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PRÁTICAS 
INTEGRATIVAS NA APS
Módulo de Acolhimento e Avaliação
Projeto Mais Médicos para o Brasil
• Conceituar Racionalidades Médicas
• Apresentar conceitos de Medicinas Tradicionais, Medicinas Alternativas,
Medicina Complementar e Medicina Integrativa
• Apresentar e discutir a Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares (PNPIC)
• Apresentar e discutir a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
• Discutir os princípios de Fitoterapia, Medicina Tradicional Chinesa e
Mindfulness
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
RACIONALIDADES MÉDICAS 
SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS
 Há mais de uma rationale médica atuante na cultura atual, 
comportando mais de um paradigma em saúde.
 Os diferentes grupos e indivíduos da sociedade civil fazem 
uso de distintas racionalidades terapêuticas, de acordo 
com atribuições de sentido e significados específicos, 
coerentes com situações específicas de saúde/doença.
PRESSUPOSTOS
• Desenvolvimento de uma base de conhecimentos e formulação de 
políticas nacionais;
• Fortalecimento da segurança, qualidade e eficácia mediante 
regulamentação;
• Fomento da cobertura sanitária universal por meio da integração 
de serviços de MTC e a atenção à saúde nos sistemas nacionais 
de saúde.
Objetivos da Estratégia da OMS sobre a 
MTC (2013-2023)
• The difference a midwife makes | UNICEF - https://youtu.be/7Kf35XuF70o
Objetivos da Estratégia da OMS sobre a 
MTC (2013-2023)
• Necessidade de integração destes indivíduos, os cuidadores tradicionais, as 
lideranças e os agentes de saúde, como estratégia para a identificação de 
demandas ocultas, para o auxílio com acompanhamento de tratamentos 
convencionais e como figuras chave na realização de pontes para a formação 
de amplas redes de cuidado nos territórios.
• Esta integração não ocorrerá espontaneamente, que depende de esforços 
deliberados e decisões normativas de instituições governamentais e não 
governamentais.
Objetivos da Estratégia da OMS sobre a 
MTC (2013-2023)
• Tais esforços devem ser construídos em conjunto com as comunidades envolvidas e não tem 
a função de substituir a falta de implementação dos serviços convencionais de atenção 
à saúde, mas sim complementá-los, estes ainda são insuficientes e necessitam de 
investimentos em mais estruturas físicas e humanas para garantia do direito à saúde e do 
direito à vida.
• Estas ações complementares, porém, são imprescindíveis, representam estratégias 
fundamentais para suprir um abismo construído pelo processo histórico de dominação e 
violência contra populações específicas, no caso, os povos originários ou povos indígenas, 
processo que gerou o atual cenário de vulnerabilidade, caracterizando as áreas de piores 
índices de saúde e sociais do país.
Objetivos da Estratégia da OMS sobre a 
MTC (2013-2023)
Visando cumprir a missão da OMS - ajudar a salvar vidas e melhorar a saúde da população - a 
Organização proporciona o apoio das práticas com as seguintes ações relativas à MTC:
• facilitar a integração nos sistemas de saúde, para que desenvolvam suas próprias políticas 
nacionais;
• elaborar diretrizes sobre a MTC, estabelecendo normas, diretrizes técnicas e metodologias de 
investigação dos produtos, práticas e profissionais;
• Respaldar projetos de investigação clínica sobre a eficácia e segurança do uso das práticas;
• Advogar pelo uso racional, fomentando a utilização da MTC baseada em comprovações 
científicas;
• Difundir informação facilitando o intercâmbio de forma global;
Estratégia da OMS sobre MTC 2014-2023
Visando melhorar a segurança e prática qualificada da MTC, os Estados Membros elaboraram 
regulamentos relativos à qualidade, quantidade, certificação e estruturas de formação de 
profissionais. Em particular, dos profissionais de medicina convencional que utilizam a MTC;
Exemplo de progresso obtido: aumento do número de Estados Membros que possuem 
programas de capacitação no nível superior de Ensino, incluindo as licenciaturas, mestrados 
e doutorados (passando a 30% dos países estudados). 
