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Trabalho 7

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PROPRIEDADE
Parte A
A primeira etapa do trabalho não pode ser realizada, pois minha família não possui residência própria. E o proprietário não dispunha de uma cópia da certidão de matricula do imóvel disponível para ser anexa ao trabalho.
Parte B
Conceito e fundamento
A usucapião é a prescrição aquisitiva, em confronto com a prescrição extinta, que é disciplinada nos artigos 205 e 206 do Código Civil. Em ambas, aparece o elemento tempo influindo na aquisição e na extinção de direitos.
A primeira é o modo originário de aquisição de propriedade e de outros direitos reais suscetíveis do exercício continuado (entres eles, a servidão e o usufruto) pela posse prolongada no tempo, acompanhada de certos requisitos exigidos pela lei; a segunda tratada na parte geral do Código Civil é a perda da pretensão e da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em conseqüência do não uso dela durante determinado espaço de tempo.
Com efeito, argumenta Cunha Gonçalves, “A propriedade, embora seja perpétua, não pode conservar este caráter senão enquanto o proprietário manifestar a sua intenção de manter o domínio, exercendo uma permanente atividade sobre a coisa possuída; a sua inação perante a usurpação feita por outrem, durante 10, 20 ou 30 anos, constitui uma aparente e tácita renúncia ao seu direito. De outro lado, à sociedade interessa muito que as terras sejam cultivadas, que as casas sejam habitadas, que os imóveis sejam utilizados; mas um indivíduo que durante longos anos, exerceu este direito numa coisa alheia, pelo seu dono deixado ao abandono, é também digno de proteção. Finalmente a lei faculta ao próprio esbulhado o exercício da respectiva ação para reaver a sua posse; mas esta ação não pode ser de duração ilimitada, porque a paz social e a tranqüilidade das famílias exigem que os legítimos cessem, desde que não foram postos em juízo num determinado tempo”.
Espécies
Podem ser objetos de usucapião bem móveis e imóveis. Podem ser subdivididas ainda em extraordinárias, ordinárias e em especial ou constitucional, dividindo-se a ultima em rural (pro labore) e urbana (pro misero).
Usucapião extraordinária
A usucapião extraordinária é disciplinada no art. 1.238 do Código Civil e seus requisitos são: posse de quinze anos (que pode ser reduzida para 10 se o possuidor tiver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou ter feito obras de caráter produtivo), exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente. Dispensa-se os requisitos do justo título e da boa-fé.
Usucapião ordinária
A usucapião ordinária apresenta os seguintes requisitos: posse de dez anos, exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente, além de justo título e boa-fé.
Usucapião especial
Pode ser dividida em urbana e rural. A lei n. 4.504, sobre usucapião especial rural determina que: “Todo aquele que, não sendo proprietário nem rural nem urbano, por 5 anos ininterruptos, sem oposição, área rural contínua, não excedendo 25 hectares, e a houver tornado produtiva com seu trabalho e nela tiver sua morada, adquirir-lhe à o domínio, independente de justo título e boa-fé, podendo requerer do juiz que assim determine por sentença, a qual servirá de título para a transcrição no Registro de Imóveis”.
A usucapião especial urbana, através do art. 183 da Constituição determina que “Aquele que possua como sua área urbana, imóvel de até 250 metros quadrados, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-à o domínio desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural”.
Há ainda a usucapião urbana individual e coletiva do estatuto da Cidade, que “decorre das ocupações irregulares em conglomerados urbanos, áreas de invasão etc.”.
A usucapião urbana coletiva determina que “as áreas urbanas com mais de 250 metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são suscetíveis de serem usucapiadas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietário de nenhum outro imóvel rural ou urbano”.
Usucapião indígena
Índios ou silvícolas são habitantes das selvas, não integrados a civilização. Nos termos do art. 4°, parágrafo único do CC de 2002, a “capacidade dos índios será regulada por legislação especial”. Assim sendo “o índio que, integrado ou não, que ocupe como próprio, por 10 anos consecutivos, trecho de terra inferior a 50 hectares, adquir-lhe-à a propriedade plena”. Se o índio possuir plena capacidade, poderá propor diretamente a ação. Se não, será representado pela Funai.
Pressupostos de usucapião
São pressupostos de usucapião: coisa hábil, posse, decurso de tempo, justo título e boa-fé.
Cosia hábil
Preliminarmente, é a verificação de se a propriedade de que se pretende usucapir é suscetível de prescrição aquisitiva (pois existem os bens legalmente indisponíveis). Consideram-se fora do comércio os bens naturalmente indisponíveis, o legalmente indisponíveis e os indisponíveis por vontade humana.
Posse
Fundamental para a prescrição aquisitiva, porém não é qualquer espécie de posse que pode conduzir usucapião. É necessário que ela tenha sido adquirida de “modo justo, se utilização de violência, ou clandestinidade, ou título precário. Exigi-se ainda que n decorrer da posse, ela tenha ocorrido de maneira pacifica”. 
Requer-se ainda, de um lado atitude ativa do possuidor, com ânimo de dono, e passiva do proprietário (negligência, abandono).
Tempo
O tempo para usucapir varia de acordo com o tipo de pedido de usucapião. O tempo máximo cobrado por lei para se ter o direito de usucapião é de 15 anos (usucapião ordinário), enquanto a mínimo é de 5 anos (usucapião especial).
Justo título
Indispensável para a aquisição da propriedade pela usucapião ordinária. O art. 1.242 determina que “adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestavelmente, com justo título e boa-fé o possuir por 10 anos”.
Segundo Lenine Nequete, “Justo título (justa causa possessionis) é todo ato formalmente adequado a transferir o domínio ou o direito real de que trata, mas que deixa de produzir tal efeito em virtude de não ser o transmitente senhor da coisa ou do direito, ou de faltar-lhe o poder de alienar”.
Boa-fé
Boa-fé é a crença do possuidor de que legitimamente lhe possua a coisa sob sua posse. Ela “subsiste, então, inegavelmente, enquanto não destruída pela superveniência da má-fé, quem entra em dúvida, não está ainda de má-fé, não adquiriu a convicção contrária de que não é proprietário ou titular do direito em prescrição. Assim, a bona fides media deve reputar-se hábil a usucapião”.
Assim, a posse de boa-fé só perde esse caráter quando as circunstâncias façam crer que o possuidor não ignora que possui a propriedade irregularmente.
Ação de usucapião
Dispõe o art. 1.241 do Código Civil: “Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade do imóvel”. Na ação, devem ser obrigatoriamente citados para a ação: a) aquele em cujo nome estiver registrado o imóvel; b) os confinantes do imóvel; c) se estiverem em lugar incerto, serão citados por editais, o mesmo ocorrendo em relação a eventuais interessados.

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