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<p>DIREITO DE FAMILIA – CIVIL V</p><p>MODELANDO A IMPORTÂNCIA E A FEIÇÃO DAS</p><p>FAMÍLIAS.</p><p>* A nova realidade das interações familiares</p><p>→ o afeto como liame principal da convivência.</p><p>(A Família Pós- Moderna)</p><p>→ Subjetiva x Institucional.</p><p>→ Relacional x Nuclear.</p><p>→ Foco na qualidade das relações.</p><p>→ Biológico-Afetiva x Exclusivamente biológica. -</p><p>Promoção da personalidade dos seus entes.</p><p>CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E DO</p><p>DIREITO DAS FAMÍLIAS.</p><p>* CF/88: Uma Constituição Programática.</p><p>→ A cultura positivo-legalista.</p><p>→ A neutralidade das Constituições anteriores.</p><p>→ A CF/88 estabelece um programa.</p><p>“PERCEBE -SE QUE O DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>AFASTOU-SE DE UM CARÁTER NEUTRO E</p><p>INDIFERENTE SOCIALMENTE, DEIXANDO DE CUIDAR</p><p>APENAS DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO</p><p>PARA AVIZINHAR-SE DAS NECESSIDADES HUMANAS</p><p>REAIS, CONCRETAS, AO CUIDAR DE DIREITOS</p><p>INDIVIDUAIS E SOCIAIS”.</p><p>A FAMÍLIA NA CF/88.</p><p>Art. 226. A família, base da sociedade, tem</p><p>especial proteção do Estado.</p><p>§ 1o O casamento é civil e gratuita a celebração.</p><p>§ 2o O casamento religioso tem efeito civil, nos</p><p>termos da lei.</p><p>§ 3o Para efeito da proteção do Estado, é</p><p>reconhecida a união estável entre o homem e a</p><p>mulher como entidade familiar, devendo a lei</p><p>facilitar sua conversão em casamento.</p><p>§ 4o Entende-se, também, como entidade</p><p>familiar a comunidade formada por qualquer dos</p><p>pais e seus descendentes.</p><p>§ 5o Os direitos e deveres referentes à sociedade</p><p>conjugal são exercidos igualmente pelo homem e</p><p>pela mulher.</p><p>§ 6o O casamento civil pode ser dissolvido pelo</p><p>divórcio.</p><p>§ 7o Fundado nos princípios da dignidade da</p><p>pessoa humana e da paternidade responsável, o</p><p>planejamento familiar é livre decisão do casal,</p><p>competindo ao Estado propiciar recursos</p><p>educacionais e científicos para o exercício desse</p><p>direito, vedada qualquer forma coercitiva por</p><p>parte de instituições oficiais ou privadas.</p><p>§ 8o O Estado assegurará a assistência à família</p><p>na pessoa de cada um dos que a integram,</p><p>criando mecanismos para coibir a violência no</p><p>âmbito de suas relações.</p><p>A FAMÍLIA NA CF/88.</p><p>Art. 227. É dever da família, da sociedade e do</p><p>Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao</p><p>jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida,</p><p>à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à</p><p>profissionalização, à cultura, à dignidade, ao</p><p>respeito, à liberdade e à convivência familiar e</p><p>comunitária, além de colocá-los a salvo de toda</p><p>forma de negligência, discriminação, exploração,</p><p>violência, crueldade e opressão.</p><p>O DIREITO DE FAMÍLIA ATUAL.</p><p>O DIREITO DE FAMÍLIA.</p><p>* Direito de Família ou Das Famílias?</p><p>ESTRUTURA:</p><p>→ Direito Matrimonial das Famílias.</p><p>→Direito Convivencial das Famílias.</p><p>→Direito Parental das Famílias.</p><p>→ Direito Assistencial das Famílias.</p><p>→ Natureza Jurídica: Acentuadamente de Dir.</p><p>Privado. (Art. 1513 CC)</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS DO</p><p>DIREITO DE FAMÍLIA.</p><p>→Princípio da pluralidade das entidades</p><p>familiares. (Art. 226, rol não taxativo)</p><p>→Princípio da igualdade (isonomia) entre o</p><p>homem e a mulher. (Art. 226)</p><p>→Princípio da igualdade substancial entre os</p><p>filhos. (Art. 227, § 6º).</p><p>→ Princípio da facilitação da dissolução do</p><p>casamento. (Art. 226, § 6º)</p><p>→ Princípio da afetividade. (Implícito)</p><p>→Princípio do melhor interesse da criança e do</p><p>adolescente. (Art. 227, caput e ECA.)</p><p>→Princípio da Solidariedade. (Art. 229 e 230)</p><p>(Proteção ao Idoso)</p><p>→Princípio da Monogamia??</p><p>CASAMENTO: NOÇÕES CONCEITUAIS.</p><p>→ Procriação.</p><p>→Indissolubilidade.</p><p>→Religiosidade.</p><p>CONCEITO ATUAL:</p><p>“Entidade familiar estabelecida entre pessoas</p><p>humanas, merecedora de especial proteção</p><p>estatal, constituída, formal e solenemente,</p><p>formando uma comunhão de afetos (comunhão</p><p>de vida) e produzindo diferentes efeitos no</p><p>âmbito pessoal, social e patrimonial.”</p><p>CASAMENTO: NOÇÕES CONCEITUAIS.</p><p>FINALIDADE:</p><p>→ Comunhão de vida.</p><p>NATUREZA JURÍDICA:</p><p>→ 1a Corrente: natureza negocial.</p><p>→ 2a Corrente: natureza institucional.</p><p>→ 3a Corrente: eclética ou mista.</p><p>→ Camilo Colani: “o casamento está contrato”.</p><p>➔ Em seu momento atual, o casamento se</p><p>confirma como negocial.</p><p>CASAMENTO: NOÇÕES CONCEITUAIS.</p><p>CARACTERÍSTICAS:</p><p>a) Caráter personalíssimo e livre quanto à escolha</p><p>b) solenidade de celebração</p><p>c) inexigência de diversidade dos sexos</p><p>d) inadmissibilidade de submissão a termo ou</p><p>condição</p><p>e) estabelecimento de uma comunhão de vida</p><p>f) natureza cogente das normas que o</p><p>regulamentam</p><p>g) estrutura monogâmica</p><p>h) dissolubilidade, de acordo com a vontade das</p><p>partes.