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<p>ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA GESTANTE</p><p>Curso de Nutrição</p><p>Unidade São José</p><p>DISCIPLINA NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL</p><p>Prof. Elisa de Espíndola</p><p>Contato: elisa.espindola@estacio.br</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu que a proteção à maternidade</p><p>tem como objetivo garantir a saúde das mulheres durante a gestação, o</p><p>puerpério e o aleitamento, além de ensinar os cuidados dispensados às</p><p>crianças.</p><p>A assistência pré-natal é um conjunto de medidas de</p><p>natureza médica, social, psicológica e de cuidados</p><p>gerais que visa propiciar à mulher gestante o</p><p>desenvolvimento saudável da gravidez.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>A realização do pré-natal representa papel</p><p>fundamental:</p><p>• Prevenção e/ou detecção precoce de patologias, tanto maternas como fetais,</p><p>permitindo o desenvolvimento saudável do feto e reduzindo os riscos para a</p><p>gestante;</p><p>• Boa evolução e prognóstico positivo da gravidez;</p><p>• Importante: iniciar antes da concepção, de forma a garantir que a mulher esteja</p><p>fisicamente apta a suportar essa sobrecarga.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>PROGRAMAÇÃO METABÓLICA</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>A realização do pré-natal representa papel</p><p>fundamental:</p><p>•Minimizar riscos de malformações congênitas;</p><p>• Evitar medicações teratogênicas – que podem causar danos no feto;</p><p>•Discutir hábitos, dieta, sedentarismo, viagens;</p><p>• Busca de cura ou compensação de doenças.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>PLANEJAMENTO FAMILIAR</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>Gestação planejada e contato com a mãe:</p><p>• Neste estudo observou-se</p><p>alta taxa de gravidez não</p><p>planejada referida pelas</p><p>voluntárias, o que se pode</p><p>associar com a baixa</p><p>identificação a aceitação da</p><p>gestação.</p><p>• Relacionamento positivo</p><p>entre mãe e filha como fator</p><p>importante para uma boa</p><p>adaptação materna durante</p><p>o pré-natal e o pós-parto.</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>• O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento</p><p>intercalado entre médico e enfermeiro.</p><p>• Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o seguinte</p><p>cronograma:</p><p>- Até 28ª semana – mensalmente;</p><p>- Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;</p><p>- Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>Objetivos da assistência pré-natal:</p><p>1. Fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;</p><p>2. Preparar a mulher para a maternidade, oferecendo informações educativas</p><p>sobre o parto e o cuidado com a criança (puericultura);</p><p>3. Orientar quanto à manutenção essencial de um estado nutricional apropriado;</p><p>4. Orientar quanto ao uso de medicamentos que possam afetar o feto ou o</p><p>parto, ou à adoção de medidas que possam prejudicar o feto;</p><p>5. Tratar as manifestações físicas próprias da gravidez.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>Objetivos da assistência pré-natal:</p><p>6. Tratar doenças que, de alguma forma, interfiram no bom andamento da</p><p>gravidez;</p><p>7. Fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da</p><p>gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;</p><p>8. Orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;</p><p>9. Nas consultas, orientar a paciente com relação a dieta, higiene, sono, hábitos</p><p>intestinais, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool,</p><p>drogas e dar outras instruções que se façam necessárias.</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesPRÉ-NATAL</p><p>A gestação é o período de concepção até o parto</p><p>• Neste período ocorrem alterações anatômicas, fisiológicas e metabólicas no</p><p>organismo;</p><p>• Tempo médio de gestação: 40 semanas.</p><p>Gestação 42 semanas: recém-nascido pós-termo</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>Idade: Adolescente ( 35 anos;</p><p>Genética: malformações em gestações anteriores; aborto de repetição, na</p><p>família: alterações cromossômicas, malformação cardíaca, espinha bífida, atraso</p><p>mental, doenças musculares hereditárias, hemoglobinopatias e outras indicações;</p><p>Condições prévias como: cardiopatia, DM, HAS;</p><p>Obesidade;</p><p>Abortos em gestações anteriores;</p><p>Dependência química (álcool, drogas, medicamentos).</p><p>FEBRASCO, 2014.</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>ASPECTOS GENÉTICOS</p><p>• Hereditariedade: escreve como alguns traços são passados dos pais para seus</p><p>filhos;</p><p>• Os traços são expressos por genes, que são pequenas seções de DNA codificadas</p><p>por traços específicos;</p><p>• Os genes são encontrados nos cromossomos.</p><p>• Os seres humanos têm dois conjuntos de 23 cromossomos:</p><p>um conjunto do pai e outro da mãe.