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<p>Unidade 2</p><p>Teorias Econômicas e</p><p>a Estrutura de Mercado</p><p>Economia</p><p>Diretor Executivo</p><p>DAVID LIRA STEPHEN BARROS</p><p>Gerente Editorial</p><p>ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS</p><p>Projeto Gráfico</p><p>TIAGO DA ROCHA</p><p>Autoria</p><p>HELOÍSA DE PUPPI E SILVA</p><p>ISABELLA CHRISTINA DANTAS VALENTIM</p><p>LUANA DA SILVA RIBEIRO</p><p>AUTORIA</p><p>Heloísa de Puppi e Silva</p><p>Olá. Sou formada em Ciências Econômicas e possuo Mestrado em</p><p>Sustentabilidade pela FAE – Centro Universitário (PR). Fiz o Doutorado</p><p>em Tecnologia, no Programa de Pós Graduação em Tecnologia (PPGTE)</p><p>e Sociedade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).</p><p>Tenho experiência técnico-profissional na área de Gestão Pública, Privada</p><p>e Ambiental por ter trabalhado na Secretaria de Planejamento do Estado</p><p>do Paraná (SEPL-PR) e acadêmica de 16 anos em Instituições do Ensino</p><p>Superior (IES).</p><p>Tenho experiência de 6 anos com docência de educação</p><p>fundamental e 13 anos com ensino de graduação, especialização e</p><p>ensino a distância (EAD). Atualmente, leciono disciplinas de economia</p><p>(micro e macro), economia brasileira, custos, modelagem de negócios e</p><p>inteligência competitiva. Além disso, presto serviços de consultoria em</p><p>inteligência competitiva e meio ambiente. Sou apaixonada pelo que faço</p><p>e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando</p><p>em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a</p><p>integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder</p><p>auxiliar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!</p><p>Isabella Christina Dantas Valentim</p><p>Olá. Sou formada em Ciências Contábeis, com mestrado em Ciências</p><p>Contábeis: usuários internos, controladoria e contabilidade gerencial.</p><p>Tenho experiência técnico-profissional na área contábil, gerencial e</p><p>consultoria econômica. Além de possuir cinco anos de experiência como</p><p>professora de graduação e pós-graduação nas áreas de contabilidade,</p><p>auditoria, perícia e gestão financeira. Sou apaixonada pelo que faço e</p><p>adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando</p><p>em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a</p><p>integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder</p><p>ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!</p><p>Luana da Silva Ribeiro</p><p>Olá. Meu nome é Luana da Silva Ribeiro. Tenho graduação em</p><p>Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado</p><p>em Economia na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), sou</p><p>Doutoranda em Economia na Universidade Estadual de São Paulo</p><p>(UNESP) e pesquisadora participante do Grupo de Estudos em Economia</p><p>Industrial (GEEIN). Tenho uma experiência profissional de 8 anos no setor</p><p>financeiro e comercial, além de consultorias. Passei por empresas como</p><p>a Companhia Sulamericana de Distribuição, Petra Consulting Corporation,</p><p>Surya Dental, entre outras. Atualmente trabalho com Ensino à Distância</p><p>(EaD) e faço especialização em mediação e aprendizagem EaD na</p><p>Universidade Virtual de São Paulo (UNIVESP), também sou e conteudista</p><p>de materiais técnico-pedagógicos para graduação e pós- graduação nas</p><p>áreas de administração e economia. Estou muito feliz pela oportunidade</p><p>de poder ajudar você neste novo ciclo e também agregar experiência para</p><p>minha carreira. Os conceitos que serão trabalhados no decorrer deste</p><p>e-book irão ajudá-los na compreensão inicial dos conceitos da Economia.</p><p>Conte comigo e bom trabalho!</p><p>ICONOGRÁFICOS</p><p>Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez</p><p>que:</p><p>OBJETIVO:</p><p>para o início do</p><p>desenvolvimento</p><p>de uma nova</p><p>competência;</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>houver necessidade</p><p>de se apresentar um</p><p>novo conceito;</p><p>NOTA:</p><p>quando necessária</p><p>observações ou</p><p>complementações</p><p>para o seu</p><p>conhecimento;</p><p>IMPORTANTE:</p><p>as observações</p><p>escritas tiveram que</p><p>ser priorizadas para</p><p>você;</p><p>EXPLICANDO</p><p>MELHOR:</p><p>algo precisa ser</p><p>melhor explicado ou</p><p>detalhado;</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>curiosidades e</p><p>indagações lúdicas</p><p>sobre o tema em</p><p>estudo, se forem</p><p>necessárias;</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>textos, referências</p><p>bibliográficas</p><p>e links para</p><p>aprofundamento do</p><p>seu conhecimento;</p><p>REFLITA:</p><p>se houver a</p><p>necessidade de</p><p>chamar a atenção</p><p>sobre algo a ser</p><p>refletido ou discutido</p><p>sobre;</p><p>ACESSE:</p><p>se for preciso acessar</p><p>um ou mais sites</p><p>para fazer download,</p><p>assistir vídeos, ler</p><p>textos, ouvir podcast;</p><p>RESUMINDO:</p><p>quando for preciso</p><p>se fazer um resumo</p><p>acumulativo das</p><p>últimas abordagens;</p><p>ATIVIDADES:</p><p>quando alguma</p><p>atividade de</p><p>autoaprendizagem</p><p>for aplicada;</p><p>TESTANDO:</p><p>quando uma</p><p>competência for</p><p>concluída e questões</p><p>forem explicadas;</p><p>SUMÁRIO</p><p>A teoria da elasticidade............................................................................ 14</p><p>Compreendendo a Teoria da elasticidade ................................................................... 14</p><p>Externalidades .............................................................................................22</p><p>Compreendendo a externalidade na economia ......................................................22</p><p>Conhecendo as lógicas e raciocínios gerais de economia</p><p>e a organização dos estudos econômicos em micro e</p><p>macroeconomia ........................................................................................... 33</p><p>Campos de Estudo da Economia ........................................................................................33</p><p>Estrutura de Mercado ...............................................................................39</p><p>Fatores de Produção e Bens e Serviços ....................................................................... 39</p><p>Classificações de Bens: ........................................................................................... 41</p><p>Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP) ..........................................................43</p><p>11</p><p>UNIDADE</p><p>02</p><p>Economia</p><p>12</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Você sabia que a externalidade é uma força que pode afetar</p><p>positivamente e negativamente a sociedade como um todo? Isso mesmo.</p><p>A externalidade pode ser desencadeada a partir do desenvolvimento e</p><p>da produção de uma empresa. Nesse sentido, seu impacto pode afetar</p><p>os vendedores e compradores do mercado. Ademais, se a externalidade</p><p>for identificada como vantajosa para a sociedade, pode-se classificar</p><p>como positiva, agora se seu impacto for desvantajoso, denominamos</p><p>de negativa. Estudaremos ainda como as externalidades positivas</p><p>e negativas se comportam perante as determinações das ofertas e</p><p>demandas, princípios da economia clássica. Também estudaremos sobre</p><p>o comportamento do consumidor e sobre a elasticidade, sobre o teorema</p><p>de Coase, nomeado dessa forma em homenagem ao economista Ronald</p><p>Coase, do qual traz as características que explicam o mercado privado</p><p>sobre as externalidades. Entendeu? Ao longo desta produção letiva você</p><p>vai mergulhar neste universo!</p><p>Economia</p><p>13</p><p>OBJETIVOS</p><p>Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no</p><p>desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término</p><p>desta etapa de estudos:</p><p>1. Explicar a teoria da elasticidade.</p><p>2. Explicar a teoria da externalidade.</p><p>3. Identificar a estrutura de produção e de custos das empresas.</p><p>4. Reconhecer a estrutura de mercado.</p><p>Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?</p><p>Ao trabalho!</p><p>Economia</p><p>14</p><p>A teoria da elasticidade</p><p>OBJETIVO:</p><p>Na teoria do comportamento do consumidor existe o</p><p>grau de sensibilidade em relação aos preços, ou seja</p><p>a elasticidade. Vamos mergulhar nessa teoria? Iremos</p><p>compreender a teoria da elasticidade.</p><p>Compreendendo a Teoria da elasticidade</p><p>A demanda de um produto está conectada as quantidades que</p><p>os consumidores/compradores estão dispostos a obter em função</p><p>dos preços. A elasticidade é a variação da quantidade de equilíbrio em</p><p>resposta a variação do preço de equilíbrio.