Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>2013</p><p>1. Homem com 26 anos de idade</p><p>procura atendimento na Unidade</p><p>Básica de Saúde por apresentar, há três</p><p>dias, febre alta, mialgia, astenia e</p><p>náuseas. O paciente não relata</p><p>comorbidades e nega uso de qualquer</p><p>medicação. O paciente nega viagens</p><p>recentes, contato com vetores ou com</p><p>água potencialmente contaminada. O</p><p>calendário vacinal está em dia. Exame</p><p>físico: temperatura axilar = 38 ºC,</p><p>estado geral bom, acianótico,</p><p>anictérico, normocorado, pressão</p><p>arterial sentado e deitado = 120x80</p><p>mmHg, frequência cardíaca = 106 bpm</p><p>e peso = 70 kg. Apresenta exantema</p><p>com padrão maculopapular, associado</p><p>a prurido cutâneo generalizado, sem</p><p>comprometimento da região palmar.</p><p>Prova do laço apresenta resultado</p><p>negativo. A região em que reside o</p><p>paciente teve epidemia de dengue no</p><p>ano anterior. A conduta mais adequada</p><p>para esse paciente é:</p><p>A) solicitar coleta de sangue para</p><p>realização de hemograma e para</p><p>sorologia, com isolamento viral no</p><p>momento do atendimento.</p><p>B) mantê-lo em observação na Unidade</p><p>de Saúde para repetir a prova do laço</p><p>após seis horas, a fim de afastar dengue</p><p>hemorrágica, e realizar hidratação oral</p><p>de 2,5 litros de líquidos por dia.</p><p>C) encaminhá-lo para internação por</p><p>um período mínimo de 48h. Colher</p><p>hemograma completo, realizar</p><p>dosagem de albumina sérica e</p><p>transaminases. Fazer reposição</p><p>volêmica endovenosa. Notificar</p><p>imediatamente o caso e orientar</p><p>retorno após a alta.</p><p>D) orientá-lo a realizar tratamento em</p><p>regime ambulatorial, com reavaliação</p><p>clínica diária na Unidade de Saúde e</p><p>hidratação oral de 2 litros de líquidos</p><p>por dia. Preencher cartão de</p><p>acompanhamento de dengue;</p><p>prescrever sintomáticos e repouso;</p><p>notificar o caso e orientar retorno.</p><p>E) liberá-lo para o domicílio, com</p><p>orientação de ingerir 5 a 6 litros de</p><p>líquidos/dia, sendo 1/3 com solução</p><p>salina e os 2/3 restantes de líquidos</p><p>caseiros (água, suco de frutas, soro</p><p>caseiro, chás, água de coco etc.).</p><p>Prescrever sintomáticos e repouso;</p><p>notificar o caso e orientar retorno.</p><p>CCQ: Manejo do grupo A da dengue</p><p>Paciente que reside em área com</p><p>epidemiologia positiva para dengue,</p><p>apresentando febre de até 7 dias +</p><p>mialgia, astenia, náuseas e exantema</p><p>maculopapular.</p><p>Sempre devemos pensar em</p><p>arboviroses, principalmente na</p><p>dengue!! Após realizar a suspeita e</p><p>notificar o caso, manejamos o paciente</p><p>de acordo com a classificação em</p><p>grupos pelo Ministério da Saúde:</p><p>• grupo A: prova do laço, sem</p><p>comorbidades, sem grupo de</p><p>risco ou sem situação clínica</p><p>especial;</p><p>• grupo B: prova do laço +,</p><p>comorbidades, grupo de risco ou</p><p>situação clínica especial;</p><p>• grupo C: presença de sinal de</p><p>alarme;</p><p>• grupo D: presença de sinal de</p><p>choque.</p><p>Nosso paciente é jovem, sem</p><p>comorbidades mencionadas e com</p><p>prova do laço negativa, encaixando na</p><p>descrição do grupo A.</p><p>Para esse tipo de paciente, o</p><p>tratamento é feito com sintomáticos e</p><p>hidratação oral DOMICILIAR com</p><p>80mL/kg (como ele tem 70kg, temos</p><p>5600mL), sendo 1/3 com solução de</p><p>reposição oral e 2/3 com líquidos</p><p>caseiros ([altenativa E - CORRETA e D</p><p>- INCORRETA]).</p><p>No grupo A, não é obrigatória a</p><p>realização de exames complementares</p><p>([alternativa A - INCORRETA]).</p><p>A monitorização em unidade de saúde</p><p>com repetição de exames laboratoriais</p><p>seria feita se ele fosse do grupo B</p><p>([alternativa B - INCORRETA]) e a</p><p>internação por 48h com hidratação IV</p><p>no caso do grupo C ([alternativa C -</p><p>INCORRETA]).</p><p>Caso estivesse no grupo D, seria</p><p>encaminhado para internação em UTI.</p><p>Vamos lembrar como é feita a prova</p><p>do laço?</p><p>Aferimos a PA e insuflamos o manguito</p><p>no valor médio entre a PAS e a PAD por</p><p>5 minutos em adultos e 3 minutos em</p><p>crianças.</p><p>Desenhamos um quadrado de 2,5cm de</p><p>lado, distal à fossa cubital e contamos o</p><p>número de petéquias que surgirem em</p><p>2 minutos dentro desse quadrado,</p><p>sendo positivo se 20 ou mais em adultos</p><p>e 10 ou mais em crianças.</p><p>É um teste que identifica a presença de</p><p>predisposição ao sangramento,</p><p>indicando monitorização do</p><p>hemograma para avaliar o risco de</p><p>hemorragias graves.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>________________________________</p><p>2. Homem com 49 anos de idade</p><p>apresenta, há um ano e meio, quadro</p><p>recorrente de monoartrite aguda,</p><p>durando cada episódio cerca de três a</p><p>cinco dias. Inicialmente foi acometido o</p><p>joelho esquerdo, posteriormente o</p><p>direito, em seguida o tornozelo direito</p><p>e, há três semanas, houve recorrência</p><p>do quadro no joelho esquerdo. Refere</p><p>alívio dos sintomas com o uso de</p><p>diclofenaco, que toma por conta</p><p>própria. Notou que o intervalo entre os</p><p>episódios, que inicialmente era de até</p><p>seis meses, é agora mais reduzido,</p><p>sendo o intervalo entre os dois últimos</p><p>episódios, de apenas um mês.</p><p>Apresentase na consulta após dois dias</p><p>do início da última crise. O joelho</p><p>esquerdo tem sinais flogísticos (calor,</p><p>rubor, aumento de volume), limitação</p><p>para flexão, o que causa dificuldade na</p><p>deambulação. Relatou um episódio</p><p>febril ontem (37,6 ºC). O paciente é</p><p>hipertenso e diabético há dez anos, em</p><p>uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia e</p><p>glibenclamida 10 mg/dia. Refere</p><p>tabagismo (5 cigarros/dia) e etilismo</p><p>(cerveja, especialmente nos finais de</p><p>semana). O diagnóstico do paciente e a</p><p>conduta inicial a ser adotada são,</p><p>respectivamente:</p><p>A) gota não tofácea; realizar</p><p>artrocentese e iniciar o uso de</p><p>alopurinol imediatamente.</p><p>B) artrite séptica; realizar artrocentese e</p><p>aguardar a análise laboratorial do</p><p>líquido sinovial.</p><p>C) gota não tofácea; não realizar</p><p>artrocentese e manter o uso de anti-</p><p>inflamatório não hormonal.</p><p>D) osteoartrite; solicitar radiografia dos</p><p>joelhos e iniciar o uso de anti-</p><p>inflamatório não hormonal.</p><p>E) artrite séptica; não há necessidade de</p><p>exames complementares e deve-se</p><p>iniciar antibioticoterapia</p><p>imediatamente.</p><p>CCQ: Saber que utilizamos a</p><p>artrocentese na gota em casos de</p><p>dúvidas de diagnóstico</p><p>Fala galera! Questão ótima do revalida</p><p>para revisarmos um assunto bastante</p><p>frequentes nas provas, então bora lá!</p><p>Quando falamos de gota devemos nos</p><p>lembrar principalmente de um doença</p><p>que causa crises dolorosas no paciente,</p><p>as bancas adoram perguntar nossa</p><p>conduta durante estas crises que será:</p><p>• Analgesia com AINEs ou</p><p>colchinina e não iniciamos</p><p>alopurinol durante as crises,</p><p>pois pode inclusive agravar a</p><p>crise!</p><p>O alopurinol é um fármaco que leva ao</p><p>descenso dos níveis de ácido úrico no</p><p>sangue, o que é muito benéfico no</p><p>paciente com gota, mas se ele estiver</p><p>fora da crise!, grave este CCQ, pois é o</p><p>mais cobrado sobre a doença.</p><p>Outro ponto importante é que muitas</p><p>vezes temos dúvida quanto ao</p><p>diagnóstico de crise de gota ou artrite</p><p>infecciosa, nestes casos devemos</p><p>solicitar uma artrocentese. Mas veja</p><p>nosso paciente: Tem histórico de crises</p><p>dolorosas em várias articulações (mas 1</p><p>de cada vez) que melhoram com AINEs,</p><p>além de vários fatores de risco:</p><p>Obesidade, uso de tiazídicos, etilismo,</p><p>tabagismo. Além de não termos dados</p><p>que nos façam suspeitar de outra</p><p>hipótese diagnóstica. Portanto, temos</p><p>como principal diagnóstico a gota.</p><p>Agora vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não devemos</p><p>indicar artrocentese, pois estamos</p><p>frente q um quadro típico, além de que</p><p>não devemos iniciar o uso do</p><p>alopurinol durante as crises.</p><p>Alternativa B - Incorreta** Como</p><p>vimos, não temos essa como um</p><p>hipótese muito provável, tanto que nem</p><p>precisamos indicar artrocentese. O</p><p>paciente não teria história de outros</p><p>quadros similares nem estaria em tão</p><p>bom estado geral.</p><p>Alternativa C - Correta Exatamente!</p><p>Pela história tão típica, um diagnóstico</p><p>diferencial é pouco provável, por isso</p><p>não devemos indicar a artrocentese,</p><p>além de fazermos o controle doloroso</p><p>AINE.</p><p>Alternativa D - Incorreta Não é um</p><p>quadro condizente com osteoartrite</p><p>(artrose).</p><p>Alternativa E - Incorreta Como vimos,</p><p>não temos como uma hipótese muito</p><p>provável</p><p>• Deve ser feita quando pH atingir</p><p>valores inferiores a 6,9.</p><p>5. Acompanhamento da glicemia:</p><p>quando a glicemia do paciente</p><p>chegar a 250 mg/dL, devemos</p><p>iniciar a reposição parenteral de</p><p>glicose junto à reposição</p><p>volêmica.</p><p>6. Mudança da insulina</p><p>endovenosa para a subcutânea:</p><p>quando a glicemia do paciente</p><p>chegar a 200 mg/dL deve-se</p><p>reduzir a dose da bomba</p><p>infusora pela metade, de</p><p>0,1/kg/h para 0,05/kg/h. Caso a</p><p>glicemia for inferior a 200 mg/dL</p><p>e a acidose metabólica tiver sido</p><p>resolvida, pode-se iniciar a</p><p>mudança da insulinoterapia</p><p>venosa para subcutânea.</p><p>Um algo a mais: a reposição de</p><p>bicarbonato 8,4% 1 mEq/kg EV em 1 h</p><p>deve ser feita apenas nos casos de CAD</p><p>grave, ou seja, com pH < 6,9 e que</p><p>estejam chocados (baixa contratilidade</p><p>miocárdica e vasodilatação periférica).</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Como vimos, a</p><p>nossa hipótese mais provável para o</p><p>caso é uma cetoacidose diabética!</p><p>Nesse caso, devemos corrigir a</p><p>desidratação de forma preferencial,</p><p>considerando o volume depletado: em</p><p>perdas leves (5% do peso), utilizamos 50</p><p>mL/kg; em desidratações moderadas</p><p>(7% do peso), utilizamos 70 mL/kg; e nas</p><p>desidratações graves (10% do peso),</p><p>utilizamos 100 mL/kg.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há nada</p><p>na história do paciente que nos leve a</p><p>pensar em intoxicação exógena aguda,</p><p>pois não há relato de ingestão de</p><p>medicamentos ou de acidentes com</p><p>animais peçonhentos; além disso, a</p><p>clínica do paciente não é compatível</p><p>com um quadro de intoxicação, mas sim</p><p>de cetoacidose.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Além de não</p><p>haver nada na história que sugira</p><p>obstrução intestinal, devemos lembrar</p><p>que a avaliação inicial do abdome</p><p>agudo deve ser feita com radiografia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Na criança, a</p><p>pancreatite geralmente é de etiologia</p><p>medicamentosa, podendo também ser</p><p>resultado de hipervitaminose D. Como</p><p>pudemos observar em nosso caso, o</p><p>paciente não tem manifestações</p><p>compatíveis, além de não ter tido</p><p>exposição de risco.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A</p><p>gastroenterocolite não produziria sinais</p><p>como poliúria e polidipsia.</p><p>Portanto, ficamos com letra A como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>22. Primípara, no 5.º dia pós-parto,</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde</p><p>queixando-se de dor e inchaço nas</p><p>mamas, com dificuldade para</p><p>amamentar. Relata que seu filho chora</p><p>constantemente e que ele é preguiçoso</p><p>para sugar o leite. Ao exame físico</p><p>apresenta mamas volumosas,</p><p>brilhantes, endurecidas, doloridas, com</p><p>calor local. As aréolas apresentam-se</p><p>tensas e os mamilos planos. Com base</p><p>nos dados clínicos apresentados, a</p><p>conduta correta a ser orientada é:</p><p>A) manter o aleitamento exclusivo sob</p><p>livre demanda; corrigir a pega;</p><p>aumentar a frequência das mamadas;</p><p>realizar ordenha manual antes da</p><p>mamada para diminuir a tensão da</p><p>auréola; e recomendar uso de sutiã com</p><p>alças que suspendam as mamas.</p><p>B) introduzir antibioticoterapia</p><p>associada com analgésicos e anti-</p><p>inflamatórios não hormonais;</p><p>administrar compressas frias nas</p><p>mamas; e suspender a amamentação</p><p>até que se garanta uma boa pega e</p><p>ocorra melhora dos sinais flogísticos</p><p>nas mamas.</p><p>C) suspender a amamentação até que</p><p>se garanta uma boa pega e para que</p><p>ocorra melhora dos sinais flogísticos</p><p>nas mamas; administrar compressas</p><p>mornas para reduzir os aglomerados de</p><p>leite nos ductos; e realizar a ordenha</p><p>manual.</p><p>D) suspender o aleitamento exclusivo</p><p>até haver a melhora do processo</p><p>inflamatório; administrar analgésicos e</p><p>anti-inflamatórios; iniciar exercícios</p><p>para correção dos mamilos planos; e</p><p>realizar a ordenha manual.</p><p>E) introduzir antibioticoterapia; realizar</p><p>compressas mornas para reduzir os</p><p>aglomerados de leite nos ductos; e</p><p>manter o aleitamento exclusivo sob</p><p>livre demanda, após correção da pega.</p><p>CCQ: O aleitamento materno deve ser</p><p>mantido nos quadros de</p><p>ingurgitamento mamário</p><p>Pessoal, questões sobre amamentação</p><p>são comuns tanto nas provas de</p><p>obstetrícia quanto nas provas de</p><p>pediatria. Esta questão traz uma</p><p>complicação frequentemente</p><p>observada e recorrente nas provas: o</p><p>ingurgitamento mamário.</p><p>O ingurgitamento mamário patológico</p><p>acontece quando, devido ao acúmulo</p><p>de leite, existe uma obstrução linfática,</p><p>levando à congestão, edema e</p><p>distensão tecidual.</p><p>Geralmente, acontece entre o 3º e 5º</p><p>dia de puerpério, quando a</p><p>amamentação ainda está sendo</p><p>estabelecida. A paciente pode se</p><p>queixar de mamas aumentadas de</p><p>tamanho, dolorosas, avermelhadas e</p><p>com a pele brilhante. Os mamilos ficam</p><p>planos, dificultando ainda mais a</p><p>amamentação.</p><p>O tratamento consiste na continuidade</p><p>do aleitamento materno. A paciente</p><p>deve ser orientada a realizar massagens</p><p>circulares e delicadas nas mamas, além</p><p>de ordenha previamente à</p><p>amamentação. Isso diminui o inchaço</p><p>mamário e facilita a pega do RN.</p><p>As mamas devem ser sustentadas e, por</p><p>isso, recomenda-se a utilização de</p><p>sutiãs com alças largas e firmes. Anti-</p><p>inflamatórios e analgésicos podem ser</p><p>usados para diminuição da dor e do</p><p>processo inflamatório.</p><p>Caso o ingurgitamento não seja</p><p>tratado, há grandes chances de</p><p>evolução com trauma mamilar,</p><p>favorecendo o desenvolvimento de</p><p>mastite puerperal, geralmente entre o</p><p>7º e 10º dia de puerpério.</p><p>Alternativa A - Correta: Conduta</p><p>adequada de tratamento do</p><p>ingurgitamento mamário.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A suspensão</p><p>da amamentação piora o</p><p>ingurgitamento mamário. A paciente</p><p>ainda não apresenta um quadro de</p><p>mastite puerperal, não sendo indicado o</p><p>início de antibioticoterapia.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A suspensão</p><p>da amamentação piora o</p><p>ingurgitamento mamário. Compressas</p><p>quentes promovem vasodilatação e</p><p>podem agravar o edema mamário.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A suspensão</p><p>da amamentação piora o</p><p>ingurgitamento mamário. O</p><p>aplanamento dos mamilos melhora</p><p>com a resolução do ingurgitamento.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A paciente</p><p>ainda não apresenta um quadro de</p><p>mastite puerperal, não sendo indicado o</p><p>início de antibioticoterapia.</p><p>Portanto, o gabarito é letra A.</p><p>_________________________________</p><p>23. Criança do sexo masculino, com 7</p><p>meses de idade, começou a apresentar</p><p>crises de choro injustificado</p><p>intercaladas com períodos de acalmia.</p><p>Tem leve distensão abdominal,</p><p>principalmente em quadrante superior</p><p>direito, e vômitos de conteúdo</p><p>alimentar há cerca de dois dias. Hoje</p><p>pela manhã, a mãe notou fezes</p><p>contendo substância gelatinosa e de cor</p><p>róseo-avermelhada, o que a motivou a</p><p>procurar serviço de Pronto</p><p>Atendimento. Ao exame, a criança se</p><p>apresenta inquieta e chorosa, os ruídos</p><p>abdominais estão presentes, levemente</p><p>aumentados e com timbre metálico. Na</p><p>palpação abdominal evidencia-se uma</p><p>tumoração fusiforme em hipocôndrio</p><p>direito, sem sinais de irritação</p><p>peritonial. Com base nessas</p><p>informações, pode-se afirmar que, na</p><p>investigação por imagem:</p><p>A) a presença de sangue nas fezes</p><p>contraindica o enema baritado.</p><p>B) a radiografia simples de abdome</p><p>deve mostrar uma imagem de dupla</p><p>bolha.</p><p>C) a tomografia computadorizada é</p><p>superior ao enema baritado no</p><p>acompanhamento da redução</p><p>hidrostática.</p><p>D) a ultrassonografia de abdome deve</p><p>mostrar imagens em "alvo" e "pseudo</p><p>rim" no quadrante superior direito.</p><p>E) a ultrassonografia de abdome deve</p><p>mostrar imagem de espessamento</p><p>(hipertrofia) da camada muscular do</p><p>piloro em epigástrio.</p><p>CCQ: US com imagens em pseudo rim</p><p>no quadrante superior direito (QSD) +</p><p>fezes em gelatina de morango +</p><p>massa em salsicha no QSD =</p><p>invaginação intestinal</p><p>Aluno Aristo, chamo a sua atenção</p><p>agora para um tema recorrente nas</p><p>bancas de Cirurgia Pediátrica:</p><p>invaginação intestinal. Então, marque</p><p>esse CCQ com muito carinho e vamos</p><p>juntos revisar esse tema:</p><p>Criança com 7 meses, crises paroxísticas</p><p>de choro, apresentou distensão</p><p>abdominal e vômitos, com</p><p>notificação</p><p>de fezes de conteúdo gelatinoso com</p><p>um coloração róseo-avermelhada. O</p><p>enunciado descreveu, de forma</p><p>bastante característica, um quadro de</p><p>invaginação intestinal, que é a principal</p><p>causa de obstrução intestinal entre</p><p>crianças de 3 meses a 6 anos de idade.</p><p>O quadro clínico típico tem o início do</p><p>aparecimento de paroxismos de cólica</p><p>abdominal intensa, com períodos de</p><p>acalmia (como descritos no nosso caso),</p><p>podendo apresentar vômitos nas fases</p><p>iniciais da doença. Caso a</p><p>intussuscepção não seja resolvida, a</p><p>criança torna-se progressivamente</p><p>mais letárgica.</p><p>Ainda no início do quadro, as</p><p>evacuações estão presentes, mas com o</p><p>avançar da doença, ocorre</p><p>caracteristicamente a interrupção da</p><p>eliminação de fezes e flatos. O achado</p><p>de fezes com sangue, com aspecto de</p><p>geleia de morango, é tipicamente</p><p>descrito. Eventualmente, não há</p><p>presença de fezes em "geleia de</p><p>morango", mas há presença de sangue</p><p>em toque retal. Uma massa fusiforme</p><p>no quadrante superior direito do</p><p>abdome também pode estar presente e</p><p>ser descrita como massa em formato de</p><p>"salsicha".</p><p>No US abdominal, podemos ver a</p><p>clássica imagem “em alvo”, que nada</p><p>mais é do que círculos concêntricos</p><p>identificando a invaginação em um</p><p>corte longitudinal, ou a imagem do</p><p>“pseudo rim”, onde a invaginação é</p><p>observada obliquamente.</p><p>O tratamento cirúrgico é o de eleição,</p><p>entretanto, centros especializados vêm</p><p>realizando enemas de bário, solução</p><p>salina e ar, com bons resultados.</p><p>Agora que revisamos o tema, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A presença</p><p>de sangue nas fezes é um indicativo</p><p>clínico da invaginação intestinal e não</p><p>contraindica a realização do enema.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A radiografia</p><p>apresentando uma imagem em dupla</p><p>bolha é um achado mais característico</p><p>de atresia duodenal.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A tomografia</p><p>não se mostrou superior ao enema</p><p>baritado no acompanhamento da</p><p>redução hidrostática.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente! A</p><p>alternativa descreveu os principais</p><p>achados ultrassonográficos na</p><p>invaginação intestinal.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O</p><p>espessamento da camada muscular do</p><p>piloro, uma estenose de piloro, não tem</p><p>ligação com o quadro do nosso</p><p>paciente.</p><p>Sendo assim, a alternativa correta é a</p><p>letra D!</p><p>_________________________________</p><p>24. Homem com 60 anos de idade,</p><p>obeso, procurou Setor de Emergência</p><p>de um hospital público com queixas de</p><p>dor na panturrilha esquerda e edema de</p><p>membros inferiores, após uma viagem</p><p>de ônibus de doze horas de duração.</p><p>Evoluiu com dispneia súbita, sem</p><p>melhora com a mudança postural, além</p><p>de hemoptise e taquicardia. A ausculta</p><p>pulmonar revelou presença de</p><p>crepitações no terço médio de ambos</p><p>os pulmões. A hipótese diagnóstica</p><p>principal e a opção terapêutica</p><p>recomendada são, respectivamente:</p><p>A) tromboembolismo pulmonar agudo;</p><p>heparina de baixo peso molecular</p><p>associada a trombolítico.</p><p>B) pneumotórax hipertensivo;</p><p>drenagem torácica fechada associada a</p><p>pressão negativa.</p><p>C) infarto agudo do miocárdio;</p><p>trombolítico associado a angioplastia</p><p>percutânea de resgate.</p><p>D) pneumonia bacteriana;</p><p>oxigenoterapia associada a</p><p>antibioticoterapia de amplo espectro.</p><p>E) derrame pleural; drenagem torácica</p><p>fechada associada a exame de cultura</p><p>do líquido pleural.</p><p>CCQ: Saber diagnosticar</p><p>tromboembolismo pulmonar (TEP) e</p><p>o que seu tratamento é feito com</p><p>anticoagulante e trombolítico</p><p>Fala, aluno Aristo. Esta questão não</p><p>somente aborda quando levantar a</p><p>suspeita diagnóstica de TEP, mas</p><p>também como afastar outros</p><p>diagnósticos diferenciais que também</p><p>causam dispneia. Pode-se avaliar se a</p><p>probabilidade de um quadro clinico é</p><p>alta para TEP utilizando o modelo</p><p>preditivo de Wells: sinais e sintomas de</p><p>trombose venosa profunda +</p><p>diagnóstico alternativo menos provável</p><p>que TEP + taquicardia + TEP/TVP</p><p>prévios + hemoptise + câncer +</p><p>imobilização há mais de três dias.</p><p>O principal exame para diagnosticar ou</p><p>afastar TEP é a tomografia</p><p>computadorizada helicoidal com</p><p>contraste.</p><p>Alternativa A - Correta: A tríade</p><p>clássica do TEP é a dispneia aguda,</p><p>hemoptise e pleurítica, tal como</p><p>descrito na questão. Como a causa do</p><p>TEP é um trombo, este pode ser</p><p>dissolvido por trombolíticos, que</p><p>afetam a estrutura do trombo, e</p><p>anticoagulantes, que evitam aumento</p><p>e/ou manutenção do trombo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>pneumotórax causa dispneia súbita,</p><p>porém, esta vem associada à dor no</p><p>hemitórax comprometido, de forte</p><p>intensidade, pleurítica. Sendo</p><p>hipertensivo, há desvio da traqueia e</p><p>distensão venosa jugular.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O IAM pode</p><p>causar dispneia súbita, mas vem</p><p>associada à dor retrosternal, precordial</p><p>ou epigástrica, dentre outros.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A pneumonia</p><p>em si não causa dispneia súbita. No</p><p>geral, a dispneia vai aparecendo</p><p>temporalmente conforme a infecção</p><p>vai evoluindo. Costuma haver tosse,</p><p>febre, escarro, dentre outros.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A dispneia do</p><p>derrame pleural é ventilatório-</p><p>dependente, havendo atrito pleural,</p><p>expansibilidade torácica diminuída,</p><p>frêmito toracovocal diminuído, macicez</p><p>à percussão e murmúrios vesiculares</p><p>abolidos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>_________________________________</p><p>25. Homem com 54 anos de idade, com</p><p>antecedentes de dislipidemia,</p><p>hipertensão arterial e histórico de</p><p>doença familiar cardiovascular precoce</p><p>(pai teve infarto do miocárdio aos 50</p><p>anos), deu entrada na Emergência de</p><p>um hospital com história de dor em</p><p>região epigástrica há cerca de cinco</p><p>horas, em aperto, de forte intensidade,</p><p>sem relação com a alimentação e sem</p><p>fatores de melhora, acompanhada de</p><p>náuseas e vômitos. Havia recebido 200</p><p>mg de AAS no hospital de origem. Ao</p><p>exame, encontrava-se pálido, sudoreico</p><p>e sonolento. Temperatura axilar = 35,8</p><p>ºC, pressão arterial = 80x50 mmHg,</p><p>frequência cardíaca = 118 bpm,</p><p>frequência respiratória = 16 irpm.</p><p>Perfusão periférica diminuída. A</p><p>ausculta cardíaca revelava bulhas</p><p>normofonéticas, sem sopros. Havia</p><p>turgência jugular a 45.º. A ausculta</p><p>pulmonar não revelava estertores. O</p><p>eletrocardiograma da admissão é</p><p>apresentado abaixo.Diante do quadro</p><p>clínico do paciente, a hipótese</p><p>diagnóstica, a provável causa do</p><p>choque e o tratamento inicial</p><p>recomendado são, respectivamente:</p><p>A) infarto do miocárdio com supra de ST</p><p>de parede inferior; tamponamento</p><p>cardíaco; pericardiocentese.</p><p>B) infarto do miocárdio com supra de ST</p><p>de parede anterior; resposta</p><p>inflamatória sistêmica; noradrenalina.</p><p>C) infarto do miocárdio com supra de ST</p><p>de parede inferior; infarto de ventrículo</p><p>direito; hidratação com solução salina.</p><p>D) infarto do miocárdio com supra de</p><p>ST de parede anterior; ruptura de</p><p>músculo papilar; colocação de balão</p><p>intraaórtico.</p><p>E) infarto do miocárdio com supra de ST</p><p>de parede ântero-septal; ruptura do</p><p>septo interventricular; cirurgia cardíaca</p><p>de emergência.</p><p>CCQ: Saber que supra de ST em D2,D3</p><p>e AVf sugere infarto de ventrículo</p><p>direito que tem como um dos pilares</p><p>do tratamento a hidratação com</p><p>solução salina</p><p>Fala pessoal! Questão ótima da banca</p><p>do revalida, com um tema</p><p>extremamente frequente, por isso se</p><p>você ficou com dúvida use este</p><p>comentário para revisar sobre o</p><p>assunto.</p><p>As síndromes coronarianas podem ser</p><p>dividas em:</p><p>• Síndrome coronariana sem</p><p>supra de ST: Angina instável e</p><p>infarto agudo do miocárdio sem</p><p>supra de ST (IAMSST)</p><p>• Síndrome coronariana com</p><p>supra de ST: Infarto agudo do</p><p>miocárdio com supra de ST</p><p>(IAMCST)</p><p>Como o nome já diz, essa classificação</p><p>se dá pela presenta do supra de ST no</p><p>ECG. É importantíssimo definirmos a</p><p>presença do mesmo! Pois se estivermos</p><p>frente a um supra de ST, devemos</p><p>indicar a reperfusão imediata podendo</p><p>ser até mesmo com fibrinolíticos (não</p><p>devem ser usados se não tivermos supra</p><p>de ST).</p><p>O tratamento do IAMCST é:</p><p>• Dupla antiagregação (AAS +</p><p>Clopidogrel)</p><p>• Anticoagulação</p><p>• Nitratos</p><p>• Oxigênio se SatO2 <95%</p><p>• B-Bloqueador (se paciente sem</p><p>sinais de hipofunção cardíaca)</p><p>• Estatinas de alta potência</p><p>(estabilizam as placas</p><p>ateromatosas)</p><p>• IECA iniciado nas primeiras 24</p><p>horas</p><p>• Reperfusão cardíaca imediata</p><p>Note que deixei nitratos em negrito!</p><p>Pois aqui vem o CCQ importante, temos</p><p>um infarto bem específico que se</p><p>apresenta na cara inferior do coração</p><p>(D2,D3 e AVf), este é o famoso infarto</p><p>de ventrículo direito.</p><p>Como peculiaridade devemos saber que</p><p>aqui não podemos utilizar nitratos</p><p>nem diuréticos, pois estes podem levar</p><p>nosso paciente ao choque! E como fica</p><p>o tratamento destes pacientes?</p><p>Continua o mesmo, exceto pela retirada</p><p>dos nitratos e acrescentamos no lugar a</p><p>hidratação, isso mesmo, fazemos uma</p><p>carga no nosso paciente com salina!</p><p>Pois é comprovadamente eficaz neste</p><p>tipo de infarto em específico.</p><p>Agora vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Não temos</p><p>nada que nos faça pensar em</p><p>tamponamento cardíaco.</p><p>Alternativa B - Incorreta A parede</p><p>infartada é a inferior.</p><p>Alternativa C - Correta Exatamente!</p><p>Parede infartada é a inferior, isso sugere</p><p>um IAM de VD e um dos princípios do</p><p>tratamento é com hidratação.</p><p>Alternativa D - Incorreta A parede</p><p>infartada como vimos é a inferior e não</p><p>anterior.</p><p>Alternativa E - Incorreta O infarto de</p><p>parede anterior e antero-septal é visto</p><p>nas derivações V1-V4, sendo que V1 e</p><p>V2 especificamente sugerem infarto do</p><p>septo.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>26. Homem com 48 anos de idade</p><p>procura o ambulatório de Clínica</p><p>Médica para avaliação. Não apresenta</p><p>história de comorbidades conhecidas</p><p>prévias, mas é tabagista (20 maços-</p><p>ano) e tem histórico familiar de</p><p>hipertensão arterial sistêmica (HAS)</p><p>importante. Nega diabetes,</p><p>dislipidemia, etilismo, drogadição,</p><p>acidente vascular cerebral, doença</p><p>renal prévia, doenças da tireoide,</p><p>doença arterial coronariana e uso</p><p>crônico de medicações. No momento,</p><p>encontra-se assintomático, com</p><p>pressão arterial (PA) = 145x95 mmHg</p><p>(medida duas vezes na consulta) e</p><p>índice de massa corporal de 26,8 Kg/m2</p><p>. A fundoscopia revelou arteríolas</p><p>estreitadas, tortuosas e brilhantes (em</p><p>fio de prata), além de cruzamento</p><p>arterial patológico. A ausculta cardíaca</p><p>revelou bulhas normofonéticas, ritmo</p><p>cardíaco regular em três tempos, com</p><p>presença de B4 e frequência cardíaca =</p><p>88 bpm. Não havia turgência jugular. A</p><p>ausculta pulmonar era normal. Não</p><p>havia edema de membros inferiores. O</p><p>eletrocardiograma revelou sinais de</p><p>hipertrofia ventricular esquerda. A</p><p>dosagem de creatinina e o sumário de</p><p>urina (Urina I) eram normais. Diante do</p><p>quadro deste paciente, a meta de PA e</p><p>a recomendação do tratamento neste</p><p>momento são, respectivamente:</p><p>A) PA < 140x90; modificação do estilo</p><p>de vida isolado.</p><p>B) PA < 130X80; modificação do estilo</p><p>de vida isolado.</p><p>C) PA < 140x90; modificação do estilo</p><p>de vida e tratamento medicamentoso.</p><p>D) PA < 120x80; modificação do estilo</p><p>de vida e tratamento medicamentoso.</p><p>E) PA < 130x80; modificação do estilo de</p><p>vida e tratamento medicamentoso.</p><p>CCQ: Saber que paciente com alto</p><p>risco cardiovascular tem indicação de</p><p>tratamento medicamentoso</p><p>Fala, pessoal! Questão frequente na</p><p>área de clínica médica, em que</p><p>devemos classificar nosso paciente e</p><p>decidir qual tratamento adotar. Bora lá</p><p>revisar o assunto.</p><p>Vamos classificar nosso paciente de</p><p>acordo com a SBC 2020:</p><p>• PA ótima: PAS menor que 120</p><p>mmHg e PAD menor que 80</p><p>mmHg;</p><p>• PA normal: PAS 120- 129 mmHg</p><p>e/ou PAD menor que 80-84</p><p>mmHg;</p><p>• Pré- hipertenso: PAS 130-139</p><p>mmHg e/ou PAD 85-89 mmHg;</p><p>• HAS estágio I: PAS 140 – 159</p><p>mmHg e/ou PAD 90-99 mmHg;</p><p>• HAS estágio II: PAS 160- 179</p><p>mmHg e/ou PAD 100-109</p><p>mmHg;</p><p>• HAS estágio III: PAS maior ou</p><p>igual a 180 mmHg e/ou PAD</p><p>maior ou igual 110 mmHg.</p><p>Quanto ao risco cardiovascular,</p><p>podemos generalizar da seguinte</p><p>maneira (você acertará a maioria das</p><p>questões com esses tópicos):</p><p>• Baixo risco: paciente sem fatores</p><p>de risco ou escore de</p><p>Framingham baixo.</p><p>• Moderado risco: paciente com</p><p>até 2 fatores de risco</p><p>cardiovascular.</p><p>• Alto risco: HAS estágio 2 com</p><p>pelo menos 1 FR, paciente com 3</p><p>ou mais fatores de risco</p><p>cardiovascular ou LOA</p><p>estabelecida.</p><p>• Muito alto risco: DM ou doença</p><p>cardiovascular associada.</p><p>Mas para que saber tudo isso? Para</p><p>saber quem devemos tratar com</p><p>medicamentos ou não! O único</p><p>paciente que pode ficar apenas em</p><p>tratamento não medicamentoso por 3 a</p><p>6 meses é o paciente com HAS estágio I</p><p>de baixo risco cardiovascular. Repare</p><p>que nosso paciente é estágio I, porém,</p><p>já possui lesão de órgão alvo (HVE e</p><p>retinopatia hipertensiva), o que o</p><p>classifica como alto risco</p><p>cardiovascular.</p><p>Como nosso paciente possui alto risco</p><p>cardiovascular, devemos ser mais</p><p>rigorosos quanto ao controle da pressão</p><p>e devemos adotar como meta</p><p>pressórica valores menores que 130 x 80</p><p>mmHg. Além de iniciarmos</p><p>diretamente a terapia farmacológica,</p><p>não se esqueça que a terapia não</p><p>medicamentosa está indicada em</p><p>todos os casos de hipertensão.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativas A, B, C e D - Incorretas:</p><p>Não se enquadram no que discutimos</p><p>anteriormente.</p><p>Alternativa E - Correta: Única que se</p><p>correlaciona corretamente com o caso</p><p>clínico que nos foi dado.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E.</p><p>________________________________</p><p>27. Mulher com 32 anos de idade</p><p>procura ginecologista, queixando-se de</p><p>irregularidade menstrual e dificuldade</p><p>para engravidar. As menstruações</p><p>frequentemente atrasam, chegando a</p><p>ficar 120 dias sem menstruar. Gesta 1,</p><p>Para 1, com antecedente de diabetes</p><p>gestacional na primeira gestação, há</p><p>oito anos. É sedentária, nega tabagismo</p><p>e etilismo. Refere ter aumentado cerca</p><p>de 15 Kg desde o parto. Exame físico:</p><p>presença de acne facial e hirsutismo,</p><p>além de Acantose nigricans nas axilas e</p><p>região nucal. Trouxe resultado de</p><p>ultrassonografia transvaginal</p><p>mostrando ovários com volume</p><p>aumentado e presença de mais de doze</p><p>folículos, medindo 9 mm em ambos os</p><p>ovários. Com base nos dados</p><p>apresentados, é correto afirmar que a</p><p>paciente apresenta risco aumentado</p><p>para:</p><p>A) adenomiose.</p><p>B) endometriose pélvica.</p><p>C) teratoma maduro de ovário.</p><p>D) hiperplasia endometrial.</p><p>E) adenocarcinoma do colo uterino.</p><p>CCQ: SOP em mulheres mais jovens</p><p>aumento o risco para hiperplasia</p><p>endometrial</p><p>Olá, aluno Aristo! Tudo bem por aí?</p><p>Vamos falar um pouco sobre SOP o que</p><p>isso pode influenciar no prognóstico da</p><p>paciente!</p><p>O caso a questão nos traz uma mulher,</p><p>em idade fértil, com irregularidade</p><p>menstrual, com importante ganho</p><p>ponderal, acne, hirsutismo, acantose</p><p>nigricans e USG transvaginal</p><p>evidenciando ovários aumentados de</p><p>tamanho e com vários folículos. Isso nos</p><p>dá o diagnóstico de Síndrome do Ovário</p><p>Policístico e essa condição predispõe</p><p>riscos para outras doenças ao longo da</p><p>vida da mulher. Vale lembrar que sua</p><p>prevalência, de acordo com a Febrasgo,</p><p>pode variar de 6 a 16%, dependendo da</p><p>população analisada.</p><p>A SOP tem, como uma de suas</p><p>características, a dificuldade de</p><p>retrocontrole da secreção de</p><p>estrogênio, o que aumenta seus níveis</p><p>séricos e favorece o desenvolvimento</p><p>de doenças que tem esse hormônio</p><p>como potencializador - um grande</p><p>exemplo disso é a hiperplasia</p><p>endometrial.</p><p>Depois dessa conversa, vamos às</p><p>alternativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: A</p><p>adenomiose, apesar de ser também um</p><p>risco aumentado quando os níveis de</p><p>estrogênio são mais aumentados, só</p><p>será um risco maior mesmo quando a</p><p>mulher ultrapassar a idade de 35 anos, o</p><p>que não é o caso da paciente da</p><p>questão.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Apesar de</p><p>endometriose pélvica ter sim um</p><p>componente hormonal, um fator de</p><p>risco mais importante é a história</p><p>familiar materna, por exemplo.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O teratoma</p><p>pode sim ser influenciado pelos</p><p>hormônios que se encontram</p><p>aumentados na SOP, mas fica</p><p>dependente se ele terá ou não</p><p>receptores para esses hormônios.</p><p>Alternativa D - Correta: Como a</p><p>paciente é uma adulta jovem, em idade</p><p>fértil, o endométrio está mais suscetível</p><p>a sofrer com estímulos hormonais e, por</p><p>isso, a hiperplasia endometrial se</p><p>mostra como um risco maior de ocorrer</p><p>nessa paciente.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Câncer de</p><p>colo uterino tem que estar na ponta da</p><p>língua que o principal fator de risco é a</p><p>infecção pelo HPV! Então também não</p><p>seria a resposta da nossa questão aqui</p><p>Por conta disso, a letra D é a resposta</p><p>certa.</p><p>_________________________________</p><p>28. Mulher com 30 anos de idade é</p><p>atendida por um médico numa Unidade</p><p>de Saúde da Família na comunidade em</p><p>que reside. Há três meses vem se</p><p>sentindo muito cansada, com desânimo</p><p>e desinteresse para fazer todas as suas</p><p>tarefas diárias, inclusive sem vontade</p><p>de comer (emagreceu 3 kg nesse</p><p>período) ou de sair de casa. Não está</p><p>dormindo direito e sente "que não serve</p><p>para mais nada" (sic). Além do</p><p>acolhimento de forma contextualizada,</p><p>por meio de um relacionamento</p><p>médico-paciente humanizado, quais</p><p>devem ser, respectivamente, o</p><p>diagnóstico e a conduta?</p><p>A) A paciente não preenche critérios</p><p>para episódio depressivo e deve-se</p><p>investigar anorexia nervosa.</p><p>B) A paciente preenche critérios para</p><p>diagnóstico de episódio depressivo e</p><p>deve ser encaminhada para um</p><p>psiquiatra.</p><p>C) A hipótese diagnóstica é de anemia e</p><p>deve-se solicitar dosagem de</p><p>hemoglobina e iniciar reposição</p><p>medicamentosa.</p><p>D) A paciente preenche critérios para</p><p>diagnóstico de episódio depressivo e</p><p>deve-se iniciar tratamento.</p><p>E) Deve-se realizar investigação das</p><p>funções tireoidianas, pois a história</p><p>clínica é característica de distúrbios</p><p>deste órgão.</p><p>CCQ: Saber que presença de astenia,</p><p>desânimo, desinteresse para</p><p>atividades diárias, abulia e insônia por</p><p>2 ou mais semanas fazem parte dos</p><p>critérios diagnósticos para depressão</p><p>Fala pessoal! Questão clássica da prova</p><p>do revalida, eles adoram o tema</p><p>depressão, então bora lá!</p><p>A depressão é uma doença com</p><p>aumento de sua incidência nos últimos</p><p>anos, por isso é um tema</p><p>importantíssimo! E um dos aspectos</p><p>mais importantes é identificar um</p><p>quadro de depressão. Temos como</p><p>critérios pelo DSM-V:</p><p>Presença de 5 sintomas por pelo menos</p><p>2 semanas, sendo obrigatório pelo</p><p>menos um ser: Humor deprimido ou</p><p>perda de interesse, ou prazer</p><p>• Humor deprimido.</p><p>• Perda de interesse ou prazer.</p><p>• Perda ou ganho significativo</p><p>de peso.</p><p>• Insônia ou hipersonia.</p><p>• Agitação ou retardo psicomotor</p><p>• Sentimento de inutilidade ou</p><p>culpa.</p><p>• Capacidade diminuída para</p><p>pensar ou se concentrar ou</p><p>indecisão.</p><p>• Pensamentos recorrentes de</p><p>morte.</p><p>Note que nossa paciente apresenta 5</p><p>sintomas e entre eles, os que são</p><p>obrigatórios para fecharmos o</p><p>diagnóstico, por isso devemos</p><p>considerar que ela fecha critérios.</p><p>O tratamento da depressão é com</p><p>antidepressivos! Lembre-se que devem</p><p>ser mantidos por pelo menos 1 ano após</p><p>introdução da medicação, além do</p><p>detalhe que levam cerca de 15 dias para</p><p>agirem, ou seja, nosso paciente pode vir</p><p>consultar 1 semana depois e dizer "o</p><p>remédio não funciona Dr!", agora você</p><p>já sabe instruir seu paciente para</p><p>aguardar mais um tempo, para que o</p><p>fármaco tenha efeito.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Ela apresenta</p><p>critérios para episódio depressivo.</p><p>Alternativa B - Incorreta O médico da</p><p>USF deve ser capaz de tratar casos de</p><p>depressão.</p><p>Alternativa C - Incorreta Nossa</p><p>principal hipótese é a depressão maior.</p><p>Alternativa D - Correta Exatamente!</p><p>Devemos iniciar o tratamento com</p><p>antidepressivos na nossa paciente!</p><p>Alternativa E - Incorreta A história</p><p>clínica é compatível com depressão</p><p>maior, apesar de hipotireoidismo poder</p><p>ser considerado um diagnóstico</p><p>diferencial.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D.</p><p>_________________________________</p><p>29. A mãe de um lactente, com 3 meses</p><p>de idade, procura atendimento médico</p><p>na Unidade Básica de Saúde porque ele</p><p>não apresenta evacuações há dois dias.</p><p>Não há outras queixas. Refere que o</p><p>lactente está em aleitamento materno</p><p>exclusivo e as evacuações têm ocorrido</p><p>com intervalos de até três dias. Trata-se</p><p>do seu primeiro filho e a mãe está muito</p><p>preocupada. Ao exame físico, a criança</p><p>encontra-se ativa, reativa,</p><p>normocorada e hidratada. Apresenta</p><p>frequência respiratória e cardíaca</p><p>normais, ausculta pulmonar e cardíaca</p><p>normais e palpação abdominal normal.</p><p>Tendo em vista a queixa materna e o</p><p>exame físico, a orientação adequada é:</p><p>A) oferecer água e líquidos em</p><p>abundância à criança.</p><p>B) oferecer chás caseiros nos intervalos</p><p>das mamadas.</p><p>C) observar e retornar caso ocorra</p><p>incômodo ao evacuar.</p><p>D) aumentar líquidos e alimentos</p><p>laxantes na dieta materna.</p><p>E) administrar supositório de glicerina</p><p>após 24h sem evacuações.</p><p>CCQ: Saber que a frequência</p><p>evacuatória normal de bebês pode ser</p><p>de até uma evacuação a cada 3 dias</p><p>Olá Mentorando JJ! Temos aqui uma</p><p>questão bem bacana que cobra os</p><p>conhecimentos sobre o hábito</p><p>evacuatório dos pacientes lactentes</p><p>jovens. Nos bebês pequenos que estão</p><p>em aleitamento materno exclusivo</p><p>podemos ter um hábito evacuatório</p><p>bem variado. Algumas crianças</p><p>evacuam várias vezes por dia</p><p>(principalmente após as mamadas)</p><p>enquanto outras podem ficar de 2 a 3</p><p>dias sem apresentar evacuações e sem</p><p>que isso represente uma condição</p><p>patológica.</p><p>Além da frequência evacuatória, o</p><p>médico também poderia informar essa</p><p>mãe sobre a coloração das fezes. Nos</p><p>primeiros dias de vida, as fezes</p><p>costumam ser escuras, tornando-se</p><p>amareladas durante a primeira semana</p><p>e também podem ser líquidas e, às</p><p>vezes, esverdeadas. Se a criança estiver</p><p>bem, se não apresentar nenhum outro</p><p>sintoma, podemos tranquilizar a mãe</p><p>de que isso não é diarreia e ela só deve</p><p>manter-se vigilante a respeito das</p><p>alterações.</p><p>É importante que os cuidadores saibam</p><p>identificar que fezes excessivamente</p><p>claras, que não escurecem,</p><p>permanecendo quase brancas ou</p><p>cinzentas podem significar alguma</p><p>doença, como a atresia de vias biliares,</p><p>que precisa ser investigada e</p><p>descoberta cedo. Nesses casos,</p><p>devemos orientar que a família procure</p><p>o serviço de saúde.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não</p><p>precisamos fazer nenhuma alteração na</p><p>dieta da criança.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Durante os 6</p><p>primeiros meses de vida da criança não</p><p>há a indicação de implementarmos a</p><p>dieta com chás ou qualquer tipo de</p><p>alimento.</p><p>Alternativa C - Correta: Como o</p><p>paciente está bem e sem alterações do</p><p>estado geral, devemos orientar a mãe</p><p>de que a frequência evacuatória do</p><p>bebe está dentro do esperado e que</p><p>caso ocorra incômodo ao evacuar ela</p><p>retorne a unidade de saúde.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O uso de</p><p>laxantes na dieta materna não deve ser</p><p>indicado.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não há</p><p>necessidade de intervenção</p><p>farmacológica para esse paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>30. Menina com 7 anos de idade foi</p><p>levada para consulta em Unidade</p><p>Básica de Saúde pela mãe. Apresenta</p><p>queixa de ganho de peso excessivo nos</p><p>últimos meses. Após a realização do</p><p>exame físico, foram registrados os</p><p>seguintes dados: Peso = 35 kg; Altura =</p><p>1,25 m; Pressão Arterial (membro</p><p>superior direito) = 118x80 mmHg. Após</p><p>a análise das curvas de crescimento</p><p>(peso, altura e índice de massa corporal</p><p>– IMC) e da tabela de pressão arterial, é</p><p>correto afirmar que os diagnósticos e a</p><p>conduta inicial recomendada nessa</p><p>situação são, respectivamente:</p><p>A) obesidade grave e hipertensão;</p><p>recomenda-se incentivar hábitos de</p><p>vida saudáveis (atividade</p><p>física regular e</p><p>alimentação balanceada) e realizar</p><p>tratamento farmacológico.</p><p>B) sobrepeso e pressão arterial</p><p>limítrofe; recomenda-se incentivar</p><p>hábitos de vida saudáveis (atividade</p><p>física regular e alimentação</p><p>balanceada) e rastrear outras</p><p>comorbidades.</p><p>C) obesidade e hipertensão;</p><p>recomenda-se seguir plano alimentar</p><p>com dieta balanceada, atividade física</p><p>regular e acompanhamento semanal</p><p>com a equipe de saúde.</p><p>D) sobrepeso e hipertensão;</p><p>recomenda-se seguir plano alimentar</p><p>com dieta balanceada, atividade física</p><p>regular, bem como restrições de tempo</p><p>na frente da televisão.</p><p>E) obesidade e pressão arterial</p><p>limítrofe; recomenda-se seguir plano</p><p>alimentar com dieta balanceada,</p><p>atividade física regular e rastrear outras</p><p>comorbidades.</p><p>CCQ: Saber que obesidade em criança</p><p>acima de 5 anos é definida por p>97 e</p><p>que hipertensão em crianças de 1-13</p><p>anos é definida por p>95</p><p>Pessoal, temos uma menina de 7 anos,</p><p>com peso =35 kg, altura = 1,25 m e PA –</p><p>118 x 80mmHg, trazida para avaliação.</p><p>Para definirmos se esses valores</p><p>representam obesidade ou</p><p>hipertensão, devemos analisar as</p><p>curvas de percentis da OMS. Vamos lá?</p><p>AVALIAÇÃO OBESIDADE</p><p>• A avaliação de obesidade em</p><p>menores de 5 anos pode ser feita</p><p>por meio da relação</p><p>peso/estatura ou IMC/idade.</p><p>• A avaliação de obesidade em</p><p>crianças de 5-19 anos é feita por</p><p>meio da relação IMC/idade.</p><p>• Como nossa paciente tem 7</p><p>anos, devemos analisar seu IMC,</p><p>que é igual a 22,4. Ao</p><p>localizarmos esse percentil no</p><p>gráfico, observamos que ele</p><p>está acima da curva do p97.</p><p>Portanto, a criança está OBESA.</p><p>AVALIAÇÃO DA HIPERTENSÃO</p><p>• A avaliação para hipertensão</p><p>toma como base a estatura.</p><p>• Como a nossa paciente</p><p>encontra-se no percentil 75 de</p><p>estatura, podemos dizer, ao</p><p>analisar a tabela, que, para uma</p><p>criança de 7 anos no p75 de</p><p>estatura, esperamos que o p95</p><p>de PA sistólica seja 115mmHg, e</p><p>o p95 de diastólica seja de</p><p>75mmHg.</p><p>• Os valores pressóricos da nossa</p><p>paciente (118 x 80mmHg) estão</p><p>acima desse valor, portanto, ela</p><p>está HIPERTENSA.</p><p>Para essa criança, recomenda-se</p><p>atividade física, dieta balanceada e</p><p>acompanhamento semanal com a</p><p>equipe de saúde.</p><p>Um algo a mais: as metas para criança</p><p>com excesso de peso são as seguintes:</p><p>• Sobrepeso:</p><p>-- Sem comorbidade: atividade física de</p><p>acordo com a idade e manutenção do</p><p>peso;</p><p>-- Com comorbidade: atividade física e</p><p>manutenção do peso para menores de</p><p>07 anos e redução do peso em maiores</p><p>de 07 anos.</p><p>• Obesidade e obesidade grave:</p><p>-- Sem comorbidade: igual ao</p><p>sobrepeso com comorbidade –</p><p>atividade física e manutenção do peso</p><p>para menores de 07 anos e redução do</p><p>peso em maiores de 7 anos.</p><p>-- Com comorbidade: reduzir peso,</p><p>independentemente da idade.</p><p>Agora, vamos resolver a questão:</p><p>Alternativa A – Incorreta: A obesidade</p><p>grave é definida por p>99,9 ou z-escore</p><p>> +3. Como vimos, nossa paciente tem</p><p>p>97 e < 99,9. Logo, alternativa</p><p>incorreta.</p><p>Alternativa B – Incorreta: O sobrepeso</p><p>é definido como p>85 e < 97. Nossa</p><p>paciente tem p>97, logo é obesa. A</p><p>pressão arterial elevada é definida por</p><p>p>90 e <95. Nossa paciente tem pressão</p><p>arterial no p>95. Logo é hipertensa.</p><p>Alternativa C – Correta: Como vimos,</p><p>nossa paciente é obesa e hipertensa. As</p><p>recomendações para ela são dieta</p><p>balanceada, atividade física regular e</p><p>acompanhamento semanal com equipe</p><p>de saúde. A farmacoterapia só estará</p><p>indicada, nesse caso, após falha do</p><p>tratamento não medicamentoso.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Como vimos,</p><p>nossa paciente é obesa e hipertensa!</p><p>Alternativa E – Incorreta: Como vimos,</p><p>nossa paciente é hipertensa!</p><p>Portanto, ficamos com letra C como</p><p>gabarito!</p><p>________________________________</p><p>31. Primigesta com 20 anos de idade, 18</p><p>semanas de gestação, assintomática,</p><p>vem para mais uma consulta de pré-</p><p>natal na Unidade Básica de Saúde</p><p>trazendo resultado de sorologia para</p><p>toxoplasmose = IgG reagente e IgM</p><p>reagente. Desconhece história prévia</p><p>de toxoplasmose. A conduta imediata</p><p>indicada nesta situação é:</p><p>A) repetir sorologia para toxoplasmose</p><p>no 3.º trimestre de gestação.</p><p>B) realizar ultrassonografia obstétrica</p><p>para avaliação fetal.</p><p>C) solicitar exame de PCR no líquido</p><p>amniótico.</p><p>D) iniciar tratamento com espiramicina.</p><p>E) solicitar teste de avidez da IgG.</p><p>QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE</p><p>RECURSO</p><p>A sorologia para toxoplasmose é um</p><p>dos exames de rotina preconizados pelo</p><p>Ministério da Saúde a ser realizado na</p><p>primeira consulta pré-natal. A conduta</p><p>adotada depende dos resultados de tal</p><p>exame, quando:</p><p>• IgM negativo e IgG positivo:</p><p>temos uma gestante que no</p><p>passado teve toxoplasmose,</p><p>encontrando-se imune;</p><p>• IgM negativo e IgG negativo:</p><p>temos uma gestante</p><p>susceptível. Sendo assim, deve-</p><p>se repetir trimestralmente a</p><p>sorologia para acompanhar o</p><p>caso ocorra infecção em algum</p><p>momento da gestação;</p><p>• IgM positivo e IgG negativo:</p><p>temos uma gestante com</p><p>infecção aguda que deverá ser</p><p>tratada;</p><p>• IgM positivo e IgG positivo:**</p><p>em gestantes com menos de 16</p><p>semanas teremos que realizar o</p><p>exame de avidez do IgG para</p><p>definir. Se a avidez for alta,</p><p>indica infecção antiga, não</p><p>sendo necessário tratamento e é</p><p>realizada apenas o seguimento</p><p>habitual. Porém, se a avidez for</p><p>baixa, ou se a gestante tiver</p><p>mais que 16 semanas,</p><p>considera-se infecção materna</p><p>aguda.</p><p>Sendo assim, a questão apresenta</p><p>gabarito incorreto. E, diante dos casos</p><p>de infecção materna aguda, deve-se</p><p>descartar um resultado falso positivo</p><p>repetindo a sorologia ou solicitando IgA</p><p>quando disponível. Caso não tenha tais</p><p>opções, já pode indicar tratamento com</p><p>espiramicina 1g de 8/8h para diminuir o</p><p>risco de infecção fetal até que se realize</p><p>a investigação de infecção fetal por</p><p>meio da amniocentese ou PCR do</p><p>líquido amniótico.</p><p>Caso seja confirmada a infecção fetal,</p><p>ou seja, impossível descartá-la, ou ainda</p><p>se o diagnóstico da infecção materna</p><p>for após 32 semanas, deve-se iniciar o</p><p>tratamento com esquema tríplice:</p><p>sulfadiazina + pirimetamina + ácido</p><p>fólico.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A conduta</p><p>para IgG e IgM positivos em pacientes</p><p>após 16 semanas é o tratamento com</p><p>espiramicina, pois já consideramos</p><p>infecção materna aguda. Não podemos</p><p>aguardar o terceiro trimestre.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A avaliação</p><p>fetal é inicialmente feita com PCR do</p><p>líquido amniótico, mas pode ser</p><p>complementada com ultrassonografia,</p><p>principalmente em casos avançados, o</p><p>que não é o caso proposto.</p><p>Alternativa C - Correta: O PCR do</p><p>líquido amniótico é o principal exame</p><p>para diagnóstico de acometimento</p><p>fetal, sendo indicado para essa</p><p>investigação.</p><p>Alternativa D - Correta: O início do</p><p>tratamento com espiramicina é muito</p><p>importante para redução das taxas de</p><p>infecção fetal.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O teste de</p><p>avidez só deve ser solicitado antes das</p><p>16 semanas de idade gestacional, pois</p><p>alta avidez indica infecção de mais de 4</p><p>meses. Com 18 semanas de IG, esse</p><p>valor é irrelevante já que ainda pode ser</p><p>infecção durante a gestação ao invés de</p><p>prévia.</p><p>Gabarito Oficial: alternativa E.</p><p>Gabarito Aristo: duas alternativas</p><p>corretas (C e D), logo sem gabarito.</p><p>_________________________________</p><p>32. Mulher com 64 anos de idade, com</p><p>antecedentes de hipertensão arterial há</p><p>cerca de 20 anos e tabagista (30 maços-</p><p>ano), em uso de enalapril - 20 mg de</p><p>12/12h, foi trazida à Emergência de um</p><p>hospital terciário com quadro de dor</p><p>lombar de forte intensidade e início</p><p>súbito, sem irradiação, que foi</p><p>acompanhada por síncope, sem</p><p>pródromos, iniciada há duas horas. Na</p><p>admissão hospitalar estava consciente,</p><p>orientada, anictérica, com palidez</p><p>cutâneo-mucosa. Temperatura axilar =</p><p>36 ºC, pressão arterial = 70x45 mmHg,</p><p>frequência cardíaca = 118 bpm,</p><p>frequência respiratória = 18 irpm. Os</p><p>exames do aparelho cardiovascular e</p><p>pulmonar não demonstraram</p><p>alterações.</p><p>O abdome apresentava</p><p>equimoses em ambos os flancos, e era</p><p>levemente doloroso à palpação em</p><p>mesogástrio e hipogástrio, com massa</p><p>pulsátil em região do mesogástrio.