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<p>AULA 5</p><p>SISTEMA DE INFORMAÇÕES</p><p>GERENCIAIS – SIG</p><p>Prof. Fábio José Ricardo</p><p>2</p><p>TEMA 1 – INDÚSTRIA 4.0 E 5.0</p><p>1.1 Indústria 4.0</p><p>A Indústria 4.0 é um conceito pertinente à quarta revolução industrial, sendo</p><p>impulsionada pela convergência de avanços tecnológicos e digitais, que estão</p><p>transformando a forma como as empresas operam e produzem. Essa revolução</p><p>está redefinindo os processos industriais e criando um novo paradigma de</p><p>produção inteligente e conectada. É caracterizada pela interconexão de</p><p>máquinas, sistemas e pessoas por meio de Internet das Coisas (IoT), computação</p><p>em nuvem, big data, inteligência artificial e outras tecnologias disruptivas. Essa</p><p>integração permite a criação de fábricas inteligentes, cenário em que máquinas</p><p>autônomas e sistemas ciberfísicos colaboram e se comunicam entre si de forma</p><p>autônoma, otimizando a produção, aumentando a eficiência e reduzindo custos</p><p>(Sacomano et al., 2018).</p><p>Nesse novo cenário, as máquinas são capazes de coletar e compartilhar</p><p>dados em tempo real, permitindo o monitoramento e o controle remoto dos</p><p>processos de produção. Além disso, algoritmos de inteligência artificial e análise</p><p>de dados possibilitam a tomada de decisões mais precisas e a automação de</p><p>tarefas complexas. A Indústria 4.0 também introduz novos modelos de negócios,</p><p>como a manufatura aditiva (impressão 3D), a customização em massa e a</p><p>produção sob demanda. Com a flexibilidade e a agilidade proporcionadas pelas</p><p>tecnologias digitais, as empresas podem se adaptar rapidamente às necessidades</p><p>do mercado, oferecendo produtos personalizados e reduzindo o tempo de</p><p>lançamento no mercado (Sacomano et al., 2018).</p><p>Além dos impactos na produção, a Indústria 4.0 também tem</p><p>consequências significativas no mercado de trabalho. À medida que a automação</p><p>e a inteligência artificial se tornam mais presentes, surgem novas demandas por</p><p>habilidades digitais e competências para a colaboração entre humanos e</p><p>máquinas. As empresas e os trabalhadores precisam se adaptar a essas</p><p>mudanças e investir em capacitação e atualização profissional (Sacomano et al.,</p><p>2018).</p><p>A Indústria 4.0, portanto, representa uma transformação profunda na forma</p><p>como as empresas produzem e operam. Com a integração de tecnologias</p><p>avançadas, a automação e a conectividade, promete aumentar a eficiência, a</p><p>produtividade e a qualidade dos produtos, além de abrir novas oportunidades de</p><p>3</p><p>negócios. No entanto, para aproveitar plenamente os benefícios dessa revolução,</p><p>é necessário planejamento estratégico, além de investimentos em tecnologia e</p><p>capital humano.</p><p>A figura a seguir exemplifica a transição entre as quatro fases de revolução</p><p>que marcam o início da industrialização até a I4.0.</p><p>Figura 1 – Transição entre as revoluções industriais</p><p>Crédito: Hein Nouwens/Adobe Stock; Juulijs/Adobe Stock; Christos Georghiou/Adobe Stock;</p><p>Gstudio/Adobe Stock; Alexander Limbach/Adobe Stock.</p><p>A figura a seguir apresenta os elementos que estruturam a I4.0.</p><p>Figura 2 – Elementos da I4.0</p><p>Fonte: Sacomano et al., 2018.</p><p>A Figura 2, considerando o contexto da Indústria 4.0, traz uma</p><p>representação visual dos elementos centrais que compõem essa revolução</p><p>industrial. No centro do triângulo, está a palavra "informação", que simboliza a</p><p>importância dos dados e do conhecimento na era digital. Ao redor do triângulo,</p><p>Computação</p><p>Sistemas</p><p>Informação</p><p>4</p><p>em cada face ou aresta, estão as palavras "cyber", "físico" e "sistemas",</p><p>representando os aspectos fundamentais da Indústria 4.0.</p><p>A palavra "cyber" destaca a dimensão digital e tecnológica presente na</p><p>Indústria 4.0. Ela representa a interconectividade e a integração de sistemas, a</p><p>utilização da Internet das Coisas (IoT) e a presença de tecnologias avançadas,</p><p>como inteligência artificial, análise de dados e computação em nuvem. Esses</p><p>elementos permitem a coleta, o processamento e o compartilhamento de</p><p>informações em tempo real, possibilitando uma tomada de decisões mais</p><p>assertivas, com a otimização dos processos industriais. A palavra "físico" refere-</p><p>se aos aspectos tangíveis e materiais da Indústria 4.0. Ela refere-se a</p><p>equipamentos, máquinas e sistemas físicos presentes nas fábricas inteligentes.</p><p>Os componentes físicos são equipados com sensores, dispositivos de</p><p>monitoramento e atuadores, permitindo a automação e a interação com os</p><p>sistemas digitais. A combinação entre elementos físicos e digitais é essencial para</p><p>a criação de ambientes de produção inteligentes e eficientes (Sacomano et al.,</p><p>2018).</p><p>A palavra "sistemas" destaca a integração e a interação entre diferentes</p><p>componentes na Indústria 4.0. Esses sistemas podem ser ciberfísicos, nos quais</p><p>máquinas e equipamentos estão conectados e interagem entre si; ou sistemas de</p><p>informação, que gerenciam e analisam os dados coletados. Tais sistemas</p><p>trabalham em conjunto para fornecer insights valiosos, facilitando a tomada de</p><p>decisões automatizadas e permitindo a coordenação eficiente de processos</p><p>industriais.