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S U P P L Y C H A I N M A N A G E M E N T - S C M 5 7 0 - 3 . 5 SISTEMA DE MEDIÇ ÃO DE DESEMPENHO 04:20 https://mustedu.com/ https://vimeo.com/518364838/ec85d96377 Embora o conceito de cooperação seja muito evidenciado na cadeia de suprimentos, a gestão conjunta das empresas que a compõem não é tão simples quanto parece, necessitando, portanto, de um olhar sistêmico e de um modelo capaz de integrar os participantes da cadeia através de Conteúdo organizado por Daniela Doms em 2018 do livro Future minds, publicado em 2010 por Nicholas Brealey. SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO INTRODUÇÃO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Apontar a importância da medição global do desempenho da cadeia de suprimentos indicadores-chave de desempenho, facilitando assim a gestão global da cadeia. O conceito de parceria e cooperação que permeia o conceito de cadeias de suprimentos pode mascarar alguns componentes-chave da gestão do desempenho quando afirma que a competição entre as empresas estaria sendo substituída pela competição entre cadeias produtivas, especialmente no que diz respeito ao conhecimento prévio dos meios de punição, caso não haja a cooperação, a divisão dos ganhos (e das perdas) e a continuidade do negócio no futuro (VASCONCELLOS, 2018). Nos elos da cadeia produtiva, geralmente acabam predominando as estratégias internas de cada empresa, associadas às competências de cada empresa no mercado e não à cadeia em si. Uma empresa pode ser parte de várias cadeias, o que dificulta ainda mais a implantação de uma estratégia única. A governabilidade de uma cadeia de suprimentos também é um fator- chave de grande importância, sendo geralmente prejudicada pelas estratégias individuais das organizações que compõem a cadeia. Vasconcellos (2018, p. 43) esclarece que: Têm-se teorias em gestão de cadeias de suprimentos atestando que o que existe de fato mais marcante é apenas a estratégia da empresa (elo) mais forte (normalmente com maior poder de barganha) e que essa desigualdade de poder tem a capacidade de in�uenciar as estratégias dos demais elos. A di�culdade em estabelecer uma estratégia única pode inviabilizar o desenvolvimento de mecanismos de avaliação de desempenho para a cadeia como um todo? Um ponto fundamental é que a medição de desempenho ao longo da cadeia pode ter um caráter muito SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO mais de diagnóstico para alinhar e ajustar objetivos. Vasconcellos (2018) estabelece uma proposta de gestão de desempenho da cadeia de suprimentos que é dividida em quatro estágios: seleção e mapeamento inicial da cadeia de suprimentos; definição dos profissionais que farão parte da construção do sistema de medição de desempenho (SMD); o pré-diagnóstico geral e o gráfico meta da cadeia; e o diagnóstico da cadeia, segundo as dimensões e usando a lógica “cliente-fornecedor”. A seleção e o mapeamento inicial da cadeia de suprimentos devem “ser simples o suficiente para se enxergar a relevância estratégica do elo na cadeia e haver a possibilidade de contar com um ou com poucos profissionais de cada elo que serão envolvidos nos próximos passos na construção conjunta do sistema de gestão de desempenho proposto” (VASCONCELLOS, 2018, p. 43). A construção do sistema de medição do desempenho (SMD) deve incluir a definição dos profissionais que vão compor esse sistema. Vasconcellos (2018, p 43) alerta: “Nas empresas em que há um departamento de logística, os profissionais envolvidos na construção do SMD devem ser os gerentes ou diretores da área. São eles que potencialmente terão os dados agregados necessários”. Forma-se, assim, um time de profissionais das diversas empresas que compõem a cadeia de suprimentos, que serão responsáveis por construir de maneira conjunta esse sistema capaz de medir o desempenho da cadeia, dividindo informações essenciais para a performance conjunta no mercado. SAIBA MAIS “Uma representação visual por intermédio de um painel (dashboard) pode ser utilizada como um importante instrumento