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<p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE</p><p>UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS</p><p>SU</p><p>PP</p><p>LY</p><p>C</p><p>H</p><p>A</p><p>IN</p><p>M</p><p>A</p><p>N</p><p>AG</p><p>EM</p><p>EN</p><p>T</p><p>- S</p><p>CM</p><p>57</p><p>0</p><p>- 3</p><p>.3</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 2/9</p><p>Objetivos de Aprendizagem</p><p>• Apontar os determinantes de performance da cadeia de suprimentos.</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA</p><p>DE SUPRIMENTOS</p><p>Conteúdo organizado por Daniela Doms em 2021 do livro Production and</p><p>Operations Management Systems, de Sushil Gupta and Martin Starr, publicado</p><p>em 2014 por Productivity Press.</p><p>https://player.vimeo.com/video/518355447/</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 3/9</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O estudo dos determinantes da performance da cadeia de suprimentos pode</p><p>influenciar na capacidade de resposta ao mercado, bem como na competitividade</p><p>das empresas que formam a cadeia. Tais fatores – lead time, custos, qualidade e nível</p><p>de serviços –, se não forem bem geridos, podem representar também uma ruptura</p><p>nos processos de negócio da cadeia de suprimentos, trazendo prejuízos para os</p><p>envolvidos.</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRI-</p><p>MENTOS</p><p>A performance tem vital importância para a cadeia de suprimentos. Aquela representa</p><p>a capacidade que esta tem de responder às exigências do mercado. E entre os</p><p>determinantes que influenciam essa performance estão os prazos que envolvem os</p><p>fluxos de materiais, chamados de lead times.</p><p>Através da observação dos lead times é possível identificar a capacidade de</p><p>aprimoramento e o seu nível de maturidade de integração. Para Rezende et al. (2016,</p><p>p 37), a análise da performance:</p><p>[...] através dos prazos de disponibilidade ou da performance da entrega, não são</p><p>suficientes para a detecção do risco, nem tampouco para efetuar, a rigor, a comparação</p><p>de não fornecimento entre dois ou mais fornecedores. Entretanto, é possível associá-</p><p>lo através de uma notação determinística, isto é, utilizar seus valores absolutos como</p><p>condição de contorno nas análises de probabilidade de ruptura, esta condição</p><p>possibilitaria entender a sua implicação direta na integração da cadeia.</p><p>Os autores afirmam ainda que a relação entre os ciclos de formação de caixa e solvência</p><p>dos negócios está associada de maneira direta com o tempo necessário para que as</p><p>cadeias atendam suas demandas, razão pela qual há nesse aspecto um importante</p><p>fator que vai influenciar na performance da cadeia, podendo acarretar em riscos de</p><p>atrasos nos fornecimentos, entre outros.</p><p>Rezende et al. (2016, p. 37) apontam que “a velocidade de crescimento do risco em</p><p>fornecimentos globais divide-se entre a taxa em que os eventos acontecem e a taxa</p><p>com que são verificados, acoplado ao aumento dos prazos de entrega e variabilidade</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 4/9</p><p>do lead time”. Assim, quanto menor for o controle sobre a integração da cadeia e</p><p>maior forem as distâncias físicas, mais acelerada será essa determinante.</p><p>Uma coordenação mais eficaz da cadeia é capaz de reduzir o lead time, mesmo em</p><p>casos de ociosidade na capacidade de entrega dos fornecedores, permitindo assim</p><p>mais flexibilidade na integração entre as empresas que formam a cadeia, obtendo</p><p>então ganhos de tempo nas respostas ao mercado e conferindo mais competitividade</p><p>à cadeia.</p><p>Outro determinante da performance da cadeia de suprimentos é o custo. Rezende et</p><p>al. (2016, p. 38) esclarecem que:</p><p>[…] o custo é um dos determinantes mais visados nos processos de melhoria contínua</p><p>e na busca de competitividade. Wu et al. (2010) afirmam que os gestores em sua busca</p><p>pelo corte de custos e busca competitiva tem adotado o outsourcing, processo de</p><p>terceirização da produção, e o Lean Production como principais métodos operacionais.</p><p>No entanto, independentemente do processo de integração da cadeia, as empresas</p><p>que a compõem possuem seu planejamento e nele determinam seus custos de</p><p>produção, de transação e de manipulação, que convergem e se tornam diferenciais</p><p>nas funções que estão associadas aos riscos que vão impactar a performance tanto</p><p>das empresas individualmente, como do conjunto da cadeia de suprimentos.