</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>ASPECTOS EPIGENÉTICOS</p><p>• Interações químicas que podem ativar ou silenciar (metilar) a expressão gênica,</p><p>sem a presença de mutações;</p><p>• Atos como alimentação, exercícios físicos e comportamento podem influenciar</p><p>na maneira como se organizam os genes;</p><p>• O epigenoma pode mudar rapidamente em resposta aos distintos sinais recebidos</p><p>pela célula;</p><p>• Mudanças em longo prazo no estado fisiológico, metabólico ou anatômico mesmo</p><p>sem estar associado a mudança na sequência de um gene específico.</p><p>A maioria das mudanças epigenéticas ocorrem em momentos específicos da vida: intra-uterina,</p><p>passando pelo desenvolvimento do recém-nascido, em seguida pela puberdade e na terceira idade</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>• Genótipo: Constituição genética de uma célula, organismo ou indivíduo – DNA;</p><p>• Fenótipo: Expressão do Genótipo - características observáveis: morfologia,</p><p>desenvolvimento, propriedades bioquímicas e fisiológicas e comportamento;</p><p>• Genoma: conjunto de genes;</p><p>• Genômica: ramo da bioquímica que estuda o genoma de um organismo;</p><p>• Gonômica nutricional: como os alimentos e seus componentes individuais</p><p>modulam processos que ocorrem no organismo;</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>GENÔMICA NUTRICIONAL</p><p>Nutrigenética Nutrigenômica</p><p>Estuda como a constituição</p><p>genética de uma pessoa afeta</p><p>sua resposta à dieta.</p><p>Estuda a influência dos</p><p>nutrientes sobre a estrutura e a</p><p>expressão do genoma</p><p>propriedadesFATORES DETERMINANTES DO RISCO GESTACIONAL</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>GENÓTIPO X FENÓTIPO</p><p>Gêmeos idênticos separados ao nascer</p><p>20 ANOS DEPOIS:</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Modificações no sistema cardiocirculatório:</p><p>• O volume plasmático materno aumenta em até 10% já no início da gravidez e</p><p>continua a elevar-se até o 3º trimestre, aumentando de 30 a 50% acima dos</p><p>valores pré-gravídicos ao redor da 32ª semana e permanecendo estável até o</p><p>final da gravidez;</p><p>• Frequência cardíaca eleva-se progressivamente, chegando a aumentar cerca de</p><p>20 a 30%, fazendo com que o débito cardíaco aumente progressivamente em</p><p>até 40 a 50%;</p><p>• Aumento de 18 a 30 % no volume de hemácias;</p><p>• Aumento do colesterol devido a formação de hormônios.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Modificações hematológicas:</p><p>• Aumento da volemia materna decorre do acréscimo de volume plasmático;</p><p>• Reduz a hemoglobina como resultado da hemodiluição;</p><p>• As necessidades de ferro durante o ciclo gravídico puerperal aumentam</p><p>consideravelmente: o consumo pela unidade fetoplacentária, a utilização para</p><p>produção de hemoglobina.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Modificações cardíacas:</p><p>• O coração sofre alterações de posição, volume e função levando ao aumento</p><p>da volemia e débito cardíaco.</p><p>Modificações na composição corporal:</p><p>• Aumento de peso: 7 a 18 kg;</p><p>• No caso de obesidade pode ocorrer: DMG, aumento da pressão arterial de</p><p>forma patológica, chances de partos operatórios -> bebê macrossômico (>4kg).</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Modificações respiratórias:</p><p>• A demanda</p><p>de oxigênio aumenta de 20 a 30%, no início da gravidez é</p><p>frequente a sensação de falta de ar;</p><p>• Aumento na quantidade de troca de gases a cada respiração.</p><p>Modificações endócrinas e metabólicas:</p><p>• Associa-se a tais mudanças o surgimento de um novo órgão com enorme</p><p>importância endócrina: a placenta;</p><p>• Aumento de aproximadamente 15% da Taxa Metabólica Basal, sendo mais</p><p>intenso a partir do 2º trimestre.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Modificações renais:</p><p>• Aumento no fluxo sanguíneo através dos rins;</p><p>• Aumento na taxa de filtração glomerular;</p><p>• Aumento na excreção de aminoácidos e vitaminas hidrossolúveis;</p><p>• Diminuição na capacidade de excretar água, levando a edema de pés e</p><p>tornozelos.</p><p>Complexo B e Vitamina C</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Esôfago:</p><p>• A pirose é queixa comum na gestação, tendo como principal causa o refluxo</p><p>gastroesofágico, que pode ser encontrado em até 80% das pacientes.</p><p>• diminuição do tônus do esfíncter esofágico;</p><p>• menor peristaltismo gastrointestinal;</p><p>• maior tempo de esvaziamento gástrico.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Estômago:</p><p>• Tem seu tempo de esvaziamento aumentado;</p><p>• Funcionalmente, a produção de ácido gástrico está diminuída nos dois</p><p>primeiros trimestres e aumentada no terceiro trimestre da gestação.</p><p>Intestinos:</p><p>• A constipação é sintoma comum na gravidez, sendo referida por 30% das</p><p>mulheres -> aumento da progesterona, que afeta a motilidade;</p><p>• Compressão do útero sobre a porção inferior do intestino (compressão gástrica</p><p>geral).