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<p>Capítulo 1 - relações afetivas, emoções e vínculos.</p><p>O que vem a ser relações afetivas e por qual motivo falar sobre o tema. pesquisa pautada nos vínculos, cuidados e acolhimento. Sendo essencial para o desenvolvimento integral da criança para sua formação. relacionando as emoções e como o seu meio social influencia diretamente o desenvolvimento de uma criança.</p><p>Afetividade</p><p>Quando pesquisamos sobre afetividade nos deparamos com diversas nomenclaturas e variações do que seja. Podendo assim ser definida em diferentes perspectivas, entre elas sob a perspectiva da filosofia, da psicologia e da pedagogia. Neste trabalho abordaremos a afetividade na perspectiva da pedagogia, pois ao falarmos sobre afetividade temos que considerar as emoções, que são expressões da vida afetiva acompanhadas de reações e sentimentos.</p><p>Como conceito de afetividade podemos citar o amor como referência, o amor é definido através dos sentimentos, e, assim, a afetividade torna-se a dinâmica mais profunda e complexa de que o ser humano pode propiciar.</p><p>Segundo o dicionário Aurélio (1994), afetividade é uma palavra feminina e está definida como: “Conjuntos de fenômenos sobre a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado de alegria ou tristeza”</p><p>Concluindo que a afetividade se forma por fenômenos psíquicos que são vivenciados na forma de emoções e de sentimentos. A afetividade vem do afeto e como afetamos o outro.</p><p>A afetividade, segundo Wallon, refere-se à capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas. A afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento (Salla, 2011).</p><p>Pensando nas colocações acima, percebemos algo que sempre entra em concordância, que são as relações. É através do afeto que experimentamos tudo que nos afetam, dentro de nossas vivências, Sentimentos e emoções.</p><p>Os conjuntos psíquicos são indispensáveis para formação do indivíduo, para que haja significado, é preciso que tenha na sua pele a compreensão vivenciada, sentida.</p><p>A afetividade é uma emergência genuína, criar ligações, interações é intuito e boas relações podem transformar uma vida inteira. Para entendemos melhor sobre o assunto irei trazer os processos das ligações afetivas, mergulhando em como o afeto manifestam em nós desde nosso nascimento. Nos aconchegamos do útero materno, onde traz segurança. Naturalmente no nascimento desejamos nos relacionar, necessitamos do afeto, atenção e cuidado.</p><p>Durante os três primeiros meses, a ligação afetiva está ligada a qualquer corpo e rosto dentro ali do teu campo de visão. Monstra-se de maneira proximal para suprir tuas necessidades, muitas vezes sensorial.</p><p>Dentro do momento de três e cinco meses, periodo onde o bebê sabe diferenciar o rosto de outro, e começa sorrir e interagir mais com suas ligações famíliares, não só para suprir suas necessidades, mas por sentir calmo, mas ainda não é uma ligação afetiva completa.</p><p>Só com seis ou sete meses, há uma demarcação nítida, a criança abraça intencionalmente, e busca a proximidade, enxerga o seu laço afetivo como base de segurança dela. Dentro desse período muitas crianças começam engatinhar, e assim podem chegar mais perto dessa figura para ela.</p><p>No período de seis a doze meses, se mostra amplificação das ligações. Pai, irmãos, avós ou outros adultos que vejam com certa frequência, também criam o mesmo laço de base segura, para a exploração e buscam eles quando entra em conflitos.</p><p>Falamos da base da afetividade, direciono para o foco da idade pesquisa. Crianças de 3 e 4 anos, dentro do contexto o meio social se torna mais propício por estar ligado com a aprendizagem, do aprender conviver, a brincar, a dividir.</p><p>O ensino em um contexto afetivo</p><p>Afeto em contexto educacional, por meio de contribuições para para propiciar um ambiente cuidadoso e harmonioso, o professor sendo pesquisador da sua prática e um mediador de conhecimento. Proporcionando uma relação professor-aluno, doce e através da confiança e por meio do diálogo, trazendo aproximação para o conhecimento.</p><p>Afetividade no contexto educacional Na sala de aula todos podem contribuir para ser um ambiente harmonioso, o professor como pesquisador da sua prática é um mediador de conhecimento, pois na relação professor e estudante de vem prevalecer o respeito e a confiança através do diálogo, e no processo ensino-aprendizagem o interesse dos mesmos. Nesse contexto educacional não é só a inteligência que tem uma evolução, mas também a afetividade, o estudante deve ser ativo e interessado nas atividades, mas compete ao pro fessor propor aos estudantes condi ções de confiança. As atividades é uma técnica que viabiliza um amplo conhecimento para uma aproximação re cíproca, auxiliam meios que os mesmos possam exercer descobrindo suas potencialidades. N esse sentido a orientação, o estimulo são fundamentais no processo de ensino e o desenvolvimento do indivíduo, pois o aprendizado ocorre através da cognição tanto quanto da emoção. 