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<p>AFYA</p><p>CURSO DE MEDICINA - AFYA</p><p>NOTA FINAL</p><p>Aluno:</p><p>Componente Curricular: Integração Ensino Serviço Comunidade VII</p><p>Professor (es):</p><p>Período: 202402 Turma: Data:</p><p>N1 ESPECÍFICA_7 PERIODO_26 SETEMBRO_2024.2_PROVA_IESC</p><p>RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA</p><p>PROVA 13649 - CADERNO 001</p><p>1ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(UNIPTAN) Um homem de 45 anos, casado, procura a unidade de saúde queixando-se de fadiga,</p><p>mal-estar e dor abdominal no quadrante superior direito há duas semanas. Ele nega icterícia, mas</p><p>relata que sua urina está mais escura. Ao ser questionado, menciona que fez uma viagem</p><p>recente ao interior do Nordeste, onde consumiu água de poço. Ele nega uso de drogas injetáveis e</p><p>de álcool, mas admite múltiplos parceiros sexuais nos últimos anos. Exames laboratoriais</p><p>revelam elevação moderada das transaminases hepáticas. Os resultados dos exames</p><p>sorológicos são os seguintes:</p><p>HBsAg: não reagente</p><p>Anti-HBc total: reagente</p><p>Anti-HBc IgM: não reagente</p><p>Anti-HBs: reagente</p><p>Anti-HAV IgM: reagente</p><p>Anti-HCV: não reagente</p><p>Analise as afirmativas:</p><p>I. O resultado sorológico é compatível com hepatite A aguda.</p><p>II. O paciente não teve contato prévio com o vírus da hepatite B e está imunizado.</p><p>III. A ausência do Anti-HCV sugere que o paciente nunca teve contato com o vírus da hepatite C.</p><p>IV. O tratamento da hepatite A é sintomático e não envolve antivirais específicos.</p><p>V. O quadro clínico do paciente é indicativo de hepatite crônica.</p><p>Sobre o caso clínico e os resultados sorológicos, é correto o que se afirma em</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 1 de 16</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>II, III e V, apenas.</p><p>(alternativa B)</p><p>II, IV e V, apenas.</p><p>(alternativa C)</p><p>I, II e IV, apenas.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>I, III e IV, apenas.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Explicação:</p><p>Afirmativa I: Correta. O Anti-HAV IgM reagente indica infecção aguda pelo vírus da</p><p>hepatite A.</p><p>Afirmativa II: Incorreta. O Anti-HBc total reagente e o Anti-HBs reagente sugerem</p><p>imunidade contra o vírus da hepatite B por infecção passada.</p><p>Afirmativa III: Correta. A ausência de Anti-HCV sugere que o paciente não teve</p><p>contato prévio com o vírus da hepatite C.</p><p>Afirmativa IV: Correta. O manejo da hepatite A é sintomático, sem necessidade de</p><p>antivirais específicos.</p><p>Afirmativa V: Incorreta. O quadro clínico descrito é sugestivo de hepatite aguda, não</p><p>crônica.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatites Virais. Ministério da</p><p>Saúde, 2022.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>2ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(AFYA PALMAS) Um médico da Atenção Primária à Saúde (APS) atende um paciente de 32</p><p>anos que realizou teste rápido para HIV em uma campanha de saúde, cujo resultado foi positivo.</p><p>O paciente está assintomático e procura confirmação diagnóstica e orientações sobre o próximo</p><p>passo.</p><p>Com base nas diretrizes atuais para esta doença, qual a abordagem recomendada para este</p><p>paciente no âmbito da APS?</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 2 de 16</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Encaminhar o paciente para um centro especializado em HIV/AIDS sem realizar nenhum outro</p><p>teste.</p><p>(alternativa B)</p><p>Solicitar imediatamente a contagem de CD4+ e carga viral de HIV para confirmar o diagnóstico e,</p><p>se confirmado, iniciar o tratamento antirretroviral.</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Realizar aconselhamento, solicitar a repetição do teste confirmatório para HIV e, se confirmado,</p><p>iniciar o acompanhamento e tratamento conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.</p><p>(alternativa D)</p><p>Informar ao paciente que os testes rápidos são frequentemente falsos positivos e dispensá-lo</p><p>sem nenhum encaminhamento adicional.