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<p>Hemocultura</p><p>Profª. Kêsia Xisto</p><p>OBJETIVOS:</p><p>Mecanismo da transmissão</p><p>Diferença entre bacteriemia e sepse</p><p>Classificação</p><p>Coleta, transporte</p><p>Microrganismos envolvidos</p><p>Isolamento e Identificação</p><p>Cultura de ponta de cateter</p><p>SANGUE</p><p>(isento de qualquer tipo de microrganismo)</p><p>CORRENTE CIRCULATÓRIA</p><p>(bactérias penetram )</p><p>BACTERIEMIA</p><p>Bactérias viáveis no sangue circulante</p><p>1. Entrada direta na corrente sanguínea, via</p><p>agulhas, infusões contaminadas, cateteres ou outros</p><p>dispositivos vasculares .</p><p>ou</p><p>tendo origem no próprio sistema como na</p><p>endocardite bacteriana, fístulas arteriovenosas,</p><p>flebites supurativas.</p><p>Intravascular (Primária)</p><p>A BACTERIEMIA PODE TER ORIGEM:</p><p>2. Ocorre através de drenagem de pequenos vasos</p><p>sanguíneos ou linfáticos, seguindo para a corrente</p><p>circulatória como consequência de um foco de</p><p>infecção definido em outro sítio do organismo.</p><p>• São a maioria dos casos.</p><p>Extravascular (Secundária)</p><p>• Porta de entrada mais comum incluindo</p><p>origem comunitária e hospitalar são:</p><p>Dispositivos intravasculares (19%),</p><p>Trato geniturinário (17%),</p><p>Respiratório (12%), infecções cirúrgicas da pele (5%),</p><p>Trato gastrintestinal (5%),</p><p>trato biliar (4%),</p><p>Abscessos intra-abdominal (3%),</p><p>Mistura de sítios (8%) e sítios incertos (27%).</p><p>Representa</p><p>Falha nas defesas do</p><p>hospedeiro em localizar</p><p>e neutralizar uma</p><p>determinada infecção</p><p>em seu foco primário.</p><p>Falha médica em remover</p><p>ou drenar um foco primário.</p><p>Manifestações clínicas</p><p>Bacteriemia</p><p>• Presença de bactérias na corrente sanguínea</p><p>Consequente a uma infecção intravascular, pneumonia,</p><p>abscesso hepático, etc ou apenas representar a</p><p>liberação transitória de bactérias no sangue, tal como</p><p>ocorre após escovação vigorosa dos dentes por uma</p><p>pessoa normal.</p><p>Sepse</p><p>• Bactérias ou seus produtos (toxinas) estão causando</p><p>danos no hospedeiro.</p><p>Antes era conhecida como septicemia ou infecção</p><p>generalizada, na verdade, trata-se de uma inflamação</p><p>generalizada do próprio organismo contra uma infecção</p><p>que pode estar localizada em qualquer órgão. A</p><p>inflamação que surge em locais infectados não é</p><p>provocada pela bactéria, mas sim pela resposta</p><p>imunológica do corpo.</p><p>O termo sepse refere-se à condição pela qual a</p><p>resposta do organismo ao agente infeccioso se</p><p>manifesta, por meio de sinais e sintomas da doença,</p><p>como a síndrome da resposta inflamatória sistêmica</p><p>(SRIS), independente da presença ou não de</p><p>hemocultura positiva.</p><p>˟ Após lesões ou infecções graves, a resposta exacerbada e</p><p>persistente de citocinas Th1 pode contribuir para lesões em órgão-</p><p>alvo, levando à insuficiência de múltiplos órgãos e à morte.</p><p>• Os sintomas são produzidos tanto por toxinas</p><p>microbianas como por citocinas˟ produzidas por células</p><p>inflamatórias.