</p><p>A PROMESSA DE CASAMENTO.</p><p>→ Os esponsais ou noivos.</p><p>→ O compromisso de casamento – promessa</p><p>recíproca. - Expectativas leais.</p><p>Responsabilidade civil:</p><p>→ Dano moral por comportamento</p><p>contraditório?</p><p>→Promessa de Casamento x Pacto Pré-Nupcial: -</p><p>Não confundir</p><p>FORMAS ESPECIAS DE CASAMENTO.</p><p>→ POR PROCURAÇÃO. (ART. 1542 CC)</p><p>- Realizado por meio de mandato, com poderes</p><p>especiais.</p><p>- Cláusula de irrevogabilidade.</p><p>REQUISITOS</p><p>→INSTRUMENTO PUBLICO</p><p>→PODERES EPECIAIS EXPRESSO NA</p><p>PROCURAÇÃO</p><p>→NAO ULTRAPASSA 90 DIAS</p><p>→NUNCUPATIVO. (ART. 1540 E 1541 CC) - ART.</p><p>1541:</p><p>- Descumprimento das formalidades: nulidade</p><p>absoluta.</p><p>- Enfermo se reestabelece?</p><p>→ O ENFERMO TEM QUE ESTA EM JUIZO DE</p><p>VONTADE</p><p>- Competência para conduzir o procedimento?</p><p>→ VARA DA FAMILIA, POIS A DE REGISTRO</p><p>UBLICO É PARA MODIFICAR REGISTRO JA</p><p>EXISTENTE</p><p>REQUISITOS</p><p>→ 6 TESTEMUNHAS</p><p>→ NAO PARENTES EM LINHA RETA OU</p><p>COLATERAL ATE 2 GRAU</p><p>→ RISCO DE MORTE, TER CAPACIDADE E</p><p>DECLARAR VONTADE, FORA DA PRESEN. AUTORD</p><p>EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE. (ART. 1539 CC)</p><p>→EXEMPLO: CANCER</p><p>→ O CARTORIO VAI ATE O LOCAL, POIS A PARTE</p><p>NAO CONSEGUE IR</p><p>REQUISITOS</p><p>PRESENÇA DA AUTORIDADE</p><p>AUTORIDADE VAI ATE ELE</p><p>2 TESTEMUNHAS QUE SAIBAM LER E ESCREVER</p><p>FORMAS ESPECIAS DE CASAMENTO.</p><p>CELEBRADO FORA DO PAÍS</p><p>perante autoridade diplomática brasileira.</p><p>(Art. 18 LINDB, Art. 1.544 CC)</p><p>- Ambos brasileiros.</p><p>- Registro no prazo decadencial para que surta</p><p>efeitos.</p><p>- Volta? (Ingresso com animus de permanência)</p><p>CELEBRADO FORA DO PAÍS</p><p>perante autoridade estrangeira.</p><p>(Art. 7o, Art. 17 e Art. 32 LINDB).</p><p>CAPACIDADE PARA O CASAMENTO.</p><p>Capacidade Núbil.</p><p>→Maioridade civil: capaz para todos os atos da</p><p>vida civil. - Art. 1517 CC.</p><p>→ Autorização para o casamento do menor de</p><p>18 anos. (Art. 1517, 1.518, 1.519 e 1.537 CC)</p><p>→Antecipação de idade núbil. (Art. 1520 CC)</p><p>REVOGADO</p><p>LEI 13.811/2019.</p><p>EXTINGUIU A ANTECIPAÇÃO DA CAPACIDADE</p><p>NÚBIL.</p><p>→CASAMENTO AGORA SOMENTE A PARTIR DOS</p><p>16.</p><p>> Eram causas da antecipação: - Gravidez.</p><p>- Evitar imposição ou cumprimento de pena.</p><p>} LEI NO 11.106/05, REVOGOU O INCISO VII ,</p><p>DO ART. 107, DO CP.</p><p>→ Suprimento da idade quando houver hipótese</p><p>justificável.</p><p>OBS: Casamentos que dependem de suprimento</p><p>ficam submetidos ao regime da separação</p><p>obrigatória de bens. (Art. 1.641, III, CC)</p><p>SE NÃO PODIA CASAR E CASOU É NULO!!!!!!!!</p><p>NÃO PODE CASAR!! ART 1.550</p><p>NULO: NÃO CONVALIDA, NULO É</p><p>IMPRESCRITIVEL, É NULO PRA SEMPRE.</p><p>ANULAVEL: SE PASSOU TEMPO, NGM REQUEREU</p><p>NULIDADE, TORNOU VALIDO, PRESCREVEU AI</p><p>TORNA VALIDO, CONVALIDA</p><p>ANULAVEL TEM PRAZO PRA REQUERER</p><p>ANULAÇÃO</p><p>NOME DA AÇÃO QUE COMBATE A NULIDADE:</p><p>AÇÃO DECLARATORIA DE NULIDADE</p><p>A SETENÇA NÃO CONDENA NULO, ELE DECLARA,</p><p>JÁ ERA NULO DESDE QUE COMEÇOU, AÇÃO</p><p>DECLARATORIO É IMPRESCRITIVEL</p><p>NOME DA AÇÃO QUE COMBATE A</p><p>ANULABILIDADE: AÇÃO ANULATORIA, É</p><p>CONDENATORIA</p><p>MENOS DE 16 NÃO PODE SE CASAR, CASO O</p><p>CASAMENTO VENHA ACONTECER: É ANULAVEL</p><p>POR FORÇA DO 1550 CC</p><p>1517 – COM 16 ANOS PODEM CASAR EXIGINDO</p><p>AUTORIZAÇÃO ( EMANCIPADO NÃO PRECISA)</p><p>1518 – ATE A CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO O A</p><p>AUTORIZAÇÃO PODE SER REVOGADA</p><p>1519 – AÇÃO DE SUPRIMENTO DE OUTROGA,</p><p>CASO EM QUE OS PAIS TEM QUE DA UMA</p><p>AUTORIZAÇÃO E NÃO DAO SEM MOTIVO, PODE</p><p>ENTRAR COM ESSA AÇÃO, O JUIZ VAI SUPRIR</p><p>A</p><p>AUTORIZAÇÃO</p><p>1537 – O INSTRUMENTO DE AUTORIZAÇÃO</p><p>PRECISA ESTAR TRANSCRITO NA CERTIDÃO DE</p><p>CASAMENTO, PRA VER Q FOU AUTORIZADO NÃO</p><p>É NULO NEM ANULADO</p><p>1641,III,CC – QUEM TEM ENTRE 16 E 18 E</p><p>PRECISA DE AUTORIZAÇÃO, VAI CASAR SOB</p><p>REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS OBRIGATORIA</p><p>CAUSAS IMPEDITIVAS DO CASAMENTO.</p><p>*IMPOSIÇÕES LEGAIS COM O FITO DE LIMITAR A</p><p>NATURAL CAPACIDADE DE CASAR.</p><p>→ Atingem a existência do casamento.</p><p>• Realizado o casamento com a presença</p><p>de uma causa impeditiva, este será nulo.</p><p>→ Estão no campo da legitimação.</p><p>• Sujeito pode ter capacidade, mas não ter</p><p>legitimidade.</p><p>→ São de ordem pública.</p><p>• Proibição absoluta.</p><p>* Podem ser de feição material ou formal.</p><p>→ Art. 1.522, 1.529 e 1.530 CC: momento e</p><p>forma de arguição dos impedimentos.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS IMPEDIMENTOS.</p><p>Impedimentos resultantes do parentesco</p><p>(Art. 1.521 CC, Incisos I a V).</p><p>→ Decreto-lei nº 3.200/41, Art. 2º: casamento</p><p>entre tio e sobrinho.</p><p>IMPEDIMENTOS RESULTANTES DE CASAMENTO</p><p>ANTERIOR (ART. 1.521, VI, CC)</p><p>- Proibição da bigamia</p><p>- Casamento Putativo (Art. 1.561 CC)</p><p>- E a união estável?</p><p>> Princípio da Monogamia.