesquisa</p><p>Coloque - antes de uma palavra que você queira deixar de fora. Por exemplo, velocidade do</p><p>jaguar -carro</p><p>Pesquisar uma correspondência exata</p><p>Coloque uma palavra ou frase entre aspas. Por exemplo, "maior animal já conhecido".</p><p>Pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas</p><p>Coloque um * na palavra ou frase onde você deseja deixar um marcador. Por exemplo,</p><p>"maior * do mundo".</p><p>Pesquisar dentro de um intervalo de números</p><p>Coloque .. entre dois números. Por exemplo, câmera $50..$100.</p><p>Combinar pesquisas</p><p>Coloque "OR" entre cada consulta de pesquisa. Por exemplo, maratona OR corrida.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>65</p><p>Pesquisar um site específico</p><p>Coloque "site:" antes de um site ou domínio. Por exemplo, site:youtube.com ou site:.gov.</p><p>Pesquisar sites relacionados</p><p>Coloque "related:" antes de um endereço da Web que você já conhece. Por exemplo,</p><p>related:time.com.</p><p>DICA 149</p><p>A Intranet é um tipo de rede local (LAN) cujo acesso é restrito a usuários</p><p>autorizados, normalmente integrantes da organização que gerencia a rede.</p><p>A intranet é uma rede de computadores que segue a arquitetura TCP/IP, assim como</p><p>a Internet. A sua peculiaridade é que somente pessoas autorizadas podem acessar os</p><p>serviços providos por esse tipo de rede. Seu acesso é privado e restrito. Essas pessoas</p><p>são normalmente membros da organização privada que gerencia a rede. Outras pessoas</p><p>podem obter o acesso se for de interesse da organização.</p><p>DICA 150</p><p>A extranet seria uma extensão da intranet. Funciona igualmente como a intranet, porém</p><p>sua principal característica é a possibilidade de acesso via internet, ou seja, de qualquer</p><p>lugar do mundo você pode acessar os dados de sua empresa. A ideia de uma extranet é</p><p>melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de acumular uma base de</p><p>conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.</p><p>Via de regra, o acesso a extranet é realizado mediante o uso de credenciais (login e</p><p>senha) ou por meio da criação de um Rede Privada Virtual (VPN), pela qual o usuário</p><p>recebe um endereço IP dentro da Intranet da empresa, mesmo estando fora dela.</p><p>DICA 151</p><p>FTP (File Transfer Protocol): Servidores FTP são computadores na internet ou rede local,</p><p>aos quais os usuários podem estar autorizados a utilizar para armazenar arquivos.</p><p>Procedimentos tais como excluir, mover, copiar e renomear objetos são operacionalizados</p><p>por servidores FTP, que atua na camada de aplicação.</p><p>SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): Protocolo utilizado por clientes de email para</p><p>enviar mensagens ao provedor.</p><p>NNTP (Network News Transfer Protocol): É o protocolo utilizado nos recursos de grupos</p><p>de discussão e através dele, seus conteúdos são acessados por seus usuários.</p><p>DICA 152</p><p>As redes metropolitanas (MANs) são aquelas instaladas</p><p>em grandes cidades de regiões</p><p>metropolitanas, para a interconexão de um grupo grande de usuários.</p><p>As redes LAN (Local Area Network) interligam computadores presentes dentro de</p><p>um mesmo espaço físico.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>66</p><p>DICA 153</p><p>Sentido das transmissões nas redes</p><p>As informações que trafegam nas redes podem caminhar em somente um sentido ou em</p><p>diferentes sentidos. Com base no sentido das informações, podemos falar em redes simplex,</p><p>half-duplex ou full duplex:</p><p>▪ Simplex: as informações trafegam de modo unidirecional, isto é, os dados são</p><p>transmitidos em um sentido único do transmissor para o receptor. As transmissões de</p><p>TV e rádio utilizam transmissão Simplex.</p><p>▪ Half-Duplex: uma conexão half-duplex permite a transmissão de informações em dois</p><p>sentidos, porém em um sentido de cada vez. Os walkie-talkies são exemplos de</p><p>dispositivos que operam com half-duplex.</p><p>▪ Full-Duplex: é o modo de transmissão bidirecional simultâneo. Assim, cada</p><p>extremidade da linha pode emitir e receber ao mesmo tempo, o que significa que a banda</p><p>concorrida está dividida por dois para cada sentido de emissão dos dados. As redes de</p><p>telefonia e as redes de computadores são exemplos de redes que geralmente operam com</p><p>base em full-duplex.</p><p>DICA 154</p><p>Topologias de rede</p><p>A topologia de uma rede trata-se da forma como estão organizados os dispositivos na</p><p>rede, da maneira como estão interconectados uns aos outros.</p><p>Inicialmente vale mencionar que podemos falar em topologia física ou lógica:</p><p>▪ Topologia Física: mapeia a posição dos ativos de rede juntamente com o percurso</p><p>físico dos cabos (mesmo que desabilitados) que os interligam.</p><p>▪ Topologia Lógica: mapeia o efetivo percurso da informação através da rede. Canais</p><p>desabilitados não são considerados por esta topologia.</p><p>DICA 155</p><p>Principais topologias de rede</p><p>Ponto a ponto</p><p>•União direta entre os dispositivos.</p><p>•Cada nó funciona tanto como cliente quanto como servidor.</p><p>Barramento</p><p>•Nós conectados diretamente ao meio de transmissão linear, ou barramento.</p><p>•Todos os dispositivos "escutam" o barramento.</p><p>•Quanto maior o número de dispositivos, pior o desempenho.</p><p>Anel</p><p>•Nós conectados em uma estrutura completamente fechada.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>67</p><p>•Transmissão simplex.</p><p>•Os dispositivos recebeme e retransmistem os dados (placas de redes ativas).</p><p>Estrela</p><p>•Presença de um nó central, a qual todos os demais estão conectados.</p><p>•Permite o broadcast, que é o envio de mensagens para todos os receptores ao mesmo</p><p>tempo.</p><p>Árvore ou hierárquica</p><p>•Dividida em níveis, em que o nível mais alto, está ligado a vários módulos do nível inferior</p><p>da hierarquia.</p><p>Malha</p><p>•Nós conectados uns aos outros, ponto a ponto, podendo haver várias conexões entre eles</p><p>formando uma malha.</p><p>•As informações podem navegar na rede seguindo rotas diversas.</p><p>Híbrida</p><p>•Composição de outras topologias.</p><p>DICA 156</p><p>Uma rede WiFi é uma rede local sem fio, em que os usuários transmitem/recebem</p><p>pacotes para/de um ponto de acesso que, por sua vez, é conectado à Internet com fio.</p><p>Um usuário de uma rede sem fio geralmente deve estar no espaço de alguns metros</p><p>do ponto de acesso. A rede Wi-Fi é baseada no padrão IEEE 802.11, que fornece uma</p><p>taxa de transmissão compartilhada de até 54 Mbps.</p><p>DICA 157</p><p>O WiMAX ou padrão IEEE 802.16 funciona indepentemente de uma rede de telefonia</p><p>celular e promete velocidades de 5 a 10 Mbps a distâncias superiores a dez quilômetros.</p><p>DICA 158</p><p>O acesso à Internet a cabo utiliza-se da infraestrutura de televisão a cabo existente da</p><p>empresa de TV a cabo. Essas redes de acesso necessitam de modems especiais, que</p><p>dividem a rede em dois canais: um para transmissão (downstream) e um de recebimento</p><p>(upstream). O cabo coaxial é utilizado para o nó da fibra ótica até a residência.</p><p>DICA 159</p><p>O Modelo OSI (Open Systems Interconnection) é o modelo proposto pela ISO</p><p>(International Organization for Standardization) como padrão para a comunicação entre</p><p>diversos tipos de sistemas e equipamentos, garantindo a comunicação fim-a-fim.</p><p>Utilizando o Modelo OSI é possível realizar comunicação entre máquinas distintas e</p><p>definir diretivas genéricas para a elaboração de redes de computadores independente</p><p>da tecnologia utilizada, sejam essas redes de curta, média ou longa distância.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>68</p><p>O Modelo OSI é composto por sete camadas, sendo que cada uma delas realizam</p><p>determinadas funções. As camadas são: Aplicação (Application), Apresentação</p><p>(Presentation), Sessão (Session), Transporte (Transport), Rede (Network), Dados (Data</p><p>Link) e Física (Physical).</p><p>DICA 160</p><p>O HTTP (HyperText Transfer Protocol) é um protocolo de camada de aplicação da</p><p>Web que utiliza por padrão a porta 80. O HTTP é utilizado para sistemas de informação de</p><p>hipermídia, distribuídos e colaborativos, sendo a base para a comunicação de dados da</p><p>World Wide Web.</p><p>O HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de hipertexto.