</p><p>• A sepse está tradicionalmente associada a bactérias</p><p>Gram negativas. Entretanto, sabe-se que as bactérias</p><p>Gram positivas também podem causar uma síndrome</p><p>séptica.</p><p>Na suspeita de sepse grave ou choque séptico</p><p>Independente do foco</p><p>infeccioso</p><p>Antes da administração da</p><p>terapia antimicrobiana</p><p>empírica</p><p>Coletar para hemocultura</p><p>https://youtu.be/aExA5fZHrrw</p><p>SEPSES</p><p>https://youtu.be/aExA5fZHrrw</p><p>CULTURA DE SANGUE</p><p>SUSPEITA DE BACTERIEMIA CLINICAMENTE</p><p>SIGNIFICATIVA</p><p>A)Sepse clássica</p><p>• Síndrome clássica de sepse (calafrio, febre, prostração)</p><p>b)Na suspeita de endocardite bacteriana</p><p>c) No diagnóstico de certas infecções envolvendo vários</p><p>sistemas tais como: febres entéricas (salmoneloses),</p><p>leptospirose, brucelose, e febre de origem desconhecida.</p><p>• Sinais e sintomas de sepse devem incluir febre ou</p><p>hipotermia, arrepios, hiperventilação e subseqüente alcalose</p><p>respiratória, lesão de pele, mudança no "status" mental e</p><p>diarreia.</p><p>• Manifestações mais sérias incluem:</p><p>– Choque séptico</p><p>– Coagulação intravascular disseminada</p><p>– Falência dos órgãos.</p><p>Importância</p><p>Mortalidade</p><p>sepses 40%</p><p>Pacientes hospitalizados</p><p>Detecção de microrganismos viáveis</p><p>Valor diagnóstico Importância no prognóstico</p><p>Classificação</p><p>(Padrão Clínico)</p><p>1.Transitórias - rápida com duração de alguns minutos</p><p>a poucas horas.</p><p>Ex. a) após manipulação de algum tecido infectado</p><p>(abscessos, furúnculos e celulite).</p><p>b) procedimentos cirúrgicos que envolve tecidos</p><p>contaminados ou colonizado ( cavidade oral, cistoscopia,</p><p>endoscopia, histerectomia vaginal e desbridamento de</p><p>queimaduras).</p><p>c) infecções agudas como pneumonias, meningite,</p><p>osteomielite, artrites sépticas.</p><p>Classificação</p><p>(Padrão Clínico)</p><p>2. Intermitente – ocorre em intervalos variáveis de tempo</p><p>com o mesmo microrganismo.</p><p>Ex. processos infecciosos relacionados a abscessos intra-</p><p>abdominais, pélvicos, hepáticos, prostáticos ou outros,</p><p>que geralmente são causas comum de febre de origem</p><p>indeterminada.</p><p>Classificação</p><p>(Padrão Clínico)</p><p>3. Contínuas ou persistente</p><p>Ex. a) característica de endocardite infecciosa aguda e</p><p>subaguda e outras infecções intra-vasculares.</p><p>b) primeira semana da febre tifoide, brucelose ou</p><p>leptospirose.</p><p>4. A bacteriemia de escape ( “breakthrough”)</p><p>Ocorre mesmo enquanto o paciente esteja recebendo</p><p>antibioticoterapia sistêmica apropriada (microrganismo</p><p>sensível).</p><p>A) Quando se dá no início da terapêutica, geralmente</p><p>deve-se a concentrações insuficientes do antimicrobiano</p><p>atingidas na corrente sanguínea.</p><p>Classificação</p><p>(Padrão Clínico)</p><p>Nas estafilococcias é comum haver escape nos primeiros</p><p>dias de tratamento, mesmo sob condições adequadas de</p><p>antibioticoterapia.</p><p>B) Os episódios de escape que ocorrem tardiamente</p><p>geralmente se dão por drenagem inadequada do foco</p><p>infeccioso ou por debilidade das defesas do hospedeiro.