</p><p>> Complicações Patrimoniais.</p><p>> Por maioria de votos, o Supremo Tribunal</p><p>Federal (STF) considerou ilegítima a existência</p><p>paralela de duas uniões estáveis, ou de um</p><p>casamento e uma união estável</p><p>} STF: RE 1045273/SE (Tema 529 RG)</p><p>IMPEDIMENTO RESULTANTE DA PRÁTICA DE</p><p>CRIME. (ART. 1.521, VII, CC)</p><p>- Viúva ou viúvo pretender casar-se com o</p><p>assassino do seu cônjuge.</p><p>- Delito de homicídio doloso.</p><p>CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO.</p><p>* Enquanto os impedimentos proíbem a</p><p>celebração, promovendo uma interdição no</p><p>direito de casar, as causas suspensivas atuam em</p><p>campo diverso, servindo como uma</p><p>recomendação para que os interessados não</p><p>casem diante de determinadas circunstâncias</p><p>→ Desse modo, o casamento que não considera</p><p>uma causa suspensiva não será nem nulo, nem</p><p>anulável.</p><p>→Será em verdade, genericamente eficaz.</p><p>CONSEQUÊNCIA:</p><p>- Imposição do regime da separação obrigatória</p><p>de bens.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS</p><p>→ Fundadas na confusão patrimonial. (Art. 1.523,</p><p>I e III, CC)</p><p>→Fundadas em confusão de sangue. (Art. 1.523,</p><p>II, CC) Fábio Ulhoa Coelho: “velharia da lei”.</p><p>→ Fundada em tutela ou curatela. (Art. 1.523, IV,</p><p>CC)</p><p>** § Único, Art. 1.523, CC: afastamento das</p><p>causas suspensivas.</p><p>HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO.</p><p>➔ PROVAS PARA O JUIZ QUE NÃO É</p><p>IMPEDIDO E É LEGITIMO</p><p>A habilitação para o casamento é o procedimento</p><p>administrativo, de iniciativa dos nubentes, que</p><p>tramita perante o Oficial do Cartório do Registro</p><p>Civil de Pessoas Naturais do domicílio de</p><p>qualquer deles (Lei de Registros Públicos, Art. 67)</p><p>→ com o propósito de demonstrar a capacidade</p><p>para casar e a inexistência de impedimentos</p><p>matrimoniais e de causas suspensivas.</p><p>EQUIVALE A DIZER:</p><p>através da habilitação para o casamento</p><p>averigua-se a plena capacidade dos noivos, bem</p><p>como a eventual existência de impedimentos</p><p>matrimoniais e causas suspensivas.</p><p>→ Momento de averiguação da presença de</p><p>todos os elementos exigidos legalmente.</p><p>* Art. 1.512 CC: gratuidade</p><p>PASSA PELO SEMAFORO</p><p>CAUSAS IMPEDITIVAS</p><p>CAUSAS SUSPENSIVAS</p><p>PLENA LEGITIMIDADE ( HABILITADOS)</p><p>PROCEDIMENTO DE HABILITAÇÃO E SUAS</p><p>FASES.</p><p>1ª FASE:</p><p>Fase de requerimento de habilitação e</p><p>apresentação de documentos.</p><p>- Art. 1.525 CC</p><p>- Art. 67 LRP - Pedido feito no local de residência</p><p>de um dos cônjuges.</p><p>- Preparada a habilitação, os autos são remetidos</p><p>ao MP (Art. 1.526 CC).</p><p>2ª FASE:</p><p>Fase dos editais de proclama.</p><p>- Estando em ordem a documentação, o oficial</p><p>extrairá o edital de proclamas. (Art. 1.527 CC).</p><p>- Edital de proclamas: ato administrativo</p><p>expedido pelo Oficial do Cartório de Registro Civil</p><p>em que tramita a habilitação, por meio do qual os</p><p>nubentes são qualificados, e é anunciado o</p><p>casamento para a sociedade.</p><p>OPOSIÇÃO DA HABILITAÇÃO:</p><p>momento adequado para a apresentação dos</p><p>impedimentos ou das causas suspensivas ao</p><p>casamento.</p><p>- Art. 1.522 CC: não há preclusão do direito até a</p><p>celebração.</p><p>- Art. 1.529 CC: forma para apresentação.</p><p>- Art. 1.530 CC: resguardado o contraditório</p><p>3ª FASE:</p><p>Fase de registro dos proclamas e expedição da</p><p>certidão de habilitação.</p><p>- Art. 1.531 e 1.532 CC</p><p>* Art. 1.528 CC</p><p>CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO.</p><p>* A celebração deverá ser presidida pelo juiz de</p><p>direito, juiz de paz ou, no matrimônio religioso</p><p>com efeitos civis, pela autoridade religiosa.</p><p>* Art. 1.533 CC</p><p>* Art. 1.534 CC: publicidade.</p><p>* Art. 1.535 CC: declaração de efetuação do</p><p>casamento.</p><p>* Art. 1.536 CC: assento no livro de registro.</p><p>* Art. 1.538 CC: suspensão da celebração. -</p><p>Declaração expressa de vontade</p><p>CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS.</p><p>* Art. 1.515 e 1.516 CC</p><p>* Exige prévia e regular habilitação para o</p><p>casamento.</p><p>* Casamento religioso com prévia habilitação x</p><p>Casamento religioso com efeitos civis posteriores.</p><p>* Efeitos retroativos??</p><p>OS NOIVOS</p><p>Os noivos comparecem ao cartório perto da</p><p>residência deles juntamente com as 2</p><p>testemunhas, de 30 a 60 dias antes da data</p><p>pretendida para dar entrada nos papéis de</p><p>casamento.</p><p>→Além dos documentos habituais (Certidões e</p><p>R.G.) os noivos devem levar um Requerimento da</p><p>Igreja que diz que o casamento será Religioso</p><p>com Efeito Civil.</p><p>→Este requerimento deve ser retirado na Igreja</p><p>antes dos noivos irem ao cartório para marcar o</p><p>casamento e deverá ser assinado por eles e pelo</p><p>celebrante religioso ou Pároco da Igreja.</p><p>OBS: Antes de levar este documento no cartório</p><p>para dar entrada nos papeis de casamento, é</p><p>necessario reconhecer a assinatura do Celebrante</p><p>religioso. neste requerimento da Igreja.