</p><p>Ruídos hidroaéreos presentes. Nos</p><p>membros inferiores havia redução da</p><p>temperatura distalmente e</p><p>bilateralmente e redução da amplitude</p><p>de todos os pulsos. Os exames</p><p>laboratoriais iniciais revelaram:</p><p>Leucócitos = 12.000/mm3</p><p>(segmentados = 74%, eosinófilos = 1%,</p><p>linfócitos = 15%); Hemoglobina = 12,1</p><p>g/dL; Hematócrito = 36,3%; Plaquetas =</p><p>231.000/mm3 ; Glicemia = 84 mg/dL (VR</p><p>= 80-100mg/dL); Ureia = 45 mg/dL (VR =</p><p>20-35 mg/dL); Creatinina = 1,2 mg/dL</p><p>(VR = 0,8-1,4 mg/dL); Amilase = 352 U/L</p><p>(VR = 4-400 U/L); TGO = 26 U/L (VR < 35</p><p>U/L) e TGP = 31 U/L (VR < 35 U/L).</p><p>Considerando a condição clínica atual</p><p>da paciente, o exame a ser realizado</p><p>para confirmação diagnóstica é:</p><p>A) ultrassonografia abdominal.</p><p>B) lavado peritoneal com solução salina.</p><p>C) angiorressonância magnética do</p><p>abdome.</p><p>D) tomografia computadorizada do</p><p>abdome.</p><p>E) angiografia aórtica e de membros</p><p>inferiores.</p><p>CCQ – TRÍADE DA CLÁSSICA (DOR</p><p>ABDOMINAL + HIPOTENSÃO +</p><p>MASSA PULSÁTIL) = RUPTURA DE</p><p>ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL.</p><p>Temos um caso clínico clássico de</p><p>rotura de aneurisma de aorta</p><p>abdominal, com paciente apresentando</p><p>vários fatores de risco (idade,</p><p>hipertensão e tabagismo) com a</p><p>presença da tríade da clássica: dor</p><p>abdominal, hipotensão e massa</p><p>abdominal pulsátil). A questão pede</p><p>qual o exame de imagem mais indicado</p><p>para a confirmação do diagnóstico,</p><p>levando em conta a situação clínica</p><p>geral da paciente, que se encontra em</p><p>choque hemorrágico grave. Com isso,</p><p>temos a necessidade de realizar um</p><p>exame mais rápido e que interfira</p><p>menos no pré-operatório, caso ela</p><p>venha a necessitar. Logo, temos como</p><p>melhor opção a ultrassonografia</p><p>abdominal.</p><p>Alternativa correta letra A</p><p>________________________________</p><p>33. Menino com 12 anos de idade</p><p>comparece para consulta em Unidade</p><p>Básica de Saúde acompanhado pela</p><p>mãe. Tem história de asma brônquica.</p><p>Há dois meses vem apresentando tosse</p><p>noturna diária, incapacidade de jogar</p><p>bola e crises de falta de ar pelo menos</p><p>uma vez ao mês. No exame físico não</p><p>apresenta alterações na ausculta</p><p>pulmonar. Atualmente está sem</p><p>medicação. Qual o tratamento</p><p>preconizado para esse paciente?</p><p>A) Prescrever medicação de alívio, do</p><p>tipo beta agonista de ação longa, e</p><p>acompanhar o paciente semanalmente.</p><p>B) Prescrever medicação de alívio, do</p><p>tipo beta agonista de ação longa, e</p><p>encaminhar para o pneumologista e</p><p>fisioterapia.</p><p>C) Orientar sobre cuidados ambientais e</p><p>prescrever corticoide inalatório</p><p>associado a beta agonista de ação longa</p><p>por quatro semanas</p><p>D) Prescrever corticoide inalatório de</p><p>uso contínuo e um beta agonista de</p><p>ação curta, conforme necessidade de</p><p>alívio dos sintomas.</p><p>E) Prescrever corticoide inalatório</p><p>associado a montelucaste diário por</p><p>doze semanas e indicar fisioterapia</p><p>respiratória.</p><p>CCQ: Saber que no step 1 do</p><p>tratamento da asma, usa-se o</p><p>corticoide inalatório e o beta 2</p><p>agonista de curta ação</p><p>Pessoal, estamos diante de um tema</p><p>quente para as provas de Pediatria:</p><p>asma! Além de ser um assunto</p><p>badalado na prática clínica, ele sofreu</p><p>importantes atualizações nos últimos</p><p>anos e, por isso, é queridinho das</p><p>bancas. Vamos revisar?</p><p>O GINA 2019 traz a classificação da</p><p>asma baseada no controle clínico das</p><p>últimas 4 semanas conforme a tabela a</p><p>seguir:</p><p>Após a classificação da asma, iremos</p><p>raciocinar o seguinte: devemos manter</p><p>o tratamento se a asma estiver</p><p>controlada; descer 1 step se ela estiver</p><p>controlada por 3 meses ou subir 1 step</p><p>se estiver parcialmente controlada ou</p><p>não controlada. Os steps do tratamento</p><p>são os seguintes:</p><p>Agora que revisamos esse tópico tão</p><p>importante, vamos classificar o nosso</p><p>paciente:</p><p>• Sintomas diários mais de duas</p><p>vezes por semana: não. Seus</p><p>sintomas diários ocorrem uma</p><p>vez ao mês.</p><p>• Qualquer limitação das</p><p>atividades: sim! Ele está</p><p>apresentando incapacidade</p><p>para jogar bola.</p><p>• Sintomas despertares noturnos:</p><p>sim, tosse noturna diária.</p><p>• Tratamento de alívio mais de 2</p><p>vezes por semana: não, ele está</p><p>sem medicação.</p><p>Portanto, trata-se de um paciente com</p><p>uma asma parcialmente controlada,</p><p>certo? Como o nosso paciente não está</p><p>fazendo uso de nenhum medicamento,</p><p>devemos começar pelo step 1!</p><p>Vamos avaliar as alternativas?</p><p>Alternativa A - Incorreta: Já está</p><p>indicado iniciar a terapia com corticoide</p><p>inalatório. Além disso, começamos com</p><p>o beta agonista de ação curta no</p><p>primeiro passo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A medicação</p><p>de alívio é o beta agonista de ação</p><p>curta. Além disso, nesse primeiro</p><p>degrau não há necessidade de</p><p>encaminhar para o especialista.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Orientar</p><p>sobre higiene ambiental e prescrever</p><p>corticoide inalatório está correto.</p><p>Entretanto, no step 1, prescrevemos o</p><p>beta 2 agonista de curta ação.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Essa é a descrição do step 1, por onde</p><p>vamos começar com o nosso paciente!</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não</p><p>iniciamos o montelucaste no step 1.</p><p>Sendo assim, a alternativa correta é a</p><p>letra D!</p><p>________________________________</p><p>34. Mulher com 25 anos de idade deu</p><p>entrada no Serviço de Emergência,</p><p>prostrada, com vômitos. Ao exame</p><p>físico observou-se hipotensão arterial,</p><p>febre de 39ºC, defesa na fossa ilíaca</p><p>direita, distensão e irritação peritonial</p><p>difusas. O exame ginecológico e o</p><p>toque retal evidenciaram a presença de</p><p>dor no fundo de saco posterior à</p><p>mobilização do colo uterino. A punho</p><p>percussão lombar era negativa,</p><p>bilateralmente. A melhor abordagem</p><p>para o caso é:</p><p>A) reposição volêmica; realização de</p><p>hemograma; solicitação de tomografia</p><p>computadorizada do abdome para</p><p>excluir o diagnóstico de pelvi-</p><p>peritonite.</p><p>B) reposição volêmica; realização de</p><p>hemograma; iniciar antibioticoterapia</p><p>após coleta de sangue para</p><p>hemocultura e indicar o tratamento</p><p>cirúrgico.</p><p>C) reposição volêmica; solicitação de</p><p>exame de urina, de exames de rotina</p><p>para abdome agudo; repetir a</p><p>ultrassonografia e reavaliar</p><p>periodicamente.</p><p>D) solicitação de hemograma;</p><p>realização de exame de urina e</p><p>ultrassom para fazer o diagnóstico</p><p>diferencial com ruptura de cisto</p><p>ovariano.</p><p>E) reposição volêmica; solicitação de</p><p>radiografia do abdome inferior e</p><p>reavaliar.</p><p>CCQ: Conduta na instabilidade</p><p>hemodinâmica com pelvi-peritonite</p><p>A questão traz um caso de uma</p><p>paciente com sinais de peritonite</p><p>(defesa em fossa ilíaca, irritação</p><p>peritonial) e possível acometimento</p><p>ginecológico (dor à mobilização de colo</p><p>uterino e fundo de saco).</p><p>Evidentemente, para melhor avaliação</p><p>da etiologia desse abdome agudo, seria</p><p>ideal a realização de outros exames</p><p>complementares, mas aí entra o</p><p>diferencial nesta questão: a paciente</p><p>está instável. Paciente prostrada,</p><p>hipotensa e febril, requer conduta</p><p>imediata, que não pode ser retardada</p><p>pela realização de outros exames.</p><p>Vamos analisar as alternativas para</p><p>definir a melhor conduta para o caso:</p><p>Alternativa A - incorreta O diagnóstico</p><p>de pelvi-peritonite é claro no exame</p><p>físico de irritação peritoneal e dor em</p><p>fundo de saco. A tomografia seria</p><p>importante para avaliar a etiologia do</p><p>quadro, mas em pacientes instáveis não</p><p>há tempo para sua realização.</p><p>Alternativa B - correta Paciente</p><p>hipotensa e febril sugere sepse.</p><p>Portanto, devemos iniciar protocolo de</p><p>sepse com expansão volêmica,</p><p>antibioticoterapia na primeira hora e</p><p>coleta de hemocultura imediata. A</p><p>indicação cirúrgica se deve à</p><p>instabilidade clínica.</p><p>Alternativa C - incorreta Não há tempo</p><p>para solicitar exames laboratoriais em</p><p>quadros de instabilidade clínica.</p><p>Alternativa D - incorreta A ruptura de</p><p>cisto ovariano pode ou não ter</p><p>indicação cirúrgica, mas a instabilidade</p><p>clínica é uma indicação clara de</p><p>abordagem</p><p>cirúrgica. Vamos aproveitar</p><p>para lembrar outros diagnósticos</p><p>diferenciais de abdome agudo</p><p>ginecológico: doença inflamatória</p><p>pélvica, torção anexial, gravidez</p><p>ectópica. Cabe ressaltar que todos</p><p>esses diagnósticos têm indicação</p><p>cirúrgica no caso de quadros graves ou</p><p>instáveis.</p><p>Alternativa E - incorreta É necessária</p><p>uma conduta imediata em casos graves</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=eF0YoURkA0RTd0Fukpw3</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=eF0YoURkA0RTd0Fukpw3</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=eF0YoURkA0RTd0Fukpw3</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=eF0YoURkA0RTd0Fukpw3</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=eF0YoURkA0RTd0Fukpw3</p><p>como este, não havendo tempo para</p><p>radiografia.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a B.</p><p>_________________________________</p><p>35. Menino com 12 anos de idade é</p><p>trazido pelo pai ao Ambulatório de</p><p>Pediatria. Na história apresenta febre e</p><p>dor intensa nas articulações do joelho</p><p>há uma semana, a qual passou a</p><p>acometer cotovelos e punhos. Há três</p><p>semanas apresentou infecção de</p><p>garganta (sic) tratada com amoxicilina.</p><p>Ao exame, apresenta temperatura</p><p>axilar = 38.4 ºC; frequência cardíaca =</p><p>132 bpm; estado geral comprometido;</p><p>dispneia leve que piora com o decúbito.</p><p>A ausculta cardíaca mostra sopro</p><p>holossistólico, de média intensidade,</p><p>mais audível em ápice, irradiando-se</p><p>para a axila; 3.ª bulha audível. Diante do</p><p>quadro de alta suspeita diagnóstica de</p><p>febre reumática, qual a medicação a ser</p><p>prescrita nesse momento?</p><p>A) Ibuprofeno.</p><p>B) Diclofenaco.</p><p>C) Naproxeno.</p><p>D) Prednisona.</p><p>E) Ácido Acetil Salicílico.</p><p>CCQ: Saber que o tratamento da</p><p>cardite reumática é feito com</p><p>prednisona</p><p>Pessoal, temos um menino de 12 anos</p><p>apresentando quadro altamente</p><p>sugestivo de febre reumática, como a</p><p>própria questão já deixou claro. Em sua</p><p>história clínica, apresentou febre,</p><p>artrite migratória e cardite – preste</p><p>atenção na alteração da ausculta</p><p>cardíaca, demonstrando sopro</p><p>holossistólico, que se irradia para a</p><p>axila, com terceira bulha audível, e na</p><p>presença de dispneia que piora ao</p><p>decúbito.</p><p>Com base nessas informações,</p><p>devemos decidir qual medicação deve</p><p>ser prescrita. Como a questão deu</p><p>enfoque à alteração cardíaca do</p><p>paciente, destacando prejuízo em sua</p><p>funcionalidade pela presença de</p><p>dispneia que piora ao decúbito,</p><p>podemos inferir que, nesse momento,</p><p>devemos priorizar o tratamento da</p><p>cardite. E como ele é feito? Bem,</p><p>galera, usamos prednisona, na dose de</p><p>2 mg/kg/dia, em 04 tomadas, por 2-3</p><p>semanas, com posterior redução de</p><p>dose e desmame progressivo.</p><p>O tratamento da artrite, por outro lado,</p><p>é feito preferencialmente com ácido</p><p>acetilsalicílico, sendo que a resposta</p><p>rápida a essa medicação nos ajuda a</p><p>diferenciar febre reumática de outras</p><p>formas de artrite. Apesar de ser um</p><p>importante tópico a ser lembrado, o</p><p>tratamento da artrite, neste momento,</p><p>não é prioridade, pois ficou visível a</p><p>preocupação da questão em destacar a</p><p>disfunção cardíaca do paciente.</p><p>Por fim, mas não menos importante,</p><p>lembre-se, para sua prova, que a febre</p><p>reumática deve ser tratada,</p><p>preferencialmente, com penicilina G</p><p>benzatina, a fim de erradicar o S.</p><p>pyogenes do organismo e controlar as</p><p>manifestações relacionadas à atividade</p><p>inflamatória da doença. Esse</p><p>tratamento, no entanto, não interfere</p><p>no curso da doença.</p><p>Um algo a mais: a profilaxia secundária</p><p>deve ser realizada nos pacientes que já</p><p>tiveram febre reumática, com o</p><p>objetivo de prevenir novas infecções e</p><p>surtos cada vez mais danosos. Para isso,</p><p>utiliza-se a penicilina G benzatina,</p><p>1.200.000 UI por dose, a cada 3</p><p>semanas, no seguinte esquema:</p><p>• Nos pacientes com febre</p><p>reumática sem cardite: até 05</p><p>anos após o último episódio ou</p><p>até os 21 anos.</p><p>• Nos pacientes com febre</p><p>reumática e com cardite sem</p><p>sequelas: até 10 anos após o</p><p>último episódio ou até os 21/25</p><p>anos.</p><p>• Nos pacientes com febre</p><p>reumática e cardite com</p><p>sequelas: até os 40 anos ou por</p><p>toda a vida.</p><p>• Nos pacientes com febre</p><p>reumática e substituição valvar:</p><p>por toda a vida.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: O ibuprofeno</p><p>é um anti-inflamatório não esteroidal,</p><p>utilizado como sintomático apenas,</p><p>não tendo papel no tratamento da</p><p>cardite reumática.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>diclofenaco também é um anti-</p><p>inflamatório não esteroidal, utilizado</p><p>como sintomático, principalmente em</p><p>casos de dor osteomuscular. Não tem</p><p>papel no tratamento da cardite</p><p>reumática.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O naproxeno</p><p>também é um anti-inflamatório não</p><p>esteroidal, utilizado como sintomático,</p><p>principalmente no resgate de cefaleia.</p><p>Não tem papel no tratamento da</p><p>cardite reumática.</p><p>Alternativa D - Correta: Como vimos, a</p><p>cardite reumática é tratada com</p><p>prednisona.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O AAS é o</p><p>tratamento mais preconizado para a</p><p>artrite reumática, promovendo uma</p><p>rápida resolução do quadro. No</p><p>entanto, como vimos, nossa prioridade</p><p>agora é tratar a cardite do paciente.</p><p>Portanto, ficamos com letra D como</p><p>gabarito!</p><p>_______________________________</p><p>________________________________</p><p>36. Mulher com 35 anos de idade, G2 P1</p><p>(parto vaginal há 4 anos), 41 semanas e</p><p>2 dias de idade gestacional (corrigida</p><p>por ultrassonografia realizada no</p><p>primeiro trimestre), vem à Unidade</p><p>Básica de Saúde para mais uma</p><p>consulta de pré-natal. Refere dor nas</p><p>costas e cansaço. Nega contrações,</p><p>disúria, perda líquida ou sangramento</p><p>vaginal. Relata boa movimentação</p><p>fetal. Ao exame: pressão arterial =</p><p>100x60 mmHg, peso = 68 kg, altura</p><p>uterina = 34 cm, batimentos</p><p>cardiofetais = 140 bpm, ausência de</p><p>dinâmica uterina. Toque vaginal = colo</p><p>grosso, centrado, 2 cm de dilatação,</p><p>apresentação cefálica. A conduta</p><p>indicada é:</p><p>A) dar alta do pré-natal e orientar a</p><p>paciente a procurar a Maternidade</p><p>quando apresentar sintomas do</p><p>trabalho de parto.</p><p>B) encaminhar para a Maternidade para</p><p>avaliação da vitalidade fetal e indução</p><p>do parto.</p><p>C) orientar controle da movimentação</p><p>fetal e aguardar o trabalho de parto</p><p>espontâneo.</p><p>D) agendar nova consulta em 7 dias e</p><p>orientar sinais e sintomas do trabalho</p><p>de parto</p><p>E) solicitar ultrassonografia obstétrica e</p><p>agendar nova consulta em 7 dias.</p><p>CCQ: A indução de trabalho de parto é</p><p>indicada nas gestação com mais de 42</p><p>semanas de idade gestacional por</p><p>aumento das complicações maternas</p><p>e perinatais com o pós-datismo</p><p>Mentorando, a questão traz conceitos</p><p>clássicos de pós-datismo e necessidade</p><p>de indução de trabalho de parto.</p><p>Sabemos que a gravidez pós-termo, ou</p><p>seja, com idade gestacional maior ou</p><p>igual a 42 semanas, está associada a</p><p>aumento das complicações maternas,</p><p>fetais e neonatais.</p><p>A taxa de mortalidade perinatal nesses</p><p>casos chega a ser o dobro da taxa a</p><p>termo. Portanto, quando o trabalho de</p><p>parto não se inicia espontaneamente,</p><p>essas pacientes têm indicação de</p><p>indução do trabalho de parto.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A gestante</p><p>não deve receber “alta” do pré-natal até</p><p>o nascimento do concepto. Há</p><p>necessidade de manutenção da atenção</p><p>ao binômio materno-fetal, mesmo que</p><p>a paciente seja direcionada a uma</p><p>maternidade de referência.</p><p>Alternativa B - Correta: Nas gestações</p><p>de baixo risco, sem complicações, está</p><p>indicada avaliação da vitalidade fetal a</p><p>partir das 40 semanas de IG, por</p><p>exemplo, com a realização de</p><p>cardiotocografia Conforme dito, nas</p><p>gestações que se aproximam das 42</p><p>semanas, devemos agendar a indução</p><p>de trabalho de parto.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O controle da</p><p>movimentação fetal através do</p><p>mobilograma está sempre indicado no</p><p>terceiro trimestre gestacional. Não</p><p>devemos aguardar o trabalho de parto</p><p>espontâneo por aumento das</p><p>complicações maternas e perinatais.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Em uma</p><p>semana, a paciente já estará com mais</p><p>de 42 semanas de IG, sendo indicada</p><p>indução de trabalho de parto.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Em uma</p><p>semana, a paciente já estará com mais</p><p>de 42 semanas de IG, sendo indicada</p><p>indução de trabalho de parto.</p><p>Portanto, o gabarito é letra B</p><p>________________________________</p><p>________________________________</p><p>37. Rapaz com 15 anos de idade,</p><p>portador de cirrose biliar primária, com</p><p>classificação MELD igual a 32, encontra-</p><p>se na fila de transplantes do Sistema</p><p>Único se Saúde (SUS). Seu pai, com 40</p><p>anos de idade, saudável, deseja</p><p>antecipar o transplante. A orientação</p><p>adequada para esta situação é:</p><p>A) não há possibilidade de acelerar o</p><p>transplante, pois o paciente é menor de</p><p>idade e tem uma avaliação de menor</p><p>gravidade clínica.</p><p>B) o transplante somente poderá ser</p><p>antecipado se houver um doador com</p><p>morte cerebral comprovada e</p><p>consentimento da família</p><p>C) o transplante poderá ser acelerado,</p><p>pois o quadro clínico do paciente é</p><p>grave e a doação intervivos pelo pai é</p><p>consentida.</p><p>D) em hipótese alguma o transplante</p><p>poderá ser antecipado, pois, para a fila</p><p>do SUS, os critérios são bem definidos e</p><p>éticos.</p><p>E) o transplante poderá ser antecipado</p><p>somente com doador falecido HLA</p><p>idêntico ou semi-idêntico.</p><p>CCQ: Saber que em casos graves de</p><p>cirrose hepática, o transplante</p><p>hepático deve ser realizado o mais</p><p>rápido possível, podendo ser com</p><p>doador vivo, se houver</p><p>consentimento</p><p>Olá, pessoal! Questão relativamente</p><p>simples sobre transplante hepático.</p><p>Vamos relembrar alguns pontos</p><p>importantes.</p><p>O paciente candidato ao transplante</p><p>deve apresentar doença hepática</p><p>avançada, progressiva e irreversível. O</p><p>escore MELD é utilizado para alocar os</p><p>pacientes na fila dos transplantes, e no</p><p>Brasil entram aqueles com MELD maior</p><p>ou igual a 11.</p><p>Existem alguns tipos de transplante</p><p>hepático: transplante ortotópico</p><p>(apenas com doador cadavérico),</p><p>transplante heterotópico (doador</p><p>cadavérico) e de fígado reduzido</p><p>(doador cadavérico ou vivo).</p><p>Algumas contraindicações ao</p><p>transplante hepático são: uso de álcool</p><p>ou drogas nos últimos 6 meses,</p><p>anomalias congênitas incorrigíveis e</p><p>limitantes, doença metastática para o</p><p>fígado e sepse ativa, entre outras.</p><p>Diante disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A condição</p><p>clínica do paciente é grave e, havendo</p><p>autorização, o transplante deve ser</p><p>realizado o mais rápido possível.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>transplante também pode ser realizado</p><p>com doador vivo.</p><p>Alternativa C - Correta: Devido à</p><p>condição clínica do paciente, o</p><p>transplante deve ser realizado o mais</p><p>rápido possível e, havendo doador vivo</p><p>que consinta, o processo é acelerado.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O</p><p>transplante intervivos é uma das</p><p>alternativas que permite a antecipação</p><p>do transplante.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O transplante</p><p>hepático pode ser realizado com</p><p>sistema HLA não compatível, e pode ser</p><p>com doador vivo ou cadavérico.</p><p>Como a questão solicita a orientação</p><p>adequada, o nosso gabarito é letra C</p><p>_________________________________</p><p>38. Criança com 11 anos de idade,</p><p>frequentando o quarto ano do ensino</p><p>fundamental, é encaminhada ao</p><p>pediatra pela escola por apresentar</p><p>indisciplina e problemas de</p><p>aprendizagem. A diretora solicita</p><p>encaminhamento para o neurologista,</p><p>psicólogo e oftalmologista. Na consulta</p><p>em Unidade Básica de Saúde, a mãe</p><p>conta que a classe da criança já teve três</p><p>trocas de professora no ano corrente, e</p><p>que em casa a criança é muito esperta e</p><p>cuida do irmão de 5 anos, no horário em</p><p>que ela está trabalhando. Levando em</p><p>consideração a Reforma Psiquiátrica</p><p>Brasileira, o Movimento de Luta</p><p>Antimanicomial e a Política Nacional de</p><p>Saúde Mental, a conduta adequada é:</p><p>A) valorizar o prejuízo que a criança já</p><p>tem em decorrência do atraso na</p><p>escolarização, instituindo tratamento</p><p>clínico para transtorno de</p><p>hiperatividade e déficit de atenção com</p><p>ritalina e psicoterapia no Centro de</p><p>Atenção Psicossocial ( CAPS ).</p><p>B) prevenir a piora do quadro e a</p><p>possibilidade de internação em hospital</p><p>psiquiátrico por intermédio da pronta</p><p>referência do caso ao psiquiatra, antes</p><p>que ocorra recrudescimento e seja</p><p>imperioso o tratamento manicomial.</p><p>C) agendar os procedimentos</p><p>ambulatoriais requisitados, em</p><p>cumprimento ao princípio da</p><p>intersetorialidade da Lei n.º</p><p>8.080/1990, com cobertura pelo</p><p>benefício financeiro do Programa "De</p><p>Volta Para Casa".</p><p>D) acionar o Conselho Tutelar mediante</p><p>denúncia de bullying e assédio moral da</p><p>escola contra a criança, pela repetência</p><p>serial e tentativa de culpabilizar a vítima</p><p>pelo próprio agravo sofrido.</p><p>E) orientar a mãe a respeito da</p><p>possibilidade de o comportamento da</p><p>criança dever-se a situações sociais do</p><p>entorno escolar e/ou doméstico, e</p><p>viabilizar contato da Equipe de Saúde</p><p>da Família com a escola.</p><p>CCQ: Saber que diante da suspeita de</p><p>problemas na aprendizagem, fatores</p><p>relacionados à estrutura do ambiente</p><p>escolar e do ambiente doméstico</p><p>devem ser considerados na</p><p>elaboração de um diagnóstico</p><p>etiológico</p><p>Pessoal, estamos diante de uma criança</p><p>de 11 anos de idade, que apresenta um</p><p>quadro geral de indisciplina e</p><p>“problemas de aprendizagem”. Repare</p><p>que a dificuldade em aprendizagem não</p><p>é explorada de forma qualitativa na</p><p>questão, portanto temos dois</p><p>elementos, “indisciplina” e “problemas</p><p>de aprendizagem”, que podem apenas</p><p>sugerir um possível transtorno do</p><p>déficit de atenção e hiperatividade</p><p>(TDAH).</p><p>No entanto, à medida que nos</p><p>aprofundamos na questão,</p><p>constatamos que a hipótese de TDAH</p><p>só se enfraquece, já que a mãe da</p><p>criança afirma que, em casa, ela é</p><p>“muito esperta” e cuida do irmão de 5</p><p>anos, no horário em que ela está</p><p>trabalhando, e que a classe que a</p><p>criança frequenta já teve três trocas de</p><p>professores no ano corrente. Dessa</p><p>forma, nosso raciocínio nos direciona</p><p>mais para o contexto social e escolar do</p><p>paciente, que parecem ser os</p><p>responsáveis por seus “problemas de</p><p>aprendizagem”.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Um algo a mais: o diagnóstico do TDAH</p><p>é feito com base na investigação da</p><p>presença de sintomas de desatenção e</p><p>de sintomas de</p><p>hiperatividade/impulsividade.</p><p>Sintomas de desatenção incluem: não</p><p>prestar atenção a detalhes e cometer</p><p>erros em trabalhos escolares;</p><p>dificuldade de manter atenção</p><p>sustentada em tarefas e brincadeiras;</p><p>não responder quando chamado pelo</p><p>próprio nome; dificuldade de seguir</p><p>instruções para finalizar trabalhos</p><p>escolares, tarefas e deveres etc.</p><p>Já os sintomas de hiperatividade</p><p>incluem: inquietação psicomotora;</p><p>levantar-se com frequência em locais</p><p>que não se espera este</p><p>comportamento; correr e escalar</p><p>móveis; dificuldade de brincar e praticar</p><p>atividades de lazer silenciosamente;</p><p>falar excessivamente etc.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Somente</p><p>com os dados da questão, não podemos</p><p>afirmar que houve atraso na</p><p>escolarização, com consequente</p><p>prejuízo no aprendizado, nem que essa</p><p>criança tem TDAH, já que não são</p><p>descritos sintomas típicos de</p><p>desatenção e de hiperatividade.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Essa</p><p>alternativa é que, de fato, deveria ser</p><p>internada em manicômio! Galera,</p><p>temos uma criança aparentemente</p><p>saudável e funcional, apenas com</p><p>problemas pontuais de aprendizagem,</p><p>que, muito provavelmente, devem-se</p><p>ao contexto social e escolar peculiar; a</p><p>criança não está agressiva e não está</p><p>agindo sob efeito de surto psicótico,</p><p>não havendo, portanto, motivos para</p><p>internação.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Galera, o</p><p>Programa de Volta para Casa garante o</p><p>auxílio-reabilitação psicossocial para a</p><p>atenção e o acompanhamento de</p><p>pessoas em sofrimento mental,</p><p>egressas de internação em hospitais</p><p>psiquiátricos, inclusive em hospitais de</p><p>custódia e tratamento psiquiátrico, cuja</p><p>duração tenha</p><p>sido por um período</p><p>igual ou superior a dois anos. Como</p><p>você pode observar, esse não é o caso</p><p>do nosso paciente!</p><p>Alternativa D – Incorreta: O objetivo</p><p>da escola ao encaminhar a criança ao</p><p>pediatra não foi constrangê-la, mas sim</p><p>dar a ela a oportunidade de ser avaliada</p><p>por um profissional de saúde acerca de</p><p>seus problemas. Além disso, em hora</p><p>alguma a questão menciona que a</p><p>criança tenha repetido de forma serial</p><p>alguma série.</p><p>Alternativa E – Correta: A melhor</p><p>abordagem neste caso é reconhecer</p><p>que o problema de aprendizagem da</p><p>criança pode ser derivado de seu</p><p>contexto escolar, marcado por</p><p>repetidas trocas de professores, e</p><p>viabilizar que a equipe de saúde entre</p><p>em contato com a escola, a fim de</p><p>esclarecer a situação de saúde da</p><p>criança e qual pode ser seu real</p><p>problema.</p><p>Portanto, ficamos com letra E como</p><p>gabarito!</p><p>________________________________</p><p>39. Maquinista de ferrovia, com 36 anos</p><p>de idade, comparece à Unidade Básica</p><p>de Saúde com história de lombalgia há</p><p>seis meses, de início insidioso, com</p><p>piora progressiva e, mais</p><p>recentemente, irradiação para o</p><p>membro inferior esquerdo. Ao exame,</p><p>notam-se discreta claudicação,</p><p>supradesnivelamento da escápula</p><p>esquerda, contratura muscular</p><p>subescapular e lombar ipsilateral,</p><p>limitação da flexo-extensão da coluna,</p><p>com retorno lento à ortostase após</p><p>fácies de dor. O sinal de Lasègue é</p><p>positivo. Perguntado sobre suas</p><p>atividades profissionais, informa que</p><p>trabalha em ambiente muito quente</p><p>(próximo à caldeira da locomotiva) e</p><p>ruidoso, e que a sua tarefa mais</p><p>frequente é alimentar a caldeira com</p><p>movimentos repetidos, quando</p><p>permanece com o tronco abaixado.</p><p>Sobre a responsabilidade de emissão de</p><p>Comunicação de Acidente de Trabalho</p><p>(CAT) neste caso, é correto afirmar que:</p><p>A) o médico da Unidade Básica de</p><p>Saúde deve emitir a CAT.</p><p>B) o médico da Unidade Básica de</p><p>Saúde deve elaborar relatório</p><p>detalhado, que permita ao médico do</p><p>trabalho da ferrovia emitir a CAT.</p><p>C) o médico do trabalho da ferrovia já</p><p>teria emitido a CAT, se houvesse</p><p>indicação, portanto o médico da</p><p>Unidade Básica de Saúde nada tem a</p><p>acrescentar</p><p>D) a emissão da CAT pode ser assumida</p><p>pelo médico da Unidade Básica de</p><p>Saúde, desde que uma ressonância</p><p>nuclear magnética comprove patologia</p><p>discal lombar ocupacional.</p><p>E) o perito médico previdenciário do</p><p>Instituto Nacional do Seguro Social (</p><p>INSS ) é competente para emitir a CAT,</p><p>e o médico da Unidade Básica de Saúde</p><p>deve elaborar relatório para</p><p>encaminhamento à Previdência Social.</p><p>CCQ: Saber que a CAT deverá ser</p><p>emitida em casos de acidentes de</p><p>trabalho e doenças ocupacionais em</p><p>trabalhadores formais</p><p>E ai pessoal, vamos para mais uma</p><p>questão?? A Comunicação de Acidente</p><p>de Trabalho (CAT) é um documento que</p><p>deve ser emitido nas seguintes</p><p>situações:</p><p>1. Acidente de trabalho (incluindo</p><p>de trajeto);</p><p>2. Doença ocupacional.</p><p>A CAT é um documento de caráter</p><p>informativo ao INSS e deverá ser</p><p>emitido apenas para trabalhadores</p><p>formais (que possuem contrato de</p><p>trabalho e registro na carteira</p><p>profissional).</p><p>A questão aborda um trabalhador</p><p>formal apresentando queixas</p><p>ortopédicas nitidamente relacionadas</p><p>às condições de trabalho e que procura</p><p>atendimento na UBS.</p><p>Vamos às alternativas?</p><p>Alternativa A - Correta: Doenças</p><p>ocupacionais em trabalhadores formais</p><p>devem resultar na emissão de CAT.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O médico da</p><p>UBS deverá fazer um relatório do</p><p>atendimento com os prováveis</p><p>diagnósticos e descrição do exame</p><p>físico, mas não para o médico da</p><p>empresa emitir a CAT e sim para o</p><p>médico perito do INSS analisar os fatos.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não deve-se</p><p>fundamentar uma conduta baseada</p><p>numa suposição. O médico da UBS</p><p>poderá verificar se realmente a CAT foi</p><p>emitida previamente.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não é</p><p>necessária RNM para emitir a CAT,</p><p>apenas com a clínica isso ja é possível.</p><p>Lembre-se que a CAT tem caráter</p><p>meramente informativo.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A CAT pode</p><p>ser preenchida por qualquer pessoa, de</p><p>preferência pela empresa. Nesse caso, a</p><p>emissão compete ao médico da UBS.</p><p>Cabe a ele também realizar um relatório</p><p>médico informando a condição da</p><p>paciente, incluindo possíveis</p><p>diagnósticos, exame físico e tempo</p><p>necessário de afastamento. Mas</p><p>lembre-se, quem irá avaliar a concessão</p><p>do benefício é o médico perito do INSS!</p><p>Portanto, o gabarito é a letra A.</p><p>________________________________</p><p>40. Homem de 22 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde de</p><p>seu bairro com náuseas, vômitos e</p><p>“caroço doloroso na virilha”. Informa</p><p>que há três anos essa massa aparece</p><p>quando faz esforço e desaparece ao</p><p>deitar-se, mas desta vez vem se</p><p>mantendo há dois dias. Ao exame físico:</p><p>paciente em bom estado geral e</p><p>aumento de volume na região inguinal e</p><p>do escroto direito, com dor à palpação.</p><p>A conduta a ser adotada pelo médico da</p><p>Unidade é:</p><p>A) administração de relaxante</p><p>muscular, colocando o paciente em</p><p>posição de Trendelenburg, com</p><p>tentativa de redução do volume.</p><p>B) encaminhamento do paciente ao</p><p>Serviço de Urgência do Hospital com o</p><p>pedido de avaliação imediata do</p><p>cirurgião.</p><p>C) tentativa de redução manual do</p><p>aumento de volume da região</p><p>inguinescrotal para a cavidade</p><p>abdominal.</p><p>D) transiluminação do escroto para</p><p>tentar diferenciar hérnia inguinal de</p><p>hidrocele comunicante.</p><p>E) prescrição de antiemético e</p><p>solicitação de ecografia da região</p><p>inguinescrotal.</p><p>CCQ: Hérnia encarcerada (casos</p><p>refratários ou com obstrução) ou</p><p>estrangulada = Cirurgia de urgência</p><p>Questão bem elaborada que representa</p><p>uma situação do nosso dia a dia.</p><p>Paciente de 22 anos com queixa de um</p><p>“caroço doloroso na virilha” que</p><p>apareceu há 3 anos, mas que há dois</p><p>dias esse “caroço” não desaparece</p><p>mais.</p><p>No exame físico foi evidenciado um</p><p>aumento de volume na região inguinal e</p><p>do escroto direito, com dor à palpação.</p><p>Pessoal, não podemos ter dúvidas que</p><p>estamos diante de uma hérnia</p><p>inguinoescrotal encarcerada. E agora,</p><p>devemos ou não tentar reduzir essa</p><p>hérnia? Vejamos:</p><p>Quando não devemos reduzir uma</p><p>hérnia encarcerada???</p><p>• Tempo de encarceramento > 6 -</p><p>8 horas;</p><p>• Obstrução intestinal;</p><p>• Sinais de: irritação peritoneal,</p><p>hiperemia, hipotensão.</p><p>No momento, nosso paciente está em</p><p>bom estado geral e não há sinais de</p><p>estrangulamento, mas certamente eles</p><p>aparecerão caso não tomemos as</p><p>medidas necessárias. Com isso, temos</p><p>que encaminhá-lo imediatamente para</p><p>ser avaliado por um cirurgião. O</p><p>tratamento imediato certamente será o</p><p>de uma herniografia inguinal.</p><p>Logo, a alternativa correta é a B.</p><p>________________________________</p><p>41. Mulher com 68 anos de idade foi</p><p>trazida à Emergência por apresentar</p><p>quadro de febre de até 39o C, mialgias,</p><p>cefaleia, tosse seca, dispneia e piora do</p><p>estado geral há três dias, com piora nas</p><p>últimas seis horas. Ao exame encontra-</p><p>se acordada, orientada, com frequência</p><p>respiratória = 30 irpm, pressão arterial =</p><p>100x60 mmHg, frequência cardíaca =</p><p>115 bpm, oximetria digital = 86%, em ar</p><p>ambiente. Sem outras alterações ao</p><p>exame físico. A radiografia de tórax</p><p>mostra infiltrado intersticial bilateral. A</p><p>paciente foi transferida para a Unidade</p><p>de Terapia Intensiva, em quarto</p><p>privativo, e foi iniciada reposição</p><p>volêmica. Qual a conduta inicial</p><p>indicada para esta paciente?</p><p>A) Iniciar oxigenioterapia, colher três</p><p>amostras de hemocultura aeróbia e</p><p>iniciar azitromicina</p><p>B) Colher secreção respiratória para</p><p>PCR viral, prescrever oxigenioterapia e</p><p>oseltamivir.</p><p>C) Iniciar ventilação mecânica não</p><p>invasiva, colher material para exame</p><p>bacteriológico e iniciar oseltamivir.</p><p>D) Iniciar ventilação mecânica invasiva</p><p>com circuito fechado como medida de</p><p>isolamento respiratório e prescrever</p><p>zanamivir.</p><p>E) Colher material para PCR para H1N1</p><p>e prescrever medidas de suporte, já que</p><p>a paciente apresenta sintomas há mais</p><p>de 48 horas.</p><p>CCQ: Saber que a droga de escolha</p><p>para síndrome respiratória aguda</p><p>grave é o oseltamivir</p><p>Fala mentorando! Questão boa de um</p><p>concurso já antigo, onde a epidemia</p><p>que estava no momento era a de</p><p>influenzae! Mas bora lá, pois como</p><p>sabemos, todos os anos enfrentamos</p><p>muitos quadros de influenzae!</p><p>Paciente idosa chega à emergência por</p><p>apresentar, há 3 dias, quadro de febre,</p><p>mialgias, tosse seca, dispneia tendo</p><p>piorado seu estado geral nas últimas</p><p>seis horas. No exame físico encontra-se</p><p>hipotensa, com saturação de O2 = 86%</p><p>em ar ambiente. Perceba que essa</p><p>paciente com síndrome gripal</p><p>apresenta critérios para Síndrome</p><p>Respiratória Aguda Grave (SRAG),</p><p>antes da epidemia de COVID-19, um</p><p>quadro como estes era = SRAG por</p><p>influenzae, a qual, deveria ser tratada</p><p>com oseltamivir em regime hospitalar.</p><p>Isso porque na época deste concurso a</p><p>epidemia que estava vigente era a de</p><p>H1N1, portanto fique esperto com</p><p>questões deste tipo nos dias de hoje,</p><p>pois provavelmente será alguma</p><p>conduta com relação ao covid e não</p><p>influenzae.</p><p>A suplementação de oxigênio é</p><p>recomendada devido à hipoxemia</p><p>(saturação de O2 = 86% em ar</p><p>ambiente). Segundo orientações do MS</p><p>devem ser coletadas amostras de</p><p>material biológico dos pacientes</p><p>internados com SRAG visando</p><p>isolamento e identificação viral até 7</p><p>dias após o início dos sintomas, sendo a</p><p>PCR um ótimo método diagnóstico</p><p>(conduta em suspeita de SRAG para</p><p>influenzae).</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Como vimos,</p><p>nossa principal suspeita é SRAG por</p><p>influenzae, então não tem indicação de</p><p>antibiótico, nem hemocultura aeróbia.</p><p>Alternativa B - Correta Exatamente!</p><p>Como explicado acima.</p><p>Alternativa C - Incorreta Paciente</p><p>ainda não apresenta critérios para</p><p>intubação (sinal de falência de músculos</p><p>respiratórios, esforço extremo,</p><p>rebaixamento de nível de consciência),</p><p>além de que não temos indicação de</p><p>exame bacteriológico, já que nossa</p><p>principal suspeita é etiologia viral.</p><p>Alternativa D - Incorreta Como vimos,</p><p>não iniciamos de imediato a ventilação</p><p>invasiva.</p><p>Alternativa E - Incorreta Alternativa</p><p>incorreta por não incluir a utilização do</p><p>Oseltamivir, que tem como uma de suas</p><p>indicações um paciente que necessite</p><p>de internação.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>42. Homem com 64 anos de idade,</p><p>portador de hipertensão arterial e</p><p>diabetes há mais de 20 anos, procurou</p><p>Serviço de Urgência com queixas de</p><p>dispneia aos médios esforços, que</p><p>progrediu para dispneia aos pequenos</p><p>esforços, além de dispneia paroxística</p><p>noturna, surgimento de edema de</p><p>membros inferiores, mole, frio e</p><p>ascendente e também palpitações, há</p><p>cerca de dois dias. O paciente refere que</p><p>havia interrompido o uso das</p><p>medicações de uso crônico há 30 dias e</p><p>consumido álcool e comida em excesso</p><p>há três dias. Nega dor precordial. O</p><p>exame físico mostrou paciente em</p><p>regular estado geral, consciente e</p><p>orientado, levemente taquipneico em</p><p>repouso. Temperatura axilar = 36 ºC,</p><p>pressão arterial = 135x75 mmHg,</p><p>frequência cardíaca = 122 bpm,</p><p>frequência respiratória = 22 irpm,</p><p>glicemia capilar = 321 mg/dL. A ausculta</p><p>cardíaca revelou bulhas</p><p>normofonéticas, ritmo cardíaco</p><p>irregular em três tempos, com presença</p><p>de B3, com frequência cardíaca de 122</p><p>bpm, com sopro sistólico de</p><p>regurgitação tricúspide. Turgência</p><p>jugular a 45.º presente. A ausculta</p><p>pulmonar evidenciou estertores</p><p>crepitantes em bases. Nos membros</p><p>inferiores havia edema 2+/4+, mole, frio</p><p>e indolor. O paciente trazia</p><p>ecocardiograma realizado há três</p><p>meses com os seguintes achados:</p><p>aumento das câmaras cardíacas,</p><p>hipertrofia concêntrica de ventrículo</p><p>esquerdo, insuficiência tricúspide</p><p>moderada e fração de ejeção de 35%. O</p><p>eletrocardiograma da admissão atual é</p><p>reproduzido abaixo.Com base nos</p><p>dados apresentados, pode-se afirmar</p><p>que:</p><p>A) a arritmia do paciente se deve à</p><p>descompensação da insuficiência</p><p>cardíaca e não é necessário tratamento</p><p>específico.</p><p>B) a insuficiência cardíaca se deve a</p><p>uma arritmia aguda e o paciente deve</p><p>ser submetido à cardioversão elétrica</p><p>imediata.</p><p>C) o paciente deve ser submetido à</p><p>anticoagulação com heparina e</p><p>reversão química imediata da arritmia</p><p>com amiodarona.</p><p>D) o paciente deve receber digoxina</p><p>para controle da frequência cardíaca e</p><p>heparina de baixo peso molecular para</p><p>anticoagulação.</p><p>E) o paciente deve ser internado na</p><p>Unidade de Terapia Intensiva e receber</p><p>furosemida, morfina, ventilação não</p><p>invasiva e dobutamina.</p><p>CCQ: Saber que em pacientes com</p><p>insuficiência cardíaca + fibrilação</p><p>atrial, optamos por controle de</p><p>frequência com digoxina</p><p>Salve família Aristo, tudo certo?</p><p>Essa questão de Cardiologia traz um</p><p>tópico dentro do Pareto e um detalhe</p><p>que muita gente esquece envolvendo</p><p>digoxina, então preste muita atenção.</p><p>O enunciado traz um paciente</p><p>hipertenso e diabético de longa data</p><p>com sinais e sintomas de insuficiência</p><p>cardíaca congestiva. Para tornar esse</p><p>diagnóstico mais objetivo, podemos</p><p>utilizar os critérios de Framingham, em</p><p>que precisamos de 2 critérios maiores</p><p>ou 1 maior + 2 menores. Vamos</p><p>relembrar os critérios?</p><p>Esse paciente possui 4 critérios maiores</p><p>(dispneia paroxística noturna, turgência</p><p>jugular patológica, estertores</p><p>crepitantes e B3) e 3 menores (dispneia</p><p>aos esforços, edema de MMII</p><p>bilateralmente, taquicardia), se</p><p>enquadrando perfeitamente em</p><p>insuficiência cardíaca (IC).</p><p>Continuando, o paciente tem uma</p><p>doença crônica e comparece ao serviço</p><p>de urgência devido piora dos sintomas</p><p>há 2 dias, o que é esperado, já que</p><p>interrompeu uso de medicações de uso</p><p>contínuo há 30 dias, fez alto consumo</p><p>de álcool e de alimentos, que são</p><p>fatores de descompensação de IC.</p><p>Outro ponto (discutido adiante) que</p><p>descompensa a IC crônica é o</p><p>desenvolvimento de arritmias (como a</p><p>fibrilação atrial FA).</p><p>O ecocardiograma revela, entre outras</p><p>alterações, FE de 35% - FE < 40% é</p><p>considerada reduzida.</p><p>Para não nos perdermos, o que temos</p><p>até aqui? Uma IC de FE reduzida</p><p>(ICFER), estágio C de desenvolvimento</p><p>(já há sintomas), NYHA III - dispneia aos</p><p>pequenos esforços. Ele está em</p><p>exacerbação com sinais de congestão</p><p>(estertores, edema, etc.) sem sinais de</p><p>hipoperfusão - portanto, IC</p><p>descompensada perfil B - quente e</p><p>úmido.</p><p>Continuando, vamos observar o ECG.</p><p>Nele, não vemos onda P (ritmo é não</p><p>sinusal), R-R é irregular, frequência</p><p>cardíaca geralmente é > 150 bpm (FC =</p><p>300/nº de “quadradões” entre R-R) e o</p><p>QRS é estreito. Isso é típico da</p><p>FIBRILAÇÃO ATRIAL.</p><p>• Além disso, temos sinais de</p><p>sobrecarga de VD (onda R</p><p>aumentada e maior que onda S</p><p>em V1) e de sobrecarga de VE</p><p>(aumento de onda R em V5/V6).</p><p>A interpretação do ECG bate com o</p><p>exame físico, que evidenciava “ritmo</p><p>cardíaco irregular em três tempos”,</p><p>compatível com FA.</p><p>Mas e agora, qual o tratamento da FA?</p><p>Em geral:</p><p>1. Controle do ritmo ou frequência:</p><p>nem sempre forçar o paciente a</p><p>retornar a um ritmo sinusal</p><p>melhora sua qualidade de vida.</p><p>• Preferir controle de frequência</p><p>em casos de FA em pacientes</p><p>sintomáticos ou com alteração</p><p>estrutural avançada que</p><p>impossibilite retorno ao ritmo</p><p>sinusal. Medicamentos:</p><p>bloqueador de canal de cálcio</p><p>não diidropiridínicos (Diltiazem</p><p>ou Verapamil), beta-bloqueador</p><p>ou DIGOXINA se</p><p>amiassociação com ICC - aqui</p><p>está o CCQ para acertar a</p><p>questão;</p><p>• Preferir controle do ritmo se FA</p><p>se apresentar com instabilidade</p><p>hemodinâmica, se for</p><p>paroxística (<7 dias, em crise) ou</p><p>persistente sintomática.</p><p>2. Avaliar necessidade de</p><p>anticoagulação: a FA propicia a</p><p>formação de trombos, e</p><p>precisamos avaliar indicação de</p><p>anticoagulante. O score</p><p>CHA²DS²-VASC tem</p><p>importância para definir quais</p><p>pacientes se beneficiam de seu</p><p>uso. **Uma pontuação maior</p><p>ou igual</p><p>uma artrite séptica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>3. Mulher com 72 anos de idade vem</p><p>fazendo tratamento e</p><p>acompanhamento por anemia</p><p>ferropriva no Posto de Saúde há cerca</p><p>de um ano e meio. Relata que, nos</p><p>últimos quatro meses, perdeu 5 kg, está</p><p>se sentindo mais fraca e apresentou</p><p>vários episódios de diarreia, que</p><p>cessaram espontaneamente, seguidos</p><p>de vários dias sem evacuar, quadro que</p><p>vem se alternando desde então. O</p><p>diagnóstico mais provável e a</p><p>investigação adequada são,</p><p>respectivamente:</p><p>A) câncer de cólon; colonoscopia.</p><p>B) colite ulcerativa; colonoscopia.</p><p>C) câncer de reto; retossigmoidoscopia.</p><p>D) diverticulose colônica; enema opaco.</p><p>E) angiodisplasia de cólon; cintilografia.</p><p>CCQ: Suspeitar de câncer de cólon e</p><p>reto em idoso com anemia ferropriva</p><p>e diarreia</p><p>Questão que despenca nas provas de</p><p>residência, no revalida não é diferente.</p><p>O tema câncer de cólon é muito comum</p><p>nas provas, principalmente rastreio,</p><p>diagnóstico e tratamento.</p><p>No caso referido, temos uma idosa de</p><p>72 anos com história de anemia</p><p>ferropriva há mais de 1 ano, apesar de</p><p>estar em tratamento, evoluindo nos</p><p>últimos meses com perda de peso,</p><p>fraqueza, episódios de diarreia e</p><p>constipação intermitentes.</p><p>Idoso com anemia ferropriva temos que</p><p>suspeitar de hemorragia do trato</p><p>gastrointestinal. E quais são as três</p><p>principais causas:</p><p>• Diverticulose</p><p>• Câncer de cólon e reto</p><p>• Angiodisplasia</p><p>Diante dessas três hipóteses</p><p>precisamos fazer o diagnóstico</p><p>diferencial entre elas. Além disso, a</p><p>banca pergunta qual exame devemos</p><p>fazer para uma investigação adequada.</p><p>Vejam:</p><p>Alternativa A – Correta: A principal</p><p>suspeita é câncer colorretal, devendo</p><p>ser investigado com colonoscopia.</p><p>Idoso com anemia ferropriva até que se</p><p>prove o contrário está sangrando no</p><p>trato gastrointestinal, quando há</p><p>diarreia seguido de constipação é</p><p>sugestivo de uma obstrução da luz</p><p>colônica, possivelmente por uma</p><p>neoplasia.</p><p>Quando há restrição da luz, as fezes</p><p>tendem a impactar na obstrução,</p><p>gerando acúmulo de muco e daí então</p><p>vem a diarreia.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Retocolite</p><p>ulcerativa até pode ser um diagnóstico</p><p>diferencial, porém não está entre os</p><p>principais, contudo, retocolite</p><p>ulcerativa não cursa com obstrução da</p><p>luz intestinal o qual justificaria a</p><p>constipação, mas sim apenas diarreia</p><p>crônica.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não</p><p>separamos o câncer de cólon do câncer</p><p>de reto, a diferença entre ele é apenas o</p><p>sítio acometido. Contudo, diante da</p><p>possibilidade de câncer colorretal, nós</p><p>devemos solicitar colonoscopia para ver</p><p>todo o cólon. Retossigmoidoscopia</p><p>investiga até o sigmoide.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A</p><p>diverticulose é uma das opções, porém</p><p>o método padrão ouro para diagnóstico</p><p>é a colonoscopia, e não o enema opaco.</p><p>O enema até pode contrastar os</p><p>divertículos, porém não é o método</p><p>indicado. A colonoscopia pode ser</p><p>inclusive terapêutica diante de um</p><p>divertículo que está sangrando.</p><p>Alternativa E – Incorreta: A</p><p>angiodisplasia também entra como um</p><p>possível diagnóstico, porém, vale</p><p>lembrar que angiodisplasia tem</p><p>sangramento e mais nada... Não faz</p><p>diarreia, não há dor, não tem</p><p>constipação.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>A.</p><p>_________________________________</p><p>4. Homem com 35 anos de idade,</p><p>obeso, com hérnia de hiato, é</p><p>acompanhado clinicamente há cerca de</p><p>dez anos. Sua última endoscopia de</p><p>controle mostrou esofagite com</p><p>esôfago de Barret em uma extensão de</p><p>cerca de 5 cm. Foram colhidas biópsias</p><p>cujo resultado foi metaplasia de Barret.</p><p>A conduta inicial para o seguimento</p><p>deste paciente é:</p><p>A) indicação imediata de cirurgia</p><p>antirrefluxo</p><p>B) indicação imediata de esofagectomia</p><p>parcial.</p><p>C) orientações higienodietéticas e o uso</p><p>de antiácidos orais.</p><p>D) uso de inibidores de bomba de</p><p>prótons - 60 a 80 mg/dia - por três</p><p>meses.</p><p>E) erradicação de H. pylori com</p><p>amoxicilina - 2,0 g/dia e claritromicina -</p><p>1,0 g/dia.</p><p>CCQ: Metaplasia de Barret sem</p><p>displasia é inicialmente tratada IBP.</p><p>Estamos diante de um paciente com</p><p>diagóstico de Esôfago de Barret com</p><p>cerca de 5cm visualizado na endoscopia</p><p>digestiva alta. Note que a questão não</p><p>cita a presença de displasia associada a</p><p>metaplasia de Barret. Lembre-se da</p><p>classificação das metaplasias e suas</p><p>respectivas condutas:</p><p>1. Só metaplasia: repetir EDA em 1</p><p>ano e depois bianualmente.</p><p>2. Metaplasia associada à displasia</p><p>de baixo grau: repetir EDA em 6</p><p>meses e depois anualmente.</p><p>3. Metaplasia associada à displasia</p><p>de alto grau: esofagectomia</p><p>distal.</p><p>4. Câncer de esôfago: tratamento</p><p>de acordo com estadiamento</p><p>Analisando as alternativas, sabemos</p><p>que a esofagectomia não é indicada</p><p>para este caso, visto que estamos</p><p>diante de um quadro de metaplasia sem</p><p>displasia [(logo, alternativa B -</p><p>incorreta)].</p><p>Da mesma forma, a cirurgia antirrefluxo</p><p>possui indicações específicas entre elas</p><p>casos refratários ao tratamento clínico</p><p>com DRGE confirmada por pHmetria ou</p><p>como alternativa a terapia com IBP.</p><p>Portanto, não temos indicação de</p><p>abordagem cirúrgica no momento</p><p>[(logo, alternativa A - incorreta)].</p><p>Orientações higienodietéticas e o uso</p><p>de antiácidos orais são orientações</p><p>relacionadas aos sintomas de DRGE,</p><p>não sendo a conduta inicial para</p><p>abordarmos a metaplasia de Barret</p><p>[(alternativa C - incorreta)].</p><p>Além disso, a presença de DRGE e</p><p>metaplasia não é uma indicação de</p><p>erradicação de H. pylori [(alternativa e</p><p>- incorreta)].</p><p>Por fim, temos a [(alternativa D -</p><p>correta)], uma vez que indica</p><p>corretamente a abordagem inicial com</p><p>o uso de IBP para metaplasia de Barret</p><p>sem disfagia.</p><p>Gabarito: letra D!</p><p>_________________________________</p><p>5. Mulher com 28 anos de idade foi</p><p>internada por apresentar quadro de</p><p>confusão mental progressiva e</p><p>rebaixamento do nível de consciência.</p><p>Os familiares informam que ela</p><p>apresenta perda progressiva de peso</p><p>(de aproximadamente 10 kg), além de</p><p>episódios febris (até 38,5 ºC) nos</p><p>últimos três meses. Negam a ocorrência</p><p>de tosse ou diarreia; relatam o uso de</p><p>drogas endovenosas há pelo menos</p><p>cinco anos, além do consumo excessivo</p><p>de álcool e cigarros. Há uma semana</p><p>iniciou quadro de confusão mental e há</p><p>dois dias evolui com rebaixamento do</p><p>nível de consciência, apresentando-se</p><p>torporosa no momento da internação.</p><p>Foi iniciada, empiricamente,</p><p>ceftriaxona. Os exames iniciais</p><p>demonstraram leucócitos = 3.600/mm3,</p><p>com 70% de neutrófilos, 20% de</p><p>linfócitos e 10% de eosinófilos; anemia</p><p>hipocrômica, microcítica, com</p><p>anisocitose; plaquetas normais; VHS =</p><p>102 mm na primeira hora; ureia,</p><p>creatinina, TGO/AST, TGP/ALT e</p><p>eletrólitos normais; a tomografia</p><p>computadorizada de crânio foi normal.</p><p>Após a realização dos exames e 48h de</p><p>antibioticoterapia, a paciente</p><p>apresentava-se sem melhora do quadro</p><p>clínico. Foi então realizada uma punção</p><p>lombar diagnóstica evidenciando: 220</p><p>leucócitos/mm3, com 70% de linfócitos,</p><p>níveis elevados de proteína e baixos</p><p>níveis de glicose. O diagnóstico da</p><p>paciente é:</p><p>A) meningite viral.</p><p>B) encefalite viral.</p><p>C) meningite tuberculosa.</p><p>D) meningite estafilocócica.</p><p>E) meningite por bacilo gram-negativo.</p><p>CCQ: Saber que LCR com presença de</p><p>linfócitos + níveis elevados de</p><p>proteínas e baixos níveis de glicose</p><p>sugere meningite tuberculosa</p><p>Fala pessoal! Questão boa com tema</p><p>muito frequente, então bora lá</p><p>entender o que a banca queria de nós.</p><p>A meningite ou meningoencefalite é</p><p>uma doença infecciosa muito</p><p>prevalente tanto na sua prática como na</p><p>sua prova, e o principal aspecto cobrado</p><p>nas suas provas é o diagnóstico</p><p>diferencial por meio do liquor,</p><p>basicamente podemos dividir em 3</p><p>aspectos principais:</p><p>• Meningite Bacteriana: proteínas</p><p>muito elevadas, glicose muito</p><p>baixa, predomínio de</p><p>polimorfonucleares, aspecto</p><p>pode vir purulento.</p><p>• Meningite</p><p>a 2 indica</p><p>anticoagulação para o resto da</p><p>vida do paciente. Ela pode ser</p><p>realizada com uma associação</p><p>entre Enoxaparina e Warfarina,</p><p>suspendendo a heparina após a</p><p>normalização do RNI, ou com</p><p>monoterapia com os novos</p><p>anticoagulantes orais.</p><p>• Esse paciente possui: 1 ponto de</p><p>insuficiência cardíaca (C), 1</p><p>ponto de HAS (H) e 1 ponto</p><p>devido DM (D). Assim, ganha 3</p><p>pontos pelo CHADS-VASC e a</p><p>anticoagulação está indicada.</p><p>Agora vamos as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A FA pode ser</p><p>causa ou consequência dessa</p><p>descompensação. Precisa de</p><p>tratamento específico.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Cardioversão</p><p>elétrica é opção em FA com</p><p>instabilidade hemodinâmica, no 1º</p><p>episódio de FA ou em situações em que</p><p>não consigamos controlar a FC. Não é a</p><p>melhor opção nesse paciente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Assim como</p><p>conversamos na alternativa B, em um</p><p>paciente com IC crônica, com</p><p>alterações estruturais, devemos</p><p>primeiramente tentar controlar a</p><p>frequência - a amiodarona é opção</p><p>quando queremos retornar ao ritmo</p><p>sinusal.