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<p>A noção de planejamento urbano</p><p>Apresentação</p><p>Após a Revolução Industrial e o êxodo rural, as cidades aumentaram significativamente sua</p><p>população e vêm crescendo desde então. Esse acontecimento ocasionou inúmeros problemas para</p><p>os centros urbanos, na medida em que eles não estavam preparados para tamanho crescimento.</p><p>Por esse motivo, viu-se a necessidade de começar a planejar e organizar os centros urbanos,</p><p>diminuindo seus problemas e melhorando sua qualidade. Atualmente, boas cidades são aquelas que</p><p>apresentam políticas e ações de planejamento urbano.</p><p>A ação de planejamento das cidades é considerada uma atividade tão complexa que influencia e</p><p>depende de vários aspectos. Assim como o planejamento está relacionado à produção do espaço</p><p>urbano, podendo promovê-lo, incentivá-lo ou controlá-lo, ele só se efetiva por meio de ações</p><p>organizadas.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os princípios que norteiam o planejamento</p><p>urbano, compreendendo as principais ferramentas e ações dessa complexa atividade. Ainda, você</p><p>será capaz de entender as consequências da falta de planejamento ou de um planejamento</p><p>inadequado para a vida das pessoas.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Reconhecer as condições anteriores ao planejamento urbano contemporâneo.•</p><p>Identificar as principais ferramentas utilizadas para fazer planejamento urbano.•</p><p>Descrever as consequências do planejamento urbano aplicado.•</p><p>Desafio</p><p>Quando se pensa em planejamento urbano ou em ações para planejar as cidades, é fundamental</p><p>entender as realidades de cada centro urbano, seja ele grande ou pequeno, levantando as</p><p>condições atuais. Com isso, analisa-se o que tem de mais urgente a ser resolvido, estabelecendo</p><p>prioridades. Em seguida, é preciso estabelecer objetivos, metas e ações que colocarão em prática as</p><p>ideias de melhoramento. Essas ações são denominadas "políticas urbanas" e servem de</p><p>embasamento para a resolução de questões urbanas, tendo em vista a obtenção de uma melhor</p><p>qualidade de vida nas cidades.</p><p>Assim, a finalidade do planejamento urbano é controlar as cidades para que sejam ordenadas e</p><p>proporcionem boa qualidade de vida aos seus habitantes. Como o crescimento desordenado das</p><p>cidades acarreta vários conflitos, a ciência do planejamento urbano surge como resposta para</p><p>tentar solucioná-los.</p><p>Nesse contexto, acompanhe a seguinte situação:</p><p>Você, como estudioso e conhecedor, tanto do assunto quanto do contexto da cidade, deve sugerir</p><p>quais instrumentos (ou ferramentas) de planejamento urbano podem ser empregados para prevenir</p><p>novas situações semelhantes ou para que as situações não piorem ainda mais no futuro.</p><p>Infográfico</p><p>Na atualidade, o planejamento urbano das cidades é um assunto bastante presente e vem sendo</p><p>cada vez mais desenvolvido. Mas o momento atual que valoriza essa prática advém de uma série de</p><p>acontecimentos e de períodos da história que resultaram na prática do planejamento urbano como</p><p>se vê nos dias atuais.Verifique que o planejamento urbano é efêmero, está sempre em</p><p>transformação, pois constantemente novos acontecimentos e novas necessidades vão influenciar</p><p>na organização das cidades.</p><p>Neste Infográfico, veja alguns momentos importantes da história que antecederam a realidade atual</p><p>de planejamento urbano das cidades.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/e7332ccb-924d-4d2a-83d5-98cdbdc73583/56d7cbf9-7df9-4fda-8f3c-fd6298540dfb.png</p><p>Conteúdo do livro</p><p>O planejamento urbano tem uma longa história na humanidade, tendo diversas outras</p><p>denominações ao longo de mais de dois mil anos. A diferença entre uma cidade ser caótica ou ter</p><p>boa qualidade de vida está diretamente relacionada ao planejamento urbano dela.</p><p>O planejamento urbano pode ser compreendido como uma ciência que dispõe de vários</p><p>instrumentos para coordenar as cidades, mas que devem ser pensadas, organizadas e empregadas</p><p>conjuntamente. Ou seja, não há solução isolada para a complexidade que são as cidades</p><p>contemporâneas.</p><p>No capítulo A noção de planejamento urbano, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você</p><p>será capaz de compreender profundamente a importância do planejamento urbano e como foi a</p><p>sua evolução e o desenvolvimento das cidades até o momento atual. Além disso, você poderá</p><p>identificar diferentes ferramentas de planejamento urbano que podem ser utilizadas nas cidades,</p><p>entendendo suas funções.