</p><p>A elasticidade preço da demanda que é calculado pela variação</p><p>percentual da quantidade dividido pela variação percentual do preço.</p><p>É muito importante ter o conhecimento de como variações no</p><p>preço</p><p>de um produto terá variações na quantidade deste produto. Assim,</p><p>a demanda elástica tem uma queda no preço e a receita aumenta.</p><p>Já o produto com demanda de elasticidade unitária a queda no</p><p>preço mantém a quantidade de receita. Agora se for um produto de</p><p>demanda inelástica a queda de preço diminuirá a receita.</p><p>As explicações para os fatores de elasticidades preços são pelos</p><p>bens substitutos, quanto maior os bens substitutos maior vai ser a</p><p>elasticidade preço. Quanto maior o peso dos bens no orçamento menor</p><p>será sua elasticidade preço. Quanto maior a essencialidade do bem menor</p><p>sua elasticidade.</p><p>Na elasticidade preço da oferta a maneira como se calcula é igual</p><p>a maneira que se calcula a elasticidade preço da demanda. Assim, a</p><p>variação percentual da quantidade dividida pela variação percentual do</p><p>preço de equilíbrio.</p><p>Vamos aplicar isso em uma realidade, os produtos agrícolas são</p><p>definidos como inelástico isso porque um aumento do preço não resulta</p><p>Economia</p><p>15</p><p>em variações de quantidade suficientemente grandes. Se um ano para o</p><p>outro o preço de café não afeta tanto a demanda.</p><p>A reação comum da demanda em relação aos preços pode ser</p><p>colocada em três principais aspectos:</p><p>• Quanto mais baixos os preços maior a demanda, os consumidores</p><p>tendem a comprar mais. Já se os preços estiverem muito altas</p><p>menores quantidades são consumidas pelos consumidores;</p><p>• O Efeito substituição é outro processo comum na demanda.</p><p>Quando o preço de determinado bem aumenta, os consumidores</p><p>tendem a substitui-lo por outro bem parecido;</p><p>• A Utilidade marginal é explicada pelo processo de que quanto</p><p>maiores forem às quantidades de um determinado produto,</p><p>menores serão os graus de utilidade de cada nova unidade</p><p>adicional.</p><p>Assim, os graus de sensibilidade em relação aos preços. Eles não</p><p>são iguais para todos os produtos. Existem momentos que mesmo com</p><p>variações no preço a quantidade de demanda não sofre alterações.</p><p>Esses graus de sensibilidade são chamados de elasticidade.</p><p>Eles podem ser explicados por meio do conceito elasticidade-preço</p><p>da demanda. Quando as unidades da demanda aumentam na mesma</p><p>proporção de que a queda dos preços, o produto apresenta uma</p><p>elasticidade-preço unitária.</p><p>Quando a demanda aumenta menos que a redução dos preços, é</p><p>chamado de demanda inelástica. Já se a quantidade demandada de um</p><p>determinado produto aumenta mais que as reduções de preços, há uma</p><p>demanda elástica (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>Existem Fatores determinantes da elasticidade preço. Os principais</p><p>determinantes são:</p><p>1. Essencialidade;</p><p>2. Hábitos;</p><p>3. Periodicidade da aquisição.</p><p>Economia</p><p>16</p><p>A essencialidade é relacionada ao grau de necessidade do produto.</p><p>Os produtos em que as pessoas necessitam mais tendem a ter coeficientes</p><p>de elasticidade baixos.</p><p>Os Hábitos são aspectos rígidos do consumo. Isso porque alguns</p><p>hábitos podem se tornar em vício e faz com que os consumidores tenham</p><p>pouca sensibilidade em relação a variação de preços.</p><p>Já na Periodicidade da aquisição relevante é o intervalo de tempo</p><p>entre uma e outra aquisição de produto. Se forem grandes intervalos</p><p>de tempo entre a compra provavelmente o consumidor irá esquecer o</p><p>produto (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>De acordo com a introdução acima a respeito da elasticidade,</p><p>podemos conceituar que a elasticidade é uma medida de resposta da</p><p>quantidade ofertada ou demandada das variações de mercado.</p><p>Diante disso, a medida seria: quanto a quantidade ofertada ou</p><p>demandada varia em função do preço? Esse fenômeno é chamado de</p><p>elasticidade-preço da demanda. Que é dado pela fórmula:</p><p>Os fatores determinantes da elasticidade-preço da demanda são:</p><p>Substitutos próximos disponíveis;</p><p>• Se o bem é essencial ou supérfluo;</p><p>• A definição do mercado, quando mais específico o bem mais</p><p>inelástico ele será, ou seja, não sofrerá variações de mercado;</p><p>• Horizonte do tempo. Quanto mais passa o tempo mais elástico</p><p>o bem se torna. Precisa-se de uma dimensão de tempo para</p><p>adaptação do consumo.</p><p>Economia</p><p>17</p><p>Figura 1 - Planejamento de novos produtos</p><p>Fonte: freepik</p><p>Diante disso, a elasticidade da oferta determina se os vendedores</p><p>têm saídas/soluções de produção do bem diante de uma condição</p><p>desfavorável de mercado. A elasticidade da demanda determina se</p><p>os compradores têm soluções de consumo na falta do bem que eles</p><p>desejam (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). Quanto à elasticidade um bem</p><p>pode ser denominado:</p><p>• Perfeitamente elástico;</p><p>• Elástico;</p><p>• Unitário;</p><p>• Inelástico;</p><p>• Perfeitamente inelástico.</p><p>Os produtos elásticos são mais sensíveis diante das alterações de</p><p>preço. Ou seja, quando os preços dele sofrem alterações as pessoas</p><p>tendem a aumentar/reduzir o consumo (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>Já produtos inelásticos independe do preço para que ele seja</p><p>consumido. Ou seja, mesmo se aumentar/diminuir quantidade ofertada,</p><p>reduzir preços a demanda não tem alterações.</p><p>Um exemplo de produto elástico seriam as carnes nobres. Se o</p><p>preço da picanha aumentar sua demanda diminui, se o preço diminuir sua</p><p>demanda aumentará.</p><p>Economia</p><p>18</p><p>Um exemplo de produto inelástico seriam os remédios. Ninguém</p><p>vai consumir muito remédio se o preço dele cair e também não irá deixar</p><p>de consumi-los caso o preço deles aumentem.</p><p>A elasticidade dos produtos são acompanhados por diversas</p><p>empresas em razão de que acompanham o comportamento do</p><p>consumidor, verificam as sazonalidades de mercado, fazem alterações</p><p>nos produtos, etc.</p><p>Assim, na teoria a Demanda perfeitamente inelástica seria uma</p><p>elasticidade igual a zero, ou seja, um aumento no preço do bem X</p><p>deixa inalterada a quantidade demandada. A Demanda inelástica seria a</p><p>Elasticidade inferior a 1, ou seja, com um aumento de 22% no preço causa</p><p>uma queda de 11% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW,</p><p>2009).</p><p>A Demanda com Elástica unitária seria uma Elasticidade igual a 1.</p><p>Ou seja, Um aumento de 22% no preço de um bem X causa uma queda de</p><p>22% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>A Demanda elástica seria a Elasticidade maior do que 1. Ou seja,</p><p>Um aumento de 22% no preço do bem X causa uma queda de 67% na</p><p>quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>Por fim, a Demanda perfeitamente elástica que seria a Elasticidade</p><p>infinita. Assim, a qualquer preço abaixo de “x” colocado no mercado a</p><p>quantidade demandada é infinita (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>Na teoria da elasticidade temos também a Elasticidade-Renda</p><p>da demanda que é uma medida do quanto a quantidade de um bem X</p><p>responderá a uma variação na renda dos consumidores. Para realização</p><p>do cálculo da elasticidade-renda da demanda seria: a variação percentual</p><p>da quantidade demandada dividida pela variação percentual da renda</p><p>(VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). A fórmula seria:</p><p>Temos também a elasticidade-preço cruzada da demanda e da</p><p>oferta.</p><p>Economia</p><p>19</p><p>A elasticidade-preço cruzada da demanda é considerada uma</p><p>medida do quanto a quantidade demandada de um bem X responde a</p><p>uma variação no preço de outro bem denominado Y.</p><p>Para realização deste cálculo precisa da variação percentual</p><p>da quantidade demandada do primeiro bem X dividida pela variação</p><p>percentual do preço do segundo bem (Y) (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).</p><p>Na Elasticidade-preço da oferta é considerada uma medida do</p><p>quanto a quantidade ofertada de um bem responde a uma variação do seu</p><p>preço. Para calcular seria a variação percentual da quantidade ofertada</p><p>dividida pela variação percentual do preço (VARIAN, 1994; MANKIW,</p><p>2009). A fórmula seria:</p><p>Figura 2 - Fábrica em produção</p><p>Fonte: freepik</p><p>Diante disso, uma oferta perfeitamente inelástica seria a elasticidade</p><p>igual a zero, ou seja, um aumento no preço deixa inalterada a quantidade</p><p>ofertada. A Oferta inelástica seria a Elasticidade inferior a 1. Assim, um</p><p>aumento de 22% no preço causa um aumento de 10% na quantidade</p><p>ofertada (VARIAN, 1994).