</p><p>Alternativa D - Correta: Como vimos,</p><p>controle de FC com digoxina é a opção</p><p>em FA + IC. Além disso, ele precisa</p><p>receber anticoagulação.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Furosemida</p><p>até pode ser utilizada em IC exacebrada</p><p>perfil B, mas dobutamina é utilizada em</p><p>caso de perfil frio e úmido (perfil C) e</p><p>não está indicada aqui. Morfina e</p><p>ventilação não invasiva também não</p><p>são necessários nesse momento.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra D</p><p>________________________________</p><p>43. Homem com 42 anos de idade,</p><p>vendedor ambulante, foi admitido para</p><p>emprego formal no comércio e procura</p><p>a Unidade Básica de Saúde para saber</p><p>como deve proceder com relação a uma</p><p>alteração identificada nos exames</p><p>admissionais, reproduzida na</p><p>radiografia de tórax mostrada acima. À</p><p>anamnese, refere tosse seca há mais de</p><p>seis meses, constante, diária, nunca</p><p>tratada. Nega febre, dispneia,</p><p>hemoptise e perda de peso. Não</p><p>apresenta outras queixas. É portador de</p><p>hipertensão arterial, controlada com</p><p>hidroclorotiazida. É fumante, com uma</p><p>carga tabágica de 20 maços/ano, há 22</p><p>anos. Apresenta como antecedente</p><p>familiar um irmão com tuberculose</p><p>pulmonar tratada no ano passado.</p><p>Nega outros antecedentes patológicos</p><p>ou história familiar de doença. O exame</p><p>físico é normal. A conduta mais</p><p>apropriada para este paciente, neste</p><p>momento, é:</p><p>A) iniciar tratamento de prova para</p><p>tuberculose.</p><p>B) solicitar tomografia</p><p>computadorizada.</p><p>C) cessar tabagismo e observar.</p><p>D) repetir radiografia do tórax.</p><p>E) iniciar tratamento com macrolídeo.</p><p>CCQ: Saber que paciente com carga</p><p>tabágica importante + tosse seca +</p><p>nódulo pulmonar a radiografia requer</p><p>investigação com tomografia</p><p>computadorizada</p><p>Fala pessoal! Questão boa, pois nódulos</p><p>pulmonares são frequentes na sua</p><p>prática clínica, além deste assunto</p><p>adorar cair na prova, então bora lá!</p><p>Quando falamos de nódulo pulmonar</p><p>devemos nos lembrar que muitas vezes</p><p>podem ser assintomáticos, o que não</p><p>ocorre com o nosso paciente aqui, pois</p><p>ele apresenta tosse. Mas mesmo</p><p>assintomáticos, o objetivo na</p><p>investigação será o mesmo:</p><p>• Diagnosticar ou descartar</p><p>malignidade</p><p>Para isso, temos alguns critérios que</p><p>sugerem malignidade e investigação do</p><p>nódulo:</p><p>• Idade >50 anos</p><p>• História de tabagismo</p><p>• Doença maligna prévia</p><p>• Histórico de exposição ao</p><p>asbesto</p><p>• Tamanho > 0,8 - 2 cm (depende</p><p>da referência)</p><p>• Irregularidade</p><p>• Não sólido</p><p>• Não calcificado ou calcificação</p><p>excêntrica</p><p>• Duplicou de tamanho em pouco</p><p>tempo (até 1 ano)</p><p>Note que falamos de muitos sinais</p><p>radiográficos e estes devem ser</p><p>identificados por uma tomografia.</p><p>Portanto, nosso paciente que tem</p><p>fatores de risco e se apresenta com</p><p>sintoma de tosse + presença de nódulo</p><p>pulmonar, devemos verificar se há</p><p>presença de outras características por</p><p>meio de uma tomografia</p><p>computadorizada.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Nosso</p><p>paciente apresenta tosse há 1 ano, em</p><p>casos de tuberculose teria outros</p><p>sintomas agregados (febre vespertina,</p><p>perda de peso, sudorese noturna) além</p><p>de que a imagem mais clássica da</p><p>tuberculose pulmonar na radiografia</p><p>seria a cavitação.</p><p>Alternativa B - Correta Exatamente!</p><p>Nossa principal suspeita aqui é</p><p>malignidade, portanto devemos</p><p>verificar o padrão do nódulo por meio</p><p>de uma TC.</p><p>Alternativa C - Incorreta Com certeza</p><p>devemos orientar a cessação do</p><p>tabagismo, mas não podemos somente</p><p>observar o paciente.</p><p>Alternativa D - Incorreta A radiografia</p><p>já nos apontou um nódulo pulmonar,</p><p>agora devemos aprofundar nossa</p><p>investigação com um exame que nos</p><p>aporte dados a mais.</p><p>Alternativa E - Incorreta Não temos</p><p>um quadro compatível com pneumonia,</p><p>por isso afastamos muito esta hipótese,</p><p>por isso seria incorreto indicar</p><p>tratamento com macrolídeos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>_________________________________</p><p>44. Menina com 3 anos de idade é</p><p>admitida na Enfermaria de um hospital</p><p>regional, no interior do estado, por</p><p>apresentar, há três semanas, dor na</p><p>região lateral do pescoço, com</p><p>adenomegalia cervical bilateral, febre e</p><p>queda do estado geral. Fez uso de anti-</p><p>inflamatório não hormonal, tendo</p><p>diminuído o desconforto, mas</p><p>persistido a adenomegalia à direita, a</p><p>febrícula e a inapetência. O exame físico</p><p>mostra cadeias ganglionares cervicais</p><p>bilaterialmente palpáveis, sendo que, à</p><p>direita, palpa-se massa de consistência</p><p>elástica, com aproximadamente 1 cm</p><p>em seu maior diâmetro, levemente</p><p>dolorosa. Há, neste mesmo lado,</p><p>nodulação em região supraclavicular,</p><p>indolor, com aproximadamente 0,8 cm</p><p>em seu maior diâmetro. Hemograma:</p><p>hemácias = 3.5x1012/mm3 ;</p><p>hematócrito = 32%; hemoglobina =</p><p>10,4g%; leucograma:16.000</p><p>leucócitos/mm3 - linfócitos: 65%;</p><p>linfócitos atípicos: 32%. A principal</p><p>justificativa de transferência dessa</p><p>criança para avaliação imediata com</p><p>especialista é:</p><p>A) febre e adenomegalia persistentes.</p><p>B) presença de nodulação</p><p>supraclavicular.</p><p>C) dor à palpação de cadeia ganglionar</p><p>cervical.</p><p>D) hemograma com atipia linfocitária</p><p>exagerada.</p><p>E) consistência elástica de gânglio</p><p>cervical à palpação.</p><p>CCQ: Saber que adenomegalia</p><p>supraclavicular é um sinal grave,</p><p>podendo ser um sinal de câncer</p><p>Fala, pessoal! Temos aqui uma questão</p><p>com um caso clínico em que o avaliador</p><p>quer saber se você sabe identificar</p><p>critérios de gravidade na investigação</p><p>de um paciente com uma adenopatia a</p><p>esclarecer. Não é necessário que você</p><p>acerte o diagnóstico, mas apenas saiba</p><p>identificar qual o motivo de maior</p><p>necessidade de investigação da doença</p><p>apresentada.</p><p>Quanto às adenomegalias, sabemos</p><p>que linfonodos cervicais e inguinais com</p><p>até 2cm, são normais em crianças até 12</p><p>anos de idade. Na faixa pediátrica, a</p><p>maioria das tumorações nessa região</p><p>decorre de processo infeccioso e tende</p><p>a se resolver espontaneamente.</p><p>As principais indicações para</p><p>investigação maior com biópsia, são:</p><p>1. diâmetro superior a 3cm;</p><p>2. linfonodos em recém-nascidos;</p><p>3. linfonodos em região</p><p>supraclavicular e cervical</p><p>inferior;</p><p>4. linfonodos que não regridem</p><p>após o tratamento ou que</p><p>continuam a crescer.</p><p>Alternativa A - Incorreta: A febre e a</p><p>adenomegalia persistentes também</p><p>são características importantes para a</p><p>avaliação deste caso. Porém, o tempo</p><p>de persistência apresentado neste caso</p><p>(3 semanas) ainda não é tão</p><p>preocupante quanto à localização</p><p>supraclavicular, podendo sugerir uma</p><p>doença grave como tumor abdominal,</p><p>necessitando a avaliação de um</p><p>especialista.</p><p>Alternativa B - Correta: Os linfomas de</p><p>Hodgkin geralmente cursam com</p><p>acometimento de linfonodos cervicais e</p><p>supraclaviculares, com um padrão de</p><p>disseminação descendente. Pense</p><p>sempre nessa patologia em pacientes</p><p>com linfonodos cervicais múltiplos e</p><p>endurecidos formando conglomerados.</p><p>Alternativa C - Incorreta:</p><p>A dor à</p><p>palpação de cadeia ganglionar cervical</p><p>fala mais a favor de processos</p><p>infecciosos e inflamatórios agudos e</p><p>não etiologias mais malignas como</p><p>câncer.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Um</p><p>hemograma com atipia linfocitária</p><p>exagerada pode falar a favor de</p><p>infecções como a pelo vírus epstein-</p><p>barr, causador da mononucleose,</p><p>doença de caráter mais agudo e</p><p>benigno.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A</p><p>consistência elástica de gânglio cervical</p><p>à palpação fala a favor de processos</p><p>benignos, etiologias malignas</p><p>normalmente cursam com linfonodos</p><p>indolores, endurecidos e aderidos a</p><p>planos profundos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>45. Mulher com 25 anos de idade</p><p>procura Unidade Básica de Saúde para</p><p>exame ginecológico de rotina. Relata</p><p>ter iniciado atividade sexual há seis anos</p><p>e já ter tido quatro parceiros sexuais.</p><p>Não há alterações visíveis ao exame</p><p>especular. Nessa oportunidade a</p><p>paciente é submetida pela primeira vez</p><p>ao exame de colpocitologia oncológica.</p><p>Após um mês, retorna com resultado da</p><p>citologia, que revela a presença de lesão</p><p>intraepitelial escamosa de baixo grau</p><p>(HPV e NIC I). A conduta mais</p><p>apropriada para essa paciente é a</p><p>realização de:</p><p>A) conização cervical.</p><p>B) colpocitologia oncológica em seis</p><p>meses.</p><p>C) colposcopia e biópsia dirigida.</p><p>D) eletrocauterização do colo uterino.</p><p>E) pesquisa de HPV por método de</p><p>biologia molecular.</p><p>CCQ: Pacientes com achado de LSIL</p><p>(NIC 1) devem repetir a colpocitologia</p><p>em 6 meses</p><p>Mentorando, questão clássica sobre</p><p>achados citopatológicos do colo</p><p>uterino. Tema que temos que dominar</p><p>para as provas.</p><p>Na questão, temos uma paciente com</p><p>achado de NIC1 (atual LSIL) à</p><p>colpocitologia. Vamos aproveitar para</p><p>revisar algumas lesões citopatológicas.</p><p>• LSIL: é a lesão de baixo grau.</p><p>Caso a paciente tenha <25 anos,</p><p>repetimos em 3 anos. Em</p><p>pacientes >= 25 anos, repetir em</p><p>6 meses.</p><p>• ASC-US: células escamosas</p><p>atípicas de significado</p><p>indeterminado possivelmente</p><p>não neoplásica. Vamos repetir</p><p>conforme a idade: (1) < 25 anos:</p><p>repetir em 3 anos; (2) 25 a 29</p><p>anos: repetir em 12 meses; (3)</p><p>>= 30 anos: repetir em 6 meses.</p><p>• ASC-H: células escamosas</p><p>atípicas de significado</p><p>indeterminado não se podendo</p><p>afastar lesão de alto grau.</p><p>Encaminhar para colposcopia.</p><p>• ACG: células glandulares</p><p>atípicas de significado</p><p>indeterminado. Encaminhar</p><p>para colposcopia.</p><p>• AOI: Células atípicas de origem</p><p>indefinida. Encaminhar para</p><p>colposcopia.</p><p>• HSIL: lesão de alto grau.</p><p>Encaminhar para colposcopia.</p><p>• Carcinoma invasor: Encaminhar</p><p>para colposcopia.</p><p>• Adenocarcinoma in situ:</p><p>Encaminhar para colposcopia.</p><p>Alternativas A, C, D e E – Incorreta:</p><p>Como vimos, não é esta a conduta.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>46. Homem com 50 anos de idade foi</p><p>atendido no ambulatório de Clínica</p><p>Médica por apresentar dor epigástrica</p><p>em queimação pós-prandial, de</p><p>moderada intensidade. Informa que,</p><p>ocasionalmente, acorda durante a noite</p><p>por causa da dor. O exame físico é sem</p><p>alterações. O paciente foi submetido a</p><p>endoscopia digestiva alta que revelou</p><p>pequena ulceração em bulbo duodenal,</p><p>de aspecto endoscópico benigno e teste</p><p>da urease positivo. A conduta</p><p>terapêutica indicada para o paciente é</p><p>prescrever:</p><p>A) pantoprazol, tetraciclina e</p><p>metronidazol por 14 dias.</p><p>B) lansoprazol, metronidazol e</p><p>amoxicilina por 21 dias.</p><p>C) rabeprazol por 21 dias, tetraciclina e</p><p>levofloxacina por 15 dias.</p><p>D) omeprazol por 28 dias e</p><p>claritromicina e amoxicilina por 14 dias.</p><p>E) esomeprazol, levofloxacina e</p><p>claritromicina por 14 dias.</p><p>CCQ: Saber que o tratamento da H.</p><p>pylori é omeprazol por 28 dias e</p><p>claritromicina + amoxicilina por 14</p><p>dias</p><p>Salve pessoal! Essa questão aborda</p><p>uma paciente com úlcera duodenal e</p><p>teste da urease positivo, sendo</p><p>importante saber principalmente três</p><p>aspectos para que a gente acerte a</p><p>questão:</p><p>• Diagnóstico da infecção por H.</p><p>pylori;</p><p>• Tratamento da úlcera duodenal</p><p>com H. pylori;</p><p>• Tratamento da H. pylori.</p><p>O diagnóstico da infecção por H. pylori</p><p>pode ser feito de forma não invasiva,</p><p>tendo o teste respiratório com</p><p>carbono 13 como padrão-ouro, ou de</p><p>forma invasiva com exames</p><p>endoscópicos.</p><p>A biópsia é o padrão-ouro, mas o teste</p><p>da urease tem mais de 90% de</p><p>especificidade e alta sensibilidade para</p><p>o diagnóstico da infecção por H. pylori.</p><p>A úlcera duodenal que a paciente</p><p>apresenta na questão é uma das</p><p>complicações da H. pylori (que foi</p><p>evidenciada pelo teste da urease). O</p><p>tratamento da úlcera, quando na</p><p>presença da H. pylori, é o mesmo</p><p>tratamento da infecção.</p><p>Caso a H. pylori não fosse presente,</p><p>deveríamos investigar o uso de AINEs</p><p>ou a presença de gastrinoma</p><p>hipersecretor (Síndrome de Zollinger-</p><p>Ellison).</p><p>Tendo diagnosticado a nossa paciente,</p><p>vamos para o tratamento. Que, em</p><p>pacientes sem história de uso prévio de</p><p>antibióticos, consiste em uma tríade:</p><p>• Inibidor de bomba de prótons</p><p>(IBP) por 14 a 28 dias</p><p>(Omeprazol);</p><p>• Claritromicina por 14 dias;</p><p>• Amoxicilina por 14 dias.</p><p>Vale lembrar que em suspeita de</p><p>resistência, existem outros esquemas</p><p>de antibioticoterapia para a H. pylori.</p><p>Sabendo disso, as alternativas A, B, C</p><p>e E estão incorretas, pois não se</p><p>adéquam ao tratamento da úlcera</p><p>duodenal com H. pylori, seja pela</p><p>duração ou pelo antibiótico.</p><p>Sendo o gabarito oficial da questão é</p><p>a letra D, pois é a única com o</p><p>esquema adequado!</p><p>________________________________</p><p>47. Homem com 25 anos de idade</p><p>chega ao Setor de Emergência de</p><p>hospital público de grande porte após</p><p>ser atingido pela explosão de um rojão</p><p>de fogos de artifício, 40 minutos atrás.</p><p>Apresenta-se consciente, porém</p><p>agitado, taquipneico, com fácies de dor</p><p>forte, frequência cardíaca = 130 bpm e</p><p>pressão arterial = 130x90 mmHg.</p><p>Saturação de O2 (pelo oxímetro de</p><p>pulso) = 95%. Ao exame inicial observa-</p><p>se vasta queimadura de terceiro grau na</p><p>mão, no membro superior esquerdo e</p><p>na região anterior do tronco,</p><p>queimadura de segundo grau no</p><p>membro inferior esquerdo e na cabeça</p><p>(couro cabeludo). O médico de plantão</p><p>resolveu transferir o paciente para um</p><p>centro especializado no tratamento de</p><p>queimados. A intervenção mais</p><p>importante a ser realizada, antes da</p><p>transferência a fim de minimizar os</p><p>riscos de agravamento do quadro, é:</p><p>A) garantir permeabilidade de via aérea</p><p>com entubação orotraqueal.</p><p>B) administrar antibioticoterapia</p><p>profilática e vacina antitetânica.</p><p>C) envolver as áreas lesionadas com</p><p>compressas úmidas.</p><p>D) puncionar acesso venoso e iniciar</p><p>reposição volêmica.</p><p>E) prescrever analgésicos fortes e</p><p>ansiolíticos.</p><p>CCQ: Saber que a medida mais</p><p>importante no grande queimado é a</p><p>reposição volêmica adequada</p><p>Questão muito boa para lembrar qual a</p><p>medida primordial no grande</p><p>queimado. A banca do Revalida</p><p>apresenta um caso de um homem</p><p>jovem, 25 anos, com queimaduras</p><p>extensas por fogos de artifício em</p><p>cabeça, braço e perna esquerda, com</p><p>agitação, taquipneia, frequência</p><p>cardíaca elevada e pressão arterial por</p><p>hora normal. A banca fala em</p><p>queimaduras de 2.º grau em membro</p><p>inferior esquerdo (18%) e no couro</p><p>cabeludo (4,5%) e 3.º grau em membro</p><p>superior esquerdo (9%) e na região</p><p>anterior do tronco (18%). Isso</p><p>totalizaria, pela regra de Wallace (regra</p><p>dos 9), uma superfície corporal</p><p>queimada de 49,5%, sendo esse valor</p><p>importante para calcularmos a</p><p>hidratação venosa desse paciente pela</p><p>Fórmula de Parkland Modificada</p><p>(segundo ATLS 10.ª ed., 2018) – 2 ml X</p><p>%SCQ X peso em kg.</p><p>Agora, nessa questão precisávamos</p><p>saber disso tudo acima? Fazer esses</p><p>cálculos? NÃO. Foi explicado apenas</p><p>para relembrarmos os CCQs</p><p>importantes do grande queimado. A</p><p>banca só quer saber qual a medida mais</p><p>importante para esse paciente, o qual</p><p>será transferido para um centro de</p><p>tratamento</p><p>de queimados.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Não há</p><p>necessidade de intubação orotraqueal</p><p>nesse paciente, por hora. Paciente com</p><p>saturação 95% em ar ambiente, sem</p><p>queimaduras de boca, face ou sinais de</p><p>queimaduras em vias aéreas que</p><p>justificassem a necessidade de</p><p>intubação.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Sim, são</p><p>medidas importantes para um paciente</p><p>grande queimado: lavar a queimadura</p><p>extensamente, aplicar sulfadiazina de</p><p>prata tópica e vacina antitetânica. Mas</p><p>são as medidas mais importantes nesse</p><p>momento?? Não… A reposição</p><p>volêmica sim.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não é</p><p>recomendado envolver as queimaduras</p><p>com compressas úmidas. A</p><p>recomendação é lavar</p><p>abundantemente as feridas com soro</p><p>fisiológico, aplicar antibióticos tópicos e</p><p>cobrir com curativos secos, a fim de</p><p>evitar perda de calor. É uma medida</p><p>importante, mas não é a mais</p><p>importante a ser realizada nesse</p><p>momento.</p><p>Alternativa D – Correta: No</p><p>atendimento do grande queimado, a</p><p>medida mais importante a ser feita é</p><p>reposição volêmica segundo a regra de</p><p>Parkland Modificada, devendo ser</p><p>guiada e reavaliada constantemente</p><p>pelo débito urinário > 0,5ml/kg/h (para</p><p>adultos).</p><p>Alternativa E – Incorreta: No grande</p><p>queimado, retirar a dor do paciente é</p><p>uma medida importante, mas não é a</p><p>mais importante. Contudo, não</p><p>fazemos ansiolíticos nesses pacientes, a</p><p>ansiedade é decorrente da dor intensa e</p><p>possivelmente um sinal precoce de</p><p>choque hipovolêmico.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a</p><p>letra D.</p><p>_________________________________</p><p>48. Paciente secundigesta, na 35.ª</p><p>semana de gestação, relata diminuição</p><p>de movimentos fetais. Informa ainda</p><p>gestação anterior interrompida na 36.a</p><p>semana por pré-eclâmpsia. Ao exame,</p><p>PA = 120 x 80 mmHg, altura uterina = 30</p><p>cm, batimentos cardiofetais =140 bpm,</p><p>dinâmica uterina ausente. Feto em</p><p>apresentação cefálica, com dorso à</p><p>esquerda. Toque vaginal = colo longo,</p><p>posterior e impérvio. Diante destes</p><p>dados, a conduta a ser tomada é:</p><p>A) realizar acompanhamento</p><p>ecográfico quinzenal para avaliação do</p><p>volume do líquido amniótico e</p><p>maturidade placentária.</p><p>B) indicar cesárea imediatamente,</p><p>justificada pelo quadro de restrição de</p><p>crescimento intrauterino e sofrimento</p><p>fetal crônico.</p><p>C) realizar avaliações clínico-obstétricas</p><p>semanais, com medida da altura uterina</p><p>e circunferência abdominal, pressão</p><p>arterial e ganho de peso maternos,</p><p>além de registro diário dos movimentos</p><p>fetais</p><p>D) realizar seguimento mensal com</p><p>medidas seriadas da altura uterina,</p><p>desde que ausentes alterações</p><p>maternas como hipertensão arterial e</p><p>diabetes.</p><p>E) aguardar até a 38.ª semana para</p><p>avaliação das condições obstétricas;</p><p>realizar a indução do parto, se</p><p>favoráveis; ou indicar cesárea, se</p><p>desfavoráveis</p><p>CCQ: Acompanhamento pré-natal, no</p><p>termo, deve ser semanal</p><p>Olá, aluno Aristo! Tudo bem por aí?</p><p>Vamos falar um pouco sobre</p><p>acompanhamento pré-natal, assunto</p><p>quente na prova de gineco-obstetrícia.</p><p>Saiba que, a partir de orientações da</p><p>Febrasgo, o acompanhamento no pré-</p><p>natal tem que ser semanal quando a</p><p>paciente entra na 36.ª semana de</p><p>gestação. Mais atenção ainda para essa</p><p>paciente, pois já tem uma perda na</p><p>semana 36 por pré-eclâmpsia, então</p><p>temos que ficar ainda mais de olho</p><p>nessa reta final de gestação. O que nos</p><p>deixa mais tranquilos são os dados da</p><p>consulta, com PA em bons níveis, altura</p><p>uterina um pouco abaixo do esperado</p><p>para a IG, mas bons batimentos fetais,</p><p>etc.</p><p>Como bônus, saiba que algumas</p><p>literaturas defendem que, na 36.ª</p><p>semana, é fundamental colhermos o</p><p>swab de vagina e ânus para a pesquisa</p><p>de estreptococos do grupo B. Caso dê</p><p>resultado positivo, é orientado que se</p><p>faça antibioticoprofilaxia caso o parto</p><p>seja por via vaginal.</p><p>Depois dessas informações, vamos</p><p>correr pras alternativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como a</p><p>paciente não apresenta nenhum sinal</p><p>que preocupe sobre o andamento da</p><p>gestação, não é necessário esse</p><p>acompanhamento por exame de</p><p>imagem.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Concordo</p><p>que a altura uterina está abaixo do</p><p>esperado e que devemos ficar esperto</p><p>em caso de uma restrição do</p><p>crescimento fetal, mas devemos</p><p>lembrar que a altura uterina é só um</p><p>indicador disso, pois não é a medida</p><p>exata do tamanho do feto nem de seu</p><p>peso - ao avaliarmos a altura uterina,</p><p>estamos medindo o feto juntamente</p><p>com a bolsa amniótica, seus líquidos e</p><p>elementos, como a placenta.</p><p>Alternativa C - Correta: Não podemos</p><p>nos prender em informações isoladas.</p><p>Estamos com uma paciente que não</p><p>está com uma intercorrência</p><p>preocupante até o momento, os</p><p>batimentos fetais estão adequados e os</p><p>níveis de PA da mãe também são</p><p>satisfatórios. Por isso, essa alternativa é</p><p>a correta.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Essa</p><p>alternativa não poderia ser a correta por</p><p>propor um acompanhamento mensal.</p><p>Cuidado! Nessa fase final de gestação,</p><p>se você decidir espaçar muito as</p><p>consultas, é perigoso o neném nascer</p><p>antes da próxima consulta!</p><p>Alternativa E - Incorreta: Se pedir para</p><p>a paciente retornar com 38 semanas,</p><p>teremos dado um intervalo de 15 dias</p><p>entre as consultas, e isso já não é legal.</p><p>Ainda, indução de parto e cesárea têm</p><p>suas indicações muito bem definidas e</p><p>que não foram contempladas na</p><p>questão.</p><p>Por isso, a resposta certa é a letra C</p><p>_________________________________</p><p>49. Homem com 76 anos de idade,</p><p>portador de insuficiência cardíaca</p><p>terminal e doença coronariana, é</p><p>acompanhado pelo médico da Equipe</p><p>de Saúde da Família há dois anos, com</p><p>visitas domiciliares periódicas. Durante</p><p>o seu turno de trabalho na Unidade de</p><p>Saúde da Família, os familiares</p><p>procuram o médico e informam que o</p><p>paciente acabara de falecer em seu</p><p>domicílio. O procedimento em relação à</p><p>emissão da declaração de óbito e ao</p><p>preenchimento da causa básica do</p><p>óbito é:</p><p>A) preencher a declaração e entregar</p><p>aos familiares, identificando</p><p>insuficiência cardíaca congestiva como</p><p>causa básica do óbito.</p><p>B) acionar o IML (Instituto Médico</p><p>Legal); o legista deverá declarar</p><p>“falência múltipla de órgãos” como</p><p>causa básica do óbito.</p><p>C) acionar o SVO (Sistema de</p><p>Verificação de Óbitos); o legista deverá</p><p>declarar insuficiência coronariana como</p><p>causa básica do óbito.</p><p>D) acompanhar os familiares ao</p><p>domicílio e constatar o óbito o mais</p><p>breve possível; declarar miocardiopatia</p><p>isquêmica como causa básica do óbito.</p><p>E) acionar o SAMU (Serviço de</p><p>Atendimento Móvel de Urgência); o</p><p>médico deverá declarar “causa da</p><p>morte desconhecida” como causa</p><p>básica do óbito.</p><p>CCQ: Saber que o médico da ESF pode</p><p>preencher a Declaração de Óbito em</p><p>casos de morte natural com</p><p>comeorbidade assistida pelo médico e</p><p>que a causa do óbito nesses casos</p><p>deve ser sempre a causa base</p><p>Questões sobre Declaração de Óbito</p><p>(DO) costumam cair muito nas provas e</p><p>alguns detalhes confundem os</p><p>candidatos, mentorando. Então, vamos</p><p>revisar! A Declaração de Óbito é um</p><p>documento de preenchimento</p><p>obrigatório e exclusivo do médico,</p><p>salvo algumas exceções. De maneira</p><p>geral, ela é composta por 3 vias. De</p><p>maneira geral, em cada situação de</p><p>morte um médico ou instituição será</p><p>responsável pelo seu preenchimento.</p><p>Quem deve preencher:</p><p>1. Causa natural:</p><p>• Óbito com assistência = médico</p><p>assistente sempre que possível.</p><p>Na sua ausência, médico</p><p>substituto ou plantonista;</p><p>• Óbito sem assistência = Serviço</p><p>de Verificação de Óbitos (SVO).</p><p>Na ausência de SVO, médico do</p><p>serviço público mais próximo.</p><p>2. Causa externa: Instituto Médico</p><p>Legal (IML). Localidades sem</p><p>IML, médico pré-determinado</p><p>por autoridade judicial.</p><p>Como deve ser preenchida a DO:</p><p>A DO é composta por várias partes,</p><p>sendo a mais importante a que</p><p>especifica a causa da morte e esta</p><p>dividida em duas partes.</p><p>A Parte I é onde preenchemos a Causa</p><p>básica e Causa imediata do óbito.</p><p>• Causa Básica: aquela que</p><p>desencadeou os eventos</p><p>que</p><p>levaram a piora do quadro do</p><p>paciente e que precipitou a</p><p>causa imediata.</p><p>• Causa imediata: aquela que</p><p>objetivamente levou o paciente</p><p>a óbito. Para o preenchimento</p><p>da primeira parte existem 4</p><p>espaços, sendo o mais inferior</p><p>obrigatoriamente a causa base e</p><p>o superior a causa imediata, os</p><p>do meio ocupam causas</p><p>intermediárias. Veja o exemplo</p><p>abaixo:</p><p>Fonte: Ministério da Saúde</p><p>Observação: Parada Cardiorespiratória</p><p>e Falência múltipla de órgãos NUNCA</p><p>SÃO CAUSA DE ÓBITO.</p><p>A Parte II é preenchida com as doenças</p><p>do paciente que possam ter</p><p>colaborado para o pior desfecho,no</p><p>caso do exemplo acima a Neoplasia de</p><p>próstata.</p><p>Agora que revisamos, vamos avaliar o</p><p>caso da nossa questão: No caso do</p><p>paciente da questão, a causa básica foi</p><p>miocardiopatia isquêmica, que levou à</p><p>insuficiência cardíaca congestiva, que</p><p>provavelmente levou ao edema agudo</p><p>de pulmão e à insuficiência</p><p>respiratória aguda. Como ele tinha um</p><p>médico assistente e a causa do óbito foi</p><p>natural, este deve constatar o óbito e</p><p>preencher a DO.</p><p>Agora, vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos,</p><p>a causa base da morte foi a</p><p>miocardiopatia isquêmica. Esta, por sua</p><p>vez, levou a ICC.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não há</p><p>necessidade de chamar o IML, pois a</p><p>causa da morte não foi externa, mas sim</p><p>uma morte natural de um paciente</p><p>assistido.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O paciente da</p><p>questão possuía assistência médica e</p><p>como a causa da morte foi natural quem</p><p>deve declarar o óbito é o médico que o</p><p>acompanhava, no caso o médico da</p><p>ESF.</p><p>Alternativa D - Correta: Isso mesmo,</p><p>mentorando! Como discutimos, a causa</p><p>base da morte foi miocardiopatia</p><p>isquêmica e como foi uma morte</p><p>natural de um paciente assistido, quem</p><p>deve declarar o óbito é o médico da</p><p>ESF.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não é</p><p>necessário chamar o SAMU, a morte foi</p><p>natural de um paciente assistido!</p><p>Portanto, o gabarito é a letra D.</p><p>_________________________________</p><p>50. Mulher com 35 anos de idade</p><p>procura a Unidade Básica de Saúde com</p><p>queixas de vermelhidão na face, que</p><p>piora com a exposição solar, e dor em</p><p>punhos e joelhos bilateralmente. Ao</p><p>exame apresenta eritema malar,</p><p>diminuição do murmúrio vesicular na</p><p>base direita, com macicez à percussão</p><p>neste local, dor à mobilização, edema e</p><p>rubor em joelhos e punhos. Sem</p><p>alterações nos demais aspectos do</p><p>exame físico. Traz hemograma recente</p><p>com hematócrito = 35%, hemoglobina =</p><p>12 g/dL, leucócitos totais = 3.500/ml,</p><p>com contagem diferencial normal.</p><p>Considerando a principal hipótese</p><p>diagnóstica para o quadro da paciente,</p><p>o autoanticorpo com maior</p><p>especificidade para a doença é:</p><p>A) anti-Ro</p><p>B) anti-RNP.</p><p>C) anti-DNA nativo</p><p>D) fator antinuclear.</p><p>E) anti-fosfolípide.</p><p>CCQ: Saber que o anti-DNA nativo é o</p><p>anticorpo com maior especificidade</p><p>para lúpus eritematoso sistêmico</p><p>(LES)</p><p>Fala mentorando! Questão sobre lúpus</p><p>e bem complicadinha, mas os auto-</p><p>anticorpos e algumas de suas</p><p>especificidades é um assunto em que as</p><p>bancas gostam de nos testar, então,</p><p>bora lá!</p><p>Quando falamos de LES, temos que nos</p><p>lembrar que é uma doença</p><p>reumatológica que pode causar</p><p>sintomas em quase todos os sistemas.</p><p>Os critérios diagnósticos foram</p><p>atualizados pela EULAR e agora são</p><p>bem mais longos, por isso não</p><p>recomendo a memorização, apenas</p><p>tenha uma ideia geral destes critérios,</p><p>por exemplo: artrite não erosiva, rash</p><p>malar, lúpus discoide, citopenias nos</p><p>exames laboratoriais, anticorpos,</p><p>serosite e alterações renais; se um</p><p>paciente apresenta muitas destas</p><p>características, já pensamos em LES</p><p>como principal hipótese. Raras vezes as</p><p>bancas cobram os critérios diagnósticos</p><p>exatos, principalmente no Revalida</p><p>INEP.</p><p>Agora, temos que falar sobre algumas</p><p>características dos auto-anticorpos, por</p><p>exemplo, que o anti-DNAds ou anti-</p><p>DNA nativo demonstra atividade de</p><p>lúpus renal e outras características.</p><p>Vamos revisar mais com a tabela</p><p>retirada do material:</p><p>Além disso, devemos ter uma</p><p>informação em mente: apesar de</p><p>associarmos muito o LES com o FAN</p><p>positivo, devemos saber que este</p><p>exame é muito inespecífico, pois várias</p><p>outras condições podem positivar o</p><p>FAN. O auto-anticorpo mais específico</p><p>para o LES é o anti-DNAds ou anti-</p><p>DNA nativo.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>________________________________</p><p>51. Homem com 65 anos de idade</p><p>procura a Unidade de Pronto</p><p>Atendimento porque está há cinco dias</p><p>sem evacuar, com dor abdominal</p><p>contínua, no hemiabdome esquerdo, de</p><p>baixa intensidade, sem outras queixas.</p><p>Nega operações prévias, não faz uso de</p><p>nenhuma medicação e refere peso</p><p>estável. Quando questionado sobre a</p><p>dieta, informa que somente come</p><p>arroz, feijão e bife, tanto no almoço</p><p>como no jantar. Hábito intestinal a cada</p><p>três dias, com fezes endurecidas. O</p><p>paciente informa que há cerca de dois</p><p>meses fez exame de fezes com pesquisa</p><p>de sangue oculto negativa. Ao exame:</p><p>frequência cardíaca = 68 bpm, pressão</p><p>arterial = 120x80 mmHg, corado,</p><p>hidratado, anictérico, com dor discreta</p><p>à palpação da fossa ilíaca e flanco</p><p>esquerdo, onde se palpa massa</p><p>imprecisa, móvel. Radiografia de</p><p>abdome em decúbito e ortostatismo</p><p>evidencia grande quantidade de fezes</p><p>no trajeto de todo o cólon. Para este</p><p>paciente, a melhor conduta é:</p><p>A) orientar quanto à mudança de</p><p>hábitos dietéticos e solicitar enema</p><p>opaco.</p><p>B) prescrever uso de laxativo e mudança</p><p>dietética e solicitar colonoscopia.</p><p>C) fazer lavagem intestinal e solicitar</p><p>ultrassonografia de abdome.</p><p>D) solicitar nova pesquisa de sangue</p><p>oculto nas fezes</p><p>E) realizar lavagem intestinal e</p><p>retossigmoidoscopia.</p><p>CCQ: Saber que constipação + idoso +</p><p>obstrução intestinal + dor flanco</p><p>esquerdo = diverticulose</p><p>E aí, pessoal? Temos mais uma questão</p><p>de um tema super importante:</p><p>diverticulose! Apesar de parecer</p><p>simples, precisamos ter claro na cabeça</p><p>alguns conceitos para não errar.</p><p>Primeiro, precisamos ter em mente</p><p>algumas definições:</p><p>• Divertículo: são sacos de</p><p>mucosa e submucosa que se</p><p>projetam pela camada muscular</p><p>do intestino;</p><p>• Diverticulose: presença de</p><p>divertículos;</p><p>• Diverticulite: inflamação dos</p><p>divertículos. Apresenta dor no</p><p>lado esquerdo do abdome com</p><p>alteração do trânsito intestinal,</p><p>febre e náuseas/vômitos.</p><p>Assim, com isso em mente, vamos para</p><p>o quadro da questão. Paciente idoso</p><p>com constipação crônica e dieta que</p><p>contribui para a constipação iniciou</p><p>com dor em hemiabdome esquerdo e</p><p>está sem evacuar há 5 dias. Além disso,</p><p>o normal dele é ter fezes endurecidas a</p><p>cada 3 dias. Até o momento, temos um</p><p>quadro de síndrome de obstrução</p><p>intestinal de devemos sempre pensar</p><p>em bridas e neoplasias. Como não tem</p><p>história de cirurgia prévia e não tem</p><p>sangue oculto nas fezes, elas deixam de</p><p>ser as hipóteses mais prováveis e abrem</p><p>espaço para a diverticulose, a próxima</p><p>na lista.</p><p>Os principais fatores de risco para</p><p>diverticulose são a idade</p><p>(principalmente acima dos 60 anos),</p><p>constipação e dieta pobre em fibra.</p><p>Além disso, normalmente é</p><p>assintomática ou pouco sintomática,</p><p>podendo evoluir para diverticulite se</p><p>inflamar, causando bastante dor,</p><p>mudança do hábito intestinal, febre e</p><p>náuseas/vômitos. No caso, como o</p><p>paciente está estável apenas com leve</p><p>dor, provavelmente ainda não evoluiu</p><p>para diverticulite, sendo apenas uma</p><p>diverticulose sintomática. Além disso,</p><p>possui massa palpável móvel, provável</p><p>fecaloma. No caso de diverticulite,</p><p>poderíamos pensar em abscesso, mas</p><p>não é o caso.</p><p>Para terminar, a radiografia mostra</p><p>fezes em todo o cólon, sugerindo uma</p><p>etiologia baixa da obstrução intestinal.</p><p>Como dito anteriormente, é baixa a</p><p>chance de neoplasia em comparação</p><p>com doença diverticular e volvo</p><p>sigmoide (outro diagnóstico comum)</p><p>cursaria com bastante dor e radiografia</p><p>com sinais sugestivos (grão de café,</p><p>chama de vela ou</p><p>U invertido). Assim,</p><p>podemos fechar o diagnóstico de</p><p>doença diverticular.</p><p>E como proceder? Vamos responder</p><p>indo para as afirmativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Sem dúvida</p><p>precisamos orientar sobre os hábitos</p><p>dietéticos, pois arroz, feijão e bife</p><p>podem piorar a constipação. Não há</p><p>necessidade de realizarmos um enema</p><p>opaco, pois o diagnóstico clínico é o</p><p>suficiente. Além disso, o melhor exame</p><p>para diagnóstico seria a tomografia</p><p>computadorizada.</p><p>Alternativa B - Correta: Como o</p><p>paciente está estável e não tem</p><p>indicativo de diverticulite por ter dor</p><p>leve sem febre, náuseas/vômitos e</p><p>mudança do hábito intestinal (paciente</p><p>já é normalmente constipado),</p><p>podemos começar com medidas</p><p>clínicas de dieta e laxantes. Além disso,</p><p>apesar do sangue oculto nas fezes</p><p>negativo diminuir a possibilidade de</p><p>neoplasia, não exclui totalmente,</p><p>podendo ter um tumor oculto,</p><p>necessitando de colonoscopia.</p><p>Importante ressaltar que, em caso de</p><p>diverticulite aguda, é recomendado</p><p>esperar de 6 a 8 semanas após a</p><p>resolução do quadro para realizar essa</p><p>colonoscopia.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Como dito</p><p>anteriormente, já podemos</p><p>diagnosticar diverticulose pela clínica;</p><p>além disso, o exame padrão ouro seria a</p><p>tomografia. Em relação à lavagem</p><p>intestinal, podemos optar como plano</p><p>B, caso os laxativos não funcionem.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Uma nova</p><p>pesquisa de sangue oculto não irá</p><p>ajudar no quadro atual e, se fosse</p><p>negativo novamente, ainda seria</p><p>indicado a colonoscopia para garantir</p><p>que a obstrução intestinal não é</p><p>causada por um tumor oculto.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Podemos</p><p>optar por lavagem intestinal se os</p><p>laxativos não funcionarem, mas seria</p><p>necessário uma colonoscopia e não</p><p>uma retossigmoidoscopia. Isso ocorre</p><p>porque o paciente pode ter um tumor</p><p>oculto e não necessariamente só nas</p><p>últimas partes do intestino.</p><p>Portanto, o gabarito é letra B</p><p>________________________________</p><p>52. Mulher com 20 anos de idade</p><p>desenvolveu quadro de doença</p><p>trofoblástica gestacional em sua</p><p>primeira gestação. Foi submetida a</p><p>esvaziamento uterino por vácuo-</p><p>aspiração e iniciou o seguimento pós-</p><p>molar. Após quatro semanas de</p><p>acompanhamento, apresentou vários</p><p>episódios de sangramento vaginal</p><p>moderado, com três níveis ascendentes</p><p>das dosagens de gonadotrofina</p><p>coriônica humana. Procurou a</p><p>Emergência Obstétrica, onde foi</p><p>prontamente atendida, após episódio</p><p>de sangramento vaginal intenso. Na</p><p>ocasião, ao exame pélvico, não foi</p><p>evidenciada lesão genital. Radiografia</p><p>simples do tórax foi normal.</p><p>Ultrassonografia transvaginal mostrou</p><p>cavidade endometrial distendida por</p><p>material amorfo sugestivo de coágulos</p><p>sanguíneos e miométrio heterogêneo,</p><p>com vascularização exuberante à</p><p>dopplerfluxometria. Assinale a</p><p>alternativa que contém diagnóstico e</p><p>conduta indicados para este caso.</p><p>A) Mola hidatiforme parcial; indicar</p><p>cirurgia conservadora</p><p>(endometrectomia por via</p><p>histeroscópica) a fim de retirar a área de</p><p>lesão tumoral.</p><p>B) Mola hidatiforme completa; realizar</p><p>novo esvaziamento uterino a fim de</p><p>retirar o material molar residual</p><p>intrauterino.</p><p>C) Tumor trofoblástico do sítio</p><p>placentário; indicar histerectomia.</p><p>D) Coriocarcinoma; encaminhar para</p><p>serviço de radioterapia.</p><p>E) Mola invasora; iniciar quimioterapia.</p><p>CCQ: Malignização da mola</p><p>hidatiforme</p><p>A doença trofoblástica ou mola</p><p>hidatiforme, é a proliferação anormal</p><p>do trofoblasto. Após seu tratamento</p><p>imediato com esvaziamento uterino, é</p><p>necessário fazer o controle de cura, isto</p><p>é, avaliar se não restou conteúdo</p><p>trofoblástico intrauterino e este não se</p><p>tornou maligno (neoplasia trofoblástica</p><p>germinativa).</p><p>Fazemos o controle de cura com</p><p>dosagem de beta-HCG semanalmente</p><p>até ficar negativo por 3 semanas, depois</p><p>mensalmente, até 6 meses. Se houver</p><p>aumento progressivo nos valores de</p><p>beta-HCG, ou eles atingirem um platô</p><p>(ou seja, se mantiverem o valor por 4</p><p>semanas consecutivas), ou não</p><p>negativarem totalmente após 6 meses,</p><p>podemos dizer que houve</p><p>malignização. Neste caso, o tratamento</p><p>é feito com quimioterapia (geralmente</p><p>com metotrexate).</p><p>Também vale a pena lembrar que as</p><p>metástases dessa neoplasia geralmente</p><p>são em vagina e pulmão, por isso a</p><p>questão também descreve o exame</p><p>ginecológico e radiografia de tórax.</p><p>[Alternativa E: correta] No caso em</p><p>questão, temos uma paciente com</p><p>níveis crescentes de gonadotrofina</p><p>coriônica, persistência de sangramento</p><p>e conteúdo amorfo uterino, miométrio</p><p>heterogêneo com fluxo aumentado ao</p><p>doppler. Todas essas características</p><p>falam a favor de uma doença</p><p>trofoblástica invasiva e deve ser</p><p>indicada quimioterapia.</p><p>[Alternativas A e B: incorretas] A mola</p><p>hidatiforme pode ser completa</p><p>(diploide) ou parcial (triploide, com</p><p>tecido fetal). Ambas podem malignizar.</p><p>De qualquer forma, o tratamento ainda</p><p>é feito com quimioterapia, pois temos</p><p>uma neoplasia invasora e tratamentos</p><p>conservadores, como a AMIU e</p><p>endometrectomia, não são eficazes.</p><p>[Alternativa C: incorreta] A</p><p>histerectomia é reservada para</p><p>pacientes com prole constituída, sem</p><p>desejo de gestar. No caso a paciente era</p><p>uma primigesta, podemos tentar um</p><p>tratamento mais conservador.</p><p>[Alternativa D: incorreta] A radioterapia</p><p>não é indicada devido à proximidade a</p><p>outras vísceras pélvicas, além de não ser</p><p>eficaz como a quimioterapia neste caso.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E.</p><p>________________________________</p><p>53. Lactente com dois meses de idade</p><p>foi levado pela mãe à Unidade Básica de</p><p>Saúde com história de estar muito</p><p>apático nas últimas horas. Ao exame</p><p>físico o médico observa que a criança</p><p>está hipotônica, hiporresponsiva,</p><p>apresentando livedo reticular, palidez e</p><p>cianose de extremidades. Ao ser</p><p>questionada pelo médico sobre os</p><p>últimos acontecimentos na vida da</p><p>criança, a mãe informa à equipe de</p><p>saúde que a criança havia recebido a</p><p>vacina Pentavalente há</p><p>aproximadamente seis horas.</p><p>Considerando a suspeita de evento</p><p>adverso pósvacinação, as</p><p>manifestações clínicas desta criança</p><p>sugerem evento relacionado a qual dos</p><p>componentes vacinais citados nas</p><p>alternativas abaixo?</p><p>A) Toxóide purificado de tétano.</p><p>B) Toxóide purificado de difteria.</p><p>C)Suspensão de Bordetella pertussis.</p><p>D) Antígenos de superfície de hepatite</p><p>B.</p><p>E) Oligossacarídeos de H. influenzae</p><p>tipo b.</p><p>CCQ: Saber que o componente mais</p><p>imunogênico das vacinas do 2º mês é</p><p>a suspensão de Bordetella pertussis</p><p>Olá, Mentorando JJ! Imunizações são</p><p>um tema muito importante para a</p><p>prova de residência. Aqui, o avaliador</p><p>cobrou um detalhe sobre a vacina</p><p>tríplice celular (DTP), que costuma cair</p><p>bastante em prova, vamos revisar?</p><p>A DTP é aplicada dentro da vacina</p><p>pentavalente para as crianças com 2, 4</p><p>e 6 meses, com 2 reforços posteriores</p><p>(um aos 15 meses e outro aos 4 anos).</p><p>Ela é composta por Toxoide diftérico</p><p>purificado + Toxoide tetânico purificado</p><p>+ Suspensão de células inteiras de</p><p>Bordetella pertussis inativada e pode</p><p>causar uma gama de reações vacinais. A</p><p>vacina é administrada por via</p><p>intramuscular profunda. Ela é</p><p>contraindicada em casos de:</p><p>• Convulsões até 72 horas após a</p><p>administração da vacina;</p><p>• Colapso circulatório, com estado de</p><p>choque ou com episódio hipotônico-</p><p>hiporresponsivo (EHH), até 48 horas</p><p>após a administração da vacina;</p><p>• Encefalopatia nos primeiros sete dias</p><p>após a administração da vacina;</p><p>• Usuários a partir de 7 anos de idade.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não</p><p>esperamos essa reação em virtude do</p><p>toxoide purificado de tétano.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Não</p><p>esperamos essa reação em virtude do</p><p>toxoide purificado de difteria.</p><p>Alternativa C - Correta: Esses</p><p>pacientes devem receber nas próximas</p><p>aplicações a vacina DTPa (Vacina</p><p>tríplice bacteriana acelular).</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não</p><p>esperamos essa reação em virtude dos</p><p>antígenos</p><p>de superfície de hepatite B.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não</p><p>esperamos essa reação em virtude dos</p><p>oligossacarídeos de H. influenzae tipo B.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>_________________________________</p><p>54. Mulher com 38 anos de idade</p><p>procurou o Serviço de Urgência</p><p>referindo há 1 dia a ocorrência de dor</p><p>abdominal intensa em andar superior</p><p>do abdome, acompanhada de vômitos</p><p>pós-alimentares. Ao exame físico</p><p>encontrava-se com hálito etílico, dor</p><p>difusa à palpação abdominal, com</p><p>descompressão brusca positiva. Sobre a</p><p>investigação diagnóstica dessa</p><p>paciente, é correto afirmar que:</p><p>A) a dosagem de amilase sérica normal</p><p>afasta o diagnóstico de pancreatite</p><p>B) a radiografia de tórax auxilia na</p><p>investigação de doença ulcerosa</p><p>péptica complicada.</p><p>C) a ultrassonografia abdominal é o</p><p>exame de escolha para a investigação</p><p>de pancreatite.</p><p>D) o diagnóstico de hepatite alcoólica</p><p>pode ser afastado devido à presença de</p><p>descompressão brusca positiva.</p><p>E) deve ser realizada laparotomia</p><p>exploratória com urgência, pois a</p><p>paciente está com sinais de abdome</p><p>agudo.</p><p>CCQ: O pneumoperitôneo pode ser</p><p>observado na radiografia de tórax em</p><p>casos perfuração de víscera oca</p><p>Bora lá, pessoal, mais uma questão</p><p>sobre dor abdominal, tema bastante</p><p>recorrente nas provas de cirurgia e em</p><p>nossa prática clínica. Então, vamos lá</p><p>fazer uma breve revisão dos pontos</p><p>trazidos comentando alternativa por</p><p>alternativa!</p><p>Alternativa A - Incorreta: Não,</p><p>galerinha, lembrem-se que a amilase</p><p>sérica é um exame de baixa</p><p>especificidade. De fato, uma amilase</p><p>sérica maior que 3 vezes o limite</p><p>superior da normalidade em um</p><p>paciente com sinais/sintomas</p><p>compatíveis sugere fortemente o</p><p>diagnóstico de pancreatite aguda.</p><p>Entretanto, esse exame não confirma</p><p>nem exclui tal diagnóstico, visto que a</p><p>pancreatite aguda pode cursar com</p><p>amilase sérica normal.</p><p>Alternativa B - Correta: Isso mesmo.</p><p>Lembre-se que a principal causa de</p><p>abdome agudo perfurativo é a úlcera</p><p>péptica perfurada. E o que pode</p><p>aparecer numa radiografia de tórax em</p><p>um paciente com perfuração de víscera</p><p>oca? Pneumoperitôneo, lembrem-se</p><p>disso! O nome do sinal que representa o</p><p>pneumoperitôneo é o famoso sinal de</p><p>Rigler, ou sinal de parede dupla, que é a</p><p>visualização da parede gástrica ou</p><p>intestinal na radiografia devido à</p><p>presença de gás no peritôneo. Vale</p><p>lembrar que esse sinal também pode</p><p>ser observado na radiografia de</p><p>abdome.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Lembrem-se</p><p>que o pâncreas é um órgão</p><p>retroperitoneal, o que dificulta uma</p><p>boa observação pelo ultrassom</p><p>abdominal. A tomografia</p><p>computadorizada (TC) é o exame de</p><p>escolha na pancreatite, para delinear</p><p>e obter uma maior quantidade de</p><p>informações sobre o pâncreas.</p><p>Entretanto, lembrem-se que todo</p><p>paciente que apresentar-se com</p><p>pancreatite aguda deve ser submetido a</p><p>uma ultrassonografia de abdome. Mas</p><p>por quê? A principal causa de</p><p>pancreatite aguda é a litíase biliar</p><p>(calculo que migra da vesícula), e,</p><p>como bem sabemos, a US de abdome</p><p>é o exame indicado para identificação</p><p>desse quadro.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Não</p><p>galerinha, a descompressão brusca é</p><p>apenas um sinal de acometimento do</p><p>peritôneo parietal, sendo sugestiva de</p><p>peritonite. A peritonite pode ter</p><p>inúmeras causas, não sendo esse exame</p><p>físico que confirmará ou excluirá a</p><p>etiologia.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Galerinha,</p><p>vocês concordam que uma paciente que</p><p>chega no PS com dor abdominal no</p><p>andar superior do abdome, "dor em</p><p>barra", associada a vômitos e com hálito</p><p>etílico (lembrar que a 2.ª causa de</p><p>pancreatite aguda é a libação alcoólica,</p><p>ou seja, após o consumo excessivo de</p><p>álcool) é um quadro bem característico</p><p>de pancreatite? Exatamente, lembrem-</p><p>se que a cirurgia na pancreatite aguda</p><p>só está indicada no caso de necrose</p><p>infectada refratária à</p><p>antibioticoterapia, onde é feita uma</p><p>laparotomia com necrosectomia. Logo,</p><p>faz-se necessário primeiramente a</p><p>confirmação desse quadro, sendo o</p><p>melhor exame a punção da área</p><p>necrosada guiada por TC.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra B.</p><p>_________________________________</p><p>55. Paciente com 30 anos de idade,</p><p>primigesta, ao fazer sua</p><p>ultrassonografia para avaliar a</p><p>espessura da prega nucal, recebeu o</p><p>exame com duas fotografias,</p><p>identificadas e datadas. Uma das</p><p>fotografias apresenta a face do feto em</p><p>posição sagital e a outra com a</p><p>visualização do polo cefálico no corte</p><p>transversal, demonstrando a ausência</p><p>da calota craniana e ausência de</p><p>parênquima cerebral identificável.</p><p>Considerando que a paciente não</p><p>deseja prosseguir com a gravidez, a</p><p>orientação correta a ser fornecida é que</p><p>a interrupção da gravidez</p><p>A) não pode ser realizada em hipótese</p><p>alguma, devendo a gravidez ser</p><p>mantida até o termo.</p><p>B) pode ser realizada, somente após</p><p>obtenção de autorização judicial e</p><p>assinatura de termo de consentimento</p><p>informado pela paciente e seu esposo.</p><p>C) somente pode ser realizada se a</p><p>gravidez incorrer em risco de vida para</p><p>a gestante, devendo esse laudo ser</p><p>assinado por dois médicos capacitados.</p><p>D) é permitida somente se o achado</p><p>ultrassonográfico for confirmado</p><p>definitivamente por ultrassonografia</p><p>morfológica realizada entre 20-24</p><p>semanas de gestação.</p><p>E) é permitida com base em laudo</p><p>ultrassonográfico assinado por dois</p><p>médicos capacitados, contendo as fotos</p><p>do exame, e após assinatura pela</p><p>paciente de termo de consentimento</p><p>informado para submeter-se ao</p><p>procedimento.</p><p>CCQ: Como proceder pedido de</p><p>interrupção da gestação por</p><p>anencefalia</p><p>E aí? Vamos conversar sobre aborto em</p><p>casos de gestação de feto anencéfalo?</p><p>Muito importante sabermos sobre</p><p>esses assuntos que colocam nossa</p><p>profissão de frente com situações que</p><p>envolvem a justiça e a ética médica.</p><p>O aborto é um procedimento ilegal em</p><p>território brasileiro, mas, no ano de</p><p>2012, foi decidido pelo Supremo</p><p>Tribunal Federal (STF) que a</p><p>interrupção da gravidez em casos de</p><p>anencefalia deixariam de ser</p><p>criminalizados e poderiam ser</p><p>solicitados pela gestante.</p><p>O aborto é crime por se embasar no</p><p>direito à vida e, como a anencefalia é</p><p>uma condição incompatível com ela,</p><p>não se configura como um atentado a</p><p>uma vida em formação. A decisão, a</p><p>partir daí, pertence à gestante, devendo</p><p>ela optar por manter a gestação ou</p><p>interrompê-la.</p><p>Para essa última opção, existe um</p><p>protocolo a ser seguido baseado em 3</p><p>passos principais:</p><p>• Diagnóstico da má formação</p><p>fetal por USG morfológico após</p><p>12 semanas de gestação.</p><p>• Confirmação do diagnóstico</p><p>atestado por dois médicos</p><p>capacitados.</p><p>• Assinatura de uma declaração</p><p>de consentimento pela paciente</p><p>após orientações e decisão da</p><p>gestante.</p><p>Então, vamos às alternativas!</p><p>Alternativa A - Incorreta: A gestação</p><p>só será mantida até o termo se a</p><p>gestante optar por isso.</p><p>Alternativa B - Incorreta: É</p><p>fundamental a análise atestada por dois</p><p>médicos capacitados para afirmar a</p><p>anencefalia e poder seguir com a</p><p>interrupção da gestação.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A vontade da</p><p>gestante é primordial nessa situação.</p><p>Alternativa D - Incorreta: O cérebro já</p><p>é formado, aproximadamente, entre 9 e</p><p>10 semanas de gestação. Então o USG</p><p>morfológico após a 12ª semana já é</p><p>suficiente para esse diagnóstico.</p><p>Alternativa E - Correta: Essa</p><p>alternativa contempla todos os 3 passos</p><p>principais que destaquei</p><p>anteriormente, né? Atestado de dois</p><p>médicos, em um caso de anencefalia de</p><p>USG morfológico que deve ter ocorrido</p><p>entre 11 e 14 semanas de gestação (que</p><p>é o período indicado para avaliar a</p><p>espessura da prega nucal), anexação de</p><p>fotografias do exame e assinatura do</p><p>termo pela gestante.</p><p>Por isso tudo, a letra E é a alternativa</p><p>certa.</p><p>_________________________________</p><p>56. Em relação aos indicadores da Rede</p><p>Cegonha, as equipes da Estratégia de</p><p>Saúde da Família da sua cidade</p><p>apresentaram o gráfico acima.</p><p>A meta</p><p>da gestão é alcançar 80% de gestantes</p><p>cadastradas. O consultor da Secretaria</p><p>de Saúde, que tem recursos financeiros</p><p>limitados, recomenda uma oficina de</p><p>sensibilização e treinamento, a fim de</p><p>reverter o panorama atual. Dentre os</p><p>componentes das equipes, qual o</p><p>público alvo preferencial para a oficina</p><p>surtir mais efeito?</p><p>A) Médicos.</p><p>B) Enfermeiros.</p><p>C) Agentes Comunitários de Saúde.</p><p>D) Auxiliares e Técnicos de</p><p>Enfermagem.</p><p>E) Coordenadores das Unidades de</p><p>Saúde.</p><p>CCQ: Saber que os ACS têm maior</p><p>poder de alcance à população para</p><p>incentivar o cadastramento das</p><p>gestantes no programa Rede</p><p>Cegonha</p><p>Fala, pessoal! A questão cita o</p><p>programa Rede Cegonha, porém, o</p><p>objetivo era saber qual dos</p><p>componentes da equipe teria maior</p><p>poder de acesso/alcance à população.</p><p>Para isso, precisaríamos lembrar quais</p><p>as atribuições principais de cada</p><p>membro da equipe.</p><p>Vamos, então, relembrar quais são as</p><p>atribuições dos agentes comunitários</p><p>de saúde (ACS)?