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<p>NUTRIÇÃO ANIMAL.</p><p>KLEBERSON CONRADO ARAÚJO.</p><p>LYNNARA RAISSA DE MELO CHIMILOUSKI.</p><p>JHENNIFER NICOLY OLIVEIRA DA SILVA.</p><p>ALINE KUIPERS PEREIRA.</p><p>SETEMBRO DE 2024.</p><p>CACOAL – RO.</p><p>NUTRIÇÃO ANIMAL</p><p>PROFESSOR: KLEBERSON CONRADO ARAÚJO</p><p>ACADÊMICAS: LYNNARA RAISSA DE MELO CHIMILOUSKI, JHENNIFER</p><p>NICOLY OLIVEIRA DA SILVA E ALINE KUIPERS PEREIRA.</p><p>DESCREVA SOBRE A FISIOLOGIA DA DIGESTÃO DE PROTEÍNAS,</p><p>CARBOIDRATOS E LIPÍDIOS EM RUMINANTES:</p><p>A fisiologia da digestão de proteínas, carboidratos e lipídios em ruminantes é um</p><p>processo intrincado que envolve a fermentação no rúmen e a digestão enzimática</p><p>no intestino. Vamos detalhar cada um desses macronutrientes.</p><p>A digestão em ruminantes é uma adaptação única que permite a extração eficiente</p><p>de nutrientes de forragens fibrosas. A simbiose entre os ruminantes e os</p><p>microrganismos do rúmen é crucial, possibilitando a conversão de materiais de</p><p>baixo valor nutricional em fontes valiosas de energia e proteína.</p><p>DIGESTÃO DE PROTEÍNAS:</p><p>A fisiologia da digestão de proteínas em ruminantes é um processo intrincado que</p><p>ocorre principalmente no rúmen e no intestino. No rúmen, as proteínas são</p><p>degradadas por microrganismos, que as transformam em aminoácidos e compostos</p><p>nitrogenados. Esses microrganismos também sintetizam proteínas microbianas, que</p><p>são uma fonte valiosa de proteína para o ruminante.</p><p>Após a fermentação, o material digerido passa para o abomaso, onde as enzimas</p><p>digestivas, como a pepsina, quebram as proteínas em peptídeos menores. Em</p><p>seguida, no intestino delgado, as enzimas pancreáticas completam a digestão,</p><p>liberando aminoácidos livres que são absorvidos pelas vilosidades intestinais.</p><p>Assim, a fisiologia da digestão de proteínas em ruminantes demonstra a sinergia</p><p>entre os microrganismos e o próprio sistema digestivo do animal.</p><p>DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS:</p><p>A fisiologia da digestão de carboidratos em ruminantes é um processo altamente</p><p>especializado, adaptado para maximizar a extração de energia a partir de alimentos</p><p>fibrosos, como pastagens.</p><p>Rúmen</p><p>-No rúmen, os carboidratos complexos, especialmente a celulose e hemicelulose,</p><p>são fermentados por uma diversidade de microrganismos, incluindo bactérias e</p><p>protozoários. Esses microrganismos possuem enzimas que quebram as ligações</p><p>glicosídicas dos carboidratos, liberando açúcares simples.</p><p>-Durante a fermentação, os microrganismos produzem ácidos graxos voláteis (como</p><p>acetato, propionato e butirato), que são as principais fontes de energia para os</p><p>ruminantes. Esses AGVs são absorvidos diretamente pela parede do rúmen e</p><p>utilizados como combustível energético.</p><p>Estômago e Intestino</p><p>-Após a fermentação no rúmen, o material digerido se move para o abomaso. Aqui,</p><p>a digestão continua com a ação das enzimas gástricas. Embora a maior parte da</p><p>digestão de carboidratos já tenha ocorrido no rúmen, algumas frações ainda podem</p><p>ser quebradas no abomaso.</p><p>-No intestino delgado, o pâncreas secreta enzimas como amilase e maltase, que</p><p>continuam a digestão dos carboidratos. Os polissacarídeos são quebrados em</p><p>oligossacarídeos e, finalmente, em monossacarídeos, como glicose, que são</p><p>absorvidos pelas vilosidades intestinais.</p><p>Absorção e Metabolismo</p><p>- Os monossacarídeos, principalmente glicose, são absorvidos no intestino delgado</p><p>e entram na corrente sanguínea, onde são utilizados pelo organismo para produção</p><p>de energia, armazenamento de glicogênio ou conversão em gordura.</p><p>A digestão de carboidratos em ruminantes é um processo eficiente que depende da</p><p>ação sinérgica entre os microrganismos do rúmen e as enzimas digestivas do trato</p><p>gastrointestinal. Essa adaptação permite que os ruminantes tirem proveito de</p><p>forragens fibrosas, convertendo-as em energia utilizável.</p><p>DIGESTÃO DE LIPÍDIOS:</p><p>A digestão de lipídios em ruminantes é um processo complexo que ocorre</p><p>principalmente no rúmen e no intestino delgado, envolvendo tanto a ação de</p><p>microrganismos quanto de enzimas digestivas. Aqui estão os principais passos da</p><p>fisiologia da digestão de lipídios nesses animais:</p><p>Rúmen</p><p>- No rúmen, os lipídios são inicialmente submetidos a uma fermentação microbiana.</p><p>Embora a digestão de lipídios não seja tão eficiente no rúmen quanto a de</p><p>carboidratos e proteínas, alguns microrganismos conseguem quebrar os</p><p>triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol.</p><p>- Os ácidos graxos produzidos durante a fermentação no rúmen podem ser</p><p>absorvidos pela parede do rúmen e utilizados como fonte de energia. No entanto, a</p><p>quantidade de lipídios digeridos nessa fase é relativamente baixa.</p><p>Estômago</p><p>-Após o rúmen, o alimento passa para o abomaso, onde ocorre a digestão</p><p>enzimática. A bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, é secretada</p><p>no intestino delgado, emulsificando os lipídios. Isso aumenta a área de superfície</p><p>dos lipídios, tornando-os mais acessíveis às enzimas.</p><p>Intestino Delgado</p><p>-No intestino delgado, as lipases pancreáticas (como a lipase pancreática) quebram</p><p>os triglicerídeos em ácidos graxos livres e monoglicerídeos. Essas moléculas são</p><p>mais facilmente absorvidas.</p><p>-Os ácidos graxos e monoglicerídeos formam micelas com a bile, que facilitam sua</p><p>absorção pelas células da mucosa intestinal. Após a absorção, os ácidos graxos</p><p>podem ser reesterificados em triglicerídeos e incorporados em quilomícrons, que</p><p>são partículas lipoproteicas que transportam lipídios na corrente sanguínea.</p><p>Metabolismo</p><p>Após a absorção, os lipídios são transportados pelo sistema linfático e, em seguida,</p><p>para a corrente sanguínea, onde podem ser utilizados como fonte de energia,</p><p>armazenados no tecido adiposo ou incorporados em membranas celulares.</p><p>A digestão de lipídios em ruminantes é um processo eficiente, embora a</p><p>fermentação inicial no rúmen não degrade completamente os lipídios. A</p><p>emulsificação e a ação das enzimas no intestino delgado são cruciais para a</p><p>digestão e absorção dos lipídios, permitindo que esses animais utilizem gorduras</p><p>como uma fonte significativa de energia.</p>