</p><p>Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas (hiperlinks) – entre nós</p><p>contendo texto.</p><p>DICA 161</p><p>O HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure) é uma implementação do protocolo</p><p>HTTP sobre uma camada adicional de segurança que utiliza o protocolo SSL/TLS.</p><p>Essa camada adicional permite que os dados sejam transmitidos por meio de uma conexão</p><p>criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente por meio de</p><p>certificados digitais. A porta TCP usada por norma para o protocolo HTTPS é a 443.</p><p>DICA 162</p><p>FIQUE ATENTO(A)!</p><p>O Windows possui um Firewall nativo. Sua finalidade é filtrar dados que entram e que</p><p>saem de um computador e impedir que o sistema seja acessado por pessoas não</p><p>autorizadas.</p><p>*O Firewall é sim um RECURSO DE SEGURANÇA muito importante, mas não é uma</p><p>ferramenta que resolva todos os problemas de segurança.</p><p>ATENÇÃO! O Firewall não detecta vírus e outros softwares maliciosos, essa seria a</p><p>função de um antivírus. O antivírus nativo do Windows 10 chama-se Windows Defender.</p><p>DICA 163</p><p>Por padrão, arquivos excluídos são enviados para a lixeira do Windows. Existem 4 casos</p><p>que são exceções, ou seja, nesses 4 casos os arquivos excluídos não são enviados para a</p><p>lixeira e SÃO EXCLUÍDOS DEFINITIVAMENTE DO COMPUTADOR.</p><p>Os 4 casos são:</p><p>1. Arquivos excluídos através da combinação SHIFT + Delete</p><p>2. Arquivos excluídos de mídias removíveis ou locais da rede</p><p>3. Programas desinstalados</p><p>4. Arquivos que possuem tamanho maior do que a capacidade de</p><p>armazenamento da lixeira.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>69</p><p>DICA 164</p><p>Bitlocker to go é um recurso nativo do Windows 10 e que permite que um usuário</p><p>criptografe o conteúdo de suas mídias removíveis para evitar que esse conteúdo seja</p><p>acessado por pessoas não-autorizadas.</p><p>DICA 165</p><p>O LINUX é um sistema operacional com um considerável número de utilizadores. Mesmo</p><p>assim, o Windows ainda é utilizado na maioria esmagadora dos computadores.</p><p>Isso se deve ao fato de, além de ser um sistema mais antigo, o Windows possui uma</p><p>interface gráfica muito intuitiva, fácil de usar. Já o Linux, em seus primeiros anos de vida,</p><p>exigia que o usuário executasse tarefas por meio da digitação de comandos e isso fez</p><p>com que ele fosse alvo de um certo preconceito. Hoje em dia o Linux pode ser usado</p><p>em modo texto ou modo gráfico.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>7</p><p>Expectador (aquele que tem</p><p>esperança, que espera, que tem</p><p>expectativa)</p><p>Espectador (aquele que assiste)</p><p>Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o</p><p>imposto)</p><p>Concerto (sessão musical) Conserto (reparo)</p><p>Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante)</p><p>Cerrar (fechar) Serrar (cortar)</p><p>Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez,</p><p>contratempo)</p><p>Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo)</p><p>DICA 12</p><p>SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS:</p><p>Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.</p><p>* Introduzir uma citação;</p><p>* Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração</p><p>subordinada substantiva apositiva;</p><p>* Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou</p><p>seja, a saber, como etc.</p><p>* Marcar uma pausa entre orações coordenadas;</p><p>* Marcar a invocação em correspondências.</p><p>DICA 13</p><p>A VÍRGULA é utilizada para:</p><p>* marcar inversões</p><p>* separar termos coordenados (em enumeração)</p><p>* Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão.</p><p></p><p>ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E</p><p>NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA!</p><p>* Isolar vocativo</p><p>* Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por</p><p>travessões, parênteses ou por dois pontos.</p><p>* Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer</p><p>dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>8</p><p>DICA 14</p><p>O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos:</p><p>* Determinando sujeitos diferentes.</p><p>Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.</p><p>* Ter função diferente de adição.</p><p>Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso.</p><p>* Usar para dar ênfase na repetição.</p><p>Ex.: e chora, e ri, e grita.</p><p>DICA 15</p><p>SINAIS DE PONTUAÇÃO</p><p>→ RETICÊNCIAS ...</p><p>São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de</p><p>continuidade ao segmento.</p><p>→ PARÊNTESES ( )</p><p>São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples</p><p>indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica</p><p>do enunciado.  ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA.</p><p>Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas</p><p>casas dos americanos.</p><p>→ TRAVESSÃO</p><p>* Indica a fala de um personagem no discurso direto.</p><p>Ex.: Mariana disse:</p><p>– Amigo, preciso pedir-lhe algo.</p><p>* Isola um comentário no texto (sentença interferente).</p><p>Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter.</p><p>* Isola um aposto na sentença.</p><p>Minha prima – a dona da loja – ligou para você.</p><p>* Reforçar a parte final de um enunciado:</p><p>Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo!</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>9</p><p>DICA 16</p><p>CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA</p><p>1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre</p><p>vírgulas, entre o sujeito e predicado.</p><p>Ex.: Quem ama não trai.</p><p>sujeito predicado</p><p>Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o</p><p>sentido.</p><p>CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza</p><p>*sem vírgula → restritiva é uma parte</p><p>2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento.</p><p>Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião.</p><p>VTDI OI OD Adj. adv.</p><p>3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu</p><p>adjunto.</p><p>Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima</p><p>tropical.</p><p>Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva.</p><p>Substantivo adj. Adn. CN</p><p>Abstrato</p><p>DICA 17</p><p>PONTO E VÍRGULA</p><p>Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre</p><p>a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final).</p><p>É usado, dentre suas principais funções:</p><p>* Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não</p><p>é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros.</p><p>Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel</p><p>dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de</p><p>Direito e tem como fundamentos:</p><p>I - a soberania;</p><p>II - a cidadania;</p><p>III - a dignidade da pessoa humana;</p><p>IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;</p><p>V - o pluralismo político.”</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>10</p><p>* Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo</p><p>é marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente</p><p>marcada pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito</p><p>anterior à pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro.  Eu prefiro museu; ele,</p><p>teatro.</p><p>* Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o</p><p>ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras</p><p>pausas que aparecerem no meio das orações.</p><p>DICA 18</p><p>ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS:</p><p>*CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois,</p><p>chega o funcionário do banco com outra chave digital.</p><p>*LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião</p><p>de ontem, os deputados federais aprovaram a lei.</p><p>DICA 19</p><p>DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o</p><p>tempo do candidato)</p><p>DITONGO</p><p>→ Conceito: Encontro de uma vogal</p><p>e uma semivogal (ou vice-versa)</p><p>numa mesma sílaba. Encontro de</p><p>duas vogais “juntas” na mesma</p><p>sílaba.</p><p>→ Ditongo crescente: hipótese na</p><p>qual a semivogal (“i” e “u”) vem</p><p>antes da vogal.</p><p>Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se.</p><p>→ Ditongo decrescente: Quando a</p><p>vogal vem antes da semivogal.