</p><p>Economia</p><p>20</p><p>Na Oferta com Elástica unitária seria</p><p>a Elasticidade igual a 1. Pode-</p><p>se dizer que um aumento de 22% no preço causa uma queda de 22% na</p><p>quantidade ofertada (VARIAN, 1994).</p><p>Na Oferta elástica a Elasticidade é maior do que 1. Com um aumento</p><p>de 22% no preço causa uma queda de 67% na quantidade ofertada.</p><p>Na Oferta perfeitamente elástica tem a Elasticidade infinita, ou seja, a</p><p>qualquer preço acima de “x” colocado no mercado a quantidade ofertada</p><p>é infinita (VARIAN, 1994).</p><p>Vimos que a elasticidade-preço da demanda mede o quanto</p><p>à quantidade demandada responde a variações do preço. Assim, a</p><p>demanda tende a ser mais elástica se há substitutos próximos disponíveis,</p><p>se o bem é supérfluo ao invés de ser necessário, se o mercado é definido</p><p>de maneira restringido ou se os consumidores possuem muito tempo</p><p>para uma resposta a uma determinada mudança do preço (VARIAN, 1994).</p><p>O cálculo da elasticidade-preço da demanda é realizado com a</p><p>variação percentual da quantidade demandada dividida pela variação</p><p>percentual do preço. Se o resultado da elasticidade der menor que 1,</p><p>dizemos que a demanda é inelástica. Se a elasticidade é maior que 1,</p><p>dizemos que a demanda é elástica (VARIAN, 1994).</p><p>A receita total, que é a quantia total paga por um bem, é igual ao</p><p>preço do bem multiplicado pela quantidade vendida. A fórmula seria:</p><p>Receita Total (RT) = P x Q</p><p>No caso de curvas de demanda inelásticas, a receita total aumenta</p><p>quando o preço aumenta. Isto porque, um aumento nos preços leva a</p><p>uma diminuição na quantidade demandada, em menor proporção que</p><p>o aumento dos preços. Para curvas de demanda elástica, a receita total</p><p>diminui quando o preço aumenta (VARIAN, 1994).</p><p>Economia</p><p>21</p><p>RESUMINDO:</p><p>E ai? Gostou desta produção? Vimos sobre os graus de</p><p>sensibilidade em relação aos preços, ou seja, sobre a</p><p>elasticidade. Vimos também sobre os fatores determinantes</p><p>da elasticidade, elasticidade preço da demanda/oferta,</p><p>demanda/oferta inelástica, demanda/oferta elástica,</p><p>demanda/oferta unitária, entre outros aspectos. Com todos</p><p>esses conceitos poderemos mergulhar no tópico 4 no</p><p>qual veremos sobre a curva (fronteira) de possibilidade de</p><p>produção, custo de oportunidade e os fatores de produção.</p><p>Economia</p><p>22</p><p>Externalidades</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste material você será capaz de entender</p><p>como funciona o impacto das externalidades na economia.</p><p>Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As</p><p>atividades econômicas desenvolvidas pelas empresas têm</p><p>um impacto na sociedade e isso pode ser identificado pelas</p><p>externalidades. E então? Motivado para desenvolver esta</p><p>competência? Então vamos lá. Avante!</p><p>Compreendendo a externalidade na</p><p>economia</p><p>Uma externalidade surge quando uma pessoa está envolvida em</p><p>um ato que afeta o bem-estar de terceiros que não participam desse ato</p><p>sem pagar ou receber compensação, afirma Mankiw (2013). Nesse sentido,</p><p>se o impacto sobre o terceiro é vantajoso, chamamos de externalidade</p><p>positiva, agora se tal impacto for desvantagem para este terceiro, a</p><p>externalidade caracteriza-se por negativa.</p><p>Se houver externalidades, o interesse da empresa em um resultado</p><p>de mercado vai além do bem-estar de compradores e vendedores que</p><p>participam do mercado. Isso inclui o bem-estar de terceiros que são</p><p>indiretamente afetados. Como compradores e vendedores ignoram os</p><p>efeitos externos de suas ações ao decidir sobre demanda ou oferta, o</p><p>equilíbrio do mercado para efeitos externos não é eficiente (MANKIW, 2013).</p><p>Economia</p><p>23</p><p>Figura 3 - Compradores e Vendedores</p><p>Fonte: pixabay</p><p>Nesse sentido, o equilíbrio não maximiza o benefício geral para a</p><p>sociedade como um todo. Por exemplo, a liberação de dioxina no meio</p><p>ambiente é um efeito externo negativo, por isso uma externalidade que</p><p>consideramos negativa, como afirma Mankiw (2013). As empresas de</p><p>manufatura de papel que se concentram em seus próprios interesses não</p><p>levam em consideração o custo total da poluição que causam no processo</p><p>de produção, e os consumidores de papel não levam em consideração o</p><p>custo total da poluição em que contribuem ao tomar decisões de compra.</p><p>Deste modo, a menos que o governo as impeça ou desestimule, as</p><p>empresas emitirão dioxina em excesso (MANKIW, 2013).</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>“Externalidades” podem ser definidas como impacto das</p><p>ações de um agente econômico no bem-estar de outros</p><p>agentes econômicos, dos quais não estão diretamente</p><p>relacionados ou não fazem parte da ação. Por sua vez, as</p><p>Externalidades podem ser consideradas como falhas de</p><p>mercado (MANKIW, 2013).</p><p>O interesse da empresa em um resultado de mercado, se</p><p>considerada as externalidades, vai além do próprio mercado, dos quais,</p><p>podem incluir o bem-estar de outras pessoas afetadas. Em situações</p><p>em que há efeitos externos, o governo pode melhorar ou melhorar os</p><p>resultados do mercado (NEVES, 2011).</p><p>Economia</p><p>24</p><p>Nessa perspectiva, percebemos então uma externalidade negativa,</p><p>quando o efeito de um impacto causado pela externalidade for danoso.</p><p>Por exemplo, podemos dizer que se uma empresa polui os rios de</p><p>uma cidade para efetivar sua produção. Tais feitos, podem gerar custos</p><p>adicionais a sociedade. Se por acaso, o efeito deste impacto causado</p><p>pela externalidade fosse benéfico a sociedade, teríamos então uma</p><p>externalidade positiva.</p><p>Para Mankiw (2013) existem diferentes tipos de externalidades e</p><p>respostas políticas para solucionar essas falhas de mercado. Alguns exemplos:</p><p>Quadro 1 - Exemplos de externalidades</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Economia</p><p>25</p><p>Analisando cada caso e sua externalidade, percebemos que</p><p>ao considerar a fumaça dos carros, a externalidade é negativa, pois os</p><p>motoristas tendem a se tornar grandes poluidores. Já no que se refere a</p><p>restauração dos imóveis antigos, considerado uma externalidade positiva,</p><p>percebemos que as pessoas que passam por eles podem desfrutar da</p><p>beleza e do senso histórico que essas construções proporcionam. Por</p><p>sua vez, o latido dos cães, são externalidades negativas, pois os vizinhos</p><p>são perturbados pelo barulho. Por fim, são consideradas externalidades</p><p>positivas as pesquisas em tecnologias, pois geram conhecimento que</p><p>outras pessoas podem usar.</p><p>Em cada um desses casos, um tomador de decisão não considera</p><p>o impacto externo de seu comportamento. O governo está respondendo</p><p>tentando influenciar essas decisões para proteger os interesses dos</p><p>prejudicados.</p><p>Em um mercado sem intervenção do governo, o preço do produto se</p><p>ajusta para equilibrar/coordenar a oferta e a demanda, ou seja, coordena</p><p>a quantidade comercializada quando os custos privados de produção</p><p>das empresas são confrontados com o benefício ou valor privado que os</p><p>consumidores avaliam nesse mercado. Como exemplo de tal situação,</p><p>podemos analisar uma empresa que produz medicamentos, em que o</p><p>custo social de produzir os medicamentos é da empresa e o benefício</p><p>social é dos consumidores.</p><p>Figura 3 – Mercado de medicamentos</p><p>PEq. Mercado</p><p>QEq. Mercado</p><p>Demanda</p><p>(Benefício Privado)</p><p>Oferta</p><p>(Custo Privado)</p><p>P</p><p>Q</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Percebemos então que ao analisarmos tal figura, o Custo Social se</p><p>iguala ao Custo Privado, da mesma forma que o Benefício Social se iguala</p><p>ao Benefício Privado.</p><p>Economia</p><p>26</p><p>Se uma empresa incorre em custos durante suas atividades de</p><p>produção ou vendas que não são suportados apenas por ela no mercado,</p><p>mas também poderão ser pagos pela sociedade. Nesse sentido, para esta</p><p>empresa, os efeitos são da externalidade negativa.</p><p>Como exemplo, uma empresa estará gerando externalidade</p><p>negativa, se ela emitir poluentes, dos quais geram risco a saúde das</p><p>pessoas de uma sociedade. Por sua vez, tal empresa, está gerando custos</p><p>para a sociedade, mas estes custos não são pagos apenas pelas empresas</p><p>do mercado. O custo social é maior que o custo privado das empresas.