</p><p>Nos vértices do triângulo, estão as palavras "computação", "controle" e</p><p>"comunicação". "Computação" refere-se ao poder de processamento e</p><p>armazenamento de dados, oferecido pelas tecnologias digitais. Permite a análise</p><p>e a interpretação de grandes volumes de dados, bem como a execução de</p><p>algoritmos de inteligência artificial para a obtenção de insights valiosos.</p><p>"Controle" representa a capacidade de monitorar e gerenciar os processos</p><p>industriais de forma autônoma e precisa. Os sistemas de controle automatizados</p><p>permitem o ajuste e a otimização contínuos dos parâmetros de produção,</p><p>garantindo eficiência e qualidade. Por fim, "comunicação" destaca a importância</p><p>da conectividade e da troca de informações entre os diversos componentes do</p><p>sistema industrial. A comunicação eficiente e em tempo real é fundamental para</p><p>5</p><p>sincronizar os processos, compartilhar dados e coordenar as operações em toda</p><p>a cadeia de valor.</p><p>Em conjunto, os elementos representados na figura evidenciam a</p><p>interdependência e a integração entre informações, tecnologias digitais,</p><p>equipamentos físicos, sistemas de controle e comunicação. Eles são essenciais</p><p>para a transformação da indústria tradicional em direção à Indústria 4.0. Essa</p><p>transformação permite que as empresas alcancem níveis inéditos de eficiência,</p><p>flexibilidade e produtividade. A interconexão dos elementos representados na</p><p>figura impulsiona a obtenção e o compartilhamento de informações em tempo real,</p><p>ajudando em decisões estratégicas e na otimização dos processos. A combinação</p><p>de tecnologias digitais e sistemas físicos viabiliza a automação e o controle</p><p>avançado, reduzindo erros e aumentando a produtividade. A comunicação</p><p>eficiente entre os componentes é essencial para sincronizar as operações. A</p><p>Indústria 4.0 traz benefícios como redução de custos, qualidade aprimorada e</p><p>personalização em massa. No entanto, a sua implementação requer atualização</p><p>de competências e adaptação de práticas de gestão. Essa transformação</p><p>impulsiona a digitalização, a automação e a conectividade, levando ao</p><p>desenvolvimento de uma indústria mais eficiente, ágil e adaptável.</p><p>1.2 Indústria 5.0</p><p>Não existe ainda um consenso claro sobre o conceito e os detalhes da</p><p>Indústria 5.0, já que o termo ainda está em discussão e desenvolvimento. No</p><p>entanto, é possível fazer uma breve introdução com base nas discussões e</p><p>especulações atuais, até porque ela é vista como a próxima etapa da evolução</p><p>industrial, após a Indústria 4.0. Enquanto a Indústria 4.0 se concentra em</p><p>digitalização, automação e conectividade, a Indústria 5.0 busca uma colaboração</p><p>mais estreita e harmoniosa entre humanos e máquinas, enfatizando a interação e</p><p>a integração de habilidades humanas com tecnologias avançadas (Pereira;</p><p>Santos, 2022).</p><p>A Indústria 5.0 propõe que</p><p>a automação e a inteligência artificial sejam</p><p>complementadas por habilidades humanas, como criatividade, empatia,</p><p>inteligência emocional e tomada de decisão ética. A ideia central é que humanos</p><p>e máquinas trabalhem em conjunto, cada um desempenhando papéis distintos e</p><p>aproveitando as suas respectivas vantagens. Nessa perspectiva, ela busca criar</p><p>ambientes de trabalho colaborativos, em que humanos e máquinas possam</p><p>6</p><p>interagir de forma segura e produtiva. Essa abordagem promove a coexistência e</p><p>a interação entre as capacidades humanas, como pensamento crítico e criativo,</p><p>além das capacidades tecnológicas, como automação e aprendizado de máquina.</p><p>A Indústria 5.0 também enfatiza a personalização em massa e a produção</p><p>sob demanda, permitindo que as empresas atendam às necessidades específicas</p><p>dos clientes de maneira eficiente e flexível. Tecnologias avançadas, como</p><p>impressão 3D, internet das coisas e robótica colaborativa, são utilizadas para</p><p>alcançar esse objetivo, proporcionando maior agilidade e capacidade de</p><p>adaptação. É importante destacar que a Indústria 5.0 ainda está em estágio</p><p>conceitual, em desenvolvimento. A sua implementação, e os impactos reais no</p><p>cenário industrial, ainda precisam ser completamente definidos e explorados. No</p><p>entanto, acredita-se que a Indústria 5.0 representará uma nova fase na evolução</p><p>da indústria, com valorização da interação humana, criatividade e colaboração</p><p>com as tecnologias avançadas, para impulsionar a inovação e o progresso</p><p>(Pereira; Santos, 2022).</p><p>A Indústria 5.0 também propõe um conceito visionário, buscando abordar a</p><p>sustentabilidade, a centralidade no ser humano, a resiliência organizacional e a</p><p>colaboração entre humanos e máquinas, como tendências para o futuro da</p><p>indústria. No entanto, por conta de sua natureza inovadora, ainda não há</p><p>consenso sobre a sua definição. Com o objetivo de preencher essa lacuna, Pereira</p><p>e Santos (2022) revisaram o atual estado do conhecimento sobre a Indústria 5.0.