</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 3 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>- CORRETA - Realizar aconselhamento, solicitar a repetição do teste confirmatório para HIV e, se</p><p>confirmado, iniciar o acompanhamento e tratamento conforme as diretrizes do Ministério da</p><p>Saúde. Pois traz a reflexão da abordagem recomendada para casos suspeitos ou confirmados de</p><p>infecção por HIV no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS). Vejamos o porquê:</p><p>- Aconselhamento pré e pós-teste é essencial em qualquer teste de HIV, proporcionando suporte</p><p>emocional e informações adequadas ao paciente, independentemente do resultado.</p><p>- A confirmação do diagnóstico de HIV não se baseia em um único teste. Após um resultado</p><p>positivo em teste rápido, é necessário realizar um teste confirmatório, como o Western blot ou um</p><p>teste de carga viral de HIV, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.</p><p>- Uma vez confirmado o diagnóstico, o paciente deve ser acompanhado na APS e iniciar o</p><p>tratamento antirretroviral (TARV) o mais breve possível, independentemente da contagem de</p><p>CD4+ ou presença de sintomas, seguindo a estratégia de "tratar todos".</p><p>As demais alternativas apresentam falhas significativas em relação às práticas recomendadas:</p><p>- O encaminhamento sem testes adicionais pode atrasar o início do tratamento.</p><p>- Solicitar CD4+ e carga viral imediatamente não menciona a necessidade de um teste</p><p>confirmatório antes desses exames.</p><p>- Desconsiderar o teste rápido subestima a eficácia dos testes rápidos, que são uma ferramenta</p><p>valiosa na detecção precoce do HIV.</p><p>Referências:</p><p>Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e</p><p>Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2022. p.165</p><p>DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em</p><p>evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 156).</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>3ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(ITPAC PORTO NACIONAL) Paciente 48 anos, casado, trabalhador polivalente, procura a</p><p>unidade de saúde da atenção básica com queixa de lesões genitais e relata ter tido múltiplos</p><p>parceiros sexuais nos últimos meses. Suspeita-se de sífilis. Como aluno de medicina em estágio</p><p>na unidade, indique:</p><p>a) Quais exames você solicitará para confirmar o diagnóstico de sífilis?</p><p>b) Qual é o tratamento adequado para esse paciente, se o diagnóstico de sífilis for confirmado?</p><p>Alternativas:</p><p>--</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 4 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>a) Para confirmar o diagnóstico de sífilis, eu solicitaria os seguintes exames:</p><p>1. Teste Rápido de Treponema pallidum (TR-Tp):Este teste é usado para detectar a presença de</p><p>anticorpos contra o Treponema pallidum, o agente causador da sífilis. Ele fornece resultados</p><p>rápidos, geralmente em 15-20 minutos, e pode ser realizado no local de atendimento.</p><p>2. VDRL (Venereal Disease Research Laboratory): O VDRL é um teste sorológico não</p><p>treponêmico que detecta a presença de anticorpos não específicos produzidos em resposta à</p><p>infecção pelo Treponema pallidum. No entanto, é importante notar que resultados falso-positivos</p><p>podem ocorrer, especialmente em estágios iniciais da sífilis.</p><p>b) Se o diagnóstico de sífilis for confirmado, o tratamento adequado para esse paciente seria:</p><p>Tratamento Primário:</p><p>- Benzatina benzilpenicilina G 2,4 milhões de unidades IM em dose única para casos de sífilis</p><p>recente ou de curta duração (sífilis primária, secundária ou latente precoce).</p><p>- Para pacientes alérgicos à penicilina, pode-se prescrever doxiciclina, tetraciclina ou ceftriaxona,</p><p>conforme orientação médica.</p><p>Tratamento Secundário (se a sífilis não tiver respondido ao tratamento primário ou se houver sífilis</p><p>latente de longa duração):</p><p>- Benzatina benzilpenicilina G 2,4 milhões de unidades IM por semana durante 3 semanas.