Link para o documento da OMS: https://www.gov.br/saude/pt-
br/composicao/sectics/daf/pnpmf/publicacoes/estrategia-da-oms-sobre-medicina-tradicional-
2014-2023/view
Estratégia da OMS sobre MTC 2014-2023
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/pnpmf/publicacoes/estrategia-da-oms-sobre-medicina-tradicional-2014-2023/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/pnpmf/publicacoes/estrategia-da-oms-sobre-medicina-tradicional-2014-2023/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/daf/pnpmf/publicacoes/estrategia-da-oms-sobre-medicina-tradicional-2014-2023/view
Medicina Tradicional
As práticas de MTC operam de maneiras distintas de um país para outro, sendo considerada 
de diferentes formas em função da cultura, conhecimento e acessibilidade da medicina 
convencional.
A Acupuntura, por exemplo, originalmente era um componente da medicina tradicional, mas 
atualmente é utilizada no mundo todo.
POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E
COMPLEMENTARES NO SUS (PNPIC)
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 
(PNPIC)
Fonte: http://dab.saude.gov.br
Exercício:
1) Acessar a 
PNPICS: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pol
itica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2
ed.pdf
2) Dividir a turma em 5 grupos, cada grupo deve abordar 
uma das Práticas abaixo e trazer uma possível aplicação 
prática em um caso da atenção básica.
o Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura
o Homeopatia
o Plantas Medicinais e Fitoterapia .
o Termalismo Social/Crenoterapia.
o Medicina Antroposófica
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 
(PNPIC)
• O campo da PNPIC contempla sistemas médicos complexos e recursos 
terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização Mundial 
da Saúde (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa 
(MT/MCA) (WHO, 2002).
• Estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação 
da saúde por meio de tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta 
acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do 
ser humano com o meio ambiente e a sociedade. 
• Visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado 
humano, especialmente do autocuidado.
Fonte: http://dab.saude.gov.br
Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC)
 Brasil - legitimação e a institucionalização dessas abordagens através das Portarias 
Ministeriais nº 971 em 03 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de 2006.
Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC)
 Necessidade de constante reflexão e análise dos efeitos de tais 
serviços e políticas nas comunidades. Atentar para as linhas de 
tensão que permeiam a inclusão de práticas controversas e 
potencialmente danosas.
 Atividade complementar:
o Ler o artigo a seguir e refletir sobre os tensionamentos de interesses e as enormes diferenças 
entre práticas tradicionais e consagradas, com práticas controversas e potencialmente danosas:
o https://revista.esmesc.org.br/re/article/view/257/215
https://revista.esmesc.org.br/re/article/view/257/215
Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC)
 Objetiva aumentar a resolubilidade do SUS e ampliar o acesso às 
práticas integrativas e complementares em saúde (PICS), garantindo 
qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso.
Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC)
 A PNPIC é transversal em suas ações no SUS e está presente em 
todos os níveis de atenção, prioritariamente na Atenção Primária à 
Saúde (APS).
Municípios com oferta de PICS 2019
 Dados parciais obtidos para o ano de 2019:
 PICS foram ofertadas em 17.335 serviços da Rede de Atenção à 
Saúde (RAS);
 Distribuídos em 4.297 municípios (77%);
 E em todas das capitais(100%).
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
• São cada vez mais procuradas e apreciadas como formas legítimas de 
cuidado eficiente em saúde;
• São formas de cuidado que chamam a atenção pela maneira ampla 
e integral com que lidam com a complexidade humana (em suas 
dinâmicas física, emocional, mental, social e espiritual) em uma 
prática sistematizada e coerente;
• Muitas pessoas já usam as PICS em suas vidas, mas boa parte não 
expõe isso aos profissionais de saúde a não ser que a pergunta seja 
feita ativamente.
Política Nacional de Práticas Integrativas e 
Complementares no SUS (PNPIC)
 Fortalecimento dos princípios do SUS
 Integralidade
Atuação nos campos da prevenção de agravos e da promoção, 
manutenção e recuperação da saúde baseada em modelo de 
atenção humanizada e centrada na integralidade do indivíduo.
 Co-responsabilidade dos indivíduos pela sua saúde e auto-cuidado
 Ampliação de oferta
PICS – registros dos atendimentos
• A realização das Práticas Integrativas e Complementares devem ser 
devidamente registrados nos instrumentais do Ministério da Saúde na 
APS, dos quais destacamos a Ficha de Atendimento Individual e a 
Ficha de Procedimento do eSUS-AB.
PICS – porque registrar nos atendimentos
PNPICS: experiências
• Assista o vídeo e reflita sobre as possibilidades e desafios da PNPICS na 
prática cotidiana dos serviços.
