Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.............................................................................................. 2</p><p>EDUCAÇÃO INCLUSIVA E RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº04/09 ...............................................................7</p><p>TEORIA DAS APRENDIZAGENS............................................................................................................................ 11</p><p>TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS............................................................................................................................... 13</p><p>JEAN PIAGET ................................................................................................................................................................... 16</p><p>LEV SEMIONOVITCH VIGOTSKI ........................................................................................................................... 17</p><p>CURRÍCULO...................................................................................................................................................................... 18</p><p>FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ............................................................................................................................. 26</p><p>DIDÁTICA .......................................................................................................................................................................... 29</p><p>PENSADORES MODERNOS .................................................................................................................................. 32</p><p>PLANEJAMENTO EDUCACIONAL ..................................................................................................................... 37</p><p>AVALIAÇÃO ......................................................................................................................................................................41</p><p>GESTÃO ESCOLAR ..................................................................................................................................................... 46</p><p>CONTRIBUIÇÕES DE HENRI-WALLON ......................................................................................................... 52</p><p>A DIDÁTICA E A INTERDISCIPLINARIDADE ............................................................................................... 56</p><p>CONCEPÇÕES DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR ................................................ 64</p><p>O PAPEL DA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL............................................................................... 68</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>2</p><p>ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA</p><p>• Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214).</p><p>• LEI nº 13.415/17 (novo ensino médio)</p><p>• Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente).</p><p>• FUNDEB – 2020</p><p>ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA</p><p>• Divisão em 3 etapas</p><p>• Atendimento regular e obrigatório de 4 aos 17 anos</p><p>• Oferta de educação infantil (Creche e Pré-escola)</p><p>Atendimento do 0 aos 5 anos;</p><p>• Dividido em duas Fases;</p><p>• Sem objetivos de promoção para próxima etapa;</p><p>• Dividido em duas fases: Anos iniciais (1 ao 5 ano); Anos Finais (6 ao 9 ano)</p><p>• Maior etapa da educação básica</p><p>Fase única, organizado em séries, com mínimo de 3 anos de duração.</p><p>FUNDAMENTAL</p><p>BÁSICO</p><p>NÍVEIS</p><p>SUPERIOR</p><p>ETAPA</p><p>ED. INFANTIL</p><p>MÉDIO</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>3</p><p>FASES</p><p>PRÉ-ESCOLA</p><p>Atendimento de 0 aos 3 anos (Matrícula facultativa)</p><p>Atendimento de 4 aos 5 anos (Matrícula obrigatória a</p><p>partir dos 4 anos, completos até 31 de março)</p><p>CRECHE</p><p>ANOS INICIAIS</p><p>ANOS FINAIS</p><p>Atendimento de 4 aos 5 anos (Matrícula obrigatória a</p><p>partir dos 4 anos, completos até 31 de março)</p><p>6º ao 9º ano</p><p>MODALIDADES REGULAR Atendimento Educacional</p><p>de 4 aos 17 anos</p><p>Previsto na LDB</p><p>PROFISSIONAL</p><p>EJAS</p><p>ESPECIAIS</p><p>EAD</p><p>QUILOMBOLA</p><p>INDÍGENAS</p><p>CAMPO</p><p>PRISIONAL</p><p>INTINERANTES</p><p>Lei 14.191/21</p><p>DC</p><p>Ns</p><p>Bilíngue</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>4</p><p>REGIME</p><p>PARCIAL</p><p>INTEGRAL</p><p>Oferta de efetivo trabalho pedagógico (Mínimo de 4 horas,</p><p>máximo de 6 horas)</p><p>Oferta de efetivo trabalho pedagógico (Mínimo</p><p>de 7 horas, máximo de 9 horas)</p><p>BÁSICO</p><p>NÍVEIS ETAPAS</p><p>ED. INFANTIL</p><p>FUNDAMENTAL</p><p>MÉDIO</p><p>SUPERIOR</p><p>FASES</p><p>CRECHE</p><p>PRÉ-ESCOLA</p><p>SÉRIES INICIAIS</p><p>SÉRIES FINAIS</p><p>MODALIDADES</p><p>PROFISSIONAL</p><p>EJAS</p><p>ESPECIAIS</p><p>REGIME</p><p>EAD</p><p>PARCIAL</p><p>QUILOMBOLA</p><p>INDÍGENAS</p><p>CAMPO</p><p>PRISIONAL</p><p>INTINERANTES</p><p>BILÍNGUE</p><p>INTEGRAL</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>5</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988</p><p>Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e</p><p>incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da</p><p>pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.