</p><p>Tratamento Terciário (sífilis tardia ou latente de longa duração com envolvimento sistêmico):</p><p>- Benzatina benzilpenicilina G 2,4 milhões de unidades IM por semana durante 3 semanas,</p><p>seguido de mais 3 doses semanais.</p><p>É importante ressaltar que todos os parceiros sexuais do paciente devem ser notificados,</p><p>testados e tratados, conforme necessário, para interromper a cadeia de transmissão da doença.</p><p>Além disso, o paciente deve receber aconselhamento sobre práticas sexuais seguras e</p><p>prevenção de ISTs.</p><p>Referências:</p><p>Gusso, Gustavo et al. (org). Tratado</p><p>de medicina de família e comunidade: princípios, formação e</p><p>prática, volume 2 Porto Alegre: Artmed, 2018.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>4ª QUESTÃO</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 5 de 16</p><p>Enunciado:</p><p>(FESAR) João de 35 anos, sem comorbidades conhecidas, procura a Unidade Básica de Saúde</p><p>(UBS) relatando fadiga, perda de apetite, dor abdominal no quadrante superior direito e icterícia de</p><p>início recente. Nos exames laboratoriais, observa-se elevação das transaminases (ALT e AST),</p><p>bilirrubina total elevada à custa de bilirrubina direta, e a e resultado do exame HBsAg positivo. O</p><p>paciente relata que trabalha como tatuador e que recentemente teve uma viagem ao exterior onde</p><p>consumiu alimentos de origem duvidosa.</p><p>Com base no caso clínico descrito, analise as afirmativas a seguir e assinale a correta:</p><p>I. A elevação das transaminases e o HBsAg positivo indicam hepatite A aguda.</p><p>II. A principal forma de transmissão da hepatite contraída por João é por contato com sangue ou</p><p>fluidos corporais.</p><p>III. A conduta médica da hepatite contraída por João deve incluir notificação compulsória,</p><p>orientação sobre a transmissão, e acompanhamento ambulatorial.</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>As afirmativas corretas são I e III.</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>As afirmativas corretas são II e III.</p><p>(alternativa C)</p><p>As afirmativas corretas são I e II.</p><p>(alternativa D)</p><p>As afirmativas corretas são I, II e III.</p><p>Resposta comentada:</p><p>A elevação das transaminases e o HBsAg positivo indicam hepatite B aguda, transmitida</p><p>principalmente por contato com sangue ou fluidos corporais. A conduta inclui notificação</p><p>compulsória, orientação sobre a transmissão, e acompanhamento ambulatorial.</p><p>Referência:</p><p>DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em</p><p>evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 157).</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>5ª QUESTÃO</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 6 de 16</p><p>Enunciado:</p><p>(UNIPTAN) Uma mulher de 60 anos, hipertensa e diabética, é trazida à Unidade Básica de Saúde</p><p>(UBS) por familiares após apresentar súbita perda de consciência enquanto estava em casa. Ao</p><p>chegar à UBS, a paciente está inconsciente, sem respiração espontânea e sem pulso palpável.</p><p>Os familiares relatam que ela havia se queixado de dor no peito momentos antes de desmaiar. O</p><p>desfibrilador externo automático (DEA) está disponível na UBS.</p><p>a) Indique os próximos passos do Suporte Básico de Vida (SBV) que devam ser realizados para</p><p>atender a paciente conforme o protocolo atual de reanimação cardiopulmonar (RCP) em ambiente</p><p>de Atenção Primária à Saúde. (0,75)</p><p>b) Identifique quatros dos erros mais frequentemente cometidos durante encaminhamento para</p><p>serviço especializado. (0,75)</p><p>Alternativas:</p><p>--</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 7 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>a)</p><p>- Iniciar compressões torácicas de alta qualidade, com profundidade de 5-6 cm, à frequência de</p><p>100-120 compressões por minuto, 30 compressões/2 ventilações, permitindo o retorno total do</p><p>tórax;</p><p>- Garantir que o DEA esteja disponível e pronto para uso, realizando a desfibrilação assim que o</p><p>dispositivo indicar.</p><p>- Caso a paciente não recupere o pulso após a desfibrilação, a RCP deve ser retomada</p><p>imediatamente e continuada até a chegada do suporte avançado.