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Miocardiopatia: tipos, manifestações e cuidados

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<p>MIOCARDIOPATIA</p><p>E INFLAMAÇÕES DO CORAÇÃO</p><p>PROFA. JHORDANA</p><p>•A miocardiopatia é uma doença do músculo cardíaco de</p><p>etiologia desconhecida, embora alguns estudos sugiram</p><p>que a miocardiopatia seja um distúrbio genético herdado.</p><p>Os três tipos de miocardiopatia são classificados de</p><p>acordo com as anormalidades estruturais e funcionais do</p><p>músculo cardíaco: miocardiopatia dilatada (por vezes</p><p>chamada de miocardiopatia congestiva), miocardiopatia</p><p>hipertrófica e miocardiopatia restritiva ou constritiva. A</p><p>despeito da categoria e da causa, essas doenças podem</p><p>levar insuficiência cardíaca grave, disritmias significantes e</p><p>morte.</p><p>MIOCARDIOPATIA</p><p>• Miocardiopatia isquêmica</p><p>é um termo</p><p>frequentemente</p><p>empregado para</p><p>descrever aumento do</p><p>coração causado por</p><p>doença da artéria</p><p>coronária, que geralmente</p><p>é acompanhada por</p><p>insuficiência cardíaca.</p><p>MIOCARDIOPATIA DILATADA (MCD)</p><p>• A MCD é o tipo mais comum</p><p>• A MCD é distinguida pela dilatação significativa dos</p><p>ventrículos sem hipertrofia simultânea (aumento da</p><p>espessura da parede muscular) e pela disfunção</p><p>sistólica.</p><p>• Os ventrículos apresentam elevação dos volumes</p><p>sistólico e diastólico, mas diminuição da fração de</p><p>ejeção.</p><p>• As alterações estruturais diminuem a quantidade de</p><p>sangue ejetado do ventrículo com a sístole,</p><p>aumentando a quantidade de sangue que permanece</p><p>no ventrículo após a contração.</p><p>MIOCARDIOPATIA RESTRITIVA (MCR)</p><p>• A MCR é caracterizada pela disfunção diastólica</p><p>causada por paredes ventriculares rígidas que</p><p>impedem o enchimento diastólico e a distensão</p><p>ventricular.</p><p>• A função sistólica habitualmente é normal.</p><p>• Os sinais e sintomas são semelhantes aos da</p><p>pericardite constritiva e incluem dispneia, tosse seca</p><p>e dor torácica.</p><p>MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA (MCH)</p><p>• A Miocardiopatia hipertrófica é uma condição autossômica</p><p>dominante que ocorre em homens, mulheres e crianças</p><p>(com frequência detectada após a puberdade).</p><p>• Na Miocardiopatia hipertrófica , o músculo cardíaco</p><p>sofre aumento assimétrico de tamanho e massa,</p><p>especialmente ao longo do septo.</p><p>• A Miocardiopatia hipertrófica geralmente afeta áreas</p><p>não adjacentes do ventrículo. O aumento da espessura</p><p>do músculo cardíaco reduz o tamanho das cavidades</p><p>ventriculares e faz com que os ventrículos demorem</p><p>mais tempo para relaxar após a sístole.</p><p>MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS</p><p>• Pacientes com miocardiopatia podem permanecer</p><p>estáveis e sem sintomas por muitos anos.</p><p>• Com frequência, a miocardiopatia dilatada ou restritiva</p><p>é diagnosticada pela primeira vez quando o paciente</p><p>comparece com sinais e sintomas de insuficiência</p><p>cardíaca.</p><p>• Os pacientes com miocardiopatia também podem</p><p>relatar DNP, tosse (especialmente com o esforço) e</p><p>ortopneia, que podem levar a um diagnóstico errôneo</p><p>de bronquite ou pneumonia.</p><p>• Outros sintomas incluem retenção de líquido, edema</p><p>periférico e náuseas, que são causados pela</p><p>perfusão insuficiente do sistema gastrintestinal.</p><p>• O paciente também pode apresentar dor torácica,</p><p>palpitações, tontura, náuseas e síncope com</p><p>esforço. Entretanto, parada cardíaca (morte súbita</p><p>cardíaca) pode ser a manifestação inicial de</p><p>Miocardiopatia hipertrófica em pessoa jovens, incluindo</p><p>atletas.