</p><p>Enquanto a Indústria 4.0 se concentra principalmente na eficiência e na</p><p>produtividade, a Indústria 5.0 parte dos seguintes elementos-chave:</p><p>sustentabilidade, centralidade no ser humano e resiliência organizacional. Ela</p><p>busca promover uma produção inteligente e sustentável, levando em</p><p>consideração não apenas os aspectos tecnológicos, mas também as questões</p><p>sociais, ambientais e éticas. Assim, a principal diferença entre a Indústria 4.0 e a</p><p>Indústria 5.0 está na abordagem adotada em relação à colaboração entre</p><p>humanos e máquinas, considerando ainda a importância atribuída a aspectos</p><p>como sustentabilidade e centralidade no ser humano. A Indústria 5.0 busca uma</p><p>transformação mais profunda e holística na indústria, alinhada com valores de</p><p>responsabilidade social e ambiental (Pereira; Santos, 2022).</p><p>7</p><p>TEMA 2 – MARKETING 4.0</p><p>O Marketing 4.0 é um conceito que surge em resposta às transformações</p><p>trazidas pela era digital e pela conectividade. Nesse novo cenário, os</p><p>consumidores estão cada vez mais conectados, informados e exigentes, o que</p><p>requer uma abordagem de marketing capaz de se adaptar a essas mudanças. O</p><p>conceito coloca o consumidor no centro das estratégias de marketing,</p><p>reconhecendo a sua participação ativa e o seu poder de influência nas decisões</p><p>de compra. É uma abordagem que busca compreender profundamente as</p><p>necessidades, os desejos e os comportamentos dos consumidores, com base em</p><p>dados e análises, para oferecer experiências personalizadas e relevantes (Assad,</p><p>2020).</p><p>Além disso, o Marketing 4.0 valoriza a integração de canais de</p><p>comunicação, reconhecendo que os consumidores interagem com as marcas em</p><p>diferentes pontos de contato, como mídias sociais, websites e lojas físicas. A</p><p>consistência e a coerência da mensagem em todos esses canais são aspectos</p><p>fundamentais para construir relacionamentos duradouros e engajar o público-alvo.</p><p>Outro aspecto-chave do Marketing 4.0 é a utilização de tecnologias</p><p>avançadas, como análise de dados, inteligência artificial e automação de</p><p>marketing. Essas ferramentas permitem personalização em massa, segmentação</p><p>precisa e automação de processos, aumentando a eficiência e a eficácia das</p><p>estratégias de marketing. Além disso, o Marketing 4.0 enfatiza a importância do</p><p>marketing de conteúdo, ou seja, da criação e do compartilhamento de conteúdo</p><p>valioso e relevante para atrair, engajar e educar os consumidores. O objetivo é</p><p>construir um relacionamento de confiança com o público, posicionando a marca</p><p>como uma autoridade em seu setor (Assad, 2020).</p><p>Vamos entender a diferença entre as fases do Marketing 1.0 ao 4.0:</p><p>• Marketing 1.0: na era industrial, as empresas concentravam seus esforços</p><p>no desenvolvimento técnico e na produção em larga escala, com base na</p><p>crença de que a produção em massa levaria a uma redução de custos e a</p><p>maiores lucros, mesmo quando a oferta superasse a demanda de mercado.</p><p>Essa abordagem era impulsionada pelo objetivo de alcançar economias de</p><p>escala e atender a um mercado em expansão. No entanto, essa visão</p><p>excessivamente centrada no produto e na eficiência produtiva revelou-se</p><p>limitada para enfrentar mudanças em termos de preferências e</p><p>8</p><p>necessidades por parte dos consumidores, dando espaço a abordagens</p><p>mais orientadas para o cliente, que buscam compreender as demandas do</p><p>mercado individualmente, para oferecer soluções personalizadas.</p><p>• Marketing 2.0: com o reconhecimento dos problemas causados pelo</p><p>excesso de oferta, o marketing passou a direcionar os seus esforços para</p><p>impulsionar as vendas, concentrando-se em necessidades e desejos do</p><p>consumidor. Nesse momento, surgiu a compreensão de que o consumidor</p><p>não era apenas reativo às informações e compras, mas também</p><p>desempenhava um papel ativo em relação à marca. Essa mudança de</p><p>perspectiva levou as empresas a buscar uma conexão mais profunda com</p><p>o consumidor, criando estratégias de marketing para envolvê-lo de forma</p><p>participativa, em um relacionamento contínuo e interativo.</p><p>• Marketing 3.0: aqui, o foco é compreender o consumidor como um ser</p><p>humano completo, levando em consideração mente, coração e espírito. Os</p><p>estudos de comportamento do consumidor sublinham a importância das</p><p>emoções na tomada de decisão. As empresas foram desafiadas a definir o</p><p>seu propósito e a conectar-se com os consumidores, não apenas em</p><p>termos de produtos e serviços, mas também considerando valores e</p><p>propósitos. A essência do Marketing 3.0 revolucionou a forma como as</p><p>empresas se relacionam com os clientes. No entanto, o avanço da</p><p>tecnologia de comunicação e o impacto da mudança de comportamento</p><p>das pessoas exigiram uma adaptação na forma como as marcas se</p><p>posicionam e se relacionam com os seus consumidores (Assad, 2020).</p><p>• Marketing 4.0: chegamos na era da informação, por conta da quantidade</p><p>e da variedade de informações transmitidas pela internet. A velocidade de</p><p>comunicação e interação com os consumidores se tornaram elementos</p><p>impactantes, exigindo que as empresas gerenciassem diferentes canais,</p><p>sempre atentas às opiniões dos usuários, que contribuem para a</p><p>construção da imagem da marca. Esse cenário também impacta a gestão</p><p>das empresas, que precisam lidar com a enorme quantidade de dados</p><p>disponíveis. Transformar os dados em informações relevantes é</p><p>fundamental para auxiliar os gestores na tomada de decisões estratégicas.