</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Postural:</p><p>• A postura é afetada por alterações no eixo da coluna e no centro de gravidade</p><p>materna, geradas pelo aumento do volume uterino e das mamas;</p><p>• Modo instintivo: a mulher desloca o corpo todo posteriormente;</p><p>• As alterações da posição da coluna podem, ainda, levar à compressão de raízes</p><p>nervosas, com dores e parestesias nos membros superiores e inferiores, além</p><p>de lombalgia e fadiga muscular.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Mamas:</p><p>• Crescimento e desenvolvimento mamário, através de hiperplasia e</p><p>diferenciação celular;</p><p>• Ocorre aumento do mamilo e de sua pigmentação;</p><p>• Aumento da vascularização do órgão, sendo visíveis esses vasos através da pele</p><p>(rede venosa de Haller);</p><p>• Ocorre aumento das glândulas sebáceas dos mamilos (os chamados</p><p>tubérculos de Montgomery);</p><p>• Após a 20ª semana de gestação, é possível visualizar a saída de colostro após</p><p>comprimir o mamilo.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Principais Hormônios da Gestação:</p><p>Gonadotropina coriônica humana (hCG):</p><p>Papel fundamental no início da gestação enquanto a placenta não é capaz de</p><p>produzir progesterona e estrogênio. É detectada no sangue a partir de oito dias</p><p>após a fecundação e em 15 dias na urina.</p><p>Progesterona:</p><p>Musculatura lisa: diminui a motilidade intestinal podendo gerar a constipação,</p><p>maior tempo de absorção dos nutrientes, favorece deposição de gordura.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Principais Hormônios da Gestação:</p><p>Estrogênio:</p><p>Aumenta a elasticidade do útero e do canal cervical, interfere no metabolismo do</p><p>ácido fólico, contribui para a mamogênese.</p><p>Lactogênio placentário humano:</p><p>Antagoniza a ação da insulina pela deposição de glicose no sangue a partir de</p><p>glicogênio, ação semelhante ao hormônio de crescimento: depósito de proteína</p><p>nos tecidos, inicia o processo de produção do leite nos alvéolos da glândula</p><p>mamária.</p><p>propriedadesADAPTAÇÕES DO FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Principais Hormônios da Gestação:</p><p>Insulina:</p><p>Início da gravidez: resposta normal da insulina à glicose;</p><p>Final da gravidez: insulina de torna menos eficiente.</p><p>Tiroxina:</p><p>Regula as reações oxidativas evolvidas na produção de energia;</p><p>Tiroxina e TSH: homeostase da progesterona e estrogênio.</p><p>propriedadesDIETA MATERNA E O ESTADO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>Importância:</p><p>• Crescimento fetal;</p><p>• Recém-nascido em boa saúde;</p><p>• Favorece a lactação;</p><p>• Evita complicações durante o parto;</p><p>A orientação deve ser baseada em</p><p>evidências, sustentável, reproduzível,</p><p>acessível e adaptável a diferentes contextos</p><p>culturais.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>AVALIAÇÃO NUTRICIONAL</p><p>EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÃO</p><p>NUTRICIONAL</p><p>•Anamnese</p><p>•Antropometria</p><p>•Exame clínico</p><p>•Exame bioquímico</p><p>•Individual</p><p>•Coletiva</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Anamnese:</p><p>É o método mais importante da avaliação nutricional.</p><p>Deve-se obter:</p><p>• Idade;</p><p>• Antecedentes obstétricos – descrição sequencial de gestações anteriores</p><p>(aborto espontâneo, natimorto, peso ao nascer, como foram os partos, ganho</p><p>de peso materno, planejamento da gravidez, etc;</p><p>• Dados clínicos, sociais, pessoais;</p><p>• Medicação, anticoncepcionais e suplementos;</p><p>• Tabagismo, etilismo, uso de drogas;</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Anamnese:</p><p>É o método mais importante da avaliação nutricional.</p><p>Deve-se obter:</p><p>• Padrão alimentar anterior à gravidez;</p><p>• Semiologia;</p><p>• Acompanhamento nutricional prévio;</p><p>• Horas e qualidade referida de sono;</p><p>• Atividade física;</p><p>• Diurese;</p><p>• Evacuação – Escala de Bristol.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Avaliação Antropométrica:</p><p>Deve-se obter:</p><p>• Peso pré-gestacional: avalia riscos prévios para a gestação (gestante baixo peso</p><p>aumenta o risco de parto prematuro ou bebê com BPN).</p><p>• Estatura;</p><p>• IMC pré-gestacional;</p><p>• Peso atual – para cálculo de ganho de peso;</p><p>• IMC gestacional.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Exame Clínico:</p><p>Deve-se obter:</p><p>• Interpretações específicas dos sinais de gravidez;</p><p>• Cabelos, unhas, pele e língua;</p><p>• Observar presença de edema (face e membros);</p><p>• Relatos de enjôos ou diarreias;</p><p>• Vômitos frequentes – hiperêmese gravídica;</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Exames Bioquímicos:</p><p>Solicitados pelo médico no pré-natal:</p><p>• Hemograma;</p><p>• Glicemia em jejum;</p><p>• Tipagem sanguínea e fator Rh (eritroblastose);</p><p>• Teste rápido de triagem de sífilis e HIV;</p><p>• Toxoplasmose IgG e IgM;</p><p>• Sorologia para hepatite B;</p><p>• Exame de urina e urocultura.