</p><p>Ex.: cai-xa, pai, per-deu.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>11</p><p>DICA 20</p><p>* São ACENTUADOS:</p><p>→ monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) +</p><p>terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s)</p><p>Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói.</p><p>→ oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em:</p><p>a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s),</p><p>ói (s) + terminadas em: em e ens.</p><p>ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas</p><p>oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir</p><p>terminações contidas nas aludidas regras acima.</p><p>Habitar + a = habitá-la</p><p>Jogar + o = jogá-lo</p><p>Escrever + la = escrevê-la</p><p>QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!</p><p>(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista</p><p>Bancário)</p><p>... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra</p><p>de acentuação.”</p><p>... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos</p><p>terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS!</p><p>DICA 21</p><p>* São ACENTUADAS:</p><p>→ paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N,</p><p>UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente)</p><p>Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus,</p><p>fórum, Itália (ditongo), etc.</p><p>* TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadas em</p><p>– a, -e, -o,</p><p>(s), éu, éi, ói, em, ens:</p><p>Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc.</p><p>ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM</p><p>DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO</p><p>ORTOGRÁFICO)</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>12</p><p>ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS</p><p>TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo.</p><p>DICA 22</p><p>TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são</p><p>ACENTUADAS!</p><p>Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc.</p><p>DICA 23</p><p>* No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados</p><p>separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal</p><p>tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de</p><p>DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”.</p><p>Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc.</p><p>→ JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES</p><p>DICA 24</p><p>ACENTOS DIFERENCIAIS</p><p>*pôr (verbo)</p><p>*pôde (passado)</p><p>*têm (plural)</p><p>*vêm (plural)</p><p>*fôrma (facultativo)</p><p>DICA 25</p><p>PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO:</p><p>PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO)</p><p>PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o</p><p>artigo)</p><p>PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO)</p><p>POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a</p><p>união antiga e popular de “por” e</p><p>“lo”)</p><p>PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que</p><p>significa “para”)</p><p>ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS</p><p>CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>13</p><p>CONTABILIDADE GERAL</p><p>DICA 26</p><p>Teoria da Contabilidade</p><p>A Contabilidade é uma ciência social aplicada concebida para captar, registrar, acumular,</p><p>resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e</p><p>econômicas de qualquer entidade.</p><p>A Contabilidade prática diz respeito a escrituração e registros das operações de uma</p><p>entidade em livros mantidos para essa finalidade.</p><p>Já a Contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidos</p><p>pelos profissionais para aprimorar e uniformizar os procedimentos contábeis.</p><p>DICA 27</p><p>Contabilidade: Objeto, Objetivo, Finalidade e Campo de Aplicação</p><p>A Contabilidade é uma ciência social e possui alguns aspectos fundamentais que não</p><p>podem ser confundidos:</p><p>→ Objeto: Patrimônio das entidades.</p><p>→ Objetivo: Controlar o patrimônio.</p><p>→ Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários.</p><p>→ Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico-administrativas), com ou sem</p><p>fins lucrativos.</p><p>OBS: A CESPE algumas vezes considera objetivo e finalidade como sinônimos.</p><p>DICA 28</p><p>Ciclo Contábil</p><p>O ciclo contábil são os procedimentos usados para identificar, classificar, mensurar e</p><p>registrar as informações contábeis de uma empresa. O ciclo contábil possui cinco fases:</p><p>captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação.</p><p>→ Captação: Colher dados que afetam o patrimônio da entidade (análise de documentos).</p><p>→ Reconhecimento: Questionar os atos e fatos contábeis e decidir se devem ser</p><p>reconhecidos ou não.</p><p>→ Processo de acumulação: Organizar e estruturar os dados reconhecidos.</p><p>→ Sumarização: Transformar os dados em informações úteis.</p><p>→ Evidenciação: Divulgar as informações contábeis aos usuários.</p><p>DICA 29</p><p>Atos e Fatos Administrativos</p><p>Atos administrativos: São atos de gestão, que não provocam alterações no patrimônio</p><p>da entidade. Ex: planejamento operacional, elaboração de parecer, etc.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>14</p><p>Fatos Administrativos (ou Contábeis): São fatos que provocam alterações em elementos</p><p>do patrimônio ou do resultado. Ex: compra de veículo, pagamento de impostos. Os fatos</p><p>administrativos podem ser: permutativos, modificativos ou mistos.</p><p>DICA 30</p><p>Fatos Permutativos para o CESPE</p><p>A banca CESPE trata fatos administrativos que aumentam ou diminuem o PL, mas não</p><p>envolvem contas de Resultado como fatos permutativos. É um entendimento diferente</p><p>de outras bancas, portanto, muita atenção.</p><p>Veja alguns exemplos:</p><p>Integralização de Capital</p><p>D- Caixa (Ativo Circulante)</p><p>C- Capital Social a Integralizar (PL)</p><p>Distribuição de Lucros</p><p>D- Lucros Acumulados (PL)</p><p>C- Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)</p><p>DICA 31</p><p>LIVRO CAIXA</p><p>O livro caixa é responsável por escriturar operações que envolvem pagamento e</p><p>recebimento de dinheiro. Neste, é informado o histórico completo das operações e deve</p><p>ser escriturado quase simultaneamente com as operações, diferente da conta “Caixa” no</p><p>Razão, que não apresenta maiores informações sobre o histórico da transação como o livro</p><p>caixa.</p><p>DICA 32</p><p>REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA</p><p>De acordo com o regime de competência de exercícios, as receitas e as despesas são</p><p>consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou</p><p>pagamento da despesa, em dinheiro.</p><p>As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham</p><p>sido recebidas efetivamente ou não. Da mesma forma, as despesas de um exercício são</p><p>aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não.</p><p>Já no regime de caixa são consideradas as receitas e despesas do exercício que foram</p><p>efetivamente recebidas e pagas dentro deste período.</p><p>DICA 33</p><p>Fórmulas de Lançamento</p><p>A fórmula de lançamento é definida pelo número de contas debitadas ou creditadas.</p><p>Lançamento de 1ª Fórmula</p><p>1 conta debitada e 1 conta creditada.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>15</p><p>Exemplo: Pagamento de duplicata na data de vencimento.</p><p>D- Bancos (Ativo Circulante)</p><p>C- Duplicatas a pagar (Passivo Circulante)</p><p>Lançamento de 2ª Fórmula</p><p>1 conta debitada e 2 ou mais contas creditadas.</p><p>Exemplo: Compra de veículo de R$50.000,00 sendo 50% à vista, e 50% em 60 dias.</p><p>D- Veículos (Ativo Imobilizado): 50.000,00</p><p>C- Bancos (Ativo Circulante): 25.000,00</p><p>C- Contas a pagar (Passivo Circulante): 25.000,00</p><p>Lançamento de 3ª Fórmula</p><p>2 ou mais contas debitadas e 1 conta creditada.</p><p>Exemplo: Pagamento de fornecedores em atraso (com juros).</p><p>D- Fornecedores (Passivo Circulante)</p><p>D- Juros passivos (Resultado)</p><p>C- Bancos (Ativo Circulante)</p><p>Lançamento de 4ª Fórmula</p><p>2 ou mais contas debitadas e 2 ou mais contas creditadas.</p><p>Exemplo: Compra de máquinas e móveis com pagamento em dinheiro e cheque.