</p><p>• Independentemente do tipo e da causa, a</p><p>miocardiopatia pode levar a insuficiência cardíaca</p><p>grave, arritmias letais e morte. A taxa de mortalidade é</p><p>mais alta em afro-americanos e idosos.</p><p>• Os pacientes podem precisar limitar a atividade física e</p><p>controlar o ganho de peso excessivo para evitar</p><p>arritmia potencialmente fatal.</p><p>Ações de enfermagem</p><p>• O histórico de enfermagem para o paciente com</p><p>miocardiopatia começa com uma história detalhada dos</p><p>sinais e sintomas apresentados. A enfermeira identifica</p><p>os possíveis fatores etiológicos, como a ingestão</p><p>pesada de álcool, doença ou gestação recente, ou uma</p><p>história da doença em parentes imediatos.</p><p>• Durante um episódio sintomático, o repouso está</p><p>indicado. O oxigênio, geralmente fornecido através de</p><p>cateteres nasais, também pode estar indicado.</p><p>• É necessária a monitorização cuidadosa para</p><p>correlacionar a prescrição com a resposta do paciente</p><p>e, em seguida, ajustar adequadamente o plano de</p><p>tratamento.</p><p>• A avaliação da saturação de oxigênio em repouso e</p><p>durante a atividade também pode ser indicada, quando</p><p>se determina a necessidade de oxigênio suplementar.</p><p>• Garantir que o paciente receba ou escolha os alimentos</p><p>apropriados para a dieta hipossódica também é</p><p>importante. Além disso, o auxílio para que o paciente se</p><p>mantenha aquecido e que mude de posição com</p><p>frequência estimula a circulação e reduz a possibilidade</p><p>de ruptura cutânea.</p><p>• O paciente com miocardiopatia precisa aprender a</p><p>participar e realizar as atividades do próprio cuidado</p><p>dentro da faixa de limitação de atividades. Ensinar os</p><p>pacientes sobre o regime de medicamentos sobre as</p><p>restrições dietéticas é uma parte primordial do plano de</p><p>cuidado de enfermagem.</p><p>• A enfermeira faz parte integrante desse processo de</p><p>aprendizagem à medida que os pacientes aprendem a</p><p>balancear seus estilos de vida e trabalho e, ao mesmo</p><p>tempo, a realizar suas atividades terapêuticas. Ajudar</p><p>os pacientes a lidar e a aceitar seus estados</p><p>patológicos torna-lhes mais fácil ajustar suas</p><p>expectativas e seguir o programa de autocuidado em</p><p>casa.</p><p>ENDOCARDITE</p><p>REUMÁTICA</p><p>• A endocardite reumática resulta</p><p>diretamente da febre reumática</p><p>provocada pela infecção por</p><p>estreptococos do grupo A.</p><p>• A doença afeta todas as</p><p>articulações ósseas, produzindo</p><p>uma poliartrite. O coração também</p><p>é órgão alvo e é onde ocorre a</p><p>lesão mais grave.</p><p>• Os leucócitos acumulam se nos</p><p>tecidos afetados e formam nódulos,</p><p>os quais, eventualmente, são</p><p>substituídos por cicatrizes. É certo</p><p>que o miocárdio é envolvido nesse</p><p>inflamatório; isto é, a miocardite</p><p>reumática desenvolve-se, o que</p><p>enfraquece temporariamente a força</p><p>contrátil do coração.</p><p>• Da mesma maneira, o pericárdio é afetado; isto é, a</p><p>pericardite reumática também acontece durante a</p><p>doença aguda. Essas complicações miocárdicárdicas</p><p>geralmente ocorrem sem sequelas graves. Entretanto,</p><p>a endocardite reumática resulta em efeitos colaterais</p><p>permanentes e, com frequência, incapacitantes.</p><p>Identificando e prevenindo a febre reumática</p><p>• A febre reumática é uma doença evitável. A erradicação</p><p>da febre reumática eliminaria a cardiopatia reumática. A</p><p>terapia com penicilina em pacientes com infecções</p><p>estreptocócicas pode prevenir quase todas as</p><p>agressões primárias de febre reumática.