</p><p>De acordo com a PNAB, as atribuições</p><p>de um ACS são:</p><p>I - Trabalhar com adscrição de famílias</p><p>em base geográfica definida, a</p><p>microárea;</p><p>II - Cadastrar todas as pessoas de sua</p><p>microárea e manter os cadastros</p><p>atualizados;</p><p>III - Orientar as famílias quanto à</p><p>utilização dos serviços de saúde</p><p>disponíveis;</p><p>IV - Realizar atividades programadas e</p><p>de atenção à demanda espontânea;</p><p>V - Acompanhar, por meio de visita</p><p>domiciliar, todas as famílias e</p><p>indivíduos sob sua responsabilidade. As</p><p>visitas deverão ser programadas em</p><p>conjunto com a equipe, considerando</p><p>os critérios de risco e vulnerabilidade de</p><p>modo que famílias com maior</p><p>necessidade sejam visitadas mais</p><p>vezes, mantendo como referência a</p><p>média de uma visita/família/mês;</p><p>VI - Desenvolver ações que busquem a</p><p>integração entre a equipe de saúde e a</p><p>população adscrita à UBS,</p><p>considerando as características e as</p><p>finalidades do trabalho de</p><p>acompanhamento de indivíduos e</p><p>grupos sociais ou coletividade;</p><p>VII - Desenvolver atividades de</p><p>promoção da saúde, de prevenção das</p><p>doenças e agravos e de vigilância à</p><p>saúde, por meio de visitas domiciliares e</p><p>de ações educativas individuais e</p><p>coletivas nos domicílios e na</p><p>comunidade, por exemplo, combate à</p><p>dengue, malária, leishmaniose, entre</p><p>outras, mantendo a equipe informada,</p><p>principalmente a respeito das situações</p><p>de risco;</p><p>VIII - Estar em contato permanente com</p><p>as famílias, desenvolvendo ações</p><p>educativas, visando à promoção da</p><p>saúde, à prevenção das doenças e ao</p><p>acompanhamento das pessoas com</p><p>problemas de saúde, bem como ao</p><p>acompanhamento das</p><p>condicionalidades do Programa Bolsa-</p><p>Família ou de qualquer outro programa</p><p>similar de transferência de renda e</p><p>enfrentamento de vulnerabilidades</p><p>implantado pelo governo federal,</p><p>estadual e municipal, de acordo com o</p><p>planejamento da equipe.</p><p>É permitido ao ACS desenvolver outras</p><p>atividades nas Unidades Básicas de</p><p>Saúde, desde que vinculadas às</p><p>atribuições acima.</p><p>Com isso, vimos que eles terão maior</p><p>poder de alcance e maior efetividade</p><p>nos objetivos de aumentar a adesão ao</p><p>programa.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Os médicos</p><p>não têm tanto acesso à população fora</p><p>da UBS.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Os</p><p>enfermeiros, assim como os médicos,</p><p>não têm tanto contato com a</p><p>comunidade fora da UBS.</p><p>Alternativa C - Correta: Sim! Vimos,</p><p>pelas funções atribuídas a eles, que o</p><p>trabalho deles surtirá maior efeito nos</p><p>objetivos de aumentar a adesão ao</p><p>programa.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Os técnicos,</p><p>assim como os médicos e os</p><p>enfermeiros, não têm tanto contato</p><p>com a comunidade fora da UBS.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O trabalho</p><p>dos coordenadores é direcionado,</p><p>sobretudo, a questões administrativas.</p><p>Portanto, a resposta é a alternativa C</p><p>_________________________________</p><p>57. Criança com 4 anos de idade foi</p><p>levada pela mãe à Unidade Básica de</p><p>Saúde com queixa de distensão</p><p>abdominal, hiporexia, palidez cutânea e</p><p>referência ao "hábito de comer terra"</p><p>(sic). Foram realizados exames</p><p>laboratoriais e observados os seguintes</p><p>resultados: Hb - 8,4 g/dL; Htc - 28%;</p><p>VCM – 64 fL; HCM – 17 pg; Leucócitos</p><p>totais - 6.400/mm3 ; Eosinófilos - 13%;</p><p>Ferro sérico - 18µg/dL. Tendo por base</p><p>a prevalência das doenças parasitárias</p><p>em nosso meio, os sintomas</p><p>apresentados pela criança e os</p><p>resultados de exames registrados,</p><p>deve-se considerar o diagnóstico de:</p><p>A) teníase.</p><p>B) giardíase.</p><p>C) amebíase.</p><p>D) enterobíase.</p><p>E) ancilostomíase.</p><p>CCQ: Saber que a ancilostomíase</p><p>cursa com distensão abdominal,</p><p>perversão do hábito alimentar</p><p>(geofagia) e anemia ferropriva</p><p>Pessoal, temos uma criança com 04</p><p>anos, apresentando perversão do</p><p>hábito alimentar, com geofagia,</p><p>hiporexia, palidez cutânea e anemia</p><p>comprovada por exames laboratoriais.</p><p>O conjunto desses sinais e sintomas,</p><p>juntamente à eosinofilia presente no</p><p>hemograma e à sugestão da questão</p><p>acerca da prevalência das doenças</p><p>parasitárias, direciona a nossa hipótese</p><p>diagnóstica para esse grupo de doenças</p><p>e, mais especificamente, para a</p><p>ancilostomíase. Mas por quê?</p><p>Bem, a ancilostomíase, também</p><p>conhecida como “amarelão”, é</p><p>altamente prevalente em nosso meio,</p><p>necessitando de três condições</p><p>especiais para se perpetuar como uma</p><p>das principais parasitoses:</p><p>contaminação do solo por fezes</p><p>humanas, condições favoráveis ao</p><p>desenvolvimento das larvas e contato</p><p>da pele humana com esse solo</p><p>contaminado. Ou seja, basicamente, a</p><p>ancilostomíase sobrevive devido às más</p><p>condições de saneamento básico e de</p><p>higiene, estando muito relacionada à</p><p>pobreza e aos meios rurais afastados. E</p><p>como essa doença é transmitida? Por</p><p>meio da penetração da larva na pele,</p><p>quando em contato com solo</p><p>contaminado por fezes humanas</p><p>contendo o parasita.</p><p>O quadro clínico do amarelão é</p><p>complexo, com manifestações em</p><p>diferentes sistemas. Há, por exemplo,</p><p>manifestação cutânea, devido à</p><p>penetração da larva, causando erupção</p><p>maculopapular pruriginosa no local,</p><p>podendo surgir um caminho</p><p>serpiginoso similar ao da larva migrans,</p><p>no tecido subcutâneo. Devido ao ciclo</p><p>pulmonar, pode haver também tosse.</p><p>No entanto, sem dúvida alguma, as</p><p>principais manifestações são</p><p>gastrointestinais, com náusea, diarreia,</p><p>dor epigástrica, vômitos e aumento da</p><p>flatulência. Devido à adesão do verme à</p><p>mucosa do intestino delgado e às</p><p>constantes micro-hemorragias, há</p><p>desnutrição crônica e anemia</p><p>ferropriva, que muitas vezes se</p><p>manifesta com geofagia.</p><p>Um algo a mais: as parasitoses que</p><p>cursam com síndrome de Loeffler são a</p><p>ascaridíase, a ancilostomíase, a</p><p>toxocaríase e a estrongiloidíase.</p><p>Agora, sabendo disso, vamos analisar</p><p>as alternativas e responder à questão:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A</p><p>sintomatologia da tênia é caracterizada</p><p>por náuseas, dor, distensão abdominal,</p><p>fraqueza, tontura, vômitos,</p><p>irritabilidade e fezes com muco. No</p><p>nosso paciente, o que mais chama</p><p>atenção é a anemia e a perversão do</p><p>hábito alimentar, manifestações</p><p>incomuns na teníase. Portanto,</p><p>alternativa incorreta.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Na maioria</p><p>das vezes, a infecção por giardíase é</p><p>assintomática. No entanto, quando</p><p>presentes, os sintomas são diarreia,</p><p>flatulência, dor abdominal e</p><p>esteatorreia, por síndrome</p><p>disabsortiva. No nosso paciente, o que</p><p>mais chama atenção é a anemia e a</p><p>perversão do hábito alimentar,</p><p>manifestações incomuns na giardíase,</p><p>apesar do quadro disabsortivo.</p><p>Portanto, alternativa incorreta.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A amebíase</p><p>pode se manifestar com dor abdominal,</p><p>diarreia e diarreia com fezes</p><p>sanguinolentas, até colite amebiana</p><p>fulminante. Lembre-se também que,</p><p>nessa parasitose, outros órgãos podem</p><p>ser acometidos, especialmente o</p><p>fígado, onde pode se formar um</p><p>abscesso amebiano. No nosso paciente,</p><p>o que mais chama atenção é a anemia e</p><p>a perversão</p><p>do hábito alimentar,</p><p>manifestações que não costumam</p><p>ocorrer na amebíase. Portanto,</p><p>alternativa incorreta.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A</p><p>enterobíase se manifesta</p><p>primordialmente com prurido anal, não</p><p>havendo anemia ou perversão do</p><p>hábito alimentar, que estão presentes</p><p>em nosso paciente. Portanto,</p><p>alternativa incorreta.</p><p>Alternativa E - Correta: Como vimos, a</p><p>ancilostomíase cursa com dor</p><p>abdominal, diarreia, distensão</p><p>abdominal, flatulência e anemia</p><p>ferropriva, devido à espoliação por</p><p>micro-hemorragias que ocorrem no</p><p>intestino delgado. Essa anemia, por sua</p><p>vez, pode acabar gerando perversão</p><p>alimentar, levando à geofagia.</p><p>Portanto, essa é a hipótese diagnóstica</p><p>mais provável para o quadro em</p><p>questão.</p><p>Portanto, ficamos com a letra E como</p><p>gabarito</p><p>_________________________________</p><p>58. Lactente com seis meses de idade é</p><p>trazido à Unidade Básica de Saúde pela</p><p>mãe porque há um dia apresentava</p><p>diarreia com seis a sete evacuações,</p><p>com fezes líquidas, acompanhada de</p><p>redução da diurese e inapetência;</p><p>mantendo, porém, a ingestão de</p><p>líquidos satisfatória. Não apresenta</p><p>febre ou vômitos e sintomas</p><p>respiratórios. Ao exame físico, o médico</p><p>observa que a criança apresenta-se</p><p>irritada, chorando sem lágrimas, com</p><p>olhos fundos e saliva espessa. A</p><p>pesquisa de turgor da pele mostra prega</p><p>cutânea desaparecendo lentamente.</p><p>Observa-se também aumento da</p><p>frequência cardíaca com pulso débil.</p><p>Com base nos dados observados e no</p><p>grau de desidratação estimado, a</p><p>conduta terapêutica adequada nesta</p><p>situação é realizar:</p><p>A) terapia de reidratação oral na</p><p>Unidade.</p><p>B) terapia de reidratação oral no</p><p>domicílio</p><p>C) hidratação intravenosa com fase</p><p>rápida.</p><p>D) reidratação intravenosa com fase de</p><p>reposição.</p><p>E) reidratação intravenosa com fase de</p><p>manutenção.</p><p>CCQ: Saber que crianças irritadas,</p><p>com olhos fundos e que o sinal da</p><p>prega desaparece lentamente devem</p><p>ser tratadas com o plano B = terapia</p><p>de reidratação oral na unidade de</p><p>saúde</p><p>Olá, aluno Aristo! Quando o tema é</p><p>desidratação, a classificação e conduta</p><p>a partir disso são os tópicos preferidos</p><p>das bancas. Então, vamos entender isso</p><p>de uma vez.</p><p>A primeira etapa é avaliar o paciente e</p><p>enquadrá-lo em um dos seguintes</p><p>grupos:</p><p>Na questão, o paciente apresenta-se</p><p>irritado, olhos fundos, com ingestão de</p><p>líquidos satisfatória, tempo de</p><p>enchimento lento, mas mucosas secas e</p><p>taquicardia, se enquadrando no grupo</p><p>B, ou moderado. (Note pela imagem</p><p>que aumento de frequência cardíaca e</p><p>pulso débil não necessariamente se</p><p>enquadram em sinais de choque).</p><p>O tratamento para esse grupo é</p><p>realizado com sais de reposição oral de</p><p>50 a 100 mL/kg para ser administrado</p><p>no período de 4-6 horas. Nesse período,</p><p>o paciente deve ficar em observação e</p><p>ser reavaliado. A dieta deve ser</p><p>suspensa, com exceção do leite</p><p>materno.</p><p>Após a hidratação inicial, deve-se</p><p>reavaliar o paciente: caso desapareçam</p><p>os sinais de desidratação, o paciente vai</p><p>de alta com reposição oral das perdas e</p><p>zinco. Se continuar desidratado, pode-</p><p>se indicar a sonda nasogástrica</p><p>(gastróclise). Se o paciente evoluir para</p><p>desidratação grave, deve-se seguir para</p><p>reidratação endovenosa.</p><p>Alternativa A - Correta: Como</p><p>abordado anteriormente, devemos</p><p>realizar a terapia de reidratação oral na</p><p>unidade para esse paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: As crianças</p><p>que devem utilizar o plano A, que</p><p>consiste em reidratação oral domiciliar,</p><p>são as crianças sem sinais de</p><p>desidratação, e não as desidratadas! O</p><p>plano A serve para prevenir a</p><p>desidratação no domicílio, e consiste</p><p>em oferecer mais líquidos que o</p><p>habitual para evitar a desidratação.</p><p>Dentre esses líquidos, temos soro</p><p>caseiro, chás, sucos (sem adoçar) ou</p><p>sopas que devem ser administradas</p><p>após cada evacuação diarreica. Esses</p><p>pacientes podem manter sua</p><p>alimentação habitual e o aleitamento</p><p>materno, sendo que os pais devem</p><p>estar atentos aos sinais de perigo como</p><p>piora na diarreia, vômitos repetidos,</p><p>muita sede, diminuição da diurese e</p><p>sangue nas fezes.</p><p>Alternativa C, D e E- Incorretas: Essas</p><p>três alternativas versam sobre o plano C</p><p>de reidratação; esse método fica</p><p>reservado para as crianças que</p><p>apresentam desidratação grave</p><p>(comatosos, hipotônicos, incapazes de</p><p>beber e pulsos muito fracos ou</p><p>ausentes). Ele possui duas fases:</p><p>1. Fase rápida:</p><p>o para menores de 5 anos:</p><p>infundir 20 mL/kg</p><p>endovenoso de solução</p><p>fisiológica a 0,9% por 30</p><p>minutos, podendo</p><p>repetir a quantidade até</p><p>que a criança se encontre</p><p>hidratada (nos</p><p>cardiopatas usamos 10</p><p>mL/kg);</p><p>o para maiores de 5 anos:</p><p>infundir 30 mL/kg de</p><p>soro fisiológico 0.9% em</p><p>30 minutos e 70 mL/kg de</p><p>Ringer Lactato ou</p><p>solução polieletrolítica</p><p>em 2 horas e 30 minutos.</p><p>2. Fase de manutenção: usamos</p><p>soro glicosado a 5% + soro</p><p>fisiológico a 0,9 % na proporção</p><p>de 4:1, nas crianças com até 10</p><p>kg a dose é de 100 mL/kg; entre</p><p>10 e 20 kg é 1000 mL + 50 mL/kg</p><p>de peso que exceder 10 kg; e</p><p>para mais de 20 kg é 1500 mL +</p><p>20 mL/kg de peso que exceder</p><p>20 kg.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A</p><p>_________________________________</p><p>59. Mulher com 18 anos de idade,</p><p>solteira, primigesta, decidiu</p><p>interromper sua gravidez indesejada,</p><p>procurando uma clínica clandestina de</p><p>aborto. Após o procedimento, a</p><p>paciente foi liberada para casa com</p><p>fortes dores pélvicas. Não procurou</p><p>atendimento imediato com medo de</p><p>ser discriminada, ou mesmo presa, por</p><p>ter feito um aborto ilegal. Após três</p><p>dias, com febre alta e fortes dores,</p><p>procurou a Maternidade, onde foi</p><p>internada com diagnóstico de</p><p>abortamento infectado. A despeito do</p><p>tratamento antimicrobiano, o quadro</p><p>clínico da paciente deteriorou e ela</p><p>evoluiu em 48 horas para um quadro de</p><p>abdome agudo. Foi realizada</p><p>laparotomia exploradora, sendo</p><p>evidenciadas diversas perfurações em</p><p>alças intestinais, com presença de</p><p>material fecaloide e purulento em</p><p>cavidade peritoneal, sendo a paciente</p><p>tratada com sutura intestinal e limpeza</p><p>exaustiva da cavidade. Encaminhada à</p><p>Unidade de Terapia Intensiva, a</p><p>paciente não teve melhora, tendo sido</p><p>submetida a histerectomia abdominal</p><p>total dois dias após. No pós-operatório,</p><p>evoluiu com choque séptico,</p><p>necessitando da introdução de drogas</p><p>vasoativas. Permaneceu mais 50 dias</p><p>internada, evoluindo com insuficiência</p><p>renal e falência múltipla de órgãos,</p><p>vindo a falecer 60 dias após a realização</p><p>do aborto. Ao analisar esse óbito, o</p><p>médico responsável pelo Comitê de</p><p>Prevenção e Controle da Mortalidade</p><p>Materna deve atestar que</p><p>A) se trata de morte materna de causa</p><p>evitável decorrente de erro médico,</p><p>devido a perfurações uterinas, que</p><p>causam peritonite e sepse.</p><p>B) não é caso de morte materna, pelo</p><p>fato de o óbito ter ultrapassado 42 dias</p><p>após o término da gestação.</p><p>C) se trata de morte materna de causa</p><p>obstétrica indireta devido a</p><p>complicações infecciosas na gravidez.</p><p>D) se trata de morte materna de causa</p><p>obstétrica direta devido a complicações</p><p>do abortamento.</p><p>E) se trata de morte materna de causa</p><p>inevitável devido a quadro séptico</p><p>generalizado.</p><p>CCQ: Identificar etiologia de morte</p><p>materna</p><p>A questão traz um caso de uma</p><p>paciente que vem a óbito após um</p><p>abortamento e questiona diretamente</p><p>se trata-se de morte materna e como</p><p>definir sua etiologia. Esta questão pode</p><p>estar na sua prova de obstetrícia, mas</p><p>também de medicina preventiva, pois</p><p>mortalidade materna é um problema de</p><p>saúde pública.</p><p>A morte materna é aquela que ocorre</p><p>em paciente gestante, parturiente ou</p><p>até 42 dias após o parto. Ela pode ser</p><p>decorrente de qualquer causa</p><p>relacionada ou agravada pela gravidez.</p><p>Não inclui mortes acidentais ou</p><p>incidentais que ocorreram durante o</p><p>ciclo gravídico-puerperal. Pode ainda</p><p>ser classificada como direta ou</p><p>obstétrica, quando é decorrente de</p><p>uma patologia desenvolvida na</p><p>gravidez. Ou</p><p>indireta, associada à</p><p>patologia prévia ou independente, mas</p><p>que foi piorada pela gravidez.</p><p>[Alternativa D: correta] No caso em</p><p>questão tínhamos uma gestante que</p><p>teve um abortamento (provocado ou</p><p>não, é um diagnóstico obstétrico) que</p><p>levou à perfuração intestinal e sepse de</p><p>foco abdominal. Portanto, temos uma</p><p>morte materna de causa obstétrica</p><p>direta, devido à complicação do</p><p>abortamento.</p><p>Vamos analisar os erros nas demais</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - incorreta A perfuração</p><p>uterina no abortamento clandestino</p><p>não é erro médico pois, não se trata de</p><p>procedimento médico.</p><p>Alternativa B - incorreta Independente</p><p>do tempo da evolução até o óbito, a</p><p>perfuração e sepse abdominal foram</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=Z0dQQz6uC4EwjGE8X5RM</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=Z0dQQz6uC4EwjGE8X5RM</p><p>causas imediatas ao abortamento.</p><p>Portanto, trata-se de morte materna.</p><p>Alternatica C - incorreta A infecção é</p><p>decorrente do abortamento, que é uma</p><p>causa obstétrica de morte materna. Se</p><p>não houvesse gestação, não haveria</p><p>abortamento.</p><p>Alternativa E - incorreta A sepse é</p><p>decorrente do abortamento infectado.</p><p>Portanto, ela é evitável desde que o</p><p>abortamento seja impedido.</p><p>As principais causas de morte materna</p><p>obstétricas são: doença hipertensiva</p><p>específica da gravidez, hemorragia pós</p><p>parto, infecção e abortamento. As</p><p>causas obstétricas podem ser evitadas</p><p>ou reduzidas a partir de um</p><p>acompanhamento pré-natal adequado</p><p>e, por isso, é um critério de avaliação de</p><p>saúde pública na assistência materno-</p><p>fetal.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a D.</p><p>_________________________________</p><p>60. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>E) E - item anulado</p><p>_________________________________</p><p>61. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>E) E - item anulado</p><p>_________________________________</p><p>62. Médica com 24 anos de idade,</p><p>recém-formada em escola do Sudeste</p><p>brasileiro, foi convocada pelo Exército</p><p>para servir, durante o próximo ano, na</p><p>base da segunda maior e mais populosa</p><p>cidade do Acre, na Região Norte do</p><p>país. Ela comparece à Unidade Básica</p><p>de Saúde para se vacinar contra febre</p><p>amarela. Como o médico deve orientar</p><p>a paciente?</p><p>A) Como a viagem irá durar mais de seis</p><p>meses, não está indicada a vacinação</p><p>contra febre amarela, somente a</p><p>adoção de medidas preventivas contra</p><p>picadas de insetos, principalmente</p><p>durante a noite.</p><p>B) Orientação sobre o acesso à rede de</p><p>serviços de diagnóstico e tratamento da</p><p>malária na área onde ela irá morar, além</p><p>de procurar os serviços de saúde, tão</p><p>logo identifique algum sintoma.</p><p>C) Não existe indicação de vacinação, e</p><p>sim de quimioprofilaxia para malária,</p><p>com doxiciclina, mefloquina e</p><p>cloroquina. Iniciar um dia antes da</p><p>viagem e manter até quatro semanas</p><p>após o retorno.</p><p>D) Indicar a vacinação contra febre</p><p>amarela pelo menos dez dias antes da</p><p>viagem. Não é necessário tomar a</p><p>vacina se já foi vacinada nos últimos dez</p><p>anos. Orientar sobre a importância de</p><p>portar cartão de vacinação durante a</p><p>viagem.</p><p>E) Como viverá em área endêmica,</p><p>deverá receber reforço vacinal a cada</p><p>cinco anos. Orientar sobre a</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=Z0dQQz6uC4EwjGE8X5RM</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=Z0dQQz6uC4EwjGE8X5RM</p><p>importância de portar cartão de</p><p>vacinação durante a viagem.</p><p>QUESTÃO DESATUALIZADA</p><p>Fala mentorando! Questão antiga, mas</p><p>que cobra um tema frequente nas</p><p>provas, então vamos revisar os pontos</p><p>atuais.</p><p>A vacina da febre amarela é feita com</p><p>vírus vivo atenuado, por isso, é</p><p>contraindicada em gestantes e</p><p>pacientes com imunossupressão.</p><p>Contudo, gestantes que viajarão à área</p><p>de risco devem tomar esta vacina (CCQ</p><p>frequente); após isso, a amamentação</p><p>deve ser interrompida por 10 dias. Claro</p><p>que preferiríamos que a gestante não</p><p>viajasse a estas áreas de risco, mas</p><p>pesando risco e benefício, se a viagem</p><p>for necessária, a vacinação apresenta</p><p>benefícios maiores do que o risco.</p><p>Antes a vacina era indicada somente em</p><p>alguns estados brasileiros, mas hoje em</p><p>dia ela é indicada em todo o território</p><p>nacional, além de que agora não temos</p><p>mais a necessidade de reforço a cada 10</p><p>anos! Hoje é preconizado 1 dose de</p><p>vacina contra a febre amarela durante</p><p>toda a vida da pessoa.</p><p>Como vimos, as alternativas estão</p><p>desatualizadas, mas mesmo assim, a</p><p>mais correta seria a alternativa D. O que</p><p>a torna incorreta hoje é o fato de não</p><p>precisarmos mais fazer uma dose de</p><p>reforço, mesmo que a última dose</p><p>tenha sido feita há mais de 10 anos.</p><p>Na época do concurso, a alternativa</p><p>correta era a D, mas de acordo com as</p><p>diretrizes atuais, não temos resposta</p><p>correta para a questão</p><p>_________________________________</p><p>63. Homem de 34 anos de idade foi</p><p>submetido, há cinco dias, a correção</p><p>cirúrgica de úlcera perfurada. Vem</p><p>evoluindo com vômitos desde a</p><p>operação, acompanhados de dor</p><p>abdominal difusa e distensão</p><p>abdominal, que se acentuaram nas</p><p>últimas seis horas. No momento</p><p>apresenta-se desidratado, com</p><p>frequência cardíaca = 132 bpm, pressão</p><p>arterial = 80x40 mmHg, temperatura</p><p>axilar = 38,7 ºC. Está em uso de</p><p>metronidazol na dose de 500 mg de 6/6</p><p>horas, gentamicina - 240 mg em dose</p><p>única dia e ampicilina - 1g de 6/6 horas,</p><p>além de omeprazol - 40 mg de 12/12</p><p>horas. Diante do presente quadro, a</p><p>melhor conduta é:</p><p>A) solicitar radiografia de abdome,</p><p>mudar esquema antibiótico e transferir</p><p>paciente para unidade de cuidados</p><p>críticos.</p><p>B) encaminhar para a unidade de</p><p>cuidados críticos, mudar esquema</p><p>antibiótico e puncionar acesso venoso</p><p>central.</p><p>C) chamar o cirurgião responsável,</p><p>instituir reposição volêmica e reservar</p><p>vaga em unidade de cuidados críticos.</p><p>D) solicitar tomografia abdominal,</p><p>mudar esquema antibiótico e instituir</p><p>reposição volêmica</p><p>E) chamar o cirurgião responsável,</p><p>mudar esquema antibiótico e instituir</p><p>reposição volêmica.</p><p>CCQ: Saber conduzir um caso de sepse</p><p>A questão está na prova de cirurgia, mas</p><p>só para contextualizar o cenário, pois</p><p>esse caso aqui é de sepse. E se você não</p><p>sabe, fique sabendo, todo médico tem</p><p>que saber conduzir caso de sepse</p><p>(ponto, sem discussão).</p><p>Homem de 34 anos no 5º dia do pós-</p><p>operatório de correção de hérnia</p><p>perfurada, evolui com vômitos,</p><p>distensão e dor abdominal,</p><p>desidratação, sinais de choque e febre,</p><p>mesmo em uso de 3 antibióticos. Sem</p><p>dúvidas que esse paciente está com</p><p>sinais de sepse – claro que devemos</p><p>fazer o SOFA para confirmar.</p><p>De todo modo, febre indica infecção e o</p><p>paciente está hipotenso e taquicárdico,</p><p>a banca quer saber qual a conduta que</p><p>temos que tomar nesse momento:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Não há</p><p>indicação de radiografia de abdome</p><p>nesse momento, paciente está em</p><p>choque, devemos estabilizá-lo</p><p>primeiro, avisar o cirurgião e, dadas as</p><p>informações acima, grande chance de</p><p>necessitar nova abordagem cirúrgica –</p><p>sem tempo para fazer exames</p><p>complementares.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Puncionar</p><p>acesso central não faz parte da conduta</p><p>inicial de sepse. O paciente após</p><p>alocado em CTI poderá até necessitar,</p><p>mas o acesso deve ser feito com calma</p><p>por ser um procedimento demorado,</p><p>enquanto isso um acesso periférico</p><p>calibroso já basta.</p><p>Alternativa C – Correta: O paciente</p><p>evoluiu com distensão e dor abdominal,</p><p>indícios de abdome agudo,</p><p>provavelmente necessitará de uma</p><p>nova abordagem cirúrgica, por isso,</p><p>devemos avisar o cirurgião (além do</p><p>mais, paciente cirúrgico é do cirurgião e</p><p>não do clínico).</p><p>Está chocado, qual a primeira medida e</p><p>ser feita na sepse? Reposição volêmica</p><p>com cristaloide!! E claro, sepse deve ser</p><p>tratada em unidade de terapia intensiva</p><p>– peça vaga</p><p>em CTI. Mas a questão não</p><p>disse sobre trocar o antibiótico, o qual</p><p>está indicado nesse contexto, porém</p><p>temos até 1 hora para fazer isso.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Paciente</p><p>chocando e você quer colocá-lo na</p><p>tomografia?!? Negativo, deve</p><p>estabilizá-lo primeiro.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Conduta</p><p>correta, mas incompleta, está faltando</p><p>pedir vaga em unidade fechada.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>C.</p><p>________________________________</p><p>64. Mulher com 56 anos de idade, ex-</p><p>tabagista (40 maços/ano), apresenta</p><p>dispneia aos pequenos esforços e tosse</p><p>matinal com expectoração clara. Faz</p><p>uso de salbutamol inalatório para alívio</p><p>da dispneia. Ao exame físico apresenta</p><p>pulso = 85 bpm, frequência respiratória</p><p>= 24 irpm, ausculta pulmonar com</p><p>murmúrio vesicular diminuído em</p><p>bases, sem ruídos adventícios. Sem</p><p>outras alterações no exame físico. Vem</p><p>à consulta ambulatorial de revisão</p><p>trazendo radiografia de tórax e</p><p>gasometria arterial em ar ambiente.</p><p>Após avaliação dos exames, foi</p><p>prescrito tratamento farmacológico e</p><p>indicada oxigenioterapia domiciliar</p><p>prolongada - 1L/min durante pelo</p><p>menos 15h/dia Com base nessas</p><p>informações, o resultado gasométrico</p><p>que justificou a indicação de</p><p>oxigenioterapia é:.</p><p>A) pH 7,45; PaCO 33 mmHg; PaO2 58</p><p>mmHg; HCO3 22 mEq/L.</p><p>B) pH 7,34; PaCO2 45 mmHg; PaO2 57</p><p>mmHg; HCO3 26 mEq/L.</p><p>C) pH 7,35; PaCO2 43 mmHg; PaO2 60</p><p>mmHg; HCO3 24 mEq/L.</p><p>D) pH 7,38; PaCO2 36 mmHg; PaO2 62</p><p>mmHg; HCO3 24 mEq/L.</p><p>E) pH 7,37; PaCO2 47 mmHg; PaO2 55</p><p>mmHg; HCO3 28 mEq/L.</p><p>CCQ: Saber que PaO₂ < ou igual a 55</p><p>mmHg é indicação de oxigenoterapia</p><p>domiciliar no paciente com DPOC</p><p>Fala mentorando! Questão cobrando</p><p>CCQ clássico, vamos lá relembrar sobre</p><p>este assunto.</p><p>Quando falamos de tratamento da</p><p>DPOC, sempre nos vem a mente os</p><p>broncodilatadores, que realmente são</p><p>nossa principal arma no tratamento dos</p><p>sintomas, mas saiba que estas</p><p>medicações não interferem na</p><p>sobrevida do nosso paciente!</p><p>Temos somente 1 tipo de terapia que</p><p>comprovadamente aumenta a</p><p>sobrevida do paciente quando bem</p><p>indicada, que é a oxigenoterapia</p><p>domiciliar.</p><p>Como indicações temos 2 principais:</p><p>• PaO₂ < ou igual a 55 mmHg ou</p><p>SatO2 < ou igual a 88%.</p><p>• PaO₂ 56-59 ou SatO2 89%</p><p>associados a comorbidades</p><p>(ICC, poliglobulia, aumento de</p><p>hematócrito)</p><p>A banca pergunta exatamente isso!</p><p>Qual das alternativas seria uma</p><p>indicação para a oxigenoterapia</p><p>domiciliar, a única que comporta uma</p><p>PaO₂ < ou igual a 55mmHg é a</p><p>alternativa E, portanto a correta.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A e B - Incorretas: Com</p><p>essa gasometria, se o paciente</p><p>apresentasse comorbidades seria</p><p>indicação de oxigenoterapia, mas a</p><p>banca não cita nada do tipo.</p><p>Alternativa C e D - Incorretas: PaO₂ de</p><p>60 ou mais não é indicação de</p><p>oxigenoterapia.</p><p>Alternativa E - Correta: Exatamente!</p><p>Única alternativa com indicação formal</p><p>a oxigenoterapia, que deve ser feita por</p><p>no mínimo 15 horas por dia para</p><p>apresentar eficácia.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E</p><p>_________________________________</p><p>65. Homem com 45 anos de idade</p><p>procurou a Unidade Básica de Saúde</p><p>com queixa de “manchas brancas pelo</p><p>corpo” que persistem há</p><p>aproximadamente dois anos e que</p><p>foram aumentando em número e</p><p>tamanho. Ao exame verificou-se a</p><p>presença de quatro lesões, todas</p><p>apresentando as mesmas</p><p>características, sendo duas máculas</p><p>hipocrômicas na face anterior da coxa</p><p>direita e duas em região dorsal. As</p><p>lesões apresentavam bordas bem</p><p>definidas e ausência de pelos. O teste</p><p>de sensibilidade térmica demonstrou</p><p>anestesia em toda a extensão das</p><p>lesões e a avaliação do grau de</p><p>incapacidade física foi zero. A</p><p>baciloscopia foi positiva. Em relação ao</p><p>tratamento indicado para este</p><p>paciente, podemos afirmar que:</p><p>A) o tratamento deverá ser feito por seis</p><p>meses, usandose doses supervisionadas</p><p>e autoadministradas.</p><p>B) a dapsona deverá ser usada na dose</p><p>de 50 mg/mês supervisionada e 50</p><p>mg/dia autoadministrada.</p><p>C) a rifampicina deverá ser usada na</p><p>dose de 300 mg/mês supervisionada e</p><p>100 mg/dia autoadministrada.</p><p>D) a clofazimina deverá ser usada na</p><p>dose de 300 mg/mês supervisionada e</p><p>50 mg/dia autoadministrada.</p><p>E) a ofloxacina poderá ser usada em</p><p>substituição à rifampicina nos casos de</p><p>intolerância, na dose de 200 mg/mês</p><p>supervisionada e 200 mg/dia</p><p>autoadministrada.</p><p>CCQ: Saber que a clofazimina é</p><p>utilizada no tratamento da forma</p><p>multibacilar da hanseníase</p><p>Olá, pessoal! Questão relativamente</p><p>simples sobre um tema bastante</p><p>comum nas provas: hanseníase.</p><p>Hanseníase é uma doença</p><p>infectocontagiosa cujo agente</p><p>etiológico é o Mycobacterium leprae,</p><p>que acomete principalmente os nervos</p><p>superficiais da pele e troncos nervosos</p><p>periféricos, mas também pode afetar</p><p>outros órgãos. Ela tem como principal</p><p>via de inoculação a mucosa das vias</p><p>aéreas superiores e manifestação</p><p>clínica diversa: manchas pigmentares</p><p>ou discrômicas com alterações de</p><p>sensibilidade ao tato, térmica ou a dor;</p><p>formigamentos; caroços, que podem</p><p>ser pápulas, tubérculos ou nódulos, que,</p><p>normalmente, são assintomáticos;</p><p>sensação de choque nos nervos</p><p>periféricos; febre; artralgia;</p><p>conjuntivite; linfadenomegalias, entre</p><p>outros.</p><p>A hanseníase é dividida em 4 subtipos:</p><p>indeterminada (paucibacilar),</p><p>tuberculoide (paucibacilar), dimorfa</p><p>(multibacilar) e virchowiana</p><p>(multibacilar), e em cada um deles as</p><p>manifestações clínicas serão</p><p>específicas.</p><p>A OMS classifica as formas</p><p>multibacilares quando há mais de 5</p><p>lesões de pele ou quando a baciloscopia</p><p>de raspado intradérmico é positiva; já a</p><p>forma paucibacilar é definida quando a</p><p>baciloscopia é negativa e há 5 ou menos</p><p>lesões de pele.</p><p>O tratamento depende dos tipos de</p><p>forma e é realizado em esquema de</p><p>poliquimioterapia. São utilizadas as</p><p>seguintes medicações: rifampicina</p><p>(dose única mensal de 600 mg,</p><p>supervisionada), dapsona (100 mg/d),</p><p>clofazimina (dose única mensal de 300</p><p>mg supervisionada + 50 mg/d</p><p>autoadministrada), sendo que a</p><p>clofazimina só deve ser utilizada para a</p><p>forma multibacilar.</p><p>Diante disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Trata-se de</p><p>uma paciente multibacilar, portanto o</p><p>tempo de tratamento deve ser de 12</p><p>meses.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A dapsona</p><p>deve ser administrada em dose mensal</p><p>de 100 mg supervisionada + dose diária</p><p>de 100 mg autoadministrada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A rifampicina</p><p>deve ser administrada em dose única</p><p>mensal de 600 mg, supervisionada.</p><p>Alternativa D – Correta: Nas formas</p><p>multibacilares, a clofazimina deve ser</p><p>adicionada ao esquema, com dose</p><p>única mensal de 300 mg supervisionada</p><p>+ 50 mg/d autoadministrada.</p><p>Alternativa E – Incorreta: A ofloxacina</p><p>pode ser utilizada como substituto da</p><p>rifampicina, contudo a dose é de 400</p><p>mg/mês supervisionada + 400 mg/d</p><p>autoadministrada.</p><p>Dessa forma, como a questão solicita</p><p>a afirmativa correta, o nosso gabarito</p><p>é letra D.</p><p>_________________________________</p><p>66. Lactente de nove meses, do sexo</p><p>masculino, é admitido no Pronto-</p><p>Socorro com história de irritabilidade,</p><p>febre e choro persistente. Ao exame</p><p>físico, apresenta-se pálido, discreta</p><p>hiperemia de orofaringe, discreta</p><p>limitação à flexão do pescoço e</p><p>fontanela abaulada. O hemograma</p><p>realizado no atendimento mostra</p><p>discreta leucocitose (11.000</p><p>leucócitos/mm3 ) sem desvio à</p><p>esquerda. Punção lombar mostrou</p><p>líquor hipertenso e turvo, com 1.250</p><p>células, com 95% de neutrófilos;</p><p>glicorraquia = 15 mg/dL, dosagem de</p><p>proteínas no líquor = 345 mg/dL,</p><p>presença de diplococos gram-</p><p>negativos. Qual a hipótese diagnóstica</p><p>mais provável?</p><p>A) Meningite viral.</p><p>B) Meningite bacteriana pneumocócica.</p><p>C) Meningite bacteriana</p><p>meningocócica.</p><p>D) Meningite por Mycobacterium</p><p>tuberculosis.</p><p>E) Meningite sem agente etiológico</p><p>determinado.</p><p>CCQ: No caso de bioquímica do LCR</p><p>com aparência turva e</p><p>viral: proteínas</p><p>elevadas, glicose normal,</p><p>predomínio de linfócitos.</p><p>• Meningite tuberculosa:</p><p>proteínas elevadas, glicose</p><p>baixa, predomínio de linfócitos e</p><p>presença de ADA > 40.</p><p>Voltando a questão, temos uma</p><p>paciente usuária de drogas EV com</p><p>quadro de febre e perda de peso há 3</p><p>meses, evolui com confusão mental e</p><p>rebaixamento do nível de consciência,</p><p>sendo proposto o diagnóstico de</p><p>meningite.</p><p>Pare aqui e note o risco desta paciente</p><p>apresentar alguma forma de</p><p>imunossupressão, endocardite por S.</p><p>Aureus e Hepatite, além do aumento de</p><p>risco para meningite tuberculosa (pode</p><p>te ajudar em outras questões!).</p><p>Procede-se a uma punção liquórica com</p><p>achado de proteínas elevadas, glicose</p><p>baixa, predomínio de linfócitos, só</p><p>faltou o ADA, mas se a banca</p><p>apresentasse este dado, a questão</p><p>ficaria fácil, por isso não citou o ADA da</p><p>paciente.</p><p>Note que estas características, mesmo</p><p>sem o ADA, só se enquadram na</p><p>meningite tuberculosa, por isso é a</p><p>nossa principal hipótese diagnóstica.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos,</p><p>a meningite viral cursa com glicose</p><p>normal.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A encefalite</p><p>viral também cursa com as mesmas</p><p>alterações do liquor, apesar de alguns</p><p>pacientes apresentarem ausência de</p><p>alterações no LCR.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente!</p><p>Nossa principal hipótese como já</p><p>explicado anteriormente.</p><p>Alterativa D e E - Incorretas: Ambas</p><p>citam formas de meningite bacteriana,</p><p>o que não é a nossa principal hipótese,</p><p>tanto pela evolução clínica, como pelo</p><p>exame de LCR.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>6. Menina com 12 anos de idade tem</p><p>diagnóstico de asma desde os três anos</p><p>de idade, sem acompanhamento</p><p>adequado há seis meses. Comparece à</p><p>Unidade Básica de Saúde por</p><p>apresentar, nas últimas quatro</p><p>semanas, dificuldade para realizar</p><p>atividades físicas, com necessidade de</p><p>uso de medicação três ou mais vezes</p><p>por semana, e vários despertares</p><p>noturnos devido à tosse. Ao exame</p><p>físico, apresenta sibilos inspiratórios ao</p><p>esforço. A classificação e o tratamento</p><p>para o controle clínico desse quadro</p><p>são, respectivamente:</p><p>A) asma moderada; deve ser iniciado</p><p>corticoide inalatório associado ao</p><p>montelucaste.</p><p>B) asma persistente leve; deve ser</p><p>iniciado um broncodilatador de ação</p><p>longa por três meses.</p><p>C) asma parcialmente controlada; deve</p><p>ser iniciado corticoide inalatório e</p><p>broncodilatador de ação longa.</p><p>D) asma induzida por exercício; deve ser</p><p>prescrito broncodilatador de ação curta</p><p>e montelucaste.</p><p>E) asma não controlada; deve ser</p><p>iniciado broncodilatador de ação curta e</p><p>corticoide inalatório.</p><p>CCQ: Saber que limitação de</p><p>atividades, uso de medicação de alívio</p><p>duas ou mais vezes na semana, e</p><p>sintomas noturnos caracterizam asma</p><p>não controlada</p><p>Pessoal, temos uma menina de 12 anos</p><p>sabidamente asmática, com má adesão</p><p>ao tratamento há cerca de seis meses e</p><p>apresentando, no último mês,</p><p>dificuldade para realizar atividades</p><p>físicas, com necessidade de uso de</p><p>medicação três ou mais vezes por</p><p>semana e vários despertares noturnos</p><p>devido à tosse. Com esses dados, você</p><p>possivelmente já percebeu que a asma</p><p>dessa paciente não está,</p><p>definitivamente, controlada. Mas você</p><p>lembra como é a classificação do</p><p>controle de asma?</p><p>Critérios</p><p>• Sintomas diurnos: 02 ou mais</p><p>vezes por semana;</p><p>• Uso de medicações de alívio: 02</p><p>ou mais vezes por semana;</p><p>• Sintomas noturnos: apenas uma</p><p>vez;</p><p>• Limitação de atividades.</p><p>Interpretação</p><p>• Asma controlada: nenhum</p><p>critério preenchido;</p><p>• Asma parcialmente controlada:</p><p>01 ou 02 critérios preenchidos;</p><p>• Asma não controlada: 03 ou 04</p><p>critérios preenchidos.</p><p>Com isso em mente, podemos perceber</p><p>que a nossa paciente preencheu 03</p><p>critérios e, por isso, sua asma é</p><p>considerada NÃO controlada. Apenas</p><p>constatando isso, você já conseguiria</p><p>acertar a questão; no entanto, não</p><p>vamos nos ater a isso e vamos rever os</p><p>passos do tratamento de acordo com a</p><p>mais recente atualização:</p><p>• STEP 1: corticoide inalatório em</p><p>baixa dose (ICS) + beta-2-</p><p>agonista de longa duração</p><p>(LABA) conforme necessidade</p><p>OU uso contínuo de corticoide</p><p>inalatório em baixa dose.</p><p>o OBS.: no STEP 1, é</p><p>importante ressaltar que</p><p>a combinação de ICS +</p><p>LABA para alívio é</p><p>indicada para pacientes</p><p>a partir de 12 anos. Nas</p><p>crianças de 6-11 anos, a</p><p>medicação de alívio de</p><p>escolha ainda é o beta-2-</p><p>agonista de curta</p><p>duração (SABA).</p><p>• STEP 2: Corticoide inalatório em</p><p>baixa dose contínuo e</p><p>combinação ICS + LABA para</p><p>resgate.</p><p>• STEP 3: ICS + LABA em baixa</p><p>dose OU corticoide inalatório</p><p>em dose média (manutenção) e</p><p>SABA OU ICS-LABA (alívio).</p><p>o OBS.: pacientes com</p><p>sintomas intensos</p><p>devem começar pelo</p><p>STEP 2 ou STEP 3.</p><p>• STEP 4: ICS + LABA em dose</p><p>média como controle e as</p><p>mesmas medicações de alívio do</p><p>STEP 3.</p><p>• STEP 5: ICS + LABA em alta</p><p>dose. Nesses casos, paciente</p><p>deve ser referenciado, com</p><p>adição de tiotrópio ou uma</p><p>medicação anti-IgE</p><p>(omalizumabe).</p><p>Um algo a mais: o corticoide inalatório</p><p>deve sempre ser prescrito no</p><p>tratamento da asma, já que ele</p><p>demonstrou ser a medicação mais</p><p>importante no controle e na evolução</p><p>da asma, evitando o remodelamento</p><p>pulmonar e diminuindo o risco de</p><p>exacerbações, principalmente as</p><p>graves.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: A paciente</p><p>preencheu 03 critérios de descontrole</p><p>de asma e, portanto, tem uma asma</p><p>não controlada.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A paciente</p><p>preencheu 03 critérios de descontrole</p><p>de asma e, portanto, tem uma asma</p><p>não controlada.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A paciente</p><p>preencheu 03 critérios de descontrole</p><p>de asma e, portanto, tem uma asma</p><p>não controlada.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A asma da</p><p>paciente não é induzida por exercícios,</p><p>já que ela também tem sintomas</p><p>noturnos e possivelmente diurnos, já</p><p>que necessita usar a medicação de alívio</p><p>três ou mais vezes na semana.</p><p>Alternativa E – Correta: Como vimos, a</p><p>nossa paciente possui uma asma não</p><p>controlada. Seu tratamento pode ser</p><p>iniciado no STEP 1 e atualmente seria</p><p>feito com ICS + LABA, conforme</p><p>necessidade OU ICS contínuo com ICS +</p><p>LABA para alívio. No entanto, como a</p><p>questão é de 2013, a referência usada</p><p>ainda preconizava o ICS + SABA, por</p><p>isso, essa é a nossa alternativa correta.</p><p>Portanto, ficamos com letra E como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>7. Mulher com 19 anos de idade,</p><p>primigesta, com gestação de 22</p><p>semanas, procura serviço de Pronto</p><p>Atendimento obstétrico por apresentar</p><p>lesões ulceradas, rasas e dolorosas em</p><p>vulva, iniciadas há um dia,</p><p>acompanhada de febre não aferida e</p><p>mal-estar geral. Relata que o quadro se</p><p>iniciou há três dias, precedido por</p><p>sensação de queimação no local. Nega</p><p>qualquer lesão semelhante anterior.</p><p>Não se observam alterações em</p><p>gânglios inguinais. A hipótese</p><p>diagnóstica e a conduta corretas para a</p><p>paciente são, respectivamente:</p><p>A) cancro mole; iniciar doxiciclina.</p><p>B) herpes genital; iniciar aciclovir oral.</p><p>C) donovanose; iniciar penicilina</p><p>benzatina.</p><p>D) sífilis primária; iniciar penicilina</p><p>benzatina.</p><p>E) condiloma plano; cauterizar com</p><p>ácido tricloroacético 90%.</p><p>CCQ: Saber que herpes genital se</p><p>apresenta com vesículas que se</p><p>tornam úlceras dolorosas e rasas</p><p>Mentorando, questão sobre</p><p>diagnóstico diferencial entre as úlceras</p><p>genitais, tema de grande importância.</p><p>Frente à queixa de úlceras genitais, a</p><p>primeira coisa que devemos buscar é se</p><p>as úlceras são dolorosas ou não.</p><p>Caso seja dolorosa, temos: Herpes</p><p>(múltiplas, vesículas) ou cancro mole</p><p>(fundo sujo).</p><p>Em úlceras não dolorosas, temos</p><p>sífilis/cancro duro (única, bordas</p><p>elevadas, fundo limpo), o</p><p>linfogranuloma venéreo (única,</p><p>linfadenopatia indolor, fistuliza por</p><p>múltiplos orifícios/ ”bico de regador”)</p><p>ou a donovanose</p><p>hiperdenso,</p><p>leucometria elevada por neutrófilos,</p><p>hipoglicorraquia e</p><p>hiperproteinorraquia, devemos</p><p>pensar em infecção bacteriana</p><p>Olá, mentorando JJ! Temos aqui uma</p><p>questão que aborda o diagnóstico de</p><p>meningite na pediatria. Esse assunto é</p><p>super relevante, e você deve estar</p><p>craque em resolver essas questões.</p><p>Outro conhecimento cobrado é o das</p><p>alterações presentes no líquido</p><p>cefalorraquidiano (LCR), saiba que</p><p>correlacionar as alterações no líquor</p><p>com o agente etiológico é uma</p><p>habilidade que você deve dominar para</p><p>a prova!</p><p>Vamos aproveitar para revisar os</p><p>principais padrões de líquor nas</p><p>meningites com a tabela abaixo:</p><p>A análise de celularidade e bioquímica</p><p>apontam para infecção bacteriana. A</p><p>descrição do resultado obtido no Gram</p><p>do líquido cefalorraquidiano (LCR), com</p><p>aparência turva e líquor hiperdenso,</p><p>presença de leucometria elevada</p><p>associada ao alto número de</p><p>neutrófilos, hipoglicorraquia e</p><p>hiperproteinorraquia, apontam para um</p><p>provável diagnóstico de meningite</p><p>meningocócica.</p><p>Alternativa A - Incorreta: As alterações</p><p>no líquor não falam a favor da etiologia</p><p>viral, e a presença de diplococos Gram-</p><p>negativos na amostra afasta ainda mais</p><p>essa possibilidade diagnóstica.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>Streptococcus pneumoniae é uma</p><p>bactéria Gram-positiva.</p><p>Alternativa C - Correta: No caso de um</p><p>paciente com sinais e sintomas de</p><p>meningite que apresenta o líquor com</p><p>as características descritas na questão,</p><p>temos como hipótese diagnóstica mais</p><p>provável a meningite meningocócica.</p><p>Lembre-se que essa entidade pode</p><p>evoluir para uma meningococcemia,</p><p>que é a septicemia provocada pelo</p><p>meningococo, quadro grave que pode</p><p>ter evolução fulminante.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A meningite</p><p>tuberculosa é uma complicação da</p><p>infecção tuberculosa, que pode ser</p><p>diferenciada por apresentar um líquor</p><p>límpido ou xantocrômico, o que não é</p><p>compatível com o do paciente em</p><p>questão.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A presença</p><p>de diplococos Gram-negativos na</p><p>amostra fala muito a favor de uma</p><p>meningite meningocócica.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>_________________________________</p><p>67. Estudante com 9 anos de idade vem</p><p>apresentando dificuldades de</p><p>aprendizagem e atos de indisciplina</p><p>frequentes em relação aos professores,</p><p>principalmente aos novos, que tiveram</p><p>de ser substituidos por três vezes nos</p><p>últimos dois meses por problemas de</p><p>saúde. A escola solicitou que a mãe</p><p>procurasse um "neurologista" para o</p><p>menino e esta levou a criança</p><p>inicialmente ao pediatra, referindo que</p><p>ele tinha boa índole, ajudava nas tarefas</p><p>de casa e tomava conta do irmão com 5</p><p>anos. Notou que tem apresentado</p><p>notas mais baixas e reclama muito dos</p><p>professores ultimamente. Nega atos</p><p>indisciplinares que não sejam próprios</p><p>da idade. O menino não gosta de ficar</p><p>na rua, costuma brincar em casa e jogar</p><p>futebol no final de semana com os</p><p>amigos e primos. Em casa não tem</p><p>computador e a mãe acha que esse é o</p><p>motivo do mau desempenho escolar. A</p><p>criança perdeu o pai há um ano, vítima</p><p>de atropelamento. Ao exame físico, o</p><p>pediatra não encontrou alterações.</p><p>Com base nessa narrativa, a suspeita</p><p>clínica e a conduta do pediatra devem</p><p>ser:</p><p>A) transtorno de distúrbio de</p><p>comunicação (provavelmente</p><p>linguagem); encaminhar para avaliação</p><p>com o neurologista infantil.</p><p>B) déficit de atenção e hiperatividade;</p><p>encaminhar para avaliação com o</p><p>neurologista e com o psiquiatra infantil.</p><p>C) comportamento aceitável para a</p><p>idade; avaliar melhor com seguimento e</p><p>então decidir se encaminha ao</p><p>psiquiatra infantil.</p><p>D) comportamento antissocial</p><p>decorrente da perda familiar;</p><p>encaminhar de imediato para avaliação</p><p>com o psiquiatra infantil.</p><p>E) transtorno de conduta</p><p>(comportamento desafiador opositor);</p><p>encaminhar para avaliação com o</p><p>psiquiatra infantil.</p><p>CCQ: Saber que no TDAH há</p><p>desatenção e impulsividade; o</p><p>antissocial não convive bem com</p><p>outras pessoas e o transtorno</p><p>desafiador opositor recusa a obedecer</p><p>regras e tem um comportamento</p><p>hostil com autoridades</p><p>Aluno Aristo, questões sobre</p><p>desenvolvimento são comuns e</p><p>frequentemente aparecem nas provas</p><p>de Pediatria. Portanto, vamos juntos</p><p>revisar esse tema e guardar com</p><p>carinho algumas definições. Vamos lá?</p><p>Você sabe o que significa</p><p>desenvolvimento? Segundo o AIDPI, é</p><p>um processo que vai desde a concepção</p><p>até o crescimento físico e maturação</p><p>neurológica, comportamental,</p><p>cognitiva, social e afetiva da criança.</p><p>Cada uma das fases é marcada por um</p><p>comportamento diferente. Vamos</p><p>relembrar as características de cada</p><p>fase de forma prática?</p><p>• Lactente (fase oral-anal):</p><p>quando a criança começa a</p><p>descobrir o mundo e a ter mais</p><p>autonomia.</p><p>• Pré-escolar (fase edipiano): há a</p><p>contradição da própria vontade</p><p>(birras) e questionamentos (os</p><p>famosos “porquês”).</p><p>• Escolar (fase da latência): a</p><p>criança se sente capaz ou</p><p>incapaz de produzir ou realizar</p><p>as atividades.</p><p>• Adolescência (fase da</p><p>identidade): ela se identifica</p><p>com um grupo, há necessidade</p><p>de privacidade e ela passa por</p><p>conflitos internos.</p><p>Agora que revisamos um pouco sobre</p><p>cada fase, vamos analisar as</p><p>alternativas e entender um pouco</p><p>melhor os diagnósticos diferenciais:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Para</p><p>pensarmos em um distúrbio da</p><p>linguagem, esta criança apresentaria</p><p>dificuldades em todas as esferas da sua</p><p>vida, tanto a escolar como a familiar.</p><p>Entretanto, temos um paciente com</p><p>uma dificuldade pontual na falta de</p><p>disciplinaridade com alguns professores</p><p>específicos e notas baixas, ou seja,</p><p>podemos inferir que essa criança não</p><p>apresenta dificuldades de comunicação</p><p>com amigos e familiares, por exemplo.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O transtorno</p><p>de déficit de atenção e hiperatividade</p><p>(TDAH) é uma síndrome de desatenção,</p><p>hiperatividade e impulsividade. Há 3</p><p>tipos de TDAH, os que são</p><p>predominantemente desatentos,</p><p>hiperativo/impulsivos e combinados.</p><p>No nosso caso, não temos um paciente</p><p>apresentando episódios de desatenção</p><p>e dificuldade para concentrar ou atos</p><p>impulsivos.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente!</p><p>Essas características se encaixam na</p><p>fase escolar e início da pré-</p><p>adolescência, sendo normal e recente</p><p>esse comportamento, não</p><p>necessitando, ainda, de um</p><p>acompanhamento mais específico.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Apesar do</p><p>período de luto, a criança mantém um</p><p>relacionamento social com amigos e</p><p>primos, porém não gosta de brincar na</p><p>rua (característica do paciente, não de</p><p>uma patologia). Além disso, é solícito</p><p>em casa e ajuda a cuidar do irmão mais</p><p>novo, indicando boa relação familiar.</p><p>Por isso, não consideramos esse</p><p>paciente com um comportamento</p><p>antissocial.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O transtorno</p><p>desafiador opositivo é um padrão</p><p>recorrente ou persistente de</p><p>comportamento negativo, desafiador</p><p>ou mesmo hostil direcionado contra</p><p>figuras de autoridades Suas principais</p><p>características são: impacientar-se fácil</p><p>e repetidamente; argumentar e desafiar</p><p>os adultos; recusar a obedecer regras;</p><p>deliberadamente aborrecer as pessoas;</p><p>culpar os outros pelos seus próprios</p><p>erros ou mau comportamento;</p><p>aborrecer-se e zangar-se facilmente e</p><p>ser rancoroso e vingativo. Além disso,</p><p>muitas crianças afetadas também não</p><p>possuem habilidades sociais. Como não</p><p>foi descrito nenhuma dessas</p><p>características no nosso paciente, esse</p><p>não é um dos diagnósticos prováveis.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a C</p><p>________________________________</p><p>68. Paciente com 65 anos de idade,</p><p>menopausa ocorrida há doze anos,</p><p>comparece ao Pronto-Socorro com</p><p>história de sangramento vaginal</p><p>esporádico e leve há sete meses, com</p><p>piora do sangramento há dois dias,</p><p>acompanhado de fraqueza e mal-estar.</p><p>Nega dor pélvica ou outros sintomas.</p><p>Tem hipertensão arterial sistêmica</p><p>controlada e obesidade (IMC = 38 kg/m2</p><p>). Ao exame ginecológico verifica-se</p><p>saída de sangue pelo orifício externo do</p><p>colo uterino. Traz resultado de</p><p>colpocitologia oncológica que está</p><p>normal. Ultrassonografia transvaginal</p><p>mostra útero de 30 cm3 com eco</p><p>endometrial de 2 mm de espessura,</p><p>ovários não visualizados. A causa mais</p><p>provável para o sangramento</p><p>apresentado pela paciente é:</p><p>A) adenomiose.</p><p>B) pólipo endometrial.</p><p>C) atrofia do endométrio.</p><p>D) câncer de endométrio.</p><p>E) hiperplasia endometrial.</p><p>CCQ: Investigação de sangramento</p><p>vaginal pós menopausa</p><p>A questão traz o caso de uma paciente</p><p>menopausada há 12 anos que</p><p>apresentou sangramento vaginal.</p><p>Sempre que houver sangramento</p><p>vaginal após a menopausa é necessário</p><p>realizar ultrassonografia transvaginal</p><p>para avaliar a espessura do endométrio.</p><p>Lembre-se que a terapia de reposição</p><p>hormonal usada no tratamento de</p><p>sintomas do climatério, estimula o</p><p>endométrio e, por isso, ele estará mais</p><p>espessado, podendo haver</p><p>sangramento vaginal.</p><p>O valor usado para hiperplasia</p><p>endometrial é espessura maior que 4</p><p>mm em pacientes sem reposição</p><p>hormonal e maior que 8 mm em</p><p>pacientes que receberam terapia de</p><p>reposição hormonal.</p><p>Vamos analisar a melhor alternativa</p><p>para uma provável causa deste</p><p>sangramento:</p><p>Alternativa A - incorreta A adenomiose</p><p>é a presença de glândulas endometriais</p><p>no miométrio e causa sangramento</p><p>uterino anormal na menacme. Esse</p><p>distúrbio tende a desaparecer após a</p><p>menopausa, além de não ser descrito na</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=al0J5WlfG0TD8JtWe7tX</p><p>ultrassonografia, então não é um</p><p>diagnóstico provável.</p><p>Alternativa B - incorreta O ultrassom</p><p>descrito não visualizou pólipos que,</p><p>apesar de ser uma causa de</p><p>sangramento pós menopausa, neste</p><p>caso é menos provável;</p><p>Alternativa C - correta</p><p>Aproximadamente 30% dos</p><p>sangramentos pós-menopausa são</p><p>causados por atrofia do endométrio,</p><p>que é um processo fisiológico nesta fase</p><p>e gera sangramento pela fragilidade de</p><p>capilares na mucosa atrofiada.</p><p>Alternativa D - incorreta O câncer de</p><p>endométrio é diagnosticado a partir da</p><p>biópsia de um endométrio espessado</p><p>com atipia celular.