</p><p>Figura 4 – Externalidade negativa na oferta</p><p>PÓtimo</p><p>PEq. Mercado</p><p>QEq. MercadoQÓtima</p><p>B</p><p>A</p><p>Demanda</p><p>(Benefício Privado)</p><p>Custo Social</p><p>(Custo Privado + Custo</p><p>Externo)</p><p>Oferta</p><p>(Custo Privado)</p><p>P</p><p>Q</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Neste caso, podemos perceber que o Custo Social é maior que o</p><p>Custo Privado. Já o Custo Social se iguala ao Custo Privado como o Custo</p><p>Externo. Da mesma forma são iguais o Benefício Social e o Benefício</p><p>Privado.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>Para realizar a produção, as empresas incorrem em</p><p>custos no mercado, alguns desses custos são pagos pela</p><p>empresa e outra parte é terceirizada para ser “paga” pela</p><p>sociedade. Os benefícios da produção são suportados</p><p>pelos consumidores. Dessa forma, se uma empresa emitir</p><p>poluentes que gerem risco a saúde, por sua vez, o custo da</p><p>saúde será externalizado para a sociedade.</p><p>Economia</p><p>27</p><p>Como a externalidade causa custos sociais superiores aos custos</p><p>privados das empresas, existe uma diferença entre o preço de equilíbrio</p><p>e o valor definido pelo ótimo de mercado, seria então o ponto A da Figura</p><p>3 e o preço e o equilíbrio em quantidades ideais para toda a sociedade</p><p>seria o ponto B.</p><p>Nesse sentido, algumas reflexões acerca de tais impactos podem</p><p>ser analisadas, como o incentivo às empresas para produção de nível</p><p>de ótimo social; a internalização dos custos externos, resultados das</p><p>externalidades por meio de impostos, taxas ou multas relativas à</p><p>quantidade produzida, ou seja, os custos externos gerados; e realizar o</p><p>deslocamento da curva de oferta para a esquerda até que atinja o ponto</p><p>do ótimo social.</p><p>Se os compradores incorrem em custos de suas atividades de</p><p>compra que não são apenas absorvidos por quem compra no mercado</p><p>em questão, eles criam externalidades negativas. Por exemplo, um</p><p>indivíduo estará gerando externalidade negativa, quando decide comprar</p><p>e consumir cigarros, pois tal ação, gerará custos de manutenção a saúde</p><p>para a sociedade.</p><p>Neste caso, o benefício privado do indivíduo é superestimado</p><p>em comparação com o benefício social, uma vez que não leva em</p><p>consideração nem desconta os custos que esse consumo acarreta.</p><p>Figura 5 – Externalidade negativa na demanda</p><p>Custo Social</p><p>(Custo Privado -</p><p>Custo Externo)</p><p>PÓtimo</p><p>PEq. Mercado</p><p>QEq. MercadoQÓtima</p><p>B</p><p>A</p><p>Demanda</p><p>(Benefício Privado)</p><p>Oferta</p><p>(Custo Privado)</p><p>P</p><p>Q</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Economia</p><p>28</p><p>Para esse comportamento, o Benefício Privado será maior que o</p><p>Benefício Privado. No que se refere ao Custo Social, será igual ao Custo</p><p>Privado. Já o Benefício Social será idêntico ao Benefício Privado menos o</p><p>Custo Externo.</p><p>Os indivíduos aproveitam do consumo para causarem custos</p><p>sociais. Nesse sentido, o benefício privado é inteiramente suportado pelo</p><p>consumidor, mas o benefício social é menor que o privado porque tem</p><p>que suportar custos externos. Por exemplo, as pessoas que consomem</p><p>cigarros, pois o custo da saúde serão externalizado à sociedade.</p><p>Como a externalidade cria um benefício privado maior que o</p><p>benefício social, dados os custos externos, haverá uma divergência entre</p><p>o preço de equilíbrio e a quantia definida pelo ótimo de mercado, ao</p><p>analisarmos o ponto A da Figura 6, e o ótimo preço e a ótima quantia para</p><p>a sociedade como definidos no ponto B.</p><p>Quando uma empresa obtém benefícios durante suas atividades</p><p>de produção ou vendas que são totalmente absorvidos não apenas por</p><p>esse mercado, mas pela sociedade. Por sua vez, esta empresa gera</p><p>externalidades positivas.</p><p>Como exemplo, podemos imaginar que uma empresa, para gerar</p><p>uma externalidade positiva, desenvolve um novo método para purificar</p><p>a água, do qual provoca um benefício tecnológico e que pode ser</p><p>aproveitado por pessoas fora do seu mercado de atuação.</p><p>Essa medida então, do tratamento da água por meio da tecnologia</p><p>trará benefícios à sociedade, mas esses benefícios não afetarão apenas o</p><p>mercado e causarão custos sociais mais baixos do que os custos privados</p><p>desse mercado, se considerarmos os benefícios externos alcançados.</p><p>Economia</p><p>29</p><p>Figura 6 – Externalidades positivas de oferta</p><p>PÓtimo</p><p>QEq. Mercado QÓtima</p><p>A</p><p>B</p><p>Demanda</p><p>(Benefício Privado)</p><p>Oferta</p><p>(Custo Privado)</p><p>Custo Social</p><p>(Custo Privado -</p><p>Benefício Externo)</p><p>P</p><p>Q</p><p>PEq. Mercado</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Neste caso, ao analisarmos o Custo Privado, percebemos que ele</p><p>será maior que o Custo Social. Enquanto que o Custo Social, será igual ao</p><p>Custo Privado retirando o Benefício Externo e que o Benefício Social será</p><p>igual ao Benefício Privado.</p><p>Nessa perspectiva, benefícios e custos sociais são gerados, após</p><p>as empresas de um mercado gerarem sua produção. Dessa forma, os</p><p>custos privados são suportados inteiramente pelo fabricante, mas os</p><p>custos sociais são mais baixos que os custos privados, isso porque foram</p><p>gerados benefícios externos.</p><p>Como a empresa que desenvolve nova tecnologia para purificar a</p><p>água. Neste caso, os benefícios da nova tecnologia são externalizados</p><p>para a sociedade.</p><p>Como a externalidade nesse mercado causa custos privados</p><p>superiores aos custos sociais, há uma divergência entre o preço de</p><p>equilíbrio e o valor definido pelo ótimo de mercado que pode ser</p><p>verificado no ponto A da Figura 5, além disso, o preço e o valor ótimos</p><p>para a sociedade em geral podem ser observados no ponto B.</p><p>O impacto da externalidade positiva é percebido quando os</p><p>compradores obtêm benefícios em sua atividade, dos quais, não são</p><p>apenas absorvidos por quem compra neste mercado em questão.</p><p>Por exemplo, um indivíduo gera externalidade positiva, quando</p><p>decidir por estudar mais, nesse caso, tal individuo irá obtiver e consumir mais</p><p>educação, que por sua vez gerará benefícios à população com um todo.</p><p>Economia</p><p>30</p><p>Nesse sentido, não considerando os benefícios externos que tal</p><p>consumo implicará, ao comparar o benefício privado e o benefício social,</p><p>este está sendo subavaliado.</p><p>Figura 7 – Externalidades positivas de oferta</p><p>PÓtimo</p><p>PEq. Mercado</p><p>QEq. Mercado QÓtima</p><p>A</p><p>B</p><p>Demanda</p><p>(Benefício Privado)</p><p>Oferta</p><p>(Custo Privado)</p><p>P</p><p>Q</p><p>Benefício Social</p><p>(Benefício Privado +</p><p>Benefício Externo)</p><p>Fonte: Adaptado de Mankiw (2013)</p><p>Percebamos então que o Benefício Social é maior que o Benefício</p><p>Privado. Já o Custo Social será igual ao Custo Privado. De forma que o</p><p>Benefício Social se iguale ao Benefício Privado mais o Benefício Externo.</p><p>Para certos consumidores, os indivíduos absorvem benefícios e</p><p>geram benefícios sociais. Alguns desses serviços são absorvidos pelos</p><p>consumidores e outros são terceirizados para a sociedade fora deste</p><p>mercado.</p><p>Nessa perspectiva, os produtores irão absorver o custo da produção,</p><p>quando por exemplo as pessoas que decidirem consumir mais educação.</p><p>Neste caso, o benefício de um maior nível de educação será externalizado</p><p>para a sociedade.</p><p>Como a externalidade cria um benefício social superior ao benefício</p><p>privado, haverá uma divergência nesse mercado entre o preço de</p><p>equilíbrio e a quantidade definida pelo ótimo de mercado, observados no</p><p>ponto A da Figura 7, além de notar o preço e a quantidade ótimos para a</p><p>sociedade como um todo, destacados assim no ponto B.</p><p>Qual a eficácia do mercado privado para lidar com efeitos das</p><p>externalidades? Questiona Mankiw (2013). Um resultado famoso,</p><p>Economia</p><p>31</p><p>conhecido como teorema de Coase, em homenagem ao economista</p><p>Ronald Coase, sugere que ele pode ser muito eficaz em determinadas</p><p>circunstâncias. Segundo o teorema de Coase, o mercado privado sempre</p><p>resolverá o problema dos efeitos externos e alocará recursos com</p><p>eficiência se os operadores econômicos privados puderem negociar a</p><p>alocação de recursos gratuitamente (MANKIW, 2013).