</p><p>Boa leitura.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A ARQUITETURA</p><p>E URBANISMO</p><p>André Huyer</p><p>A noção de planejamento</p><p>urbano</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Reconhecer as condições anteriores ao planejamento urbano</p><p>contemporâneo.</p><p>� Identificar as principais ferramentas utilizadas para fazer planejamento</p><p>urbano.</p><p>� Descrever as consequências do planejamento urbano aplicado.</p><p>Introdução</p><p>Você sabia que, atualmente, 80% da população brasileira vive em cida-</p><p>des? Isso quer dizer que a tendência é a população rural ser cada vez</p><p>menor. Uma das principais ferramentas para termos cidades boas</p><p>de se viver é um planejamento urbano adequado. Essa ciência têm</p><p>instrumentos decisivos para determinar como será a qualidade de vida</p><p>nas cidades. Por meio de um bom planejamento e da correta execução</p><p>dele, as cidades podem ser locais ordenados, sustentáveis e equilibrados.</p><p>Neste texto, você conhecerá os princípios que norteiam o planejamento</p><p>urbano e suas consequências para as cidades.</p><p>Antecedentes do planejamento urbano</p><p>Você sabe quando as cidades começaram a ser planejadas? Há muito tempo! Na</p><p>Grécia, do século IV a.C., já temos o exemplo de Mileto, uma cidade planejada</p><p>antes de ser construída, com traçados de ruas em xadrez e que, ainda hoje, é</p><p>considerada um exemplo de bom planejamento.</p><p>As aglomerações que surgem espontaneamente aparentam ser a origem</p><p>da maioria das cidades, mas nem sempre é assim. Mesmo nesses casos, a</p><p>partir de certo tamanho, passa a haver um regramento, tanto para as vias de</p><p>circulação – as ruas – como para os prédios e as atividades. As ruas passam</p><p>a ter de obedecer a larguras mínimas, os prédios a terem limites de altura e</p><p>as atividades comerciais e de serviços a serem limitadas a algumas zonas das</p><p>aglomerações urbanas. Quando isso ocorre, já estamos tendo algum planeja-</p><p>mento urbano, mesmo que de forma pouco relevante.</p><p>Após o período da Grécia Clássica, ao longo da história da civilização</p><p>ocidental, você pode observar algumas características próprias de cada período,</p><p>por exemplo, Roma, que seguiu o conceito de cidades com traçado xadrez (ruas</p><p>retas cruzando ortogonalmente entre si). Na idade média, o planejamento de</p><p>cidades privilegiava o modelo de fortaleza, ou seja, as cidades eram cercadas</p><p>por muros, para proteção de seus habitantes dos povos inimigos. Com a Re-</p><p>nascença, passa a haver uma integração entre o traçado urbano e os prédios</p><p>e obras de arte, que ficam mais sofisticados no Barroco.</p><p>A Revolução Industrial, no século XIX, trouxe às cidades conflitos até</p><p>então inexistentes. A proximidade entre indústrias poluentes e habitações,</p><p>bem como a insalubridade das habitações, exigiu uma ação reguladora das</p><p>autoridades sobre as propriedades privadas. Uma das respostas foi a exigên-</p><p>cia de que os prédios tivessem afastamentos para permitir a ventilação dos</p><p>ambientes internos. Assim, foram surgindo várias ideias de como as cidades</p><p>deveriam ser, a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas.</p><p>A primeira utilização da expressão “urbanização” é atribuída a Ildefonso</p><p>Cerdá, na Espanha, em 1867, com seu texto Teoria Geral da Urbanização.</p><p>Outros teóricos pioneiros foram Arturo Soria Y Mata, espanhol que, em 1882,</p><p>concebeu a “Cidade Linear”; Camilo Sitte, austríaco preocupado com a estética</p><p>urbana, em 1889; Ebenezer Howard, inglês que propôs a “Cidade-Jardim”, em</p><p>1898, unindo as vantagens da vida urbana com a rural;</p><p>Tony Garnier, francês</p><p>que propôs uma cidade industrial, em 1901; Patrick Geddes, escocês que</p><p>teorizou sobre as cidades como organismos vivos e sobre a importância dos</p><p>aspectos sociais e pesquisas, em 1915; e Marcel Poète, francês que descreveu</p><p>a importância de conhecer os habitantes.</p><p>Já o franco-suíço Le Corbusier sintetizou vários conceitos com base da</p><p>arquitetura e urbanismo modernistas. Sinteticamente, propôs a divisão da</p><p>cidade em funções distintas: morar, trabalhar, lazer e circulação, cada qual</p><p>separada das outras. Suas ideias foram extremamente influentes no planeja-</p><p>mento urbano do século XX. O conceito de segregar as funções da cidade</p><p>certamente foi consequência dos conflitos da industrialização desregrada</p><p>anterior. Também influenciou a ideia, muito forte na década de 1930, de que</p><p>a tecnologia tudo poderia resolver, especialmente as máquinas: automóveis,</p><p>trens, aviões e, em seguida, o ar condicionado.