</p><p>→ Após o prazo de 20 dias, o cartório que vocês</p><p>deram entrada nos papéis de casamento, vai</p><p>emitir um documento chamado Certidão de</p><p>habilitação.</p><p>→este documento deverá ser entregue na Igreja</p><p>para que possa ser feito o Termo de Religioso</p><p>com efeito civil, que é o documento que os</p><p>noivos e os 2 padrinhos deverão assinar na hora</p><p>da cerimônia.</p><p>→Após a cerimônia , os noivos devem levar o</p><p>Termo de Religioso com Efeito civil para ser</p><p>reconhecida a firma do celebrante que celebrou o</p><p>casamento, para depois levar ao cartório que</p><p>deram entrada no casamento e trocar pela</p><p>certidão de casamento.</p><p>→ Os noivos tem o prazo de 90 dias para fazer o</p><p>registro do casamento, a contar da data da</p><p>celebração, caso este registro não seja feito os</p><p>noivos continuarão solteiros.</p><p>OS PLANOS DO MUNDO JURÍDICO APLICÁVEIS AO</p><p>CASAMENTO.</p><p>* PLANO DE EXISTÊNCIA.</p><p>→ Plano do ser, nele ingressam todos os fatos</p><p>jurídicos, sejam lícitos, sejam ilícitos.</p><p>→ Concernente à estruturação do casamento, de</p><p>acordo com a presença de elementos básicos,</p><p>fundamentais, para que possa ser admitido,</p><p>considerado.</p><p>* PLANO DE VALIDADE.</p><p>- Diz respeito à aptidão do casamento frente aos</p><p>elementos exigidos pelo ordenamento jurídico</p><p>para a sua admissibilidade.</p><p>* PLANO DE EFICÁCIA.</p><p>- Tendo pertinência com a possibilidade</p><p>automática do casamento produzir, desde logo,</p><p>efeitos jurídicos.</p><p>EXISTÊNCIA DO CASAMENTO.</p><p>→ Necessidade de elementos estruturantes para</p><p>que o casamento seja considerado na esfera</p><p>jurídica.</p><p>→ Frustrados os elementos de existência, o</p><p>casamento não existe na órbita jurídica, não</p><p>podendo produzir, por conseguinte, qualquer</p><p>efeito jurídico. É um nada jurídico.</p><p>→ Dificuldade de diferenciar o plano de</p><p>existência do plano de eficácia.</p><p>→ Impossibilidade de reconhecer invalidades</p><p>sem expressa cominação legal.</p><p>→ Sendo inexistente, o casamento não produz</p><p>qualquer efeito.</p><p>* ELEMENTOS EXISTENCIAIS DO CASAMENTO</p><p>(PRESSUPOSTOS): ART. 1.535 E 1.536 CC</p><p>→ Existência de consentimento dos nubentes</p><p>(manifestação de vontade)</p><p>→ Celebração do matrimônio com a presença de</p><p>autoridade.</p><p>} Falta de Autoridade x Incompetência</p><p>da</p><p>Autoridade.</p><p>EXISTENCIA PRECISA DO CONSETIMENTO DA</p><p>AUTORIDADE</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO.</p><p>* O plano de validade estipula a nulidade ou a</p><p>anulabilidade do casamento.</p><p>Desse modo, a validade do casamento trata da</p><p>adequação ou conformidade daquele</p><p>matrimônio.</p><p>* PLANO DE VALIDADE:</p><p>- Nulidade e Anulabilidade.</p><p>- Nulidade: atenta contra interesses de ordem</p><p>pública, cuja proteção diz respeito à coletividade,</p><p>decorrendo da necessidade de pacificação social.</p><p>- Anulabilidade: é vício menos grave,</p><p>comprometendo interesses particulares.</p><p>* Casamento Nulo – Art. 1.521 CC –</p><p>Impedimentos.</p><p>* Casamento Anulável – Art. 1.550 CC – Causas</p><p>de Anulação do Casamento.</p><p>* Atenção à Lei 13.811/2019: extinguiu o</p><p>casamento dos menores de 16, mas não revogou</p><p>o Inciso I, do Art. 1.550.</p><p>Casamento dos menores de 16 é anulável? *</p><p>Casamento Irregular – Art. 1.523 CC – Causas</p><p>Suspensivas do Casamento (Plano de Eficácia).</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO: CASAMENTO</p><p>NULO.</p><p>* Presença de algum dos impedimentos</p><p>patrimoniais.</p><p>- Art. 1.521 CC.</p><p>- Art. 1.548 CC.</p><p>} Estatuto da Pessoa com Deficiência revogou o</p><p>Inciso I, do Art. 1.548 CC.</p><p>} E inseriu § 2o no Art. 1.550</p><p>* EFEITOS JURÍDICOS DA NULIDADE:</p><p>- Art. 1.549 CC: diferente do regime geral das</p><p>nulidades, o Juiz não pode declarar de ofício a</p><p>nulidade do casamento.</p><p>- Ação Declaratória de Nulidade: imprescritível e</p><p>com efeitos retroativos (ex tunc).</p><p>- Art. 1.563 CC: a retroatividade salvaguarda o</p><p>terceiro de boa-fé – SE DECLAROU NULO, VOLTA</p><p>TUDO, O CASAMENTO NÃO PRODUZIU</p><p>NEMHUM EFEITO, CONSIDERA SOLTEIRO</p><p>E O TERRENO ADQUIRIDO COM A 3 PESSOA – O</p><p>3 SEMPRE É PROTEGIDO, FICA SALVAGUARDADO</p><p>O EFEITO DO CONTRATO E CONTINUAM</p><p>DEVEDORES</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO: CASAMENTO</p><p>ANULÁVEL.</p><p>* Causas de Anulabilidade do Casamento: - Art.</p><p>1.550 CC</p><p>} Atenção à redação dada pelo EPD.</p><p>} Inciso III: Vício de vontade não se confunde</p><p>com ausência de consentimento.</p><p>* Vontade tem de ser livre e de boa-fé.</p><p>* A Lei nesse caso não trata do Dolo,</p><p>considerando como vício de vontade aplicável</p><p>ao casamento apenas o Erro Essencial e a</p><p>Coação.</p><p>* Erro Essencial: deverá ser de tal monta que</p><p>torne insuportável a convivência. Art. 1.557 CC.</p><p>* Coação: Art. 1.558 CC.</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO: CASAMENTO</p><p>ANULÁVEL.