</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>Assim, Vasconcellos (2002, p.102) define como “Teorema</p><p>de Coase”: “Em ausência de custos de transação, e</p><p>independentemente da distribuição dos direitos de</p><p>propriedade, o resultado da negociação será eficiente.”</p><p>O teorema de Coase diz que os agentes econômicos privados</p><p>podem resolver o problema das externalidades entre si. Qualquer que</p><p>seja a distribuição inicial de direitos, as partes interessadas sempre</p><p>podem chegar a um acordo em que todos estão melhores</p><p>e o resultado</p><p>é eficiente (MANKIW, 2013).</p><p>Vasconcellos (2002) exemplifica o teorema de Coase da seguinte</p><p>forma: Imagine uma fábrica poluindo um rio perto de um pequeno</p><p>povoado. A solução tradicional seria, por exemplo, cobrar um imposto</p><p>sobre a produção da fábrica.</p><p>Figura 8 – Fábrica poluindo</p><p>Fonte: pixabay</p><p>Economia</p><p>32</p><p>Isso reduziria a poluição do rio, o que tornaria a vila mais habitável.</p><p>Portanto, a tendência seria que a população desse vilarejo aumentasse,</p><p>o que significaria que, mesmo que a produção da fábrica fosse reduzida,</p><p>mais pessoas seriam afetadas pelo impacto da externalidade negativa.</p><p>Por conseguinte, poderia justificar-se aumentar a taxa do imposto sobre a</p><p>produção, o que reduziria ainda mais a produção e o consumo do produto</p><p>ou serviço em questão. Como pode ser visto, a aplicação do imposto</p><p>“pigouviano” pode reduzir bastante a produção e o consumo de bens</p><p>valorizados pela sociedade (VASCONCELLOS, 2002).</p><p>Nesse sentido, Vasconcellos (2002) defende ainda que poderia</p><p>ser mais eficiente das partes envolvidas, a oportunidade de concluir</p><p>um contrato ou acordo (por exemplo, a fábrica poderia compensar os</p><p>moradores e continuar produzindo), o que significa custos mais baixos</p><p>para todos. Obviamente, isso estará correto desde que os custos de</p><p>realização dessas negociações não sejam muito altos.</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo</p><p>tudinho? Agora, só para termos certeza de que você</p><p>realmente entendeu o tema de estudo deste material,</p><p>vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido</p><p>que a externalidade, que desenvolvida a partir das atividades</p><p>produtivas de uma empresa, se benéfica pode desencadear</p><p>a externalidade positiva na sociedade, agora se a empresa</p><p>afeta de forma danosa a sociedade, essa externalidade será</p><p>classificada como negativa. Além disso, estudamos que</p><p>tais impactos podem afetar tantos os compradores como</p><p>os vendedores, por isso foram abordados nesta unidade</p><p>as externalidades (positiva e negativa) a partir do seu</p><p>comportamento na oferta e demanda. Estudamos ainda o</p><p>teorema de Coase, nomeado dessa forma em homenagem</p><p>ao economista Ronald Coase, do qual traz as características</p><p>que explicam o mercado privado sobre as externalidades.</p><p>Economia</p><p>33</p><p>Conhecendo as lógicas e raciocínios gerais</p><p>de economia e a organização dos estudos</p><p>econômicos em micro e macroeconomia</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste material você terá conhecido algumas</p><p>lógicas econômicas. Elas serão importantes para a</p><p>qualidade do exercício de sua profissão. As pessoas que</p><p>incorporam os raciocínios econômicos em suas escolhas</p><p>cotidianas tendem a otimizar suas escolhas e torná-las mais</p><p>produtivas. Vamos lá? Motivado para desenvolver mais uma</p><p>etapa do seu conhecimento? Comecemos, então!</p><p>Campos de Estudo da Economia</p><p>A economia estuda o comportamento de indivíduos, famílias,</p><p>empresas, governos, estados, países, nações e mundo. Assim, para</p><p>relacionar os efeitos das ações de cada um desses agentes de modo</p><p>integrado ou isoladamente, organiza-se o estudo na divisão entre a</p><p>Macroeconomia e a Microeconomia.</p><p>A Microeconomia é o campo de estudo da economia que estuda</p><p>comportamentos individuais, setoriais, ou grupos de atividade econômicas</p><p>e organizações. Trata da parte, porque estuda o equilíbrio parcial, ou</p><p>os mercados específicos do sistema econômico. O conjunto de partes</p><p>integra o todo da economia.</p><p>O conjunto de atividades econômicas e organizações é o campo</p><p>de estudo da Macroeconomia. A macroeconomia estuda o equilíbrio</p><p>geral do sistema econômico, os agregados econômicos. Evite relacionar</p><p>a classificação da macro e da microeconomia regiões territoriais. Produto</p><p>Interno Bruto (PIB), seja de um Município, Estado ou País fazem parte da</p><p>macroeconomia. O desemprego total, a inflação, os gastos do governo</p><p>também são elementos macroeconômicos. Seguindo com os exemplos,</p><p>a produção de apenas um bem ou conjunto de bens como a agricultura</p><p>Economia</p><p>34</p><p>é microeconomia, assim como o desemprego de apenas um setor, como</p><p>o automobilístico.</p><p>A Microeconomia observa mercados específicos ou o equilíbrio e a</p><p>formação de preços em cada mercado. Já a Macroeconomia ocupa-se do</p><p>equilíbrio geral e das variações do nível geral de preços.</p><p>Tanto na micro quanto na macroeconomia estuda-se o uso de</p><p>recursos escassos para satisfazer as necessidades ilimitadas das pessoas.</p><p>Em ambos os campos de estudos, há a observação das escolhas e</p><p>decisões coletivas ou individuais, realizadas diante de inúmeras variáveis.</p><p>REFLITA:</p><p>Como tomar decisões em meio a tantas variáveis? Depois,</p><p>veja a seguir o uso da condição “coeteris paribus”.</p><p>Para o tratamento das variáveis qualitativas e quantitativas e</p><p>suas análises, a Economia estabelece diálogo com as demais áreas</p><p>do conhecimento incorporando diversos raciocínios, sociológicos,</p><p>antropológicos, históricos, matemáticos, entre outros. Utiliza-se de</p><p>observações econômicas históricas, de estudos estatísticos e de métodos</p><p>quantitativos para compreender o comportamento econômico, avaliar</p><p>situações e traçar estratégias. Os métodos de pesquisa e observação são</p><p>formas de organizar variáveis à tomada de decisão.</p><p>Em pauta no contexto de hoje, estão os raciocínios analíticos</p><p>e a inteligência analítica, que exploram cotidianamente trabalhos</p><p>aprofundados com métodos quantitativos e estatísticos, vinculados aos</p><p>processos decisórios. Esse tipo de trabalho enriquece a base de tomada</p><p>de decisões, o estabelecimento de estratégias e amplia os ganhos</p><p>competitivos esperados, pelas pessoas e pelas organizações.</p><p>O raciocínio analítico não retira a importância das observações</p><p>históricas e das demais áreas do conhecimento que interferem no</p><p>comportamento econômico. Mas, terão melhores posicionamentos</p><p>estratégicos os profissionais que se utilizarem do maior número de</p><p>Economia</p><p>35</p><p>métodos, ferramentas e instrumentos de análise das informações nos</p><p>processos decisórios. A ciência de dados está em alta!</p><p>Para estudar o comportamento econômico e os processos de</p><p>tomada de decisão, precisamos compreender que há diversas variáveis</p><p>que o influenciam e que precisamos isolá-las e manter as demais</p><p>constantes para entender como cada uma pode afetar tal comportamento</p><p>humano ou decisão. Para isso, adotamos uma expressão latina “coeteris</p><p>paribus” ou “ceteris paribus”. Ela quer dizer “mantidas as demais variáveis</p><p>constantes”.</p><p>EXPLICANDO MELHOR:</p><p>Suponha que está com fome e irá pedir uma comida em</p><p>casa. O que você escolherá? Imagine neste “meio tempo”</p><p>começou a chover, chegaram uns amigos e um grande</p><p>amigo seu pediu uma ajuda urgente. Você ainda fará um</p><p>pedido por telefone para entrega de comida em domicílio?</p><p>Pedirá a mesma refeição? Como agirá? Perceba que há</p><p>inúmeras variáveis que afetam o comportamento humano</p><p>em sociedade. Por isso, precisamos isolar os fatos para</p><p>compreender qual seria o seu comportamento a cada</p><p>situação. A pergunta deveria ser feita da seguinte forma:</p><p>O que você escolherá para comer, mantidas as demais</p><p>variáveis constantes (coeteris paribus)? A resposta seria,</p><p>por exemplo: comida japonesa. Mas, se chegarem amigos</p><p>peço pizza e, se me pedirem ajuda, cancelo tudo e saio de</p><p>casa. Como algo depois e assim, abro mão de me alimentar</p><p>neste momento para atender a ajuda solicitada (custo de</p><p>oportunidade).</p><p>A Ciência Econômica se utilizou e ainda se utiliza desta condição</p><p>para fazer cálculos e análises. Caso contrário, precisaria de muito mais</p><p>tempo para compreender o conjunto de comportamentos que regem a</p><p>economia em sociedade. Por outro lado, quando você isola as situações,</p><p>você estabelece decisões a cada caso e otimiza sua escolha.