• Considerações sobre PNEPS e PNPIC – Dra Vera Dantas
• https://www.youtube.com/watch?v=LEGWMx43vp4
https://www.youtube.com/watch?v=LEGWMx43vp4
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• Fundamentada em teoria taoísta sendo desenvolvida há 
mais de 5000 anos;
• Pensamento analógico: os movimentos da natureza 
também são expressados no corpo humano e nos 
processos fisiopatológicos;
• Saúde influenciada por fatores internos, como emoções 
(medo, raiva, alegria, apego, vontade) e por fatores 
externos, como mudanças climáticas (secura, umidade, 
calor, frio).
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• A medicina tradicional chinesa (MTC) caracteriza-se por um sistema médico 
integral originado há milhares de anos na China.
• Utiliza linguagem que retrata simbolicamente as leis da natureza e que 
valoriza a inter-relação harmônica entre as partes visando à integridade.
• Fundamento, aponta a teoria do yin-yang, divisão do mundo em duas forças ou 
princípios fundamentais, interpretando todos os fenômenos em opostos 
complementares.
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• Inclui a teoria dos cinco movimentos, que atribui a todas as coisas e fenômenos, 
na natureza, assim como no corpo, uma das cinco energias (madeira, fogo, 
terra, metal e água). 
• Utiliza como elementos a anamnese, a palpação do pulso, a observação da face 
e da língua em suas várias modalidades de tratamento (acupuntura, plantas 
medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais).
Medicina 
Tradicional 
Chinesa (MTC)
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• As práticas em MTC visam interferir nestes fatores, influenciando 
positivamente na saúde do indivíduo.
• Fitoterapia chinesa
• Dietoterapia chinesa
• Acupuntura
• Moxabustão
• Ventosas
• Auriculoterapia
• Práticas corporais: Tai Chi Chan / Chi Kung
• Massoterapias: Tuiná / Shiatsu
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• A OMS recomenda a acupuntura aos seus estados-membros, tendo 
produzido várias publicações sobre sua eficácia e segurança, capacitação de 
profissionais, bem como métodos de pesquisa e avaliação dos resultados 
terapêuticos das medicinas complementares e tradicionais.
• O consenso do National Institutes of Health dos Estados Unidos referendou a 
indicação da acupuntura, de forma isolada ou como coadjuvante, em várias 
doenças e agravos à saúde, tais como odontalgias pós-operatórias, náuseas 
e vômitos pós-quimioterapia ou cirurgia em adultos, dependências químicas
• Sugestão de Vídeo: Como funciona a acupuntura auricular
• https://www.youtube.com/watch?v=YjQI7vsntdI
https://www.youtube.com/watch?v=YjQI7vsntdI
Homeopatia
• A homeopatia, sistema médico complexo de caráter holístico, é baseada no 
princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates 
no século IV a.C.
• Foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII. Após estudos e 
reflexões baseados na observação clínica e em experimentos realizados na 
época, Hahnemann sistematizou os princípios filosóficos e doutrinários da 
homeopatia em suas obras Organon da Arte de Curar e Doenças Crônicas.
• A partir daí, essa racionalidade médica experimentou grande expansão por 
várias regiões do mundo, estando hoje firmemente implantada em diversos 
países da Europa, das Américas e da Ásia
Homeopatia
• Homeopatia experiência:
• https://www.youtube.com/watch?v=FlZkem-
whAg&list=PLA8VVj4NDyfugj2AFoXUMZkY5YNJA8Q8o&index=4
• DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PROGRAMA 
DE EXTENSÃO “Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de 
Alimentos Saudáveis” Apoio: UNESCO/Fundação Banco do Brasil. Certificado de Tecnologia 
Social FINEP/CNPq – Qualificação em Tecnologia Social.