</p><p>Uma cultura de orofaringe é o único método pelo qual pode</p><p>feito um diagnóstico exato.</p><p>Os sinais e sintomas da faringite estreptocócica são os</p><p>seguintes:</p><p>•Febre (38,9 a 40’ C) Calafrios</p><p>•Faringite (de início súbito)</p><p>•Linfonodos aumentados e dolorosos</p><p>•Dor abdominal (mais comum em crianças)</p><p>•Sinusite aguda e otite média aguda (podem ser</p><p>causadas por estreptococos)</p><p>Tratamento de Enfermagem</p><p>• Uma função primordial de enfermagem na endocardite</p><p>infecciosa é ensinar os pacientes sobre a doença e sua</p><p>prevenção e tratamento. Os pacientes suscetíveis</p><p>precisam saber sobre a antibioticoterapia oral em longo</p><p>prazo ou, sobre a necessidade de tomar antibióticos</p><p>profiláticos antes de certos procedimentos, como</p><p>exames ou procedimentos dentários, que possam</p><p>introduzir a infecção. Esses pacientes também devem</p><p>ser lembrados de procedimentos menos frequentes.</p><p>Como a cistoscopia, que também podem exigir</p><p>antibioticoterapia profilática.</p><p>ENDOCARDITE</p><p>INFECCIOSA</p><p>• A endocardite infecciosa</p><p>(endocardite bacteriana) é</p><p>uma infecção das válvulas</p><p>e da superfície endocárdica</p><p>do coração.</p><p>• A endocardite infecciosa é mais comum nas pessoas</p><p>idosas, provavelmente por causa das respostas</p><p>imunológicas diminuídas à infecção, das alterações</p><p>metabólicas associadas ao envelhecimento e do</p><p>número aumentado de procedimentos diagnósticos</p><p>invasivos, em especial na doença geniturinária. Existe</p><p>uma alta incidência de endocardite estafilocócica entre</p><p>os usuários de drogas endovenosas,</p><p>com a doença</p><p>ocorrendo em sua maior parte sobre válvulas normais</p><p>•A endocardite infecciosa é provocada pela invasão direta</p><p>por bactérias ou outros organismos e leva à deformidade</p><p>dos folhetos valvulares.</p><p>•Os microrganismos causais incluem bactérias, fungos e</p><p>Streptococcus viridans.</p><p>A endocardite adquirida em hospital</p><p>ocorre com maior frequência em</p><p>pacientes com doença incapacitante,</p><p>naqueles com cateteres de demora e aos</p><p>que recebem terapia endovenosa ou com</p><p>antibióticos prolongada.</p><p>Os pacientes que recebem medicamentos</p><p>imunossupressores ou corticosteroides</p><p>podem desenvolver endocardite por</p><p>fungos.</p><p>Tratamento de enfermagem</p><p>• Além de educar o paciente e a família sobre a</p><p>prevenção e a promoção de saúde, a técnica de</p><p>enfermagem de cuidados domiciliares pode ser</p><p>chamada para supervisionar e monitorizar a</p><p>antibioticoterapia endovenosa fornecida no ambiente</p><p>domiciliar. As funções de enfermagem adicionais</p><p>podem envolver a instrução e cuidados pós-cirúrgicos.</p><p>MIOCARDITE</p><p>• A miocardite é um processo inflamatório que envolve o</p><p>miocárdio.</p><p>• A miocardite pode provocar dilatação cardíaca, trombose na</p><p>parede cardíaca, infiltração de células sanguíneas circulantes</p><p>em torno dos vasos coronarianos e entre as fibras musculares,</p><p>além de degeneração das próprias fibras musculares.</p><p>Tratamento de Enfermagem</p><p>• A função cardíaca e a temperatura são avaliadas para</p><p>determinar se a doença está diminuindo e se a</p><p>insuficiência cardíaca congestiva aconteceu. Quando</p><p>ocorre uma disritmia, o paciente deve ser cuidado em</p><p>uma unidade com monitorização cardíaca contínua, de</p><p>modo que a equipe e os equipamentos estejam</p><p>prontamente disponíveis caso aconteça uma disritmia</p><p>com risco de vida.</p><p>• As meias de compressão elástica e os exercícios</p><p>passivos e ativos devem ser empregados, porque a</p><p>embolização a partir do trombo venoso e dos trombos</p><p>murais pode acontecer.