</p><p>A noção de planejamento urbano2</p><p>Porém, a implantação do zoneamento absoluto defendido pelo urbanismo</p><p>modernista demonstrou vários problemas, que foram apontados na obra de</p><p>Jane Jacobs, norte-americana que, em 1961, escreveu a obra Morte e Vida de</p><p>Grandes Cidades, que se tornou um clássico do planejamento urbano. Ela</p><p>apontou que a diversidade e miscigenação enriquecem a vida urbana, ao passo</p><p>que o zoneamento extremo torna algumas zonas mortas em certos horários</p><p>(JACOBS, 2011). Posteriormente, no início da década de 1970, a crise mundial</p><p>do petróleo colocou novo entrave à concepção de que a máquina – especialmente</p><p>o automóvel de uso individual – tudo resolveria.</p><p>Principais ferramentas utilizadas para o</p><p>planejamento urbano</p><p>Após conhecer alguns dos fatos históricos da formação do planejamento urbano</p><p>contemporâneo, você precisa saber que eles são a primeira ferramenta desta</p><p>ciência: conhecer a história da cidade. O planejamento urbano é feito após</p><p>um diagnóstico da situação existente, portanto, é preciso conhecer o que vai</p><p>sofrer intervenção, além de conhecer tanto a formação e desenvolvimento</p><p>físico da cidade como a sua história.</p><p>De maneira geral, o planejamento urbano no Brasil é feito por meio de um</p><p>plano diretor para a cidade. Na realidade, o plano diretor aplica um conjunto de</p><p>ferramentas, que podem variar, não havendo uma fórmula única ou totalmente</p><p>abrangente. Cada caso é um caso, distinto dos demais, cada cidade tem suas</p><p>Na prática</p><p>Veja em realidade aumentada o Plan Voisin, proposta apresentada por Le Corbusier</p><p>para a cidade de Paris.</p><p>Aponte para o QR code ou acesse o link</p><p>https://goo.gl/rPNt6i para ver o recurso.</p><p>3A noção de planejamento urbano</p><p>peculiaridades. Antes de prosseguir, você, agora, vai se familiarizar com</p><p>alguns conceitos pertinentes à área.</p><p>� Urbanismo: é o planejamento da cidade como ente físico (ruas, praças,</p><p>prédios, etc.). Já planejamento urbano é a cidade física e as relações</p><p>com seus habitantes. Enquanto o urbanismo é feito basicamente por</p><p>arquitetos e urbanistas, o planejamento envolve, obrigatoriamente,</p><p>equipe multidisciplinar, incluindo arquiteto e urbanista; engenheiros</p><p>civis, ambientais, sanitaristas, etc.; advogados; geógrafos; geólogos;</p><p>sociólogos; historiadores; biólogos; profissionais da saúde; economistas;</p><p>para citar apenas alguns. É, também, muito importante e imprescindível</p><p>a participação da população.</p><p>� Município: é a soma da área urbana com a área rural de um território.</p><p>Cidade é a parte urbana, e o restante é a área rural. Eventualmente,</p><p>na área rural pode haver núcleos urbanos. Por isso, as prefeituras são</p><p>municipais, e não somente de alguma “cidade”.</p><p>� Plano diretor: é o instrumento básico de desenvolvimento urbano. Deve</p><p>explicitar as intenções de ordenamento territorial. No Brasil, todas as</p><p>cidades com mais de 20.000 habitantes devem, obrigatoriamente, ter</p><p>um plano diretor, além de alguns outros instrumentos, como integran-</p><p>tes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; integrantes de</p><p>áreas de especial interesse turístico, inseridas na área de influência de</p><p>empreendimentos; ou atividades com significativo impacto ambiental</p><p>de âmbito regional ou nacional, incluídas no cadastro nacional de muni-</p><p>cípios com área suscetíveis à ocorrência de desastres naturais, e onde o</p><p>Poder Público Municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no</p><p>§ 4º, do art. 182, da Constituição Federal (parcelamento ou edificação</p><p>compulsórios; imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana</p><p>progressiva no tempo; e desapropriação com pagamento de títulos da</p><p>dívida pública) (BRASIL, 1988).</p><p>Passando para as ferramentas empregadas nos planos diretores que, even-</p><p>tualmente, podem ser utilizadas como leis avulsas, o zoneamento é das mais</p><p>comuns. Com o zoneamento, são estabelecidas limitações para as diversas</p><p>áreas da cidade. Ele a separa em várias zonas, como o próprio nome já indica.</p><p>Cada uma dessas zonas recebe determinações do que pode e do que não pode</p><p>ser feito nela. Podemos dividir as matérias reguladas pelo zoneamento em</p><p>atividades e construções.