</p><p>Na maioria das vezes, as bacteriemias são</p><p>causadas por um único microrganismo.</p><p>Contudo, em algumas situações,</p><p>caracterizam-se por etiologia polimicrobiana.</p><p>Microrganismos contaminantes frequentes</p><p>de hemoculturas</p><p>Staphylococcus coagulase negativo (SCN)</p><p>Corynebacterium sp</p><p>Bacillus sp (exceto Bacillus anthracis)</p><p>Proprionibacterium acnes</p><p>Clostridium perfringens</p><p>Micrococcus</p><p>Microrganismos causadores de bacteriemia</p><p>verdadeira (> 90% especificidade)</p><p>Staphylococcus aureus</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>Escherichia coli e outras enterobactérias</p><p>Pseudomonas aeruginosa</p><p>Podem também causar bacteriemia</p><p>Streptococcus grupo viridans,</p><p>Enterococcus spp. e Staphylococcus</p><p>coagulase negativo (SCN) representam em</p><p>média respectivamente 38%, 78% e 15%</p><p>de bacteriemias verdadeiras.</p><p>Fatores que contribuem para o início de</p><p>uma infecção da corrente circulatória</p><p>Agentes imunossupressores (corticoides, quimioterápicos,</p><p>drogas citotóxicas).</p><p>Uso de antibióticos de largo espectro que suprime a</p><p>microbiota normal.</p><p>Procedimentos invasivos (cateteres e procedimentos</p><p>endoscópicos).</p><p>Procedimentos cirúrgicos extensivos.</p><p>Prolongada sobrevida de pacientes severamente doentes.</p><p>O risco é maior nas faixas etárias extremas e</p><p>nos pacientes portadores de doenças</p><p>hematológicas, neoplasias, diabetes mellitus,</p><p>insuficiência renal em diálise, cirrose hepática,</p><p>imunodepressão e grandes queimaduras.</p><p>Frascos com o meio de cultura</p><p>Os caldos de hemocultura podem</p><p>ser compostos por diferentes</p><p>opções de meios: caldo tríptico</p><p>de soja, caldo columbia, caldo</p><p>infusão de cérebro-coração e</p><p>caldo tioglicolato.</p><p>As diferentes combinações de</p><p>meios contém em sua</p><p>composição Polianetol Sulfonato</p><p>de Sódio, vácuo e gás carbônico</p><p>em concentrações adequadas.</p><p>Sistema Hemobac Trifásico</p><p>Probac do Brasil</p><p>O sistema é composto por um</p><p>laminocultivo com 3 fases acoplado a</p><p>parte superior de um recipiente</p><p>contendo um caldo enriquecido. Os</p><p>frascos acoplados são incubados em</p><p>estufa própria que faz a inversão</p><p>periódica do caldo sobre o laminocultivo.</p><p>Fase larga agar chocolate</p><p>Fase dupla agar McConkey e agar Sabouraud</p><p>Indicador: a viragem para rosa indica a presença de</p><p>CO2 produzido pelo microrganismo.</p><p>Sistema de coleta fechado</p><p>Todos os frascos BACTEC não</p><p>necessitam de ventilação e permitem</p><p>o uso de sistema de coleta fechada.</p><p>O emprego do sistema de coleta</p><p>fechada para hemocultura</p><p>também reduz a probabilidade de</p><p>contaminação da amostra.</p><p>Detecção da fluorescência é emitida por um sensor</p><p>nos frascos com meios de cultura. O sistema é</p><p>de ultra sensibilidade e monitora, em intervalos</p><p>de 10 minutos, as amostras de hemocultura,</p><p>acelerando o tempo de detecção e fornecendo</p><p>alarmes tanto visuais quanto sonoros, no caso de</p><p>amostras positivas.