</p><p>b) Erros mais frequentemente cometidos: (o aluno deve indicar quatro)</p><p>►Referenciar a pessoa ao pronto-socorro sem avaliá-la.</p><p>►Esquecer-se de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPIs).</p><p>►Colocar a equipe em risco no local de atendimento.</p><p>►Menosprezar ou supradimensionar a queixa da pessoa (percepção situacional).</p><p>►Fazer o diagnóstico de exclusão antes de investigar a pessoa, como, por exemplo, diagnosticar</p><p>o distúrbio neurovegetativo como primeira hipótese sem avaliação criteriosa.</p><p>►Solicitar exames em excesso, sem nenhuma ação com os resultados alterados.</p><p>►Não examinar a pessoa com queixa recorrente ou com aparência saudável.</p><p>►Associar medicamentos a possíveis efeitos adversos sinérgicos.</p><p>►Administrar medicação com diluições erradas.</p><p>Referências:</p><p>GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação</p><p>e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. (Cap. 250) Emergência</p><p>pré- hospitalar.</p><p>AMERICAN HEART ASSOCIATION. **2020 American Heart Association Guidelines for</p><p>Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.** Circulation, 2020.</p><p>Disponível em: <https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines>. Acesso</p><p>em: 24 ago. 2024.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>6ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(UNIREDENTOR) Uma paciente de 22 anos, sexualmente ativa, procura atendimento com</p><p>queixas de corrimento vaginal amarelado e dispareunia. Ao exame ginecológico, observa-se</p><p>corrimento mucopurulento na região do colo do útero e sinais de inflamação. A paciente relata uso</p><p>irregular de preservativos e múltiplos parceiros nos últimos meses. Sabendo que os principais</p><p>agentes etiológicos da cervicite mucopurulenta são Chlamydia trachomatis e Neisseria</p><p>gonorrhoeae, e considerando os fatores de risco associados, qual é a conduta mais apropriada</p><p>para o diagnóstico e tratamento desta condição?</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 8 de 16</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Coleta de swab vaginal para identificar Trichomonas vaginalis e tratamento com tinidazol.</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Realização de testes laboratoriais para Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae e</p><p>tratamento empírico com azitromicina e ceftriaxona.</p><p>(alternativa C)</p><p>Prescrição de metronidazol para tratar possível vaginose bacteriana e solicitar testes de triagem</p><p>para HIV.</p><p>(alternativa D)</p><p>Tratamento empírico com aciclovir e coleta de material para PCR de vírus Herpes simplex (HSV-</p><p>2).</p><p>Resposta comentada:</p><p>Correta - Realização de testes laboratoriais para Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae</p><p>e tratamento empírico com azitromicina e ceftriaxona.</p><p>Errada - Prescrição de metronidazol para tratar possível vaginose bacteriana e solicitar testes de</p><p>triagem para HIV. pois o quadro clínico não condiz com vaginose e na vaginose não há</p><p>necessidade de testar HIV.</p><p>Errada - Tratamento empírico com aciclovir e coleta de material para PCR de vírus Herpes</p><p>simplex (HSV-2), pois não há quadro de úlceras ou lesões herpéticas.</p><p>Errada - Coleta de swab vaginal para identificar Trichomonas vaginalis e tratamento com tinidazol.</p><p>pois além de não se pensar em trichomknas por não ter uretrite o tratamento pra mesma não é</p><p>com tinidazol.</p><p>Referência:</p><p>GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação</p><p>e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de</p><p>Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis –</p><p>IST [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento</p><p>de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília:</p><p>Ministério da Saúde, 2022. 211 p. : il.