https://www.youtube.com/watch?v=FlZkem-whAg&list=PLA8VVj4NDyfugj2AFoXUMZkY5YNJA8Q8o&index=4
https://www.youtube.com/watch?v=FlZkem-whAg&list=PLA8VVj4NDyfugj2AFoXUMZkY5YNJA8Q8o&index=4
Plantas Medicinais e Fitoterapia
• Terapêutica que utiliza os medicamentos cujos constituintes 
ativos são plantas ou derivados vegetais;
• Prática tradicional e milenar de cuidados em saúde;
• A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, foi 
constituída por decreto presidencial, em 17 de fevereiro de 
2005;
• Diversos estados no Brasil tem políticas estaduais de plantas 
medicinais e fitoterápicos.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoterapicos.pdf
Fitoterapia
Médico do Programa Mais Médicos apoia resgate do saber 
tradicional de tribo indígena no Oiapoque
https://www.youtube.com/watch?v=XyrEbTAt4oc&t=91s
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoterapicos.pdf
Fitoterapia
• Segundo a PNPIC, as plantas medicinais podem ser oferecidas à população em uma ou 
mais das seguintes formas:
• In natura (planta fresca): coletada no momento do uso
• Seca (droga vegetal): planta medicinal (ou suas partes) que contenham substâncias ou 
classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, 
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, 
triturada ou pulverizada;
• Fitoterápico manipulado: produzido por farmácia de manipulação
• Fitoterápico industrializado (medicamento fitoterápico): produzido pela indústria 
farmacêutica.
Aplicação Clínica da Fitoterapia da APS
• Formula ́rio de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira e seus 
suplementos (BRASIL, 2011; 2018)
• Relaça ̃o Nacional de Medicamentos (BRASIL,2017) 
• Memento Fitotera ́pico Farmacopeia Brasileira (BRASIL, 2016)
• Lista de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS)
• Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da 
Saúde https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoter
apicos.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoterapicos.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_fitoterapicos.pdf
Aplicação Clínica da Fitoterapia da APS - Diferenças 
Regionais
• Exercício:
• Cada aluno deve relembrar de relato de uso de planta medicinal por algum paciente que 
atendeu nos últimos anos e pesquisar nos materiais apresentados a utilização, 
benefícios, modos de preparo, cuidados e interações medicamentosas da planta referida.
• Região Nordeste:
o Plantas medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil
o http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/28747/1/PLANTAS%20MEDICINAIS%20DE%20USO
%20COMUM%20NO%20NORDESTE%20DO%20BRASIL%20-%20E-
BOOK%20CTRN%20EDUFCG%202016.pdf
• Região Norte:
• Tratado de Medicina de Família e ComunidadeCAPÍTULO 63 População ribeirinha
o https://drive.google.com/drive/folders/1iO9iVlA0R0SXUDIgOtUjHkwdfecKxbZv?usp=drive_link
• Região Sudeste:
o Tratado das plantas medicinais [recurso eletrônico] : mineiras, nativas e cultivadas / Telma Sueli Mesquita 
Grandi. – 1. ed. – Dados eletrônicos. – Belo Horizonte : Adaequatio Estúdio, 2014 :
o https://www.academia.edu/43398309/Tratado_Plantas_Medicinais_Mineiras_versaogratuita
https://www.academia.edu/43398309/Tratado_Plantas_Medicinais_Mineiras_versaogratuita
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
Cynara scolymus L. (alcachofra) 
Família Asteracea 
• PARTE USADA: Folhas e brácteas frescas ou secas.
• INDICAÇA ̃O TERAPE ̂UTICA: Dispepsia, flatulência, 
diure ́tico, coadjuvante no tratamento de 
dislipidemia leve a moderada.
• VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral. Acima de 12 anos. 
• CONTRAINDICAÇÃO: Gestantes, nutrizes, doenças 
da vesícula biliar, hepatite grave, fale ̂ncia 
hepática e ca ̂ncer hepático. 
• INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: Medicamentos 
metabolizados pelas CYP3A4, CYP2B6 e CYP2D6, 
anticoagulantes, cumarínicos, diure ́ticos. 
• EFEITOS ADVERSOS: Diarreia e náuseas. 
Cynara scolymus L. (alcachofra) 
Família Asteracea 
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
Aloe vera (L.) Burm. f. (babosa) 
Família Xanthorrhoeaceae 
Aloe vera (L.) Burm. f. (babosa) 
Família Xanthorrhoeaceae 
• PARTE USADA: Gel incolor mucilaginoso de folhas frescas
• INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: Afecções pele, queimadura de 1o e 2o 
grau, hemorroidas, como cicatrizante.
• VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Tópico. Adulto e infantil. 
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
Maytenus ilicifolia Mart. ex reissek (espinheira-santa) 
Família Celastraceae 
Maytenus ilicifolia Mart. ex reissek (espinheira-santa) 
Família Celastraceae 
• PARTE USADA: Folhas secas. 