</p><p>Exames de rotina Resultados Condutas</p><p>Dosagem da</p><p>Hemoglobina</p><p>Hemoglobina</p><p>>11g/dl</p><p>Ausência de anemia</p><p>Suplementação de ferro a partir da 20ª semana:</p><p>1 drágea de sulfato ferroso/dia (200mg), que corresponde</p><p>a 40 mg de ferro elementar.</p><p>Recomenda-se ingerir a medicação antes das refeições.</p><p>Hemoglobina (Hb) entre</p><p>8g/dl e 11g/dl</p><p>Anemia leve e moderada</p><p>A) Solicite exame parasitológico de fezes e trate as</p><p>parasitoses, se presentes;</p><p>B) Trate a anemia com 120 a 240mg de ferro elementar</p><p>ao dia. Normalmente, recomendam-se 5 (cinco)</p><p>drágeas/dia de sulfato ferroso, de 40mg cada, via oral</p><p>(podem ser 2 pela manhã, 2 à tarde e 1 à noite), uma</p><p>hora antes das refeições;</p><p>C) Repita a dosagem de hemoglobina entre 30 a 60 dias:</p><p>• Se os níveis estiverem subindo, mantenha o tratamento</p><p>até a Hb atingir 11g/dl, quando deverá ser iniciada a</p><p>dose de suplementação (1 drágea ao dia, com 40mg de</p><p>ferro elementar). Repita a dosagem no 3º trimestre;</p><p>• Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se</p><p>diminuir, será necessário referir a gestante ao pré-natal</p><p>de alto risco.</p><p>Hemoglobina</p><p>110 mg/dl Repita o exame de glicemia em jejum. Se o resultado</p><p>for maior do que 110mg/dl, o diagnóstico será de DM</p><p>gestacional.</p><p>TOTG 75g (2h)</p><p>Jejum 110 mg/dl</p><p>2h > 140 mg/dl</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Educação e Orientação Nutricional:</p><p>• Descrição dos nutrientes e fontes;</p><p>• Importância da nutrição para mãe e feto;</p><p>• Orientação individualizada (avaliações</p><p>contínuas);</p><p>• Orientação quanto à problemas gastrointestinais;</p><p>• Incentivo ao aleitamento materno e orientações;</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Diagnóstico Nutricional da Gestante:</p><p>Coletar/Calcular:</p><p>• Peso;</p><p>• Estatura;</p><p>• Idade gestacional - semanas;</p><p>• Estado nutricional atual;</p><p>• Previsão do ganho de peso até o final da gestação. 1º trimestre: até 14 semanas</p><p>2º trimestre: 15 até 28 semanas</p><p>3º trimestre: a partir de 28 semanas</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Calcule o IMC:</p><p>Observação importante:</p><p>• O ideal é que o IMC considerado no diagnóstico inicial da gestante seja o IMC</p><p>pré-gestacional referido;</p><p>• Ou o IMC calculado a partir de medição realizada até a 13ª semana gestacional.</p><p>• Caso isso não seja possível, inicie a avaliação da gestante com os dados da</p><p>primeira consulta de pré-natal, mesmo que esta ocorra após a 13ª semana</p><p>gestacional.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Calcule o IMC:</p><p>Institue of Medice, 2009.</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>ANTROPOMÉTRICA PELO</p><p>IMC</p><p>IMC PRÉ-GESTATCIONAL</p><p>30,0 (obesidade)</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Calcule a Semana Gestacional:</p><p>Observação importante:</p><p>• Quando necessário, arredonde a semana gestacional da seguinte forma:</p><p>• 1, 2, 3 dias – considere o número de semanas completas;</p><p>• 4, 5, 6 dias – considere a semana seguinte.</p><p>• Exemplos: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas.</p><p>• Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Calcule a Semana Gestacional:</p><p>Realize o diagnóstico nutricional utilizando o gráfico IMC/IDADE</p><p>gestacional:</p><p>• Calcule o IMC gestacional;</p><p>• Utilizar a curva de IMC para avaliar o estado nutricional das gestantes;</p><p>• O Brasil não dispõe de uma curva de IMC para avaliar o estado nutricional das gestantes;</p><p>• Elaborada no Chile (Atalah, 1997) em um estudo com 3000 gestantes;</p><p>• Alternativa na prática clínica;</p><p>• Há indicação do Ministério da Saúde.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Ganho de Peso na Gestação:</p><p>Importância do ganho de peso para o prognóstico da</p><p>gravidez:</p><p>• Peso deficiente no início da gravidez: risco mais elevado de filho com BPN,</p><p>distúrbios hipertensivos e trabalho de parto pré-termo;</p><p>• Peso excessivo: restrição de peso não é recomendada, todavia, deve-se</p><p>controlar o aumento de peso liminar mais baixo.</p><p>Riscos: descolamento da placenta, distúrbio hipertensivo gestacional e hipertensão arterial.</p><p>• Aumento normal: 9 a 11 kg – resultado de processos fisiológicos destinados a</p><p>reforçar o crescimento fetal e materno.</p><p>Institue of Medice, 2009.</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Ganho de Peso na Gestação:</p><p>Importância do ganho de peso para o prognóstico da</p><p>gravidez:</p><p>Elementos que compõem o ganho de peso</p><p>• Feto: 3 kg</p><p>• Membranas fetais e líquido amniótico: 2,5kg</p><p>• Mamas: 1 a 1,5kg</p><p>• Edema e volume plasmático: 2 a 3kg</p><p>• Depósito de gordura (para a lactação): 1kg</p><p>Institue of Medice, 2009.</p><p>MÉDIA</p><p>TOTAL:</p><p>11 KG</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Ganho de Peso na Gestação:</p><p>Institue of Medice, 2009.