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<p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 1</p><p>Dismenorreia, sd pré-</p><p>menstrual, t. disfórico pré-</p><p>menstrual</p><p>Introdução</p><p>Também chamada de menstruação dolorosa ou cólica menstrual, é uma dor</p><p>uterina aguda ou latejante que ocorre geralmente antes (mas também</p><p>durante) a menstruação que ocorre de modo cíclico, atrapalha atividades</p><p>cotidianas 515% e necessita de medicações específicas.</p><p>Além disso, pode irradiar para dorso e membros inferiores e ser</p><p>acompanhada de outros sintomas, como: dor de cabeça, náusea e vômito,</p><p>desconforto digestivo (constipação ou diarreia), dor mamária, inchaço</p><p>abdominal e desmaios.</p><p>Normalmente tá associada a menstruações mais severas, como</p><p>sangramento menstrual intenso e coágulos sanguíneos. E, pela dor, a</p><p>paciente sente dificuldades pra urinar, podendo gerar polaciúria.</p><p>Pode ser graduada de 0 a 3, de acordo com a intensidade da dor, com os</p><p>efeitos da analgesia, com as atividades diárias e com os sintomas</p><p>sistêmicos.</p><p>Classificação</p><p>PRIMÁRIA</p><p>É aquela em que o ciclo menstrual é normal e não indícios de lesões</p><p>pélvicas/ doenças orgânicas evidentes.</p><p>É de caráter precoce, iniciando após as primeiras menstruações e</p><p>diminuindo ou em torno dos 20 anos ou com a gravidez.</p><p>O principal mecanismo fisiopatológico é o aumento de PGs que geram</p><p>isquemia e contrações uterinas mais dolorosas</p><p>O que ocorre aqui é que: a queda da progesterona ao fim do ciclo</p><p>(antes da menstruação) interfere na fosfolipase A2, liberando mais</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 2</p><p>ácido araquidônico.</p><p>Essa substância irá, pela via da COX, ser convertidas em</p><p>prostaglandinas PGE2 e PGF2-alfa), que são fatores inflamatórios</p><p>do endométrio, que promovem isquemia por vasoconstrição e</p><p>contrações prolongadas do músculo uterino.</p><p>Além disso, forma também leucotrienos que são responsáveis pelos</p><p>sintomas sistêmicos, como edema e dor lombar.</p><p>SECUNDÁRIAS</p><p>Estão relacionadas à causas orgânicas que alteram o sistema</p><p>reprodutivo, como endometriose, miomas uterinos, infecção pélvica,</p><p>anormalidades congênitas do útero, DIU e anormalidades vaginais.</p><p>É de caráter mais tardio, iniciando só cerca de 2 anos após a menarca.</p><p>Avaliação</p><p>PRIMÁRIA</p><p>Fazer anamnese e E.F. Por meio deles, vamos avaliar se segue as</p><p>características de dor da dismenorreia primária:</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 3</p><p>Se inicia 6 a 12 meses pós menarca (estando ligada ao início dos</p><p>ciclos), se a dor dura 8 a 72h e coincide com o início do fluxo</p><p>menstrual e se ocorrem sintomas sistêmicos, como náusea e</p><p>vômito, cefaleia, dor lombar, diarreia, irritabilidade, adinamia –</p><p>sintomas estes que tendem a diminuir com o tempo e após a</p><p>primeira gestação.</p><p>É importante buscar por fatores que possam agravar a dor, como:</p><p>níveis altos de PGF1-alfa no líquido menstrual, óstio cervical</p><p>estreito, útero mal posicionado, ansiedade, falta de informação,</p><p>estilo de vida, alimentação desregulada, ansiedade.</p><p>E também por fatores de risco para agravar os sintomas, como:</p><p>menarca precoce, períodos menstruais longos ou intensos,</p><p>tabagismo e HF.</p><p>SECUNDÁRIA</p><p>Anamnsese EF Exames complementares Busca-se pelas</p><p>características clássicas do quadro:</p><p>Padrão mais tardio (mulheres de 30 a 40 anos), com maior duração</p><p>( 3 dias), mudanças no início e na intensidade da dor (geralmente</p><p>acompanhas de mudanças na menstruação).</p><p>Pode vir acompanhada de dispareunia, SUA, duração do fluxo,</p><p>tabagismo, álcool, história de abuso, obesidade, estresse e</p><p>distúrbios emocionais/ alterações de humor, ISTs e procedimentos</p><p>cirúrgicos pélvicos.</p><p>No EF, vamos ter aumento e espessamento uterino.</p><p>Os exames complementares servem pra tentar descobrir a causa</p><p>orgânica, podendo fazer US transvaginal, laparoscopia e</p><p>histeroscopia.</p><p>Além desses, pode-se fazer teste de gestação, US pélvica, cultura</p><p>e PCR cervicais, RNM e histerosalpingografia.</p><p>São inúmeras causas: endometriose, adenomiose, mioma, pólipos,</p><p>malformações congênitas, cistos ovarianos, tumores ovarianos,</p><p>doenças inflamatórias pélvicas e DIUs.