</p><p>Sistema de Hemocultura Signal</p><p>Meio especialmente elaborado (Patente Européia</p><p>0124193 Al) com nutrientes para propiciar o</p><p>desenvolvimento o crescimento de organismos</p><p>aeróbios, anaeróbios e microaerófilos, formando</p><p>com o metabolismo celular uma pressão positiva.</p><p>A detecção dessa pressão é feita através do</p><p>dispositivo indicador de crescimento, que é</p><p>conectado ao frasco de meio após a adição da</p><p>amostra de sangue. A pressão positiva no frasco</p><p>desloca uma quantidade de mistura sangue/caldo</p><p>para o dispositivo como um SINAL visual.</p><p>Sistemas automatizados</p><p>BacT/Alert Organon</p><p>Bactec Becton Dickinson</p><p>Sistema ESP DIFCO</p><p>Antissepsia da pele para a coleta</p><p>A antissepsia adequada da pele é parte</p><p>fundamental do processo e é o fator que</p><p>determina a probabilidade de uma</p><p>hemocultura positiva ser considerada</p><p>contaminação ou infecção.</p><p>1. Após a palpação, a pele é tratada com tintura de iodo a 1</p><p>ou 2%, clorexidine alcoólico 0,5% ou polivinil Pirrolidona</p><p>Iodo (PVPI) a 10%.</p><p>2. Limpar com álcool a 70% para remoção do excesso de</p><p>iodo.</p><p>3. As tampas dos frascos com meio de cultura devem seguir</p><p>a mesma orientação acima.</p><p>4. O sangue deve ser imediatamente colocado nos frascos e</p><p>os frascos enviados imediatamente ao laboratório.</p><p>ANTISSEPSIA DA PELE PARA A COLETA</p><p>A COLETA DEVE SER FEITA ANTES DO</p><p>PICO FEBRIL, POIS A BACTERIEMIA</p><p>PRECEDE A FEBRE EM CERCA DE 1HORA.</p><p>Coleta do material</p><p>1. Coletar no mínimo 2 e no máximo 4 amostras o mais</p><p>próximo possível do episódio febril, não coletar no pico</p><p>febril.</p><p>2. As amostras são coletados por punção venosa, uma após</p><p>a outra em locais diferentes ou em intervalos de 20-60</p><p>minutos entre as coletas.</p><p>5 a 10 mL em adultos 3 a 5 ou 1a 4mL em criança</p><p>3. Proporção 1:10 sangue/meio de cultura</p><p>(BHI, TSB, Columbia e tioglicolato)</p><p>Obs.: pacientes em uso de altas doses de antibióticos, é</p><p>melhor a recuperação de microrganismos se utilizarmos a</p><p>proporção de 1:5 sangue/caldo.</p><p>Em geral, nas infecções agudas, recomenda-se a coleta</p><p>de duas a três amostras (dois frascos por</p><p>punção/amostra) em curto espaço de tempo, ou seja,</p><p>sequenciais ou dentro de 1 hora. A coleta de hemoculturas</p><p>em intervalos maiores de 1 a 2 horas entre as amostras</p><p>pode ser recomendada para monitorar ou documentar</p><p>bacteriemia contínua em pacientes com suspeita de</p><p>endocardite ou infecção endovascular associada a</p><p>dispositivos invasivos (ex.: cateter vascular)</p><p>Informações importantes:</p><p> Nunca colher em seringa com heparina para</p><p>posteriormente colocar no frasco (a heparina inibe o</p><p>crescimento de algumas bactérias).</p><p> Evitar coletar de cateter se houver acesso venoso.</p><p> Amostras coletadas no pico febril fornecem em sua</p><p>maioria resultados negativos.</p><p>Informações importantes:</p><p> Cada mililitro de sangue a mais coletado aumenta a positividade em média</p><p>3%.