</p><p>Para a elaborar cenários adota-se a condição “coeteris paribus”, um</p><p>processo que envolve a organização e a análise de variáveis para adotar a</p><p>Economia</p><p>36</p><p>decisão empresarial. Por exemplo, você supõe estratégias para alcançar</p><p>seus objetivos a cada cenário que elabora. Suponha que queira</p><p>realizar</p><p>um investimento, se a situação for favorável, você realiza o investimento</p><p>com recurso próprio. Se a situação for outra, ou adversa, você financia</p><p>seu investimento, ou ainda, se houver outra situação você pode “abrir</p><p>mão” de um investimento para realizar uma aplicação financeira (custo de</p><p>oportunidade).</p><p>REFLITA:</p><p>Escolhas têm Custo de Oportunidade.</p><p>As escolhas na economia envolvem o custo de oportunidade, diante</p><p>da decisão sobre o que produzir, para quem produzir e como produzir.</p><p>Ele pode ser financeiro e mensurado fisicamente ou ser abstrato como a</p><p>destinação do tempo, por exemplo.</p><p>O custo de oportunidade de realizar a leitura deste material,</p><p>implica em abrir mão de estar com os amigos, com a família, trabalhando,</p><p>estudando outras disciplinas, entre outras atividades. Note que nada é</p><p>de graça, quando se apresenta o uso e destinação do tempo a nossas</p><p>atividades. Toda atividade deve ser remunerada e pode ser contabilizada</p><p>pelo lógica do custo de oportunidade. Se você escolher ser gerente</p><p>de vendas, terá que abrir mão de desempenhar outros papéis em uma</p><p>sociedade.</p><p>REFLITA:</p><p>Se há escassez de recursos contraposta à necessidade</p><p>ilimitada das pessoas, precisamos decidir sobre: o que</p><p>produzir? como produzir? e para quem produzir? (Figura 7)</p><p>Ao pensar o que produzir as pessoas escolhem os bens e serviços</p><p>que atendem as necessidades humanas. Isto resulta nos esforços à</p><p>eficácia alocativa dos fatores de produção. De modo mais direcionado,</p><p>conforme nicho de mercado e público alvo, é decidido para quem serão</p><p>produzidos os bens e os serviços. As técnicas e os conhecimentos</p><p>Economia</p><p>37</p><p>utilizados para a produção são escolhidos, respondem ao como produzir,</p><p>de modo eficiente.</p><p>Figura 9 – As 3 Questões Fundamentais da Economia</p><p>PROBLEMA: ESCASSEZ DE FATORES</p><p>O que produzir?</p><p>Para quem produzir?</p><p>Como produzir?</p><p>RECURSOS</p><p>ESCASSOS</p><p>NECESSIDADES</p><p>ILIMITADAS</p><p>Fonte: As autoras.</p><p>Você, organizações e o governo pensam assim para atender</p><p>as necessidades ilimitadas que nos regem. Considerando a eficiência</p><p>produtiva e a eficácia alocativa dos fatores, tomaremos decisões ótimas,</p><p>ao equilíbrio, à felicidade e à sustentabilidade.</p><p>Você toma suas decisões diárias baseando-se nos recursos que</p><p>dispõe e naquilo que deseja fazer. Individualmente pensa-se o que</p><p>produzir, para quem produzir e como produzir. Observe suas escolhas</p><p>diárias! Todas elas têm custo de oportunidade!</p><p>De modo analítico, as pessoas ou organizações tomam estas</p><p>decisões baseadas no raciocínio proposto pela “Fronteira de Possibilidade</p><p>de Produção (FPP)” ou “Curva de Possibilidade de Produção (CPP)”. Dado</p><p>um conjunto de fatores, ou recursos, qual seria a melhor forma de alocá-</p><p>los de modo a compor uma combinação ótima de produtos que lhe torne</p><p>mais satisfeito? Este será o próximo tema de estudo: CPP ou FPP.</p><p>Depois de ter conhecido as lógicas e os raciocínios gerais da</p><p>economia, bem como sua organização de estudo, procure identificar</p><p>esses temas no seu cotidiano.</p><p>Economia</p><p>38</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Quer se aprofundar sobre variáveis e custo de oportunidade?</p><p>Recomendo assistir ao menos 10 minutos do Vídeo: “Eduardo</p><p>Gianneti ‘O Valor do Amanhã’”, acessível clicando aqui.</p><p>RESUMINDO:</p><p>Como foi o seu aprendizado? Gostou de conhecer as lógicas,</p><p>os raciocínios e a organização dos estudos da economia?</p><p>Vamos resumir tudo o que vimos? Você deve ter aprendido</p><p>que a economia se organiza em dois campos de estudo:</p><p>a micro e a macroeconomia. Ambas possuem os estudos</p><p>e a organização de variáveis para compreender de que</p><p>forma fazemos uso de recursos para atender necessidades.</p><p>Enquanto a microeconomia se ocupa do equilíbrio parcial,</p><p>de mercados específicos, a macroeconomia observa</p><p>os agregados econômicos e o equilíbrio geral. Você se</p><p>lembra que todas as decisões envolvem a análise de</p><p>inúmeras variáveis? Em decorrência disso, vimos que</p><p>isolamos variáveis para analisar os processos decisórios,</p><p>sob a condição “coeteris paribus”, mantidas as demais</p><p>variáveis constantes. Também estudados que todas as</p><p>nossas escolhas possuem custo de oportunidade e que</p><p>nossas decisões também consideram este raciocínio.</p><p>Por fim, tomamos ciência de que devido à escassez,</p><p>tanto indivíduos quanto governos e empresas, pensam o</p><p>que, para quem e como produzir, cotidianamente. Agora,</p><p>seguimos, sistematizando nosso conhecimento, com os</p><p>aprendizados sobre os conceitos gerais de economia.</p><p>Economia</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=4vYB0rgnzoU</p><p>39</p><p>Estrutura de Mercado</p><p>OBJETIVO:</p><p>Ao término deste material você terá iniciado a aprendizagem</p><p>técnica de economia. Isto confere qualidade analítica para o</p><p>exercício de sua profissão. As pessoas que se ocupam com</p><p>o aprimoramento técnico contínuo tendem a alcançar seus</p><p>objetivos com eficácia. Os raciocínios analíticos estão em</p><p>pauta no atual contexto dos negócios, porque permitem</p><p>operacionalizar conceitos. Nesta produção faremos</p><p>este exercício por meio da Fronteira de Possibilidade de</p><p>Produção (FPP). E então? Pronto para iniciar a construção</p><p>destes conhecimentos? Prossiga nos seus estudos.</p><p>Fatores de Produção e Bens e Serviços</p><p>Os fatores de produção são classificados em: terra, capital, trabalho,</p><p>capacidade empresarial e tecnologia. São recursos que formam os</p><p>processos produtivos e que podem ser separados em físicos e financeiros,</p><p>como a terra o capital e a tecnologia, e humanos, como o trabalho, a</p><p>capacidade empresarial e a tecnologia. Note que a tecnologia possui uma</p><p>parte física e uma parte humana.</p><p>Sobre o respeito aos recursos humanos, vale ressaltar que: as</p><p>pessoas detêm os meios (fatores) de produção; as pessoas ofertam e</p><p>demandam fatores de produção; as pessoas agem, praticando ações e</p><p>atuando nas transformações dos meios de produção; um dos meios de</p><p>produção é humano, porque compõem e alteram os processos produtivos,</p><p>seja decidindo ou trabalhando; a tecnologia tem um componente</p><p>humano; as pessoas detêm os bens; as pessoas não são bens; as pessoas</p><p>trabalham e são classificadas como um fator humano de produção; as</p><p>pessoas ofertam e demandam bens e serviços, principalmente quando</p><p>organizadas em empresas.</p><p>• O Fator Terra: consiste no conjunto dos recursos naturais e nas</p><p>delimitações de espaço utilizados na produção de bens e de</p><p>Economia</p><p>40</p><p>serviços. Devem ser cuidados, preservados, recuperados e</p><p>respeitados, quando utilizados nos processos produtivos, para</p><p>que sejam otimizados, no curto e no longo prazo. Quanto ao seu</p><p>uso, enfatiza-se a “sustentabilidade ambiental”.</p><p>• O Fator Capital: pode ser físico ou financeiro. O capital físico</p><p>consiste nas máquinas, equipamentos e estruturas produtivas</p><p>como fábricas, galpões, prédios, entre outras infraestruturas.</p><p>Quando financeiro, pode ser considerado em um estado não</p><p>físico, que pode, por meio de investimentos, ser transformado</p><p>em estruturas produtivas. Disto resultam os cálculos do custo</p><p>do capital investido. O respeito aos valores monetários e físicos</p><p>passam pela ética e pela compreensão de que os recursos</p><p>financeiros têm origem nos esforços dos trabalhos cotidianos. A</p><p>partir destes valores é possível direcionar novos investimentos</p><p>para solucionar desde desequilíbrios sociais, por exemplo, até</p><p>alternativas para a vida da espécie.</p><p>• O Fator Trabalho: é o esforço humano de produção que transforma</p><p>os fatores terra, capital e tecnologia. O valor trabalho deve ser</p><p>respeitado em todas as suas formas, em todas as suas atividades,</p><p>em todas as territorialidades. A produtividade do trabalho é um</p><p>dos valores humanos mais importantes porque é o meio pelo qual</p><p>se escoa a criatividade humana. A qualidade das relações sociais</p><p>de trabalho amadurecem a sociedade em que vivemos.