</p><p>A noção de planejamento urbano4</p><p>As atividades são a habitação, o comércio, os serviços, o lazer e a indústria. Lembra</p><p>bastante as funções urbanas definidas no urbanismo modernista. O zoneamento define</p><p>quais as atividades e o porte de cada uma que cabem em determinada área urbana.</p><p>Por exemplo, uma área pode admitir habitações com comércio e serviços de pequeno</p><p>porte, e proibir todas as demais. Já outra zona pode tolerar indústrias de grande porte,</p><p>comércio e serviços em geral, mas proibir a habitação. Entre esses dois extremos,</p><p>cabem infinitas combinações de miscigenação entre atividades e portes diversos.</p><p>Por que zonear as cidades? A melhor resposta é encontrada com o início</p><p>da Revolução Industrial, principalmente na Inglaterra. A vizinhança próxima</p><p>de indústrias poluentes com habitações sofre com barulho, poeira, fumaça e</p><p>trânsito pesado, portanto, nada mais prático do que separar essas atividades.</p><p>Onde se mora, não há fábricas, e vice e versa. Contudo, como nem toda indústria</p><p>é de grande porte e nem toda indústria é poluente, esse zoneamento não deve</p><p>ser absoluto. O planejamento urbano deve estipular distâncias seguras entre</p><p>as atividades, mas também não afastadas demais, pois assim gera-se outro</p><p>problema, que é o transporte entre as habitações e os empregos.</p><p>Dentro do zoneamento também é aplicada outra regulação, o porte das</p><p>edificações e a volumetria delas. Para cada zona será determinado quantos</p><p>metros quadrados podem ser construídos em relação à área do terreno, qual a</p><p>altura máxima e quais os afastamentos entre os prédios. Novamente, surge a</p><p>questão: para que regular e limitar o tamanho dos prédios? Para compreender</p><p>isso, você primeiro vai se familiarizar com o conceito de densidade.</p><p>5A noção de planejamento urbano</p><p>Densidade, em planejamento urbano, é a quantidade de pessoas que moram (ou</p><p>trabalham) em determinada quantidade de solo da cidade. Geralmente, se utiliza a</p><p>medida de habitantes por hectare, em que um hectare é igual a dez mil metros qua-</p><p>drados. Conforme a densidade de um bairro, será necessária uma infraestrutura urbana</p><p>compatível: abastecimento de água, rede de esgoto pluvial e esgoto cloacal, vias de</p><p>trânsito, fornecimento de energia elétrica, linhas de transporte coletivo, postos de saúde,</p><p>etc. Se o bairro tiver mais pessoas morando ou trabalhando do que a infraestrutura</p><p>urbana comporta, as pessoas não serão atendidas em suas necessidades. Se o bairro</p><p>tiver mais infraestrutura do que a população utiliza, a cidade terá um custo muito</p><p>alto. Portanto, o zoneamento determina a densidade máxima que cada bairro pode</p><p>ter, para não haver carência nem desperdício, também chamado de “deseconomia”.</p><p>Uma maneira muito prática de controlar a densidade de um bairro é limitar</p><p>o tamanho das construções. Afinal, quanto maior for o prédio, mais pessoas</p><p>morarão ou trabalharão nele. A principal ferramenta para isso é o índice de</p><p>aproveitamento (IA), que também pode receber outras denominações,</p><p>como</p><p>coeficiente.</p><p>A área do terreno deve ser multiplicada pelo IA, e o resultado será a quan-</p><p>tidade de metros quadrados que podem ser construídos sobre ele. Por exemplo,</p><p>um terreno que meça 10 metros de frente por 30 metros de profundidade tem</p><p>300 metros quadrados de área. Se o IA for 1, poderá ser construído sobre esse</p><p>terreno 300 × 1 = 300 m². Se o IA for 2,5, o cálculo será 300 × 2,5 = 750 m².</p><p>Existem outros cálculos que são utilizados para saber quais densidades</p><p>são econômicas ou não, além do conhecimento de cada área da cidade e da</p><p>infraestrutura que ela dispõe.</p><p>Além do IA, geralmente, são permitidos mais algumas quantidades de metros qua-</p><p>drados para cada terreno, que são as chamadas áreas não computáveis, ou isentas.</p><p>Por exemplo, ninguém mora ou trabalha na escada de um edifício, nem na garagem,</p><p>nem nos corredores ou sacadas. Então essas áreas não contam no IA, pois não vão</p><p>influir na densidade do bairro.</p><p>A noção de planejamento urbano6</p><p>Ainda há outros controles que limitam o tamanho dos prédios, como a altura,</p><p>que é estipulada em quantidade de pavimentos ou metros; e as distâncias que</p><p>os prédios devem manter das divisas. Outro importante instrumento é a taxa</p><p>de ocupação (TO), que se trata de uma porcentagem, usualmente variando</p><p>entre 60% e 90% do terreno. É a porcentagem de superfície do terreno sobre</p><p>a qual podemos construir.