• INDICAÇÃO TERAPÊUTICA: Dispepsia, protetor da mucosa ga ́strica. 
• VIA DE ADMINISTRAÇÃO: Oral. Acima de 12 anos. 
• CONTRAINDICAC ̧ÃO: Gestantes e na amamentaça ̃o porque reduz o 
leite materno. 
• EFEITOS ADVERSOS: Na ́useas, secura, gosto estranho na boca, na ́usea, 
tremor nas ma ̃os e poliu ́ria e aumento do apetite com o uso do 
fitotera ́pico. 
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
Mikania sp. (guaco) 
Família Asteraceae 
Mikania sp. (guaco) 
Família Asteraceae 
• PARTE USADA: Folhas.
• INDICAC ̧ÃO TERAPÊUTICA: Gripe, resfriado, bronquites e asma como 
expectorante. 
• VIA DE ADMINISTRAC ̧ÃO: Oral. Acima de 2 anos. 
• OBSERVAC ̧ÃO: Pode ser associada a poejo, alfavaca anisada, malvariço ou 
mil-em- ramas como expectorante. Evitar o uso prolongado pelo risco de 
hemorragia (ate ́ 100 dias), em suspeita de dengue. 
• INTERAC ̧ÃO MEDICAMENTOSA: Anticoagulantes, pois as cumarinas podem 
potencializar seus efeitos e antagonizar o da vitamina K. 
• CONTRAINDICAC ̧ÃO: Na ̃o utilizar em caso de tratamento com anti-
inflamato ́rios na ̃o esteroides, gestantes, hepatopatas. 
• EFEITOS ADVERSOS: Pode provocar vo ̂mitos e diarreia. 
Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
PNPICS Abordagem Comunitária 
• Canal da SAPS no Youtube - PICS - A Experiência de Recife - O Olhar de 
Recife - parte 1 de 4
• https://www.youtube.com/watch?v=c1rIfdlJHos
• Experiência PICs nos municípios: Brasília
• https://www.youtube.com/watch?v=EaT9xn2aAbQ
https://www.youtube.com/watch?v=c1rIfdlJHos
https://www.youtube.com/watch?v=EaT9xn2aAbQ
Plantas Medicinais- Uso Racional
• Procedência: farmácia viva, RENAME, cultivo em casa, farmácias de 
manipulação de confiança. Não utilizar compostos prontos sem 
regulamentação;
• Identificação: plantas tóxicas X plantas medicinais;
• Cuidado relacionado ao tempo prolongado de uso contínuo;
• Importância de adequado seguimento, com exames de função renal 
hepática e demais rotinas periodicamente.
• Interação medicamentosa: aumento do efeito de 
anticoagulantes, barbitúricos, diuréticos, hepatotoxicidade...
o https://cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/10/infa09.pdf (PRINCIPAIS INTERAÇÕES NO USO DE MEDICAMENTOS 
FITOTERÁPICO, MARIA APARECIDA NICOLETTI)
https://cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/10/infa09.pdf
Fitoterapia
• Farmácia-Viva: Trata-se de um ente pu ́blico sob gesta ̃o estadual, 
municipal ou do Distrito Federal que devera ́ realizar todas as etapas, 
desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento de 
plantas medicinais, a manipulaça ̃o e a dispensaça ̃o de preparaço ̃es 
magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitotera ́picos. Farma ́cia 
Viva fica vedada de comercializar plantas medicinais e fitotera ́picos 
(BRASIL, 2010).
• Hortos comunitários;
• Conhecer o uso tradicional nos territórios.
• ObservaPICS e laboratório da Unicamp lançam curso para orientar 
implantação de farmácias vivas no SUS:
o https://observapics.fiocruz.br/observapics-e-laboratorio-da-unicamp-lancam-guia-para-
orientar-implantacao-de-farmacias-vivas-no-sus/
https://observapics.fiocruz.br/observapics-e-laboratorio-da-unicamp-lancam-guia-para-orientar-implantacao-de-farmacias-vivas-no-sus/
https://observapics.fiocruz.br/observapics-e-laboratorio-da-unicamp-lancam-guia-para-orientar-implantacao-de-farmacias-vivas-no-sus/
Outras terapias da PNPICS
• Termalismo Social/Crenoterapia
oO uso das águas minerais para tratamento de saúde é um procedimento 
dos mais antigos, utilizado desde a época do Império Grego. Foi descrita 
por Heródoto (450 a.C.), autor da primeira publicação científica termal.
oO termalismo, contemplado nas resoluções Ciplan de 1988, manteve-se 
ativo em alguns serviços municipais de saúde de regiões com fontes 
termais, como é o caso de Poços de Caldas, em Minas Gerais.
oRevalorização dos mananciais das águas minerais, o seu aspecto 
terapêutico, a definição de mecanismos de prevenção, fiscalização, 
controle, além do incentivo à realização de pesquisas na área.