</p><p>PRAZO PARA A ANULAÇÃO DO CASAMENTO:</p><p>- Art. 1.560 CC: prazo decadencial posto que</p><p>incidente no direito potestativo com prazo de</p><p>exercício.</p><p>HIPÓTESE DE ANULAÇÃO / PRAZO DECAD.</p><p>Defeito de idade (Inciso I) – 180 DIAS</p><p>Falta de consentimento (Inciso II) - 180 DIAS</p><p>Erro Essencial (Inciso III) – 3 ANOS</p><p>Coação (Inciso III) – 4 ANOS</p><p>Incapaz de consentir (Inciso IV) - 180 DIAS</p><p>Revogação de mandato (Inciso V) – 180 DIAS</p><p>Incompetência da autoridade celebrante (Inciso</p><p>VI) – 2 ANOS</p><p>Legitimação para a Anulação: Art. 1.552 e 1.559</p><p>CC.</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO: CASAMENTO</p><p>ANULÁVEL.</p><p>* EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO ANULÁVEL:</p><p>- O casamento anulável pode ser convalidado.</p><p>* Natureza Jurídica da Sentença Anulatória do</p><p>Casamento:</p><p>- Natureza desconstitutiva com efeitos ex tunc.</p><p>- Retorna ao Estado Civil Solteiro.</p><p>* CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA ANULAÇÃO:</p><p>- Art. 1.564 CC.</p><p>- Culpa??? Seria melhor o legislador referir</p><p>apenas que o cônjuge que desse causa à</p><p>invalidade poderia suportar, no caso concreto,</p><p>tais efeitos sancionatórios.</p><p>VALIDADE DO CASAMENTO: CASAMENTO</p><p>PUTATIVO.</p><p>* CONCEITO:</p><p>- Casamento que, contraído de boa-fé por um ou</p><p>ambos os consortes, posto padeça de nulidade</p><p>absoluta ou relativa, tem os seus efeitos jurídicos</p><p>resguardados em favor do cônjuge inocente.</p><p>- Art. 1.561 CC.</p><p>* RECONHECIMENTO:</p><p>- Por ter caráter declaratório, pode ser feito de</p><p>ofício.</p><p>* EFEITOS JURÍDICOS:</p><p>a) Se ambos os cônjuges atuaram de boa-fé.</p><p>B) Se somente um dos cônjuges atuou de boa-fé.</p><p>EFICÁCIA DO CASAMENTO.</p><p>* Conceito: A capacidade do casamento, sendo</p><p>ele existente e válido, de gerar efeitos.</p><p>* EFEITOS DO CASAMENTO:</p><p>- Sociais: projeção de consequências do</p><p>casamento para terceiros.</p><p>- Pessoais: estabelecem uma série de direitos e</p><p>deveres recíprocos entre os consortes.</p><p>- Patrimoniais: impacto econômico.</p><p>* EFEITOS SOCIAIS:</p><p>a) Comunhão de vida;</p><p>b) Emancipação do cônjuge incapaz;</p><p>c) Atribuição do estado de casado;</p><p>d) Estabelecer a presunção de paternidade.</p><p>* EFEITOS PESSOAIS:</p><p>a) Possibilidade de acréscimo do sobrenome do</p><p>cônjuge (Art. 1.565, § 1o, CC);</p><p>b) Fixação do domicílio conjugal (Art. 1.569, CC);</p><p>c) Estabelecimento de direitos e deveres</p><p>recíprocos (Art. 1.566, CC).</p><p>* EFEITOS PATRIMONIAIS:</p><p>- Regulamentação do estatuto patrimonial do</p><p>casamento: regime de bens.</p><p>REGIME DE BENS: INTRODUÇÃO.</p><p>* CONCEITO: conjunto de normas que disciplina a</p><p>relação jurídico-patrimonial entre cônjuges, ou,</p><p>simplesmente, o estatuto patrimonial do</p><p>casamento.</p><p>→ O regime de bens se presta a controlar os</p><p>efeitos econômicos do casamento.</p><p>→Regula as relações patrimoniais entre os</p><p>cônjuges e entre terceiros e a sociedade conjugal.</p><p>→ Patrimônio Mínimo.</p><p>* PRINCÍPIOS APLICÁVEIS:</p><p>- Princípio da Liberdade de Escolha: os nubentes,</p><p>de acordo com sua autonomia privada e</p><p>liberdade de opção, escolher o regime de bens</p><p>que lhe aprouver.</p><p>- Princípio da Variabilidade: traduz a ideia de que</p><p>a ordem jurídica não admite um regime único,</p><p>mas sim uma multiplicidade de tipos, permitindo,</p><p>assim, aos noivos, no ato de escolha, optar por</p><p>qualquer deles.</p><p>- Princípio da Mutabilidade: institui a</p><p>possibilidade de modificação do regime de bens.</p><p>(A partir do CC 2002).</p><p>* Art. 1.639 CC.</p><p>PACTO ANTENUPCIAL.</p><p>* Conceito e Natureza Jurídica: negócio jurídico</p><p>solene, condicionado ao casamento, por meio do</p><p>qual as partes escolhem o regime de bens que</p><p>lhes aprouver, segundo o princípio da autonomia</p><p>privada.</p><p>- Exige forma prescrita em Lei.</p><p>- Possibilidade de regime de bens híbrido:</p><p>conciliando regras de regime diversos.</p><p>(Enunciado 331, da IV Jornada de Direito Civil,</p><p>CJF)</p><p>* FORMA: ART. 1.653 CC</p><p>- O pacto antenupcial consiste num negócio</p><p>jurídico formal, lavrado em escritura pública.</p><p>- Condicionado ao casamento: não havendo o</p><p>matrimônio restará suspenso. O casamento é</p><p>uma condição suspensiva.</p><p>- Para que gere efeitos em face de terceiros</p><p>(erga omnes) deverá ser registrado em livro</p><p>próprio no Cartório de Registro de Imóveis.</p><p>- Art. 1.654 CC: pacto antenupcial realizado por</p><p>menor.</p><p>* Art. 1.537 CC – AUTORIZAÇÃO DOS PAIS OU</p><p>RESPONSAVEIS DEVE CONSTAR NO PACTO</p><p>* Art. 1.655 CC: nulidade do pacto antenupcial</p><p>em caso de violação a regra jurídica cogente.</p><p>* Art. 1.656 CC: exceção à necessidade de</p><p>outorga uxória ou marital para a disposição de</p><p>bens imóveis em casos de eleição do regime da</p><p>participação final nos aquestos.</p><p>AUTORIZAÇÃO CONJUGAL.</p><p>* Outorga Uxória e Outorga Marital.</p><p>* Conceito: é a manifestação de consentimento</p><p>de um dos cônjuges ao outro, para a prática de</p><p>determinados atos, sob pena de invalidade e com</p><p>intuito de preservar o patrimônio familiar.