</p><p>Nesse contexto, o web marketing, definido como o uso de canais digitais</p><p>para impulsionar marcas, produtos e serviços, surgiu como forma</p><p>complementar ao marketing tradicional. O objetivo não é substituir, mas sim</p><p>9</p><p>integrar-se à forma tradicional. Dessa forma, o Marketing 4.0 propõe uma</p><p>atualização do mix de marketing, considerando os aspectos mencionados</p><p>anteriormente (Assad, 2020).</p><p>Um exemplo prático de Marketing 4.0 é a estratégia de recomendação</p><p>personalizada, utilizada por plataformas de streaming de música,</p><p>como o Spotify.</p><p>Com base no histórico de reprodução do usuário, bem como em suas interações</p><p>anteriores com a plataforma, o algoritmo do Spotify é capaz de oferecer</p><p>recomendações musicais altamente personalizadas. Tais recomendações podem</p><p>ser baseadas em gênero musical, artistas similares aos que o usuário já ouviu,</p><p>playlists populares entre pessoas com gostos semelhantes, ou mesmo momentos</p><p>específicos do dia. Essa abordagem personalizada ajuda a aumentar o</p><p>engajamento do usuário, que fica envolvido com a plataforma por mais tempo.</p><p>Afinal, dessa forma a empresaoferece uma experiência musical mais relevante e</p><p>satisfatória.</p><p>Crédito: Rani Restu Irianti/Shutterstock.</p><p>Outro exemplo prático de Marketing 4.0 é a utilização de chatbots para o</p><p>atendimento ao cliente. Empresas de diversos setores estão adotando essa</p><p>tecnologia para fornecer suporte e assistência aos consumidores, de forma rápida</p><p>e personalizada. Os chatbots utilizam inteligência artificial para interagir com os</p><p>clientes, respondendo perguntas, solucionando problemas e fornecendo</p><p>informações relevantes. Essa abordagem oferece um atendimento 24 horas por</p><p>dia, 7 dias por semana, permitindo que os clientes obtenham assistência imediata,</p><p>10</p><p>independentemente do horário. Além disso, os chatbots podem aprender com as</p><p>interações dos clientes, aprimorando as suas respostas continuamente e</p><p>oferecendo uma experiência mais personalizada e eficiente. O uso de chatbots no</p><p>atendimento ao cliente é um bom exemplo da forma como o Marketing 4.0 utiliza</p><p>a tecnologia para criar interações mais personalizadas, convenientes e</p><p>satisfatórias para os consumidores.</p><p>Crédito: GoodStudio/Shutterstock.</p><p>TEMA 3 – VAREJO 4.0</p><p>O Varejo 4.0 é um conceito que surge em resposta às transformações</p><p>trazidas pela revolução digital e tecnológica no setor do varejo. Com o avanço da</p><p>tecnologia e a mudança no comportamento do consumidor, o varejo tradicional</p><p>precisou se adaptar a um novo ambiente de negócios. Ele é caracterizado pelo</p><p>uso estratégico de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, internet das</p><p>coisas (IoT), análise de dados e automação, para proporcionar experiências de</p><p>compra mais personalizadas, eficientes e conectadas.</p><p>Uma das principais características do Varejo 4.0 é a ênfase na experiência</p><p>do cliente. As empresas varejistas utilizam dados e análises para compreender o</p><p>perfil, as preferências e o histórico de compras dos clientes, permitindo uma</p><p>comunicação e um atendimento mais personalizados. Além disso, as tecnologias</p><p>digitais permitem uma interação omnichannel, em que o consumidor pode realizar</p><p>compras e obter informações sobre produtos, tanto em lojas físicas quanto em</p><p>plataformas online (Geber, 2020).</p><p>Outro aspecto fundamental do Varejo 4.0 é a eficiência operacional. As</p><p>tecnologias avançadas permitem automação de processos, otimização do</p><p>estoque, gestão de cadeia de suprimentos mais eficiente e redução de custos.</p><p>Além disso, a análise de dados em tempo real ajuda as empresas a tomarem</p><p>decisões mais informadas e estratégicas. O Varejo 4.0 também traz novos</p><p>modelos de negócios, como o varejo colaborativo e o varejo sob demanda. A</p><p>11</p><p>economia compartilhada e a customização em massa são impulsionadas pelas</p><p>tecnologias digitais, permitindo que os varejistas ofereçam produtos e serviços</p><p>mais adaptados às necessidades individuais dos consumidores (Geber, 2020).</p><p>O Varejo 4.0 representa uma transformação significativa no setor varejista,</p><p>impulsionada pela adoção estratégica de tecnologias avançadas. Ao combinar</p><p>personalização, eficiência operacional e novos modelos de negócios, busca</p><p>atender às demandas dos consumidores modernos e enfrentar os desafios de um</p><p>mercado em constante evolução. As empresas varejistas que abraçam essa</p><p>abordagem têm a oportunidade de se destacar no mercado, proporcionando</p><p>experiências de compra inovadoras e memoráveis (Geber, 2020).