</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 5/9</p><p>Saiba Mais</p><p>“Segundo Schmitt e Singh (2012), o foco na resiliência, enquanto as</p><p>cadeias são desenhadas, deve ser mais priorizado que o custo, [o que se</p><p>representa em parte] pelo próprio conceito de integração das cadeias.</p><p>Matsui (2009) cita uma pesquisa global realizada pela Ernst & Young</p><p>(1999), [segundo a qual] 73% dos gestores consideram fundamental</p><p>transferirem aos preços o custo de otimizar a capacidade das operações.</p><p>Dentro dessa abordagem, o autor afirma que é necessária à dinâmica</p><p>competitiva que haja um rigoroso controle dos custos fixos, mas também</p><p>uma visão coerente no investimento de adequação das cadeias, inserindo</p><p>neste contexto a percepção do custo nas dimensões de flexibilidade,</p><p>no tratamento da informação e da integração dos processos. A rigor</p><p>define-se à função investimento, uma variável de escopo dinâmico, o</p><p>papel de capturar a resiliência e assim um mitigador de risco, entretanto</p><p>é necessária sua composição como parte da função custo.” (Rezende et</p><p>al., 2016, p. 39)</p><p>https://player.vimeo.com/video/518355154/</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 6/9</p><p>A qualidade também é um determinante importante da performance da cadeia de</p><p>suprimentos e está relacionada com a demanda e os custos, o que torna dinâmicas as</p><p>condições que contornam essa premissa. Assim, falhas nos processos de previsão de</p><p>demanda e no cálculo dos custos se configuram como incertezas e representam riscos</p><p>que são difíceis de serem percebidos, pois envolvem o ciclo de vida dos produtos, a</p><p>taxa de obsolescência, os custos de devolução por falhas e a depreciação dos preços.</p><p>Rezende et al. (2016, p. 40), explicam que:</p><p>[…] a baixa visibilidade nas cadeias é um dos principais responsáveis pela perda de</p><p>qualidade de processos e produtos, em sua perspectiva além da influência direta sobre</p><p>a capacidade competitiva esta circunstância amplia o distanciamento nas respostas aos</p><p>mercados e as variabilidades. Em uma modelagem mais completa a função composta</p><p>da qualidade passa de contorno a agente, entretanto os autores [nos] advertem da</p><p>importância de tê-la como uma variável passiva na função total de risco.</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 7/9</p><p>Figura 3.2 – Os processos de negócios de cadeias de suprimentos</p><p>Fonte: Rezende et al. (2016, p. 34).</p><p>O nível de serviço também é um determinante de performance da cadeia, que sofre</p><p>influência direta do nível de demanda. Esta última, vale dizer, é um dos principais</p><p>entraves para a determinação do nível de serviço. Demandas muito dispersas exigem</p><p>estoques otimizados e exigem mais administração. Sendo o nível de estoque um fator</p><p>estratégico para a cadeia de suprimentos, isso envolve riscos e influenciam o nível de</p><p>serviços.</p><p>EM RESUMO</p><p>Os determinantes da performance da cadeia de suprimentos são: os lead times, os</p><p>custos, a qualidade e o nível de serviços. Esses fatores vão influenciar a competitividade</p><p>da cadeia, razão pela qual exigem maior atenção da gestão, além de representarem</p><p>fatores de ruptura nos processos de negócio. A performance da cadeia vai influenciar</p><p>na capacidade de resposta ao mercado, tendo, por isso, fundamental importância</p><p>para as empresas envolvidas na cadeia de suprimentos.</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 8/9</p><p>Na ponta da língua</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>Rezende, H. A. et al (2016). Determinação de métricas e mapeamento de riscos para</p><p>a análise de cadeias de suprimentos enxutas. Journal of Lean Systems, v. 1, n. 1 Brasil.</p><p>Disponível em: <https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/lean/article/view/1102>. Acesso em:</p><p>17 jul. 2018.</p><p>https://player.vimeo.com/video/518355034/</p><p>DETERMINANTES DA PERFORMANCE DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS • 9/9</p><p>Im</p><p>ag</p><p>en</p><p>s:</p><p>Sh</p><p>utt</p><p>er</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>LIVRO DE REFERÊNCIA:</p><p>Production and Operations</p><p>Management Systems</p><p>Sushil Gupta and Martin Starr</p><p>Productivity Press © 2014</p>