de gestão da cadeia. Fruto de uma somatória de acordos clientes-fornecedores, o dashboard pode fornecer pistas importantes sobre focos de atuação para os gestores.” (VASCONCELLOS, 2018, p. 46) Fi gura 3.5 – Q uestões-chave e i ndi cadores-chave ( KPIs) Figura 3.5 – Questões-chave e indicadores-chave (KPIs) Dimensões Exemplos de questões-chave Exemplos de KPIs entrega (CE) devidas? Como é a entrega de p rodutos quanto a avarias, integralidade da carga? % de entregas no prazo; Tempo esperado (média e variabilidade) até a entrega de uma unidade; Inventário médio em unidades e em $ em trânsito. Flexibilidade (FCS) acordadas? serviço? % de entregas satisfatórias extracontratuais; % de atendimento de pedidos com alteração nos prazos acordados; % de atendimento de pedidos com alteração em requ isitos técnicos Responsividade (RSC) Como são estabelecidos os lead-times entre as partes? Como são considerados os tempos para cotação e atendimento de um novo pedido? Quais são os lead-times médios acordados? Os lead-times acordados atendem às necessidades de rapidez? Por quê? Tempo médio dos lead-times (em dias); Tempo esperado (média e variabilidade) até a fabricação de uma unidade; Tempo de cotação de um novo produto/serviço. da cade ia (CESC) Como e de que t ipo são os esforços desenvolvidos para redu ção de custos de entrega/fornecimento? Como são os custos de fornecimento em relação a concorrentes no processo entrega/fornecimento? Como são os custos de retorno, comparando-os ao mercado? Custo por unidade do p roduto principal; Custo da entrega (armazenagem, transporte e distribuição) por unidade do p roduto principal; Custo da devolução por unidade do p roduto principal. processos internos de fabricação (EPIF) capabilidade d os processos de fabricação? devidas? Como é a conformidade a requ isitos técnicos e à capabilidade d os produtos para requ isitos de variabilidade? Como e de que t ipo são os esforços desenvolvidos para redu ção de custos de produção? Capabilidade do p rincipal processo de fabricação (CP, CPK); % de ordens de fabricação em unidades (toneladas, peças etc.) no prazo; % de ordens de fabricação em $ cumpridas no prazo; Tempo esperado (média e variabilidade) até a fabricação de uma unidade; Inventário médio em unidades e em $ em processamento; % de refugo e retrabalho; Disponibilidade do p rincipal processo de fabricação Fonte: Vasconcel l os ( 2018, p. 44) . https://vimeo.com/518364532/89b4791c0c Vasconcellos (2018, p. 43) propõe que os profissionais envolvidos neste processo respondam algumas questões como: 1. Como é formulada a estratégia de supply chain (SC)? 2. Como a cadeia desdobra a estratégia em ações individuais, estabelece metas e acompanha a execução estratégica? 3. Como é a inter-relação dos participantes na SC e suas aderências à estratégia geral da cadeia? 4. Como a cadeia de�ne e implementa a medição do desempenho? 5. Como a cadeia opera sistemas de qualidade? 6. Como é a metodologia para recebimento de devoluções de vendas? 7. De que modo são atendidos as normas e os preceitos legais exigidos das operações da SC? 8. Como é o posicionamento da cadeia quanto à questão ambiental, às certi�cações e às demais legislações pertinentes? As respostas a essas questões podem não ser precisas, mas é preciso que haja reflexão sobre elas, pois servirão como norte para o sistema de medição 03:31 https://vimeo.com/518364532/89b4791c0c do desempenho, cujas dimensões são: Con�abilidade de entrega: ou seja, o produto correto, no lugar correto, na quantidade correta, no tempo correto, na integridade correta, com a documentação correta e o cliente certo; Responsividade: a velocidade com que uma cadeia de suprimentos fornece os produtos aos clientes; Flexibilidade: a agilidade da cadeia em responder às mudanças de mercado; Custos e e�ciência: todos os custos relacionados à operação de uma SC, além da e�ciência no gerenciamento de ativos da cadeia e dos própriosrecursos para atender à demanda; E�ciência dos processos internos: como a organização gerencia seus próprios processos para garantir a entrega aos demais