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<p>1. Importância dos Cálculos no Trato Urinário:</p><p>· Causa comum de visitas ao pronto-socorro (PS).</p><p>· Cirurgiões gerais em formação devem possuir conhecimento prático da avaliação e tratamento básicos.</p><p>2. Apresentações da Urolitíase:</p><p>· Variam conforme o tamanho, localização do cálculo e grau de obstrução.</p><p>· Cálculos caliciais renais não obstrutivos:</p><p>· Geralmente encontrados acidentalmente ou durante a avaliação de hematúria.</p><p>· Cálculos obstrutivos na pelve renal ou ureter:</p><p>· Apresentam-se agudamente com dor, hematúria, náusea, vômitos e íleo.</p><p>· Requerem exames de imagem, como ultrassom e tomografia (TC).</p><p>3. Diagnóstico por Imagem:</p><p>· Ultrassom: Pode mostrar hidronefrose.</p><p>· TC (sem contraste): Mostra o cálculo e dilatação do sistema coletor proximal.</p><p>· Radiografias simples: 90% dos cálculos são visíveis como rádio-opacidades.</p><p>4. Composição Química dos Cálculos:</p><p>· Oxalato de cálcio: Substância química mais comum nos cálculos em países industrializados.</p><p>· Fatores de risco: Muitos pacientes têm fatores de risco metabólicos para formação de cálculos.</p><p>· Outras composições:</p><p>· Cálculos de fosfato amônio-magnésio (estruvita): Associados a infecções urinárias crônicas.</p><p>· Cálculos de ácido úrico: Formados em urina ácida, radiotransparentes.</p><p>· Cálculos de cistina: Causados por erros inatos do metabolismo.</p><p>5. Avaliação Clínica:</p><p>· Urinálise e cultura.</p><p>· Exames de imagem: TC, ultrassom, pielografia retrógrada.</p><p>· Avaliação metabólica: Coleta de urina de 24 horas para análise de compostos urinários.</p><p>6. Fatores de Risco para Formação de Cálculos:</p><p>· Infecção urinária crônica.</p><p>· Sarcoidose, acidose tubular renal, hiperoxalúria, cistinúria, entre outros.</p><p>· Desidratação relativa, especialmente em ambientes quentes.</p><p>7. Episódios Agudos de Urolitíase:</p><p>· Causas: Obstrução, infecção ou ambas.</p><p>· Sintomas: Dor, náusea, vômitos, íleo.</p><p>· Tratamento ambulatorial: Para pacientes sem sinais de infecção, com hidratação oral, controle da dor, e monitoramento da expulsão do cálculo.</p><p>8. Complicações e Intervenções Cirúrgicas:</p><p>· Infecção obstruída: Situação emergencial que requer antibióticos e descompressão do trato superior (por cistoscopia ou nefrostomia percutânea).</p><p>· Contraindicação: Realizar litotripsia ureteroscópica em contexto de infecção ativa.</p><p>9. Monitoramento e Intervenção:</p><p>· Expulsão não bem-sucedida: Necessita de intervenção como litotripsia extracorpórea, ureteroscópica, ou percutânea.</p><p>· Cálculos pequenos e assintomáticos: Monitoramento ou tratamento eletivo conforme a preferência do paciente.</p><p>10. Complicações do Tratamento:</p><p>· Hidrotórax ou pneumotórax, lesões a órgãos adjacentes e lesões vasculares após litotripsia percutânea.</p><p>· Cálculos vesicais e uretrais: Requerem remoção, normalmente por litotripsia cistoscópica.</p><p>11. Diferenças entre Países Industrializados e em Desenvolvimento:</p><p>· Países industrializados: Cálculos vesicais resultantes de uso prolongado de cateter de Foley ou obstrução infravesical.</p><p>· Países em desenvolvimento: Problemas de formação de cálculos vesicais de base nutricional.</p>