</p><p>AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA PELO IMC</p><p>IMC pré-gestacional Ganho de peso total</p><p>(Kg)</p><p>Ganho de peso</p><p>semanal (Kg/semana)</p><p>30,0 (obesidade) 5 a 9 0,22 no 2º e 3º</p><p>trimestres</p><p>(0,17 – 0,27)</p><p>1º trimestre: 0,33 kg/semana, somente para gestantes baixo peso</p><p>CONSIDERAR 14</p><p>SEMANAS</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Mas e agora: como fazer?!</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Gestante de 32 semanas:</p><p>• Peso Pré-gestacional: 62 Kg</p><p>• Altura: 1,70m</p><p>• IMC Pré-gestacional: ?</p><p>• Classificação IMC Pré-gestacional: ?</p><p>• Ganho de peso ideal: ?</p><p>• Peso gestacional ideal: ?</p><p>10 MINUTOS....</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Vamos lá...</p><p>• IMC Pré-gestacional: 21,45 kg/m²</p><p>• Classificação: eutrofia</p><p>1º TRIMESTRE CONSIDERAR 14 SEMANAS:</p><p>32 SEMANAS – 14 SEMANAS = 18 SEMANAS</p><p>• Ganho de peso semanal para gestantes eutróficas: 0,42 Kg por semana:</p><p>0,42 x 18 semanas = 7,56 kg – ganho de peso ideal</p><p>• Peso gestacional ideal: 62 kg + 7,56 kg = 69,56 kg – peso gestacional ideal</p><p>• Ganho de peso durante toda a gestação = 40 – 14 semanas = 26 x 0,42 = 10,9 kg</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Ganho de Peso na Gestação – Gestação</p><p>Gemelar:</p><p>Institue of Medice, 1990.</p><p>ANTEÇÃO AOS VALORES:</p><p>Ganho de peso</p><p>semanal (Kg/semana)</p><p>– 1 º trimestre</p><p>Ganho de peso semanal</p><p>(Kg/semana) – 2ª e 3º</p><p>trimestres</p><p>Ganho de peso total</p><p>(Kg)</p><p>- 0,75 16 a 20</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Gestação na Adolescência:</p><p>• Adolescência: crescimento e imaturidade biológica;</p><p>• No Brasil há 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15</p><p>a 19 anos;</p><p>• Apresentam maior incidência de prematuridade;</p><p>• Maior morbidade materna, DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez),</p><p>eclampsia e pré-eclampsia, disfunção uterina, trabalho de parto prematuro ou</p><p>prolongado, desproporção feto-pélvica, infecção vaginal e cardiopatia.</p><p>• Dois ou mais anos após a menarca (em geral maiores de 15 anos) = das adultas.</p><p>OPAS, 2018.</p><p>OPAS, 2018.</p><p>1995 – 2000</p><p>83,6</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Gestação na Adolescência:</p><p>Aquelas que engravidaram menos de dois anos após a menarca:</p><p>• Provável que se observe que muitas serão classificadas como de baixo peso;</p><p>• Devem ter sua altura mensurada em todas as consultas: acompanhar traçado da</p><p>curva de ganho de peso, que deverá ser ascendente;</p><p>• Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco nutricional.</p><p>OPAS, 2018.</p><p>Cálculo pelo IMC/pré-gestacional (pontos de corte diferentes do adulto)</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Gestação na Adolescência:</p><p>Food and Nutrition Board, 2018.</p><p>RECOMENDAÇÕES DE GANHO DE PESO</p><p>GESTACIONAL PARA ADOLESCENTES</p><p>IMC pré-gestacional Ganho de peso total (Kg)</p><p>29,0 (obesidade) 7 a 9,1</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Ganho de peso na gravidez normal é composto</p><p>da seguinte forma:</p><p>• Feto: 3,2 a 3,3 kg</p><p>• Gordura: 2,7 a 3,6 kg</p><p>• Volume sanguíneo: 1,4 a 1,8 kg</p><p>• Fluidos: 0,9 a 1,4 kg</p><p>• Líquido amniótico: 0,9 kg</p><p>• Aumento mamário: 0,45 a 1,4 kg</p><p>• Hipertrofia uterina: 0,9 kg</p><p>• Placenta: 0,7 kg</p><p>FEBRASCO, 2014</p><p>• deposição de tecido novo</p><p>associado a gestação;</p><p>• gasto metabólico aumentado</p><p>para manter o tecido novo;</p><p>• aumento de energia para levar</p><p>adiante a gestação.</p><p>A ENERGIA É NECESSÁRIA PARA:</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Como calcular as necessidades energéticas?</p><p>Calcular as necessidades energéticas, considerando a mulher não-gestante:</p><p>• Gestante com peso normal antes da gravidez = Peso Usual ou Teórico;</p><p>• Gestante com excesso de peso antes da gravidez = Peso Atual ou Teórico Máximo;</p><p>• Gestante com déficit de peso antes da gravidez = Peso Teórico.</p><p>PESO TEÓRICO/IDEAL = IMC x A²</p><p>MULHERES: 21 kg/m²</p><p>MÁXIMO: 24,9 kg/m²</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Como calcular as necessidades energéticas?</p><p>Recomendações para cálculo das necessidades nutricionais durante a gravidez:</p><p>ENERGIA:</p><p>Gasto Energético Total (GET), considerando o peso pré-gestacional (não gestante)</p><p>P= peso(Kg)</p><p>I= idade(anos)</p><p>A= altura(m)</p><p>NAF= nível de atividade física</p><p>DRIS, 2002.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Como calcular as necessidades energéticas?</p><p>DRIS, 2002.</p><p>Faixa Etária NET (Kcal/dia) NAF</p><p>Meninas de 18</p><p>anos ou menos 135,3 – 30,8 x I + NAF x [(10 x P + 934 x A) + 25</p><p>depósito de energia]</p><p>1,0 sedentário</p><p>1,16 baixa atividade</p><p>1,31 ativo</p><p>1,56 muito</p><p>ativo</p><p>Mulheres a partir</p><p>de 19 anos</p><p>354 – 6,91 x I + NAF x [(9,36 x P) + (726 x A)]</p><p>1,0 sedentário</p><p>1,12 baixa atividade</p><p>1,271 ativo</p><p>1,45 muito ativo</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Como calcular as necessidades energéticas?