</p><p>Alternativa E - incorreta A paciente</p><p>apresenta endométrio de 2mm e abaixo</p><p>de 4mm em pacientes sem terapia</p><p>hormonal não falamos em hiperplasia</p><p>de endométrio.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a C</p><p>_________________________________</p><p>69. Primigesta com 18 anos de idade,</p><p>22 semanas de idade gestacional,</p><p>comparece à Unidade Básica de Saúde</p><p>para realização de vacinação</p><p>antitetânica. Traz consigo carteira de</p><p>vacinação que registra que a última</p><p>imunização aplicada foi a vacina dupla</p><p>para adulto, aos 15 anos de idade.</p><p>Considerando-se o estado vacinal e a</p><p>idade gestacional, deve-se:</p><p>A) aplicar pelo menos duas doses de</p><p>vacina antitetânica durante a gestação,</p><p>com intervalo de dois meses.</p><p>B) aplicar a dose de reforço da vacina</p><p>antitetânica, como feito habitualmente</p><p>durante a gestação.</p><p>C) aplicar uma dose de vacina</p><p>antitetânica durante a gestação e uma</p><p>nova dose no puerpério.</p><p>D) não aplicar vacina antitetânica, pela</p><p>cobertura vacinal prévia.</p><p>E) aplicar a vacina antitetânica, pois</p><p>cobrir o risco fetal é a prioridade.</p><p>QUESTÃO DESATUALIZADA</p><p>Fala pessoal! Tema importantíssimo,</p><p>mas com questão ambígua, além de</p><p>provavelmente estar desatualizada, por</p><p>que provavelmente? O INEP tem</p><p>histórico de sempre possuir questões</p><p>mal-feitas, então não sabemos se foi só</p><p>a desatualização, ou se realmente a</p><p>questão foi mal redigida, de qualquer</p><p>maneira, é importante entendermos</p><p>como a banca gosta de cobrar</p><p>determinados temas! Então, aprenda</p><p>com o comentário.</p><p>Na época do concurso a vacinação com</p><p>dTpa era preconizada para todas as</p><p>gestantes também e com o mesmo</p><p>objetivo dos dias de hoje, prevenir</p><p>coqueluche nos neonatos, mas a época</p><p>de administração era a partir das 28</p><p>semanas! Então, ela realmente não</p><p>teria indicação.</p><p>Nos dias de hoje sim ela teria indicação,</p><p>quando falamos sobre vacina</p><p>antitetânica nas provas, elas se referem</p><p>a dT ou dTpa na grande maioria das</p><p>vezes, então apesar de confuso, as</p><p>bancas na maioria das vezes</p><p>consideram como resposta correta,</p><p>mesmo o nome estando como</p><p>antitetânica.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=al0J5WlfG0TD8JtWe7tX</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=al0J5WlfG0TD8JtWe7tX</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=al0J5WlfG0TD8JtWe7tX</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=al0J5WlfG0TD8JtWe7tX</p><p>Outro ponto polêmico é a falta de</p><p>citação de esquema completo! Mas</p><p>note que não temos citação de ausência</p><p>deste esquema ou até mesmo de</p><p>desconhecimento por parte da</p><p>paciente, então entendemos que como</p><p>a banca cita que última dose foi aos 15</p><p>anos, que o esquema esta completo</p><p>sim! Ao contrário a banca deveria nos</p><p>dar alguma informação que nos</p><p>sugerisse esquema incompleto (perda</p><p>do cartão vacinal por exemplo.</p><p>Nos dias de hoje, a alternativa correta</p><p>seria a alternativa B - Correta, mas na</p><p>época do concurso a banca considerou</p><p>como correta a alternativa D - Correta</p><p>pelas diretrizes vigentes na época.</p><p>Gabarito oficial: alternativa D.</p><p>Gabarito Aristo: alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>70. Homem com 40 anos de idade,</p><p>portador de cirrose alcoólica, encontra-</p><p>se em avaliação para transplante</p><p>hepático. Relata abstinência de álcool</p><p>há dois anos. Há sete dias apresentou</p><p>hematêmese e ascite moderada. Foi</p><p>submetido a endoscopia digestiva com</p><p>ligadura elástica de varizes de esôfago.</p><p>No momento encontra-se bem,</p><p>hemodinamicamente estável, sem</p><p>sinais de sangramento. A conduta</p><p>correta a seguir é</p><p>A) cancelar a alta, listar o paciente para</p><p>transplante hepático e mantê-lo</p><p>internado até realizar o transplante,</p><p>antes que ocorra outro sangramento e</p><p>óbito.</p><p>B) cancelar a alta, até ele ter</p><p>acompanhamento por assistente social</p><p>para avaliar se ele não está ingerindo</p><p>bebida alcoólica, prescrever</p><p>antiemético, inibidor de bomba de</p><p>prótons e diazepam.</p><p>C) suspender a avaliação para</p><p>transplante hepático por provável</p><p>ingestão de bebida alcoólica. Solicitar</p><p>avaliação de psiquiatra e assistente</p><p>social, prescrever propranolol, inibidor</p><p>de bomba de prótons e antibiótico</p><p>profilático.</p><p>D) informar os familiares e o paciente</p><p>que cirrose alcoólica não é uma</p><p>indicação para transplante hepático,</p><p>que o melhor tratamento para ele é o</p><p>uso correto de propranolol, inibidor de</p><p>bomba de prótons e o antibiótico</p><p>profilático.</p><p>E) alta hospitalar com orientação aos</p><p>familiares e paciente, prescrever</p><p>propranolol, inibidor de bomba de</p><p>prótons, antibiótico profilático,</p><p>diuréticos, agendar nova endoscopia</p><p>em 6 meses e manter avaliação para</p><p>transplante hepático.</p><p>CCQ: Saber que devemos indicar</p><p>profilaxia secundária para hemorragia</p><p>digestiva e conduta após hemorragia</p><p>digestiva em cirrótico</p><p>A banca do INEP abordou nessa</p><p>questão condições de alta hospitalar</p><p>em um paciente cirrótico após controle</p><p>de hemorragia digestiva varicosa, algo</p><p>raramente cobrado em provas.</p><p>Basicamente a banca exige se podemos</p><p>ou não dar alta, e caso positivo, sob</p><p>quais circunstâncias devemos dar essa</p><p>alta – quais orientações, profilaxias,</p><p>medicações prescritas na alta. Gosto</p><p>desse tipo de questão, pois aproxima o</p><p>candidato da vivência real, exige</p><p>raciocínio, visão crítica da situação – e</p><p>não somente decorar o antibiótico</p><p>prescrito na profilaxia da PBE ou de</p><p>sangramento varicoso...</p><p>Alternativa A – Incorreta: Um único</p><p>episódio de sangramento varicoso em</p><p>paciente cirrótico não é indicativo</p><p>imediato de transplante hepático. Há</p><p>outras opções terapêuticas ante tal</p><p>conduta. Ligadura elástica,</p><p>escleroterapia, betabloqueadores,</p><p>cirurgias para redução da hipertensão</p><p>portal, TIPS, enfim.</p><p>Alternativa B e C – Incorretas: O fato</p><p>do paciente está internado</p><p>há pelo</p><p>menos 7 dias no hospital e BEM, é um</p><p>grande indício de que de fato paciente</p><p>não está ingerindo bebida alcoólica. Do</p><p>contrário, estaria com sinais de</p><p>abstinência. Sem indicação de</p><p>antieméticos e Diazepam.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Cirrose</p><p>alcoólica é uma indicação, sim, de</p><p>transplante hepático.</p><p>Alternativa E – Correta: Paciente bem,</p><p>estável hemodinamicamente e sem</p><p>sinais de sangramento após 7 dias do</p><p>tratamento endoscópico (padrão-</p><p>ouro), portanto, apto para alta</p><p>hospitalar. Devemos orientá-lo e fazer</p><p>receituário para profilaxia secundária</p><p>de varizes esofagianas com propanolol,</p><p>tratamento para ascite moderada com</p><p>diureticoterapia (espironolactona +</p><p>furosemida) e profilaxia primária para</p><p>peritonite bacterina espontânea (PBE)</p><p>com norfloxacino ou sulfametoxazol +</p><p>trimetropim oral por 7 dias. É</p><p>recomendado nova endoscopia em até</p><p>6 meses para revisão e, com certeza,</p><p>manter o paciente na avaliação de</p><p>transplante hepático.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>E</p><p>________________________________</p><p>71. Considere que um médico é</p><p>convidado para participar da reunião da</p><p>Comissão Intergestores Bipartite (CIB)</p><p>para explicar sobre o fluxograma de</p><p>atendimento dos pacientes diabéticos</p><p>sem complicações crônicas residentes</p><p>na capital. Segundo o Decreto</p><p>Presidencial n.° 7.508, de 28/06/2011,</p><p>que regulamentou a Lei Orgânica da</p><p>Saúde (Lei n.° 8.080, de 19/09/1990)</p><p>para garantir o princípio da</p><p>integralidade, este grupo de pacientes</p><p>deverá, no acompanhamento inicial, ser</p><p>referenciado para a seguinte porta de</p><p>entrada do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS):</p><p>A) atenção primária.</p><p>B) atenção secundária.</p><p>C) atenção domiciliar.</p><p>D) vigilância de doenças crônicas.</p><p>E) atenção em ambulatório</p><p>especializado.</p><p>CCQ: Saber que a Atenção Primária de</p><p>Saúde é a porta de entrada do SUS</p><p>Pessoal, a banca inicia a questão</p><p>falando sobre um tema bastante</p><p>específico que é o decreto presidencial</p><p>nº 7.508, contudo, faz uma pergunta</p><p>mais simples sobre qual é a porta de</p><p>entrada no sistema de saúde de um</p><p>paciente que apresenta uma doença</p><p>crônica sem complicações.</p><p>É importante você saber que a</p><p>estratégia da atenção primária de saúde</p><p>apresenta algumas portas de entrada</p><p>no sistema de saúde que são: a Unidade</p><p>Básica de Saúde, Núcleos de Apoios à</p><p>Saúde da Família e Centros de</p><p>Convivência e Cultura. Portanto,</p><p>percebemos que a principal porta de</p><p>entrada no sistema é a atenção primária</p><p>de saúde (APS), correto?</p><p>É na APS que é possível organizar o</p><p>fluxo de usuários na rede, ou seja,</p><p>receber as demandas e definir a melhor</p><p>linha de cuidado para o usuário.</p><p>Ademais, vamos aproveitar o tema de</p><p>APS para discutir um pouco sobre os</p><p>atributos da atenção básica. Não vá</p><p>para a prova sem saber sobre eles!</p><p>Mas o que são esses atributos?</p><p>Diante da criação da Atenção Básica de</p><p>Saúde, foi decidido que para o seu</p><p>funcionamento era preciso a</p><p>determinação das suas características</p><p>essenciais, que são:</p><p>• Integralidade: prestação de um</p><p>conjunto de serviços que</p><p>atendam às necessidades da</p><p>população adscrita nos campos</p><p>da promoção, da prevenção, da</p><p>cura, do cuidado, da reabilitação</p><p>e da paliação, a</p><p>responsabilização pela oferta de</p><p>serviços em outros pontos de</p><p>atenção à saúde e o</p><p>reconhecimento adequado dos</p><p>problemas biológicos,</p><p>psicológicos e sociais que</p><p>causam as doenças;</p><p>• Coordenação da atenção:</p><p>capacidade de garantir a</p><p>continuidade da atenção por</p><p>meio da referência e contra</p><p>referência do paciente dentro da</p><p>rede de atenção;</p><p>• Acesso de primeiro contato:</p><p>acessibilidade e utilização do</p><p>serviço de saúde como fonte de</p><p>cuidado a cada novo problema</p><p>ou novo episódio de um mesmo</p><p>problema para os quais se</p><p>procura a saúde;</p><p>• Longitudinalidade: existência</p><p>de um ambiente de relação</p><p>mútua de confiança entre</p><p>equipe de saúde, indivíduos e</p><p>família;</p><p>Além dos atributos essenciais, existem</p><p>os atributos derivados, que são:</p><p>• Orientação familiar: deve-se</p><p>considerar o contexto familiar e</p><p>seu potencial de cuidado e,</p><p>também, de ameaça à saúde,</p><p>incluindo o uso de ferramentas</p><p>de abordagem familiar;</p><p>• Orientação comunitária:</p><p>reconhecimento, por parte do</p><p>serviço de saúde, das</p><p>necessidades em saúde da</p><p>comunidade por meio de dados</p><p>epidemiológicos e do contato</p><p>direto com a comunidade; sua</p><p>relação com ela, assim como o</p><p>planejamento e a avaliação</p><p>conjunta dos serviços;</p><p>• Competência cultural:</p><p>adaptação do provedor (equipe</p><p>e profissionais de saúde) às</p><p>características culturais</p><p>especiais da população para</p><p>facilitar a relação e a</p><p>comunicação.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: A atenção</p><p>primária deve ser a base de um sistema</p><p>de saúde bem estruturado, sendo</p><p>responsável pelo primeiro atendimento</p><p>de casos não urgentes, pelo</p><p>encaminhamento dos pacientes que</p><p>necessitam de um cuidado</p><p>especializado para outros pontos da</p><p>rede de saúde, e pela coordenação do</p><p>cuidado destes pacientes, se</p><p>responsabilizando por integrar e</p><p>acompanhar as condutas nos diversos</p><p>níveis de atenção à saúde.</p><p>Alternativas B, C e E - Incorretas: A</p><p>atenção secundária corresponde a</p><p>ambulatório de especialidades.</p><p>Enquanto a atenção domiciliar é</p><p>priorizada para pacientes com</p><p>dificuldade de mobilização à unidade de</p><p>saúde, e para aqueles que necessitam</p><p>de uma abordagem mais ampla de</p><p>iniquidades sociais e problemas</p><p>familiares.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A vigilância</p><p>de doenças crônicas não é uma ação</p><p>assistencial, mas sim epidemiológica,</p><p>com monitoramento de fatores de</p><p>risco, morbidade, mortalidade e</p><p>avaliação das ações de assistência e</p><p>promoção de saúde.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra A</p><p>________________________________</p><p>72. Menino com 8 meses de idade é</p><p>levado à Emergência com quadro de</p><p>febre alta (39 ºC) há dois dias. Não</p><p>aceita alimentação e está irritado. Ao</p><p>exame, criança em regular estado geral,</p><p>hidratada, eupneica, apresentando</p><p>temperatura = 39 ºC. Há hiperemia em</p><p>orofaringe posterior e tonsilas, sendo</p><p>observados pontos brancos</p><p>bilateralmente. Otoscopia mostra,</p><p>bilateralmente, hiperemia da</p><p>membrana timpânica. A ausculta dos</p><p>campos pulmonares mostra roncos de</p><p>transmissão. O exame físico não mostra</p><p>outros achados anormais. Com base na</p><p>principal hipótese diagnóstica, a</p><p>conduta para este caso é o uso de:</p><p>A) antipirético por via oral.</p><p>B) analgésico em spray.</p><p>C) antibiótico por via oral.</p><p>D) anti-inflamatório por via oral.</p><p>E) antibiótico por via intramuscular.</p><p>CCQ: Saber que o tratamento da</p><p>rinossinusite viral aguda é</p><p>sintomático</p><p>Pessoal, estamos diante de uma criança</p><p>de 08 meses de idade, apresentando</p><p>febre de 39 °C há dois dias, com</p><p>hiperemia em orofaringe e em tonsilas</p><p>e otoscopia demonstrando hiperemia</p><p>bilateral da membrana timpânica.</p><p>Além disso, a criança não aceita</p><p>alimentação e está irritada,</p><p>apresentando, à ausculta pulmonar,</p><p>roncos de transmissão. Todos esses</p><p>dados nos fazem pensar em um</p><p>resfriado comum! E como é, em geral, o</p><p>seu quadro clínico?</p><p>O resfriado comum (ou rinossinusite</p><p>viral aguda) é causado, principalmente,</p><p>pelo rinovírus. É uma infecção de via</p><p>aérea alta e, portanto, não apresenta</p><p>estridor nem taquipneia; no entanto,</p><p>roncos de transmissão podem estar</p><p>presentes, devido à presença de muco.</p><p>Sua história natural se inicia com dor de</p><p>garganta – daí a criança em questão</p><p>estar recusando a alimentação – e</p><p>depois evolui com coriza hialina e</p><p>obstrução nasal. O aspecto da coriza</p><p>pode mudar sem que isso signifique que</p><p>existe infecção bacteriana. A febre é</p><p>insidiosa, podendo, sim, atingir os</p><p>39 °C. É comum a presença de</p><p>linfonodomegalia cervical. Todo esse</p><p>quadro costuma durar cerca de 14 dias.</p><p>O tratamento é, basicamente,</p><p>suportivo. Faz-se uso de sintomáticos,</p><p>antipiréticos e lavagem nasal com soro</p><p>fisiológico, quando necessário.</p><p>Antitussígenos</p><p>e mucolíticos NÃO são</p><p>recomendados. As complicações mais</p><p>comuns do resfriado comum estão</p><p>relacionadas à infecção bacteriana,</p><p>sendo as principais otite média aguda e</p><p>sinusite bacteriana aguda.</p><p>Aqui, cabe lembrar que, embora a</p><p>criança apresente hiperemia bilateral</p><p>da membrana timpânica, isso não</p><p>significa que ela esteja com otite, pois</p><p>esse sinal pode estar presente em caso</p><p>de choro intenso.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Um algo a mais: o uso de ácido</p><p>acetilsalicílico (AAS) deve ser evitado,</p><p>pelo risco de síndrome de Reye e pela</p><p>possibilidade da infecção por outros</p><p>vírus, como o H1N1 e da varicela.</p><p>Alternativa A – Correta: Como vimos, o</p><p>tratamento do resfriado comum é</p><p>suportivo, envolvendo o uso de</p><p>sintomáticos, antipiréticos e lavagem</p><p>nasal com soro fisiológico, quando</p><p>necessário.</p><p>Alternativa B – Incorreto: O</p><p>analgésico, se empregado, deve ser na</p><p>forma via oral e não na apresentação de</p><p>spray.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não há</p><p>nenhum sinal que indique uma infecção</p><p>bacteriana superposta, como</p><p>abaulamento de membranas</p><p>timpânicas sugerindo otite, taquipneia</p><p>sugerindo pneumonia, e queda do</p><p>estado geral, sugerindo um quadro</p><p>séptico; portanto, o uso do antibiótico</p><p>não se faz necessário ainda.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Os anti-</p><p>inflamatórios, embora possam ser</p><p>usados como sintomáticos, devem ser</p><p>evitados, devido ao potencial lesivo aos</p><p>rins.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Não há</p><p>nenhum sinal que indique uma infecção</p><p>bacteriana superposta, como</p><p>abaulamento de membranas</p><p>timpânicas sugerindo otite, taquipneia</p><p>sugerindo pneumonia, e queda do</p><p>estado geral, sugerindo um quadro</p><p>séptico; portanto, o uso do antibiótico</p><p>não se faz necessário ainda.</p><p>Portanto, ficamos com letra A como</p><p>gabarito!</p><p>________________________________</p><p>73. Lactente com 8 meses de idade,</p><p>previamente hígido, foi admitido no</p><p>Pronto-Socorro com história de febre</p><p>não aferida, recusa alimentar,</p><p>irritabilidade e vômitos há dois dias. A</p><p>mãe informou que a criança não foi</p><p>vacinada adequadamente. Ao exame</p><p>físico foi observado choro intenso e</p><p>fontanela abaulada, sem outros sinais.</p><p>Foi realizada punção lombar que</p><p>mostrou líquor (LCR) com aspecto</p><p>turvo, citometria de 2.300 células/mm3</p><p>, com 86% de neutrófilos, glicorraquia =</p><p>8 mg% (abaixo de 2/3 da glicemia</p><p>sanguínea), dosagem de proteína no</p><p>líquor = 123 mg%. A bacterioscopia</p><p>revelou a presença de bacilo gram-</p><p>negativo. Considerando o quadro</p><p>clínico, a faixa etária e os achados no</p><p>LCR, o agente etiológico provável é:</p><p>A) Escherichia coli.</p><p>B) Neisseria meningitidis.</p><p>C) Haemophilus influenzae.</p><p>D) Streptococcus pneumoniae.</p><p>E) Mycobacterium tuberculosis.</p><p>CCQ: Saber que presença de bacilos</p><p>Gram-negativos sugerem como</p><p>agente etiológico o Haemophilus</p><p>Influenzae</p><p>Fala mentorando! Questão difícil do</p><p>INEP, onde a banca cobra característica</p><p>histológica de bactérias. Então, bora lá</p><p>aprender sobre o assunto.</p><p>A banca nos dá um paciente de 8 meses</p><p>com quadro típico de meningite (febre,</p><p>irritabilidade, fontanela abaulada, LCR</p><p>demonstrando alteração compatível</p><p>com meningite bacteriana). Muito bem,</p><p>até agora está fácil, pois a banca</p><p>inclusive nos dá o diagnóstico final, mas</p><p>aqui vem a parte mais complicada.</p><p>Lembre-se que distinguir o agente</p><p>etiológico pela clínica é muito difícil,</p><p>geralmente conseguimos definir o</p><p>meningococo pela apresentação</p><p>altamente agressiva com petéquias e</p><p>CIVD, mas note que a banca nos dá um</p><p>quadro bem clássico de meningite,</p><p>podendo ser qualquer bactéria possível.</p><p>Mas, ao final, ela cita que se observa</p><p>bacilo Gram-negativo, e aqui entra a</p><p>histologia da questão. O Haemophilus</p><p>influenzae é a única bactéria que é um</p><p>bacilo Gram-negativo.</p><p>Agora vamos às alternativas, mas tenha</p><p>muita atenção ao comando da banca,</p><p>que pede para levarmos em</p><p>consideração quadro clínico, faixa</p><p>etária e exame de LCR:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Outro ponto</p><p>que tínhamos que levar em</p><p>consideração é a incidência de cada</p><p>bactéria. Note que, apesar de também</p><p>ser um bacilo Gram-negativo, é bem</p><p>incomum que E. coli cause meningite.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>meningococo é visto na lâmina</p><p>histológica como diplococos Gram-</p><p>negativos.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente! É</p><p>a bactéria que se apresenta com esta</p><p>descrição, observe a imagem:</p><p>Alternativa D - Incorreta: O S.</p><p>Pneumoniae é descrito como cocos</p><p>Gram-positivos.</p><p>Alternativa E - Incorreta O M.</p><p>Tuberculosis não é classificado com o</p><p>Gram, é considerado um BAAR (bacilo</p><p>ácido-álcool resistente).</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>________________________________</p><p>74. Homem com 18 anos de idade</p><p>apresenta diagnóstico recente de</p><p>diabetes mellitus tipo I e encontrase em</p><p>acompanhamento na Unidade Básica</p><p>de Saúde. Foram prescritas insulina</p><p>NPH 16U + insulina regular 6U antes do</p><p>café e insulina NPH 8U + insulina regular</p><p>4U antes do jantar. O paciente foi</p><p>orientado a verificar a glicemia capilar</p><p>antes das refeições e ao deitar, fazendo</p><p>aplicação de insulina regular adicional</p><p>conforme resultado da glicemia,</p><p>devendo preencher registro com</p><p>resultado da glicemia e dose adicional</p><p>de insulina regular utilizada. O paciente</p><p>retorna à Unidade Básica de Saúde 30</p><p>dias depois. Com base nestas</p><p>informações, e de posse do registro das</p><p>glicemias, a melhor recomendação em</p><p>relação ao ajuste das doses de insulina</p><p>NPH ou regular prescritas é:</p><p>A) aumentar 2U da insulina NPH antes</p><p>do café caso a medida da glicemia antes</p><p>de deitar tenha sido superior a</p><p>120mg/dL na maioria dos dias.</p><p>B) aumentar 4U da insulina regular</p><p>antes de jantar caso a medida da</p><p>glicemia antes do almoço tenha sido</p><p>superior a 120mg/dL na maioria dos</p><p>dias.</p><p>C) acrescentar 8U de insulina NPH antes</p><p>do almoço caso a medida da glicemia</p><p>antes do almoço tenha sido superior a</p><p>120mg/dL na maioria dos dias.</p><p>D) aumentar em 2U a dose da insulina</p><p>NPH noturna caso a medida da glicemia</p><p>matinal em jejum tenha sido superior a</p><p>120mg/dL na maioria dos dias.</p><p>E) associar 4U de insulina regular antes</p><p>do almoço e ao deitar caso a medida da</p><p>glicemia matinal em jejum tenha sido</p><p>superior a 120mg/dL na maioria dos</p><p>dias.</p><p>QUESTÃO COM POSSIBILIDADE DE</p><p>RECURSO</p><p>Questão sobre o controle glicêmico do</p><p>paciente diabético tipo 1 em uso de</p><p>insulina com o esquema tradicional</p><p>(duas tomadas de NPH + regular - antes</p><p>do café e antes do jantar). E aí, a</p><p>questão pede para avaliar em qual</p><p>insulina mexer de acordo com a</p><p>glicemia pré-prandial.</p><p>De acordo com o guideline da ADA</p><p>(Associação Americana de Diabetes),</p><p>em sua versão de 2013 (última</p><p>publicada, tendo em vista a época deste</p><p>concurso), o alvo de glicemia capilar</p><p>pré-prandial para um adulto jovem</p><p>diabético tipo 1 em uso de insulina, deve</p><p>ser entre 90-130 mg/dL. Esta</p><p>recomendação é mantida na versão de</p><p>2021 do guideline, com a diferença de</p><p>que o limite inferior passa a ser 80, em</p><p>vez de 90.</p><p>Logo, existe uma inconsistência</p><p>conceitual em relação às diretrizes</p><p>vigentes: pela leitura das alternativas,</p><p>fica claro que o autor considera como</p><p>limite superior toler��vel uma glicemia</p><p>pré-prandial de até 120 mg/dL, o que</p><p>torna a questão passível de recurso!</p><p>Visando o aprendizado, vamos</p><p>esquecer este pequeno "detalhe" e nos</p><p>concentrar na linha de raciocínio, que</p><p>foi o grande objetivo do autor. Se o</p><p>paciente utiliza o tradicional esquema</p><p>de duas aplicações (antes do café da</p><p>manhã e antes do jantar), misturando</p><p>insulina NPH (lenta) com insulina</p><p>regular (rápida), a interpretação do</p><p>controle glicêmico deverá ser feita da</p><p>seguinte maneira:</p><p>(1) Quem controla a glicemia antes do</p><p>almoço? A dose de regular antes do café</p><p>(Glicemia Pré-Almoço = Regular</p><p>Manhã);</p><p>(2) Quem controla a glicemia antes do</p><p>jantar? A dose de NPH antes do café</p><p>(Glicemia Pré-jantar = NPH Manhã);</p><p>(3) Quem controla a glicemia</p><p>antes de</p><p>dormir? A dose de regular antes do</p><p>jantar (Glicemia antes de dormir =</p><p>Regular Noite);</p><p>(4) Quem controla a glicemia antes do</p><p>café no dia seguinte? A dose de NPH</p><p>antes do jantar na noite anterior</p><p>(Glicemia Pré - Café da Manhã = NPH</p><p>Noite).</p><p>Assim, todas as alternativas estariam</p><p>incorretas, exceto a letra D. Contudo,</p><p>temos esse pequeno detalhe quanto</p><p>aos parâmetros toleráveis de glicemia,</p><p>o que abre margem para um recurso.</p><p>Gabarito oficial liberado pela banca:</p><p>D.</p><p>Gabarito JJ: Nenhuma das</p><p>alternativas está estritamente</p><p>correta.</p><p>________________________________</p><p>75. Menino com 7 meses de idade é</p><p>levado pela mãe à Unidade Básica de</p><p>Saúde em consulta de Puericultura. A</p><p>mãe está preocupada, pois acha que ele</p><p>é mais lento que os irmãos. Após</p><p>anamnese detalhada, o pediatra</p><p>realizou o exame físico e afirmou que o</p><p>exame neurológico e o</p><p>desenvolvimento neuropsicomotor</p><p>estavam condizentes com a idade. O</p><p>que o pediatra observou em relação a</p><p>linguagem, motricidade,</p><p>comportamento adaptativo e reflexos</p><p>arcaicos, respectivamente, para fazer</p><p>tal afirmação?</p><p>A) Emissão espontânea sem intenção</p><p>imitativa; sustentação cefálica; dirige a</p><p>mão para objetos; reflexo de Moro.</p><p>B) Emissão bissilábica significante;</p><p>engatinha durante a consulta; preensão</p><p>palmar em pinça; reflexo de Landau II.</p><p>C) Emissão espontânea sem intenção</p><p>imitativa; senta-se com apoio; preensão</p><p>palmar voluntária; reflexo de Moro</p><p>incompleto.</p><p>D) Ecolalia; senta-se sem apoio; muda</p><p>objeto de uma mão para outra; reflexo</p><p>de preensão plantar.</p><p>E) Emissão de palavras-frase;</p><p>capacidade de andar com apoio</p><p>observada na consulta; bate palmas;</p><p>reflexo do paraquedista.</p><p>CCQ: Saber os marcos do</p><p>desenvolvimento aos 7 meses de vida</p><p>Mentorando JJ, anote em um lugar</p><p>muito especial uma dica super preciosa</p><p>para a sua prova de Pediatria: revisar a</p><p>caderneta de saúde da criança do</p><p>Ministério da Saúde brasileiro. Este é</p><p>um material didático e confiável que</p><p>oferece muitas informações</p><p>importantes e que caem com</p><p>frequência nas provas de Pediatria.</p><p>O tema Marcos de Desenvolvimento é</p><p>essencial na prática e para gabaritar a</p><p>sua prova, portanto vamos juntos</p><p>revisar esse assunto!</p><p>Nessa questão em especial a banca</p><p>gostaria de saber se você se recorda dos</p><p>marcos do desenvolvimento dos 07</p><p>meses de vida. Portanto vamos listá-los</p><p>aqui para memorizarmos:</p><p>Inicia o processo do sentar sozinho, sem</p><p>apoio;</p><p>Começa a balbuciar/emitir</p><p>monossílabos (ba ba ba) e imitar sons da</p><p>fala;</p><p>Puxa coisas em sua direção;</p><p>Segura e transfere objetos de uma mão</p><p>para a outra;</p><p>Rola da posição supina para prona e</p><p>Arrasta-se ou engatinha.</p><p>Agora que revisamos os marcos do</p><p>desenvolvimento aos 7 meses, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Iniciar o</p><p>processo de fala pode ser observado aos</p><p>9 meses e não antes disso e o reflexo de</p><p>Moro deve desaparecer por volta dos 5</p><p>meses.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A emissão</p><p>bissilábica ainda não está presente.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A emissão</p><p>sem intenção imitativa torna-se</p><p>presente por volta dos 9 meses. Além</p><p>disso, aos 7 meses a criança já consegue</p><p>sentar-se sem apoio.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Todos esses são marcos do</p><p>desenvolvimento esperados para uma</p><p>criança de 7 meses.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A criança</p><p>começa a combinar 2 ou 3 palavras por</p><p>volta dos 13 meses de vida e a andar</p><p>com apoio por volta dos 9 aos 10 meses.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a D</p><p>________________________________</p><p>76. Mulher com 57 anos de idade,</p><p>portadora de diabetes tipo II não</p><p>controlado, apresenta quadro de febre</p><p>associada a dor, edema e eritema de</p><p>limites mal definidos em coxa esquerda,</p><p>medindo 20 cm em seu maior diâmetro.</p><p>Ao exame físico: temperatura axilar =</p><p>38,9 o C, FC = 110 bpm, FR = 21 irpm, PA</p><p>= 120 x 70 mmHg. Entre as opções</p><p>abaixo, que exame laboratorial é</p><p>indicativo da gravidade do</p><p>comprometimento tecidual no quadro</p><p>infeccioso?</p><p>A) Leucometria.</p><p>B) Lactato sérico.</p><p>C) Haptoglobina.</p><p>D) Ferritina sérica.</p><p>E) Proteína C reativa.</p><p>CCQ: Significado dos exames</p><p>laboratoriais na sepse</p><p>Gente, a questão é muito direta. O</p><p>raciocínio seria o seguinte:</p><p>Paciente com DM e infecção de partes</p><p>moles que assemelha-se à celulite, pela</p><p>mal definição de limites.</p><p>Sinais vitais estáveis, com leve</p><p>taquicardia que pode ser devido à febre</p><p>ou a um choque precoce. É uma</p><p>paciente que seria monitorizada e</p><p>seguida de perto, na prática. Já que as</p><p>intervenções de sepse precoces</p><p>mudariam significativamente o</p><p>desfecho desta paciente.</p><p>Bom, pergunta-se na questão qual</p><p>marcador laboratorial iria refletir</p><p>melhor o estado do tecido.</p><p>No contexto de infecção e provável</p><p>choque precoce, pensamos em</p><p>progressão para sepse no futuro, caso</p><p>as medidas cabíveis não sejam feitas,</p><p>concorda? Sendo assim, o que a</p><p>infecção pode causar ao tecido? O pior</p><p>que poderia ocorrer é uma má perfusão</p><p>sistêmica que agrave mesmo a</p><p>constituição e inflamação local do</p><p>tecido acometido pela infecção.</p><p>Sendo assim, a melhor resposta dentre</p><p>as mencionadas seria o lactato. Que</p><p>poderia demonstrar com maior</p><p>precisão o estado perfusional do</p><p>paciente, elevando-se devido ao</p><p>favorecimento do metabolismo</p><p>anaeróbio que produz ácido láctico e</p><p>lactato em decorrência de hipoperfusão</p><p>e falta de oxigenação periférica</p><p>consequente.</p><p>[Alternativas A, D e E: incorretas] São</p><p>marcadores de inflamação sistêmica e</p><p>não se corralacionariam bem com o</p><p>estado da ferida. São marcadores muito</p><p>sensíveis que poderiam se elevar por</p><p>outros motivos que não a infecção. No</p><p>sentido de avaliar o tecido, o lactato</p><p>demonstra hipoperfusão e seria muito</p><p>mais fidedigno quanto à viabilidade do</p><p>tecido e perfil de perfusão como um</p><p>todo.</p><p>[Alternativa C: incorreta] Marcador de</p><p>hemólise. Sequer se adequaria ao caso</p><p>inicialmente, muito menos se</p><p>correlaciona com a perfusão da</p><p>paciente ou estado tecidual.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>_________________________________</p><p>77. Mulher de 33 anos de idade,</p><p>desempregada, refere dor à deglutição</p><p>há 2,5 semanas, com piora acentuada</p><p>há três dias. Tem tido um pico de febre</p><p>diária há uma semana, que coincidiu</p><p>com uma discreta irritação e</p><p>embaçamento visual no olho esquerdo.</p><p>Refere ser portadora do vírus HIV há</p><p>onze anos. Tem histórico de tratamento</p><p>prévio para pneumonia por</p><p>Pneumocystis jiroveci. Apresentava</p><p>placas esbranquiçadas na mucosa jugal,</p><p>sem outros achados significativos. O</p><p>hemograma inicial mostrava uma</p><p>pancitopenia, e a endoscopia digestiva</p><p>alta mostrou o esôfago com erosões</p><p>lineares, confluentes, recobertas por</p><p>fibrina, ocupando toda a circunferência</p><p>do órgão e gastrite enantematosa. Qual</p><p>a medicação mais adequada para esta</p><p>paciente?</p><p>A) Fluconazol.</p><p>B) Ganciclovir.</p><p>C) Pantoprazol.</p><p>D) Sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>E) Zidovudina + lamivudina.</p><p>CCQ: Saber que erosões lineares,</p><p>confluentes, recobertas por fibrina no</p><p>esôfago + história de embaçamento</p><p>visual no olho esquerdo sugere</p><p>esofagite por citomegalovírus</p><p>Fala mentorando! Questão bem difícil,</p><p>onde a banca deixa várias informações</p><p>como armadilhas para nos pegar, mas</p><p>vamos lá entender o que queriam de</p><p>nós.</p><p>Uma mulher portadora de AIDs</p><p>(confirmado por infecção oportunista)</p><p>refere odinofagia (dor a deglutição),</p><p>como primeira hipótese diagnóstica nos</p><p>vem a cabeça candidíase esofágica,</p><p>ainda mais que a banca nos da um</p><p>achado de placas esbranquiçadas em</p><p>mucosa oral não é?</p><p>Pois é! Essa informação estava ai para</p><p>nos confundir, pois temos que ter</p><p>atenção para outro patógeno que pode</p><p>também causar esofagite no paciente</p><p>com HIV, que é o citomegalovírus. O</p><p>dado do embaçamento visual era para</p><p>nos indicar esta infecção.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=P1ECOft4KTXX4yPj4Fhs</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=P1ECOft4KTXX4yPj4Fhs</p><p>Os 2 tipos de esofagite diferem na</p><p>descrição, onde a por candida veríamos</p><p>placas esbranquiçadas também!</p><p>Enquanto na por CMV, temos a</p><p>descrição apresentada pela banca,</p><p>observe as imagens abaixo:</p><p>• Esofagite por CMV:</p><p>Note as erosões lineares com fibrina.</p><p>• Esofagite por candida:</p><p>Note as placas esbranquiçadas.</p><p>Observe como a banca foi capciosa</p><p>nesta questão! Nos dando o achado de</p><p>candidíase oral para nos confundir. O</p><p>tratamento da citomegalovirose é feito</p><p>com ganciclovir que é a resposta da</p><p>nossa questão.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta Pegadinha da</p><p>banca! A descrição da esofagite a</p><p>endoscopia é compatível com esofagite</p><p>por CMV e não por candida.</p><p>Alternativa B - Correta Exatamente!</p><p>Como explicado acima.</p><p>Alternativa C - Incorreta Pantoprazol</p><p>não aliviaria sintomas esofágicos, é um</p><p>IBP que diminuí a acidez estomacal.</p><p>Alternativa D - Incorreta Medicação</p><p>utilizada para profilaxia no paciente</p><p>com HIV e CD4 < 200, mas aqui nossa</p><p>paciente deve ser tratada para o quadro</p><p>agudo! Tanto que a banca nem nos</p><p>informa o CD4 da paciente.</p><p>Alternativa E - Incorreta</p><p>Medicamentos que fazem parte da</p><p>TARV, ela deve fazer o uso sim, mas</p><p>somente com 2 medicações não é uma</p><p>terapia confiável, além de que não</p><p>resolveria o quadro de odinofagia da</p><p>paciente.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>________________________________</p><p>78. Mulher com 52 anos de idade,</p><p>previamente hígida, há 3 meses queixa-</p><p>se de astenia, sonolência e ganho de</p><p>peso, constipação, além de artralgias e</p><p>mialgias. Ao exame, nota-se pele seca e</p><p>frequência cardíaca de 62 bpm, além de</p><p>não apresentar sinais de artrite ou</p><p>deformidades articulares. Os exames</p><p>indicados e o principal diagnóstico a ser</p><p>considerado são, respectivamente:</p><p>A) CPK e aldolase; fibromialgia.</p><p>B) TSH e T4 livre; hipotireoidismo</p><p>primário.</p><p>C) cálcio sérico e PTH;</p><p>hiperparatireoidismo.</p><p>D) TSH e T4 livre; hipotireoidismo</p><p>secundário.</p><p>E) cortisol e potássio séricos;</p><p>insuficiência adrenal.</p><p>CCQ: Saber que mulher com queixa de</p><p>astenia, sonolência, ganho de peso,</p><p>constipação, artralgias e mialgias tem</p><p>como principal hipótese diagnóstica o</p><p>hipotireoidismo</p><p>Fala, pessoal! Questão curta do INEP</p><p>(milagre) e com um quadro clínico bem</p><p>típico, então bora lá ver o que a banca</p><p>queria de nós.</p><p>Quando falamos de mulher com</p><p>astenia, sonolência, ganho de peso,</p><p>constipação, artralgias, mialgias (note</p><p>como os sintomas estão presentes em</p><p>vários órgãos e tecidos), devemos</p><p>pensar em uma condição que possa</p><p>afetar tantos sistemas ao mesmo</p><p>tempo. E, como você já deve ter</p><p>percebido, pensamos em distúrbios da</p><p>tireoide, que produz hormônios cujo</p><p>aumento ou diminuição podem afetar</p><p>praticamente todos os sistemas e</p><p>tecidos do corpo.</p><p>Quando falamos da diminuição dos</p><p>hormônios tireóideos</p><p>(hipotireoidismo), temos como</p><p>principais sintomas:</p><p>• Astenia;</p><p>• Sonolência;</p><p>• Ganho de peso;</p><p>• Constipação;</p><p>• Artralgias;</p><p>• Mialgias;</p><p>• Pele seca e cabelos quebradiços;</p><p>• Hipertensão diastólica;</p><p>• Depressão;</p><p>• Diminuição de libido;</p><p>• Hipermenorreia;</p><p>• Entre outros.</p><p>Como vimos, os sintomas são muito</p><p>variados, mas podemos perceber que o</p><p>quadro clínico da nossa paciente se</p><p>enquadra na hipótese de</p><p>hipotireoidismo. No Brasil, a causa mais</p><p>frequente de hipotireoidismo é a</p><p>tireoidite de Hashimoto, uma forma de</p><p>hipotireoidismo primário por destruição</p><p>da glândula.</p><p>Para confirmarmos nossa hipótese,</p><p>fazemos dosagem de TSH e T4 livre,</p><p>onde TSH virá alto e T4 livre baixo.</p><p>Agora, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Fibromialgia</p><p>é uma doença com diagnóstico de</p><p>exclusão, onde teríamos dor nos pontos</p><p>dolorosos, mas, como vimos, nossa</p><p>principal hipótese é o hipotireoidismo.</p><p>Alterativa B - Correta: Exatamente!</p><p>Nossa principal hipótese diagnóstica.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não temos</p><p>como hipótese o hiperparatireoidismo,</p><p>que se manifestaria com hipercalcemia.</p><p>Alternativa D - Incorreta:</p><p>Hipotireoidismo secundário é por</p><p>deficiência de TSH, ou seja, teríamos</p><p>um quadro clínico nos referindo algum</p><p>fator de risco para isso (trauma, tumor,</p><p>sangramento excessivo, entre outros).</p><p>Portanto, além de ser uma causa bem</p><p>mais rara de hipotireoidismo, não</p><p>temos antecedentes que nos sugiram</p><p>este tipo, por isso, alternativa incorreta.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não temos</p><p>manifestações características de</p><p>insuficiência adrenal, que se manifesta</p><p>com hipotensão, dor abdominal, até</p><p>mesmo febre, além de distúrbios</p><p>hidroeletrolíticos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>________________________________</p><p>79. Mulher com 36 anos de idade,</p><p>secundigesta, na 27.ª semana de</p><p>gestação, está realizando pré-natal em</p><p>Unidade Básica de Saúde. Relata que</p><p>sua primeira gestação transcorreu de</p><p>forma tranquila e que seu filho nasceu</p><p>bem, de parto vaginal, pesando 4.200</p><p>gramas. Ao exame físico, nota-se</p><p>pressão arterial = 120 x 80 mmHg,</p><p>ausência de edemas. Ao exame</p><p>obstétrico: altura uterina = 28 cm,</p><p>batimentos cardíacos fetais = 144 bpm,</p><p>movimentação fetal presente. Realizou</p><p>glicemia de jejum na primeira consulta</p><p>com resultado de 83 mg/dL. Em relação</p><p>ao rastreamento do diabetes</p><p>gestacional, é indicado para esta</p><p>gestante:</p><p>A) realizar manejo expectante, já que</p><p>apresentou glicemia normal na primeira</p><p>consulta e, portanto, não tem risco de</p><p>desenvolver diabetes gestacional.</p><p>B) repetir a glicemia de jejum com 28</p><p>semanas e caso seja normal, refazer o</p><p>exame com 34 semanas.</p><p>C) realizar exame de hemoglobina</p><p>glicada com 34 semanas, para</p><p>diagnóstico de diabetes gestacional.</p><p>D) solicitar teste oral de tolerância à</p><p>glicose com 75g, com 28 semanas de</p><p>gestação.</p><p>E) solicitar dosagem de glicemia pós-</p><p>prandial, com 34 semanas de gestação.</p><p>CCQ: Saber que pacientes com</p><p>glicemia <92mg/dl no 1º trimestre</p><p>devem realizar TOTG75g entre 24 e28</p><p>semanas</p><p>Pessoal, questão clássica sobre</p><p>investigação do diabetes gestacional</p><p>(DMG). Vamos relembrar alguns</p><p>conceitos.</p><p>Toda paciente deve realizar a glicemia</p><p>de jejum na primeira consulta do 1º</p><p>trimestre. Além disso, sempre que a</p><p>paciente apresentar glicemia <92mg/dl</p><p>devemos solicitar o TOTG75g entre 24 e</p><p>28 semanas.</p><p>Na questão, temos uma paciente com</p><p>glicemia de jejum de 83mg/dl no 1º</p><p>trimestre. Logo, devemos solicitar o</p><p>TOTG75g até a 28ª semana.</p><p>A título de curiosidade, os valores da</p><p>TOTG75g são:</p><p>• Jejum: 92 a 125mg/dl</p><p>• 1ª hora: >= 180mg/dl</p><p>• 2ª hora: 153 a 199mg/dl</p><p>Alternativa A – Incorreta: como vimos,</p><p>a paciente deve realizar o TOTG75g.</p><p>Alternativa B – Incorreta: a glicemia de</p><p>jejum poderia ser repetida se a paciente</p><p>não tiver acesso ao TOTG75g, porém</p><p>não há indicação de repetir o exame se</p><p>normal.</p><p>Alternativa C – Incorreta: não há</p><p>indicação para solicitação da</p><p>hemoglobina glicada.</p><p>Alternativa D – Correta: como vimos,</p><p>esta é a conduta correta.</p><p>Alternativa E – Incorreta: como vimos,</p><p>não é esta a conduta.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D</p><p>_________________________________</p><p>80. Menino com 8 anos de idade é</p><p>trazido ao Ambulatório de Pediatria</p><p>com queixa de oligúria e urina</p><p>espumosa, bem como quadro de</p><p>edema, iniciado há 7 dias. A mãe nega</p><p>outras alterações ou patologias prévias.</p><p>Ao exame físico: PA = 99 X 56 mmHg,</p><p>edema palpebral e de membros</p><p>inferiores, sem ascite. Exame de urina:</p><p>densidade urinária: 1.015, hemácias:</p><p>2/campo, leucócitos: 3/campo,</p><p>proteinuria +++/++++. Considerando a</p><p>principal hipótese diagnóstica, é</p><p>indicado para tratamento da doença de</p><p>base:</p><p>A) diurético.</p><p>B) antibiótico</p><p>C) anti-hipertensivo.</p><p>D) corticosteroide.</p><p>E) anti-inflamatório não hormonal.</p><p>CCQ: Saber que a principal causa de</p><p>Síndrome Nefrótica na faixa etária</p><p>pediátrica é a Doença por Lesão</p><p>Mínima e que ela é tratada com</p><p>corticoide</p><p>Pessoal, temos uma criança de oito</p><p>anos de idade, trazida ao ambulatório</p><p>por apresentar</p><p>oligúria, urina</p><p>espumosa, edema palpebral, exame de</p><p>urina apontando importante</p><p>proteinúria e pressão arterial normal.</p><p>No que devemos pensar? Justamente</p><p>em uma Síndrome Nefrótica! Sabendo</p><p>disso, deveríamos em seguida definir a</p><p>etiologia. Como você bem deve saber, a</p><p>principal causa de síndrome nefrótica</p><p>na faixa etária pediátrica é a Doença</p><p>por Lesão Mínima. Vamos revê-la?</p><p>A Doença por Lesão Mínima tem forte</p><p>associação com atopia e sua</p><p>fisiopatologia se relaciona à presença</p><p>de linfócitos T auto-reativos que levam</p><p>à fusão dos podócitos e à consequente</p><p>perda da carga negativa da membrana</p><p>basal glomerular, o que leva à perda de</p><p>proteína, principalmente albumina, na</p><p>urina. Clinicamente, a doença se</p><p>manifesta com proteinúria intensa e</p><p>intermitente, edema e ascite,</p><p>podendo haver também peritonite</p><p>bacteriana espontânea e hematúria</p><p>macroscópica.</p><p>Algumas patologias estão associadas</p><p>com a Doença por Lesão Mínima, como</p><p>o linfoma de Hodgkin, que deve sempre</p><p>ser pesquisado. Além dele, tumores</p><p>sólidos, infecções por mycoplasma, uso</p><p>de anti-inflamatórios não esteroidais</p><p>(AINEs) e de drogas como lítio,</p><p>rifampicina, ampicilina e alfa-interferon</p><p>podem induzir o aparecimento da</p><p>doença.</p><p>O tratamento é normalmente feito com</p><p>corticoide, possuindo uma ótima</p><p>resposta. No entanto, em alguns</p><p>pacientes refratários a essa medicação,</p><p>pode haver necessidade de biópsia e de</p><p>uso de inibidores de conversão de</p><p>angiotensina e/ou ciclofosfamida.</p><p>FUROSEMIDA NÃO ESTÁ INDICADA!</p><p>Um algo a mais: na Doença por Lesão</p><p>Mínima, a biópsia deve ser considerada</p><p>quando (i) houver consumo de</p><p>complemento; (ii) houver recidivas</p><p>frequentes; (iii) houver hematúria</p><p>macroscópica; (iv) houver hipertensão</p><p>arterial sistêmica; (v) não responder à</p><p>corticoterapia; (vi) houver insuficiência</p><p>renal progressiva; (vii) houver</p><p>acometimento de crianças menores de</p><p>1 ano e maiores de 8 anos.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Como vimos,</p><p>o uso de diuréticos, principalmente a</p><p>furosemida, não está indicada, já que</p><p>pode piorar a depleção de volume</p><p>intravascular e levar a choque.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Antibióticos</p><p>não estão recomendados na Doença</p><p>por Lesão Mínima, a menos que exista</p><p>evidência de infecção, o que não é o</p><p>caso.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Anti-</p><p>hipertensivos, principalmente, IECAs</p><p>podem, sim, ser usados; no entanto,</p><p>devem ser usados de forma adjuvante,</p><p>quando há refratariedade ao corticoide,</p><p>primeira linha de tratamento.</p><p>Alternativa D – Correta: Como vimos,</p><p>corticoide é a primeira linha de</p><p>tratamento na Doença por Lesão</p><p>Mínima.</p><p>Alternativa E – Incorreta: AINEs não</p><p>estão recomendados na Doença por</p><p>Lesão Mínima. Inclusive, como vimos,</p><p>podem precipitá-la!</p><p>Portanto, ficamos com letra D como</p><p>gabarito</p><p>_________________________________</p><p>81. Paciente primigesta, 32 anos de</p><p>idade, na segunda semana pós-parto,</p><p>está apresentando quadro de dor na</p><p>mama esquerda, febre (temperatura</p><p>axilar = 38.4o C), adinamia, calafrios, o</p><p>que tem gerado grande dificuldade para</p><p>amamentar nessa mama. Procurou</p><p>auxílio na Unidade Básica de Saúde. A</p><p>médica encontrou no exame físico:</p><p>mama esquerda com hiperemia, calor e</p><p>edema no quadrante superior direito,</p><p>mamilos e aréolas íntegras. O</p><p>diagnóstico e a conduta,</p><p>respectivamente, a serem tomadas pela</p><p>médica são:</p><p>A) candidíase mamária; indicar</p><p>aplicação local de nistatina.</p><p>B) ductos lactíferos bloqueados; indicar</p><p>punção da área acometida.</p><p>C) abscesso mamário; indicar drenagem</p><p>cirúrgica e antibioticoterapia.</p><p>D) ingurgitamento mamário; indicar</p><p>massagem circular e ordenha do</p><p>excesso de leite.</p><p>E) mastite; indicar retirada manual do</p><p>leite após mamadas e</p><p>antibioticoterapia</p><p>CCQ: Saber que dor em mamas</p><p>associada à febre e calafrios é sinal de</p><p>mastite</p><p>Pessoal, questão clássica das questões</p><p>de prova.</p><p>Estamos diante de uma paciente na</p><p>segunda semana pós-parto com dor na</p><p>mama esquerda associada a febre,</p><p>calafrios, calor e edema. Frente a este</p><p>quadro, devemos pensar em um quadro</p><p>de mastite.</p><p>Vamos às alternativas.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Devemos</p><p>pensar em candidíase quando</p><p>estivermos diante de uma mama com</p><p>hiperemia, prurido e aspecto mais</p><p>“brilhante”.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Como vimos,</p><p>não é esta a nossa hipótese.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Devemos</p><p>pensar em abscesso mamário quando</p><p>houver ponto de flutuação ou</p><p>drenagem espontânea.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Pensaríamos</p><p>em ingurgitamento caso a paciente não</p><p>apresentasse febre e calafrios.</p><p>Alternativa E – Correta: Como vimos,</p><p>esta é nossa hipótese.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E</p><p>________________________________</p><p>82. Homem com 45 anos de idade,</p><p>obeso, procura consulta médica por</p><p>apresentar episódios de cólica em</p><p>hipocôndrio direito há seis meses.</p><p>Trouxe consigo um resultado de</p><p>ultrassonografia que mostra múltiplos</p><p>pequenos cálculos em vesícula biliar</p><p>sem outros achados anormais. O</p><p>paciente inicia a consulta dizendo que</p><p>não quer realizar cirurgia. Qual a melhor</p><p>orientação para esse paciente?</p><p>A) Iniciar tratamento sintomático,</p><p>prescrever medicamentos e dieta para</p><p>perda ponderal, realizando reavaliação</p><p>em seis meses.</p><p>B) Agendar data para realização de</p><p>cirurgia por videolaparoscopia pela</p><p>faixa etária do paciente e pelos riscos</p><p>caso não se submeta à cirurgia.</p><p>C) Esclarecer sobre o diagnóstico, a</p><p>indicação cirúrgica e o risco de</p><p>complicações caso não se submeta à</p><p>cirurgia.</p><p>D) Solicitar uma ressonância de</p><p>abdome superior e orientar para tomar</p><p>medicamentos sintomáticos com</p><p>continuação de acompanhamento</p><p>ambulatorial.</p><p>E) Encaminhar para psiquiatra a fim de</p><p>descartar síndrome do pânico e</p><p>prescrever medicamentos sintomáticos</p><p>até o paciente decidir submeter-se à</p><p>cirurgia.</p><p>CCQ: Indicação cirúrgica na colelitíase</p><p>sintomática</p><p>Paciente com quadro de cólicas biliares</p><p>recorrentes e ultrassonografia</p><p>revelando colelitíase sem</p><p>complicações. Qual a conduta?</p><p>**Cirurgia! **</p><p>A colelitíase ocorre como formação de</p><p>cálculos, geralmente de colesterol, na</p><p>vesícula biliar. Ela pode impactar no</p><p>infundíbulo, causando quadro de dores</p><p>abdominais no hipocôndrio direito após</p><p>ingesta de alimentos gordurosos, em</p><p>que há maior produção de bile.</p><p>Todo paciente com colelitíase</p><p>sintomática tem indicação de cirurgia</p><p>para evitar as complicações</p><p>decorrentes: colecistite,</p><p>coledocolitíase, pancreatite aguda</p><p>litiásica ([logo, alternativa C -</p><p>CORRETA]).</p><p>O diagnóstico, por sua vez, já está</p><p>firmado pela ultrassonografia, ou seja,</p><p>não necessita de outros exames se não</p><p>surgirem complicações ([logo,</p><p>alternativa - D INCORRETA]).</p><p>Apesar de o paciente se beneficiar de</p><p>mudanças no estilo de vida, apenas</p><p>estas não são eficazes para resolver o</p><p>quadro, sendo necessária a cirurgia.</p><p>Temos um medicamento que pode ser</p><p>usado para dissolver os cálculos,</p><p>chamado ácido ursodesoxicólico.</p><p>Porém, com resultados que não são</p><p>satisfatórios [(e, portanto, alternativa</p><p>A - INCORRETA)].</p><p>A videolaparoscopia, atualmente, é o</p><p>acesso preferencial para a</p><p>colecistectomia. Porém, não podemos</p><p>agendar a cirurgia sem consentimento</p><p>do paciente e, sem ele entender os</p><p>riscos, não temos como ser contra sua</p><p>autonomia em casos eletivos. Da</p><p>mesma forma, recusa à cirurgia não</p><p>deve levantar suspeita de transtornos</p><p>mentais. Devemos, sim, esclarecer o</p><p>quadro para poder ser tomada a melhor</p><p>conduta [(logo, alternativas B e E</p><p>INCORRETAS)].</p><p>Quais são as indicações de cirurgia na</p><p>colelitíase?</p><p>• Colelitíase sintomática</p><p>Nos assintomáticos:</p><p>• Vesícula em porcelana</p><p>• Cálculo > 2,5-3cm</p><p>• Pólipos de alto risco (> 1 cm, > 60</p><p>anos, crescimento em USGs</p><p>seriadas).</p><p>Gabarito: letra C!</p><p>_________________________________</p><p>83. Menina com 1 ano de idade, em</p><p>bom estado geral, é levada à consulta</p><p>médica. Tem história de infecção</p><p>urinária (ITU) de repetição e</p><p>investigação radiológica demonstrando</p><p>refluxo vesico-ureteral grau II.</p><p>Considerando as evidências mais</p><p>recentes quanto à eficácia e segurança</p><p>da profilaxia com antibióticos para</p><p>crianças com infecção urinária, escolha</p><p>a conduta mais adequada para esta</p><p>criança.</p><p>A) A profilaxia está indicada pela</p><p>eficácia na prevenção de novos</p><p>episódios, apesar dos efeitos colaterais</p><p>dos antibióticos em longo prazo.</p><p>B) A profilaxia não está indicada, pois</p><p>não diminui a incidência de novos</p><p>episódios e pode selecionar a flora para</p><p>recorrências de ITU.</p><p>C) A quimioprofilaxia tem indicação</p><p>precisa neste caso de refluxo vesico-</p><p>ureteral e é segura, desde que</p><p>administrada em baixas doses.</p><p>D) A quimioprofilaxia é discutível neste</p><p>caso por tratar-se de uma menina,</p><p>apesar de sua segurança ter sido</p><p>demonstrada em estudos.</p><p>E) A profilaxia deve ser indicada neste</p><p>caso e nos demais casos de refluxo</p><p>vesico-ureteral até sua resolução ou</p><p>correção cirúrgica.</p><p>CCQ: Saber que a quimioprofilaxia</p><p>após episódio de infecção urinária na</p><p>criança com refluxo vesicoureteral</p><p>deve ser feita apenas quando o refluxo</p><p>for grave (graus III, IV e V)</p><p>Pessoal, questão um tanto fora do</p><p>pareto, mas vamos lá! O refluxo</p><p>vesicoureteral (RVU) ocorre quando há</p><p>retorno da urina da bexiga para os rins,</p><p>podendo causar distorção ureteral e</p><p>hidronefrose. Pode ser de origem</p><p>primária, mais comum, quando há</p><p>anomalia da junção vesicoureteral; ou</p><p>secundária, quando há um fator</p><p>obstrutivo envolvido. É classificado de I</p><p>a V, sendo que:</p><p>• Grau I - refluxo até o ureter;</p><p>• Grau II - refluxo para o rim, sem</p><p>dilatação;</p><p>• Grau III - refluxo para o rim, com</p><p>pouca dilatação renal;</p><p>• Grau IV - refluxo para o rim, com</p><p>moderada dilatação renal;</p><p>• Grau V - refluxo para o rim com</p><p>intensa dilatação renal e</p><p>tortuosidade dos ureteres.</p><p>Comumente, essa anomalia vai se</p><p>corrigir com o tempo e, muitas vezes,</p><p>não é necessário tratamento. No</p><p>entanto, nos casos de RVU grau IV</p><p>bilateral ou grau V, temos indicação</p><p>cirúrgica e, a partir do grau III, deve ser</p><p>feita antibioticoprofilaxia para evitar</p><p>ITU de repetição, enquanto se aguarda</p><p>a correção cirúrgica.</p><p>Um algo a mais: a Sociedade Brasileira</p><p>de Pediatria recomenda</p><p>quimioprofilaxia por 6-12 meses, nos</p><p>casos com recidivas frequentes, mesmo</p><p>com investigação por imagem normal.</p><p>Essa quimioprofilaxia pode ser feita</p><p>com sulfametoxazol-trimetropim,</p><p>nitrofurantoína ou cefalexina, ou</p><p>amoxicilina.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Como vimos,</p><p>a quimioprofilaxia por ocasião do RVU</p><p>só está indicada a partir do grau III.</p><p>Como nossa paciente tem RVU grau II,</p><p>não deve receber quimioprofilaxia.