</p><p>Surge também a necessidade, por parte dos consumidores, de encontrar</p><p>novas formas de adquirir produtos e serviços, levando o varejo a repensar a sua</p><p>atuação. Nesse contexto, destaque para as inovações tecnológicas de</p><p>automação, controle e tecnologia da informação, além da transformação da loja</p><p>física em um ambiente interativo, multissensorial e digital. A nova era do varejo</p><p>busca combinar as tendências da internet (como Internet das Coisas, realidade</p><p>virtual aumentada, inteligência artificial, mobile e aplicativos) com o mundo real, a</p><p>fim de melhorar a experiência do cliente e criar um diferencial competitivo em</p><p>relação à concorrência. Grandes empresas, como Google e Amazon, têm</p><p>explorado essas tendências em eventos como a NRF, de 2018. O objetivo é mudar</p><p>a proposta de valor do varejo, proporcionando uma experiência diferenciada e</p><p>fortalecendo o relacionamento com o cliente (Geber, 2020).</p><p>Os investimentos em tecnologia no Varejo 4.0 têm como objetivo renovar</p><p>as atividades varejistas e desenvolver novos modelos de loja que atendam às</p><p>necessidades do novo consumidor. Isso inclui a integração de diversos canais</p><p>disponíveis para a compra, aproximando o consumidor do produto ou serviço</p><p>desejado. Para aplicar o Varejo 4.0, é essencial considerar duas tendências</p><p>principais: a tecnológica e a comportamental. A tendência tecnológica envolve a</p><p>promoção de uma experiência de uso de produtos, além de melhor interação com</p><p>os clientes e estratégias de oferta personalizada, fornecendo produtos certos para</p><p>a pessoa certa, no momento certo. Já a tendência comportamental está</p><p>relacionada à compreensão das necessidades do consumidor, não apenas em</p><p>relação a um produto ou serviço, mas também em relação à informação sobre o</p><p>que foi adquirido. Esses aspectos são fundamentais para implementar esses</p><p>novos conceitos com sucesso (Geber, 2020).</p><p>12</p><p>O Varejo 4.0 é uma tendência em ascensão no Brasil, trazendo renovação</p><p>para as atividades varejistas. Além de um atendimento melhor os clientes, a</p><p>integração do varejo físico com o digital auxilia as empresas a reduzir custos, o</p><p>que é especialmente importante em períodos de crise. Essa integração também</p><p>torna as empresas mais lucrativas e competitivas no mercado. O objetivo principal</p><p>aqui é aproximar a empresa do cliente, facilitando o processo de compras e</p><p>oferecendo uma experiência mais completa. Alguns exemplos de empresas</p><p>brasileiras que adotaram o Varejo 4.0 são o MagazineLuiza, que oferece uma</p><p>variedade de serviços em suas lojas físicas e digitais; e a Riachuelo, que</p><p>apresenta um modelo de negócios integrado, sempre em busca de novas formas</p><p>de geração de lucro por meio de ferramentas físicas e digitais. No entanto, um</p><p>desafio importante do Varejo 4.0 é superar o medo associado a mudanças,</p><p>buscando perceber esse novo formato como um fator que agrega para a loja,</p><p>abrindo a mente para novas tendências, que vão além da tecnologia e afetam o</p><p>comportamento do consumidor (Geber, 2020).</p><p>A figura a seguir exemplifica as principais diferenças entre as fases do</p><p>varejo 1.0 ao 4.0.</p><p>Figura 3 – Diferenças entre varejos 1.0 ao 4.0</p><p>Fonte: Ricardo, 2023.</p><p>Descrição Varejo 1.0 Varejo 2.0 Varejo 3.0 Varejo 4.0</p><p>Foco</p><p>Produção em</p><p>massa</p><p>Vendas</p><p>Experiência do</p><p>cliente</p><p>Experiência</p><p>personalizada</p><p>Interação Limitada</p><p>Melhoria das</p><p>vendas</p><p>Conexão</p><p>emocional</p><p>Integração físico-</p><p>digital</p><p>Abordagem Produto-centrado Cliente-centrado Valor e propósito</p><p>Experiência</p><p>inovadora</p><p>Tecnologia</p><p>Pouco</p><p>envolvimento</p><p>Algumas</p><p>ferramentas</p><p>Integração digital</p><p>Tecnologias</p><p>avançadas</p><p>Personalização Baixa</p><p>Alguma</p><p>customização</p><p>Consideração</p><p>individual</p><p>Personalização em</p><p>massa</p><p>Comunicação Unidirecional Bidirecional Interativa</p><p>Comunicação em</p><p>tempo real</p><p>Diferencial</p><p>Preço e</p><p>disponibilidade</p><p>Qualidade e</p><p>serviço</p><p>Valores</p><p>compartilhados</p><p>Experiência</p><p>diferenciada</p><p>Exemplos Lojas tradicionais Varejo online</p><p>Experiência de</p><p>compra</p><p>Lojas inteligentes</p><p>13</p><p>TEMA 4 – LOGÍSTICA 4.0</p><p>A Logística 4.0, também conhecida como logística inteligente, é uma</p><p>abordagem no campo da logística que surge em resposta às transformações</p><p>trazidas pela era digital e tecnológica. Com o avanço das tecnologias e a</p><p>crescente demanda por eficiência e agilidade na cadeia de suprimentos, a</p><p>Logística 4.0 busca aplicar as últimas inovações tecnológicas para aprimorar os</p><p>processos logísticos de forma integrada e inteligente. Envolve a utilização</p><p>estratégica de tecnologias como Internet das Coisas (IoT), Big Data, inteligência</p><p>artificial e automação, para otimizar a gestão e o fluxo de materiais, informações</p><p>e recursos ao longo da cadeia de suprimentos. Essas tecnologias permitem a</p><p>coleta, a análise e o compartilhamento de dados em tempo real, fornecendo</p><p>insights valiosos para tomadas de decisões mais informadas e assertivas.</p><p>Uma das principais vantagens da Logística 4.0 é a capacidade de rastrear</p><p>e monitorar os produtos ao longo de toda a cadeia de suprimentos, desde o</p><p>fornecedor até o consumidor final. Isso proporciona maior visibilidade e controle</p><p>sobre as operações logísticas, possibilitando a identificação precoce de</p><p>problemas e a implementação de ações corretivas de forma mais rápida e eficaz.