</p><p>EER – Requerimento Energético Estimado (gestante):</p><p>• O EER para energia durante a gravidez é derivado da soma do gasto energético</p><p>total (GET) da mulher no estado pré- gestacional, adicionado a mediana de</p><p>modificação no gasto energético total (na gestação aumenta o gasto</p><p>energético basal) de 8Kcal/semana, além de depósito de energia durante a</p><p>gravidez de 180Kcal/dia.</p><p>• Assim modificações no gasto energético total e ganho de peso são menores no</p><p>primeiro trimestre de gestação, e a ingestão de energia adicional é</p><p>recomendada durante o segundo e terceiro trimestre somente.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Como calcular as necessidades energéticas?</p><p>DRIS, 2002.</p><p>14 –18 anos: EER = adolescente EER + deposição de energia para gestação:</p><p>1º trimestre: adolescente EER + 0 (deposição de energia)</p><p>2º trimestre: adolescente EER+ 160 kcal (8Kcal/semana X 20 semanas) +180 kcal</p><p>3º trimestre: adolescente EER +272 kcal (8Kcal/semana X 34 semanas) +180 kcal</p><p>19 –50 anos: EER = adulto EER + deposição de energia para gestação:</p><p>1º trimestre: adulto EER + 0 (deposição de energia)</p><p>2º trimestre: adulto EER+ 160 kcal (8Kcal/semana X 20 semanas) +180 kcal</p><p>3º trimestre: adulto EER +272 kcal (8Kcal/semana X 34 semanas) +180 kcal</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Mas e agora: como fazer?!</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Gestante de 32 semanas:</p><p>• 24 anos;</p><p>• Baixa atividade física;</p><p>• 62 kg – pré-gestacional;</p><p>• 1,70 m.</p><p>7 MINUTOS....</p><p>propriedadesAVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Vamos lá...</p><p>• IMC Pré-gestacional: 21,45 kg/m²</p><p>• Classificação: eutrofia</p><p>• Peso Teórico: 1,70² x 21 = 2,89 x 21 = 60,7 kg</p><p>• Peso Usual: 62 kg</p><p>354 – 6,91 x I + NAF x [(9,36 x P) + (726 x A)]</p><p>354 – 6,91 x 24 + 1,12 x [(9,36 x 62) + (726 x 1,70)]</p><p>354 – 6,91 x 24 + 1,12 x [580,3 + 1.234,2]</p><p>354 – 6,91 x 24 + 1,12 x 1.814,5</p><p>354 – 165,8 + 2.032,2</p><p>188,2 + 2.032,2 = 2.220,4</p><p>3º tri: EER +272 kcal +180 kcal</p><p>2.220,4 + 272 + 180 = 2.672,4</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Proteínas (PTN):</p><p>• 15 - 45% (DRIS, 2002)</p><p>• 1,1 g/kg/dia (DRIS, 2002)</p><p>• Energia total da dieta como fonte de proteínas.</p><p>• Aumento de ingestão proteica, uma vez que, a unidade feto-placentária</p><p>consome aproximadamente 1 kg de proteínas durante a gestação.</p><p>DRIS, 2002.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Carboidratos (CHO):</p><p>• 45 - 65% (DRIS, 2002)</p><p>• 55 - 75% (FAO, 2003)</p><p>• Energia total da dieta como fonte de carboidratos.</p><p>• Aumenta em função das necessidades fetais e da passagem de glicose do</p><p>compartimento materno para o fetal.</p><p>DRIS, 2002.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Lipídios (LIP):</p><p>• 20 - 35% (DRIS, 2002)</p><p>• 20 - 30% (FAO, 2003)</p><p>• Energia total da dieta como fonte de lipídios.</p><p>• Ingestão de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa tem mostrado</p><p>efeitos benéficos no desenvolvimento neurológico e ocular dos recém-</p><p>nascidos, devendo ser usada no último trimestre da gravidez: DHA e EPA.</p><p>DRIS, 2002.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Lipídios (LIP):</p><p>O EPA (ácido eicosapentaenoico) e o DHA (ácido docosahexaenoico) são encontrados nos animais</p><p>marinhos, enquanto o ALA (ácido alfa-linoleico) é de origem vegetal: chia, nozes, algas marinhas,</p><p>linhaça. A ALA é convertido em DHA ou em EPA – Indicado para vegetarianas.</p><p>Muitas vezes as</p><p>cápsulas vem com</p><p>tocoferol (vitamina E)</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Omega 3:</p><p>• Dose de ômega 3 sugerida 1000mg/dia;</p><p>• Cuidado nas embalagens vem descrito geralmente a quantidade de óleo de peixe e</p><p>não de ômega 3;</p><p>• SOMAR DHA+EPA=1000mg/dia(avaliar número de cápsulas);</p><p>• Cápsulas com maiores quantidades de DHA para gestantes tem sido sugerida;</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Macronutrientes:</p><p>Omega 3:</p><p>“Tornar o bebê mais inteligente”: porque este ácido graxo é um elemento</p><p>fundamental na formação do cérebro e do sistema nervoso da criança;</p><p>“Diminuir o risco de asma no bebê”: sendo especialmente indicado para as mulheres</p><p>que tem esse tipo condição na família;</p><p>“Diminuir o risco de depressão pós parto”: porque as mães transferem para o bebê</p><p>grandes quantidades desses ácidos graxos essenciais que não são produzidos pelo</p><p>organismo e precisam ser ingeridos na dieta. E níveis baixos deles pode aumentar a</p><p>tendência à depressão ou mal funcionamento cerebral.