</p><p>Alternativa B – Correta: Como vimos, a</p><p>profilaxia não está indicada para a nossa</p><p>paciente, já que, no caso dela, uma</p><p>antibioticoprofilaxia não vai trazer</p><p>tantos benefícios quanto à incidência de</p><p>novos episódios e ainda vai selecionar</p><p>flora para recorrências de ITU.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Como vimos,</p><p>a quimioprofilaxia por ocasião do RVU</p><p>só está indicada a partir do grau III.</p><p>Como nossa paciente tem RVU grau II,</p><p>não deve receber quimioprofilaxia.</p><p>Alternativa D – Incorreta: O fato de a</p><p>paciente ser do sexo feminino não</p><p>interfere na indicação de</p><p>antibioticoprofilaxia. O que interfere,</p><p>na verdade, é o grau do seu refluxo, que,</p><p>no caso, não indica necessidade de</p><p>quimioprofilaxia.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Como vimos,</p><p>a quimioprofilaxia por ocasião do RVU</p><p>só está indicada a partir do grau III.</p><p>Como nossa paciente tem RVU grau II,</p><p>não deve receber quimioprofilaxia.</p><p>Portanto, ficamos com letra B como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>84. Secundigesta, com 18 semanas de</p><p>idade gestacional, comparece à</p><p>segunda consulta de pré-natal em</p><p>Unidade Básica de Saúde. Traz</p><p>resultado de exame de urocultura com</p><p>mais de 100 mil unidades formadoras de</p><p>colônias bacterianas por mL. Nega</p><p>queixas urinárias e febre. Ao exame</p><p>físico: bom estado geral, corada,</p><p>hidratada, eupneica, pressão arterial =</p><p>120 x 80 mmHg. Exame obstétrico:</p><p>altura uterina de 17 cm, batimentos</p><p>cardíacos fetais presentes, rítmicos, 136</p><p>batimentos por minutos. A conduta</p><p>indicada é:</p><p>A) iniciar tratamento profilático com</p><p>cefalosporina diariamente até o parto.</p><p>B) iniciar antibioticoterapia e repetir</p><p>urocultura sete dias após o término do</p><p>tratamento.</p><p>C) repetição da urocultura em duas</p><p>semanas, pois o resultado sugere</p><p>contaminação da amostra.</p><p>D) solicitar ultrassonografia das vias</p><p>urinárias e realizar uroculturas</p><p>bimensais para monitoramento do</p><p>quadro.</p><p>E) solicitar sedimento urinário para</p><p>confirmar infecção urinária e, se</p><p>mostrar a presença de nitritos, iniciar</p><p>tratamento.</p><p>CCQ: Diagnóstico e tratamento de</p><p>ITU em gestante</p><p>As questões de ITU na gestante são</p><p>recorrentes nas provas de residência.</p><p>Essa questão aborda ainda um caso de</p><p>bacteriúria assintomática, que também</p><p>deve ser tratada nas gestantes. Vamos</p><p>aproveitar para revisar sobre esse tema</p><p>brevemente.</p><p>O diagnóstico de bacteriúria</p><p>assintomática é definido pela ausência</p><p>de sintomas urinário infecciosos,</p><p>associada à presença de bacteriúria,</p><p>sendo que esta é considerada</p><p>significativa para o diagnóstico quando</p><p>a urocultura de jato médio (a mais</p><p>utilizada), consta mais que 100.000</p><p>UFC/mL. E a paciente deste caso clínico</p><p>se encontra exatamente nessa situação.</p><p>Assim como a cistite, após feito o</p><p>diagnóstico, seguimos com o</p><p>tratamento com antibioticoterapia,</p><p>sempre que possível guiada pelo</p><p>antibiograma. Até que o antibiograma</p><p>indique a sensibilidade da bactéria</p><p>associada, o tratamento já pode ser</p><p>iniciado, sendo que são possíveis</p><p>opções: amoxicilina, cefalexina,</p><p>sulfametoxazol+trimetoprim,</p><p>nitrofurantoína (evitar no primeiro</p><p>trimestre pela interferência no</p><p>metabolismo do ácido fólico e no</p><p>terceiro trimestre pelo risco de</p><p>kernicterus).</p><p>Para finalizar, em todos os casos de</p><p>infecção urinária, deve-se realizar</p><p>urocultura para controle de cura de 1-2</p><p>semanas após o término do</p><p>tratamento.</p><p>Alternativa A - Incorreta: No</p><p>momento, a indicação é tratar somente</p><p>a bacteriúria e fazer o controle de cura.</p><p>Alternativa B - Correta: Conforme já</p><p>discutido acima.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A urocultura</p><p>pode ser repetida até 2 semanas após o</p><p>término do tratamento, no entanto,</p><p>deve ser instituído o tratamento. Para</p><p>evitar contaminação da amostra, a</p><p>paciente deve ser bem orientada</p><p>quanto às medidas de higiene no</p><p>momento da coleta do exame.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A</p><p>ultrassonografia não faz parte da</p><p>conduta inicial em todas as pacientes</p><p>com bacteriúria assintomática.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O padrão-</p><p>ouro de diagnóstico da bacteriúria</p><p>assintomática é a urocultura, portanto,</p><p>como a paciente já tem esse exame</p><p>positivo, não existe a necessidade de</p><p>solicitar um exame de sedimento</p><p>urinário.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>_________________________________</p><p>85. Homem com 35 anos de idade, no</p><p>3.º dia pósoperatório de</p><p>apendicectomia, encontra-se internado</p><p>em enfermaria coletiva de pequeno</p><p>hospital secundário. O achado cirúrgico</p><p>foi de uma apendicite aguda em fase</p><p>gangrenosa. Foi iniciada a</p><p>antibioticoterapia com administração</p><p>de gentamicina e metronidazol e a</p><p>alimentação via oral com boa aceitação,</p><p>após a eliminação de flatos e fezes. Não</p><p>apresentou febre. Ao exame, a ferida</p><p>cirúrgica encontra-se hiperemiada,</p><p>discretamente abaulada e com saída de</p><p>material purulento. A conduta para esse</p><p>caso, além do esclarecimento ao</p><p>paciente, é:</p><p>A) manter a antibioticoterapia e</p><p>curativos diários.</p><p>B) trocar antibioticoterapia, aplicar</p><p>calor local e curativos diários.</p><p>C) manter a antibioticoterapia, retirar</p><p>os pontos cirúrgicos para drenagem da</p><p>secreção e curativos diários.</p><p>D) trocar antibiotioterapia, indicar</p><p>a</p><p>realização de exame de imagem pelo</p><p>risco de infecção intracavitária.</p><p>E) manter antibiotioterapia, indicar a</p><p>exploração cirúrgica da ferida</p><p>operatória pelo risco de infecção</p><p>intracavitária.</p><p>CCQ: Saber que, na ISC superficial</p><p>e/ou sem sintomas sistêmicos,</p><p>devemos abrir pontos, drenar pus e</p><p>fazer curativo diário</p><p>Questão simples e que cai bastante nas</p><p>provas de cirurgia, fiquem atentos. No</p><p>caso apresentado, temos um homem</p><p>de 35 anos no 3.º dia em pós-op de</p><p>apendicectomia, em uso de</p><p>antibióticos, com boa aceitação de</p><p>dieta oral, flatos e fezes presentes e</p><p>sem febre, apresentou infecção de</p><p>ferida operatória – ou, infecção de sítio</p><p>cirúrgico (ISC).</p><p>Como diferenciamos se é infecção</p><p>superficial ou profunda, uma vez que a</p><p>cirurgia foi dentro da cavidade</p><p>peritoneal? ISC superficial não cursa</p><p>com sintomas sistêmicos, vemos que</p><p>esse paciente tem um estado geral</p><p>bom, sem febre, aceitando bem a dieta</p><p>e sem sinais de obstrução intestinal. Na</p><p>ISC profunda será o contrário, o</p><p>paciente terá sintomas sistêmicos.</p><p>Mas qual é a conduta frente a ISCs?</p><p>• ISC superficial: retirar pontos,</p><p>drenagem do pus, lavagem e</p><p>curativos diários.</p><p>• ISC profunda: retirar pontos,</p><p>drenagem do pus, lavagem,</p><p>curativos diários e</p><p>antibioticoterapia – trocar se já</p><p>estiver usando ou iniciar se</p><p>estiver sem antibióticos.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Como dito</p><p>acima, devemos abrir pontos e drenar o</p><p>pus, além dos curativos diários.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Quando não</p><p>há repercussões sistêmicas ou infecção</p><p>profunda, não devemos trocar o</p><p>antibiótico. Mantemos o esquema e</p><p>drenamos a coleção.</p><p>Alternativa C – Correta: Apesar de não</p><p>estar indicado antibióticos para ISC</p><p>superficial, esse paciente teve infecção</p><p>na vigência deste, logo apenas</p><p>manteremos o que já está em uso,</p><p>drenar secreção e manter curativos</p><p>diários.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Não há</p><p>repercussões sistêmicas, logo, não há</p><p>risco maior de infecção intracavitária,</p><p>assim como não há indicação de trocar</p><p>o antibiótico.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Sem</p><p>repercussões sistêmicas, dificilmente</p><p>haverá infecção intracavitária.</p><p>Entretanto, na possibilidade desta, é</p><p>indicado um exame de imagem antes</p><p>de realizar exploração ou nova</p><p>abordagem cirúrgica.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>C.</p><p>_________________________________</p><p>86. A tuberculose (TB) é um problema</p><p>de Saúde Pública no Brasil. A</p><p>identificação precoce de pessoas com</p><p>TB é imprescindível para a quebra da</p><p>cadeia de transmissão da doença. No</p><p>Brasil, em 2008, a TB foi a quarta causa</p><p>de morte por doenças infecciosas e a</p><p>primeira causa de morte em pacientes</p><p>com Aids. Com o aumento do número</p><p>de casos de pacientes com Aids na</p><p>população prisional, eleva-se a</p><p>quantidade de pacientes com TB. Neste</p><p>cenário, o indicador que expressa o</p><p>número de casos novos da doença nesta</p><p>população no período de 1 ano é:</p><p>A) letalidade.</p><p>B) incidência.</p><p>C) morbidade.</p><p>D) prevalência.</p><p>E) mortalidade.</p><p>CCQ: Saber que o indicador que se</p><p>relaciona ao número de novos casos</p><p>de uma doença em um determinado</p><p>período de tempo é a incidência</p><p>Fala, pessoal! Aqui temos uma questão</p><p>sobre indicadores, tema sempre</p><p>frequente em provas e muito relevante</p><p>em epidemiologia. Vamos revisar</p><p>alguns conceitos?</p><p>• Incidência: a incidência de uma</p><p>doença, em um determinado</p><p>local e período, é o número de</p><p>casos novos da doença que</p><p>iniciaram no mesmo local e</p><p>período.</p><p>• Prevalência: refere-se ao</p><p>número de casos existentes de</p><p>uma doença em um dado</p><p>momento; é uma “fotografia”</p><p>sobre a sua ocorrência.</p><p>• Morbidade: é a variável</p><p>característica das comunidades</p><p>de seres vivos, refere-se ao</p><p>conjunto dos indivíduos que</p><p>adquirem doenças (ou</p><p>determinadas doenças) num</p><p>dado intervalo de tempo em</p><p>uma determinada população. A</p><p>morbidade mostra o</p><p>comportamento das doenças e</p><p>dos agravos à saúde na</p><p>população.</p><p>• Mortalidade: é a relação entre o</p><p>número de óbitos e a população</p><p>em risco.</p><p>• Letalidade: é uma medida da</p><p>gravidade da doença, calculada</p><p>dividindo-se o número de óbitos</p><p>por determinada doença pelo</p><p>número de casos da mesma</p><p>doença. Algumas doenças</p><p>apresentam letalidade nula,</p><p>como, por exemplo, escabiose;</p><p>já para outras, a letalidade é</p><p>igual ou próxima de 100%, como</p><p>a raiva humana.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A letalidade</p><p>relaciona o n.º de óbitos ao n.º de casos.</p><p>Alternativa B - Correta: Isso! Incidência</p><p>se refere ao n.º de novos casos em um</p><p>determinado período de tempo.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A morbidade</p><p>se refere ao comportamento da doença</p><p>na população.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Refere-se ao</p><p>n.º de casos existentes da doença.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Refere-se ao</p><p>n.º de óbitos pela doença e não ao n.º</p><p>de novos casos.</p><p>Portanto, a resposta é a alternativa B.</p><p>_________________________________</p><p>87. Homem com 28 anos de idade</p><p>chega ao Serviço de Urgência de um</p><p>hospital de atenção secundária cerca de</p><p>30 minutos após colisão</p><p>automobilística. Está confuso,</p><p>queixando-se de muita falta de ar e dor</p><p>no hemitórax direito. Apresenta uma</p><p>fratura fechada da tíbia direita, sem</p><p>sangramento ativo. Ao exame físico</p><p>mostra-se descorado (++/++++),</p><p>frequência cardíaca = 128 bpm, pressão</p><p>arterial = 90 x 60 mmHg e frequência</p><p>respiratória = 40 irpm. A ausculta</p><p>pulmonar revela murmúrio vesicular</p><p>ausente à direita. A percussão mostra</p><p>macicez do hemitórax direito. O</p><p>oxímetro de pulso mostra saturação de</p><p>oxigênio de 92% (ar ambiente). O</p><p>paciente apresenta várias escoriações</p><p>pelo corpo. A conduta mais adequada</p><p>para este paciente, após aferição da</p><p>permeabilidade de vias aéreas,</p><p>estabilização da coluna cervical e</p><p>oxigenoterapia suplementar, é a</p><p>realização de:</p><p>A) punção pericárdica no espaço</p><p>subxifóide.</p><p>B) drenagem pleural no 2.º espaço</p><p>intercostal na linha hemiclavicular.</p><p>C) radiografia simples de tórax no leito</p><p>para diagnóstico definitivo e posterior</p><p>conduta.</p><p>D) punção torácica com cateter de</p><p>grosso calibre no 2.º espaço intercostal</p><p>na linha hemiclavicular.</p><p>E) drenagem pleural no 5.º espaço</p><p>intercostal na linha axilar anterior, com</p><p>preparo de material para</p><p>autotransfusão.</p><p>CCQ: Saber que trauma de tórax com</p><p>macicez a percussão sugere</p><p>hemotórax que deve ser tratado com</p><p>drenagem pleural no 5º espaço</p><p>intercostal</p><p>Fala pessoal! Questão com CCQ</p><p>clássico de prova então guarde este</p><p>CCQ com carinho.</p><p>Em trauma torácico temos 2 condições</p><p>muito cobradas em prova,</p><p>principalmente quando falamos de</p><p>trauma fechado:</p><p>• Pneumotórax</p><p>• Hemotórax</p><p>As 2 condições são possíveis e podemos</p><p>ter também uma combinação de</p><p>ambos. O que temos que saber aqui é</p><p>que a drenagem torácica estará</p><p>indicada para ambas (exceto se</p><p>pequenos e assintomático, o que é</p><p>difícil em casos de trauma).</p><p>Agora vem o detalhe da diferenciação,</p><p>note que o paciente apresenta</p><p>hipotensão e o tórax esta macico a</p><p>percussão! Essa macicez nos indica</p><p>presença de líquido e em um trauma</p><p>torácico que tipo de líquido pode estar</p><p>presente? Exatamente! Sangue. Por</p><p>isso nossa principal hipótese aqui é</p><p>hemotórax, o qual deve ser drenado</p><p>com tubo de drenagem pleural no 5º</p><p>espaço intercostal linha axilar anterior.</p><p>E esta auto-transfusão? É um</p><p>procedimento onde retiramos o sangue</p><p>da cavidade do paciente e</p><p>transfundimos este sangue retirado,</p><p>lembre-se que o procedimento só pode</p><p>ser feito se o sangue estiver presente</p><p>em cavidades estéreis, como a pleura.</p><p>Por exemplo, sangue em cavidade</p><p>peritoneal não pode passar por este</p><p>procedimento.</p><p>Agora vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta A punção</p><p>pericárdica é utilizada em casos de</p><p>tamponamento cardíaco, lembre-se</p><p>aqui da tríade de Beck: Hipofonese de</p><p>bulhar, hipotensão e turgência jugular.</p><p>Alternativa B - Incorreta A punção no</p><p>2º EI linha hemiclavicular era</p><p>indicado</p><p>antigamente para pneumotórax</p><p>hipertensivo, hoje já foi mudada a</p><p>indicação para punção em 5º espaço</p><p>intercostal linha axilar anterior/média,</p><p>apesar de ainda ser nesta região para</p><p>pacientes pediátricos. O ponto é, não</p><p>estamos frente a um pneumotórax</p><p>hipertensivo e não indicamos</p><p>drenagem no 2º EI, o que era</p><p>preconizado antes era a punção</p><p>aliviadora.</p><p>Alternativa C - Incorreta Não</p><p>necessitamos de radiografia de tórax</p><p>para indicar o tratamento deste</p><p>hemotórax, note que o paciente esta</p><p>com instabilidade hemodinâmica e</p><p>SatO2 baixa. Então já iniciamos o</p><p>tratamento preconizado.</p><p>Alternativa D - Incorreta Como vimos,</p><p>não estamos frente a um pneumotórax</p><p>hipertensivo.</p><p>Alternativa E - Correta Exatamente!</p><p>Como explicado anteriormente, nosso</p><p>principal hipótese é o hemotórax, e</p><p>como conduta temos a colocação de um</p><p>tubo de drenagem pleural.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E</p><p>_________________________________</p><p>88. Primigesta, com 39 semanas de</p><p>gestação, encontrase em trabalho de</p><p>parto há seis horas. Nas últimas três</p><p>horas, manteve a dilatação cervical de 6</p><p>cm, sem que houvesse modificações no</p><p>colo uterino, que se encontra</p><p>medianizado e esvaecido em 50%.</p><p>Quando a paciente foi internada,</p><p>apresentava três contrações</p><p>moderadas em 10 minutos. Nas últimas</p><p>duas horas, tem apresentado dinâmica</p><p>uterina de duas contrações fracas em 10</p><p>minutos. A descida do polo cefálico vem</p><p>se processando de forma progressiva e</p><p>agora observa-se que o polo cefálico</p><p>está no plano zero de De Lee. Com base</p><p>no quadro clínico, o diagnóstico e a</p><p>conduta são:</p><p>A) fase ativa prolongada, distócia</p><p>funcional; deambulação e, se</p><p>necessário, ocitocina</p><p>B) fase de latência prolongada;</p><p>administrar ocitocina e realizar</p><p>amniotomia.</p><p>C) período pélvico prolongado; realizar</p><p>amniotomia e administrar ocitocina.</p><p>D) desproporção céfalo-pélvica relativa;</p><p>indicar operação cesariana.</p><p>E) parada secundária de descida; indicar</p><p>operação cesariana.</p><p>CCQ: Diagnósticos da assistência ao</p><p>parto normal</p><p>A questão descreve a evolução de um</p><p>parto normal que não evolui, e pede pra</p><p>você dar o diagnóstico intraparto. Ela</p><p>poderia também colocar os dados num</p><p>partograma pra você avaliar o que</p><p>aconteceu.</p><p>As três principais coisas que precisamos</p><p>avaliar pra chegar num diagnóstico</p><p>intraparto são: dilatação cervical, altura</p><p>da apresentação e contrações. A</p><p>dilatação idealmente deve evoluir 1cm/</p><p>hora na fase ativa, a descida deve</p><p>abaixar 1 na escala de De Lee por hora</p><p>no período expulsivo, e as contrações</p><p>devem se manter efetivas (3 ou mais</p><p>contrações de moderada intensidade</p><p>em 10 min).</p><p>[Alternativa A: correta] No caso</p><p>apresentado, temos uma paciente com</p><p>dilatação mantida por 3h na fase ativa,</p><p>o que é mais tempo que o ideal. Mas</p><p>quando avaliamos as contrações,</p><p>chegamos na provável causa para essa</p><p>fase ativa mais longa, que são</p><p>contrações ineficazes (duas contrações</p><p>fracas em 10 min). Trata-se de uma</p><p>distócia funcional, que pode ocorrer</p><p>por exaustão materna, principalmente</p><p>em primigestas. A ocitocina ajuda a</p><p>melhorar as contrações nesse caso,</p><p>tornando-as mais intensas e mais</p><p>numerosas. Então temos o diagnóstico</p><p>de uma fase ativa prolongada, com</p><p>provável distócia funcional e podemos</p><p>usar a ocitocina para conduzir o caso.</p><p>[Alternativa B: incorreta] A fase de</p><p>latência é o período que precede o</p><p>trabalho de parto, quando a dilatação</p><p>ainda é menor que 4cm e não há</p><p>contrações eficazes. Não é o caso desta</p><p>paciente que já está em fase ativa do</p><p>trabalho de parto.</p><p>[Alternativa C: incorreta] O período</p><p>pélvico prolongado ocorre quando a</p><p>paciente já atingiu dilatação total, mas</p><p>a descida está lenta. Nesse caso a</p><p>amniotomia pode ajudar a abaixar a</p><p>apresentação, mas uma outra opção é o</p><p>uso de forceps de alívio ou vácuo</p><p>extrator. Não é o caso desta paciente,</p><p>que ainda não atingiu dilatação total.</p><p>[Alternativa D: incorreta] A</p><p>desproporção cefalo-pélvica é um</p><p>diagnóstico feito quando a dilatação se</p><p>mantém a mesma após 2h na fase ativa</p><p>mesmo com contrações efetivas. Neste</p><p>caso precisávamos primeiro tentar</p><p>melhorar as contrações para, se a</p><p>dilatação ainda se mantivesse igual,</p><p>pensarmos neste diagnóstico.</p><p>[Alternativa E: incorreta] A **parada</p><p>secundária da descida **é a</p><p>manutenção da altura após 1h de</p><p>período expulsivo e também pode</p><p>significar que há desproporção cefalo-</p><p>pélvica. Neste caso, a alternativa é a</p><p>realização de cesária já que não há</p><p>espaço para progressão do feto pelo</p><p>canal de parto.</p><p>Pra aproveitar, o último diagnóstico</p><p>intraparto, que a questão não traz nas</p><p>alternativas é o parto taquitócito, que é</p><p>aquele em que dilatação, descida e</p><p>expulsão ocorrem em menos de 4h.</p><p>Nesses casos há maior risco para</p><p>lacerações e atonia uterina.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a A</p><p>_________________________________</p><p>89. Em uma reunião de planejamento</p><p>com os gerentes das Unidades de</p><p>Atenção Básica de um município de</p><p>médio porte, são avaliados os motivos</p><p>das falhas nos fluxos dos usuários em</p><p>relação aos serviços de Urgência e</p><p>Emergência locais. Para que essa</p><p>discussão seja produtiva, o gestor local</p><p>esclareceu, para os participantes da</p><p>reunião, conceitos importantes sobre</p><p>Redes de Atenção no Sistema Único de</p><p>Saúde. Entre os conceitos apresentados</p><p>pelo gestor sobre o tema, quais estão</p><p>previstos nas normas do SUS?</p><p>A) Os pontos de atenção a Urgência e</p><p>Emergência nas Redes de Atenção à</p><p>Saúde são as estruturas hospitalares</p><p>terciárias, que possuem instrumental</p><p>tecnológico apropriado para estas</p><p>condições, sendo que estes pontos</p><p>devem estar interligados com os</p><p>demais níveis através de um transporte</p><p>sanitário adequado.</p><p>B) As Redes de Atenção à Saúde</p><p>caracterizam-se pela formação de</p><p>relações verticais entre os pontos de</p><p>atenção, tendo como porta de entrada</p><p>a Atenção Primária à Saúde, pois este</p><p>nível é o responsável pela triagem inicial</p><p>dos pacientes e o encaminhamento</p><p>primário para os pontos de cuidado</p><p>mais apropriados para cada caso.</p><p>C) Os pontos de atenção a Urgência e</p><p>Emergência devem estar no centro das</p><p>Redes de Atenção à Saúde, pois nesses</p><p>locais são realizados cuidados</p><p>essenciais à saúde das pessoas, assim</p><p>como a efetiva comunicação e</p><p>coordenação do cuidado dentro da</p><p>Rede por meio do apoio de sistema</p><p>técnico, logístico e de gestão entre os</p><p>níveis.</p><p>D) As Redes de Atenção à Saúde são</p><p>definidas como um modelo linear de</p><p>cuidado dentro do sistema de saúde.</p><p>Elas orientam gestores e usuários sobre</p><p>a porta de entrada e o escalonamento</p><p>entre os diversos níveis de densidade</p><p>tecnológica no sistema, com os seus</p><p>objetivos de prestação de serviços</p><p>singulares.</p><p>E) Nas Redes de Atenção à Saúde, todos</p><p>os pontos de atenção são igualmente</p><p>importantes para que se cumpram os</p><p>objetivos do cuidado integral, que deve</p><p>ser realizado por meio de relações</p><p>horizontais entre os diversos níveis de</p><p>atenção, que diferenciam-se apenas</p><p>pelas distintas densidades tecnológicas</p><p>que os caracterizam.</p><p>CCQ: As Redes de Atenção à Saúde</p><p>(RAS) são compostas por pontos de</p><p>atenção igualmente importantes e</p><p>que se relacionam de forma horizontal</p><p>e multidirecional</p><p>Em 2010, o Ministério da Saúde</p><p>publicou uma Portaria definindo a</p><p>organização das RAS, conceituando-as</p><p>como "arranjos organizativos de ações</p><p>e serviços de saúde, de diferentes</p><p>densidades tecnológicas, que</p><p>integradas por meio de sistemas de</p><p>apoio técnico, logístico e de gestão,</p><p>buscam garantir a integralidade do</p><p>cuidado”.</p><p>Traduzindo, a RAS seria a integração</p><p>de diversos serviços, como UBS, UPA,</p><p>CAPS etc., com fluxos de referência e</p><p>contrarreferência, de acordo com a</p><p>necessidade clínica que irá</p><p>encaminhar o paciente a certo ponto</p><p>da rede.</p><p>Sabendo o que é uma RAS e tentando</p><p>aplicar seu conceito na prática,</p><p>podemos resolver essa questão sem</p><p>maiores problemas.</p><p>Vamos analisar</p><p>(úlcera grande, > 4</p><p>semanas).</p><p>A título curiosidade, o ministério da</p><p>saúde indica penicilina benzatina 2,4</p><p>milhões UI, dose única + azitromicina 1 g,</p><p>VO, dose única para o tratamento de</p><p>úlceras não dolorosas com menos de 4</p><p>semanas. Se houver mais de 4 semanas,</p><p>adicionamos doxiciclina 400 mg, VO,</p><p>12/12 h, por 21 dias + biópsia da borda da</p><p>lesão.</p><p>Alternativa A - Incorreta: Como vimos,</p><p>não iremos pensar em cancro mole.</p><p>Alternativa B - Correta: Como vimos,</p><p>herpes é a nossa principal hipótese, e o</p><p>tratamento é feito com aciclovir.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Como vimos,</p><p>a donovanose é uma úlcera indolor</p><p>crônica.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Como vimos,</p><p>pensaríamos em sífilis frente a úlcera</p><p>única e indolor de bordas elevadas e</p><p>fundo limpo.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não é nossa</p><p>hipótese.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>8. Criança com três anos de idade,</p><p>nascida a termo, não acompanhada</p><p>regularmente na Puericultura, foi</p><p>levada pela mãe para uma consulta na</p><p>Unidade Básica de Saúde após sofrer</p><p>fratura no antebraço direito há dois</p><p>meses. Após avaliação médica foi</p><p>observado: baixa estatura para a idade,</p><p>escoliose, desproporção da relação</p><p>segmento superior e inferior, hipotonia</p><p>muscular e hérnia umbilical pequena. O</p><p>médico solicitou radiografia de mão e</p><p>punho e de membros inferiores,</p><p>mostradas abaixo. O diagnóstico e a</p><p>alteração radiológica que o confirma</p><p>são, respectivamente:</p><p>A) osteopenia e perda da densidade</p><p>óssea.</p><p>B) hipotireoidismo e atraso da idade</p><p>óssea.</p><p>C) deficiência de fósforo e</p><p>osteomalácia.</p><p>D) displasia óssea e displasia</p><p>metafisária.</p><p>E) raquitismo e alargamento das</p><p>epífises</p><p>CCQ: Saber que clínica de baixa</p><p>estatura e hipotonia muscular com</p><p>achado radiográfico de alargamento</p><p>das epífises ósseas é bastante</p><p>característico de raquitismo</p><p>Aluno Aristo, nessa questão a banca</p><p>trouxe um caso clínico típico de um</p><p>distúrbio frequente das bancas de</p><p>desenvolvimento e crescimento: o</p><p>raquitismo. Vamos juntos revisar esse</p><p>tema?</p><p>A presença de fratura, baixa estatura</p><p>para idade, deformação do tórax e da</p><p>curvatura da coluna vertebral e</p><p>hipotonia muscular em um pré-escolar</p><p>sem acompanhamento regular é</p><p>fortemente sugestivo para raquitismo.</p><p>O raquitismo é caracterizado pela</p><p>diminuição da mineralização da placa</p><p>epifisária. A formação e crescimento</p><p>ósseo dependem da produção da matriz</p><p>óssea, composta principalmente por</p><p>colágeno e de sua mineralização</p><p>através da deposição dos cristais de</p><p>hidroxiapatita, compostos basicamente</p><p>por cálcio e fósforo. A concentração</p><p>extracelular inadequada desses íons e a</p><p>falta da ação dos elementos</p><p>responsáveis pela sua absorção</p><p>(vitamina D) resultam na falha do</p><p>processo de mineralização.</p><p>Uma dieta pobre em vitamina D, cálcio,</p><p>fósforo e pequena exposição à luz solar</p><p>são fatores de risco para a doença. O</p><p>quadro clínico geralmente revela atraso</p><p>no fechamento das fontanelas e no</p><p>crescimento, fronte olímpica e</p><p>craniotabes e a alteração de ossos</p><p>longos e coluna vertebral também são</p><p>comuns.</p><p>Agora que revisamos um pouco sobre</p><p>essa doença, vamos avaliar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A osteopenia</p><p>é uma doença metabólica sistêmica</p><p>caracterizada por diminuição da massa</p><p>óssea, porém sem comprometimento</p><p>de sua microarquitetura. Portanto, não</p><p>é o caso do nosso paciente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: O</p><p>hipotireoidismo causa sintomas como</p><p>cansaço, fraqueza, desânimo, câimbras</p><p>frequentes, dificuldade de</p><p>concentração e falhas de memória. Não</p><p>observamos no nosso paciente nenhum</p><p>desses sintomas e, portanto, essa não é</p><p>uma hipótese.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A</p><p>hipofosfatemia crônica pode produzir</p><p>manifestações musculoesqueléticas,</p><p>tais como: dor muscular, miopatia</p><p>proximal e hiperestesia nos membros, e</p><p>hipotonia com reflexos tendinosos</p><p>normais. O comprometimento de</p><p>outros sistemas musculares pode levar</p><p>à insuficiência cardíaca congestiva e</p><p>angústia respiratória. No sistema</p><p>nervoso central, a hipofosfatemia</p><p>crônica pode causar encefalopatia, que</p><p>se manifesta através de irritabilidade,</p><p>parestesias e déficits de memória. Com</p><p>a perpetuação desse distúrbio, podem</p><p>ocorrer confusão mental, ataxia,</p><p>convulsões, coma e morte. No tecido</p><p>ósseo, a hipofosfatemia prejudica a</p><p>mineralização da cartilagem de</p><p>crescimento. Portanto, não se trata de</p><p>uma de nossas hipóteses.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A displasia</p><p>óssea é caracterizada pelo</p><p>espessamento da diáfise dos ossos</p><p>longos, deformação metafisária e</p><p>irregularidades epifisárias. Ou seja, não</p><p>se trata do nosso caso.</p><p>Alternativa E - Correta: Exatamente! O</p><p>raquitismo é uma doença metabólica</p><p>sistêmica causada pela diminuição da</p><p>mineralização óssea da placa epifisária</p><p>de crescimento e do tecido osteoide.</p><p>Em conjunto com a clínica de baixa</p><p>estatura, hipotonia muscular e a</p><p>alteração da coluna temos um quadro</p><p>clássico de raquitismo.</p><p>Sendo assim, a letra correta é a E!</p><p>_________________________________</p><p>9. Mulher com 81 anos de idade,</p><p>fumante há 60 anos, deu entrada em</p><p>hospital geral com quadro de dispneia</p><p>intensa, que evoluiu para óbito dois dias</p><p>após a internação. Na admissão fez-se o</p><p>diagnóstico de embolia pulmonar e</p><p>trombose venosa profunda em membro</p><p>inferior direito. O preenchimento</p><p>adequado da declaração de óbito é:</p><p>A) Parte I: a. embolia pulmonar; b.</p><p>trombose venosa profunda; c.</p><p>tabagismo. Parte II: (sem</p><p>preenchimento).</p><p>B) Parte I: a. dispneia intensa; b.</p><p>trombose venosa profunda; c.</p><p>tabagismo. Parte II: embolia pulmonar.</p><p>C) Parte I: a. embolia pulmonar; b.</p><p>trombose venosa profunda. Parte II:</p><p>tabagismo.</p><p>D) Parte I: a. dispneia intensa; b.</p><p>trombose venosa profunda. Parte II:</p><p>tabagismo.</p><p>E) Parte I: a. trombose venosa profunda.</p><p>Parte II: embolia pulmonar.</p><p>CCQ: A causa básica do óbito é a</p><p>doença que iniciou a cadeia de</p><p>acontecimentos patológicos que</p><p>conduziram diretamente à morte,</p><p>enquanto a causa terminal é aquela</p><p>que de forma mais imediata provocou</p><p>a morte do paciente</p><p>Questões sobre Declaração de Óbito</p><p>(DO) costumam cair muito nos</p><p>concursos e alguns detalhes confundem</p><p>os candidatos. Vamos revisar o assunto!</p><p>Como preencher:</p><p>PARTE I: causa que provocou a morte</p><p>• Linha A: causa terminal.</p><p>• Linhas B e C: estados mórbidos</p><p>que produziram a causa descrita</p><p>na linha A.</p><p>• Linha D: causa básica.</p><p>PARTE II: comorbidades que</p><p>contribuíram para a morte, mas que não</p><p>fizeram parte da cadeia definida na</p><p>Parte I.</p><p>Alternativa C - correta: No caso da</p><p>paciente da questão, a causa terminal</p><p>foi TEP, como consequência de TVP. O</p><p>tabagismo não é uma causa direta, mas</p><p>sim um fator contribuidor (por isso na</p><p>parte II).</p><p>Assim, o preenchimento dessa DO é</p><p>feito da seguinte forma:</p><p>Portanto, o gabarito da questão é a</p><p>alternativa C.</p><p>_________________________________</p><p>10. Mulher com 57 anos de idade deu</p><p>entrada na Emergência apresentando,</p><p>há um dia, cinco episódios de</p><p>evacuações com sangue vermelho vivo</p><p>e em grande quantidade. Na admissão</p><p>apresenta pressão arterial = 70x50</p><p>mmHg, frequência cardíaca = 164 bpm,</p><p>sudorese profusa e intensa palidez</p><p>cutâneo-mucosa. O exame do abdome</p><p>é normal e no exame proctológico são</p><p>vistas hemorróidas Grau II. Foi</p><p>administrado O2 nasal, hidratação com</p><p>2 litros de Ringer Lactato em acesso</p><p>venoso periférico e a paciente encontra-</p><p>se estável hemodinamicamente após</p><p>seis horas da admissão. Com base no</p><p>quadro clínico descrito, entre as opções</p><p>abaixo, a próxima conduta diagnóstica</p><p>e/ou terapêutica é:</p><p>A) angiografia e possível embolização</p><p>para diagnóstico e terapêutica</p><p>B) vasopressina EV para diminuir o</p><p>sangramento e sua recorrência.</p><p>C) enema opaco para diagnóstico e</p><p>hemostasia.</p><p>D) tomografia com contraste para</p><p>diagnóstico.</p><p>E) colonoscopia após preparo intestinal.</p><p>CCQ: Saber</p><p>as alternativas de baixo</p><p>para cima?</p><p>Alternativa A - incorreta: Na RAS de</p><p>urgência e emergência, diversos são os</p><p>pontos de atenção que podem oferecer</p><p>o cuidado: APS, UPA 24h, SAMU,</p><p>atenção domiciliar e atenção hospitalar.</p><p>Alternativa B - incorreta: As relações</p><p>na RAS são horizontais e não verticais.</p><p>Além disso, a APS não se configura</p><p>somente com um local de triagem, mas</p><p>também é responsável pela oferta do</p><p>cuidado, assim como existem outros</p><p>pontos de triagem a depender da</p><p>situação.</p><p>Alternativa C - incorreta: Pessoal, não</p><p>faz sentido os serviços de Urgência</p><p>serem o centro de uma RAS. Nesses</p><p>serviços, não se conhece o histórico do</p><p>paciente, por exemplo. Assim, como</p><p>integrar as atividades?</p><p>Alternativa D - incorreta: Não se trata</p><p>de um modelo linear, mas sim com</p><p>várias direções, não necessariamente</p><p>tendo um escalonamento entre os</p><p>níveis e sim uma complexa integração.</p><p>Alternativa E - correta: Todos os</p><p>pontos de uma RAS são igualmente</p><p>importantes. São somente serviços</p><p>distintos responsáveis por situações</p><p>específicas e com tecnologias</p><p>adequadas para cada situação. É dito</p><p>que as relações são horizontais, pois</p><p>pode ocorrer um fluxo multidirecional,</p><p>não havendo uma hierarquia entre eles.</p><p>As principais RAS que temos no SUS</p><p>são:</p><p>• Rede Cegonha.</p><p>• Rede de Cuidado à Pessoa com</p><p>Deficiência.</p><p>• Rede de Atenção Psicossocial.</p><p>• Rede de Urgência e Emergência.</p><p>• Rede de Atenção às Pessoas</p><p>com Doenças Crônica.</p><p>Portanto, ficamos com a alternativa E</p><p>como gabarito</p><p>_________________________________</p><p>90. Primigesta com 30 anos de idade, 38</p><p>semanas de gestação e pré-natal sem</p><p>intercorrências, é admitida na</p><p>Maternidade em trabalho de parto. Ao</p><p>exame físico na admissão, pressão</p><p>arterial = 100 x 60 mmHg, altura uterina</p><p>= 35 cm, dinâmica uterina - 2 contrações</p><p>em 10 minutos, frequência cardíaca</p><p>fetal = 140 bpm. Ao toque vaginal, colo</p><p>fino, 3 cm de dilatação, apresentação</p><p>cefálica, bolsa íntegra.Analisando a</p><p>evolução do trabalho de parto,</p><p>conforme o partograma mostrado</p><p>acima, a hipótese diagnóstica e a</p><p>conduta correta, após 10 horas de</p><p>observação, são, respectivamente:</p><p>A) fase ativa prolongada; administrar</p><p>ocitocina.</p><p>B) parada secundária da descida;</p><p>realizar cesariana.</p><p>C) parada secundária da dilatação;</p><p>realizar cesariana.</p><p>D) parada secundária da dilatação;</p><p>administrar ocitocina.</p><p>E) parada secundária da descida;</p><p>realizar analgesia (bloqueio</p><p>combinado).</p><p>CCQ: Avaliação de distocias no</p><p>partograma.</p><p>Você não pode se assustar com</p><p>questões de partograma, lembre que</p><p>ele está lá pra facilitar a visualização da</p><p>condução de trabalho de parto.</p><p>Note que a paciente da questão não</p><p>tem comorbidades, está em uma</p><p>gestação a termo e dá entrada em</p><p>trabalho de parto espontâneo.</p><p>Portanto, vamos apenas conduzir esse</p><p>trabalho de parto fisiológico.</p><p>No topo do partograma temos a</p><p>progressão da dilatação (triângulos) e</p><p>da descida da apresentação fetal</p><p>(círculos cortados).</p><p>No meio temos a frequência cardíaca</p><p>fetal (FCF).</p><p>Na parte de baixo temos as contrações,</p><p>sendo cada quadrado uma contração e</p><p>são preenchidos totalmente ou pela</p><p>metade de acordo com a duração desta</p><p>contração, conforme a legenda.</p><p>Por último, note que a bolsa foi rota na</p><p>sétima hora do registro.</p><p>Temos que avaliar também as linhas</p><p>diagonais que cortam o partograma:</p><p>linha de alerta e linha de ação,</p><p>sequencialmente. Ao preencher o</p><p>partograma, quando notamos que a</p><p>evolução ultrapassa a linha de alerta, é</p><p>preciso ficar atento para possíveis</p><p>distocias. Ao ultrapassar a linha de</p><p>ação, é preciso realizar alguma medida</p><p>que estimule a progressão do trabalho</p><p>de parto.</p><p>Note que, ao se aproximar da linha de</p><p>ação, a bolsa tornou-se rota. Não</p><p>sabemos se foi uma bolsa rota</p><p>espontaneamente, mas a amniotomia</p><p>artificial pode ser indicada para acelerar</p><p>partos prolongados.</p><p>Agora que você já sabe ler o</p><p>partograma, vamos analisar qual o</p><p>diagnóstico que ele sugere:</p><p>Alternativa A - incorreta. A fase ativa</p><p>prolongada é definida pela progressão</p><p>menor que 1cm por hora de dilatação</p><p>durante o trabalho de parto. Neste caso</p><p>a paciente teve uma dilatação</p><p>prolongada, mas houve parada dessa</p><p>dilatação com 6cm.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=8tAISc27dmPHwWoczw0t</p><p>Alternativa B - incorreta. A parada</p><p>secundária da descida é definida como</p><p>parada na descida da apresentação</p><p>fetal. Só podemos dar esse diagnóstico</p><p>quando a paciente já está com dilatação</p><p>cervical total e mesmo assim não há</p><p>progressão na descida.</p><p>Alternativa C - correta. Houve duas</p><p>avaliações repetidas com a mesma</p><p>dilatação (6cm) na nona e décima hora</p><p>de observação, além de ultrapassar a</p><p>linha de ação, apesar de contrações</p><p>efetivas. Podemos concluir que há,</p><p>então, PARADA SECUNDÁRIA DA</p><p>DILATAÇÃO, possivelmente por</p><p>desproporção cefalo-pélvica, o que</p><p>indica realização de cesariana.</p><p>Alternativa D - incorreta. A ocitocina</p><p>ajuda a otimizar as contrações durante</p><p>o trabalho de parto. No entanto, a</p><p>paciente apresenta 4 contrações em 10</p><p>min, sendo duas com mais de 40</p><p>segundos. Ou seja, as contrações já</p><p>estão efetivas e não há indicação de</p><p>ocitocina.</p><p>Alternativa E - incorreta. A analgesia é</p><p>uma opção em partos prolongados, pois</p><p>ajuda no relaxamento da gestante e</p><p>pode ser útil em casos de exaustão</p><p>materna. No entanto, a paciente ainda</p><p>não chegou à dilatação total para</p><p>pensarmos em parada secundária da</p><p>descida.</p><p>Portanto, a única alternativa correta</p><p>está na letra C.</p><p>_________________________________</p><p>91. Recém-nascido com 36 semanas de</p><p>idade gestacional, parto cesariano,</p><p>Apgar 6 e 8, peso de nascimento= 2.100</p><p>g, evoluiu com sintomas precoces e</p><p>graves nas primeiras 24 horas de vida</p><p>(icterícia, hepatoesplenomegalia,</p><p>elevação das enzimas hepáticas,</p><p>anemia, trombocitopenia e</p><p>hemorragia), associados ao quadro de</p><p>microcefalia com calcificações</p><p>cerebrais periventriculares,</p><p>microftalmia, corriorretinite e surdez. A</p><p>principal hipótese diagnóstica para esta</p><p>infecção congênita e o tratamento de</p><p>escolha são, respectivamente:</p><p>A) herpes simples e aciclovir.</p><p>B) citomegalovírus e ganciclovir.</p><p>C) rubéola e tratamento de suporte</p><p>D) sífilis congênita e penicilina</p><p>cristalina.</p><p>E) toxoplasmose e</p><p>piremetamina/sulfadiazina.</p><p>CCQ: Saber que infecção congênita</p><p>por citomegalovírus cursa com</p><p>microcefalia com calcificações</p><p>cerebrais PERIVENTRICULARES,</p><p>microftalmia, corrioretinite e surdez</p><p>Pessoal, questão sem muito mistério</p><p>sobre infecções congênitas! Como você</p><p>bem deve saber, as infecções</p><p>congênitas podem ter uma série de</p><p>manifestações clínicas comuns, como</p><p>manifestações cutâneas,</p><p>oftalmológicas e viscerais. No entanto,</p><p>no caso da questão, havia uma</p><p>alteração específica que direcionava</p><p>nossa suspeita: a presença de</p><p>calcificações periventriculares ao</p><p>exame de imagem, muito sugestiva de</p><p>infecção por Citomegalovírus.</p><p>O citomegalovírus (CMV), um vírus da</p><p>família herpesvírus, é transmitido por</p><p>meio de contato íntimo com secreções</p><p>ou excreções de pessoas infectadas. A</p><p>infecção intra-uterina ocorre em</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=8tAISc27dmPHwWoczw0t</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=8tAISc27dmPHwWoczw0t</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=8tAISc27dmPHwWoczw0t</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=8tAISc27dmPHwWoczw0t</p><p>gestantes com infecção pelo vírus,</p><p>primária ou por reativação, e a chance</p><p>de defeitos congênitos é inversamente</p><p>proporcional à idade gestacional. É</p><p>importante destacar que, além da</p><p>infecção vertical, a criança também</p><p>pode se infectar com o vírus durante o</p><p>trabalho de parto ou via aleitamento</p><p>materno.</p><p>O quadro clínico, em 90% dos casos, é</p><p>assintomático. No entanto, quando</p><p>causa sintomas, o citomegalovírus está</p><p>associado ao crescimento intrauterino</p><p>restrito (CIUR), prematuridade,</p><p>hepatoesplenomegalia, hepatite,</p><p>pneumonia, trombocitopenia, surdez</p><p>neurossensorial e atrofia óptica. A</p><p>forma mais grave da doença, chamada</p><p>doença de inclusão citomegálica cursa</p><p>com hepatoesplenomegalia, icterícia,</p><p>microcefalia, coriorretinite e</p><p>calcificações cerebrais</p><p>periventriculares.</p><p>O diagnóstico é feito por sorologia IgG</p><p>e IgM da mãe e do RN, bem como</p><p>pesquisa de PCR para CMV na urina do</p><p>RN, em 03 amostras. O tratamento é</p><p>feito em recém-nascidos sintomáticos,</p><p>com comprometimento do sistema</p><p>nervoso central ou com doença</p><p>multissistêmica, com administração de</p><p>ganciclovir EV, por 06 semanas.</p><p>Um algo a mais: um dos principais</p><p>diagnósticos diferenciais da</p><p>citomegalovirose congênita é a</p><p>infecção por toxoplasmose. Você pode</p><p>diferenciar essas duas infecções por</p><p>meio dos achados na tomografia de</p><p>crânio, que demonstram calcificações</p><p>difusas na Toxoplasmose, e</p><p>periventriculares na citomegalovirose.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: A infecção</p><p>congênita por herpes simples é muito</p><p>rara e acomete pele (lesões vesiculares),</p><p>olho (coriorretinite, microftalmia) e</p><p>sistema nervoso central (microcefalia e</p><p>hidranencefalia). No entanto, não são</p><p>encontradas calcificações ao exame</p><p>tomográfico nem alterações como</p><p>icterícia, elevação de enzimas</p><p>hepáticas, hepatoesplenomegalia e</p><p>trombocitopenia. Portanto, não se</p><p>constitui na principal hipótese</p><p>diagnóstica para o nosso caso.</p><p>Alternativa B – Correta: Como vimos, o</p><p>citomegalovírus, em sua forma mais</p><p>grave, cursa com icterícia,</p><p>hepatoesplenomegalia, microcefalia,</p><p>trombocitopenia e calcificações</p><p>periventriculares, exatamente as</p><p>manifestações encontradas no paciente</p><p>em questão! Portanto, essa é a nossa</p><p>hipótese mais provável e deve ser</p><p>tratada com ganciclovir.</p><p>Alternativa C – Incorreta: A rubéola se</p><p>manifesta com a “tríade SPC”,</p><p>caracterizada por surdez</p><p>neurossensorial, persistência do canal</p><p>arterial e catarata. Não se encaixa tanto</p><p>com o quadro do nosso paciente, não é</p><p>mesmo?</p><p>Alternativa D – Incorreta: A sífilis</p><p>congênita tem uma miríade de</p><p>manifestações, no entanto, entre elas,</p><p>não se encontra padrão de calcificação</p><p>periventricular à tomografia de crânio.</p><p>Portanto, não é o diagnóstico mais</p><p>provável para o nosso caso.</p><p>Alternativa E – Incorreta: O padrão de</p><p>calcificação da toxoplasmose é difuso,</p><p>não se encaixando com o que foi</p><p>descrito pela questão.</p><p>Portanto, ficamos com letra B como</p><p>gabarito</p><p>________________________________</p><p>92. Paciente com 17 anos de idade,</p><p>primípara, encontra-se no 7.º dia pós-</p><p>parto e permanece internada no</p><p>alojamento conjunto, acompanhando</p><p>seu recém-nascido, em tratamento de</p><p>sepse neonatal. Nesse período, a</p><p>paciente começa a apresentar quadro</p><p>de insônia, delírios de grandeza,</p><p>alternados com manifestações</p><p>paranoides. Diz que ouve vozes e vê</p><p>sombras que querem pegá-la e trocar</p><p>seu bebê. Durante o dia, apresenta</p><p>agitação psicomotora ininterrupta. Ela</p><p>não apresenta nenhum sintoma</p><p>associado a infanticídio ou ideário</p><p>negativo em relação à sua maternidade,</p><p>mas diz que prefere morrer a ser "pega</p><p>pelas sombras". A família nega qualquer</p><p>quadro anterior semelhante. Baseado</p><p>na sintomatologia apresentada, o</p><p>diagnóstico é:</p><p>A) disforia pós-parto.</p><p>B) psicose pós-parto.</p><p>C) depressão pós-parto.</p><p>D) transtorno de ansiedade.</p><p>E) transtorno bipolar (psicose maníaco-</p><p>depressiva).</p><p>CCQ: Saber que delírios de grandeza,</p><p>alucinações auditivas/visuais e</p><p>sintomas paranoides são</p><p>manifestações clássicas da psicose</p><p>puerperal</p><p>Pessoal, boa questão aqui para</p><p>recordarmos os transtornos</p><p>psiquiátricos que podem estar</p><p>presentes no pós parto.</p><p>Vamos recordá-los? Os principais são</p><p>baby blues, depressão pós parto e</p><p>psicose puerperal.</p><p>O Baby Blues é o transtorno</p><p>psiquiátrico mais comum no pós-parto,</p><p>está relacionado as dificuldades</p><p>inerentes a chegada de uma criança na</p><p>vida de uma mulher. A mulher pode</p><p>referir sentimentos de tristeza e</p><p>impotência, podendo sentir-se incapaz</p><p>de cuidar da criança. Não há desejo de</p><p>realizar mal a criança e os sintomas</p><p>duram no máximo 2 semanas com</p><p>melhora completa, pode acometer 80%</p><p>das mulheres.</p><p>A depressão pós parto apresenta os</p><p>mesmos sintomas que o baby blues, o</p><p>que as diferencia é o tempo de duração.</p><p>A depressão dura mais que 2 semanas.</p><p>Os sintomas são de tristeza profunda,</p><p>perda de interesse pelas atividades de</p><p>vida diária, sensação de impotência e</p><p>incapacidade de cuidar do bebê, pode</p><p>cursar com ideação suicida.</p><p>A psicose puerperal, como o nome já</p><p>diz cursa com sintomas psicóticos, há</p><p>alucinações auditivas e visuais, a</p><p>paciente pode ouvir vozes de comando</p><p>e tentar realizar algo com a criança</p><p>(como matá-la em virtude da audição</p><p>das vozes). Não há ideação suicida, a</p><p>paciente pode tentar se matar para</p><p>fugir de suas alucinações, como</p><p>acontece na questão. Pode haver</p><p>delírios de grandeza e manifestações</p><p>paranoides de que está sendo</p><p>perseguida. Diferentemente do baby</p><p>blues que surge logo após o parto a</p><p>psicose surge de uma semana a 1 mês</p><p>após esse.</p><p>A psicose puerperal pode ser uma</p><p>contraindicação ao aleitamento</p><p>materno, se a paciente apresentar</p><p>ideação de infanticídio.</p><p>Vamos analisar os itens:</p><p>Alternativa A e C - Incorretas:</p><p>Podemos excluir essas duas alternativas</p><p>das nossas hipóteses pela presença</p><p>marcada de alucinações na paciente,</p><p>que não estariam presentes nessas</p><p>condições.</p><p>Alternativa B - Correta: A questão</p><p>apresenta um quadro clássico de</p><p>psicose puerperal.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Não há</p><p>sintomas depressivos no caso clínico</p><p>apresentado.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O transtorno</p><p>bipolar com sintomas psicóticos pode</p><p>apresentar manifestações parecidas</p><p>com a da psicose da paciente. No</p><p>entanto, teríamos que ter bem</p><p>caracterizado um episódio maníaco</p><p>prévio, a paciente não apresenta</p><p>nenhum transtorno psiquiátrico</p><p>previamente relatado, sendo o caso</p><p>mais compatível com psicose puerperal.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa B</p><p>_________________________________</p><p>93. A Unidade Básica de Saúde de uma</p><p>pequena cidade é responsável pela</p><p>atenção a um asilo municipal. Em uma</p><p>das visitas ao asilo, o médico atende um</p><p>homem de 78 anos de idade com</p><p>quadro de tosse produtiva há</p><p>aproximadamente um mês. O paciente</p><p>dorme em um quarto com outros três</p><p>idosos, e, na instituição, vivem ao todo</p><p>23 idosos. Já fez uso de antialérgico e</p><p>azitromicina - 500 mg por 5 dias, sem</p><p>melhora. Após coleta de escarro, é feito</p><p>diagnóstico de tuberculose pulmonar e</p><p>iniciado tratamento. Qual a conduta a</p><p>ser adotada em relação aos</p><p>contactantes?</p><p>A) Os três idosos que dividem o quarto</p><p>com o paciente índice devem ser</p><p>tratados para tuberculose.</p><p>B) Todos os contatos devem coletar</p><p>duas amostras de escarro para exame</p><p>de BAAR.</p><p>C) Somente os sintomáticos</p><p>respiratórios devem ser investigados</p><p>para tuberculose.</p><p>D) Contatos assintomáticos devem</p><p>realizar prova tuberculínica.</p><p>E) Todos os contatos devem realizar</p><p>raio-X de tórax.</p><p>CCQ: Saber que todo contactante de</p><p>tuberculose deve ser investigado e</p><p>como investigar</p><p>Fala, Pessoal. Questões sobre</p><p>investigação de contactantes de</p><p>tuberculose pulmonar são</p><p>relativamente comuns, então fica</p><p>ligado, que é objetivo; todo contactante</p><p>deverá ser investigado e, somente em</p><p>caso de confirmação de doença ativa,</p><p>haverá tratamento. O desafio é saber o</p><p>que caracteriza um contactante: todos</p><p>aqueles que convivem com o caso</p><p>positivo, ou seja, compartilham</p><p>ambientes cotidianamente, como em</p><p>casa (o que inclui instituição de longa</p><p>permanência), escola, trabalho, dentre</p><p>outros. A conduta diagnóstica, após</p><p>anamnese e exame físico, no entanto,</p><p>vai depender se o contactante é:</p><p>1) Sintomáticos: RX de tórax +</p><p>baciloscopia do escarro;</p><p>2) Assintomáticos >10 anos: realizar</p><p>PPD;</p><p>3) Assintomáticos ≤ 10 anos: realizar</p><p>PPD e RX de tórax.</p><p>Vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A</p><p>investigação</p><p>inicia-se com anamnese e</p><p>exame físico (não tratamento direto).</p><p>Alternativa B - Incorreta: O controle</p><p>dos contactantes é indicado para todos</p><p>que convivem com pacientes</p><p>portadores de TB bacilífera (não</p><p>somente os sintomáticos).</p><p>Alternativa C - Incorreta: Somente</p><p>contatos sintomáticos realizam o teste</p><p>de escarro, no primeiro momento de</p><p>investigação.</p><p>Alternativa D - Correta: Todo contato,</p><p>independentemente da idade, deve</p><p>realizar a prova tuberculínica.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Somente</p><p>contatos sintomáticos ou menores do</p><p>que 10 anos realizam o RX de tórax.</p><p>Sendo assim, o gabarito é a</p><p>alternativa D</p><p>________________________________</p><p>94. Homem com 20 anos de idade,</p><p>vítima de colisão motociclística em via</p><p>pública, foi levado ao hospital pela</p><p>equipe de suporte básico de vida, que</p><p>relatou inconsciência durante todo o</p><p>atendimento. Apresenta abertura</p><p>ocular à dor, emite palavras</p><p>inapropriadas e postura de</p><p>decorticação ao estímulo doloroso, com</p><p>anisocoria (pupila D > E). Os sinais vitais</p><p>são: frequência cardíaca = 68 bpm,</p><p>pressão arterial = 160 x 100 mmHg,</p><p>frequência respiratória = 20 irpm e</p><p>saturação de oxigênio de 98%. A</p><p>tomografia computadorizada de crânio</p><p>mostrou hematoma subdural com</p><p>desvio importante da linha média. As</p><p>condutas tomadas para minimizar o</p><p>dano cerebral, além da manutenção de</p><p>vias aéreas, ventilação e controle da</p><p>volemia, devem ser:</p><p>A) craniotomia imediata para</p><p>drenagem do hematoma e instalação</p><p>de monitorização de pressão</p><p>intracraniana.</p><p>B) fixação de parâmetros ventilatórios</p><p>para manter a pCO2 entre 25 e 30</p><p>mmHg, manitol endovenoso em bolus e</p><p>craniotomia após redução da pressão</p><p>intracraniana para drenagem do</p><p>hematoma</p><p>C) fixação de parâmetros ventilatórios</p><p>para manter a pCO2 entre 25 e 30</p><p>mmHg, furosemida por via endovenosa</p><p>em bolus, craniotomia imediata para</p><p>drenagem do hematoma e instalação</p><p>de monitorização de pressão</p><p>intracraniana.</p><p>D) fixação de parâmetros ventilatórios</p><p>para manter a pCO2 entre 25 e 30</p><p>mmHg, manitol endovenoso em</p><p>infusão lenta, craniotomia imediata</p><p>para drenagem do hematoma e</p><p>instalação de monitorização de pressão</p><p>intracraniana.</p><p>E) fixação de parâmetros ventilatórios</p><p>para manter a pCO2 entre 25 e 30</p><p>mmHg, manitol endovenoso em bolus,</p><p>craniotomia imediata para drenagem</p><p>do hematoma e instalação de</p><p>monitorização de pressão</p><p>intracraniana.</p><p>CCQ: Conduta frente a um hematoma</p><p>subdural</p><p>Paciente vítima de acidente</p><p>automobilístico, desacordado, com</p><p>sinais vitais bons, mas com um Glasgow</p><p>de 8 (abertura ocular a dor 2; palavras</p><p>inapropriadas 3; decorticação 3). Na</p><p>tomografia, foi diagnosticada a causa</p><p>do rebaixamento de nível de</p><p>consciência: um hematoma subdural</p><p>com importante desvio de linha média,</p><p>provavelmente na iminência de</p><p>herniação e com elevação da pressão</p><p>intracraniana (PIC). A banca pergunta</p><p>quais as condutas a serem tomadas.</p><p>Para hematomas subdurais pequenos,</p><p>mesmo em coma, o tratamento pode</p><p>ser conservador não cirúrgico, desde</p><p>que:</p><p>• paciente esteja estável;</p><p>• <10 mm de coágulo;</p><p>• ausência de sinais clínicos ou</p><p>neuroimagem de herniação</p><p>cerebral;</p><p>• ausência de aumento da PIC;</p><p>• desvio da linha média < 5mm.