</p><p>Não é permitida a ocupação total dos terrenos, pois isso resultaria em</p><p>problemas de infiltração das águas das chuvas, bem como falta de ventilação</p><p>e insolação dos prédios vizinhos. Todos esses instrumentos limitam o tamanho</p><p>que um prédio pode ter e, consequentemente, sua densidade.</p><p>O planejador urbano e o gestor das cidades também podem dispor de uma série</p><p>de outras ferramentas para trabalhar, muitas das quais são relativamente recentes</p><p>e pouco empregadas. Há, portanto, ainda um grande potencial de alternativas</p><p>para enfrentar as questões urbanas atuais. Um desses instrumentos é o instituto</p><p>do “Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios” de imóveis urbanos.</p><p>Para você entender o princípio que move esse instrumento, imagine um terreno</p><p>baldio cercado de edifícios, com rua pavimentada, água encanada, eletricidade,</p><p>iluminação pública, ônibus e recolhimento de lixo (infraestrutura urbana). Agora,</p><p>imagine uma família ou uma empresa, que precisa morar ou se instalar. Se esse</p><p>terreno baldio não for disponibilizado (vendido, alugado, construído), o interes-</p><p>sado terá que ir procurar em um local mais distante, que, muitas vezes, será nas</p><p>bordas da cidade, onde ainda não há toda essa infraestrutura urbana disponível.</p><p>Dessa forma, a prefeitura terá que levar até esse local distante a infraestrutura</p><p>que ainda não há lá, mas já estava disponível em frente ao terreno baldio. Isso</p><p>gera custos excessivos para o poder público, sem beneficiar ninguém.</p><p>O instrumento do parcelamento compulsório visa forçar o proprietário</p><p>do terreno ocioso (vazio urbano) a dar uma ocupação a ele. A construir ou</p><p>vender. Na legislação, isso é denominado de função social da propriedade. A</p><p>prefeitura deve fazer constar no plano diretor as áreas da cidade onde pretende</p><p>aplicar o instrumento. Posteriormente, uma série de outras medidas podem</p><p>ser tomadas, como aumentar o imposto territorial acima da inflação, que é</p><p>chamado de “Imposto progressivo no tempo”.</p><p>O direito de preempção é quando a prefeitura tem o direito de preferência</p><p>de compra de um terreno ou prédio, se seu proprietário pretender comercializa-</p><p>-lo. Ela pode utilizar esse direito para viabilizar regularização fundiária,</p><p>implantação de equipamentos urbanos, entre outros.</p><p>7A noção de planejamento urbano</p><p>A outorga onerosa do direito de construir está cada vez mais sendo em-</p><p>pregada nas grandes cidades, e pode, também, ser denominada “solo criado”.</p><p>Aqui, retomamos o conceito de IA, anteriormente descrito. O plano diretor</p><p>estabelece um limite de IA para cada zona e, também, um IA máximo, maior</p><p>do que o IA básico. O proprietário utiliza o IA básico e, querendo, pode</p><p>adquirir mais uma determinada porcentagem de direito de construção. Pelo</p><p>solo criado ele paga um montante à prefeitura.</p><p>A variação da outorga onerosa é a “Transferência de potencial construtivo”,</p><p>ou seja, é um instrumento muito útil na preservação do patrimônio cultural</p><p>e de áreas de preservação do meio ambiente natural. Imagine o proprietário</p><p>de um prédio tombado, cujo índice de aproveitamento está subutilizado. A</p><p>tentação de demolir o prédio histórico para construir algo maior no mesmo</p><p>local é desafiadora, mas, em vez disso, o proprietário pode vender o excedente</p><p>de IA para outro empreendedor empregar em outro local, no qual ele queira</p><p>utilizar a outorga onerosa, que no outro imóvel será solo criado.</p><p>O atual “menu” de ferramentas de planejamento urbano é bastante amplo.</p><p>Algumas ferramentas são agrupadas e utilizadas conjuntamente sob deter-</p><p>minadas condições, transformando-se, por exemplo, em “Operações urbanas</p><p>consorciadas”, que são utilizadas por prefeituras quando estas querem promover</p><p>o desenvolvimento ou a revitalização de alguma área da cidade, em conjunto</p><p>com a iniciativa privada.</p><p>Vários desses instrumentos são regulados em legislações superiores, como o</p><p>Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), que regulamenta artigos da Constituição</p><p>Federal, ou na Lei do Parcelamento do Solo (Lei nº 6.766/1979), que determina</p><p>condições a serem atendidas por obrigações dos loteadores e dos municípios.</p><p>Consequências da aplicação do planejamento</p><p>urbano</p><p>O quadro jurídico brasileiro estabeleceu que nossas cidades devem ser</p><p>ordenadas, equilibradas e sustentáveis (Estatuto da Cidade). Portanto, não</p><p>podem o particular, o proprietário, o empreendedor e nem o poder público</p><p>fazerem o que bem entenderem. Cidades com conflitos são muito ruins para</p><p>seus habitantes, e os conflitos urbanos podem ser antecipados por meio do</p><p>planejamento urbano. A seguir, você verá alguns exemplos para entender</p><p>melhor esse conceito.