</p><p>Além disso, promove a colaboração e a integração entre os diferentes atores da</p><p>cadeia de suprimentos, como fornecedores, transportadoras, distribuidores e</p><p>varejistas. Através do compartilhamento de informações em tempo real e da</p><p>automação de processos, é possível melhorar a eficiência, reduzir os custos e</p><p>minimizar os erros ao longo da cadeia (Junior; Telles, 2022).</p><p>Outro aspecto importante da Logística 4.0 é a automação dos processos</p><p>logísticos. A utilização de tecnologias como robótica e sistemas autônomos</p><p>permite a automação de tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, liberando</p><p>os profissionais para atividades mais estratégicas e criativas. Representa,</p><p>portanto, uma transformação significativa no campo da logística, impulsionada</p><p>pelas tecnologias avançadas, em busca de maior eficiência, visibilidade e</p><p>integração na cadeia de suprimentos. As empresas que adotam essa abordagem</p><p>têm a oportunidade de melhorar significativamente as suas operações logísticas,</p><p>oferecendo um serviço mais eficiente aos clientes e se destacando em um</p><p>mercado altamente competitivo (Junior; Telles, 2022).</p><p>A Logística 4.0 incorpora avançados conceitos de armazenamento</p><p>automatizado, rastreamento de carga e gerenciamento remoto de frota. Por meio</p><p>14</p><p>das tecnologias atuais da cadeia de suprimentos, as organizações podem obter</p><p>informações em tempo real sobre a situação e a localização da carga e da frota.</p><p>A combinação de tecnologias como IoT, GPS e RFID, baseadas em nuvem,</p><p>possibilita atualizações geográficas instantâneas, mesmo durante o transporte. O</p><p>rastreamento em tempo real permite a mensuração do desempenho do transporte</p><p>e a identificação de possíveis ineficiências na rota de entrega (Junior; Telles,</p><p>2022).</p><p>As tecnologias de automação e inteligência de negócios têm</p><p>desempenhado um papel fundamental na adaptação e otimização da cadeia de</p><p>suprimentos, para atender a demanda variável dos clientes. Sensores baseados</p><p>em IoT são capazes de detectar interrupções na cadeia de suprimentos e</p><p>problemas de qualidade, permitindo que sejam resolvidos ou que os fluxos de</p><p>produção sejam adaptados em tempo real, com intervenção humana mínima</p><p>(Indústria 4.0). Isso acarreta maior visibilidade, capacidade de resposta e</p><p>resiliência em todo o ecossistema da cadeia de suprimentos (Junior; Telles, 2022).</p><p>Embora o gerenciamento orientado à demanda na cadeia de suprimentos</p><p>não seja algo novo, as grandes inovações estão relacionadas com a quantidade</p><p>substancial de dados disponíveis e a capacidade das organizações de extrair</p><p>insights por meio de sua análise. Os métodos tradicionais de previsão de demanda</p><p>se baseiam em níveis históricos de demanda, o que pode não refletir</p><p>adequadamente o ambiente atual de demanda, sempre em mudança (Junior;</p><p>Telles, 2022).</p><p>As tecnologias IoT baseadas em sensores incorporados têm a capacidade</p><p>de monitorar, coletar e relatar informações do ambiente, além de responder a</p><p>instruções remotas. Ao realizar uma análise inteligente desses dados, é possível</p><p>aumentar significativamente a precisão das previsões de demanda e da reposição</p><p>de produtos. Dessa forma, a análise preditiva e o aprendizado de máquina</p><p>desempenham um papel fundamental, considerando essas variáveis adicionais, o</p><p>que ajuda a prever a demanda com maior confiabilidade, identificando padrões e</p><p>antecipando mudanças (Junior; Telles, 2022).</p><p>A figura a seguir traz as principais diferenças entre as fases da logística 1.0</p><p>ao 4.0.</p><p>15</p><p>Figura 4 – Diferenças entre as fases da Logística 1.0 ao 4.0</p><p>Fonte: Ricardo, 2023.</p><p>A figura a seguir exemplifica as principais vantagens e desvantagens entre</p><p>as fases da logística 1.0 ao 4.0.</p><p>Figura 5 – Vantagens e desvantagens entre as fases da Logística 1.0 ao 4.0</p><p>Fonte: Ricardo, 2023.</p><p>Era de Logística Logística 1 .0 Logística 2.0 Logística 3.0 Logística 4.0</p><p>Foco Eficiência</p><p>operacional</p><p>Atendimento ao</p><p>cliente</p><p>Sustentabilidade e</p><p>Responsabilidade</p><p>Social</p><p>Digitalização e</p><p>Integração</p><p>Tecnologias</p><p>Mecanização e</p><p>produção em massa</p><p>Intercâmbio</p><p>eletrônico de dados</p><p>Rastreamento em</p><p>tempo real e ERP</p><p>IoT, Big Data, IA e</p><p>Blockchain</p><p>Objetivos</p><p>Redução de custos e</p><p>aumento da</p><p>produtividade</p><p>Melhoria do serviço</p><p>ao cliente</p><p>Satisfação do cliente</p><p>e personalização</p><p>Conectividade,</p><p>agilidade e</p><p>flexibilidade</p><p>Estratégia</p><p>Minimização de</p><p>estoques e</p><p>padronização</p><p>Customização em</p><p>massa e gestão de</p><p>estoques</p><p>Colaboração na</p><p>cadeia de</p><p>suprimentos</p><p>Rede integrada e</p><p>visibilidade</p><p>completa</p><p>Competitividade Eficiência de custos e</p><p>escala</p><p>Experiência do</p><p>cliente e</p><p>diferenciação</p><p>Agilidade e inovação</p><p>Resiliência e</p><p>capacidade</p><p>adaptativa</p><p>Era Logística Principais Vantagens Principais Desvantagens</p><p>Maior eficiência na produção em</p><p>massa</p><p>Falta de flexibilidade e baixa</p><p>adaptabilidade às mudanças</p><p>Redução