</p><p>Caso o paciente não apresente todos</p><p>esses fatores, o tratamento deve ser</p><p>drenagem cirúrgica **imediata, **com</p><p>craniotomia. Além disso, algumas</p><p>medidas devem ser tomadas como:</p><p>• Cabeceira elevada à 30°;</p><p>• Instalar monitorização da</p><p>pressão intracraniana para</p><p>avaliar;</p><p>• Manter parâmetros</p><p>ventilatórios baixos (PaCO2</p><p>entre 25 a 30) ao promover</p><p>hiperventilação. Isso provoca</p><p>vasoconstrição arterial e diminui</p><p>a PIC;</p><p>• Manitol venoso in bolus, com</p><p>objetivo de manter</p><p>osmolaridade plasmática em</p><p>torno de 300mOsm/kg;</p><p>• Se paciente hipotenso, pode ser</p><p>feito solução salina hipertônica</p><p>no lugar do manitol;</p><p>• Além de, manter níveis</p><p>adequados de temperatura,</p><p>glicemia, pH, PO2, saturação,</p><p>PAM ≥100.</p><p>Uso de anticonvulsivantes é válido, mas</p><p>não muda o prognóstico, não sendo</p><p>obrigatório. Diuréticos não são drogas</p><p>que devem ser empregadas. Se níveis</p><p>muito altos da pressão arterial, deve-se</p><p>usar IECA ou beta-bloqueadores.</p><p>Corticoides não são recomendados pois</p><p>não altera o prognóstico, podendo</p><p>piorar alterações nutricionais e</p><p>metabólicas.</p><p>Alternativa A: incorreta Craniotomia e</p><p>monitorização da PIC devem ser feitas,</p><p>mas a alternativa está incompleta, pois</p><p>não toma todas as condutas.</p><p>Alternativa B: incorreta A craniotomia</p><p>deve ser imediata!</p><p>Alternativa C: incorreta Não é feito</p><p>diuréticos, sim manitol ou solução</p><p>salina hipertônica.</p><p>Alternativa D: incorreta O manitol deve</p><p>ser in bolus, e não em infusão lenta.</p><p>Alternativa E: correta Como exposto</p><p>acima, essa alternativa aborda todas as</p><p>condutas necessárias.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E</p><p>______________________________</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=XTIKKDPcETfjNhCcPvR7</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=XTIKKDPcETfjNhCcPvR7</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=XTIKKDPcETfjNhCcPvR7</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=XTIKKDPcETfjNhCcPvR7</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/activity?id=OgZj4oEEPWiwLyQQBdub&itemId=XTIKKDPcETfjNhCcPvR7</p><p>95. Homem com 27 anos de idade, sem</p><p>antecedentes patológicos, é admitido</p><p>no Hospital com quadro de dor e edema</p><p>em membros inferiores. O paciente</p><p>informa ter corrido uma maratona sob</p><p>tempo chuvoso há cinco dias. O</p><p>paciente relata também redução do</p><p>volume urinário e urina de coloração</p><p>escura. No dia anterior à hospitalização,</p><p>apresentou náuseas, vômitos e</p><p>tremores de extremidades. O exame</p><p>físico não mostra outras alterações</p><p>além da dor à compressão de estruturas</p><p>musculares e da PA = 150 x 90 mmHg.</p><p>Os exames iniciais mostram:</p><p>RESULTADO DO EXAME | VALOR DE</p><p>REFERÊNCIA Creatinina sérica= 4,2</p><p>mg/dL | 0,6-1,3 mg/dL Ureia</p><p>sérica=150mg/dL | 15-38mg/dL</p><p>TGO/AST= 750 U/L | até 38 U/L</p><p>TGP/ALT= 520 U/L | até 41 U/L</p><p>Creatinoquinase sérica= 9.800 U/L | 38-</p><p>174 U/L Na+sérico= 141 mEq/L | 135-145</p><p>mEq/L K+sérico= 4,6 mEq/L | 4,5-</p><p>5,5mEq/L Hemograma sem alterações</p><p>Urina tipo I (EAS): hemoglobina++++;</p><p>eritrócitos: 6-8/campo; leucócitos: 1-</p><p>2/campo O raio-X de tórax e a</p><p>ultrassonografia de abdome foram</p><p>normais. Com base nos dados</p><p>apresentados, o diagnóstico e a</p><p>conduta inicial a ser tomada são,</p><p>respectivamente:</p><p>A) leptospirose; hemodiálise.</p><p>B) polimiosite; glicocorticóides.</p><p>C) rabdomiólise; hidratação</p><p>endovenosa.</p><p>D) desidratação; hidratação</p><p>endovenosa.</p><p>E) síndrome hepatorrenal; albumina</p><p>associada à terlipressina.</p><p>CCQ: Saber que antecedente de</p><p>exercício físico intenso com CPK</p><p>elevada + oligúria + dor muscular +</p><p>urina escura sugere diagnóstico de</p><p>rabdomiólise</p><p>Fala mentorando! Questão com tópico</p><p>muito frequente nas provas, então bora</p><p>lá entender o que a banca queria de nós.</p><p>Temos um paciente jovem com</p><p>antecedente de correr maratona em</p><p>chuva (esse "na chuva" foi para te</p><p>confundir com leptospirose), que agora</p><p>cursa com oligúria + dor muscular + CPK</p><p>(creatinoquinase) elevada e urina</p><p>escura. Opa! Aqui já devemos ter um</p><p>diagnóstico em mente, o de</p><p>rabdomiólise.</p><p>É uma condição que ocorre após</p><p>estresses muito grandes nos músculos;</p><p>estes podem ser por lesão externa</p><p>(esmagamento) ou outras causas, como</p><p>exercício físico muito intenso. Ocorre</p><p>pela destruição de células musculares,</p><p>as quais liberarão seu conteúdo no</p><p>plasma sanguíneo. E o que temos neste</p><p>conteúdo?</p><p>• Potássio;</p><p>• Ácido úrico;</p><p>• Creatinoquinase;</p><p>• Fosfato;</p><p>• Hemoglobina.</p><p>Lembre-se que a hemoglobina é tóxica</p><p>para os seus rins e, por isso, o paciente</p><p>desenvolverá uma injúria renal aguda</p><p>(IRA). O principal tratamento a ser feito</p><p>é a hidratação do paciente, assim</p><p>aumentando a excreção destes</p><p>metabólitos tóxicos.</p><p>Agora, vamos</p><p>às alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A banca</p><p>tentou nos confundir aqui, mas lembre-</p><p>se que a dor muscular é principalmente</p><p>em panturrilhas e também se manifesta</p><p>comumente com febre e icterícia. Além</p><p>de que o histórico seria de caminhar em</p><p>enchentes, e não na chuva</p><p>simplesmente.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Polimiosite é</p><p>uma doença reumatológica</p><p>inflamatória dos tecidos musculares,</p><p>onde o paciente não apresentaria um</p><p>quadro agudo sem histórico condizente</p><p>algum. Por isso, esta hipótese é pouco</p><p>provável.</p><p>Alternativa C - Correta: Exatamente!</p><p>Como explicado acima.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A síndrome</p><p>hepatorrenal ocorre por uma disfunção</p><p>hepática que causa uma disfunção</p><p>renal, onde o tratamento principal é a</p><p>correção desta desordem hepática</p><p>(transplante); geralmente ocorre em</p><p>pacientes com histórico de doença</p><p>hepática, como a cirrose. Note que</p><p>nosso paciente não se enquadra nessas</p><p>características.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa C</p><p>________________________________</p><p>96. Mãe comparece à Unidade Básica</p><p>de Saúde com filha de 7 meses,</p><p>previamente hígida, com quadro de</p><p>diarreia há 12 dias, com fezes líquidas</p><p>desde o início do quadro. Nega cirurgias</p><p>prévias, vômitos, febre ou presença de</p><p>sangue nas fezes. Atualmente</p><p>apresenta dermatite em região de</p><p>fraldas e evacuações explosivas.</p><p>Alimentada exclusivamente com leite</p><p>materno até completar 4 meses de</p><p>idade, sua alimentação consiste em</p><p>leite em pó integral, suco e papa de</p><p>frutas. Não apresenta perda de peso</p><p>significante. Com base no quadro</p><p>clínico apresentado, o diagnóstico e a</p><p>conduta adequada para esta lactente</p><p>são, respectivamente:</p><p>A) doença celíaca; dieta isenta de</p><p>glúten.</p><p>B) intolerância à lactose; dieta isenta de</p><p>lactose.</p><p>C) alergia ao leite de vaca; dieta isenta</p><p>de leite.</p><p>D) fibrose cística; terapia de reposição</p><p>enzimática.</p><p>E) doença inflamatória intestinal;</p><p>antibioticoterapia.</p><p>CCQ: Saber que a intolerância à</p><p>lactose se manifesta com diarreia</p><p>crônica explosiva, aumento de acidez</p><p>das fezes e dermatite em região de</p><p>fraldas</p><p>Pessoal, temos uma lactente de 07</p><p>meses, apresentando diarreia explosiva</p><p>há cerca de 12 dias, assadura perineal e</p><p>história de consumo de leite em pó</p><p>integral desde os 04 meses. O conjunto</p><p>das manifestações clínicas e da história</p><p>da moléstia nos leva a pensar, claro, em</p><p>intolerância à lactose. Vamos rever</p><p>alguns pontos dessa patologia?</p><p>A intolerância à lactose ocorre devido a</p><p>um déficit de lactase na mucosa</p><p>intestinal. Com isso, a lactose não é</p><p>digerida em galactose e glicose, não</p><p>sendo, então, absorvida pelo intestino.</p><p>Não sendo absorvida, ela, por ter</p><p>grande poder osmótico, desloca grande</p><p>quantidade de água para dentro da luz</p><p>intestinal, o que explica a diarreia;</p><p>paralelamente, sua digestão se dá num</p><p>processo fermentativo, o que aumenta</p><p>a produção de gases, distendendo o</p><p>abdome. Nesse processo, as fezes</p><p>acabam por ficar mais ácidas, o que,</p><p>associado à maior frequência</p><p>evacuatória, predispõe à formação de</p><p>assaduras. O diagnóstico pode ser feito</p><p>por meio do teste de acidez das fezes,</p><p>do hidrogênio na respiração e da</p><p>intolerância à glicose. Já o tratamento</p><p>passa, evidentemente, pela suspensão</p><p>da lactose da dieta.</p><p>Um algo a mais: é importante lembrar</p><p>que a intolerância à lactose pode ser</p><p>transitória, principalmente após</p><p>infecção por rotavírus ou por giárdia!</p><p>Sabendo disso, vamos analisar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A doença</p><p>celíaca, em geral, cursa com déficit</p><p>pondero-estatural, além de</p><p>esteatorreia e desnutrição. Como</p><p>vimos, nossa paciente apresenta peso</p><p>normal, tornando essa hipótese</p><p>diagnóstica pouco provável.</p><p>Alternativa B - Correta: A intolerância</p><p>à lactose deve sempre ser pensada em</p><p>pacientes com diarreia explosiva,</p><p>dermatite em área de fraldas e com</p><p>histórico de interrupção do aleitamento</p><p>antes dos 06 meses. O tratamento deve</p><p>ser feito com dieta isenta de lactose.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A alergia ao</p><p>leite de vaca cursa com prurido oral,</p><p>náuseas, vômitos, dor abdominal,</p><p>cólicas, diarreia crônica, podendo haver</p><p>sangue nas fezes. Déficit pondero-</p><p>estatural costuma estar presente.</p><p>Como vimos, nossa paciente apresenta</p><p>peso normal e ausência de</p><p>manifestações cutâneas, tornando essa</p><p>hipótese pouco provável.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A fibrose</p><p>cística costuma levar à síndrome</p><p>disabsortiva, com fezes gordurosas,</p><p>flatulência, distensão abdominal,</p><p>desnutrição ou dificuldade de ganho</p><p>ponderal e deficiência de vitaminas</p><p>lipossolúveis. Como vimos, nossa</p><p>paciente apresenta peso normal,</p><p>tornando essa hipótese diagnóstica</p><p>pouco provável. Além disso, quando a</p><p>questão quer nos fazer pensar em</p><p>fibrose cística, há menção ao atraso de</p><p>eliminação do mecônio ou a infecções</p><p>respiratórias de repetição.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A doença</p><p>inflamatória intestinal normalmente se</p><p>manifesta com dor abdominal, fezes</p><p>com presença de sangue e déficit</p><p>pondero-estatural. Nossa paciente não</p><p>apresenta nenhuma dessas</p><p>manifestações.</p><p>Portanto, ficamos com letra B como</p><p>gabarito!</p><p>_________________________________</p><p>97. Homem com 75 anos, casado,</p><p>empresário, exercendo sua atividade</p><p>profissional regular, sem</p><p>comorbidades, vai à consulta</p><p>ambulatorial apresentando déficit de</p><p>memória e lapsos quando conversa, por</p><p>dificuldade de lembrar as palavras. A</p><p>esposa refere que frequentemente o</p><p>paciente não lembra onde guardou suas</p><p>coisas pessoais. Em uma ocasião saiu</p><p>sozinho e foi encontrado parado em via</p><p>pública por não recordar o caminho de</p><p>casa. O exame mini mental mostrou</p><p>pontuação 19. Os demais aspectos do</p><p>exame neurológico são normais. A</p><p>tomografia computadorizada do crânio</p><p>mostra discreta atrofia cortical. A</p><p>esposa solicita que não seja informada a</p><p>provável hipótese diagnóstica ao</p><p>marido. De acordo com o Código de</p><p>Ética Médica, qual deve ser a conduta</p><p>adotada pelo médico em relação ao</p><p>pedido da esposa?</p><p>A) Informar ao paciente o diagnóstico e</p><p>orientá-lo sobre a forma de progressão</p><p>da doença.</p><p>B) Respeitar o desejo da esposa, pois a</p><p>informação do diagnóstico ao paciente</p><p>lhe trará danos.</p><p>C) Encaminhar o paciente para outro</p><p>médico, orientando que este informe o</p><p>diagnóstico ao paciente.</p><p>D) Traçar um plano de ação com a</p><p>esposa para que ela informe,</p><p>progressivamente, o diagnóstico ao</p><p>marido.</p><p>E) Aguardar a evolução, postergando a</p><p>informação do diagnóstico ao paciente</p><p>até que o quadro clínico tenha se</p><p>agravado.</p><p>CCQ: Saber que o médico não pode</p><p>omitir informações sobre o</p><p>diagnóstico ou estado de saúde de um</p><p>paciente a ele, salvo em situações nas</p><p>quais as informações possam causar</p><p>danos ao paciente</p><p>Pessoal, uma questão de ética médica</p><p>abordando o direito do paciente a ter</p><p>informações sobre seu estado de saúde.</p><p>• A questão mostra uma</p><p>pontuação de exame</p><p>minimental de 19, sendo que o</p><p>valor de corte para pessoas</p><p>saudáveis é de 27. Considerando</p><p>que o paciente é escolarizado,</p><p>trata-se de um déficit cognitivo</p><p>de intensidade moderada;</p><p>• Os achados da TC, analisados</p><p>em conjunto com o quadro</p><p>clínico, sugerem síndrome</p><p>demencial.</p><p>Vamos ver o que o Código de Ética</p><p>Médica diz a respeito de informar ou</p><p>não ao paciente:</p><p>• Art 31: É vedado ao médico</p><p>desrespeitar o direito do paciente ou de</p><p>seu representante legal de decidir</p><p>livremente sobre a execução de práticas</p><p>diagnósticas ou terapêuticas, salvo em</p><p>caso de iminente risco de morte.</p><p>• Art 34: É vedado ao médico deixar de</p><p>informar ao paciente o diagnóstico, o</p><p>prognóstico, os riscos e os objetivos do</p><p>tratamento, salvo quando a</p><p>comunicação direta possa lhe provocar</p><p>danos, devendo, nesse caso, fazer a</p><p>comunicação a seu representante legal.</p><p>Concluímos, portanto, que o paciente</p><p>deve ser informado do seu estado de</p><p>saúde.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A -</p><p>Correta: Isso mesmo!</p><p>Como vimos acima, de acordo com o</p><p>código de ética médica, o paciente deve</p><p>ser informado.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A solicitação</p><p>da esposa não poderá ser atendida,</p><p>pois, nesse caso, o paciente tem</p><p>condições e direito de ser informado.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O</p><p>encaminhamento não resolverá a</p><p>situação e ainda atrapalhará na</p><p>longitudinalidade do cuidado.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Apesar de ser</p><p>uma boa alternativa, pensando de</p><p>maneira prática, pela lei e pelo código</p><p>de ética médica, o paciente tem o</p><p>direito de saber, no momento da</p><p>consulta, a hipótese diagnóstica.</p><p>Alternativa E - Incorreta: É antiético e</p><p>ilegal omitir essa informação, bem</p><p>como aguardar o agravamento.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra A</p><p>________________________________</p><p>98. Um médico que trabalha em uma</p><p>comunidade urbana de médio porte foi</p><p>convidado para participar de uma</p><p>entrevista numa rádio local. O objetivo</p><p>da entrevista era conscientizar a</p><p>população sobre o enfrentamento de</p><p>epidemia da dengue que o município</p><p>passava no momento. Quando foi</p><p>indagado sobre a importância da</p><p>Atenção Básica nesse enfrentamento, o</p><p>médico utilizou os conceitos</p><p>estabelecidos na Política Nacional de</p><p>Atenção Básica do Ministério da Saúde.</p><p>De acordo com esse documento, qual</p><p>das alternativas abaixo está correta em</p><p>relação ao papel da Atenção Básica no</p><p>enfrentamento da dengue?</p><p>A) Uma das responsabilidades da</p><p>Atenção Básica é a vigilância</p><p>epidemiológica, que, por meio de seus</p><p>agentes comunitários de saúde, deve</p><p>identificar e atuar sobre os focos do</p><p>vetor da dengue, realizando a</p><p>promoção em saúde.</p><p>B) A Atenção Básica é o nível de atenção</p><p>à saúde responsável pela centralidade</p><p>do cuidado às pessoas, com atividades</p><p>de assistência integral à saúde da</p><p>população, sendo, por isso,</p><p>fundamental no enfrentamento da</p><p>epidemia de dengue.</p><p>C) A Atenção Básica utiliza tecnologias</p><p>de baixa complexidade e alta</p><p>densidade, conseguindo solucionar os</p><p>problemas de saúde mais frequentes e</p><p>mais relevantes da população, como na</p><p>situação da epidemia de dengue.</p><p>D) A Atenção Básica realiza a promoção</p><p>da saúde e prevenção das doenças e,</p><p>numa epidemia de dengue, este nível</p><p>de atenção serve para realizar a triagem</p><p>e encaminhamentos dos casos para os</p><p>outros níveis.</p><p>E) O propósito da Atenção Básica é</p><p>realizar os procedimentos básicos de</p><p>cuidado à saúde de forma individual,</p><p>atuando na epidemia da dengue através</p><p>de consultas e procedimentos médicos.</p><p>CCQ: Saber que a atenção básica é</p><p>responsável pela centralidade do</p><p>cuidado às pessoas, age com</p><p>assistência integral à saúde e é</p><p>fundamental no combate às</p><p>pandemias</p><p>E aí, mentorando! Aqui temos uma</p><p>questão de um tema muito importante</p><p>e frequente nas provas. Vamos revisar</p><p>alguns conceitos?</p><p>A atenção primária à saúde é o nível de</p><p>atenção à saúde que funciona como</p><p>porta de entrada e base para o sistema.</p><p>No Brasil, ela também é chamada de</p><p>"Atenção Básica" e orientada pela</p><p>Política Nacional de Atenção Básica</p><p>(PNAB), que define seus princípios e sua</p><p>organização.</p><p>Além disso, sabemos que o papel dos</p><p>ACS é fundamental no controle da</p><p>dengue, sobretudo por esses</p><p>profissionais terem acesso direta à</p><p>comunidade fora da UBS, às suas</p><p>residências e, com treinamento</p><p>adequado, são grandes combatentes da</p><p>pandemia!</p><p>Competências do Agente de Controle</p><p>de Endemias:</p><p>1. Encaminhar os casos suspeitos</p><p>de dengue à UBS, responsável</p><p>pelo território;</p><p>2. Atuar junto aos domicílios,</p><p>informando seus moradores</p><p>sobre a doença – seus sintomas</p><p>e riscos – sobre o agente</p><p>transmissor e medidas de</p><p>prevenção;</p><p>3. Informar o responsável pelo</p><p>imóvel não residencial, sobre a</p><p>importância da verificação da</p><p>existência de larvas ou</p><p>mosquitos transmissores da</p><p>dengue;</p><p>4. Vistoriar imóveis não</p><p>residenciais, acompanhado pelo</p><p>responsável, para identificar</p><p>locais e objetos que sejam ou</p><p>possam se transformar em</p><p>criadouros de mosquito</p><p>transmissor da dengue;</p><p>5. Orientar e acompanhar o</p><p>responsável pelo imóvel não</p><p>residencial na remoção,</p><p>destruição ou vedação de</p><p>objetos que possam se</p><p>transformar em criadouros de</p><p>mosquitos;</p><p>6. Vistoriar e tratar com aplicação</p><p>de larvicida, caso seja</p><p>necessário, os pontos</p><p>estratégicos; 30 O Agente</p><p>Comunitário de Saúde no</p><p>controle da dengue;</p><p>7. Vistoriar e tratar os imóveis</p><p>cadastrados e identificados pelo</p><p>ACS, que necessitem do uso de</p><p>larvicidas e/ou remoção</p><p>mecânica de difícil acesso, que</p><p>não possam ser eliminados pelo</p><p>ACS;</p><p>8. Nos locais onde não existir ACS,</p><p>seguir a rotina de vistoria dos</p><p>imóveis e, quando necessário,</p><p>aplicar larvicida;</p><p>9. Elaborar e/ou executar</p><p>estratégias para o</p><p>encaminhamento das</p><p>pendências (casas fechadas e/ou</p><p>recusas do morador em receber</p><p>a visita);</p><p>10. Orientar a população sobre a</p><p>forma de evitar locais que</p><p>possam oferecer risco para a</p><p>formação de criadouros do</p><p>Aedes aegypti;</p><p>11. Promover reuniões com a</p><p>comunidade, com o objetivo de</p><p>mobilizá-la para as ações de</p><p>prevenção e controle da</p><p>dengue;</p><p>12. Notificar os casos suspeitos de</p><p>dengue, informando a equipe da</p><p>Unidade Básica de Saúde;</p><p>13. Encaminhar ao setor</p><p>competente a ficha de</p><p>notificação da dengue,</p><p>conforme estratégia local.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A – Incorreta: Embora essa</p><p>seja, de fato, uma das</p><p>responsabilidades da Atenção Básica,</p><p>não se trata de promoção de saúde,</p><p>uma vez que se trata de uma doença</p><p>específica. Nesse caso, o termo ideal é o</p><p>de prevenção específica. Outro</p><p>exemplo de prevenção específica é a</p><p>distribuição de preservativos para uma</p><p>determinada IST.</p><p>Alternativa B – Correta: Isso mesmo! A</p><p>APS tem a responsabilidade da</p><p>centralidade do cuidado, da</p><p>integralidade deste e da promoção de</p><p>saúde.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Na verdade,</p><p>são tecnologias de baixa tecnologia e</p><p>alta densidade. Tecnologias simples</p><p>que atuam com grande efetividade.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A APS pode</p><p>ser a porta de entrada do indivíduo,</p><p>porém, não funciona apenas como</p><p>triagem e tem capacidade de resolver</p><p>grande parte das demandas, realizando</p><p>encaminhamentos apenas quando</p><p>necessário.</p><p>Alternativa E – Incorreta: O objetivo</p><p>consiste em medidas de ações coletivas</p><p>e prevenção de doenças.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra B</p><p>________________________________</p><p>99. Adolescente, 16 anos de idade, vai à</p><p>consulta ginecológica buscando</p><p>orientação. Relata estar namorando há</p><p>três meses, nunca teve atividade sexual,</p><p>mas pretende começar a ter relações</p><p>com o namorado em alguns meses.</p><p>Considerando a literatura mais recente,</p><p>qual medida teria maior impacto na</p><p>prevenção das lesões induzidas pelo</p><p>papilomavírus humano para a paciente</p><p>em questão, incluindo o câncer de colo</p><p>uterino?</p><p>A) Realizar vacinação contra o HPV.</p><p>B) Realizar captura híbrida anual para</p><p>HPV.</p><p>C) Fazer uso de anticoncepcional</p><p>combinado oral.</p><p>D) Realizar exame citopatológico de</p><p>colo uterino anual.</p><p>E) Recomendar que a paciente oriente o</p><p>namorado a procurar um urologista</p><p>para realização de peniscopia.</p><p>CCQ: Prevenção de infecção por HPV</p><p>A prevenção primária de infecção pelo</p><p>papiloma vírus humano tem o objetivo</p><p>de impedir a infecção ou o contato com</p><p>o vírus. Sabemos que o vírus é</p><p>altamente prevalente na população</p><p>sexualmente ativa e que sua</p><p>transmissão ocorre principalmente via</p><p>sexual. Além disso, casos</p><p>aparentemente subclínicos também</p><p>podem transmitir o vírus. Dessa forma,</p><p>a orientação de medidas</p><p>comportamentais tem pouco efeito na</p><p>prevenção de infecção pois o contato já</p><p>predispõe transmissão.</p><p>[Alternativa A: correta] Por isso,</p><p>quando pensamos em prevenção</p><p>primária de HPV, excluindo a</p><p>abstinência sexual, a opção é a</p><p>vacinação, que tem eficácia próxima de</p><p>100% para evitar infecção pelos</p><p>sorotipos presentes na vacina.</p><p>[Alternativa B: incorreta] A</p><p>captura</p><p>híbrida de HPV também é um exame de</p><p>diagnóstico de infecção subclínica, não</p><p>usado como rastreio ou prevenção de</p><p>infecção.</p><p>[Alternativa C: incorreta] O uso de</p><p>anticoncepcional oral não previne a</p><p>infecção pelo HPV, tendo uso na</p><p>prevenção apenas de gestação.</p><p>Nenhum método contraceptivo</p><p>consegue prevenir a infecção, nem</p><p>mesmo os de barreira, visto que não</p><p>recobrem toda a superfície anogenital</p><p>potencialmente infectada.</p><p>[Alternativa D: incorreta] A partir do</p><p>início da atividade sexual, passamos a</p><p>realizar prevenção secundária a partir</p><p>do rastreio precoce de lesões causadas</p><p>pelo HPV através do exame</p><p>citopatológico.</p><p>[Alternativa E: incorreta] No homem, o</p><p>diagnótico precoce de lesões não</p><p>aparentes pode ser feito com</p><p>peniscopia, quando já houve infecção e</p><p>lesão mínima.</p><p>Portanto, a questão correta é a</p><p>alternativa A.</p><p>________________________________</p><p>100. Mulher, com 25 anos de idade, vem</p><p>ao Ambulatório de Ginecologia para</p><p>fazer o seu "preventivo" (sic). Relata</p><p>ciclos menstruais regulares a cada 28 -</p><p>30 dias. Refere que nos dias que</p><p>antecedem a menstruação sente-se</p><p>mais inchada, com mastalgia e que, nos</p><p>dois primeiros dias de fluxo menstrual,</p><p>sente cólicas. Ao realizar o exame</p><p>especular na paciente, o médico</p><p>visualiza o achado mostrado na figura</p><p>acima, que é clinicamente compatível</p><p>com:</p><p>A) uso de contracepção hormonal</p><p>combinada.</p><p>B) diagnóstico de uma cervicite</p><p>inespecífica.</p><p>C) existência de baixos níveis</p><p>estrogênicos.</p><p>D) período pré-ovulatório imediato.</p><p>E) fase lútea do ciclo menstrual.</p><p>CCQ: Caracterização do muco</p><p>cervical.</p><p>Pelos dados dessa questão, temos uma</p><p>paciente jovem-adulta com ciclos</p><p>menstruais regulares associados à</p><p>alterações pré-menstruais como</p><p>mastalgia, inchaço e cólica nos</p><p>primeiros dias.</p><p>Além disso, ela não apresenta</p><p>quaisquer outras queixas! No exame</p><p>especular da imagem, observa-se um</p><p>colo uterino de coloração habitual, com</p><p>presença de secreção ativa em grande</p><p>quantidade e transparente.</p><p>A partir do exame especular, a questão</p><p>quer saber qual seria o quadro clínico</p><p>compatível.</p><p>Primeiramente, não se trata de uma</p><p>cervicite, pois nesses casos seria</p><p>visualizado um colo edemaciado,</p><p>hiperemiado, friável e sangrante, além</p><p>de secreção mucopurulenta ao redor do</p><p>OE (teste do cotonete positivo). Além</p><p>disso, seriam descritos sintomas</p><p>sugestivos como corrimento, disúria ou</p><p>dispareunia. Logo, alternativa B -</p><p>incorreta.</p><p>A secreção apresentada se trata apenas</p><p>de MUCO! Temos um muco fino, fluído</p><p>e finlante (bem semelhante à clara de</p><p>um ovo), que é característico da fase</p><p>folicular do ciclo menstrual. Tais</p><p>características são ainda mais evidentes</p><p>no período pré-ovulatório imediato</p><p>(alternativa D - correta) e decorrem</p><p>dos altos níveis de estrogênio nessa fase</p><p>(alternativa C - incorreta).</p><p>Na fase lútea, o muco cervical sofre</p><p>ação da progesterona, tornando-se</p><p>bem espesso (logo, alternativa E -</p><p>incorreta).</p><p>O uso de contraceptivos hormonais</p><p>combinados modifica o muco cervical,</p><p>tornando-o espesso e,</p><p>consequentemente, hostil ao</p><p>espermatozoide, com a finalidade de se</p><p>evitar a fecundação. Portanto,</p><p>alternativa A - incorreta.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>________________________________</p><p>101. Mulher com 60 anos de idade,</p><p>hipertensa, vai à consulta em Unidade</p><p>Básica de Saúde porque apresentou</p><p>quadro de parestesias e hemiparesia no</p><p>membro superior esquerdo há uma</p><p>semana, com reversão espontânea</p><p>completa em 12 horas. Pressão arterial</p><p>= 180x110 mmHg, ausculta cardíaca</p><p>com ritmo irregular, em 2 tempos,</p><p>exame neurológico sem alterações</p><p>significativas. Traz tomografia</p><p>computadorizada de crânio sem</p><p>contraste, realizada no dia dos</p><p>sintomas, que é normal. Realizou</p><p>eletrocardiograma conforme mostrado</p><p>abaixo - DII (traz exame semelhante</p><p>feito há 60 dias). Qual outro fármaco,</p><p>além do tratamento anti-hipertensivo,</p><p>é o mais indicado para essa paciente</p><p>como medida de maior impacto na</p><p>prevenção de novos episódios do</p><p>quadro neurológico?</p><p>A) Warfarina</p><p>B) Clopidogrel.</p><p>C) Ticlopidina.</p><p>D) Atorvastatina.</p><p>E) Ácido acetilsalicílico.</p><p>CCQ: Saber que a varfarina está</p><p>indicada na prevenção de eventos</p><p>tromboembólicos em pacientes com</p><p>FA e score CHAD2VASC >2 pontos</p><p>Antes de pensar no diagnóstico e</p><p>tratamento apresentado pela paciente</p><p>da questão, vamos juntos observar o</p><p>traçado de seu eletrocardiograma:</p><p>• FR elevada (lembrete: para</p><p>calcular a FC, divida 1500 pelo</p><p>intervalo R-R);</p><p>• Complexo QRS estreito;</p><p>• Intervalo R-R irregular;</p><p>• Sem onda P aparente;</p><p>• Irregularidade da linha de base</p><p>do ECG.</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>https://jjmentoria.eduq.app/viewer?id=MAmzXKgztIyxxUP6JoQu</p><p>Essas características, associadas ao</p><p>quadro da paciente, tornam a fibrilação</p><p>atrial a principal hipótese diagnóstica!</p><p>A Fibrilação Atrial (FA) é uma</p><p>taquiarritmia em que há frequência</p><p>cardíaca elevada (geralmente entre 90 e</p><p>170), intervalo R-R irregular, ausência</p><p>de onda P e QRS estreito. Seu principal</p><p>mecanismo é a presença de circuitos de</p><p>reentrada, em que extrassístoles</p><p>originam pequenos circuitos elétricos</p><p>aleatórios nos miócitos atriais doentes.</p><p>Dessa forma, não há onda P regular</p><p>seguida de QRS, mas irregularidade na</p><p>linha de base do ECG (ondas F).</p><p>É muito importante lembrarmos que os</p><p>portadores de fibrilação atrial</p><p>apresentam uma predisposição a</p><p>eventos tromboembólicos, tendo em</p><p>vista que a FA favorece o acúmulo de</p><p>sangue nos átrios, levando à formação</p><p>de trombos, que podem se desprender</p><p>e causar eventos isquêmicos. (A</p><p>paciente da nossa questão parece ter</p><p>tido um ataque isquêmico transitório</p><p>recente!) Assim, deve ser avaliada a</p><p>necessidade de anticoagulação para</p><p>esses pacientes, a partir do score</p><p>CHA²DS²-VASC. Uma pontuação maior</p><p>ou igual a 2 indica anticoagulação para</p><p>o resto da vida do paciente.</p><p>PS: Caso você não conheça esse score,</p><p>essas são as variáveis pontuadas.</p><p>• Presença de ICC: 1 ponto;</p><p>• HAS: 1 ponto;</p><p>• Idade maior ou a 75 anos: 2</p><p>pontos;</p><p>• Diabetes Mellitus: 1 pontos;</p><p>• História de AVC, AIT ou evento</p><p>tromboembólico: 2 pontos;</p><p>• Doença vascular: 1 ponto;</p><p>• Idade entre 65 e 74 anos: 1</p><p>ponto;</p><p>• Sexo feminino: 1 ponto.</p><p>Como a paciente da questão é mulher</p><p>com história de AIT, ela pontua 3</p><p>pontos. A anticoagulação pode ser</p><p>realizada com uma associação entre</p><p>Enoxaparina e Varfarina, suspendendo</p><p>a heparina após a normalização do RNI,</p><p>ou com monoterapia com os novos</p><p>anticoagulantes orais (Dabigratan,</p><p>Rivaroxaban, Apixaban e Edoxaban).</p><p>Dessa forma, temos:</p><p>Alternativa A - Correta: A paciente tem</p><p>indicação de uso da Varfarina para</p><p>prevenção de eventos</p><p>tromboembólicos como o AIT</p><p>apresentado por ela.</p><p>Alternativas B, C e E - Incorretas: Após</p><p>AIT de alto risco, ha indicação de terapia</p><p>antiplaquetária dupla, que pode ser</p><p>feita com AAS e Clopidogrel, e tem a</p><p>Ticlopidina como opção. Porém, como</p><p>sabemos que a causa do AIT da paciente</p><p>muito provavelmente é pela FA, o uso</p><p>dos anticoagulantes como a Varfarina</p><p>terão maior impacto, já que são eles os</p><p>indicados nesse caso.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A</p><p>atorvastatina está indicada pós-AVC,</p><p>mas nesse caso não é o medicamento</p><p>com mais impacto para prevenção de</p><p>novos eventos.</p><p>Portanto, o gabarito é a letra A</p><p>_________________________________</p><p>102. Lactente com 6 meses de idade,</p><p>chega ao Pronto- Socorro com história</p><p>de irritabilidade e febre de 38oC há dois</p><p>dias. A mãe refere que hoje notou</p><p>lesões avermelhadas e vesiculares em</p><p>toda a região de cabeça e orofaringe.</p><p>Ao investigar</p><p>a história familiar, a mãe</p><p>conta que a avó, que mora com a</p><p>família, estava com lesões em região de</p><p>face esquerda iguais às que são</p><p>mostradas na figura abaixo:Pela</p><p>avaliação das lesões da avó, o</p><p>diagnóstico e o tratamento para esse</p><p>lactente são, respectivamente:</p><p>A) herpes zoster; internação para</p><p>administração de analgésicos e</p><p>corticoide endovenosos e lidocaína</p><p>tópica.</p><p>B) herpes simples; internação para</p><p>administração de medicação antiviral e</p><p>corticoide endovenosos.</p><p>C) coxsackiose; tratamento domiciliar</p><p>com antibiótico e embrocação oral com</p><p>anestésico.</p><p>D) varicela; acompanhamento</p><p>ambulatorial e prescrição de</p><p>sintomáticos.</p><p>E) exantema súbito; prescrição de</p><p>sintomáticos e observação de sinais de</p><p>piora.</p><p>CCQ: Saber que o herpes zóster e a</p><p>varicela tem o mesmo agente</p><p>etiológico, o vírus varicela-zóster</p><p>Fala pessoal! Temos aqui uma questão</p><p>muito boa que abordou as doenças</p><p>exantemáticas, mais especificamente a</p><p>varicela, de uma maneira diferente do</p><p>usual.</p><p>Nos é apresentado um lactente de 6</p><p>meses (nessa idade ainda não recebeu</p><p>as vacinas tríplice ou tetra viral) que</p><p>iniciou com lesões avermelhadas e</p><p>vesiculares na cabeça e orofaringe. Em</p><p>uma investigação mais apurada, temos</p><p>informação de que a avó do paciente</p><p>apresentava lesões vesiculares e</p><p>agrupadas na face esquerda.</p><p>Mentorando, o avaliador não te deu</p><p>essa informação de graça, ele queria</p><p>que você diagnósticas e a avó do nosso</p><p>paciente com herpes zóster e fizesse a</p><p>relação entre o agente causador das</p><p>doenças tanto na avó quanto no</p><p>lactente.</p><p>Alternativa A - Incorreta: O herpes</p><p>zóster não é comum na infância,</p><p>crianças menores de 10 anos só</p><p>costumam ter essa manifestação no</p><p>caso de terem se infectado</p><p>intrauterinamente pelo vírus varicela-</p><p>zóster. Esse é o diagnóstico da avó do</p><p>nosso paciente. Lembre-se que a</p><p>manifestação dessa doença é com</p><p>lesões vesiculares agrupadas em um ou</p><p>dois dermátomos adjacentes (mais</p><p>comumente apenas em um). Nos</p><p>pacientes idosos, previamente ao</p><p>aparecimento das vesículas, pode haver</p><p>uma sensação de queimação local, e a</p><p>incidência de complicações (como a</p><p>neuralgia pós-herpética) é aumentada.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A</p><p>gengivoestomatite herpética é causada</p><p>pelo vírus herpes simplex, e</p><p>normalmente cursa com quadros mais</p><p>brandos, em que temos vesículas e</p><p>bolhas que atingem os lábios e gengiva;</p><p>não costuma atingir regiões como</p><p>palato mole e faringe.</p><p>Alternativa C - Incorreta: O coxsackie é</p><p>um enterovírus que pode levar a uma</p><p>variedade grande de quadros clínicos. A</p><p>transmissão é fecal oral ou por via</p><p>respiratória e, muitas vezes, o indivíduo</p><p>fonte é assintomático, dificultando a</p><p>elucidação do tempo de incubação e</p><p>período de contágio. A síndrome mão</p><p>pé boca é causada, mais</p><p>especificamente, pelo coxsackie A16, e</p><p>cursa com lesões vesiculares e ulcerosas</p><p>nesses três lugares que dão nome à</p><p>síndrome. O tratamento dessa afecção</p><p>é sintomático (assim como na maioria</p><p>das doenças exantemáticas de causa</p><p>viral) e as medidas de prevenção</p><p>incluem a lavagem das mãos e evitar o</p><p>compartilhamento de utensílios de uso</p><p>pessoal.</p><p>Alternativa D - Correta: Como</p><p>abordado anteriormente, o agente</p><p>etiológico da varicela é o vírus varicela-</p><p>zóster, que pertence à família dos</p><p>herpes vírus. A transmissão se dá por</p><p>contato direto das lesões ou por</p><p>aerossol com secreções orofaríngeas do</p><p>paciente infectado. O período de</p><p>transmissibilidade é de um a dois dias</p><p>antes do surgimento do exantema, e se</p><p>mantém até todas as vesículas virarem</p><p>crostas. As manifestações clínicas se</p><p>dão, sobretudo, com um exantema</p><p>vesicular polimórfico com distribuição</p><p>centrípeta das lesões. Primeiramente,</p><p>as lesões surgem no couro cabeludo, na</p><p>face e no tronco (há também o</p><p>acometimento da mucosa oral),</p><p>evoluindo para braços e pernas.</p><p>A principal complicação nestes</p><p>pacientes é a infecção secundária das</p><p>lesões, mas o quadro também pode</p><p>acarretar pneumonia e outras</p><p>complicações no sistema nervoso</p><p>central (encefalite e ataxia cerebelar</p><p>aguda). O tratamento é feito com o uso</p><p>de medicamentos sintomáticos;</p><p>pacientes com mais de 12 anos ou</p><p>crianças com algum grau de</p><p>imunossupressão podem receber o</p><p>aciclovir. Lembrando que a varicela é</p><p>uma doença imunizável e sua vacina</p><p>entrou no calendário de vacinação</p><p>nacional em 2013.</p><p>Alternativa E - Incorreta: O exantema</p><p>súbito, que também pode ser chamado</p><p>de roséola, é uma doença causada pelo</p><p>herpesvírus humano tipo 6 e 7, com</p><p>transmissão por gotículas de saliva.</p><p>Tem uma fase prodrômica (febre alta</p><p>que desaparece) e a fase exantemática</p><p>(inicia no tronco e pescoço</p><p>disseminando centrifugamente) -> esse</p><p>é o principal CCQ dessa doença. A</p><p>complicação mais cobrada é a crise</p><p>febril, podendo acontecer em até 8%</p><p>dos casos.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa D</p><p>________________________________</p><p>103. Mulher com 50 anos de idade</p><p>procura Ambulatório de Clínica Médica</p><p>com queixa de fadiga e dispneia aos</p><p>esforços. Informa ser portadora de</p><p>refluxo gastroesofágico, em uso</p><p>frequente de cimetidina para alívio</p><p>sintomático. Tem endoscopia digestiva</p><p>normal. Não tem outras queixas. Ao</p><p>exame físico apresenta palidez</p><p>cutâneo-mucosa e não há outros</p><p>achados relevantes. Hemograma</p><p>mostra: Ht = 22%; Hb = 7,1 g/dL; VCM =</p><p>102fL; CHCM = 33%; Leucócitos =</p><p>2.500/mm3 (neutrófilos = 1.200,</p><p>linfócitos = 800, monócitos = 500);</p><p>Plaquetas = 95.000/mm3 ; Reticulócitos</p><p>ausentes. Com base nestes achados,</p><p>qual o diagnóstico mais provável?</p><p>A) Anemia perniciosa.</p><p>B) Anemia aplásica.</p><p>C) Anemia hemolítica.</p><p>D) Anemia de doença crônica.</p><p>E) Anemia por deficiência de folato.</p><p>CCQ: Diagnóstico diferencial de</p><p>anemias hipoproliferativas</p><p>Anemia é um tema que nunca vai sair de</p><p>moda. Por isso, é muito importante que</p><p>você entenda e continue revisando esse</p><p>assunto.</p><p>Estamos diante de uma paciente com</p><p>valor bastante reduzido de</p><p>hemoglobina, associado à diminuição</p><p>de reticulócitos, leucócitos (normal de</p><p>5.000 a 11.000 /mm³) e plaquetas</p><p>(normal de 150.000 a 400.000 /mm³), o</p><p>que caracteriza uma pancitopenia.</p><p>Além disso, temos um ligeiro aumento</p><p>de VCM (normal entre 80 e 100 fL),</p><p>indicando hemácias macrocíticas.</p><p>[Alternativa C: incorreta] Apenas com</p><p>esses dados, já excluímos anemia</p><p>hemolítica, visto que é uma anemia</p><p>hiperproliferativa, ou seja, com</p><p>reticulócitos aumentados.</p><p>[Alternativa D: incorreta] A anemia de</p><p>doença crônica acontece quando há</p><p>aumento das citocinas pró-</p><p>inflamatórias, as quais vão para o fígado</p><p>e aumentam a produção de hepcidina.</p><p>Por sua vez, a hepcidina reduz a</p><p>absorção do ferro intestinal e causa o</p><p>aprisionamento do ferro, levando à</p><p>anemia. Caracteristicamente, são</p><p>anemias normocíticas e</p><p>normocrômicas, não se encaixando no</p><p>quadro relatado.</p><p>[Alternativas A e E: incorretas] Na</p><p>anemia perniciosa, temos deficiência de</p><p>vitamina B12, visto que autoanticorpos</p><p>atacam as células parietais do</p><p>estômago ou o próprio fator intrínseco.</p><p>Sem fator intrínseco, a absorção de B12</p><p>é comprometida. Assim, tanto a anemia</p><p>perniciosa quanto a anemia por redução</p><p>de folato são anemias</p><p>hipoproliferativas, já que não temos</p><p>matéria prima suficiente para a</p><p>produção da linhagem vermelha.</p><p>Ambos os casos cursam com anemia</p><p>macrocítica e podem levar à</p><p>pancitopenia. Contudo, no estágio</p><p>pancitopênico, esperaríamos um valor</p><p>de VCM muito superior a 102. Repare</p><p>que 102 é muito próximo do limite da</p><p>normalidade (100 fL). Além disso, outra</p><p>dica que a questão nos deu é a</p><p>endoscopia digestiva alta normal.</p><p>Pacientes com anemia perniciosa</p><p>costumam ter alterações na mucosa</p><p>gástrica, com pregas menos</p><p>proeminentes. Assim sendo, podemos</p><p>excluir ambas as hipóteses</p><p>diagnósticas.</p><p>[Alternativa B: incorreta] Anemia</p><p>aplásica é capaz de justificar todo o</p><p>quadro clínico. Trata-se basicamente de</p><p>uma insuficiência da medula óssea,</p><p>a</p><p>qual para de produzir adequadamente</p><p>todas as linhagens celulares. Por isso,</p><p>temos um quadro de pancitopenia. A</p><p>principal etiologia é autoimune e o</p><p>diagnóstico padrão ouro é a biópsia.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a B.</p><p>Questão difícil. Parabéns a quem</p><p>acertou</p><p>_________________________________</p><p>104. Homem com 38 anos de idade,</p><p>pedreiro, vem à Unidade Básica de</p><p>Saúde com relato de dor lombar</p><p>contínua há uma semana, aos esforços</p><p>acentuados, a qual não causa limitação</p><p>de suas atividades diárias. Informa, com</p><p>bastante firmeza, diminuição da</p><p>sensibilidade na face lateral da perna</p><p>esquerda. Ao exame físico apresenta</p><p>dor à digitopressão lombar com teste</p><p>de Lasègue negativo bilateralmente. A</p><p>conduta a ser adotada na sequência</p><p>deve ser:</p><p>A) prescrever anti-inflamatórios não-</p><p>esteróides e fisioterapia.</p><p>B) solicitar ressonância nuclear</p><p>magnética da coluna vertebral.</p><p>C) prescrever infiltração com</p><p>corticoesteroides.</p><p>D) afastar o paciente do trabalho por 30</p><p>dias.</p><p>E) solicitar cintilografia de coluna</p><p>vertebral.</p><p>CCQ: Saber diagnosticar e tratar</p><p>lombalgia muscular em paciente</p><p>jovem sem sinais de alerta</p><p>Questão muito boa sobre lombalgia</p><p>aguda, pois aqui ela não exige de nós a</p><p>conduta frente a um paciente com</p><p>sinais de alerta, ou seja, ela não quer</p><p>que identifiquemos o paciente com o</p><p>“red flag” que necessite um exame de</p><p>imagem.</p><p>Homem de 38 anos, pedreiro, com</p><p>lombalgia aguda há 1 semana, que NÃO</p><p>limita suas atividades diárias. A dor</p><p>piora a esforços acentuados e à digito</p><p>pressão.</p><p>Importante relatar sinal de Lasègue</p><p>negativo, excluindo uma ciatalgia,</p><p>apesar de relatar diminuição da</p><p>sensibilidade na face lateral da perna</p><p>esquerda (se compressão de nervo</p><p>ciático, o teste iria exacerbar esse</p><p>sintoma relatado). Diante do caso,</p><p>sabemos que esse pedreiro está com</p><p>dor muscular, possivelmente, por conta</p><p>de uma distensão muscular da região</p><p>lombar.</p><p>Para relembramos, quais os sinais de</p><p>alerta (“red flags”) no qual devemos</p><p>pedir um exame de imagem na</p><p>lombalgia:</p><p>• idade < 20 anos ou > 50 anos</p><p>• traumatismo;</p><p>• déficit sensitivo ou motor;</p><p>• perda de peso não explicada;</p><p>• suspeição de espondilite</p><p>anquilosante;</p><p>• abuso de álcool ou drogas</p><p>(principalmente injetáveis);</p><p>• história atual ou passada de</p><p>neoplasia;</p><p>• uso de corticoide por tempo</p><p>prolongado;</p><p>• febre;</p><p>• visita recente ao médico pelo</p><p>mesmo motivo, sem melhora;</p><p>• portador de HIV ou doenças</p><p>imunossupressoras.</p><p>Alternativa A – Correta: Paciente sem</p><p>nenhum sinal de alerta, com dor que</p><p>não limita atividades diárias e que</p><p>possui emprego no qual possa ter</p><p>relação com sua dor, devido ao esforço</p><p>físico. Devemos prescrever AINES por 7</p><p>dias e fisioterapia reabilitadora e de</p><p>fortalecimento muscular.</p><p>Alternativa B e E – Incorretas: Como</p><p>dito acima, paciente sem sinais de</p><p>alerta que indiquem um exame de</p><p>imagem nesse momento. Contudo, se</p><p>houvesse necessidade, uma tomografia</p><p>da região lombar seria o melhor exame</p><p>para iniciar a investigação etiológica.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Não existe</p><p>indicação de prescrever infiltração de</p><p>corticoide para dor de origem muscular.</p><p>Alternativa D – Incorreta: O paciente</p><p>relatou que a dor não limita suas</p><p>atividades diárias. Contudo, sua função</p><p>está diretamente relacionada a esforço</p><p>físico, se houvesse indicação de</p><p>afastamento laboral seria de 7-14 dias,</p><p>tempo suficiente em repouso para</p><p>tratar uma distensão muscular.</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>A</p><p>________________________________</p><p>105. Mulher com 45 anos de idade, em</p><p>preparo para colecistectomia por</p><p>doença calculosa, procura o médico da</p><p>Unidade Básica de Saúde de seu bairro,</p><p>apresentando os resultados dos exames</p><p>laboratoriais solicitados. O hemograma</p><p>apresenta hemoglobina = 11 g/dL. Ela</p><p>quer saber sobre o risco da necessidade</p><p>de transfusão de sangue durante a</p><p>operação. Salienta que não perguntou</p><p>ao cirurgião a respeito da necessidade</p><p>de transfusão. Tendo como base o Guia</p><p>para o Uso de Hemocomponentes do</p><p>Ministério da Saúde, o médico</p><p>formulará a resposta à paciente com</p><p>base no fato de que:</p><p>A) a transfusão de hemocomponentes</p><p>traz riscos imediatos ou tardios e por</p><p>isso deve ser evitada na cirurgia</p><p>proposta, se possível.</p><p>B) a transfusão de concentrado de</p><p>hemácias está recomendada após</p><p>perda volêmica superior a 8% da</p><p>volemia total.</p><p>C) as cirurgias de abdome exigem</p><p>reserva de sangue para transfusão</p><p>porque pode ser necessário ampliar a</p><p>ressecção.</p><p>D) as mulheres, após os 40 anos de</p><p>idade, podem ter anemia leve, por isso</p><p>é correto reservar sangue para a</p><p>cirurgia.</p><p>E) a transfusão poderá ser indicada com</p><p>a finalidade de proporcionar a mais</p><p>rápida recuperação da paciente.</p><p>CCQ: Contra indicações de transfusão</p><p>de hemoderivados</p><p>A transfusão de hemoderivados não</p><p>deve ser considerada uma opção</p><p>terapêutica nas seguintes situações:</p><p>1- Para promover aumento da sensação</p><p>de bem-estar;</p><p>2- Para promover a cicatrização de</p><p>feridas;</p><p>3- Profilaticamente;</p><p>4- Para expansão do volume vascular,</p><p>quando a capacidade de transporte de</p><p>O₂ estiver adequada.</p><p>Nossa paciente está em avaliação pré-</p><p>operatória para uma colecistectomia</p><p>eletiva. Apresenta discreta anemia,</p><p>com níveis de hemoglobina (Hb) de 11</p><p>g/dL. Sabemos que indivíduos com</p><p>anemia normovolêmica (crônica, não</p><p>ocasionada por perda aguda), sem</p><p>nenhuma outra comorbidade</p><p>associada, podem tolerar um</p><p>procedimento como este, sem</p><p>necessidade de transfusão, com níveis</p><p>de hemoglobina de até 6 a 7 g/dL.</p><p>[Alternativa E: incorreta] Sendo assim,</p><p>nesse caso, a transfusão não se</p><p>encontra indicada.</p><p>[Alternativa B: incorreta] A necessidade</p><p>de transfusão em uma perda</p><p>hemorrágica aguda só acontece quando</p><p>existe comprometimento de cerca de</p><p>30% da volemia do paciente (1500-2000</p><p>ml). Nesses casos, o paciente se</p><p>encontraria hipotenso e com frequência</p><p>cardíaca > 120 bpm.</p><p>Em valores inferiores a esse, o paciente</p><p>estaria com sua PA normal e FC < 120</p><p>bmp, estando indicada a ressuscitação</p><p>apenas com cristaloide.</p><p>Portanto, a alternativa correta é A.</p><p>_________________________________</p><p>106. A Equipe de Saúde da Família foi</p><p>chamada para realizar visita domiciliar a</p><p>um paciente idoso que acaba de</p><p>retornar de uma internação hospitalar.</p><p>O paciente tem 80 anos, apresenta-se</p><p>ativo e é portador de hipertensão</p><p>arterial e diabetes mellitus tipo II que,</p><p>devido à falta de adesão ao tratamento</p><p>proposto, teve sua condição crônica</p><p>agudizada, evoluindo para a amputação</p><p>distal de falanges do pé direito por</p><p>complicações vasculares. O esquema</p><p>medicamentoso na alta hospitalar era</p><p>composto por insulina NPH 100 - 22 UI</p><p>ao dia e hidroclorotiazida - 25 mg uma</p><p>vez ao dia. Com o propósito de</p><p>organizar o cuidado deste idoso, o</p><p>procedimento da equipe de saúde nesse</p><p>momento deve ser:</p><p>A) realização de curativo, avaliação e</p><p>observação da ferida cirúrgica, e</p><p>supervisão no uso de medicamentos</p><p>com visitas diárias da equipe de</p><p>enfermagem.</p><p>B) atuação na prevenção quaternária,</p><p>evitando a supermedicalização, visto</p><p>que a prevenção terciária foi falha.</p><p>C) Realização de avaliação</p><p>multifuncional do idoso, com o objetivo</p><p>de identificar fragilidades e realizar</p><p>intervenção precoce.</p><p>D) solicitação de transporte de</p><p>ambulância para que possa ser feito o</p><p>curativo e avaliação médica diária na</p><p>Unidade de Saúde.</p><p>E) orientação à família para fazer o</p><p>curativo da ferida cirúrgica e solicitar</p><p>transporte para aplicação diária da</p><p>insulina na Unidade de Saúde</p><p>CCQ: Saber que paciente idoso que</p><p>sofreu amputação deve ter curativo,</p><p>avaliação e observação da ferida</p><p>cirúrgica, além de supervisão no uso</p><p>dos medicamentos</p><p>Fala pessoal! Questão com enunciado</p><p>um pouco confuso, mas que</p><p>poderíamos acertar; bora lá entender o</p><p>que a questão queria de nós.</p><p>A banca aborda a conduta diante de um</p><p>idoso que sofreu uma amputação</p><p>por</p><p>complicação aguda do diabetes.</p><p>Podemos perceber por este dado que o</p><p>controle do paciente não era feito de</p><p>maneira correta, pois, apesar de ter</p><p>ocorrido uma oclusão aguda, isso se deu</p><p>através do tempo que não ocorreu</p><p>controle da glicemia. Por isso, é papel</p><p>da ESF fazer a supervisão no uso dos</p><p>medicamentos deste paciente.</p><p>Outro ponto, as feridas nos diabéticos</p><p>são de difícil cicatrização, então</p><p>também devemos fazer os curativos e</p><p>observação desta.</p><p>Agora, vamos analisar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta: Um paciente</p><p>que acabou de chegar de uma</p><p>internação, e que já teve problemas</p><p>com a adesão de tratamento, com</p><p>certeza deve ter um atendimento</p><p>domiciliar priorizado. Ou seja, com</p><p>curativo, observação da ferida e</p><p>supervisão das medicações sendo feita</p><p>pela equipe de saúde da família.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Isso até deve</p><p>ser feito, pois lembramos que a</p><p>prevenção quaternária atua evitando a</p><p>iatrogenia. Porém, isso nada tem a ver</p><p>com o enunciado e com o que foi</p><p>perguntado.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Perceba que</p><p>essa afirmativa não está errada, porém,</p><p>será que é pertinente a avaliação</p><p>multifuncional num idoso acamado e</p><p>que acabou de retornar de uma</p><p>internação por causa de complicação</p><p>em doença crônica? É claro que não é a</p><p>melhor hora para essa avaliação!</p><p>Alternativa D - Incorreta: Absurda a</p><p>ideia de transportar esse idoso de</p><p>ambulância para realização de curativo</p><p>numa realidade de ESF, em que a</p><p>atenção domiciliar é extremamente</p><p>acessível!</p><p>Alternativa E - Incorreta: Mais uma</p><p>vez, é absurda a indicação do transporte</p><p>diário para aplicação de insulina. Além</p><p>de que simplesmente não foi falado se</p><p>existe algum familiar morando com o</p><p>paciente. Apenas como curiosidade,</p><p>caso passasse a morar com esse idoso</p><p>um familiar lúcido e orientado e que</p><p>pudesse ajudar a ESF, o próprio familiar</p><p>poderia cuidar do paciente, após</p><p>ensinamentos da equipe de saúde da</p><p>família.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A</p><p>________________________________</p><p>107. Mulher com 30 anos de idade,</p><p>nulípara, última menstruação há sete</p><p>dias, usuária de anticoncepcional</p><p>hormonal combinado, relata dor em</p><p>baixo ventre, de forte intensidade. A</p><p>dor é acompanhada de náuseas e</p><p>vômitos, tendo o quadro se iniciado há</p><p>quatro dias, com piora significativa nas</p><p>últimas 12 horas. Ao exame físico,</p><p>pressão arterial =110 x 70 mmHg,</p><p>temperatura = 38,7 oC, abdome com</p><p>dor intensa à palpação no andar inferior</p><p>e à descompressão brusca em fossas</p><p>ilíacas. Ao exame especular, presença</p><p>de conteúdo amarelado com um pouco</p><p>de sangue e conteúdo purulento</p><p>exteriorizando-se pelo orifício do colo</p><p>uterino. Toque vaginal evidenciando</p><p>dor à mobilização uterina e à palpação</p><p>dos anexos, bilateralmente. Sobre a</p><p>conduta indicada para a situação</p><p>descrita, é correto afirmar que:</p><p>A) faz-se necessária a presença de</p><p>leucocitose e velocidade de</p><p>hemossedimentação elevada para</p><p>confirmação diagnóstica.</p><p>B) faz-se necessária a identificação do</p><p>agente etiológico na secreção cervical</p><p>antes de iniciar o tratamento</p><p>medicamentoso.</p><p>C) a paciente deve ser encaminhada</p><p>para tratamento em ambiente</p><p>hospitalar.</p><p>D) o tratamento inicial deve ser</p><p>cirúrgico para melhor avaliar o</p><p>comprometimento do sistema</p><p>reprodutivo.</p><p>E) deve ser instituído o tratamento</p><p>clínico ambulatorial de imediato, com</p><p>retorno em 48 horas para reavaliação.</p><p>CCQ: Lembrar que peritonite em</p><p>paciente com doença inflamatória</p><p>pélvica é indicação para internação</p><p>hospitalar</p><p>Questão do Revalida com um tema</p><p>muito prevalente nas provas de</p><p>residência: a conduta em paciente com</p><p>moléstia inflamatória pélvica aguda</p><p>(MIPA). A MIPA é uma condição que</p><p>acomete, basicamente, mulheres</p><p>sexualmente ativas, uma vez que seus</p><p>principais agentes etiológicos são</p><p>gonococo, clamídia e os menos</p><p>comuns, mas que não podem ser</p><p>esquecidos: mycoplasma e ureaplasma.