</p><p>D- Máquinas (Ativo Imobilizado)</p><p>D- Móveis (Ativo Imobilizado)</p><p>C- Caixa (Ativo Circulante)</p><p>C- Bancos (Ativo Circulante)</p><p>DICA 34</p><p>Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO</p><p>A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas</p><p>à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo):</p><p>Formalidades Extrínsecas:</p><p>→ Ser encadernado com páginas numeradas;</p><p>→ ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e</p><p>Documentos;</p><p>→ ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>16</p><p>→ possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável.</p><p>Formalidades Intrínsecas:</p><p>→ Registros em ordem cronológica;</p><p>→ não podem possuir borrões, rasuras ou emendas;</p><p>→ não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas;</p><p>→ devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim.</p><p>DICA 35</p><p>Afirmações gerais sobre regime de competência, regime de caixa e livros</p><p>contábeis</p><p>No regime de competência, as receitas são reconhecidas quando são</p><p>ganhas, mesmo</p><p>que não recebidas. Em outras palavras, as receitas são reconhecidas no momento em que</p><p>são geradas (ganhas) e as despesas são reconhecidas no momento em que são incorridas,</p><p>independentemente de ocorrer ou não a movimentação de recursos financeiros.</p><p>De acordo com o regime de caixa as receitas e as despesas são consideradas em função</p><p>dos recebimentos ou dos pagamentos.</p><p>No lançamento em livro diário deve-se descrever o valor do débito e do crédito e não</p><p>o saldo da conta.</p><p>No livro razão, o confronto dos créditos e dos débitos denomina-se saldo. É um livro de</p><p>registro da conta, ou seja, é a representação gráfica da conta (cada conta é uma página do</p><p>livro).</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>17</p><p>ESTATÍSTICA</p><p>DICA 36</p><p>Amostragem Probabilística x Não Probabilística</p><p>→ Na amostragem probabilística, não há interferência do responsável na seleção da</p><p>amostra (imparcialidade). Há como calcular a probabilidade de cada elemento da população</p><p>pertencer a amostra.</p><p>→ Na amostragem não probabilística, há parcialidade do responsável, também é</p><p>chamada de amostra determinística.</p><p>→ O ideal é que, pelas características do tipo de amostra, você consiga determinar se ela é</p><p>probabilística ou não. De qualquer forma os exemplos são:</p><p>✓ Probabilística: amostragem aleatória simples, por estratos, por conglomerados e</p><p>sistemática.</p><p>✓ Não Probabilística: amostragem por conveniência, julgamento e cotas.</p><p>→ Há situações em que o ideal é uma amostragem Probabilística, e outras em que se encaixa</p><p>melhor uma amostra Não Probabilística.</p><p>DICA 37</p><p>Teoria da Estimação</p><p>→ A estimação é uma técnica utilizada para determinar estimativas de parâmetros</p><p>populacionais. Neste método, utiliza-se dados amostrais para prever valores de</p><p>parâmetros populacionais que ainda não são conhecidos.</p><p>✓ ESTIMAÇÃO PONTUAL</p><p>• Nesta estimação o parâmetro populacional é obtido através de um único número. Este</p><p>número tende a ser bem próximo do verdadeiro valor do parâmetro.</p><p>• Existem dois tipos de estimação de um parâmetro populacional: estimação por ponto e</p><p>a estimação por intervalo.</p><p>• Como é uma estimativa baseada em um único ponto, não é possível julgar a magnitude</p><p>do erro que podemos estar cometendo.</p><p>✓ ESTIMAÇÃO POR INTERVALO</p><p>• Essa estimativa busca determinar um intervalo que possua o valor do parâmetro</p><p>populacional, obtendo através desta uma margem de segurança razoável, onde é</p><p>possível julgar se estamos ou não cometendo um erro de amostragem.</p><p>✓ INTERVALO DE CONFIANÇA</p><p>• Na estimativa por intervalo de confiança é possível determinar dois limites para a</p><p>amostragem populacional, ou seja, temos aqui uma margem de erro conhecida.</p><p>• Quando a margem de erro é baixa, temos que o nível de confiança daquela pesquisa ou</p><p>amostra é alto. Caso a margem de erro seja alta, a confiança tende a ser menor.</p><p>• Geralmente esses intervalos de confiança são expressos assim: (1 – a), onde a é o grau</p><p>de desconfiança.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>18</p><p>• Encontramos em nosso dia a dia, desta forma α = grau de desconfiança, nível de</p><p>incerteza ou nível de significância. 1-α = coeficiente de confiança ou nível de</p><p>confiabilidade;</p><p>DICA 38</p><p>Teste de Hipóteses</p><p>→ O teste de Hipótese é utilizado no dia a dia para a tomada de decisões. Quando estamos</p><p>diante de um teste de hipóteses, devemos examinar as duas possibilidades possíveis</p><p>que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população de acordo</p><p>com as evidências obtidas por uma amostra de dados.</p><p>→ Dentro do teste de hipóteses temos as hipóteses estatísticas, o qual podemos definir</p><p>como uma suposição de um parâmetro populacional, ou seja, iremos pegar uma amostra e</p><p>buscar os parâmetros daquela amostra. Iremos calcular através da amostra se esta hipótese</p><p>deve ser aceita ou rejeitada.</p><p>→ Para testarmos um parâmetro populacional, teremos uma hipótese que seja falsa e outra</p><p>que seja verdadeira. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese nula e hipótese</p><p>alternativa.</p><p>DICA 39</p><p>RAMOS DA ESTATÍSTICA</p><p>A Estatística se divide em dois ramos principais:</p><p>a) Estatística Descritiva (ou Dedutiva): tem por objetivo descrever um conjunto de</p><p>dados, resumindo as suas informações principais.</p><p>Fazem parte deste ramo tanto as técnicas para coletar os dados (técnicas de</p><p>amostragem) quanto as técnicas para o cálculo dos principais parâmetros</p><p>(características) daquele grupo de dados coletados.</p><p>Também fazem parte deste ramo da Estatística as técnicas para a apresentação de dados</p><p>em tabelas e gráficos, bem como o cálculo de medidas utilizadas para resumir estes dados</p><p>(média, moda, mediana, desvio padrão, etc.).</p><p>b) Estatística Inferencial (ou Indutiva): tem por objetivo inferir/induzir, a partir das</p><p>informações de um conjunto de dados (amostra), informações sobre um conjunto mais</p><p>amplo (população).</p><p>A teoria da Probabilidade faz parte deste ramo, pois nela o nosso objetivo é, a partir do</p><p>conhecimento de um fenômeno (ex.: lançamento de um dado), inferir possíveis resultados</p><p>para a ocorrência de um determinado evento. Também fazem parte da estatística inferencial</p><p>os testes de hipóteses, que visam obter conclusões sobre uma população a partir da análise</p><p>de um subconjunto desta (amostra).</p><p>DICA 40</p><p>CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE ESTATÍSTICA</p><p>- População: é o conjunto de todas as entidades sob estudo.</p><p>- Censo: quando efetuamos o censo de uma população, analisamos todos os indivíduos que</p><p>compõem aquela população.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>19</p><p>- Amostra: em muitos casos é inviável, custoso ou desnecessário, observar um por um dos</p><p>membros de uma determinada população.</p><p>- Variável: é um atributo ou característica (ex: sexo, altura, salário etc.) dos elementos de</p><p>uma população que pretendemos avaliar.</p><p>- Observação: trata-se do valor que a variável assume para um determinado membro da</p><p>população.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>20</p><p>LEGISLAÇÃO ESPECIAL</p><p>DICA 41</p><p>LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime</p><p>Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU</p><p>TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo</p><p>com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:</p><p>I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas;</p><p>II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação</p><p>da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).</p><p>III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo.</p><p>(prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).</p><p>***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as</p><p>causas de interrupção previstas no CP.</p><p>***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS</p><p>MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação</p><p>verbal e multa.</p><p>§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal,</p><p>SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena</p><p>quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.