</p><p>• O Fator Capacidade Empresarial: também chamada de</p><p>empresariedade, que é a capacidade de dirigir empresas mediante</p><p>os posicionamentos estratégicos e as soluções ótimas. Por ter</p><p>origem em uma das formas de trabalho, deve ser igualmente</p><p>respeitada, reconhecida</p><p>e valorizada entre os demais fatores. Este</p><p>fator representa o comportamento empreendedor das pessoas</p><p>que direciona e mobiliza novos investimentos e alternativas para o</p><p>uso de recursos e o atendimento de necessidades.</p><p>• O Fator Tecnologia: a tecnologia tem uma parte abstrata e uma parte</p><p>material. Trata-se da interação de técnicas e de conhecimentos</p><p>capaz de reunir, reorganizar, repensar e redirecionar o uso dos</p><p>Economia</p><p>41</p><p>demais fatores para o atendimento das necessidades ilimitadas.</p><p>Pode-se considerar a tecnologia como inerente ou externa aos</p><p>seres humanos, mas, de modo geral, uma interação que resulta na</p><p>materialização de processos criativos de produção. A tecnologia</p><p>pode ou não ser uma inovação e tem origem nas interações e</p><p>pensamentos humanos.</p><p>Os fatores de produção se transformam ou são transformados</p><p>em bens e serviços, e existem critérios para as classificações dos bens</p><p>(Figura 10).</p><p>Figura 10 – Fatores, Bens e Processos Produtivos.</p><p>Fatores de</p><p>produção</p><p>• Terra</p><p>• Capital</p><p>• Trabalho</p><p>• Capacidade</p><p>empresarial</p><p>• Tecnologia</p><p>Processos</p><p>produtivos</p><p>O que produzir?</p><p>Para quem</p><p>produzir?</p><p>Como produzir?</p><p>Bens: produtos</p><p>e serviços</p><p>Bens</p><p>intermediários</p><p>Bens de capital</p><p>Bens finais.</p><p>RECURSOS</p><p>ESCASSOS</p><p>NECESSIDADES</p><p>ILIMITADAS</p><p>escassez</p><p>Fonte: As autoras.</p><p>Classificações de Bens:</p><p>• Quanto à escassez os bens podem ser: econômicos ou livres. Por</p><p>exemplo, a energia solar disponível na forma de raios solares é um</p><p>bem livre. Os demais tipos de bens são considerados econômicos</p><p>porque são escassos, como a água, por exemplo, ou qualquer</p><p>produto ou serviço que se deseje consumir.</p><p>• Quanto ao nível de renda e consumo, os bens podem ser: Bem de</p><p>Consumo; Saciado ou Bem Normal; Bem de Luxo; e Bem Inferior.</p><p>• Bens públicos, são de domínio público como praças, iluminação,</p><p>vias, ruas, placas, pontos de ônibus, entre outros bens disponíveis</p><p>Economia</p><p>42</p><p>mediante gasto do recurso público para atender necessidades</p><p>coletivas.</p><p>• Comparativamente, os bens podem ser: Bem Substituto; Bem</p><p>Concorrente; Bem Complementar. Substitutos podem ser</p><p>perfeitos, como camiseta branca e camiseta bege; ou imperfeitos,</p><p>como camiseta e regata. Bens concorrentes competem entre si;</p><p>e bens complementares precisam ser consumidos em conjunto</p><p>para serem úteis, como pasta de dente e escova de dentes.</p><p>• Quanto à finalidade, os bens podem ser de Consumo Final e Bem</p><p>de Consumo Intermediário. Os bens de consumo final podem ser</p><p>Duráveis, e Não Duráveis, quando perecíveis em um curto período</p><p>de tempo.</p><p>• Nos processos produtivos os bens Intermediários são</p><p>transformados pelos bens de Capital, em bens Materiais (Produtos)</p><p>ou Bens Imateriais (Serviços). Os bens de capital são máquinas,</p><p>equipamentos, infraestruturas e estruturas produtivas físicas, que</p><p>transformam os bens intermediários.</p><p>Há, portanto, tipos de bens e serviços, que variam de acordo com</p><p>sua utilidade, etapa do processo produtivo, entre outras classificações.</p><p>Produtos são bens materiais e serviços são bens imateriais. Conforme o</p><p>uso, os bens podem ser duráveis ou não-duráveis. Já conforme o processo</p><p>produtivo, há os bens intermediários, consumidos no processo; os bens</p><p>de capital, utilizados para a transformação dos bens intermediários; e os</p><p>bens finais, que resultam do esforço produtivo.</p><p>Bens de capital são máquinas e equipamentos utilizados para a</p><p>transformação de insumos e de bens intermediários em bens finais ou</p><p>serviços. Esta é a lógica de uma cadeia produtiva. Uma cadeia produtiva</p><p>é o resultado da atividade econômica. Ela é composta por agentes e</p><p>pelas relações estabelecidas entre eles no processo de organização da</p><p>produção e da geração de bens e serviços. Em contrapartida do esforço</p><p>produtivo está a remuneração dos fatores de produção e dos bens e</p><p>serviços.</p><p>Economia</p><p>43</p><p>Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)</p><p>A partir da FPP é possível compreender visualmente alguns</p><p>raciocínios que fundamentam a teoria econômica: o Custo de</p><p>Oportunidade, a Capacidade Ociosa, a Impossibilidade de Produção, o</p><p>Pleno Emprego dos Fatores, bem como a necessidade de compartilhar</p><p>técnicas e conhecimentos ou a tecnologia e avançarmos na satisfação</p><p>dos nossos desejos. Os Avanços Tecnológicos podem provocar alterações</p><p>nos níveis da Atividade Econômica.</p><p>A FPP representa a máxima capacidade de produção de dois bens,</p><p>utilizando todos os recursos disponíveis, em um determinado período de</p><p>tempo. A Figura 11 tem um esboço da curva (CPP).</p><p>1. Pleno Emprego: qualquer ponto sobre a curva (CPP) indica</p><p>a combinação de produção do bem X e do bem Y. Trata-se da</p><p>produção de 2 bens ou serviços, em pleno emprego. Note</p><p>que cada eixo representa um bem diferente do outro, e se</p><p>desejássemos analisar um conjunto de bens maior que dois,</p><p>haveria a necessidade de representar mais eixos na figura. Por isso,</p><p>esta suposição, limitada a dois bens, é feita para a compreensão</p><p>conceitual, visto que na prática um indivíduo, uma organização ou</p><p>uma sociedade produz uma gama incontável de bens e serviços</p><p>por meio de suas ações e atividades cotidianas.</p><p>2. Capacidade Ociosa: ocorre quando os fatores de produção</p><p>não estão sendo plenamente empregados. Há, portanto, a</p><p>possibilidade de operamos em capacidade ociosa e, desta</p><p>forma, não utilizamos todos os fatores de produção. Quando em</p><p>capacidade ociosa, é possível ampliar a produção dos bens X e Y</p><p>até atingir o pleno emprego. Qualquer ponto dentro da curva, ou, o</p><p>espaço interno à fronteira mostra que há recursos ociosos.</p><p>3. Impossibilidade de Produção: representa a combinação de</p><p>produção dos bens X e Y que não é possível atingir com os fatores</p><p>disponíveis. Trata-se do espaço externo à curva e também pode</p><p>ser considerado níveis potenciais de produção, caso alternativas</p><p>sejam encontradas à ampliação da capacidade de produção. Em</p><p>Economia</p><p>44</p><p>um dado período de tempo, não há recursos disponíveis àquele</p><p>nível de produção de bens ou serviços.</p><p>4. Avanço Tecnológico: expansão da curva, devido às soluções</p><p>tecnológicas. Caso todos os recursos (terra, capital, trabalho,</p><p>capacidade empresarial e tecnologia) estejam em pleno emprego,</p><p>apenas um fator pode ser variável: a tecnologia. Ela pode deslocar a</p><p>CPP e ampliar as combinações de produção do bem X e do bem Y.</p><p>5. Custo de Oportunidade: renúncia feita em função de escolhas.</p><p>Tudo aquilo que se abre mão de produzir, por ter decido produzir</p><p>outro bem. Em pleno emprego, quando direcionamos todos os</p><p>fatores de produção ao bem X, a produção do bem Y é nula. A partir</p><p>deste ponto, ao decidir ampliar a produção do bem Y, é necessário</p><p>abrir mão da produção do bem X. Na Figura 9, as flechas indicam</p><p>as variações da produção decorrentes do custo de oportunidade.</p><p>A CPP pode ser utilizada para compreender os limites da produção</p><p>de um indivíduo, de uma empresa, de uma organização, de um país</p><p>ou do mundo. Na prática, para que sejamos mais produtivos no mundo</p><p>precisamos compartilhar estas técnicas e conhecimentos disponíveis para</p><p>que todos tenham acesso e possam fazer parte do sistema econômico.</p><p>Trata-se de um esforço para que pessoas saiam da linha de miséria e da</p><p>pobreza e passem a trabalhar de modo produtivo, reduzindo a fome, a</p><p>desigualdade social e a criminalidade.</p><p>Figura 11 – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)</p><p>Pleno emprego: os fatores de</p><p>produção estão sendo plenamente</p><p>empregados na produção do bem</p><p>X e do bem Y.</p><p>Impossibilidade de</p><p>produção: não há fatores</p><p>disponíveis para a produção</p><p>do bem X e do bem Y.