de custos de produção</p><p>Pouca ênfase na satisfação do cliente</p><p>e personalização</p><p>Foco no atendimento às necessidades</p><p>do cliente</p><p>Dificuldade em lidar com a demanda</p><p>variável e volátil</p><p>Maior ênfase na satisfação do cliente</p><p>e na experiência</p><p>Limitação nas capacidades de análise</p><p>e previsão de demanda</p><p>Maior compreensão do</p><p>comportamento do consumidor</p><p>Desafios na integração de sistemas e</p><p>na gestão de dados</p><p>Personalização e customização de</p><p>produtos e serviços</p><p>Necessidade de investimentos</p><p>significativos em tecnologia</p><p>Integração de tecnologias avançadas,</p><p>como IoT e IA</p><p>Complexidade na gestão de grandes</p><p>volumes de dados</p><p>Melhor visibilidade e rastreamento em</p><p>tempo real</p><p>Desafios de segurança cibernética e</p><p>privacidade de dados</p><p>Automação e otimização da cadeia de</p><p>suprimentos</p><p>Necessidade de atualização constante</p><p>de habilidades e talentos</p><p>Maior agilidade e flexibilidade para</p><p>atender às demandas</p><p>Dependência de infraestrutura</p><p>tecnológica avançada</p><p>Logística 1.0</p><p>Logística 2.0</p><p>Logística 3.0</p><p>Logística 4.0</p><p>16</p><p>TEMA 5 – ESTUDOS DE CASO</p><p>A figura a seguir elenca as principais características dos temas abordados</p><p>nesta etapa (Indústria 4.0, Marketing 4.0, Varejo 4.0 e Logística 4.0). Tais</p><p>características podem ser encontradas, em parte ou em sua totalidade, em</p><p>empresas que dominam o mercado nesses conceitos. Neste momento, vamos</p><p>trazer três estudos de caso (Amazon, Netshoes e Dafiti) retirados do livro de</p><p>Cláudia Osna Geber (2020).</p><p>Figura 6 – Descrições dos temas citados em empresas</p><p>Fonte: Ricardo, 2023.</p><p>1.1 Amazon</p><p>Crédito: Sanur Karib/Shutterstock.</p><p>Conceito Indústria 4.0 Marketing 4.0 Varejo 4.0 Logística 4.0</p><p>Automação</p><p>Utilização de sistemas</p><p>ciberfísicos</p><p>Uso de automação</p><p>personalizada e em</p><p>tempo real</p><p>Automação de</p><p>processos internos</p><p>Automação de</p><p>armazenamento e</p><p>rastreamento</p><p>Conectividade Internet das Coisas (IoT)</p><p>Integração de dados</p><p>online e offline</p><p>Integração de canais de</p><p>venda</p><p>Rastreamento em</p><p>tempo real da carga</p><p>Análise de dados</p><p>Big Data e análise</p><p>preditiva</p><p>Uso de análise de dados</p><p>para personalização</p><p>Análise de dados de</p><p>compras</p><p>Análise de dados para</p><p>otimização de rotas</p><p>Interconectividade</p><p>Sistemas</p><p>interconectados e</p><p>interoperáveis</p><p>Integração de múltiplos</p><p>canais de comunicação</p><p>Integração de sistemas</p><p>e plataformas</p><p>Integração da cadeia de</p><p>suprimentos</p><p>Personalização</p><p>Produção customizada</p><p>em massa</p><p>Mensagens</p><p>personalizadas para o</p><p>consumidor</p><p>Experiência de compra</p><p>personalizada</p><p>Entrega personalizada e</p><p>rastreável</p><p>Inteligência Artificial</p><p>Uso de IA para</p><p>automação e tomada</p><p>de decisão</p><p>Utilização de chatbots e</p><p>assistentes virtuais</p><p>Uso de IA para</p><p>recomendações</p><p>Uso de IA para</p><p>otimização de</p><p>processos</p><p>Colaboração</p><p>Colaboração entre</p><p>humanos e máquinas</p><p>Engajamento com os</p><p>clientes nas redes</p><p>sociais</p><p>Interação com o cliente</p><p>Colaboração com</p><p>fornecedores e</p><p>parceiros</p><p>Visibilidade</p><p>Monitoramento em</p><p>tempo real</p><p>Acompanhamento da</p><p>jornada do cliente</p><p>online</p><p>Rastreamento de</p><p>estoque</p><p>Visibilidade de toda a</p><p>cadeia de suprimentos</p><p>Agilidade</p><p>Resposta rápida a</p><p>mudanças e demandas</p><p>Agilidade na adaptação</p><p>de campanhas e</p><p>estratégias</p><p>Agilidade na oferta de</p><p>produtos</p><p>Entrega rápida e flexível</p><p>17</p><p>A Amazon, fundada em 1994 por Jeff Bezos, revolucionou a forma de fazer</p><p>compras e o funcionamento do varejo nas últimas décadas. Na época de sua</p><p>criação, Bezos estabeleceu que o foco da Amazon seria no longo prazo, buscando</p><p>entender o consumidor para oferecer os melhores produtos e serviços. O sucesso</p><p>da empresa é tão significativo que hoje temos o termo "efeito Amazon", que</p><p>descreve o crescimento exponencial de uma empresa que começou como um e-</p><p>commerce de livros e se tornou um gigante do varejo, com um faturamento de 178</p><p>bilhões de dólares em 2017.</p><p>Um dos pontos centrais do "efeito Amazon" é a forma como a empresa</p><p>utiliza os dados dos consumidores para compreendê-los com profundidade, o que</p><p>faz toda a diferença para a compreensão dos comportamentos dos clientes, seja</p><p>no mundo online ou offline. A visão de Bezos também contribuiu para o sucesso</p><p>da empresa. Ele percebeu que todas as páginas do site poderiam ser lojas e todos</p><p>os clientes poderiam ser vendedores.</p><p>A Amazon impressiona ainda pela sua incrível capacidade de entrega, com</p><p>rapidez e eficiência logística, buscando atender às expectativas dos consumidores</p><p>do varejo digital. A empresa utiliza tecnologia avançada, incluindo 45 mil robôs,</p><p>para garantir a retirada e o transporte dos pacotes das prateleiras de forma</p><p>perfeita.