</p><p> Em pacientes adultos é recomendado no mínimo 2 ou no máximo 4 amostras</p><p>de SANGUE.</p><p> Em crianças é recomendado 2 amostras de SANGUE.</p><p> Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e distribuição</p><p>do sangue nos frascos de hemocultura.</p><p> O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta.</p><p>Anticoagulante</p><p>POLIANETOL SULFONATO DE SÓDIO (SPS) 0,025 a</p><p>0,05 mL</p><p> Ação inibidora para lisozimas.</p><p> Certa ação inibidora frente a determinadas</p><p>concentrações de aminoglicosídeos e polimixinas.</p><p> Pode ter alguma ação inibidora para algumas frações do</p><p>complemento.</p><p>Inibe parcialmente a fagocitose.</p><p>Transporte</p><p>Nunca refrigerar o frasco;</p><p>Manter o frasco em temperatura ambiente e</p><p>encaminhar o mais rápido possível para o laboratório.</p><p>Cultivo da amostra</p><p>1. Mínimo de 7 dias de incubação a 35º C.</p><p>2. Realizar pelo menos 3 subcultivos durante este prazo.</p><p>a) Primeiro subcultivo com 24 horas</p><p>b) Segundo subcultivo com 48 horas</p><p>c) Terceiro com 7 dias</p><p>3. Observação diária dos frascos procurando evidências</p><p>macroscópicas de crescimento como: hemólise, turbidez,</p><p>produção de gás, película de crescimento etc.</p><p>4. Fazer antibiograma</p><p>Obs: Para a semeadura colocar uma agulha na tampa</p><p>emborrachada do frasco e gotejar próximo à chama.</p><p>Semear e incubar cada placa por 24/48h em estufa 35ºC.</p><p>Isolamento e identificação</p><p>1. Meios de cultura utilizados para realização dos</p><p>subcultivos.</p><p>Agar Sangue</p><p>E M B</p><p>Agar chocolate enriquecido</p><p>Agar thayer-Martin (Neisseria)</p><p>2. Realizar a identificação segundo esquema de Gram</p><p>positivo e Gram negativo.</p><p>Hemocultura</p><p>coleta</p><p>Anticoagulante (0,05 mL):</p><p>Polianetol-sulfonato</p><p>de sódio (SPS)</p><p>1:10 sangue:</p><p>meio de cultura</p><p>Aerobiose</p><p>(BHI – Caldo</p><p>Columbia)</p><p>Anaerobiose</p><p>(tioglicolato)</p><p>chocolate sangue EMB</p><p>24 – 48 horas fazer subcultivos</p><p>5 – 7 dias se as culturas permanecerem negativas</p><p>Período máximo de incubação: 7 dias</p><p>Sabouraud</p><p>(pesquisa de fungo)</p><p>Cultura de Ponta de cateter</p><p>Quando a colonização de um cateter venoso puder ser</p><p>responsabilizada como o foco primário da sepse a</p><p>extremidade distal do mesmo deve ser cultivada.</p><p>De acordo com a metodologia de Maki um resultado de</p><p>cultura acima de 15 unidades formadoras de colônias</p><p>deve ser considerado positivo.</p><p>Metodologia</p><p>Deve ser feita a antissepsia com solução de iodo a a 1% a 2%,</p><p>clorexidine alcoólico 0,5% ou PVPI (Polivinil Pirrolidona Iodo) e o</p><p>excesso removido com álcool a 70%.</p><p>Um segmento distal de Aproximadamente 5 cm do cateter é</p><p>assepticamente cortado, colocado em frasco esteril e seco,</p><p>levado ao laboratório imediatamente.</p><p> O segmento é rolado ( 5 a 6 vezes) delicadamente sobre a</p><p>superfície de uma placa de agar sangue, com o auxílio de uma</p><p>pinça.</p><p>Metodologia</p><p>A placa deve ser incubada durante 18-24 horas a 35</p><p>graus.</p><p> 15 ou mais colônias é correlacionada com o fato do</p><p>cateter constituir a fonte de infecção.