</p><p>Custo de</p><p>oportunidade:</p><p>reduzir a produção</p><p>do bem X para</p><p>iniciar a produção do</p><p>bem Y, quando em</p><p>pleno emprego.</p><p>Avanço tecnológico:</p><p>alternativas encontradas</p><p>para aumentar a</p><p>produção do bem X e</p><p>do bem Y, mantendo</p><p>os demais fatores</p><p>constantes.</p><p>Capacidade ociosa:</p><p>os fatores de</p><p>produção não em</p><p>pleno emprego</p><p>para a produção do</p><p>bem X e do bem Y.</p><p>BEM X</p><p>1</p><p>4</p><p>0</p><p>2</p><p>BEM Y</p><p>5</p><p>3</p><p>Fonte: As autoras.</p><p>Economia</p><p>45</p><p>Na FPP da Figura 12 é possível operacionalizar os conceitos</p><p>descritos a partir da Figura 11. Siga com as interpretações:</p><p>1. Pleno Emprego: a CPP tem algumas combinações de produção</p><p>de dois bens: carros tipo A e carros tipo B, que podem ser de luxo</p><p>e populares, respectivamente. Observe no Quadro 1 os volumes</p><p>de produção de carros tipo A e B. Em pleno emprego, quando são</p><p>produzidas 6.000 unidades do carro tipo A, são produzidas 7.000</p><p>unidades de carros tipo B.</p><p>2. Capacidade Ociosa: observe o ponto que combina a produção de</p><p>5.750 unidades de carro tipo A e 7.000 unidades de carro tipo B.</p><p>Neste nível de produção a empresa opera em capacidade ociosa.</p><p>3. Impossibilidade de Produção: o ponto marcado fora da CPP, que</p><p>combina a produção de 6.500 unidade de carro tipo A e 13.000</p><p>unidades de carro tipo B, representa um nível de impossibilidade</p><p>de produção, neste período de tempo. Com os fatores disponíveis,</p><p>não é possível produzir esta combinação de carros tipo A e B.</p><p>4. Avanço Tecnológico: para atingir níveis mais elevados de produção,</p><p>que vão além da CPP, a empresa precisa encontrar alternativas</p><p>de usos dos recursos escassos. Os pontos de impossibilidade</p><p>de produção se tornam potenciais alcances produtivos, quando</p><p>admitimos a existência dos avanços tecnológicos. Os avanços</p><p>tecnológicos podem ocorre para o carro tipo A ou para o carro</p><p>tipo B, ou, para o carro tipo A e carro tipo B.</p><p>5. Custo de Oportunidade: a partir do ponto que combina a produção</p><p>de 6.250 unidades de carro tipo A e 0 unidades de carro tipo B,</p><p>é possível iniciar a produção de 7.000 unidades de carro tipo B,</p><p>abrindo-se mão de 250 unidades de carros tipo A. Na sequência,</p><p>o custo de oportunidade de aumentar 2.500 unidades de carro</p><p>tipo B, seria deixar de produzir mais 250 unidades de carro tipo</p><p>A. Note que a cada 250 unidades que se deixa de produzir do</p><p>carro tipo A, são incrementadas cada vez menos unidades de</p><p>carro tipo B. Em um primeiro momento, 250 unidade de carro</p><p>tipo A corresponderam á produção de 7.000 unidades de carro</p><p>Economia</p><p>46</p><p>tipo B. Em um segundo momento, 250 unidades do carro tipo A</p><p>corresponderam à produção de mais 2.500 unidades de carro</p><p>tipo B, que corresponde a um total de 9.500 unidades produzidas.</p><p>Assim, podemos afirmar que a produção de carros tipo B cresce</p><p>a taxas cada vez menores, a cada 250 unidades sacrificadas de</p><p>carro tipo A. A Lei dos Rendimentos Decrescentes, diz que dada</p><p>uma capacidade de produção, na medida que se incrementam</p><p>fatores, a produção cresce a taxas cada vez menores. Observe, no</p><p>Quadro 2, as variações de produção utilizadas para medir o custo</p><p>de oportunidade e sua variação gráfica (Figura 11).</p><p>Quadro 2 – Dados – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP): Exemplos.</p><p>Fonte: As Autoras</p><p>Figura 12 – Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP): Exemplos</p><p>Carros</p><p>Tipo A</p><p>0 Carros</p><p>Tipo B</p><p>Custo de</p><p>6.500</p><p>6.250</p><p>6.000</p><p>5.750</p><p>7.000 9.500</p><p>oportunidade</p><p>Pleno emprego</p><p>Impossibilidade</p><p>de produção</p><p>Avanço tecnológico</p><p>Capacidade ociosa</p><p>13.000 13.500</p><p>Fonte: As Autoras</p><p>Economia</p><p>47</p><p>Você iniciou a aprendizagem da operacionalização técnica dos</p><p>conceitos dos estudos econômicos. Procure aplicar estes conhecimentos</p><p>no seu dia a dia, observando as diversas capacidades de produções de</p><p>bens e serviços.</p><p>SAIBA MAIS:</p><p>Quer se aprofundar mais no tema sobre avanços</p><p>tecnológicos e raciocínios analíticos? Recomendo assistir</p><p>ao Vídeo: “A história da Inteligência Artificial - TecMundo”</p><p>(TECMUNDO, 2019) acessível clicando aqui.</p><p>Você sabia que a ANFAVEA (Associação Nacional dos</p><p>Fabricantes de Veículos Automotores) possui estatísticas</p><p>sobre a capacidade e o volume de produção de veículos</p><p>no Brasil? Para saber mais, acesso o site da ANFAVEA</p><p>clicando aqui.</p><p>RESUMINDO:</p><p>E então? Gostou de operacionalizar conceitos</p><p>sistematizando-os em gráficos? Vamos revisar os conteúdos</p><p>desta produção letiva? Primeiramente, conhecemos os</p><p>fatores de produção: terra, capital, trabalho, capacidade</p><p>empresarial e tecnologia. Vimos que estes fatores são</p><p>alocados nos processos produtivos para a produção de</p><p>bens e serviços. Para desenvolver a linha de raciocínio</p><p>da economia, operacionalizamos as três questões</p><p>fundamentais (o que, como e para quem produzir) na</p><p>fronteira de possibilidade de produção (FPP). Você deve</p><p>ter aprendido que a fronteira expressa a escolha sobre “o</p><p>que produzir”, que, a partir do conhecimento do público</p><p>alvo, consegue direcionar a produção compreendendo</p><p>“para quem produzir”. As escolhas dos níveis de produção</p><p>e a alocação dos fatores na FPP, representam o “como”</p><p>produzir. A FPP sintetiza a operacionalização de cinco</p><p>conceitos: o Pleno Emprego, a Capacidade Ociosa, a</p><p>Impossibilidade de Produção, os Avanços Tecnológicos e o</p><p>Custo de Oportunidade.</p><p>Economia</p><p>https://bit.ly/2QkbItl</p><p>https://bit.ly/3a9DdfZ</p><p>48</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALBERGONI, L. Economia. IESDE BRASIL S/A. Curitiba – PR. 2008.</p><p>Acesso em: 30 de dez de 2019. Disponível em: http://bit.ly/3bYsJPS.</p><p>ALMEIDA, D. CASTRO,D. HENRIQUE, G. BASUS, F. ALMEIDA, J.</p><p>TEODORO, J. (s.d.). Os dez princípios básicos de economia: uma relaçao</p><p>entre a teoria e o cenário economico atual. Universidade Federal de</p><p>Viçosa. Campus Florestal. 2011. Acesso em 30 de dez de 2019, disponível</p><p>em: https://rl.art.br/arquivos/3938588.pdf.</p><p>BARBOSA, Ricardo. Economia Introduçao. Mackenzie University</p><p>and Kroton Group. Jul. 2015. Disponível em: http://bit.ly/2VhAbQt.</p><p>BRUE, Stanley. L. História do Pensamento Econômico. 6 ed. São</p><p>Paulo: Cengage Learning, 2005.</p><p>FEIJÓ, L, C. A nova disciplina de sistemas econômicos comparado:</p><p>uma proposta. Revista de Economia Política, vol. 28, nº 1 (109), pp. 116-135,</p><p>janeiro-março/2007. 30 de dez de 2019, disponível em: http://bit.ly/2wBtq1v.</p><p>FRANCO, G.; VALE, L. (s.d.). A Importância e Influência do Setor de</p><p>Compras nas Organizações. TecHoje. Disponível em: <http://bit.ly/35gA60Q>.</p><p>Acesso em: 04 jul. 2017.</p><p>FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2013</p><p>GARCIA, S. Fundamentos da Economia. Caderno do Instituto</p><p>Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas - Visconde da Graça, para</p><p>a Rede e-Tec Brasil, do Ministério da Educação em parceria com a</p><p>Universidade Federal do Mato Grosso. 2015. Acesso em: 30 de dez de</p><p>2019. Disponível em: http://bit.ly/2un75Ea</p><p>MANKIW, N, G. Introdução a economia. São Paulo: Cengage</p><p>Learning, 2009.</p><p>MENDES, C. TREDEZINI, C. BORGES, F. FAGUNDES, M. Introdução</p><p>a economia. UFSC. Programa Nacional em Administração pública. 2015.</p><p>Disponível em: http://bit.ly/2uVvMIb</p><p>Economia</p><p>https://rl.art.br/arquivos/3938588.pdf</p><p>49</p><p>NEVES, Vítor. Custos sociais: Onde para o mercado?. Revista crítica</p><p>de ciências sociais, n. 95, p. 55-68, 2011.</p><p>VARIAN, H, R. Microeconomia: Princípios básicos: Rio de Janeiro:</p><p>Campus, 1994.</p><p>VASCONCELLOS, M. S. Economia, Micro e Macro. São Paulo: Atlas,</p><p>2002.</p><p>VASCONCELLOS, Marco A.; GARCIA, Manuel. Fundamentos da</p><p>Economia. São Paulo: Ed. Saraiva, 2010.</p><p>Economia</p><p>A teoria da elasticidade</p><p>Compreendendo a Teoria da elasticidade</p><p>Externalidades</p><p>Compreendendo a externalidade na economia</p><p>Conhecendo as lógicas e raciocínios gerais de economia e a organização dos estudos econômicos em micro e macroeconomia</p><p>Campos de Estudo da Economia</p><p>Estrutura de Mercado</p><p>Fatores de Produção e Bens e Serviços</p><p>Classificações de Bens:</p><p>Fronteira de Possibilidade de Produção (FPP)</p>