</p><p>§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz</p><p>atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições</p><p>em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à</p><p>conduta e aos antecedentes do agente.</p><p>DICA 42</p><p>ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU</p><p>a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não</p><p>deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ)</p><p>DICA 43</p><p>TRÁFICO DE</p><p>DROGAS PRIVILEGIADO</p><p>→ É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se</p><p>dedica às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese,</p><p>descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3.</p><p>OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar</p><p>relacionadas com o tráfico de drogas.</p><p>OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da</p><p>conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>21</p><p>Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É</p><p>suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do</p><p>§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por</p><p>decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”.</p><p>DICA 44</p><p>- TRÁFICO INTERESTADUAL</p><p>Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei</p><p>11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da</p><p>federação, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE</p><p>REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL.</p><p>- TRÁFICO TRANSNACIONAL</p><p>Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei</p><p>11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que</p><p>não consumada a transposição de fronteiras.</p><p>DICA 45</p><p>INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME</p><p>VOLUNTÁRIA</p><p>- aquela que se dá com o consentimento do</p><p>dependente de drogas;</p><p>- deverá ser precedida de declaração escrita</p><p>da pessoa solicitante de que optou por este</p><p>regime de tratamento;</p><p>- seu término dar-se-á por determinação do</p><p>médico responsável ou por solicitação</p><p>escrita da pessoa que deseja interromper o</p><p>tratamento.</p><p>INVOLUNTÁRIA</p><p>- aquela que se dá, sem o consentimento do</p><p>dependente, a pedido de familiar ou do</p><p>responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA</p><p>DESTE, de servidor público da área de</p><p>saúde, da assistência social ou dos órgãos</p><p>públicos integrantes do Sisnad, com</p><p>exceção de servidores da área de</p><p>segurança pública, que constate a existência</p><p>de motivos que justifiquem a medida;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>22</p><p>- deve ser realizada após a formalização</p><p>da decisão por médico responsável;</p><p>II - será indicada depois da avaliação</p><p>sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso</p><p>e na hipótese comprovada da</p><p>impossibilidade de utilização de outras</p><p>alternativas terapêuticas previstas na rede</p><p>de atenção à saúde;</p><p>III - perdurará apenas pelo tempo</p><p>necessário à desintoxicação, no prazo</p><p>máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu</p><p>término determinado pelo médico responsável;</p><p>IV - a família ou o representante legal</p><p>poderá, a qualquer tempo, requerer ao</p><p>médico a interrupção do tratamento.</p><p>DICA 46</p><p>DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE</p><p>• Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,</p><p>imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto</p><p>lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e</p><p>quatro) horas.</p><p>• Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da</p><p>materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e</p><p>quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa</p><p>idônea.</p><p>• O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração</p><p>do laudo definitivo.</p><p>• Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,</p><p>certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição</p><p>das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo</p><p>definitivo.</p><p>• A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente</p><p>no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade</p><p>sanitária.</p><p>DICA 47</p><p>CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas)</p><p>INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias</p><p>INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>23</p><p>DICA 48</p><p>É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,</p><p>proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou</p><p>da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE</p><p>INCAPAZ DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE</p><p>ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45)</p><p>DICA 49</p><p>LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS</p><p>Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na</p><p>súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº</p><p>6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que</p><p>prevê sobre o crime de tráfico.</p><p>Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão</p><p>ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons</p><p>antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.</p><p>Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o</p><p>resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que</p><p>o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.</p><p>Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais</p><p>vantajosa ao acusado.</p><p>DICA 50</p><p>AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME</p><p>Segundo o art. 33, §1º, IV:</p><p>Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem:</p><p>IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à</p><p>preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal</p><p>ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos</p><p>probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº</p><p>13.964, de 2019)</p><p>A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos</p><p>prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime,</p><p>logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a</p><p>súmula 145 do STF:</p><p>“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua</p><p>consumação”.</p><p>Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar</p><p>presentes os seguintes requisitos:</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>24</p><p>➢ O policial tem que ser o agente provocador; e</p><p>➢ Elementos prévios de informação.</p><p>DICA 51</p><p>INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA</p><p> O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém</p><p>ao uso indevido de droga.</p><p>Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar</p><p>uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios.</p><p>***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da</p><p>maconha não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício</p><p>de direito de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes</p><p>movimentos sejam realizados deve haver:</p><p>➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem</p><p>incitação à violência;</p><p>➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes;</p><p>➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestação do</p><p>pensamento;</p><p>e</p><p>➢ Não podem participar crianças e adolescente.</p><p>DICA 52</p><p>CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS</p><p>Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o</p><p>consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:</p><p>Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo,</p><p>cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena</p><p>privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)</p><p>dias-multa”.</p><p>Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A</p><p>autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição.</p><p>As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da</p><p>habilitação ou proibição de obtê-la e multa.</p><p>DICA 53</p><p>ART. 44 - LEI DE DROGAS</p><p>O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34</p><p>a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade</p><p>provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.</p><p>Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento</p><p>condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao</p><p>reincidente específico”.