1.3. 1 O papel da afetividade na aprendizagem Nos P arâmetros Curriculares Nacionais (PCNs .) (Brasil, 1997 p. 46), consta que uma educação de qualidade deve desenvolver as capacidades int er-relacionadas, co gnitivas, afetivas, éticas e estéticas, visando à construção do cidadão em todos os seus direitos e</p><p>23 deveres. Com essa afirmação na sala de aula o afeto entre o professor e estudante e a relação de afeto entre estudante -estudante s ão necessário para des envolvimentos das atividades no processo ensino-aprendizagem e também para desenvolvimento da personalidade humana. Na sala de aula os estudantes são sujeitos ativos em busca de novas experiências. As atividades que são ensinadas pelo seu professor devem ser significantes para os estudantes, pois o professor deve buscar constantemente no vos conhecimentos de f ontes seguras, e na sala o professor precisa desenvolver a autonomia e a autoestima dos estudantes, visto que uma criança autoconfiante tem mais probabilidade em desenvolver- se co gnitiva e emocionalmente de maneira saudável. O professor deve evitar que se estabeleçam entre seus alunos distinções baseadas em sua origem social e ética. Deve tomar em consideração as relações que uma sociedade cada vez mais igualitária exigia das crianças que estão diante dele nos bancos da sala de aula (WALLON, 1975, p. 224). O professor precisa dialogar com seus estudantes diante dos desafios em sala de aula ele possa s er um professor articulador, pois n a medida em que a criança vai crescendo também vai se descobrindo na formação do própr io eu, um processo de crescimento na vida afetiva e na vida cognitiva. O professor como pesquisador de suas ações viabiliza para u m resultado promissor.</p><p>Dito isso, o estudioso Lev Vygotsky concebe o indivíduo como fruto do meio, sendo indispensável um professor com postura sociointeracionista para melhorar o processo de aprendizagem e manter um vínculo afetivo para com os aprendentes. “O desenvolvimento está intimamente relacionado ao contexto sociocultural em que a pessoa se insere e se processa de forma dinâmica (e dialética)”. Rego (1995, p. 58)</p><p>Assim o professor estará contribuindo significativamente para a construção do indivíduo, desenvolvendo o exercício da cidadania e tornando-se um sujeito que busca o conhecimento.</p><p>o aluno-professor e o ensino-aprendizagem, é importante que o professor tenha com o aluno uma relação amistosa e impregnada de sentimentos positivos para que ocorra uma aprendizagem profícua (Mahoney e Almeida, 2005).</p><p>Segundo</p><p>Del Prette, Paiva & Del Prette, (2005) as relações do professor com o aluno são mediadas por crenças, sentimentos, motivações e habilidades. Todas estas variáveis influenciam no rendimento acadêmico e desenvolvimento cognitivo e emocional desses alunos.</p><p>Conforme Loos e Sant’Ana (2007), a cognição e o afeto são duas variáveis que andam juntas no contexto da aprendizagem, pois a afetividade do indivíduo é desenvolvida a partir de vários componentes psicológicos e intelectuais.</p><p>Sabemos que o sentido da aprendizagem é único e particular na vida de cada um, pois o desenvolvimento da aprendizagem é um processo contínuo e a afetividade possui um papel imprescindível nesse processo de desenvolvimento do aluno, uma vez que a ausência de uma educação, que deixa de abordar a emoção (aspectos afetivos) em sala de aula e na família, poderá ocasionar prejuízos incalculáveis no desenvolvimento cognitivo dessa criança.</p><p>Na teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo, ou seja, paralelo ao desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. Segundo Piaget (1975) “[...] os aspectos cognitivos e afetivos são inseparáveis e irredutíveis [...]”</p><p>Na perspectiva de Vygotsky (1998, p. 42):</p><p>A afetividade é um elemento cultural que faz com que tenha peculiaridades de acordo com cada cultura. Elemento importante em todas as etapas da vida da pessoa, a afetividade tem relevância fundamental no processo ensino aprendizagem no que diz respeito à motivação, avaliação e relação-professor e aluno.</p><p>Sendo assim, Piaget e Vygotsky definem e afirmam que a aprendizagem se dá paralela aos aspectos afetivos, de maneira que a afetividade será determinante para a construção da aprendizagem, e os pais, professores e a escola devem entender que possuem um papel importante nesse processo, que é colaborar para a formação de um ser humano, e isso somente acontecerá pela obra do amor, do afeto, que se torna a chave para educação.</p>

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