</p><p>Recentemente, a Amazon inovou mais uma vez com a loja Amazon Go,</p><p>expandindo a sua atuação para o varejo físico. Nessa loja, o cliente é reconhecido</p><p>assim que entra, escolhe os produtos e sai sem precisar fazer nenhum</p><p>pagamento, graças a tecnologias avançadas de rastreamento e cobrança. A</p><p>Amazon continua a se destacar como empresa pioneira, explorando novos</p><p>caminhos no universo do varejo.</p><p>A experiência do cliente na loja Amazon Go é facilitada por tecnologias</p><p>avançadas. Câmeras espalhadas pela loja utilizam reconhecimento facial para</p><p>identificar o cliente, enquanto a inteligência artificial monitora movimentos de</p><p>pessoas e objetos nas prateleiras. Para aproveitar essa experiência, o cliente</p><p>precisa baixar o aplicativo da Amazon Go em seu celular, seguir o tutorial e se</p><p>identificar com sua conta da Amazon. Depois, basta entrar na loja, pegar os</p><p>produtos desejados e sair. O valor da compra será automaticamente debitado em</p><p>seu cartão.</p><p>18</p><p>Essa abordagem tem o objetivo de tornar a experiência do cliente mais</p><p>fluida e natural, valorizando o seu tempo e garantindo reposição automática das</p><p>prateleiras.</p><p>1.2 Netshoes</p><p>Crédito: alison/Adobe Stock.</p><p>A Netshoes, fundada em 2000 por Marcio Kumruian e Hagop Chabab, foi</p><p>pioneira no comércio eletrônico, tendo apresentado um crescimento gradual.</p><p>Inicialmente, a empresa enfrentou dificuldades, mas a partir do terceiro mês de</p><p>operação online, as suas vendas começaram a crescer significativamente. Com o</p><p>tempo, a Netshoes optou por fechar as suas lojas físicas e focar exclusivamente</p><p>no ambiente digital, o que se mostrou uma estratégia bem-sucedida.</p><p>A empresa aproveitou as redes sociais para fortalecer a sua presença</p><p>online, expandindo para diversas plataformas, como Twitter, Facebook, Google+,</p><p>Instagram e LinkedIn. Além disso, a Netshoes se destacou por conta de seu</p><p>atendimento eficiente e rápido, apresentando uma alta taxa de resolução de</p><p>reclamações e um sistema logístico eficaz que garante entregas rápidas.</p><p>19</p><p>A Netshoes se consolidou como o maior e-commerce de artigos esportivos</p><p>da América Latina e uma das principais marcas do comércio eletrônico brasileiro.</p><p>A empresa investiu em personalização de dados para conhecer melhor os seus</p><p>clientes, e assim criou a Zattini, uma startup dentro da própria empresa que se</p><p>tornou um dos principais marketplaces de moda do país.</p><p>A busca contínua por inovação e o uso de tecnologias como blockchain e</p><p>inteligência artificial evidenciam a constante evolução da Netshoes, que busca</p><p>sempre melhorar a experiência de compra dos consumidores. Além disso, a</p><p>empresa está em busca de parcerias com startups de IA e novas tecnologias.</p><p>1.3 Dafiti</p><p>Crédito: nda Rocha - Bolossom/Shutterstock.</p><p>A Dafiti, maior e-commerce de moda da América Latina, completou 11 anos</p><p>em 2022, destacando-se por sua inovação, experiência do cliente e crescimento.</p><p>A empresa surgiu em 2011, fundada por dois alemães, um francês e um brasileiro,</p><p>com base em modelos de sucesso internacionais, como a loja Zappos. A visão</p><p>dos fundadores era explorar uma oportunidade de mercado ainda pouco difundida</p><p>no Brasil.</p><p>A Dafiti definiu dois pilares fundamentais desde o início: uma ampla</p><p>variedade de produtos e uma excelente experiência significativa de compra para</p><p>o cliente. Segundo um dos sócios, ao executar esses dois pilares, o sucesso vem</p><p>20</p><p>naturalmente. A empresa se destaca por seu extenso estoque, com mais de 1,5</p><p>milhão de peças, com entregas rápidas aos clientes.</p><p>Além disso, a Dafiti investe em seus funcionários, muitos deles ligados ao</p><p>mundo da moda. O "Fashion Day" é um exemplo disso: trata-se de um evento que</p><p>promove desfiles dentro dos escritórios e centros de distribuição da empresa,</p><p>buscando engajar os colaboradores. A empresa também valoriza a sua presença</p><p>nas redes sociais, utilizando diversas ferramentas promocionais e oferecendo</p><p>atendimento ao cliente via redes sociais, de modo a facilitar o processo de compra.</p><p>Inicialmente focada na venda de calçados, a Dafiti expandiu o seu catálogo</p><p>para incluir roupas, acessórios, artigos de beleza, artigos para casa e decoração.</p><p>Atualmente, oferece mais de 4 mil marcas e 390 mil produtos em seu e-commerce.</p><p>Além disso, a empresa inaugurou a Dafiti Live, uma loja conceito em São Paulo,</p><p>onde os clientes podem experimentar os produtos e receber a compra em casa,</p><p>combinando tecnologia e experiência de compra.</p><p>21</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSAD, I. T. Web Marketing (Marketing Digital). Curitiba: Contentus, 2020.</p><p>GEBER, C. O. Varejo Digital. Curitiba: Contentus, 2020.</p><p>JUNIOR, A. K.; TELLES, A. Smart IoT a revolução da internet das coisas para</p><p>negócios inovadores. Curitiba: InterSaberes, 2022.</p><p>PEREIRA, R.; SANTOS, N. dos. Indústria 5.0: reflexões sobre uma nova</p><p>abordagem paradigmática para a indústria. EnANPAD, 2022. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 8 jun. 2022.</p><p>SACOMANO, J. B. et al. Indústria 4.0: Conceitos e Fundamentos. São Paulo:</p><p>Blucher, 2018.</p>

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