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>25</p><p>MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão</p><p>de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena</p><p>entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem</p><p>como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório.</p><p>DICA 54</p><p>LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO</p><p>VAMOS COMEÇAR COM ALGUNS CONCEITOS ESCLARECEDORES!</p><p>➢ Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico;</p><p>➢ Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo</p><p>➢ Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior</p><p>➢ Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém</p><p>➢ Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira</p><p>➢ Visitante: Passeando</p><p>DICA 55</p><p>DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS</p><p>Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes</p><p>princípios e diretrizes:</p><p>I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;</p><p>II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de</p><p>discriminação;</p><p>III - não criminalização da migração;</p><p>IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a</p><p>pessoa foi admitida em território nacional;</p><p>V - promoção de entrada regular e de regularização documental;</p><p>VI - acolhida humanitária;</p><p>VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e</p><p>tecnológico do Brasil;</p><p>VIII - garantia do direito à reunião familiar;</p><p>IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;</p><p>X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;</p><p>XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens</p><p>públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário</p><p>e seguridade social;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>26</p><p>XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do</p><p>migrante;</p><p>XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e</p><p>promoção da participação cidadã do migrante;</p><p>XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da</p><p>América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de</p><p>pessoas;</p><p>XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de</p><p>movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do</p><p>migrante;</p><p>XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas</p><p>públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;</p><p>XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente</p><p>migrante;</p><p>XVIII - observância ao disposto em tratado;</p><p>XIX - proteção ao brasileiro no exterior;</p><p>XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de</p><p>todas as pessoas;</p><p>XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos</p><p>termos da lei; e</p><p>XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.</p><p>DICA 56</p><p>Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em</p><p>condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à</p><p>liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:</p><p>I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;</p><p>II - direito à liberdade de circulação em território nacional;</p><p>III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos,</p><p>familiares e dependentes;</p><p>IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;</p><p>V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro</p><p>país, observada a legislação aplicável;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>27</p><p>VI - direito de reunião para fins pacíficos;</p><p>VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;</p><p>VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos</p><p>termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;</p><p>IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem</p><p>insuficiência de recursos;</p><p>X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da</p><p>condição migratória;</p><p>XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação</p><p>das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da</p><p>condição migratória;</p><p>XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência</p><p>econômica, na forma de regulamento;</p><p>XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados</p><p>pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;</p><p>XIV - direito a abertura de conta bancária;</p><p>XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto</p><p>pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de</p><p>transformação de visto em autorização de residência; e</p><p>XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para</p><p>fins de regularização migratória.</p><p>§ 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao</p><p>disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o</p><p>disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil</p><p>seja parte.</p><p>DICA 57</p><p>DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL</p><p>Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até</p><p>que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei.</p><p>Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO</p><p>PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de</p><p>posse de documento de viagem válido:</p><p>I - não possua visto;</p><p>II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>28</p><p>III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecido ausente do País</p><p>na</p><p>forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de</p><p>nova autorização de residência;</p><p>IV - (VETADO); ou</p><p>V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem</p><p>autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do</p><p>documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao</p><p>Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade</p><p>competente.</p><p>Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de</p><p>admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei.</p><p>Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os</p><p>requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo</p><p>transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as</p><p>despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante.</p><p>DICA 58</p><p>DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR</p><p>Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força</p><p>maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu</p><p>desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas</p><p>decorrentes do transbordo.</p><p>ATENÇÃO! Mesmo não preenchendo os requisitos de admissão, o passageiro ou tripulante</p><p>poderá ter entrada autorizada. É o caso por exemplo, de uma pessoa que está sobrevoando</p><p>o território nacional e sofre um ataque cardíaco.</p><p>DICA 59</p><p>MEDIDAS SANITÁRIAS</p><p>Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a</p><p>aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário</p><p>Internacional e com outras disposições pertinentes.</p><p></p><p>FIQUEM ATENTOS a este dispositivo, tendo haja vista a pandemia do coronavírus.</p><p>DICA 60</p><p>IMPEDIMENTOS DE INGRESSO</p><p>Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista</p><p>individual e mediante ato fundamentado, a pessoa:</p><p>I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>29</p><p>II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de</p><p>genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos</p><p>termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998,</p><p>promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002;</p><p>III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível</p><p>de extradição segundo a lei brasileira;</p><p>IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por</p><p>compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional;</p><p>V - que apresente documento de viagem que:</p><p>a) não seja válido para o Brasil;</p><p>b) esteja com o prazo de validade vencido; ou</p><p>c) esteja com rasura ou indício de falsificação;</p><p>VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando</p><p>admitido;</p><p>VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo</p><p>alegado para a isenção de visto;</p><p>VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação</p><p>falsa por ocasião da solicitação de visto; ou</p><p>IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na</p><p>Constituição Federal.