</p><p>A noção de planejamento urbano8</p><p>Conflitos de miscigenação</p><p>Você já viu o que é o zoneamento, suas origens e tendências de aplicação</p><p>atual. Após os excessos do urbanismo modernista, que resultaram em zonas</p><p>segregadas, onde de dia só se trabalhava e de noite e finais de semana não</p><p>havia ninguém, vemos, hoje, um discurso contrário, que é fruto da tese da</p><p>miscigenação, inicialmente levantada por Jane Jacobs (2011), conforme já</p><p>explanado. Porém, a miscigenação também deve ter limites, não pode ser</p><p>extrema, pois, igualmente, resultará em problemas.</p><p>Zonas com indústrias não podem ter residências muito próximas, pois</p><p>mesmo que hoje as indústrias não possam poluir, devido às exigentes legislações</p><p>ambientais, elas ainda não podem prescindir do transporte pesado, que sempre</p><p>causará incômodo em áreas residenciais. Barulho, fumaça dos motores diesel,</p><p>atrapalham o trânsito, exigem reforço na pavimentação, etc. As indústrias,</p><p>quanto mais pesadas forem, devem preferencialmente ser localizadas junto</p><p>às grandes vias regionais (estradas), a fim de evitar os conflitos do transporte</p><p>pesado e eventuais poluições, como a geração de ruídos, que, muitas vezes,</p><p>é inerente aos processos produtivos e de difícil contenção.</p><p>Além das indústrias pesadas, pequenos prestadores de serviços também</p><p>podem ser incômodos as suas vizinhanças, por exemplo, serralherias, mar-</p><p>cenarias, depósitos de materiais de construção, entre outros, que também</p><p>devem receber a devida atenção na determinação dos zoneamentos urbanos.</p><p>Há, ainda, indústrias ou atividades com reais potenciais perigosos na even-</p><p>tualidade de ocorrerem acidentes, como atividades com riscos de explosões,</p><p>com riscos de contaminação do ar, do solo e da água. Podem ser necessárias,</p><p>portanto, zonas de transição entre a localização desses empreendimentos e</p><p>as demais zonas urbanas. Essas zonas de transição, podem ser muito úteis</p><p>na urbanização, pois podem ser parques (facilmente evacuados em caso de</p><p>acidentes), podem ser acidentes naturais, que preservados vão embelezar</p><p>a</p><p>paisagem, reservas biológicas, entre outros.</p><p>Não é apenas a indústria que causa incômodos aos moradores. As casas</p><p>noturnas e similares (templos religiosos, que hoje utilizam equipamentos</p><p>de amplificação sonora) são grandes geradores de reclamações de poluição</p><p>sonora. O planejamento urbano pode restringir as atividades recreacionais em</p><p>determinadas zonas, nas quais os conflitos com moradores sejam moderados.</p><p>9A noção de planejamento urbano</p><p>Cidade compacta</p><p>A densidade nas cidades deve ficar dentro de alguns limites. Por exemplo, se a</p><p>densidade for muito baixa, a cidade ficará muito cara, considerando questões</p><p>como o transporte coletivo, que terá poucos passageiros, o que impõe tarifas</p><p>altas. Contudo, cidades com densidades muito altas também são antieconô-</p><p>micas, pois, por exemplo, o transporte coletivo deverá ser de massas, como</p><p>o metrô, que é de implantação extremamente custosa. Logo, o planejamento</p><p>urbano deve buscar um meio termo.</p><p>Pesquisas indicam que a cidade de densidade excessiva resulta em problemas</p><p>de trânsito congestionado e, consequentemente, necessidade obras de vulto</p><p>(viadutos, etc.). O congestionamento da infraestrutura também é um problema,</p><p>como as redes de abastecimento de água – possibilidade de falta de água; esgoto</p><p>pluvial – possibilidade de alagamentos em dias de chuva; fornecimento de</p><p>eletricidade e pavimentação das vias, necessitando refazer todas essas obras.</p><p>Por outro lado, a densidade muito baixa resulta em deseconomias, como</p><p>os serviços públicos extremamente caros, transporte público ineficiente, ruas</p><p>desertas, equipamentos públicos subutilizados. Ambos os casos são facilitadores</p><p>da criminalidade e falta de segurança. A título ilustrativo, para fins de referência,</p><p>a densidade ótima para cidades brasileiras de grande porte, é entre 250 e 400</p><p>habitantes por hectare (densidade líquida, somente os terrenos sem contar as</p><p>vias públicas). Para obter essas densidades os índices de aproveitamento oscilam</p><p>entre 1,3 e 2 (MASCARÓ; MASCARÓ, 1996). Porém, esses valores não devem</p><p>ser adotados como regra, pois cada cidade deve ser estudada caso a caso.