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>7ª QUESTÃO</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 9 de 16</p><p>Enunciado:</p><p>(UNIPTAN) Um homem, de 32 anos, trabalhador autônomo, procura atendimento na unidade de</p><p>saúde relatando uso diário de cocaína há dois anos, além de consumo ocasional de álcool. Ele</p><p>relata que o uso da droga se intensificou após o término de um relacionamento. O paciente</p><p>apresenta dificuldade para dormir, ansiedade constante e já perdeu contratos de trabalho devido</p><p>ao uso de cocaína. O exame físico revela sinais de magreza, mas sem outras alterações</p><p>significativas. O paciente reconhece o problema e demonstra interesse em parar de usar a droga,</p><p>mas teme não conseguir sozinho.</p><p>Analise as seguintes afirmativas.</p><p>I. A primeira abordagem no manejo deve incluir uma intervenção</p><p>breve motivacional, visando</p><p>aumentar o engajamento do paciente no tratamento.</p><p>II. É fundamental encaminhar o paciente para um serviço de reabilitação especializado,</p><p>interrompendo qualquer acompanhamento na atenção primária.</p><p>III. O acompanhamento contínuo na atenção primária é crucial, incluindo suporte psicossocial e</p><p>monitoramento do progresso.</p><p>IV. O uso de medicamentos para tratar a dependência é altamente efetivo e deve ser a primeira</p><p>intervenção a ser tomada.</p><p>V. Abordagens que envolvem a família e o ambiente social do paciente podem ser benéficas,</p><p>auxiliando na adesão ao tratamento.</p><p>Sobre o manejo e prevenção da dependência de psicoativos no âmbito da Atenção Primária à</p><p>Saúde (APS), é correto o que se afirma em</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>I, II e IV, apenas.</p><p>(alternativa B)</p><p>II, IV e V, apenas.</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>I, III e V, apenas.</p><p>(alternativa D)</p><p>I, II e III, apenas.</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 10 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta correta:</p><p>B. Apenas I, III e V estão corretas.</p><p>Explicação:</p><p>Afirmativa I: Correta. Intervenções breves motivacionais são eficazes em aumentar o</p><p>engajamento do paciente no tratamento.</p><p>Afirmativa II: Incorreta. Embora o encaminhamento para um serviço especializado</p><p>possa ser necessário, o acompanhamento na atenção primária não deve ser</p><p>interrompido.</p><p>Afirmativa III: Correta. O acompanhamento contínuo na APS é essencial para</p><p>monitorar e apoiar o paciente durante o tratamento.</p><p>Afirmativa IV: Incorreta. O uso de medicamentos deve ser avaliado cuidadosamente e</p><p>é indicado em casos específicos.</p><p>Afirmativa V: Correta. A inclusão da família e do ambiente social é benéfica no</p><p>tratamento e na prevenção de recaídas.</p><p>Referência:</p><p>BRASIL. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Manejo do Uso de Álcool e Outras</p><p>Drogas. Ministério da Saúde, 2020.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>8ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(UNIPTAN) Um paciente de 45 anos, sexo masculino, procura a unidade de atenção primária</p><p>com queixa de tosse persistente há três semanas, acompanhada de febre baixa vespertina,</p><p>sudorese noturna e perda de peso de 4 kg no último mês. Ele relata também cansaço fácil e</p><p>inapetência. O paciente é pedreiro e mora em uma área de alta prevalência de tuberculose. Não</p><p>apresenta comorbidades conhecidas e não faz uso de medicações. Ao exame físico, o paciente</p><p>está emagrecido, com frequência respiratória de 22 incursões por minuto, ausculta pulmonar com</p><p>roncos esparsos e crepitações em bases pulmonares, sem outras alterações.</p><p>Indique a conduta mais adequada na atenção primária para o diagnóstico e tratamento deste</p><p>paciente.</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 11 de 16</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Encaminhar o paciente imediatamente para atendimento em um hospital de referência para</p><p>investigação e tratamento de tuberculose.</p><p>(alternativa B) (CORRETA)</p><p>Solicitar baciloscopia de escarro e radiografia de tórax, e iniciar tratamento para tuberculose se os</p><p>resultados forem positivos.</p><p>(alternativa C)</p><p>Solicitar sorologia para HIV e iniciar tratamento empírico para tuberculose baseado nos sintomas</p><p>e na epidemiologia local.</p><p>(alternativa D)</p><p>Iniciar tratamento empírico para pneumonia bacteriana com antibióticos de largo espectro e</p><p>reavaliar em uma semana.