</p><p>MUITA ATENÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO ESTUDADO!!!</p><p>Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça,</p><p>religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>30</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>DICA 61</p><p>Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva</p><p>Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de</p><p>responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade</p><p>subjetiva.</p><p>Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou,</p><p>pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do</p><p>Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação</p><p>de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular</p><p>prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos.</p><p>DICA 62</p><p>Teoria da culpa administrativa</p><p>A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa</p><p>anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição</p><p>entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente</p><p>na maioria dos países ocidentais.</p><p>Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do</p><p>Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em</p><p>três situações:</p><p>a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar;</p><p>b) o serviço funcionou mal; ou</p><p>c) o serviço atrasou.</p><p>Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa,</p><p>culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de</p><p>qualquer culpa do agente.</p><p>DICA 63</p><p>Teoria do risco administrativo</p><p>Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido</p><p>pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o</p><p>particular não tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da</p><p>responsabilidade objetiva ou sem culpa do Estado.</p><p>Essa teoria surge de dois aspectos:</p><p>a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados;</p><p>b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos</p><p>suportados por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social).</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>31</p><p>Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes</p><p>deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização</p><p>custeada pelo Estado.</p><p>Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou</p><p>se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se</p><p>questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o</p><p>serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o</p><p>comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade</p><p>civil do Estado.</p><p>Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a</p><p>responsabilidade do Estado:</p><p>a) dano;</p><p>b) conduta administrativa – fato do serviço; e</p><p>c) nexo causal.</p><p>DICA 64</p><p>Critérios definidores da competência</p><p>A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição</p><p>e organização, quais sejam:</p><p>→ Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida.</p><p>Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada</p><p>matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.).</p><p>→ Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade</p><p>e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior</p><p>responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado.</p><p>→ Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais</p><p>distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das</p><p>atividades administrativas.</p><p>Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por</p><p>Superintendências espalhadas nos Estados-membros.</p><p>→ Tempo: a competência é conferida por determinado período.</p><p>Exemplo:</p><p>a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e</p><p>término com o fim do exercício da função pública.</p><p>→ Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja</p><p>manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados</p><p>atos complexos.</p><p>Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação</p><p>do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>32</p><p>DICA 65</p><p>A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características:</p><p>→ É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo</p><p>exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público.</p><p>→ É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público,</p><p>o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo</p><p>que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública</p><p>transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer</p><p>algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade</p><p>da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante).</p><p>→ É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a</p><p>competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada</p><p>em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo</p><p>quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa</p><p>característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público.</p><p>→ É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência</p><p>primária é a lei ou a Constituição.</p><p>→ É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente</p><p>continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo</p><p>fato de não utilizá-la.</p><p>→ É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz</p><p>com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do</p><p>tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência,</p><p>registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da</p><p>competência.</p><p>→ Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal.</p><p>DICA 66</p><p>Vícios de objeto</p><p>Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício</p><p>do objeto quando este for:</p><p>→ Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União.</p><p>→ Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a</p><p>autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade</p><p>suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo,</p><p>90 dias.</p><p>→ Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por</p><p>exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária</p><p>em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de</p><p>Reforma Agrária.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>33</p><p>→ Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrário ao entendimento</p><p>de quem o elabora.</p><p>→ Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo,</p><p>desapropriação de bem não definido com precisão.</p><p>O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato.</p><p>DICA 67</p><p>Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas</p><p>diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação:</p><p>1. Técnica de informação</p><p>2. Técnica de condicionamento</p><p>3. Técnica sancionatória</p><p>Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas</p><p>prestem informação sobre si próprios.</p><p>Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a</p><p>pessoa possa exercer sua atividade.</p><p>Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que</p><p>tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de</p><p>informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento).</p><p>DICA 68</p><p>O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas:</p><p>→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias</p><p>ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade);</p><p>→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.:</p><p>apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e</p><p>→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos).</p><p>DICA 69</p><p>→ Jurisprudência do STF</p><p>Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de</p><p>detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para</p><p>regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441).</p><p>→ Jurisprudência do STJ</p><p>Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao</p><p>público é de competência da União (Súmula 19).</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>34</p><p>DICA 70</p><p>Ciclo de Polícia</p><p>Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia,</p><p>consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia.</p><p>1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou</p><p>deixar de fazer algo em função do interesse público.