</p><p>INDEPENDENTE DO TIPO</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 4</p><p>O médico deve analisar a idade em que os sintoams começaram, a</p><p>natureza e gravidade, fatores que melhoram e pioram, grau de</p><p>perturbação diária, efeitos sexuais (como dispareunia), a resposta aos</p><p>AINES, se há dor não relacionada à menstruação e se tem indícios de</p><p>infertilidade.</p><p>Além disso, é preciso muita atenção para os SINAIS DE ALERTA</p><p>Dor nova ou de início recente, dor intermitente, febre, corrimento</p><p>purulento e evidências de peritonite</p><p>Tratamento</p><p>PRIMÁRIA</p><p>O principal é usar AINES no início do ciclo para bloquear a produção de</p><p>PGs, podendo usar também anticoncepcionais para impedir a ovulação</p><p>(ciclos anovulatórios são menos dolorosos).</p><p>Além do tratamento farmacológico, é improtante fazer dieta, exercício</p><p>físicos moderados a regular, compressas mornas (vasodilatam e</p><p>diminuem a inflamação) e massagens relaxantes.</p><p>SECUNDÁRIA</p><p>Como não dá pra resolver o problema, a gente avalia caso a caso e</p><p>direciona os esforços para início dos sintomas.</p><p>Pode-se usar analgésicos e AINES (diminuir a atividade da COX </p><p>normalmente, AINES sozinho não resolve nada),</p><p>Deve-se associar esses tratamentos com atividade física (para</p><p>estimular o fluxo sanguíneo pélvico e a liberação de</p><p>betaendorfinas), acupuntura, acupressão e chiropraxia.</p><p>Contraceptivos (inibir a ovulação e reduzir a proliferação endometrial),</p><p>DIU de Mirena.</p><p>Além desses, pode-se usar progestágenos (para atrofiar o endométrio),</p><p>hormônios liberadores de gonadotrofina e danazol ou terapias</p><p>alternativas.</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 5</p><p>A dieta melhora o hábito intestinal, “melhorandoˮ a pelve</p><p>SÍNDROME PRÉ MENSTRUAL</p><p>É um transtorno da fase lútea recorrente que começa 5 dias antes e</p><p>termina poucas horas depois do início da menstruação e afeta 10 a 50%</p><p>das mulheres em idade fértil.</p><p>Esss transtorno está ligado a predisposição genética, à deficiência de</p><p>serotonina, a deficiência de cálcio e magnésio e a diversos fatores</p><p>endócrinos (hipoglicemia, hiperprolactinemia, flutuações de E e P</p><p>circulantes, excesso de aldosterona, etc.)</p><p>É marcada por uma diversidade de sintomas nos eixos comportamental,</p><p>psicológico e físico.</p><p>Temos:</p><p>irritabilidade, ansiedade,</p><p>agitação, raiva, insônia,</p><p>dificuldade de concentração,</p><p>letargia, depressão,</p><p>fadiga grave, edema,</p><p>ganho de peso, mastalgia,</p><p>dismenorreia, cefaleia,</p><p>vertigem, parestesia,</p><p>síncope, acne,</p><p>labilidade emocional etc.</p><p>Não é útil fazer EF nem testes laboratoriais.</p><p>O diagnóstico é clínico, com base nos registros diários da paciente.</p><p>E é muito importante fazer o DD com doenças psiquiátricas, doenças</p><p>crônicas Dm, anemia, IR, enxaqueca) e doenças ginecológicas</p><p>(endometriose, nódulo mamária, dismenorreia e perimenopausa).</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 6</p><p>O tratamento é apenas sintomático, associando fármacos e dietas com uma</p><p>boa orientação.</p><p>TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-</p><p>MENSTRUAL</p><p>É quando os sintomas ocorrem durante toda a 2° fase do ciclo e</p><p>desaparecem com a menstruação. Porém, são bem mais intensos,</p><p>atrapalhando na execução das atividades diárias e gerando pensamentos</p><p>suicidas.</p><p>É um transtorno grave, angustiante, incapacitante e subdiagnosticado, já</p><p>que muitas vezes o tempo de consulta é pequeno e a paciente tem</p><p>vergonha de expressar os sintomas.</p><p>Deve ter pelo menos 5 dos sintomas:</p><p>humor depressivo ou disfórico,</p><p>ansiedade ou tensão,</p><p>labilidade afetada,</p><p>irritabilidade,</p><p>interesse diminuído nas atividades cotidianas,</p><p>dificuldade de concentração</p><p>mudança de apetite ou alimentação excessiva,</p><p>exaustão,</p><p>insônia</p><p>sono excessivo e sintomas físicos.</p><p>Esses sintomas não podem ser apenas a exacerbação de outro transtorno,</p><p>devem ter ocorrido nos úlltimos 12 meses e devem ser graves o suficiente</p><p>para interferir nas atividades diárias.</p><p>O tratamento básico é fazer a higiene do sono,</p><p>exercícios, dieta saudável,</p><p>terapia.</p><p>Dismenorreia, sd pré-menstrual, t. disfórico pré-menstrual 7</p><p>Pode-se usar ISRS e medicações hormonais, como progestágeno oral,</p><p>progesterona vagina e ACO.</p>