</p><p> As colônias isoladas devem ser identificas de acordo</p><p>com os sistemas de identificações.</p><p> Realizar o antibiograma.</p><p>Profª. Kêsia Xisto</p><p>CULTURA DO LÍQUIDO</p><p>CÉFALO RAQUIDIANO</p><p>(LCR)</p><p>Objetivo:</p><p>Importância e Características.</p><p> Punção: cuidados especiais.</p><p> Coloração de Gram.</p><p> Identificação dos principais microrganismos</p><p>envolvidos.</p><p>O QUE É O LCR?</p><p>O líquor (LCR), também conhecido como líquido cefalorraquidiano, é</p><p>um fluído corporal transparente, incolor e límpido.</p><p>É produzido nos ventrículos cerebrais do nosso Sistema Nervoso</p><p>Central (SNC) e ocupa um espaço no cérebro e na medula espinhal.</p><p>LCR NORMAL</p><p>- Estéril</p><p>- Aspecto aquoso e transparente</p><p>LCR PATOLÓGICO</p><p>– Hemorrágico; Ligeiramente turvo ou turvo ;</p><p>– Purulento ou xantocrômico</p><p>IMPORTÂNCIA</p><p>O exame do LCR é um passo indispensável no diagnóstico da</p><p>meningite bacteriana ou por fungos.</p><p>transudato.</p><p>A composição química e citológica do LCR se altera com</p><p>inflamações cerebrais ou de meninges, isto é, encefalite ou</p><p>meningite.</p><p>Nas meningites bacterianas o líquor se apresentar com aspecto</p><p>turvo, aumento no número de polimorfonucleares (neutrófilos)</p><p>(>1.000/mL), aumento da concentração de proteínas (>100</p><p>mg/mL) e hipoglicorraquia.</p><p> A produção do LCR é diária, ao redor de 500 mL/dia.</p><p> O LCR é responsável pelo fornecimento de nutrientes, excreção</p><p>de produtos do metabolismo, manutenção da homeostase e</p><p>amortecimento do SNC.</p><p>Idade ou Condição Micro-organismos</p><p>Recém-nascido Escherichia coli, Streptococcus agalactiae,</p><p>Listeria monocytogenes,</p><p>Agentes Etiológicos das Meningites Agudas por</p><p>bactérias e fungos</p><p>PUNÇÃO</p><p>Não há preparo específico para o</p><p>exame do LCR. O paciente pode</p><p>alimentar-se normalmente e não deve</p><p>estar fazendo uso de medicação</p><p>anticoagulante ou de drogas que</p><p>interfiram na coagulação sanguínea.</p><p>PUNÇÃO LOMBAR</p><p>Thisisspinaltap.jpg</p><p>Na execução o paciente é deitado e colocado de lado, com o</p><p>pescoço dobrado para baixo e as pernas encolhidas (posição</p><p>fetal) ou também pode ser feito sentado com a cabeça</p><p>abaixada.</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Thisisspinaltap.jpg</p><p>Pode haver redução da pressão intracraniana que gera dor</p><p>de cabeça quando de pé. O simples fato de permanecer</p><p>deitado com a cabeceira baixa após o exame por algumas</p><p>horas é o suficiente para evitar essa complicação.</p><p>Depois de introduzida a agulha,</p><p>é preciso deixar que o líquido</p><p>saia naturalmente, gota a gota, para</p><p>recipientes próprios (frasco estéril SEM</p><p>anticoagulante).</p><p> Após antissepsia correta da pele realizar a coleta em dois tubos</p><p>limpos e estéreis, bem vedados com tampa de borracha ou tubo</p><p>de rosca.</p><p>Um tubo destina-se aos exames microbiológicos e o outro à</p><p>citoquímica. Caso a coleta seja permitida apenas para um tubo, o</p><p>laboratório de microbiologia deve ser o primeiro a manipula-lo.