</p><p>2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar</p><p>da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre</p><p>o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa</p><p>fase nem sempre ocorra.</p><p>3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo</p><p>obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão</p><p>regulares.</p><p>4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de</p><p>polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia.</p><p>DICA 71</p><p>ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA</p><p>→DISCRICIONARIEDADE</p><p>→AUTOEXECUTORIEDADE</p><p>→COERCIBILIDADE</p><p>OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de</p><p>polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível</p><p>para o caso concreto.</p><p>OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois:</p><p>1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS</p><p>de coação. Ex.: Aplicação de multa.</p><p>2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução</p><p>forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação.</p><p>Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica.</p><p>DICA 72</p><p>PRESCRIÇÃO no PODER DE POLÍCIA</p><p>PRESCREVE em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e</p><p>indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor,</p><p>contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou</p><p>continuada, do dia em que tiver cessado.</p><p>*Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de TRÊS</p><p>ANOS, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou</p><p>mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da</p><p>responsabilidade</p><p>funcional decorrente da paralisação, se for o caso.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>35</p><p>*Quando o fato objeto de a ação punitiva da Administração também constituir crime, a</p><p>prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.</p><p>DICA 73</p><p>Atributos do Ato Administrativo</p><p>A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer</p><p>imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre</p><p>da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante</p><p>os particulares.</p><p>Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato</p><p>administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele</p><p>atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com</p><p>agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo.</p><p>Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do</p><p>Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos.</p><p>DICA 74</p><p>Atributos do Ato Administrativo</p><p>Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,</p><p>independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo</p><p>restrições.</p><p>A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao</p><p>Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos</p><p>que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam</p><p>a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio</p><p>da supremacia do interesse público sobre o particular.</p><p>Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos</p><p>administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições.</p><p>DICA 75</p><p>Atributos do Ato Administrativo</p><p>A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a</p><p>executoriedade.</p><p>A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o</p><p>comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios</p><p>indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a</p><p>aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de</p><p>descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a</p><p>imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado.</p><p>Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato,</p><p>ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>36</p><p>executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo</p><p>materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.</p><p>DICA 76</p><p>O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos</p><p>administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato.</p><p>Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do</p><p>executivo, estaríamos diante do poder normativo.</p><p>O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos</p><p>os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de</p><p>origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar.</p><p>DICA 77</p><p>Regulamentos Executivos</p><p>Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de</p><p>caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art.</p><p>84, IV da CF/88, abaixo reproduzido:</p><p>“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar</p><p>e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel</p><p>execução;(...)”</p><p>DICA 78</p><p>Regulamentos Autorizados</p><p>Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos</p><p>órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo.</p><p>A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o</p><p>Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos</p><p>e entidades da Administração Pública.</p><p>DICA 79</p><p>A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração</p><p>pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.</p><p>DICA 80</p><p>Finalidade</p><p>→ Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo.</p><p>→ Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato</p><p>= objeto)</p><p>→ Decorre do princípio da impessoalidade.</p><p>→ Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado).</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>37</p><p>DICA 81</p><p>ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato</p><p>administrativo</p><p>ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato</p><p>COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade:</p><p>conformidade do ato com a ordem jurídica</p><p>e veracidade dos fatos (sempre existe).</p><p>FInalidade: interesse público</p><p>(resultado mediato)</p><p>Autoexecutoriedade: permite que a</p><p>Administração atue independente de</p><p>autorização judicial</p><p>FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei.</p><p>Motivo: pressupostos de fato e de</p><p>direito</p><p>Imperatividade: faz com que o</p><p>destinatário deva obediência ao ato,</p><p>independente de concordância.</p><p>OBjeto: conteúdo (resultado imediato)</p><p>DICA 82</p><p>Diferença entre objeto natural e objeto acidental</p><p>O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental.</p><p>Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção;</p><p>ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei.</p><p>Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas</p><p>acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo</p><p>ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de</p><p>elementos acidentais do ato administrativo.</p><p>DICA 83</p><p>Responsabilidade civil por ato legislativo</p><p>Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que</p><p>esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro</p><p>dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se</p><p>falar em dever de indenizar.</p><p>No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente</p><p>pelo exercício da atividade legislativa, são elas:</p><p>a) edição de lei inconstitucional;</p><p>b) edição de leis de efeitos concretos;</p><p>c) omissão legislativa.</p><p>DICA 84</p><p>Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento</p><p>sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de</p><p>inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas</p><p>estatais comissivas quanto para as omissivas.</p><p>Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08</p><p>Memorex PF (Agente) - Rodada 01</p><p>38</p><p>DICA 85</p><p>Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com</p><p>alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em:</p><p>→ agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego</p><p>ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo,</p><p>um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não</p><p>preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as</p><p>funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou</p><p>a idade limite da aposentadoria compulsória;</p>

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