Outras terapias da PNPICS
• Medicina Antroposófica
• A medicina antroposófica (MA) foi introduzida no Brasil há 
aproximadamente 60 anos e apresenta-se como abordagem médico-
terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está 
organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do 
cuidado em saúde.
• Uso de medicamentos baseados na homeopatia, fitoterapia e outros 
específicos da medicina antroposófica.
Mindfulness
• Prática de meditação que tem se mostrado efetiva na prevenção e 
tratamento de condições de saúde crônicas.
• Principais componentes:
• Autorregulação da atenção intencionalmente ao que está acontecendo a cada 
momento
• Autorregulação da atenção enquanto qualidade mental caracterizada por uma 
atitude de abertura e curiosidade frente à experiência.
ATENÇÃO PLENA 
AO RESPIRAR
CAMINHADA COM 
ATENÇÃO PLENA 
ESCANEAMENTO 
CORPORAL
MOVIMENTOS COM 
ATENÇÃO PLENA 
Outras terapias da PNPICS 
Outras terapias da PNPICS
• Terapia Comunitária Integrativa:
• https://www.youtube.com/watch?v=DnffXB2qtrE
https://www.youtube.com/watch?v=DnffXB2qtrE
Materiais complementares
• Série da SAPS sobre PICS:
• https://www.youtube.com/watch?v=CM4GwBWfWj4
• https://www.youtube.com/watch?v=GN0-XOYQ4Q8
• https://youtu.be/gLy1ncfiU9o?si=hAm4XOxOFvhEwNDk
• Curso da SAPS de auriculoterapia:
• https://www.youtube.com/watch?v=c1vYbIquO68&list=PLaS1ddLFkyk-
dTJr6Qn7Dkvjgv-CsUq30
https://www.youtube.com/watch?v=CM4GwBWfWj4
https://www.youtube.com/watch?v=GN0-XOYQ4Q8
https://youtu.be/gLy1ncfiU9o?si=hAm4XOxOFvhEwNDk
https://www.youtube.com/watch?v=c1vYbIquO68&list=PLaS1ddLFkyk-dTJr6Qn7Dkvjgv-CsUq30
https://www.youtube.com/watch?v=c1vYbIquO68&list=PLaS1ddLFkyk-dTJr6Qn7Dkvjgv-CsUq30
Referências
• BRASIL. Ministério da Saúde, 2006. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.
• LUZ.T.M, Novos Saberes e Práticas em Saúde Coletiva, São Paulo, Editora Hucitec, 2003
• National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM), http://nccam.nih.gov/
• OTANI, MárciaAparecida Padovan and BARROS, Nelson Filice de. A Medicina Integrativa e a construção 
de um novo modelo na saúde. Ciênc. saúde coletiva[online]. 2011, vol.16, n.3, pp. 1801-1811 2002–2005. 
Geneva; 2002
• SCOGNAMILLO-SZABÓ, M.V.R.; BECHARA, H. Acupuntura: bases científicas e aplicações. Ciência Rural, 
Santa Maria, v.31, n.6, p.1091-1099, 2001.
• Teixeira MZ. Homeopatia: ciência, filosofia e arte de curar. Rev Med (São Paulo). 2006 abr.- jun.;85(2):30-43.
• WEIL, A. 2013. http://integrativemedicine.arizona.edu/about/definition.html
• World Health Organization. General Guidelines for Methodologies on Research and Evaluation of Traditional 
Medicine. Geneva; 2000.
• BRASIL. Agência Nacional de Vigila ̂ncia Sanita ́ria. Formula ́rio de fitotera ́picos da Farmacopeia Brasileira. 