</p><p>* CASOS EM QUE SE EXIGE: ART. 1.647 CC</p><p>- Inciso III: Enunciado 114 da I Jornada de Direito</p><p>Civil: “O aval não pode ser anulado por falta de</p><p>vênia conjugal, de modo que o inc. III do art.</p><p>1.647 apenas caracteriza a inoponibilidade do</p><p>título ao cônjuge que não assentiu.”</p><p>} Súmula 332 STJ.</p><p>* Dispensa da autorização para os casados no</p><p>regime da “separação absoluta”.</p><p>- QUANDO A LEI DIZ “SEPARAÇÃO ABSOLUTA”</p><p>QUER SE REFERIR À SEPARAÇÃO CONVENCIONAL</p><p>OU À SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA?</p><p>} Trata o legislador da separação convencional,</p><p>uma vez que, na separação obrigatória,</p><p>por força da Súmula 377 STF, existe possibilidade</p><p>de meação.</p><p>* A outorga é necessária mesmo para disposição</p><p>de bens particulares.</p><p>* Art. 1.648 CC: suprimento da outorga.</p><p>* Art. 1.649 CC: efeitos da ausência da outorga.</p><p>- Anulabilidade. *Prazo de 02 anos para pleitear a</p><p>anulação, contados da data da dissolução.</p><p>* Art. 1.650 CC: legitimidade</p><p>para propositura da</p><p>ação anulatória do ato não autorizado.</p><p>REGIME LEGAL SUPLETIVO.</p><p>* Até a entrada em vigor da Lei de Divórcio (Lei</p><p>6.515) em 1977, o regime supletivo era o de</p><p>comunhão universal de bens.</p><p>* Hoje o regime supletivo é o de comunhão</p><p>parcial. - Art. 1.640 CC.</p><p>- Não havendo pacto antenupcial, ou sendo ele</p><p>inválido ou ineficaz, o regime aplicado será o da</p><p>comunhão parcial.</p><p>ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DO CASAMENTO.</p><p>* Existem atos em que os cônjuges podem atuar</p><p>livremente.</p><p>* Art. 1.642 e 1.643 CC</p><p>* Art. 1.644: no que diz respeito à</p><p>responsabilidade patrimonial pelas dívidas</p><p>contraídas, fica estabelecida a solidariedade.</p><p>* Art. 1.645 e 1.646 CC: regramento processual.</p><p>* Art. 1.651 e 1.652 CC: impossibilidade de</p><p>administração por um dos cônjuges.</p><p>MUDANÇA DE REGIME DE BENS DO</p><p>CASAMENTO.</p><p>* Art. 1.639, § 2o, CC</p><p>* REQUISITOS:</p><p>- A alteração do regime não pode se dar pela via</p><p>administrativa, em cartório, exigindo, pois, a</p><p>instauração de procedimento judicial;</p><p>- Esse procedimento judicial será de jurisdição</p><p>voluntária, uma vez que, sendo o pedido</p><p>conjunto, não há lide, afigurando-se, assim,</p><p>juridicamente impossível um pedido de mudança</p><p>formulado em ação judicial proposta por</p><p>somente um dos cônjuges;</p><p>- O pedido conjunto deverá ser motivado, a fim</p><p>de que a autoridade judicial possa analisar a</p><p>razoabilidade do pleito e dos fundamentos</p><p>invocados;</p><p>- A mudança do regime de bens, que se dará por</p><p>sentença, não poderá afrontar direitos de</p><p>terceiros, razão por que é recomendável que o</p><p>juiz determine a publicação de edital,</p><p>imprimindo, assim, a mais ampla publicidade;</p><p>* Foro Competente: O juízo competente, em</p><p>nosso sentir, não deverá ser o da Vara de</p><p>Registros Públicos, mas, sim, aquele com</p><p>competência em Direito de Família uma vez que a</p><p>mudança fundamenta-se na situação matrimonial</p><p>dos interessados.</p><p>* Eficácia da Sentença: retroativa.</p><p>REGIME DE BENS NO DIREITO CIVIL</p><p>BRASILEIRO.</p><p>* COMUNHÃO PARCIAL</p><p>* COMUNHÃO UNIVERSAL</p><p>* SEPARAÇÃO CONVENCIONAL</p><p>* SEPARAÇÃO LEGAL</p><p>* PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS</p><p>REGIME LEGAL OBRIGATÓRIO.</p><p>* Trata-se do Regime da Separação Legal ou</p><p>Separação Obrigatória de Bens.</p><p>* Instituído nos termos do Art. 1.641 CC:</p><p>interpretação não ampliativa, de modo que se</p><p>aplica somente ao casamento, e não se estende à</p><p>união estável.</p><p>- Inciso I: Causas suspensivas do Art. 1.523 CC</p><p>- Inciso II: Intenção de evitar o ‘golpe do baú’</p><p>- Inciso III: Dos que dependem de suprimento</p><p>judicial.</p><p>* Súmula 377 STF: “No regime da separação legal,</p><p>comunicam-se os bens adquiridos na constância</p><p>do casamento”.</p><p>- Desse modo, só ficam sob o crivo do regime da</p><p>separação os bens adquiridos antes do</p><p>casamento.</p><p>REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL.</p><p>* CONCEITO: ART. 1.658 CC</p><p>- Regime em que há, em regra, a</p><p>comunicabilidade dos bens adquiridos a título</p><p>oneroso na constância do matrimônio, por um ou</p><p>por ambos os cônjuges, preservando-se, assim,</p><p>como patrimônio pessoal e exclusivo de cada um,</p><p>os bens adquiridos por causa anterior ou</p><p>recebidos a título gratuito a qualquer tempo.</p><p>* Bens Excluídos da Comunhão: Art. 1.659 CC</p><p>* Bens Incluídos na Comunhão: Art. 1.660 CC</p><p>* Administração do Patrimônio: Art. 1.663 a</p><p>1.666 CC</p><p>REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL.</p><p>* CONCEITO: ART. 1.667 CC</p><p>- É um regime que tende à unicidade do</p><p>patrimônio. Seu princípio básico determina, salvo</p><p>exceções legais, uma fusão do patrimônio</p><p>anterior dos cônjuges e, bem assim, a</p><p>comunicabilidade dos bens havidos a título</p><p>gratuito ou oneroso, no curso do casamento,</p><p>incluindo-se as obrigações assumidas.