participantes. Nenhuma cadeia de suprimentos poderá se destacar em todas essas dimensões, razão pela qual é importante definir uma delas para que se tenha um desempenho de excelência. Vasconcellos (2018, p. 43) explica: “O time com profissionais deve também estabelecer uma nota-meta para cada uma das dimensões. Sugere-se que a escala utilizada seja: 1 (péssimo), 2 (ruim); 3 (regular); 4 (bom) e 5 (muito bom)”. Vasconcellos (2018) estabelece uma proposta de gestão de desempenho da cadeia de suprimentos que é dividida em quatro estágios: seleção e mapeamento inicial da cadeia de suprimentos; definição dos profissionais que farão parte da construção do sistema de medição de desempenho (SMD); o pré-diagnóstico geral e o gráfico meta da cadeia; e o diagnóstico da cadeia, segundo as dimensões e usando a lógica “cliente-fornecedor”. E, por fim, este modelo de gestão envolve um diagnóstico da cadeia de acordo com as dimensões acima, usando a lógica cliente-fornecedor e chegando a um consenso sobre cada uma das dimensões. As questões-chave e os KPIs apontados na Figura 3.5 servem como uma espécie de guia para a construção do sistema de medição do desempenho da cadeia de suprimentos, cujo objetivo final é definir um conjunto de indicadores-chave que representem o desempenho global da cadeia de suprimentos. A definição de indicadores-chave para medir o desempenho global da cadeia de suprimentos é de fundamental importância para a gestão integrada da cadeia, possibilitando o acompanhamento sistêmico da cadeia, bem como a proposição de melhorias capazes de aumentar a competitividade das empresas que constituem a cadeia como um todo. NA PONTA DA LÍNGUA EM RESUMO 00:50 https://vimeo.com/518364447/d7f46386cb REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VASCONCELLOS, L. Gestão do desempenho na cadeia de suprimentos. GV- executivo, v. 17, n. 2, p. 42-47, 2018. Disponível em: <https://bit.ly/3k22WuB>. Acesso em: 17 jul. 2018. Agora é a hora de avaliar seu aprendizado! Clique nas perguntas para começar. ATIVIDADE 01 1. Analise as seguintes afirmações e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F): I. Em cada elo predomina a estratégia interna da empresa – que é alicerçada no mercado e nas suas competências, e não necessariamente atrelada à cadeia. II. A dificuldade em estabelecer uma estratégia única pode inviabilizar o desenvolvimento de mecanismos de avaliação de desempenho para a cadeia como um todo. III. A medição de desempenho ao longo da cadeia pode Atividades https://bit.ly/3k22WuB ter um caráter muito mais de diagnóstico para alinhar e ajustar objetivos. Aponte agora a alternativa com a sequência correta de classificação, de cima para baixo: a) V, V, V. b) V, F, V. c) V, V, F. d) F, F, V. ATIVIDADE 02 2. Complete, assinalando a alternativa correta, a lacuna da sentença seguinte: “Uma condição essencial na construção de um sistema de medição de desempenho da cadeia de suprimentos é a ___________________”. a) gestão integrada. b) divisão de informações. c) busca por maior competitividade. d) integração dos processos de negócio. ATIVIDADE 03 3. As metas específicas que compõem as dimensões de desempenho devem sempre ser estabelecidas em consenso na relação: a) do desempenho global da cadeia. b) empresa-mercado. c) entre os elos mais fortes da cadeia. d) cliente-fornecedor. S U P P L Y C H A I N M A N A G E M E N T - S C M 5 7 0 - 3 . 5 SI STEMA DE MEDI ÇÃO DE DESEMPEN H O I M A G E N S : S H U T T E R S TO C K LIVRO DE REFERÊNCIA: Production and Operations Management Systems Sushil Gupta and Martin Starr Productivity Press © 2014 http://mustuniversity.s3.sa-east-1.amazonaws.com/DISCIPLINAS/SCM570_SUPLY_CHAIN_MANAGEMENT/MATERIAL_DIDATICO/PDF_DOWNLOAD/PORTUGUES/SCM570_3_5.pdf https://mustedu.com/ https://www.facebook.com/musteducation https://www.instagram.com/must.education/ M US T Un iv e r s i ty ® : l i c e ns e d b y F lo r id a Co mmis s io n fo r Ind e p e nd e nt Ed uc a t io n , L i c e ns e : 5 5 9 3 . https://mustedu.com/ https://www.facebook.com/musteducation https://www.instagram.com/must.education/