</p><p>Resposta comentada:</p><p>Diante de um quadro clínico sugestivo de tuberculose pulmonar, a conduta inicial na atenção</p><p>primária deve incluir a solicitação de baciloscopia de escarro e radiografia de tórax, exames</p><p>fundamentais para o diagnóstico. A confirmação diagnóstica por meio desses exames é crucial</p><p>antes de iniciar o tratamento específico para tuberculose, o que deve ser feito se os resultados</p><p>forem positivos.</p><p>Justificativa das outras alternativas:</p><p>O tratamento empírico para pneumonia bacteriana não é adequado sem a exclusão de</p><p>tuberculose, dada a apresentação clínica e o contexto epidemiológico.</p><p>Embora a sorologia para HIV seja relevante em casos de tuberculose, o diagnóstico da</p><p>tuberculose deve ser confirmado antes do início do tratamento específico.</p><p>O encaminhamento para hospital de referência sem a realização inicial de exames diagnósticos</p><p>na APS não é necessário, pois a maioria dos casos pode ser investigada e tratada no nível</p><p>primário.</p><p>Referência:</p><p>MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil.</p><p>2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>9ª QUESTÃO</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 12 de 16</p><p>Enunciado:</p><p>(UNISL - PORTO VELHO) Abaixo estão descrições de quatro casos de urgência/emergência na</p><p>APS. Identifique qual dos pacientes apresenta uma situação de urgência/emergência que requer</p><p>encaminhamento imediato para um atendimento especializado.</p><p>Situações Clínicas:</p><p>1. Paciente A: Um homem de 40 anos apresenta dor abdominal difusa, febre baixa</p><p>(38°C) e náuseas que começaram há 24 horas. Ele relata que a dor tem piorado</p><p>gradualmente e que tem dificuldade para se alimentar. Os sinais vitais estão estáveis, e</p><p>ele tem pressão arterial de 120/80 mmHg e frequência cardíaca de 90 bpm.</p><p>2. Paciente B: Uma mulher de 55 anos chega com dor no peito que começou há cerca de</p><p>1 hora. A dor é opressiva, irradiando para o braço esquerdo e mandíbula. Ela está</p><p>pálida, com sudorese intensa e apresenta frequência cardíaca de 110 bpm, pressão</p><p>arterial de 170/100 mmHg e saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente.</p><p>3. Paciente C: Um jovem de 17 anos apresenta tosse persistente e febre de 38°C, com</p><p>histórico recente de infecção respiratória. No exame físico, há estertores crepitantes</p><p>em ambos os pulmões e a frequência respiratória está aumentada, com uma saturação</p><p>de oxigênio de 95% em ar ambiente. Não apresenta dispneia.</p><p>4. Paciente D: Uma jovem de 25 anos queixando-se de dor lombar há 2 dias com disúria.</p><p>Ela apresenta dor aguda na região lombar, principalmente ao urinar. Os sinais vitais</p><p>estão normais e não apresenta febre.</p><p>Qual dos pacientes apresenta uma situação de urgência/emergência que exige encaminhamento</p><p>imediato para um atendimento especializado?</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Paciente C.</p><p>(alternativa B)</p><p>Paciente D.</p><p>(alternativa C) (CORRETA)</p><p>Paciente B.</p><p>(alternativa D)</p><p>Paciente A.</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 13 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>Resposta Correta:</p><p>Paciente B - Dor torácica opressiva irradiada para o braço esquerdo e mandíbula, com sinais de</p><p>hipoxemia e hipertensão.</p><p>Justificativas:</p><p>- O paciente A apresenta dor abdominal e febre baixa, que são sintomas que podem indicar uma</p><p>condição abdominal aguda, como apendicite ou gastroenterite. Embora desconfortável, não é</p><p>necessariamente uma emergência que requer encaminhamento imediato.</p><p>- O paciente B apresenta sintomas clássicos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), incluindo dor</p><p>torácica opressiva irradiada, sudorese intensa, hipertensão e hipoxemia. Esses sinais são</p><p>indicativos de uma emergência cardíaca que exige encaminhamento imediato para uma unidade</p><p>de emergência.</p><p>- O paciente C tem sintomas de infecção respiratória com febre e tosse, mas a saturação de</p><p>oxigênio está dentro dos limites normais (95%).