</p><p>O LCR deve ser enviado ao Laboratório de bacteriologia</p><p>imediatamente após a coleta, e mantido à temperatura ambiente</p><p>(ou na estufa a 35ºC). Nunca refrigerar o LCR quando este</p><p>se destinar à cultura.</p><p>Cuidados especiais</p><p>Apenas o LCR para estudos virais deve ser refrigerado ou</p><p>congelado.</p><p>Centrifugar em tubo estéril e usar o sedimento.</p><p>A semeadura deve ser feita logo após a centrifugação.</p><p>COLORAÇÃO DE GRAM</p><p> Após misturar completamente todo o sedimento, uma alçada</p><p>é colocada em uma lâmina nova desengordurada.</p><p> Aplicar uma segunda alçada sobre a primeira já seca. Isso</p><p>aumentará a concentração do liquor.</p><p> O sedimento nunca deverá ser espalhado sobre a superfície</p><p>da lâmina, já que este procedimento aumentará as dificuldades</p><p>de visualizar pequenos números de microrganismos.</p><p>MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>Neisseria meningitidis</p><p>IDENTIFICAÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Diplococos Gram negativos intra</p><p>celular facultativo.</p><p>Identificação</p><p>Oxidade positiva.</p><p>Degradação de glicose e maltose no meio CTA (Cystine</p><p>Tripticase agar).</p><p>Crescimento em agar chocolate.</p><p>Incubação a 35 - 37C em atmosfera de CO2 e umidade.</p><p>CULTURA LCR</p><p>Identificação Neisseria menigitidis</p><p>MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>Haemophilus influenzae</p><p>IDENTIFICAÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Cocobacilos ou bacilos Gram</p><p>negativos pleomórficos.</p><p>Identificação</p><p>Imóveis, Oxidase positiva</p><p>Requerem os fatores: X (hemina) e V (NAD)</p><p>Fermentação de glicose, sacarose, lactose, xilose e manose</p><p>Presença de catalase</p><p>Crescimento em ágar chocolate (sangue de cavalo ou coelho)</p><p>Crescimento em ágar HTM (antibiograma)</p><p>Pouco crescido em ágar sangue e não crescem em EMB ou</p><p>McConkey</p><p>Prova do satelitismo</p><p>A diminuição do tamanho das colônias corresponde a uma</p><p>diminuição do fator V (NAD) produzido pelos Staphylococcus</p><p>aureus.</p><p>O fator X, ou hematina é fornecido pelos eritrócitos de carneiro</p><p>lisados circundando a estria do Staphylococcus aureus.</p><p>Fazer uma estria de Staphylococcus aureus</p><p>M</p><p>e</p><p>io</p><p>A</p><p>g</p><p>a</p><p>r</p><p>sa</p><p>n</p><p>g</p><p>u</p><p>e</p><p>Colônias minúsculas</p><p>em gota de orvalho</p><p>PROVA DE UTILIZAÇÃO DOS FATORES</p><p>X (HEMINA) E V (NAD)</p><p>Microrganismos mais encontrados</p><p>Listeria monocytogenes</p><p>Listeria monocytogenes</p><p>IDENTIFICAÇÃO PRIMÁRIA</p><p>Bacilo Gram positivo, pleomórfico.</p><p>Intra celular facultativo</p><p>http://www.medicinabih.info/wp-content/uploads/2011/12/Listeria-monocytogenes.jpg</p><p>Fermentação de ácido a partir da glicose</p><p>Hidrolise da esculina positiva</p><p>Hemólise beta.</p><p>CAMP positivo.</p><p>Motilidade típica em forma de guarda</p><p>chuva.