</p><p>PERICARDITE</p><p>• A pericardite refere-se a</p><p>uma inflamação do</p><p>pericárdio, o saco</p><p>membranoso que envolve</p><p>o coração. Ela pode ser</p><p>uma doença primária ou</p><p>pode desenvolver-se no</p><p>curso de inúmeros</p><p>distúrbios clínicos e</p><p>cirúrgicos.</p><p>• O sintoma característico da pericardite é a dor. A dor</p><p>está quase sempre presente na pericardite aguda e</p><p>mais comum sobre o precórdio. A dor pode ser sentida</p><p>abaixo da clavícula e no pescoço, bem como na região</p><p>escapular esquerda. A dor pericárdica é agravada pela</p><p>respiração, mudança de posição no leito e torção do</p><p>corpo; ela é aliviada ao se sentar. De fato, o paciente</p><p>prefere adotar uma postura sentada ou inclinada para</p><p>diante.</p><p>• A dispneia pode acontecer em</p><p>consequência da compressão</p><p>pericárdica dos movimentos</p><p>cardíacos, o que leva a um</p><p>débito cardíaco diminuído, O</p><p>paciente pode aparentar estar</p><p>extremamente doente.</p><p>Tratamento de Enfermagem</p><p>• No cuidado do paciente com pericardite, deve ficar</p><p>alerta para a possibilidade de tamponamento cardíaco.</p><p>• Deve-se administra os medicamentos conforme</p><p>prescrito para os pacientes com infecções do</p><p>pericárdio, quando o organismo causador da infecção</p><p>foi identificado.</p><p>• Por exemplo, os pacientes com pericardite</p><p>associada a febre reumática podem</p><p>responder à penicilina. Os pacientes com</p><p>pericardite resultante da tuberculose podem</p><p>precisar da administração de isoniazida,</p><p>cloridrato de erambutol, rifampicina e</p><p>estreptomicina, em diversas combinações.</p><p>• A anfotericina E é utilizada na pericardite fúngica,</p><p>sendo os corticosteroides administrados no lúpus</p><p>eritematoso disseminado.</p><p>• À medida que a condição do paciente melhora, ele</p><p>poderá ser encorajado a aumentar gradualmente a</p><p>atividade. No entanto, caso a dor ou a febre</p><p>reapareçam, o repouso no leito deve ser retomado.</p><p>• O alivio da dor é conseguido ao se fazer com que o</p><p>paciente permaneça em repouso no leito ou na cadeira,</p><p>como for mais confortável. Já que a posição sentada</p><p>ereta e a inclinação para diante é a postura que tende a</p><p>aliviar a dor, o repouso em uma cadeira pode ser mais</p><p>confortável. À medida que a dor torácica diminui, as</p><p>atividades da vida podem ser retomadas.</p><p>• Quando o paciente está recebendo</p><p>medicamentos para a pericardite,</p><p>como analgésicos, antibióticos ou</p><p>corticosteroides, suas respostas são</p><p>monitorizadas e registradas. Quando</p><p>a dor torácica reaparece, o repouso</p><p>no leito é retomado.</p><p>MIOCARDIOPATIA E INFLAMAÇÕES DO CORAÇÃO</p><p>Slide 2</p><p>Slide 3</p><p>MIOCARDIOPATIA DILATADA (MCD)</p><p>Slide 5</p><p>MIOCARDIOPATIA RESTRITIVA (MCR)</p><p>MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA (MCH)</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Ações de enfermagem</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15</p><p>Slide 16</p><p>Slide 17</p><p>ENDOCARDITE REUMÁTICA</p><p>Slide 19</p><p>Slide 20</p><p>Identificando e prevenindo a febre reumática</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Tratamento de Enfermagem</p><p>ENDOCARDITE INFECCIOSA</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28</p><p>Tratamento de enfermagem</p><p>MIOCARDITE</p><p>Tratamento de Enfermagem</p><p>Slide 32</p><p>PERICARDITE</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35</p><p>Tratamento de Enfermagem (2)</p><p>Slide 37</p><p>Slide 38</p><p>Slide 39</p><p>Slide 40</p>

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