</p><p>O diagnóstico é fechado a partir dos</p><p>critérios maiores e menores – sendo</p><p>necessários 3 critérios maiores (dor</p><p>hipogástrica, dor anexial e dor à</p><p>mobilização do colo) + 1 critério menor</p><p>(febre, leucocitose, aumento de PCR ou</p><p>VHS, cervicite) ou apenas a presença de</p><p>1 critério elaborado (endometrite na</p><p>biópsia, abscesso no tubo ovariano ou</p><p>no fundo de saco, doença na</p><p>laparoscopia ou presença de</p><p>hemoperitônio).</p><p>Tendo feito o diagnóstico, precisamos</p><p>classificar a doença para podermos</p><p>tomar a conduta correta. Para isso,</p><p>temos a classificação de Monif, sendo</p><p>ela:</p><p>1. Sem peritonite;</p><p>2. Com peritonite;</p><p>3. Presença de oclusão e/ou</p><p>abscesso tubo ovariano;</p><p>4. Abscesso >10 cm ou roto.</p><p>Visto isso, vamos analisar as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Algumas das</p><p>principais manifestações clínicas da</p><p>MIPA são: dor abdominal,</p><p>principalmente hipogástrica, associado</p><p>à corrimento e sintomas inespecíficos</p><p>sistêmicos, como febre e mal estar.</p><p>Como vimos nos critérios diagnósticos,</p><p>a leucocitose e elevação de VHS não são</p><p>estritamente necessários para</p><p>confirmação diagnóstica.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A escolha dos</p><p>antibióticos é de amplo espectro,</p><p>pensando em cobrir os possíveis</p><p>agentes mais comuns dessa doença,</p><p>não sendo necessário esperar a</p><p>identificação etiológica para iniciar seu</p><p>tratamento.</p><p>Alternativa C - Correta: As indicações</p><p>de tratamento hospitalar de MIPA são</p><p>Monif 2, 3, 4 e gestantes,</p><p>imunossuprimidos ou aqueles tratados</p><p>ambulatorialmente sem melhora em 72</p><p>horas. Esses devem receber tratamento</p><p>hospitalar, com clindamicina e</p><p>gentamicina IV. A paciente da questão é</p><p>classificada como Monif 2 por</p><p>apresentar peritonite e, dessa forma,</p><p>deve ser sim hospitalizada.</p><p>Alternativa D - Incorreta Além da</p><p>antibioticoterapia, o grau Monif 4</p><p>também possui indicação de</p><p>intervenção cirúrgica, por ser um</p><p>quadro de maior gravidade e que</p><p>necessita de intervenção para conseguir</p><p>ter sua resolução. Contudo, esse não é o</p><p>caso da paciente, que apresenta Monif</p><p>2.</p><p>Alternativa E - Incorreta O grau Monif</p><p>1 é o único com indicação de</p><p>tratamento ambulatorial, sendo ele:</p><p>ceftriaxona 500 mg IM + doxiciclina 100</p><p>mg 12/12 por 14 dias + metronidazol 500</p><p>mg 12/12 por 14 dias.</p><p>Não devemos nos esquecer de convocar</p><p>o parceiro da paciente para também</p><p>fazermos tratamento, uma vez que</p><p>estamos nos referindo a uma doença</p><p>sexualmente transmissível.</p><p>Quanto à esse tema, é cobrada</p><p>principalmente em provas de imagem a</p><p>principal complicação dessa condição: a</p><p>síndrome de Fitz Hugh Curtis, também</p><p>conhecida como “aderências em cordas</p><p>de violino” em região peri-hepática.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a C</p><p>_________________________________</p><p>108. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>E) E - item anulado</p><p>_________________________________</p><p>109. Questão anulada</p><p>A) A - item anulado</p><p>B) B - item anulado</p><p>C) C - item anulado</p><p>D) D - item anulado</p><p>E) E - item anulado</p><p>_________________________________</p><p>110. Lactente com 8 meses de idade é</p><p>trazido à consulta na Unidade Básica de</p><p>Saúde pela mãe por apresentar</p><p>regurgitação frequente, de grande</p><p>intensidade. O lactente mama ao seio e</p><p>come papa de legumes duas vezes ao</p><p>dia, além de frutas. A mãe refere que a</p><p>criança não está ganhando peso</p><p>adequadamente, o que foi confirmado</p><p>após exame físico. O déficit ponderal da</p><p>criança é de cerca de 3% em três meses.</p><p>Considerando o desenvolvimento</p><p>pondero-estatural da criança, o custo-</p><p>benefício e seu pleno desenvolvimento,</p><p>a conduta adequada inicial para abordar</p><p>o problema deve ser:</p><p>A) manter a alimentação referida pela</p><p>mãe, iniciar medidas antirrefluxo e</p><p>domperidona. Reavaliar a criança em 30</p><p>dias.</p><p>B) suspender o aleitamento materno,</p><p>iniciar medidas antirrefluxo, prescrever</p><p>fórmula antirregurgitação e</p><p>domperidona. Reavaliar a criança em 30</p><p>dias.</p><p>C) manter a alimentação referida pela</p><p>mãe, solicitar pHmetria e prescrever,</p><p>até que se tenha o resultado do exame,</p><p>a domperidona.</p><p>D) suspender o aleitamento materno,</p><p>manter papa de legumes, iniciar</p><p>fórmula antirregurgitação e solicitar</p><p>endoscopia digestiva alta.</p><p>E) manter a alimentação e acrescentar</p><p>mamadeira com fórmula para a idade,</p><p>solicitando retorno em 30 dias para</p><p>reavaliar peso.</p><p>CCQ: Saber que a doença do refluxo</p><p>gastroesofágico na criança deve ser</p><p>manejada com medidas dietéticas,</p><p>posturais e farmacológicas</p><p>(procinéticos)</p><p>Pessoal, temos um lactente de 08</p><p>meses apresentando regurgitação</p><p>frequente associada a ganho</p><p>inadequado de peso. Como devemos</p><p>proceder?</p><p>Bem, o primeiro passo é diferenciar o</p><p>refluxo fisiológico do lactente da</p><p>doença do refluxo gastroesofágico. E</p><p>como podemos fazer isso? Por meio dos</p><p>critérios Roma IV para Refluxo</p><p>Gastroesofágico Fisiológico, que são:</p><p>1. Regurgitações em frequência</p><p>igual ou superior a duas vezes</p><p>por dia durante três, ou mais</p><p>semanas; e</p><p>2. Ausência de vômitos,</p><p>hematêmese, aspiração, apneia,</p><p>déficit de crescimento,</p><p>dificuldades de alimentação</p><p>e/ou deglutição, ou postural</p><p>anormal.</p><p>Sendo que ambos os critérios devem</p><p>estar presentes, para lactentes de 03</p><p>semanas a 12 meses de vida.</p><p>Como vimos, a situação do lactente em</p><p>questão invalida o critério 2, já que ele</p><p>apresenta déficit ponderal. Isso</p><p>direciona a nossa hipótese para a</p><p>Doença do Refluxo Gastroesofágico</p><p>(DRGE), que, na criança apresenta</p><p>manifestações como episódios diários</p><p>de vômitos, irritabilidade e déficit</p><p>ponderal, quando os vômitos ocorrem</p><p>de forma intensa.</p><p>Além desses sinais, pode haver</p><p>faringite, laringite, traqueíte,</p><p>bronquite, pneumonias de repetição e</p><p>até crises de apneia, quando o material</p><p>refluído chega até o sistema</p><p>respiratório.</p><p>Uma manifestação peculiar e pouco</p><p>comum da doença é a síndrome de</p><p>Sandifer, que se caracteriza pela</p><p>postura anormal da cabeça e do</p><p>pescoço, que fica em hiperextensão na</p><p>tentativa de evitar o refluxo. Além dela,</p><p>a ruminação e a morte súbita do</p><p>lactente também foram associadas à</p><p>doença do refluxo gastroesofágico na</p><p>infância.</p><p>E como deve ser a abordagem</p><p>terapêutica da DRGE? Basicamente, é</p><p>um tripé que envolve orientação aos</p><p>pais a respeito da postura do lactente</p><p>durante a amamentação, manejo</p><p>dietético e uso de medicamentos da</p><p>classe dos procinéticos e/ou dos</p><p>redutores da acidez gástrica.</p><p>Como pudemos observar em nosso</p><p>paciente, sua alimentação é bastante</p><p>adequada e não deve ser alterada. No</p><p>entanto, temos espaço para introduzir</p><p>medidas antirrefluxo e iniciar um</p><p>procinético, como a domperidona,</p><p>muito segura em crianças, já que não</p><p>atravessa a barreira hematoencefálica,</p><p>evitando manifestações</p><p>extrapiramidais.</p><p>E o tratamento cirúrgico para a criança,</p><p>existe? Sim, e ele também é baseado na</p><p>fundoplicatura. No entanto, está</p><p>reservado aos casos não responsivos ao</p><p>tratamento medicamentos e que</p><p>apresentam graves complicações</p><p>esofagianas, respiratórias e</p><p>nutricionais!</p><p>Um algo a mais: o diagnóstico</p><p>diferencial da DRGE é feito com a</p><p>alergia alimentar, que é uma condição</p><p>que também pode se manifestar com</p><p>vômitos e perda de peso.</p><p>Deve-se suspeitar de alergia, quando as</p><p>medidas antirrefluxo não produzirem</p><p>resposta satisfatória, quando houver</p><p>refratariedade ao tratamento</p><p>medicamentoso e quando houver</p><p>associação com colite, constipação,</p><p>eczema e história familiar positiva para</p><p>alergia.</p><p>Sabendo disso, vamos às alternativas:</p><p>Alternativa A – Correta: O nosso</p><p>paciente tem uma alimentação</p><p>bastante equilibrada e saudável; para</p><p>ajudá-lo, podemos iniciar medidas</p><p>antirrefluxo e a domperidona, um</p><p>procinético que vai acelerar o</p><p>esvaziamento gástrico. Devemos</p><p>reavaliar a criança em 30 dias, para</p><p>verificar se houve resposta ao</p><p>tratamento.</p><p>Alternativa B – Incorreta: Não há</p><p>qualquer necessidade de suspender o</p><p>aleitamento materno! Lembre-se de</p><p>que o leite materno é o alimento mais</p><p>completo para a criança e, suspendê-lo</p><p>em um caso em que já existe déficit</p><p>ponderal, é muito prejudicial.</p><p>Alternativa C – Incorreta: O paciente já</p><p>possui critérios para DRGE, não se</p><p>fazendo necessária a realização da</p><p>pHmetria!</p><p>Alternativa D – Incorreta: Como vimos,</p><p>não há necessidade de o aleitamento</p><p>materno ser suspenso, pois, a essa</p><p>altura, isso só trará prejuízos a criança;</p><p>além disso, também não há</p><p>necessidade de endoscopia, que deve</p><p>ser feita apenas quando se suspeita de</p><p>complicações ou quando há</p><p>possibilidade de diagnóstico de</p><p>esofagite eosinofílica.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Não se deve</p><p>suspender o aleitamento materno!</p><p>Portanto, ficamos com letra A como</p><p>gabarito!</p><p>que a colonoscopia é o</p><p>exame indicado após estabilização de</p><p>hemorragias digestivas baixas</p><p>Fala pessoal! O tema da questão que</p><p>estamos analisando é hemorragia</p><p>digestiva baixa (HDBs), que são</p><p>aqueles fenômenos hemorrágicos que</p><p>ocorrem abaixo do ângulo de Treitz.</p><p>Embora seja um tema importante para</p><p>a emergência, as HDBs tem</p><p>mortalidade menor que a HDA</p><p>(hemorragia digestiva alta) e tem como</p><p>etiologias mais comuns a diverticulite, a</p><p>doença polipomatosa e as colites.</p><p>A síndrome costuma se manifestar com</p><p>hematoquezia ou enterorragia,</p><p>devendo sempre ser avaliada a origem</p><p>do sangramento no exame físico (toque</p><p>retal, anuscopia e</p><p>retossigmoidoscopia). Caso a origem</p><p>seja mais distante, recomenda-se fazer</p><p>algum exame complementar que</p><p>citaremos a seguir.</p><p>O manejo da HDB necessita</p><p>primeiramente da estabilização</p><p>(seguindo os protocolos de emergência</p><p>- ABCDE -, ressuscitação volêmica e até</p><p>mesmo transfusão maciça, se</p><p>necessário).</p><p>Após a estabilização, vamos para a</p><p>investigação, partindo inicialmente da</p><p>anuscopia, retossigmoidoscopia e da</p><p>colonoscopia (segura principalmente</p><p>após 12-24 horas da internação, não</p><p>podendo ser realizada apenas em</p><p>pacientes com hemorragia grave).</p><p>Em sangramentos maciços ativos, a</p><p>colonoscopia não consegue visualizar o</p><p>foco do sangramento, sendo necessária</p><p>a angiografia/angiotomografia e a</p><p>cintilografia com hemácias marcadas</p><p>(esse tratamento permite a</p><p>embolização ou a injeção de</p><p>vasopressina).</p><p>Em sangramentos maciços</p><p>estabilizados, devemos optar pela</p><p>colonoscopia.</p><p>Sabendo disso, vamos para as</p><p>alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A angiografia</p><p>é indicada apenas nos casos em que há</p><p>sangramentos maciços ativos, como a</p><p>paciente está estabilizada, vamos usar a</p><p>colonoscopia.</p><p>Alternativa B - Incorreta: Mentorando,</p><p>Injetar vasopressina EV pode diminuir a</p><p>perfusão coronariana, não sendo</p><p>indicada em pacientes que estão em</p><p>risco de choque hemorrágico.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Enema opaco</p><p>não está indicado nos pacientes com</p><p>hemorragia digestiva baixa, pois o</p><p>contraste do enema pode dificultar a</p><p>possibilidade de um estudo por</p><p>angiografia.</p><p>Alternativa D - Incorreta: Mentorando,</p><p>a tomografia não está indicada para</p><p>investigação da etiologia das HDBs,</p><p>mas sim a angiotomografia.</p><p>Alternativa E - Correta: Certa resposta</p><p>mentorando! Em pacientes com HDB</p><p>estáveis, devemos recorrer a</p><p>colonoscopia para acharmos a</p><p>etiologia.</p><p>Vale lembrar que 10-15% das</p><p>hematoquezias tem origem com HDAs,</p><p>sendo possível a investigação com</p><p>endoscopia digestiva alta.</p><p>Portanto, o gabarito oficial da</p><p>questão é a letra E.</p><p>________________________________</p><p>11. Durante uma reunião de</p><p>capacitação em Saúde Escolar para os</p><p>Agentes Comunitários de Saúde das</p><p>equipes de Saúde da Família de um</p><p>município de médio porte, foi fornecida</p><p>uma série de informações e de</p><p>procedimentos relativos à avaliação de</p><p>acuidade visual de crianças e</p><p>adolescentes. Os Agentes</p><p>Comunitários de Saúde devem saber</p><p>que:</p><p>A) existem sinais e sintomas de alerta</p><p>que podem caracterizar distúrbios de</p><p>acuidade visual em crianças e</p><p>adolescentes, como crianças com</p><p>comportamento agitado, dificuldade de</p><p>socialização e déficit de aprendizagem.</p><p>B) caso o rastreamento pela tabela de</p><p>Snellen seja positivo, a criança deverá</p><p>ser encaminhada para a equipe de</p><p>Saúde da Família, que a avaliará</p><p>clinicamente, antes de encaminhá-la ao</p><p>especialista.</p><p>C) existem fatores de risco para</p><p>problemas de saúde ocular em crianças,</p><p>como baixo peso ou tamanho para a</p><p>idade, tabagismo durante a gestação e</p><p>falta de suplementação de ferro no</p><p>primeiro ano de vida.</p><p>D) o teste para triagem de acuidade</p><p>visual utiliza a Tabela de Snellen e pode</p><p>ser realizado em crianças a partir de</p><p>sete anos de idade, por qualquer</p><p>profissional treinado.</p><p>E) crianças com sinais e/ou sintomas de</p><p>desconforto, como esfregar os olhos,</p><p>piscar muito e/ou apresentar</p><p>conjuntivas vermelhas, não devem ser</p><p>submetidas ao teste de acuidade visual.</p><p>CCQ: Saber que os ACS’s podem atuar</p><p>na identificação de problemas através</p><p>dos programas de saúde escolar e</p><p>encaminhá-los à UBS para avaliação</p><p>clínica</p><p>Pessoal, aqui temos uma questão</p><p>abordando um tema bem relevante: o</p><p>Programa Saúde n Escola (PSE), em um</p><p>recorte da ação dos ACSs no programa.</p><p>Vamos aprender um pouco mais sobre</p><p>isso?!</p><p>Bom, vamos por partes.</p><p>- Primeiro: O que é o Programa Saúde</p><p>na Escola (PSE)?</p><p>• O PSE visa à integração e</p><p>articulação permanente da</p><p>educação e da saúde,</p><p>proporcionando melhoria da</p><p>qualidade de vida dos</p><p>educandos, contribui para a</p><p>formação integral dos</p><p>estudantes por meio de ações de</p><p>promoção da saúde, prevenção</p><p>de doenças e agravos à saúde e</p><p>de atenção à saúde, com vistas</p><p>ao enfrentamento das</p><p>vulnerabilidades que</p><p>comprometem o pleno</p><p>desenvolvimento de crianças e</p><p>jovens da rede pública de</p><p>ensino.</p><p>• É constituído por cinco</p><p>componentes, dentre eles a</p><p>avaliação das condições de</p><p>saúde das crianças,</p><p>adolescentes e jovens que estão</p><p>na escola pública, inclusive a</p><p>educação continuada e</p><p>capacitação dos profissionais da</p><p>educação e da saúde.</p><p>• Objetivos do PSE: a promoção</p><p>da comunicação entre escolas e</p><p>unidades de saúde, assegurando</p><p>a troca de informações sobre as</p><p>condições de saúde dos</p><p>estudantes.</p><p>• Diante dos problemas</p><p>relacionados à saúde das</p><p>crianças e adolescentes nas</p><p>escolas, percebeu-se a falta de</p><p>atenção e de um</p><p>acompanhamento, inclusive da</p><p>capacitação de profissionais,</p><p>especificamente, dos agentes</p><p>comunitários de saúde (ACS),</p><p>uma vez que os mesmos têm um</p><p>conhecimento prévio do escolar</p><p>no ambiente externo da escola,</p><p>através das visitas domiciliares,</p><p>ou seja, no âmbito de saúde da</p><p>estratégia da família.</p><p>• Os problemas mais comuns</p><p>dos estudantes poderiam,</p><p>facilmente, ser sanados com a</p><p>atuação de um ACS na escola.</p><p>Este poderia realizar um</p><p>acompanhamento de perto</p><p>sobre a saúde das crianças e</p><p>adolescentes e servir de elo</p><p>entre a família, escola e à equipe</p><p>de saúde.</p><p>• A escola, apesar de estar dentro</p><p>da área de abrangência do ACS,</p><p>normalmente não é</p><p>contemplada pela visita de</p><p>rotina do agente tal como é</p><p>realizada nas residências.</p><p>Certamente, pela falta de</p><p>tempo, o difícil acesso às escolas</p><p>(situadas em morros, longa</p><p>distância entre a Unidade básica</p><p>de saúde e a escola), falta de</p><p>motivação do ACS, quantidade</p><p>insuficiente de ACS e</p><p>sobrecarga de trabalho do ACS.</p><p>• O trabalho dos ACS’s deve,</p><p>portanto, seguir um planto de 10</p><p>passos:</p><p>a) Primeiro passo: definição dos</p><p>problemas (o que causou os problemas</p><p>e suas consequências);</p><p>b) Segundo passo: priorização dos</p><p>problemas (avaliar a importância do</p><p>problema, sua urgência, capacidade de</p><p>enfrentamento da equipe, numerar os</p><p>problemas por ordem de prioridade a</p><p>partir do resultado da aplicação dos</p><p>critérios);</p><p>c) Terceiro passo: descrição do</p><p>problema selecionado (caracterização</p><p>quanto à dimensão do problema e sua</p><p>quantificação);</p><p>d) Quarto passo: explicação do</p><p>problema (causas do problema e qual a</p><p>relação entre elas);</p><p>e) Quinto passo: seleção dos “nós”</p><p>críticos (causa mais importante a ser</p><p>enfrentada);</p><p>f) Sexto passo: desenho das operações</p><p>(descrever as operações, identificar os</p><p>produtos e resultados, recursos</p><p>necessários para a concretização das</p><p>operações);</p><p>g) Sétimo passo: identificação dos nós</p><p>críticos (identificar os recursos críticos</p><p>que devem ser consumidos em cada</p><p>operação);</p><p>h) Oitavo passo: análise de viabilidade</p><p>do plano (construção de meios de</p><p>transformação das motivações dos</p><p>atores através de estratégias que</p><p>busquem mobilizar, convencer, cooptar</p><p>ou mesmo pressionar estes, a fim de</p><p>mudar sua posição);</p><p>i) Nono passo: elaboração do plano</p><p>operativo (designar os responsáveis por</p><p>cada operação e definir os prazos para a</p><p>execução das operações);</p><p>j) Décimo</p><p>passo: desenhar o modelo de</p><p>gestão do plano de ação; discutir e</p><p>definir o processo de acompanhamento</p><p>do plano e seus respectivos</p><p>instrumentos.</p><p>• Espera-se, por meio deste</p><p>projeto, que os ACS estejam</p><p>capacitados e aptos para</p><p>realizar o suporte nas ações de</p><p>saúde juntamente com a</p><p>equipe de saúde do PSE, aptos</p><p>à identificação dos sinais de</p><p>riscos à saúde dos estudantes e,</p><p>imediatamente, encaminhá-los</p><p>ao serviço de saúde ou</p><p>comunicar sua equipe de</p><p>profissionais especializados na</p><p>UBS, aumentando a efetividade</p><p>do trabalho dos ACS junto à</p><p>equipe de saúde.</p><p>Agora, vamos dar uma olhada nas</p><p>alternativas.</p><p>Alternativa A – Incorreta: Embora a</p><p>alternativa esteja correta em relação a</p><p>alguns dos sinais, ela não responde à</p><p>questão. Uma vez que não cabe ao ACS</p><p>identificar sinais e sintomas de alarme.</p><p>Estes, geralmente são identificados</p><p>pela família ou pelos professores e,</p><p>então, serão abordados pelo ACS.</p><p>Alternativa B – Correta: Isso! Como</p><p>vimos nos objetivos do programa, ao se</p><p>deparar com um problema, o ACS deve</p><p>encaminhar o estudante à UBS para</p><p>avaliação e, se necessário, lá será feito o</p><p>encaminhamento.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Os fatores</p><p>citados, de fato, relacionam-se com</p><p>problemas de saúde na crianças.</p><p>Porém, estão fora do contexto do PSE e</p><p>da ação do ACS, como pede a questão.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A tabela</p><p>pode ser utilizada a partir dos 3 anos.</p><p>Alternativa E – Incorreta: Todas as</p><p>crianças que apresentem alguma</p><p>dessas manifestações deve ser</p><p>submetida à triagem.</p><p>Portanto, a resposta é a alternativa B.</p><p>________________________________</p><p>12. Mulher com 23 anos de idade,</p><p>primigesta, idade gestacional de 30</p><p>semanas, vem à quarta consulta de pré-</p><p>natal. Não relata nenhuma queixa. Ao</p><p>exame clínico, apresenta pressão</p><p>arterial = 140x90 mmHg (em decúbito</p><p>lateral esquerdo), pulso = 80 bpm,</p><p>altura uterina = 31 cm e frequência</p><p>cardíaca fetal = 140 bpm. Traz exame de</p><p>proteinúria de 24 horas com valor de</p><p>412 mg/24h. Hemograma</p><p>apresentando contagem de plaquetas</p><p>de 220.000/mm³. No cartão da</p><p>gestante, estão anotadas as seguintes</p><p>medidas da pressão arterial registradas</p><p>nas consultas anteriores: 110x70</p><p>mmHg, 120x70 mmHg e 140x100</p><p>mmHg. O diagnóstico correto é:</p><p>A) pré-eclâmpsia leve</p><p>B) pré-eclâmpsia grave.</p><p>C) iminência de eclâmpsia.</p><p>D) hipertensão gestacional.</p><p>E) hipertensão arterial crônica.</p><p>CCQ: Saber que pré-eclâmpsia é</p><p>definida pela presença de hipertensão</p><p>após a 2.ª metade da gestação +</p><p>proteinúria (≥ 300 mg em 24 h, ou</p><p>proteinúria/creatinina > 0,3).</p><p>Fala Pessoal, questão que aborda as</p><p>definições das doenças hipertensivas da</p><p>gestação.</p><p>Vamos aproveitar as alternativas para</p><p>revisar os conceitos.</p><p>Alternativa A - Correta: A pré-</p><p>eclâmpsia é diagnosticada pela</p><p>presença de hipertensão após a 2.ª</p><p>metade da gestação + proteinúria (≥</p><p>300 mg em 24 h, ou</p><p>proteinúria/creatinina > 0,3). É</p><p>classificada como leve quando não</p><p>apresenta fatores de gravidade (lesão</p><p>de órgão-alvo).</p><p>Alternativa B - Incorreta: A pré-</p><p>eclâmpsia é dita grave quando há a</p><p>presença de algum destes: PA ≥</p><p>160x110, oligúria ou Cr ≥ 1,3, edema</p><p>agudo de pulmão, síndrome HELLP, AVC</p><p>ou sinais de iminência de eclâmpsia.</p><p>Alternativa C - Incorreta: A iminência</p><p>de eclâmpsia ocorre em pacientes com</p><p>pré-eclâmpsia + 1 ou mais dos seguintes</p><p>sintomas: cefaleia, torpor, turvação</p><p>visual, escotomas, diplopia, amaurose e</p><p>dor epigástrica.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A</p><p>hipertensão gestacional é um</p><p>diagnóstico retrospectivo. É feito</p><p>quando a paciente desenvolve</p><p>hipertensão após a 20.ª semana e se</p><p>mantém até a 6.ª semana do pós-parto.</p><p>Alternativa E - Incorreta: A</p><p>hipertensão arterial crônica secundária</p><p>é uma hipertensão sabidamente</p><p>conhecida (já está presente no início da</p><p>gestação), que tem como causa uma</p><p>doença de base.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa A.</p><p>________________________________</p><p>13. Uma criança com 10 anos de idade é</p><p>trazida ao hospital de referência, em</p><p>cidade de grande porte, com quadro</p><p>que já se arrasta há seis meses.</p><p>Apresenta febre irregular intercalada</p><p>com períodos de apirexia, anorexia e</p><p>perda ponderal de 6 Kg. A mãe relata,</p><p>ainda, diarreia ocasional, sangramento</p><p>gengival frequente, epistaxe e</p><p>episódios de pneumonia e otite,</p><p>tratados com antibióticos nos dois</p><p>últimos meses, pouco antes da</p><p>mudança realizada pela família, que</p><p>saiu de uma cidade da zona rural para</p><p>uma cidade da zona urbana. Ao exame,</p><p>a criança apresenta-se emagrecida,</p><p>hipodesenvolvida para a idade, cabelos</p><p>finos e quebradiços, hipocorada 2+/4,</p><p>anictérica, com micropoliadenopatia</p><p>cervical e axilar bilateral, sopro sistólico</p><p>2+/6+, pancardíaco, abdome</p><p>distendido, com fígado palpável a 5 cm</p><p>do rebordo costal direito, baço palpável</p><p>a 8 cm do rebordo costal esquerdo,</p><p>edema de membros inferiores 1+/4, frio</p><p>e com cacifo. Temperatura axilar = 37,8</p><p>o C; PA = 100x70 mmHg; FC = 104 bpm;</p><p>FR = 18 irpm. A melhor correlação entre</p><p>a manifestação clínica apresentada pela</p><p>criança e seu mecanismo</p><p>fisiopatológico, nessa endemia</p><p>brasileira, é:</p><p>A) a esplenomegalia como efeito da</p><p>hipertrofia progressiva, por aumento da</p><p>pressão sanguínea no sistema portal</p><p>intra-hepático e da veia esplênica.</p><p>B) as infecções bacterianas como</p><p>seguimento ao aumento da resposta</p><p>imunológica TH1 e da produção</p><p>exagerada de interferon gama e</p><p>interleucina 2.</p><p>C) o edema de membros inferiores, frio</p><p>e com cacifo, como consequência da</p><p>insuficiência cardíaca congestiva</p><p>secundária a miocardiopatia dilatada.</p><p>D) a anemia como resultado da</p><p>combinação de hemólise, ocupação de</p><p>medula óssea por macrófagos</p><p>infectados, hemorragias e sequestro</p><p>esplênico.</p><p>E) os sangramentos gengivais e</p><p>epistaxe como efeito da diminuição da</p><p>produção de fatores de coagulação pela</p><p>lesão direta e insuficiência</p><p>hepatocelular.</p><p>CCQ: Febre tifoide = fases de febre +</p><p>hepatoesplenomegalia + diarreia +</p><p>anemia (hemólise, comprometimento</p><p>da medula óssea e sequestro</p><p>esplênico)</p><p>Pessoal, estamos diante de uma</p><p>questão com um tema não tão comum,</p><p>mas que merece sua atenção: febre</p><p>tifoide. Portanto, vamos juntos fazer</p><p>uma revisão!</p><p>Vamos lembrar que a febre tifoide é</p><p>causada pela Salmonella typhi, com</p><p>aquele quadro clássico de fases de</p><p>febre, hepatoesplenomegalia e</p><p>diarreia!</p><p>O início do quadro clínico é geralmente</p><p>gradual, com febre, cefaleia, artralgia,</p><p>faringite, constipação intestinal,</p><p>anorexia, e sensibilidade e dor</p><p>abdominais. Esplenomegalia,</p><p>leucopenia, anemia, anormalidades da</p><p>função hepática, proteinúria e</p><p>coagulopatia de consumo discreta são</p><p>comuns. Sintomas menos comuns</p><p>incluem disúria, tosse não produtiva e</p><p>epistaxe. A convalescença pode durar</p><p>vários meses.</p><p>A procedência da zona rural nos</p><p>relembra que a contaminação ocorre</p><p>através da água e alimentos</p><p>contaminados (transmissão fecal-oral).</p><p>Complicações ocorrem principalmente</p><p>em pacientes que ficam sem</p><p>tratamento ou naqueles em que o</p><p>tratamento é atrasado.</p><p>O tratamento de escolha é realizado</p><p>com a ceftriaxona por 14 dias.</p><p>Agora que revisamos o tópico, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: A</p><p>hepatomegalia não acontece por</p><p>aumento da pressão da circulação, e</p><p>sim por alteração nas células.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A</p><p>manifestação clínica apresentada</p><p>condiz com o quadro da febre tifoide, e</p><p>não de infecções bacterianas</p><p>secundárias. Além disso, a</p><p>fisiopatologia da bacteremia primária</p><p>da Salmonella ocasiona liberação da</p><p>interleucina 1 e ela dissemina-se através</p><p>das células CD18.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Como</p><p>consequência da inapetência e da</p><p>anorexia, o menino acabou</p><p>desenvolvendo um grau de desnutrição</p><p>marcada por emagrecimento, edema e</p><p>repercussão hemodinâmica, e não uma</p><p>miocardiopatia dilatada.</p><p>Alternativa D - Correta: Exatamente!</p><p>Alguns dos sintomas não estão sendo</p><p>causados pela bactéria diretamente,</p><p>mas sim pela anemia devido à ação</p><p>hemolítica (hemácia alterada sendo</p><p>destruída mais rapidamente) e a</p><p>ocupação da medula óssea pelos</p><p>macrófagos infectados. Isso ocasionará</p><p>a clínica: hemorragias pela fragilidade</p><p>capilar e baço aumentado por</p><p>obstrução devido à destruição das</p><p>hemácias (sequestro esplênico).</p><p>Alternativa E - Incorreta: Não há uma</p><p>diminuição da produção de fatores de</p><p>coagulação, e sim fragilidade capilar.</p><p>Sendo assim, a alternativa correta é a</p><p>letra D!</p><p>________________________________</p><p>14. Casal procura atendimento médico</p><p>em Unidade Básica de Saúde com</p><p>história de tentativas frustradas de</p><p>engravidar há dois anos, a despeito de</p><p>manter relações sexuais frequentes e</p><p>sem uso de métodos contraceptivos.</p><p>Ela tem 25 anos de idade, apresenta</p><p>ciclos menstruais regulares e nega</p><p>dismenorreia, dispareunia,</p><p>comorbidades ou antecedente de</p><p>doenças sexualmente transmissíveis.</p><p>Ele tem 30 anos de idade, sem</p><p>antecedentes relevantes, com filho de</p><p>cinco anos de idade de outro</p><p>relacionamento. Considerando a</p><p>propedêutica indicada na abordagem</p><p>inicial do casal infértil, devem ser</p><p>solicitados:</p><p>A) espermograma e</p><p>histerossalpingografia.</p><p>B) ultrassonografia transvaginal e teste</p><p>pós-coital.</p><p>C) teste pós-coital e ultrassonografia</p><p>escrotal com Doppler.</p><p>D) Dosagem de LH no 14.º dia do ciclo e</p><p>histerossalpingografia.</p><p>E) espermograma e dosagem de FSH no</p><p>terceiro dia do ciclo para avaliar reserva</p><p>ovariana.</p><p>CCQ: Causas e investigação de</p><p>infertilidade feminina</p><p>A infertilidade é definida como uma</p><p>condição do **casal **(sempre se</p><p>lembre disso, pois frequentemente é</p><p>cobrado nas provas de residência!), na</p><p>qual há ausência de gravidez após um</p><p>ano, sem uso de contraceptivo, com</p><p>relações sexuais frequentes entre 2 a</p><p>4x/semana.</p><p>Ela pode ser primária, quando nunca</p><p>houve gestação prévia, ou secundária,</p><p>quando há história de gestação prévia,</p><p>não nascido vivo necessariamente.</p><p>Quando falamos sobre infertilidade no</p><p>sexo feminino, precisamos pensar em</p><p>compartimentos que podem ser a</p><p>possível causa:</p><p>• Anovulação: responsável por</p><p>15% dos casos, pode ser causada</p><p>pela síndrome dos ovários</p><p>policísticos, falência ovariana</p><p>precoce, disgenesia gonadal (ex:</p><p>síndrome de Turner). Podem ser</p><p>diagnosticados pelo quadro</p><p>clínico ou exames laboratoriais;</p><p>• Fator tubo/canaliculares ou</p><p>ovariano: responsável por 35%</p><p>dos casos, pode ser causado</p><p>principalmente por uma DIPA</p><p>ou endometriose, que podem</p><p>gerar obstrução de trompas ou</p><p>alterações funcionais em</p><p>ovários, com um</p><p>endometrioma, por exemplo.</p><p>Possui como padrão ouro para</p><p>investigação de trompas, a</p><p>histerossalpingografia, que</p><p>pode meio da Prova de Cotte</p><p>positiva, com extravasamento</p><p>de contraste na cavidade</p><p>peritoneal, revela ausência de</p><p>obstruções em trompas. A</p><p>videolaparoscopia pode ser</p><p>indicada em caso de Prova de</p><p>Cotte negativa, pois servirá de</p><p>método diagnóstico e</p><p>terapêutico, para liberação de</p><p>trompas de forma cirúrgica. Já</p><p>para investigar causas</p><p>ovarianas, temos a dosagem de</p><p>progesterona na fase lútea do</p><p>ciclo, ou seja, na segunda</p><p>metade, entre o 21º e 24º dia ou</p><p>na dosagem de FSH, para avaliar</p><p>a reserva ovariana, entre o 2-5º</p><p>dia, e não havendo necessidade</p><p>de estímulo com hormônios</p><p>para avaliar função ovariana;</p><p>• Fator uterino: devido às</p><p>malformações uterinas, que</p><p>podem dificultar a implantação</p><p>do embrião, podendo ser causa</p><p>de abortamento de repetição.</p><p>Pode ser investigado por USGTV</p><p>ou histeroscopia (padrão ouro);</p><p>• Fator cervical: devido à</p><p>presença de septo vaginal ou</p><p>uma síndrome de Roktansky (ou</p><p>também chamada de vagina</p><p>curta com ausência de útero).</p><p>As principais causas de infertilidade</p><p>envolvem a questão tubária e ovariana,</p><p>que é por onde devemos começar nossa</p><p>investigação. Essa mulher apresenta</p><p>ciclos menstruais regulares, sugerindo</p><p>outra causa além da questão</p><p>hormonal/anovulação/ovariana, nos</p><p>induzindo a pensar primeiro em causas</p><p>tubárias.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a A.</p><p>_________________________________</p><p>15. Mulher com 41 anos de idade</p><p>procurou a Unidade de Pronto</p><p>Atendimento com relato de dor anal há</p><p>três dias e, há cerca de seis horas, notou</p><p>sangramento anal vermelho vivo</p><p>entremeado com coágulos. Nega</p><p>alteração de hábito intestinal e história</p><p>familiar de neoplasia colorretal. Ao</p><p>exame observa-se uma nodulação</p><p>perianal com cerca de 1 cm de diâmetro,</p><p>arroxeada e com laceração central por</p><p>onde se extrui um coágulo sanguíneo. O</p><p>toque retal foi muito doloroso e não</p><p>evidenciou tumores ou presença de</p><p>sangue nas fezes. Com base nessas</p><p>informações, a conduta correta é:</p><p>A) fazer a esclerose do vaso sangrante</p><p>B) encaminhar para cirurgia de</p><p>urgência.</p><p>C) realizar a trombectomia no</p><p>momento do exame.</p><p>D) fazer ligadura elástica para</p><p>hemostasia do vaso sangrante.</p><p>E) prescrever anti-inflamatório não</p><p>esteroidal e observar o sangramento</p><p>CCQ: Saber que o tratamento de</p><p>hemorroidas externas trombosada ></p><p>72h é conservador com AINES</p><p>Questão muito simples de ser</p><p>respondida, mas que exigia conhecer o</p><p>tratamento de hemorroidas externas. A</p><p>paciente procurou atendimento devido</p><p>a dor ao evacuar há 3 dias,</p><p>acompanhada há 6 horas de</p><p>sangramento vermelho vivo. Há duas</p><p>possibilidades aqui, fissura anal ou</p><p>hemorroida externa. No exame físico</p><p>fica constatado a hemorroida externa</p><p>trombosada: nodulação perianal com 1</p><p>cm de diâmetro, arroxeada e com</p><p>laceração central por onde drena um</p><p>coágulo sanguíneo (trombo). No toque</p><p>retal excluem-se tumores ou</p><p>hemorroidas internas.</p><p>Qual seria a diferença sintomatológica</p><p>entre interna e externa? Simples,</p><p>hemorroida interna não dói (exceto as</p><p>estranguladas, grau IV), enquanto</p><p>hemorroida externa sim. O tratamento</p><p>para hemorroidas externas é:</p><p>• Hemorroidas externas não</p><p>trombosadas: conservador com</p><p>AINES, banhos de assento,</p><p>laxativos, dieta rica em fibras,</p><p>ingesta hídrica adequada, não</p><p>usar papel higiênico.</p><p>• Hemorroidas externas</p><p>trombosadas < 72h:</p><p>hemorroidectomia.</p><p>• Hemorroidas externas</p><p>trombosadas > 72h:</p><p>conservador com AINES,</p><p>banhos de assento, ingesta de</p><p>fibras, hidratação adequada,</p><p>não usar papel higiênico.</p><p>Alternativa A – Incorreta: É indicado</p><p>apenas para hemorroidas internas grau</p><p>1 e 2 em pacientes que são</p><p>anticoagulados.</p><p>Alternativa B e C – Incorretas: Como</p><p>há mais de 72h de evolução o</p><p>tratamento deve ser conservador. Não</p><p>indicação de retirar o coágulo do vaso.</p><p>Alternativa D – Incorreta: A ligadura</p><p>elástica é método não cirúrgico, barato,</p><p>rápido e reservada para hemorroidas</p><p>internas grau 2 e 3.</p><p>Alternativa E – Correta: Como</p><p>explicado acima, prescrever AINES e</p><p>medidas comportamentais.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a</p><p>letra E.</p><p>_________________________________</p><p>16. Lactente com um ano de idade</p><p>passou a frequentar creche há dois</p><p>meses e, nesse período, já apresentou</p><p>dois episódios de infecção de vias</p><p>aéreas superiores (IVAS). Há três dias</p><p>passou a apresentar quadro de febre,</p><p>coriza hialina e tosse, inicialmente seca,</p><p>que evoluiu para tosse produtiva. Há</p><p>24h foi levado pela mãe ao Pronto</p><p>Atendimento e foi medicado com</p><p>paracetamol e solução fisiológica nasal.</p><p>Como não houve melhora do quadro, a</p><p>mãe retornou ao Pronto Atendimento</p><p>para nova consulta. Ao exame físico, a</p><p>criança encontra-se afebril, gemente,</p><p>FR = 50 irpm, ausculta pulmonar com</p><p>roncos difusos e tiragem subcostal. À</p><p>otoscopia observa-se hiperemia de</p><p>membrana timpânica bilateral e</p><p>oroscopia com leve hiperemia de pilares</p><p>amigdalianos. Com base no quadro</p><p>clínico e exame físico, o diagnóstico e a</p><p>conduta imediata são,</p><p>respectivamente:</p><p>A) bronquiolite; indicar oxigenoterapia.</p><p>B) pneumonia; encaminhar para</p><p>internação.</p><p>C) amigdalite viral; prescrever</p><p>sintomáticos.</p><p>D) otite média aguda; prescrever</p><p>antibiótico.</p><p>E) asma;</p><p>prescrever broncodilatador</p><p>inalatório.</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Pessoal, atenção para um tema</p><p>frequente nas provas: pneumonia!</p><p>Vamos revisar com carinho esse tema e</p><p>marcar com uma caneta bem colorida</p><p>esses conceitos.</p><p>A questão relata um lactente com um</p><p>quadro inicial de infecção de vias aéreas</p><p>superiores (IVAS), evoluindo com piora</p><p>dos sintomas: febre, tosse, taquipneia</p><p>(lembrando que para essa idade, a</p><p>frequência normal é de até 40 irpm),</p><p>gemência e tiragem subcostal,</p><p>caracterizando uma pneumonia.</p><p>O próximo passo é identificar a</p><p>gravidade da doença para ser feito o</p><p>tratamento mais adequado.</p><p>As indicações de hospitalização são:</p><p>• Idade < 60 dias;</p><p>• Desconforto respiratório grave</p><p>(cianose, queda na saturação ou</p><p>tiragem subcostal);</p><p>• Queda do estado geral</p><p>(sonolência, torpor, vômitos</p><p>com incapacidade ou recusa de</p><p>ingesta);</p><p>• Risco de descompensação ou</p><p>curso grave devido à doença de</p><p>base (pneumopatia, cardiopatia,</p><p>imunodepressão);</p><p>• Complicação radiológica</p><p>(derrame pleural, abscesso).</p><p>Com a presença de um desses itens, a</p><p>internação hospitalar já está indicada.</p><p>Diante da suspeição clínica de</p><p>pneumonia, a conduta imediata deverá</p><p>ser iniciar a antibioticoterapia o quanto</p><p>antes!</p><p>Agora que revisamos o tema, vamos</p><p>avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Incorreta: Aqui a banca</p><p>nos deu a opção de bronquiolite,</p><p>porém, não observamos a presença de</p><p>sibilos, que são uma característica</p><p>marcante para essa doença.</p><p>Descartamos assim essa alternativa.</p><p>Alternativa B - Incorreta: A nossa</p><p>hipótese diagnóstica é pneumonia, e</p><p>essa criança deverá receber o</p><p>tratamento hospitalar devido à tiragem</p><p>subcostal. Entretanto, a conduta</p><p>imediata é iniciar a antibioticoterapia e</p><p>então proceder com a internação</p><p>hospitalar.</p><p>Alternativa C - Incorreta: Este é um</p><p>quadro clínico que não condiz com</p><p>amigdalite viral tendo em vista a</p><p>evolução de uma IVAS para um quadro</p><p>com tosse produtiva, taquipneia e</p><p>desconforto respiratório.</p><p>Alternativa D - Incorreta: A questão</p><p>nos apresentou uma otoscopia com</p><p>hiperemia bilateral, um achado do</p><p>exame físico típico após choro ou</p><p>durante um quadro de febre. Diante de</p><p>uma otite média, teríamos um quadro</p><p>clínico de febre persistente, choro,</p><p>irritabilidade e otalgia unilateral</p><p>diferente de taquipneia e desconforto</p><p>respiratório.</p><p>Alternativa E - Incorreta: Vejamos que</p><p>esse lactente não apresenta nenhum</p><p>histórico anterior de asma, dermatite</p><p>atópica ou presença de sibilos, logo,</p><p>essa não é uma hipótese diagnóstica.</p><p>Portanto, não há resposta correta e a</p><p>questão foi devidamente anulada.</p><p>_________________________________</p><p>17. Mulher com 22 anos de idade vem à</p><p>consulta ambulatorial com diarreia há</p><p>seis meses. Apresenta cerca de seis</p><p>evacuações ao dia, com fezes pastosas</p><p>volumosas, de odor fétido, amareladas</p><p>e espumosas, sem muco ou sangue.</p><p>Nega tenesmo ou febre. Piora com a</p><p>ingestão de leite. Tem cólicas eventuais</p><p>e distensão abdominal gasosa. Teve</p><p>perda ponderal de 5 kg desde o início do</p><p>quadro. É solteira, sem atividade</p><p>sexual. Nega uso de drogas ou álcool.</p><p>Nega cirurgias prévias. Ao exame físico</p><p>apresenta-se com índice de massa</p><p>corpórea de 22 kg/m2 . Mucosas</p><p>hipocrômicas. Evidente perda de massa</p><p>muscular. Abdome discretamente</p><p>distendido por gases, sem ascite,</p><p>visceromegalias ou tumorações.</p><p>Presença de lesões de pele, de aspecto</p><p>herpetiforme, em tronco. No relatório,</p><p>para justificar o encaminhamento da</p><p>paciente para o especialista, deverá ser</p><p>especificada a necessidade de que a</p><p>paciente seja submetida a:</p><p>A) tomografia computadorizada de</p><p>abdome total.</p><p>B) retossigmoidoscopia com biópsia de</p><p>mucosa retal.</p><p>C) colonoscopia com biópsia de mucosa</p><p>de sigmóide.</p><p>D) estudo radiológico de trânsito do</p><p>intestino delgado.</p><p>E) endoscopia digestiva alta com</p><p>biópsia de duodeno.</p><p>CCQ: Suspeitar da doença celíaca e</p><p>indicar biopsia de duodeno por ser</p><p>padrão ouro no diagnóstico</p><p>O primeiro ponto a ser dito, é que essa</p><p>questão foge do Pareto de cirurgia. O</p><p>segundo ponto, a questão está muito</p><p>rica de detalhes, devemos ser espertos</p><p>em captar os pontos chaves para</p><p>suspeitar de doenças celíaca. Vejam:</p><p>Paciente mulher jovem, 22 anos,</p><p>diarreia há seis meses, de odor fétido,</p><p>amareladas e espumosas, sem febre e</p><p>que piora ao ingerir leite – tipo de</p><p>esteatorreia.</p><p>Associado ao quadro diarreico, cólicas</p><p>eventuais e distensão abdominal</p><p>gasosa, perda ponderal, perda de</p><p>massa muscular (apesar de IMC</p><p>normal). Tais sinais e sintomas é</p><p>conjunto que compõem uma síndrome</p><p>disabsortiva diarreica, associado ao</p><p>lesões de pele herpetiforme, ou seja,</p><p>dermatite herpetiforme.</p><p>A doença que causa disabsorção e</p><p>dermatite herpetiforme é a doença</p><p>celíaca – enteropatia crônica autoimune</p><p>desencadeado por glúten.</p><p>Vários são os indícios de Doença</p><p>celíaca, devemos encaminhar ao</p><p>especialista e justificar a necessidade de</p><p>endoscopia digestiva alta com biopsia</p><p>de duodeno – método padrão ouro para</p><p>diagnóstico de Doença Celíaca.</p><p>Alternativa A – Incorreta: A</p><p>tomografia abdominal não ajudaria de</p><p>nada no diagnóstico de Doença celíaca,</p><p>serviria apenas para descartar outros</p><p>diagnósticos diferenciais.</p><p>Alternativa B – Incorreta: A doença</p><p>celíaca acomete os enterócitos no</p><p>intestino delgado, logo biopsia da</p><p>mucosa retal não ajudaria.</p><p>Alternativa C – Incorreta: Da mesma</p><p>forma que a retossigmoidoscopia, a</p><p>colonoscopia não ajudaria no</p><p>diagnóstico.</p><p>Alternativa D – Incorreta: Uma</p><p>esofagogastroduodenografia também</p><p>não ajudaria no diagnóstico.</p><p>Alternativa E – Correta: Como dito</p><p>acima, devemos solicitar EDA com</p><p>biopsia de duodeno que é o padrão ouro</p><p>da doença. O achado histológico é de</p><p>atrofia vilositária, com hiperplasia das</p><p>criptas e com infiltrado de linfócitos</p><p>intraepiteliais – CCQ!</p><p>Portanto, alternativa correta é a letra</p><p>E</p><p>________________________________</p><p>18. Mulher com 48 anos de idade,</p><p>durante investigação laboratorial de</p><p>rotina em Ambulatório de Clínica</p><p>Médica, é surpreendida com achado de</p><p>aminotransferases cerca de duas vezes</p><p>o limite superior da normalidade. Na</p><p>investigação de órgãos e sistemas, a</p><p>paciente relata apenas “cansaço</p><p>frequente”. Foram solicitados</p><p>marcadores virais de hepatites, os quais</p><p>revelaram: Anti-HAV IgG não reativo;</p><p>HBsAg não reativo, Anti-HBc IgG não</p><p>reativo, Anti-HCV reativo. Diante dos</p><p>resultados, foram adicionados à</p><p>investigação a solicitação de PCR</p><p>quantitativo para HCV, genotipagem do</p><p>HCV, ultrassonografia abdominal e</p><p>indicada vacinação para hepatite A e B.</p><p>No encaminhamento para</p><p>hepatologista, o conjunto de resultados</p><p>que indicaria a maior probabilidade de</p><p>resposta virológica sustentada para</p><p>tratamento antiviral com ribavirina e</p><p>peg-interferon é:</p><p>A) RNA do HCV indetectável e fígado</p><p>com evidências de cirrose</p><p>B) RNA do HCV indetectável e fígado</p><p>sem evidências de fibrose.</p><p>C) RNA do HCV detectável com <</p><p>2.000.000 cópias/ml, genótipo 4 e</p><p>fígado com esteatose.</p><p>D) RNA do HCV detectável com ></p><p>2.000.000 cópias/ml, genótipo 1 e</p><p>fígado com fibrose avançada.</p><p>E) RNA do HCV detectável com <</p><p>2.000.000 cópias/ml, genótipo 2 e</p><p>fígado com evidência de fibrose.</p><p>_______________________________</p><p>19. Mulher com 25 anos de idade,</p><p>nuligesta, procura o Ambulatório de</p><p>Mastologia relatando ter notado a</p><p>presença de nódulo na mama esquerda</p><p>há dois meses. Faz uso de</p><p>anticoncepcional combinado oral. Nega</p><p>história familiar de câncer de mama. Ao</p><p>exame, palpa-se nódulo de consistência</p><p>fibroelástica, de contornos regulares,</p><p>móvel, indolor, medindo cerca de 3,0</p><p>cm, em quadrante superoexterno da</p><p>mama esquerda. A conduta imediata</p><p>indicada é:</p><p>A) solicitar mamografia.</p><p>B) realizar exérese do nódulo.</p><p>C) realizar controle clínico a cada seis</p><p>meses.</p><p>D) solicitar mamografia e</p><p>ultrassonografia mamária.</p><p>E) realizar punção aspirativa com</p><p>agulha fina ( PAAF )</p><p>CCQ: Conhecer a conduta frente a um</p><p>nódulo palpável de mama</p><p>Qual a primeira conduta frente a um</p><p>nódulo palpável de mama? Saber se é</p><p>mesmo um nódulo ou um cisto e, para</p><p>isso, vamos realizar uma punção</p><p>aspirativa por agulha fina (PAAF).</p><p>Ela é realizada ali mesmo no consultório</p><p>para saber, de fato, do que se trata. Se</p><p>for um cisto, vamos avaliar a coloração</p><p>e odor do conteúdo líquido aspirado</p><p>para definir a melhor conduta. Se for</p><p>um nódulo, vamos prosseguir com o</p><p>exame de imagem.</p><p>Lembre-se: o exame de **rastreio **é</p><p>a mamografia (para todas as mulheres</p><p>acima de 50 anos pelo Ministério da</p><p>Saúde). Porém, diante de um nódulo</p><p>palpável, a conduta muda um pouco. A</p><p>PAAF será muito importante antes do</p><p>exame de imagem.</p><p>Portanto, o gabarito é a alternativa E.</p><p>_________________________________</p><p>20. Em uma pequena cidade, de oito mil</p><p>habitantes, foi iniciada uma nova</p><p>gestão municipal, que buscou</p><p>implementar o modelo de Estratégia de</p><p>Saúde da Família. A população,</p><p>entendendo que o atendimento poderia</p><p>piorar, reagiu negativamente. A fim de</p><p>sensibilizar a população em prol da</p><p>consolidação do modelo, uma equipe</p><p>da Secretaria Estadual de Saúde foi</p><p>mobilizada. Para alcançar este objetivo,</p><p>durante uma reunião com a</p><p>comunidade, a equipe explicitou os</p><p>princípios do novo modelo. Entre os</p><p>argumentos apresentados abaixo, qual</p><p>seria o correto para a equipe utilizar?</p><p>A) A realização da territorialização</p><p>possibilitará a identificação das</p><p>fortalezas e fragilidades dos</p><p>equipamentos da comunidade.</p><p>B) No processo de adscrição da</p><p>clientela, as famílias que não forem</p><p>previamente cadastradas não serão</p><p>atendidas pela equipe de saúde.</p><p>C) A mudança de um modelo</p><p>assistencial preventivo para um</p><p>curativo será positiva, pois beneficiará</p><p>as pessoas com doenças crônicas.</p><p>D) Com a implementação desta</p><p>estratégia, o atendimento será</p><p>hierarquizado, isto é, antes da consulta</p><p>médica haverá a consulta de</p><p>enfermagem.</p><p>E) O novo modelo terá como objetivo</p><p>realizar promoção e prevenção à saúde,</p><p>o que praticamente elimina a</p><p>necessidade de atendimentos</p><p>individuais.</p><p>CCQ: Lembrar que a ESF trabalha com</p><p>o preceito da territorialização onde é</p><p>possível identificar as fortalezas e</p><p>fragilidades da comunidade e melhor</p><p>organização do serviço de acordo com</p><p>suas necessidades</p><p>Estratégia de Saúde da Família (ESF)é</p><p>um tema muito cobrado nas provas!</p><p>Então vamos relembrar alguns</p><p>conceitos importantes sobre esse tema.</p><p>A ESF é o centro da reorganização da</p><p>Atenção Básica (AB) no Brasil,</p><p>respeitando os princípios básicos do</p><p>SUS: universalização, descentralização,</p><p>integralidade e participação da</p><p>comunidade. Ao contrário da ideia que</p><p>se tem sobre a maioria dos programas</p><p>em nível central, Saúde da Família não é</p><p>uma intervenção vertical e paralela às</p><p>atividades dos serviços de saúde, assim</p><p>como era nas unidades básicas</p><p>tradicionais. Ela é uma estratégia que</p><p>possibilita a integração e promove a</p><p>organização destas atividades em um</p><p>território definido, assim chamado de</p><p>territorialização.</p><p>O seu trabalho é voltado para atender</p><p>uma área adscrita e intervir nos</p><p>problemas de saúde diagnosticados no</p><p>seu território específico, por esse</p><p>motivo, as unidades estarão inseridas</p><p>próximo da comunidade delimitada.</p><p>Isso gera melhora do atendimento em</p><p>saúde e visa promover</p><p>longitudinalidade e cuidado integral. As</p><p>equipes da ESF são multidisciplinares,</p><p>formadas por, no mínimo, um médico</p><p>(preferencialmente especialista em</p><p>medicina de família e comunidade,</p><p>segundo a nova Política Nacional de</p><p>Atenção Básica - PNAB), um enfermeiro,</p><p>um técnico de enfermagem e 4-6 Agentes</p><p>Comunitários de Saúde (ACS). Guarde</p><p>essa informação, pois ela é um CCQ</p><p>importante dentro desse tema,</p><p>mentorando!</p><p>Agora vamos avaliar as alternativas:</p><p>Alternativa A - Correta Isso mesmo,</p><p>mentorando! A territorialização</p><p>permite identificar as fortalezas e</p><p>fragilidades da comunidade e melhor</p><p>organização do serviço de acordo com</p><p>suas necessidades.</p><p>Alternativa B - Incorreta A eSF é</p><p>responsável por cadastrar os indivíduos</p><p>pertencentes ao território na unidade</p><p>de saúde, não sendo o cadastramento</p><p>um pré-requisito para oferecer o</p><p>atendimento.</p><p>Alternativa C - Incorreta A ideia da ESF</p><p>não é unicamente curativa. O enfoque</p><p>da ESF, assim como da AP, envolve</p><p>promoção, prevenção, proteção,</p><p>diagnóstico, tratamento, reabilitação,</p><p>redução de danos, cuidados paliativos e</p><p>vigilância em saúde, desenvolvida por</p><p>meio de práticas de cuidado integrado e</p><p>gestão qualificada.</p><p>Alternativa D - Incorreta Também</p><p>temos o princípio da hierarquização na</p><p>ESF, em que o sistema de saúde é</p><p>organizado em níveis, com a APS sendo</p><p>o primeiro nível e, conforme a</p><p>necessidade de tecnologias mais</p><p>avançadas e conhecimentos mais</p><p>especializados, o indivíduo deve ser</p><p>referenciado para outros níveis, não</p><p>tendo relação com algum tipo de</p><p>hierarquia dentro da equipe em relação</p><p>ao atendimento clínico.</p><p>Alternativa E - Incorreta Cuidado,</p><p>mentorando! Promoção de saúde é um</p><p>dos enfoques da ESF, mas ele sozinho</p><p>não diminui a necessidade de</p><p>atendimentos. É o conjunto de ações</p><p>sistematizadas e eficientes que são</p><p>realizadas na AP que fornece isso.</p><p>Dessa forma, ficaremos com a letra A</p><p>como gabarito</p><p>________________________________</p><p>21. Criança com 9 anos de idade,</p><p>previamente hígida, desenvolveu</p><p>quadro de astenia há dois dias. Há seis</p><p>horas passou a apresentar alguns</p><p>episódios de vômito, dor abdominal,</p><p>poliúria e polidipsia. Foi levada pela</p><p>mãe ao Pronto-Socorro, onde chegou</p><p>com quadro de desidratação e confusão</p><p>mental. O plantonista solicitou</p><p>gasometria arterial, que apresentou o</p><p>seguinte resultado: pH = 7,2; pO2 = 75</p><p>mmHg; pCO2 = 30 mmHg; HCO3- = 12</p><p>mEq/L e Excesso de base (BE) = -18</p><p>mEq/L. Com base no quadro clínico e</p><p>exames laboratoriais, o diagnóstico e a</p><p>conduta imediata são,</p><p>respectivamente:</p><p>A) cetoacidose diabética; corrigir</p><p>desidratação pelo cálculo da depleção</p><p>do espaço extracelular.</p><p>B) intoxicação exógena aguda;</p><p>administrar carvão ativado e tomar</p><p>medidas para estabilização do paciente.</p><p>C) obstrução intestinal; corrigir a</p><p>desidratação, além de solicitar US</p><p>abdominal para confirmar o</p><p>diagnóstico.</p><p>D) pancreatite aguda; encaminhar para</p><p>Unidade de Terapia Intensiva para</p><p>monitorização e suporte.</p><p>E) gastroenterocolite aguda; corrigir</p><p>desidratação de acordo com o seu grau.</p><p>CCQ: Saber que a cetoacidose</p><p>diabética se manifesta com vômitos,</p><p>dor abdominal, poliúria, polidipsia,</p><p>desidratação e confusão mental,</p><p>sendo seu tratamento baseado em</p><p>hidratação, correção de distúrbios</p><p>hidroeletrolíticos e insulinoterapia</p><p>Pessoal, quando temos uma criança</p><p>hígida, que, repentinamente,</p><p>desenvolve um quadro de astenia,</p><p>vômitos, dor abdominal, desidratação,</p><p>poliúria, polidipsia e confusão mental,</p><p>devemos pensar imediatamente em</p><p>cetoacidose diabética! No caso em</p><p>questão, essa hipótese é ainda mais</p><p>forte, porque não existem elementos</p><p>que nos direcionem para outro</p><p>diagnóstico.</p><p>Dessa forma, vamos aproveitar e rever</p><p>o passo-a-passo do tratamento da</p><p>cetoacidose diabética:</p><p>1. Hidratação venosa: deve ser</p><p>vigorosa e realizada com</p><p>solução fisiológica 0,9% ou</p><p>0,45% caso a natremia do</p><p>paciente esteja normal ou</p><p>aumentada.</p><p>2. Insulinoterapia:</p><p>• Deve ser feita infusão contínua</p><p>de insulina regular, na dose de</p><p>0,05-0,1 U/kg/h, após uma a</p><p>duas horas do início da</p><p>reposição volêmica, a fim de</p><p>evitar o edema cerebral.</p><p>• O objetivo do tratamento é</p><p>reduzir a glicemia em cerca de</p><p>51-70 mg/dL por hora</p><p>3. Reposição de potássio:</p><p>• Deve ser feita antes mesmo de</p><p>os níveis chegarem ao limite</p><p>inferior, já que, de qualquer</p><p>forma, a insulina vai aumentar o</p><p>influxo de potássio para a célula.</p><p>Assim, podemos iniciar a</p><p>reposição quando o paciente</p><p>apresenta K < 5,0.</p><p>4. Reposição de bicarbonato de</p><p>sódio:</p>

Mais conteúdos dessa disciplina