</p><p>- O paciente D tem dor lombar, mas não apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica que</p><p>indiquem a necessidade de encaminhamento imediato.</p><p>Referências:</p><p>DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em</p><p>evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 16).</p><p>GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação</p><p>e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. (Cap. 48 e 49).</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>10ª QUESTÃO</p><p>Enunciado:</p><p>(UNINOVAFAPI) Um paciente de 30 anos comparece à Unidade Básica de Saúde (UBS) com</p><p>queixas de manchas na pele que começaram a aparecer há cerca de 6 meses. Ele relata que as</p><p>manchas são hipopigmentadas e não apresentam sensação tátil, como se estivessem</p><p>entorpecidas. O exame físico revela lesões cutâneas com áreas de hipopigmentação e perda de</p><p>sensibilidade, bem</p><p>como engrossamento dos nervos periféricos visíveis. Qual a conduta</p><p>adequada para diagnóstico e tratamento deste paciente com base na suspeita de hanseníase?</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 14 de 16</p><p>Alternativas:</p><p>(alternativa A)</p><p>Encaminhar o paciente para avaliação dermatológica e realizar um teste de sensibilidade das</p><p>lesões.</p><p>(alternativa B)</p><p>Realizar uma biópsia de pele das lesões para confirmação do diagnóstico e iniciar tratamento</p><p>com Rifampicina e Dapsona.</p><p>(alternativa C)</p><p>Solicitar exames laboratoriais para exclusão de outras doenças infecciosas e iniciar tratamento</p><p>com antibióticos de amplo espectro.</p><p>(alternativa D) (CORRETA)</p><p>Solicitar um exame de baciloscopia das lesões cutâneas e iniciar tratamento com Rifampicina e</p><p>Dapsona e Clofazimina.</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 15 de 16</p><p>Resposta comentada:</p><p>- Realizar uma biópsia de pele das lesões e iniciar tratamento com Rifampicina e Dapsona.</p><p>Justificativa: A biópsia de pele pode ajudar no diagnóstico, mas a baciloscopia é o exame mais</p><p>específico para hanseníase. Iniciar tratamento antes da confirmação pode ser prematuro.</p><p>Rifampicina e Dapsona são medicamentos apropriados para o tratamento de hanseníase, mas</p><p>devem ser administrados após confirmação diagnóstica.</p><p>- Solicitar exames laboratoriais para exclusão de outras doenças infecciosas e iniciar tratamento</p><p>com antibióticos de amplo espectro.</p><p>Justificativa: Embora a exclusão de outras doenças seja importante, iniciar antibióticos de amplo</p><p>espectro não é o tratamento apropriado para hanseníase. A hanseníase requer tratamento</p><p>específico, e a baciloscopia é crucial para o diagnóstico.</p><p>- Encaminhar o paciente para avaliação dermatológica e realizar um teste de sensibilidade das</p><p>lesões.</p><p>Justificativa: Encaminhar para avaliação dermatológica pode ser útil, mas o teste de sensibilidade</p><p>não confirma o diagnóstico de hanseníase. A baciloscopia é o exame diagnóstico padrão para a</p><p>hanseníase.</p><p>- Solicitar um exame de baciloscopia das lesões cutâneas e iniciar tratamento com Rifampicina e</p><p>Dapsona.</p><p>Justificativa: A baciloscopia das lesões cutâneas é o método diagnóstico padrão para hanseníase,</p><p>permitindo a visualização de bacilos de Mycobacterium leprae. Rifampicina, Clofazimina e</p><p>Dapsona são os medicamentos recomendados para o tratamento de hanseníase.</p><p>Referências:</p><p>DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em</p><p>evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 165).</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Hanseníase. Brasília: Ministério da</p><p>Saúde; 2019. Available at: Guia de Vigilância em Saúde.</p><p>Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de</p><p>Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes</p><p>Terapêuticas da Hanseníase [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência,</p><p>Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. –</p><p>Brasília : Ministério da Saúde, 2022.</p><p>Feedback:</p><p>--</p><p>000136.49001b.174d4e.3df40f.ee4b1e.273fbe.471628.2bf41 Pgina 16 de 16</p>