</p><p>IDENTIFICAÇÃO</p><p>Identificação de Listeria monocytogenes</p><p>motilidade tipica (10 a 25 graus)</p><p>em forma de guarda chuva</p><p>CAMP positivo</p><p>Esculina positiva Hemólise beta</p><p>Kits comerciais</p><p>API-Listeria test (espécie)</p><p>API Coryne System ( gênero)</p><p>Sistema Automatizado</p><p>Vitek 2</p><p>Biologia molecular</p><p>IDENTIFICAÇÃO</p><p>IDENTIFICAÇÃO</p><p>Meio Cromogênico de Identificação</p><p>Usa o cromógeno X-glicosídeo para identificação presuntiva de</p><p>Listeria spp. Este cromogeno é clivado por beta-glicosidase,</p><p>que é comum a todas as espécies de Listeria . Quando clivado</p><p>forma um composto que em presença do oxigênio atmosférico</p><p>é oxidado e convertido no corante azul.</p><p>Enzima fosfolipase hidrolisar lecitina</p><p>(lectinase)</p><p>(produzindo uma auréola branca opaca ao redor da colônia)</p><p>MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>COCOS GRAM POSITIVOS</p><p> STREPTOCOCCUS, PNEUMOCOCCUS E STAPHYLOCOCCUS</p><p>Cultura de LCR</p><p>COLETA</p><p>Centrifugação</p><p>GRAM</p><p>Ziehl-Neelsen</p><p>Ágar sangue EMB Ágar chocolate</p><p>enriquecido</p><p>Esquema de identificação</p><p>Antibiograma</p><p>Slide 1: Hemocultura</p><p>Slide 2: OBJETIVOS:</p><p>Slide 3</p><p>Slide 4</p><p>Slide 5</p><p>Slide 6</p><p>Slide 7: Representa</p><p>Slide 8</p><p>Slide 9</p><p>Slide 10</p><p>Slide 11</p><p>Slide 12</p><p>Slide 13: CULTURA DE SANGUE SUSPEITA DE BACTERIEMIA CLINICAMENTE SIGNIFICATIVA</p><p>Slide 14</p><p>Slide 15: Importância</p><p>Slide 16: Classificação (Padrão Clínico)</p><p>Slide 17: Classificação (Padrão Clínico)</p><p>Slide 18: Classificação (Padrão Clínico)</p><p>Slide 19: Classificação (Padrão Clínico)</p><p>Slide 20</p><p>Slide 21</p><p>Slide 22</p><p>Slide 23</p><p>Slide 24</p><p>Slide 25</p><p>Slide 26</p><p>Slide 27</p><p>Slide 28</p><p>Slide 29</p><p>Slide 30</p><p>Slide 31</p><p>Slide 32: Antissepsia da pele para a coleta</p><p>Slide 33</p><p>Slide 34</p><p>Slide 35: Coleta do material</p><p>Slide 36</p><p>Slide 37: Informações importantes:</p><p>Slide 38: Informações importantes:</p><p>Slide 39: Anticoagulante</p><p>Slide 40: Transporte</p><p>Slide 41: Cultivo da amostra</p><p>Slide 42</p><p>Slide 43: Isolamento e identificação</p><p>Slide 44: Hemocultura</p><p>Slide 45: Cultura de Ponta de cateter</p><p>Slide 46: Metodologia</p><p>Slide 47: Metodologia</p><p>Slide 48</p><p>Slide 49</p><p>Slide 50</p><p>Slide 51: Objetivo:</p><p>Slide 52: O QUE É O LCR?</p><p>Slide 53: LCR NORMAL</p><p>Slide 54: IMPORTÂNCIA</p><p>Slide 55</p><p>Slide 56</p><p>Slide 57</p><p>Slide 58</p><p>Slide 59</p><p>Slide 60: PUNÇÃO</p><p>Slide 61: PUNÇÃO LOMBAR</p><p>Slide 62</p><p>Slide 63</p><p>Slide 64</p><p>Slide 65: COLORAÇÃO DE GRAM</p><p>Slide 66: MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>Slide 67: Identificação</p><p>Slide 68</p><p>Slide 69: MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>Slide 70: Identificação</p><p>Slide 71: Prova do satelitismo</p><p>Slide 72</p><p>Slide 73: Microrganismos mais encontrados</p><p>Slide 74</p><p>Slide 75</p><p>Slide 76: Kits comerciais API-Listeria test (espécie) API Coryne System ( gênero) Sistema Automatizado Vitek 2 Biologia molecular</p><p>Slide 77</p><p>Slide 78: MICRORGANISMOS MAIS ENCONTRADOS</p><p>Slide 79</p><p>Slide 80</p><p>Slide 81: Cultura de LCR</p>