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Ferro (Fe):</p><p>• Aumento no consumo diário e suplementação de ferro reduz em 70% o risco de</p><p>anemia materna na gestação a termo;</p><p>• Reduz o nascimento de bebês prematuros e com baixo peso, reduz o risco de morte</p><p>materna no parto e no pós-parto imediato, melhora a resistência às infecções;</p><p>• Melhora a capacidade de aprendizagem da criança e é fundamental para o</p><p>crescimento saudável;</p><p>• Encontram-se evidências suficientes que demonstram que a</p><p>suplementação oral com ferro melhora os níveis de hemoglobina</p><p>e ferritina, não só durante a gestação, mas também no pós-parto.</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Ferro (Fe):</p><p>• A OMS recomenda que todas as gestantes, independente da presença de</p><p>deficiências dietéticas ou bioquímicas, devem receber dose profilática de ferro na</p><p>quantidade de 30 a 40 mg/dia durante todo o terceiro trimestre:</p><p>Sulfato ferroso: 1 cp 200mg de Fe = 40 mg de Fe elementar</p><p>Profilático 1 – 2 cp e Tratamento 4 – 6 cp</p><p>Administração longe das refeições e preferencialmente com suco cítrico</p><p>DRIS, 2002.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Cálcio (Ca):</p><p>• > no último trimestre: ossos e dentes;</p><p>• Queda no Ca materno: osteoporose materna posteriormente;</p><p>• A deficiência de Ca está associada a um aumento risco de pré-eclampsia e</p><p>deficiências de outros vitaminas e minerais, como vitamina E, C, B6;</p><p>• Pode ocorrer aumento da excreção urinária desse nutriente durante a</p><p>gestação.</p><p>• Fontes: leite e derivados, leguminosas, gergelim, oleaginosas, vegetais folhosos</p><p>verde-escuro.</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Ácido Fólico (B9):</p><p>• Baixa de ác. fólico: diminui a síntese de DNA e RNA, diminuindo a velocidade de</p><p>divisão celular, prejudicando a renovação e formação de células.</p><p>• Sua deficiência pode induzir à anemia megaloblástica na gestante e alguns</p><p>estudos sugerem a sua relação com defeitos no tubo neural.</p><p>• Fontes: fígado, levedo, vegetais verdes escuros, legumes, nozes e grãos</p><p>integrais.</p><p>VITOLO, 2015.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Ácido Fólico (B9):</p><p>SUPLEMENTAÇÃO: favorece aumento dos níveis de hemoglobina – prevenindo</p><p>a anemia materna e reduz o risco de defeitos no tubo neural. Deve ser feita</p><p>em mulheres em idade fértil, ou no primeiro trimestre de gestação, pois a</p><p>formação do tudo neural ocorre 3 semanas após a concepção. Indicado até a</p><p>12ª semana de gestação.*</p><p>Iniciar 3 meses antes de engravidar e parar ao final do primeiro trimestre</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Ácido Fólico (B9):</p><p>• 600 mcg (DRI 2002) de “Equivalentes de Folato Dietético” (ácido fólico ou</p><p>folato), sendo que 400 mcg são derivados de suplementação e, o restante, da</p><p>alimentação.</p><p>• Para gestantes com mutação no gene da metilenotetrahidrofolato redutase</p><p>(Mthfr) utilizar 400 mcg de metilfolato (forma ativa);</p><p>• Doses elevadas de suplementação, acima da UL (UL=1000 mcg), maior</p><p>risco para desenvolvimento do câncer e algumas relações com a</p><p>prevalência de autismo.</p><p>MELO E VANNUCHI, 2003.</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Vitamina D:</p><p>• Participa juntamente com o fósforo e cálcio</p><p>da promoção da mineralização</p><p>adequada do esqueleto fetal e dos dentes temporários.</p><p>Fontes: óleo de fígado de bacalhau e exposição solar.</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>Nutricionista: UI: 4.000 ng/ml</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>Micronutrientes:</p><p>Vitamina B12:</p><p>•Processo de divisão celular;</p><p>•Sua deficiência pode levar a anemia megaloblástica, alterações do sistema</p><p>nervoso e prejuízo no crescimento fetal.</p><p>•Suplementação oral, sublingual ou intramuscular.</p><p>Fontes: todos os alimentos de origem animal.*</p><p>BRASIL, 2013.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Restrição Calórica?</p><p>Restrição de energia = Maior produção de cetonas</p><p>Efeitos da cetonemia: estudos indicam que os corpos cetônicos são transferidos</p><p>para o cérebro fetal.</p><p>Cetonemia extrema = deficiência energética materna pela competição de</p><p>nutrientes entre mãe e feto.</p><p>NUNCA!</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Alimentação da Gestante:</p><p> Manter o bom estado nutricional mãe e filho;</p><p> Evitar complicações da gravidez;</p><p> A orientação deve ser baseada em evidências, sustentável, reproduzível, acessível</p><p>e adaptável a diferentes contextos culturais.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Alimentação da Gestante:</p><p>- Substituir calorias vazias por alimentos fontes de vitaminas e minerais;</p><p>- Consumir alimentos ricos em ferro;</p><p>- Evitar álcool, café, chá e outras bebidas que contenham cafeína (secreção gástrica,</p><p>azia, plenitude gástrica);</p><p>- Consumir alimentos ricos em fibras (evitar constipação);</p><p>- Moderar o uso do cloreto de sódio (sal de cozinha) com dieta normossódica:</p><p>A restrição pode causar risco de azotemia (↑ uréia e ↑ creatinina no sangue), distúrbios</p><p>hidroeletrolíticos e/ou hipovolemia e diminuição do débito cardíaco (insuficiência</p><p>cardíaca).