</p><p>Outras questões que o planejamento urbano e os planos diretores, devem</p><p>atender são saneamento, mobilidade, política habitacional, regularização fun-</p><p>diária, política de patrimônio cultural, defesa civil, resíduos sólidos, estudos</p><p>de impacto ambiental e de vizinhança.</p><p>Por fim, você deve lembrar que as cidades não estão sozinhas no mapa.</p><p>Elas têm suas vizinhas e, eventualmente, suas regiões metropolitanas. O pla-</p><p>nejamento urbano deve considerar o conjunto de cidades próximas e, conforme</p><p>o caso, necessita de um plano diretor metropolitano ou regional.</p><p>Enfim, você agora sabe que o planejamento urbano é uma ciência muito</p><p>rica, repleta de instrumentos para gestão das cidades e muito importante, uma</p><p>vez que a qualidade de vida a qual estamos sujeitos está, em grande parte,</p><p>relacionada a decisões de planejamento urbano!</p><p>A noção de planejamento urbano10</p><p>BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.</p><p>Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/</p><p>constituicaocompilado.htm. Acesso em: 14 dez. 2016.</p><p>JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.</p><p>MASCARÓ, J. L.; MASCARÓ, L. R. Avaliação da capacidade de adensamento da cidade.</p><p>Porto Alegre: Prefeitura Municipal, 1996.</p><p>WIKIPÉDIA. Paris em 1383. [S.l.: s.n.], 2017. Disponível em: https://fr.wikipedia.org/</p><p>wiki/Plans_de_Paris#/media/File:Plan_de_Paris_1383_BNF07710748.png. Acesso</p><p>em: 21 nov. 2017.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>ACIOLY JUNIOR, C.; DAVIDSON, F. Densidade urbana: um instrumento de planejamento</p><p>e gestão urbana. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.</p><p>BENEVOLO, L. História da cidade. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2009.</p><p>BRASIL. Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Brasília, DF, 1979. Disponível em: http://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6766.htm. Acesso em: 25 out. 2017.</p><p>BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Brasília, DF, 2001. Disponível em: http://</p><p>www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm. Acesso em: 25 out. 2017.</p><p>CHOAY, F. O urbanismo. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.</p><p>CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA MODERNA. Carta de Atenas. Brasília,</p><p>DF: IPHAN, 1933. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/</p><p>Carta%20de%20Atenas%201933.pdf. Acesso em: 26 out. 2017.</p><p>HOWARD, E. Cidades-jardins de amanhã. São Paulo: Annablume; Hucitec, 2002.</p><p>MASCARÓ, J. L. Aplicação eficiente dos recursos públicos em infraestrutura urbana. Porto</p><p>Alegre: UFRGS, 2008. Material de disciplina da universidade.</p><p>MASCARÓ, J. L. Desenho urbano e custos de urbanização. Brasília, DF: MHU-SAM, 1987.</p><p>MASCARÓ, L. E. A. R. Ambiência urbana. 2. ed. Porto Alegre: +4, 2004.</p><p>SOUZA, M. L. Mudar a cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.</p><p>VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.</p><p>11A noção de planejamento urbano</p><p>Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-</p><p>cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a</p><p>rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de</p><p>local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade</p><p>sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.</p><p>A noção de planejamento urbano12</p><p>Dica do professor</p><p>O planejamento urbano é uma atividade muito complexa e que exige o conhecimento de várias</p><p>diretrizes, contextos, história e todos os aspectos e elementos que fazem parte das cidades. Nesse</p><p>sentido, pode-se afirmar que é uma ação de caráter global e de extrema importância, sendo capaz</p><p>de definir quão boa ou ruim é uma cidade.</p><p>Na Dica do Professor, entenda mais sobre esses conceitos e quais são alguns dos principais</p><p>aspectos que devem ser considerados nessa atividade.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2964434d66a5eab37399c383dc8e58d1</p><p>Exercícios</p><p>1) Ao pensar no planejamento urbano, é muito importante ter o entendimento de que seu</p><p>conceito atual advém de acontecimentos e aspectos que foram levantados na sociedade ao</p><p>longo de sua história.</p><p>Considerando os antecedentes do planejamento urbano, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Já havia cidades planejadas há mais de dois mil anos.</p><p>B) A falta de planejamento urbano tem sido catastrófica.