</p><p>* Bens Excluídos da Comunhão: Art. 1.668 CC</p><p>* Todos os demais bens que não constam do rol</p><p>dos excluídos do Art. 1.668 fazem parte da</p><p>comunhão, ou seja, se comunicam.</p><p>* Administração dos Bens: Art. 1.670 CC *</p><p>Extinção da Comunhão: Art. 1.671 CC</p><p>O Fideicomisso é uma das modalidades de</p><p>substituição, ao lado da vulgar e da recíproca, que</p><p>possibilita ao testador (fideicomitente) estabelecer</p><p>uma dupla transmissão de herança ou de legado; ou</p><p>seja, em vez de chamar apenas um herdeiro ou</p><p>legatário, acontece uma transmissão concomitante e</p><p>sucessiva em benefício de duas pessoas (primeiro o</p><p>fiduciário, que transferirá ao segundo o</p><p>fideicomissário). Nos termos do artigo 1952, do</p><p>Código Civil: "A substituição fideicomissária somente</p><p>se permite em favor dos não concebidos ao tempo da</p><p>morte do testador". Esta característica, própria do</p><p>instituto do fideicomisso é na verdade uma exceção à</p><p>seguinte regra geral: são legitimadas para suceder as</p><p>"pessoas nascidas ou já concebidas no momento da</p><p>abertura da sucessão", conforme previsto no artigo</p><p>1798, do Código Civil. Pela regra geral é possível</p><p>deixar a herança ou legado para pessoa nascida ou</p><p>para o nascituro (já concebido) na época da morte do</p><p>testador. De outro modo, através do fideicomisso é</p><p>possível deixar, através de testamento, herança ou</p><p>legado para pessoa natural inexistente (denominado</p><p>de fideicomissário) na época da abertura da sucessão.</p><p>Esta é uma das principais utilidades do fideicomisso.</p><p>REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL.</p><p>* Conceito: Art. 1.687 CC</p><p>- Tem como premissa a incomunicabilidade dos</p><p>bens dos cônjuges, anteriores e posteriores ao</p><p>casamento.</p><p>* Por óbvio, não há espaço nesse regime para a</p><p>meação.</p><p>* Dificuldade se verifica quando um dos cônjuges</p><p>demonstra colaboração econômica direta na</p><p>aquisição de determinado bem.</p><p>- Nesses casos, caberá indenização ou, até</p><p>mesmo, a divisão patrimonial.</p><p>* Administração das Despesas: Art. 1.688 CC</p><p>- O fato de haver uma separação total de bens</p><p>dos cônjuges não lhes retira</p><p>as obrigações pecuniárias decorrentes das</p><p>relações jurídicas estabelecidas em benefício da</p><p>família.</p><p>REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS</p><p>AQUESTOS.</p><p>* Conceito: Art. 1.672 CC</p><p>- Regime Híbrido: guarda características da</p><p>separação convencional e da comunhão parcial. -</p><p>Por esse regime, durante o casamento, cada</p><p>cônjuge possui patrimônio próprio e</p><p>administração exclusiva dos seus bens, cabendo-</p><p>lhes, no entanto, à época da dissolução da</p><p>sociedade conjugal, direito de meação sobre os</p><p>bens aquestos onerosamente adquiridos pelo</p><p>próprio casal.</p><p>* Bens Excluídos da Comunhão: Art. 1.673 e 1.674</p><p>CC</p><p>* DIFERENÇAS QUANTO AOS REGIMES DA</p><p>COMUNHÃO PARCIAL E DA SEPARAÇÃO:</p><p>- No regime da comunhão parcial se comunicam</p><p>os bens adquiridos onerosamente por um ou por</p><p>ambos os cônjuges. Na participação final,</p><p>somente se comunicam os bens adquiridos</p><p>onerosamente em conjunto por ambos.</p><p>- No regime da comunhão parcial se comunicam</p><p>também os bens adquiridos por fato eventual, o</p><p>que não se aplica à participação final.</p><p>- No regime da separação convencional não se</p><p>exige outorga ou autorização para prática de</p><p>atos, o que se exige no regime da participação</p><p>final.</p><p>* AS DÍVIDAS NO REGIME DA PARTICIPAÇÃO</p><p>FINAL NOS AQUESTOS:</p><p>- Se os bens são particulares, as dívidas relativas a</p><p>eles também o serão.</p><p>- Dívidas posteriores ao casamento, contraídas</p><p>por um dos cônjuges, será de sua exclusiva</p><p>responsabilidade, salvo se provado o proveito de</p><p>ambos. (Art. 1.677 CC)</p><p>- Art. 1.678 CC : evidencia o sistema de</p><p>compensação típico do regime da participação</p><p>final.</p><p>* Dissolução da sociedade conjugal: Art. 1.683 a</p><p>1.685 CC</p><p>DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL.</p><p>* ART. 1.571 CC –</p><p>Dissolve-se a sociedade conjugal pela morte de</p><p>um dos cônjuges, pela nulidade ou anulação do</p><p>casamento, pela separação judicial ou pelo</p><p>divórcio.</p><p>- A separação judicial no ordenamento jurídico</p><p>pátrio atual:</p><p>} O advento da EC 66/2010</p><p>} Revogados os Art. 1.571, 1.572 e 1.573 CC?</p><p>Maior parte da doutrina entende assim.</p><p>} EFEITOS DA EC 66/2010:</p><p>• Extinção da separação, judicial ou em cartório.</p><p>• Superação dos prazos estabelecidos para o</p><p>divórcio.</p><p>• Impossibilidade de discussão da causa da</p><p>dissolução nupcial (inclusive a culpa, que não</p><p>mais pode ser</p><p>debatida na ação de divórcio).</p><p>} Julgados do STJ e STF não caminham no sentido</p><p>de declarar a supressão da separação. Estando</p><p>consolidado apenas o não cabimento da</p><p>exigência de separação prévia.