Brasilia: Anvisa, 2011. Disponivel em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Suplemento+FFFB. 
pdf/478d1f83-7a0d-48aa-9815-37dbc6b29f9a 
• BRASIL. Agência Nacional de Vigila ̂ncia Sanita ́ria. Memento Terapêutico Fitotera ́pico, 2016. Brasi ́lia: Anvisa, 
2016. Disponi ́vel em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/ 
a80ec477-bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b 
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Referências
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• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Relatório de 
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Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
• DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Porto Alegre: Artmed, 
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• GUSSO, G.; LOPES, J. M.C.; DIAS, L. C., organizadores. Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e 
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• BRASIL. BVS APS Atenc ̧ão Primária à Saúde. Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes. Que receitas de xarope caseiro com 
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Disponi ́vel em: http://aps.bvs.br/aps/que-receitas-de-xarope-caseiro-com-efeito-expectorante-podem-ser-recomendadas-
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• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assiste ̂ncia 
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Brasilia: Ministerio da Saude, 2017. Disponi ́vel em: 
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• Memento fitotera ́pico para pra ́tica cli ́nica na AB [recurso eletro ̂nico] / Universidade Federal de Santa Catarina, Núcleo 
Telessaúde Santa Catarina; organizado por: Gisele Damian Antonio Gouveia, Cesar Simionato. – Dados eletro ̂nicos. – 
Florianópolis : CCS/UFSC, 2019. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/praticas_integrativas_complementares_plantas_medicinais_cab31.pdf
OBRIGADO(A)!
	Slide 1: PRÁTICAS INTEGRATIVAS NA APS
	Slide 2: OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
	Slide 3: RACIONALIDADES MÉDICAS SISTEMAS MÉDICOS COMPLEXOS
	Slide 4: PRESSUPOSTOS
	Slide 5: Objetivos da Estratégia da OMS sobre a MTC (2013-2023)
	Slide 6: Objetivos da Estratégia da OMS sobre a MTC (2013-2023)
	Slide 7: Objetivos da Estratégia da OMS sobre a MTC (2013-2023)
	Slide 8: Objetivos da Estratégia da OMS sobre a MTC (2013-2023)
	Slide 9: Estratégia da OMS sobre MTC 2014-2023 
	Slide 10: Estratégia da OMS sobre MTC 2014-2023 
	Slide 11: Medicina Tradicional
	Slide 12: POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SUS (PNPIC)
	Slide 13: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 14: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 15: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 16: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 17: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) 
	Slide 18: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 19
	Slide 20: Municípios com oferta de PICS 2019
	Slide 21: Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
	Slide 22: Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
	Slide 23: PICS – registros dos atendimentos
	Slide 24: PICS – porque registrar nos atendimentos
	Slide 25: PNPICS: experiências
	Slide 26: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 27: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 28: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 29: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 30: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 31: Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
	Slide 32: Homeopatia
	Slide 33: Homeopatia
	Slide 34: Plantas Medicinais e Fitoterapia
	Slide 35: Fitoterapia
	Slide 36: Fitoterapia
	Slide 37: Aplicação Clínica da Fitoterapia da APS
	Slide 38: Aplicação Clínica da Fitoterapia da APS - Diferenças Regionais
	Slide 39: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 40: Cynara scolymus L. (alcachofra) Família Asteracea 
	Slide 41: Cynara scolymus L. (alcachofra) Família Asteracea 
	Slide 42: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 43: Aloe vera (L.) Burm. f. (babosa) Família Xanthorrhoeaceae 
	Slide 44: Aloe vera (L.) Burm. f. (babosa) Família Xanthorrhoeaceae 
	Slide 45: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 46: 
	Slide 47: Maytenus ilicifolia Mart. ex reissek (espinheira-santa) Família Celastraceae 
	Slide 48
	Slide 49: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 50: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 51: Mikania sp. (guaco) Família Asteraceae 
	Slide 52: Mikania sp. (guaco) Família Asteraceae 
	Slide 53
	Slide 54: Fitoterápicos reconhecidos pela RENAME
	Slide 55: PNPICS Abordagem Comunitária 
	Slide 56: Plantas Medicinais- Uso Racional
	Slide 57: Fitoterapia
	Slide 58: Outras terapias da PNPICS
	Slide 59: Outras terapias da PNPICS
	Slide 60: Mindfulness
	Slide 61: Outras terapias da PNPICS 
	Slide 62: Outras terapias da PNPICS
	Slide 63: Materiais complementares
	Slide 64: Referências
	Slide 65: Referências
	Slide 66: OBRIGADO(A)!
	Slide 67

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