</p><p>C) No conceito de cidade-jardim, o homem viveria no campo e trabalharia na cidade.</p><p>D) Há sempre uma evolução linear do pensamento na matéria.</p><p>E) É impossível controlar as forças do mercado.</p><p>2) O planejamento urbano engloba muitos aspectos e também fatores que influenciam</p><p>diretamente as leis e políticas públicas de uma cidade, sendo a densidade urbana um</p><p>importante indicador do planejamento.</p><p>Considerando o fator densidade urbana, assinale a alternativa correta.</p><p>A) Quanto mais altas as densidades, mais econômicas serão as cidades.</p><p>B) Quanto mais baixas as densidades, mais econômicas serão as cidades.</p><p>C) A densidade ideal de qualquer cidade é de 250 a 400 habitantes por hectare.</p><p>D) A densidade pode ser controlada pelo zoneamento.</p><p>E) A densidade pode ser controlada pelo índice de aproveitamento.</p><p>3) O planeamento urbano conta com vários instrumentos, os quais, cada um com seu objetivo,</p><p>têm por intuito geral colaborar com a organização do centro urbano e o seu melhoramento.</p><p>Um desses instrumento é o zoneamento da cidade, que tem por função:</p><p>A) segregar ricos de pobres, a fim de evitar conflitos sociais.</p><p>B) manter as atividades rurais afastadas das áreas residenciais.</p><p>C) assegurar melhor qualidade de vida para os moradores, afastando deles as atividades</p><p>potencialmente poluidoras.</p><p>D) permitir a instalação de indústrias não poluidoras próximas das habitações de seus operários.</p><p>E) fazer uma</p><p>planta de valores para fins de taxação de IPTU, onde cada zona (bairro) terá um</p><p>valor relativo.</p><p>4) O planejamento urbano apresenta muitos aspectos, nomenclaturas e conceitos, os quais</p><p>devem ser compreendidos para que de fato possam ser previstas políticas públicas</p><p>eficientes.</p><p>Um desses conceitos é o de miscigenação urbana. Sobre a miscigenação urbana, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Pode ser compreendida como a mistura de atividades diversas na mesma zona.</p><p>B) Não é desejável, pois acarreta incômodos aos moradores.</p><p>C) É sempre desejável, pois torna a cidade mais econômica, ao reduzir a necessidade de</p><p>transporte.</p><p>D) Foi a grande novidade apresentada pelo urbanismo modernista na década de 1930.</p><p>E) Somente o zoneamento pode facilitar que ocorra a miscigenação urbana.</p><p>5) A ação de planejar as cidades surgiu de uma necessidade de melhoramento, em virtude de</p><p>variados problemas ocasionados por uma urbanização acelerada e pelo crescimento da</p><p>população.</p><p>Diante desse contexto, analise as afirmações a seguir sobre o planejamento urbano.</p><p>I. Tem como única finalidade fazer o plano diretor das cidades.</p><p>II. É realizado de forma individual e por arquitetos.</p><p>III. Tem amparo em legislação federal para ser aplicado.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>A) I, apenas.</p><p>B) II, apenas.</p><p>C) II e III, apenas.</p><p>D) I e II, apenas.</p><p>E) III, apenas.</p><p>Na prática</p><p>O zoneamento urbano é um instrumento de planejamento urbano que deve estar presente em</p><p>todas as cidades que contêm um plano diretor. Esse zoneamento trata-se de uma lei municipal que</p><p>pode e deve ser consultada pelos profissionais ao realizarem um projeto de uma nova edificação.</p><p>Neste Na Prática, veja de que maneira o zoneamento funciona e qual é a sua função para o</p><p>melhoramento da qualidade dos centros urbanos.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/cc25e2e0-e30c-40f0-9b33-564b7b0e808e/7a203f19-400c-4011-bed8-3dcd4f51b68d.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Temas imprescindíveis para a revisão dos planos diretores</p><p>Nesta cartilha, são abordadas as questões legais e demais aspectos em relação a planos diretores.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Zoneamento urbano</p><p>O zoneamento é um instrumento de planejamento urbano que define muitos índices utilizados para</p><p>futuras construções. Veja mais informações sobre ele neste vídeo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>A atividade de planejamento urbano</p><p>O planejamento urbano é uma ação fundamental para promover e garantir a qualidade dos centros</p><p>urbanos na atualidade. Leia mais sobre o assunto neste artigo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>http://planodiretor.mprs.mp.br/arquivos/cartilha.pdf</p><p>https://www.youtube.com/embed/6alffnlCK-4</p><p>https://www.archdaily.com.br/br/982184/o-que-e-planejamento-urbano?ad_source=search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_result_all</p>

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