</p><p>• Se exigia comprovação de um ano do trânsito</p><p>em julgado da sentença de separação ou da</p><p>lavradura da escritura publica de separação, ou</p><p>dois anos de separação de fato.</p><p>- Diferença entre Separação e Divórcio: a</p><p>separação se coadunava às causas terminativas,</p><p>findando apenas a sociedade conjugal, pondo fim</p><p>aos deveres recíprocos conjugais (coabitação)</p><p>(Art. 1.566) e ao regime de bens, permanecendo</p><p>a relação matrimonial, motivo pelo qual não</p><p>poderiam contrair novas núpcias. O divórcio, por</p><p>sua vez, coadunando-se às causas dissolutivas do</p><p>casamento, atinge os deveres recíprocos, o</p><p>regime de bens, bem como a relação jurídica</p><p>existente entre os consortes.</p><p>- A morte presumida como causa dissolutória do</p><p>casamento. } 1.571, § 1o, CC.</p><p>CONCEITO DE DIVÓRCIO E TRATAMENTO</p><p>JURÍDICO ATUAL.</p><p>* Conceito: o divórcio é a medida dissolutória do</p><p>vínculo matrimonial válido, importando, por</p><p>consequência, a extinção de deveres conjugais.</p><p>Trata-se, no vigente ordenamento jurídico</p><p>brasileiro, de uma forma voluntária de extinção</p><p>da relação conjugal, sem causa específica,</p><p>decorrente de simples manifestação de vontade</p><p>de um ou ambos os cônjuges, apta a permitir, por</p><p>consequência, a constituição de novos vínculos</p><p>matrimoniais.</p><p>* EMENDA CONSTITUCIONAL N. 66/2010</p><p>FACILITOU A IMPLEMENTAÇÃO DO DIVÓRCIO.</p><p>- APRESENTOU DOIS PONTOS IMPORTANTES:</p><p>} extinção da separação judicial;*</p><p>} extinção da exigência de prazo de separação de</p><p>fato para a dissolução do vínculo matrimonial.</p><p>➔ A medida de separação de corpos</p><p>permanece em nosso sistema e se reveste</p><p>de importância quando se vislumbra em</p><p>determinados casos a completa</p><p>impossibilidade de os cônjuges</p><p>permanecerem em contato pessoal.</p><p>→ Fruto da separação de corpos é o instituto do</p><p>mandado de distanciamento.</p><p>➔ Permanece em nosso sistema a Separação</p><p>de Fato, que produz todos os efeitos da</p><p>Separação Judicial.</p><p>DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL CONSENSUAL.</p><p>* Lei 11.441/2007: por escritura pública.</p><p>* Requisitos para o Divórcio: Art. 733 CPC/15</p><p>- Consenso: exige o consenso não apenas da</p><p>vontade de divorciar, mas de todos os termos do</p><p>divórcio (separação de bens, possível pensão</p><p>alimentícia, etc.).</p><p>- Prazos: “Observados os requisitos legais quanto</p><p>aos prazos”</p><p>} Não há que se falar mais em prazos, uma vez</p><p>que não há mais prazos a serem cumpridos para</p><p>aquisição do direito de divorciar.</p><p>- Ausência de “nascituro” e filhos menores ou</p><p>incapazes. - Presença de advogado.</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO</p><p>DO DIVÓRCIO: ART. 731 CPC/15</p><p>- Disposições sobre a partilha de bens;</p><p>- Disposições sobre a possível pensão alimentícia</p><p>entre os cônjuges;</p><p>- Acordo quanto à guarda dos filhos menores ou</p><p>incapazes;</p><p>- Disposições sobre o direito de visitas;</p><p>- Disposições sobre o valor da contribuição para</p><p>criar e educar os filhos (pensão de alimentos</p><p>para os filhos).</p><p>* PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 731 CPC/15</p><p>DIVÓRCIO JUDICIAL.</p><p>* Lei de Divórcio: Lei 6.515/77</p><p>* DUAS MODALIDADES: DIVÓRCIO DIRETO E</p><p>DIVÓRCIO INDIRETO.</p><p>- Direto: ingresso direto da Ação de Divórcio.</p><p>- Indireto: divórcio depois da separação judicial,</p><p>ou seja, conversão da separação em divórcio.</p><p>* Litigioso: a atuação judicial em divórcio litigioso</p><p>será para as hipóteses em que os divorciandos</p><p>não se acertam quanto aos efeitos jurídicos da</p><p>separação, como, à guisa de exemplo, a guarda</p><p>dos filhos, alimentos, uso do nome e divisão do</p><p>patrimônio familiar.</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO</p><p>DO DIVÓRCIO: ART. 731 CPC/15.</p><p>- Disposições sobre a partilha de bens;</p><p>- Disposições sobre a possível pensão alimentícia</p><p>entre os cônjuges;</p><p>- Acordo quanto à guarda dos filhos menores ou</p><p>incapazes;</p><p>- Disposições sobre o direito de visitas;</p><p>- Disposições sobre o valor da contribuição para</p><p>criar e educar os filhos (pensão de alimentos para</p><p>os filhos).</p><p>CARACTERÍSTICAS MATERIAIS E</p><p>PROCESSUAIS DO DIVÓRCIO.</p><p>a) natureza personalíssima;</p><p>b) inadmissibilidade de terceiros intervirem;</p><p>c) obrigatoriedade do MP intervir?;</p><p>d) obrigatoriedade de designação de audiência</p><p>para a tentativa de reconciliação;</p><p>- Art. 3o, § 2o, Lei de Divórcio.</p><p>e) foro privilegiado ao detentor do filho menor;</p><p>Art. 53 CPC/15;</p><p>f) a questão do uso do sobrenome de casado.</p><p>- Art. 1.578 CC.</p><p>- Art. 1.571, § 2o CC.</p><p>- Depois da EC 66/2010 passa a observar as</p><p>seguintes regras:</p><p>} Divórcio Consensual (judicial ou adm): o acordo</p><p>firmado deverá regular o respectivo direito.</p><p>} Divórcio Litigioso: manutenção do nome de</p><p>casado, salvo manifestação expressa em sentido</p><p>contrário.</p><p>g) partilha de bens.</p>