</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Alimentação da Gestante:</p><p>- Aumento do fracionamento (6 refeições/dia) e diminuição do volume,</p><p>principalmente no primeiro trimestre;</p><p>- Consumir diariamente e higienizados vegetais crus e frutas cítricas;</p><p>- Consumir alimentos mais secos (são melhor tolerados para enjoos), principalmente</p><p>no primeiro trimestre;</p><p>- Evitar frituras;</p><p>- Não ingerir água durante, pouco antes ou logo após as refeições (evitar dilatação</p><p>estomacal);</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Condições Gastrointestinais:</p><p>Náuseas e vômitos:</p><p>“Indisposição matutina”</p><p>• Fatores fisiológicos;</p><p>• Fatores psicológicos;</p><p>• Hábitos alimentares.</p><p>• Dieta: diminuir volume e aumentar fracionamento das refeições (preparações</p><p>mais secas, alimentos energéticos e de fácil digestão);</p><p>• Evitar líquidos nas refeições.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Condições Gastrointestinais:</p><p>Constipação:</p><p>Fatores:</p><p>•  do relaxamento dos músculos gastrointestinais;</p><p>• Compressão do útero sobre a porção inferior do intestino;</p><p>•  Exercícios físicos;</p><p>• Dieta: alimentos ricos em fibras: grãos integrais, frutas, vegetais;</p><p>•  Ingestão de líquidos;</p><p>• Não se orienta laxantes.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Condições Gastrointestinais:</p><p>Hemorróidas:</p><p>•  do feto e a compressão descendente que ele produz;</p><p>• Compressão do movimento intestinal;</p><p>• Dieta: controle da constipação e repouso;</p><p>Azia ou Plenitude Gástrica:</p><p>• Mistura de alimentos regurgitados para o esôfago: mistura ácida + compressão</p><p>gástrica geral;</p><p>• Dieta: evitar  da secreção gástrica (café (média de 200ml), álcool, chá, bebidas tipo cola);</p><p>• Fracionamento: (até 7 vezes ao dia), mastigação adequada, deglutição lenta.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>Adoçantes na Gestação:</p><p>Artificiais:</p><p>• Desencorajar a ingestão de qualquer adoçante artificial;</p><p>• Atenção aspartame: metabolizado em fenilalanina aspártico = PKU (fenilcetonúria):</p><p>dano cerebral fetal.</p><p>Naturais:</p><p>• Estévia, xilitol: aumenta a produção de gases e pode causar diarréia;</p><p>• Estimular o uso de preparações sem açúcar, se necessário, fazer rodízio entre</p><p>adoçantes.</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>AUMENTO DA QUANTIDADE DE FIBRAS DA DIETA</p><p>Pelo menos 2 colheres sopa ao dia!</p><p>Chia</p><p>Psyllium</p><p>Aveia em flocos grossos</p><p>Quinua</p><p>Linhaça – não</p><p>recomendar na</p><p>gestação –</p><p>emenagoga!</p><p>estimula o fluxo sanguíneo na área pélvica</p><p>e no útero</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>AUMENTAR OFERTA DE ALIMENTOS PRECURSORES DA SEROTONINA</p><p>(sensação de bem-estar):</p><p>Horário 8h e entre 15 e 16 h – Prevenir queda da serotonina fisiológica</p><p>propriedadesORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS</p><p>AUMENTAR OFERTA DE ALIMENTOS ANTIOXIDANTES E ANTI-INFLAMATÓRIOS:</p><p>Gengibre (Zingiber officinale)</p><p>Cúrcuma (Curcuma longa)</p><p>Suco de uva - 150 mL</p><p>(Resveratrol)</p><p>Açaí (Euterpe oleracea)</p><p>Castanha do Pará</p><p>(1 a no máx 2 unidades/dia)</p><p>propriedadesNECESSIDADE NUTRICIONAL DA GESTANTE</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>• Peixoto, Sérgio Manual de assistência pré-natal / Sérgio Peixoto. -- 2a. ed. -- São Paulo: Federação Brasileira das Associações</p><p>de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2014.</p><p>• VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.</p><p>• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo</p><p>risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed.</p><p>rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013.</p><p>• BRASIL. Portaria nº 730, De 13 de maio de 2005. Institui o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, destinado a</p><p>prevenir a anemia ferropriva e dá outras providências.</p><p>• LIMA, G. S. P.; SAMPAIO, H. A. C. Influência de fatores obstétricos, socioeconômicos e nutricionais da gestante sobre o peso</p><p>do recém-nascido: estudo realizado em uma maternidade em Teresina, Piauí. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 4,</p><p>n. 3, p. 253- 261, jul. / set., 2004.</p><p>• OMS. Diretriz: Suplementação diária de ferro e ácido fólico em gestantes. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2013.</p><p>• MELO, S. VANNUCHI, H., Efeito da suplementação com ácido fólico sobre as concentrações de homocisteína em diferentes</p><p>genótipos da metilenotetrahidrofolato em pacientes diabéticos tipo 2. Tese de Doutorado -Ciências da Saúde Setores de</p><p>atividade: Nutrição e Alimentação, 2003</p>

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