</p><p>O artigo 206 da Constituição Federal estabelece oito princípios nos quais o</p><p>ensino deve ser baseado.</p><p>São eles:</p><p>I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;</p><p>II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;</p><p>III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições</p><p>públicas e privadas de ensino;</p><p>IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;</p><p>V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos</p><p>de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos</p><p>das redes públicas;</p><p>VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;</p><p>PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS</p><p>FUNDAMENTAIS</p><p>OBJETIVOS CONSTITUCIONAIS</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>6</p><p>VII – garantia de padrão de qualidade;</p><p>VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública,</p><p>nos termos de lei federal.</p><p>Artigo 208: Aponta as Responsabilidades do Estado para a educação</p><p>São elas:</p><p>I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada</p><p>inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade</p><p>própria;</p><p>II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;</p><p>III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,</p><p>preferencialmente na rede regular de ensino;</p><p>IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade;</p><p>V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,</p><p>segundo a capacidade de cada um;</p><p>VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;</p><p>VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de</p><p>programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e</p><p>assistência à saúde.</p><p>Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o</p><p>Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita</p><p>resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na</p><p>manutenção e desenvolvimento do ensino.</p><p>* Alterado pela emenda 108/20 – “Novo Fundeb”</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>7</p><p>EDUCAÇÃO INCLUSIVA E RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº04/09</p><p>Espírito da legislação</p><p>Em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e</p><p>participando, sem nenhum tipo de discriminação.</p><p>FUNDAMENTO CF. - Dignidade da Pessoa Humana. (art. 1º, II e III).</p><p>OBJETIVO - Promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo,</p><p>velozes, num mundo globalizado, onde as informações estão em todos</p><p>os lugares e ao alcance de qualquer pessoa.</p><p>Assim, aquela escola que era boa para o momento da Revolução industrial já não</p><p>atende às necessidades do homem do século XXI.</p><p>Nossa era é a da pós-modernidade em que a lógica formal, clássica, normativa e</p><p>maniqueísta (bivalente), impõem-se a lógica dialética, fundamentada na noção de</p><p>contradição, dialógica.</p><p>Tipos de composição curricular</p><p>MULTIDISCIPLINAR – modelo fragmentado em que há justaposição de disciplinas</p><p>diversas, se relação aparente entre elas. Ex.: modelo tradicional de ensino</p><p>PLURIDISCIPLINAR – quando se justapõem disciplinas mais ou menos vizinhas nos</p><p>domínios do conhecimento, formando-se as áreas de estudos com conteúdo afins ou</p><p>coordenação de área, com menor fragmentação. Ex.: Português + Literatura, História +</p><p>Geografia + Sociologia, Física + Química + Matemática</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>58</p><p>INTERDISCIPLINARIDADE – nova concepção de divisão do saber, frisando a</p><p>interdependência, a interação e a comunicação existentes entre as disciplinas e</p><p>buscando a integração do conhecimento num todo harmônico e significativo. Ex.: Nova</p><p>LDB</p><p>TRANSDISCIPLINARIDADE - quando há coordenação de todas as disciplinas num</p><p>sistema lógico de conhecimento com livre trânsito num campo de saber para outro:</p><p>BNCC.</p><p>O modelo multidisciplinar</p><p>Presente na escola, ainda hoje, desconsidera as características e necessidades do</p><p>desenvolvimento do ser humano. Para resgatar essa inteireza perdida e possibilitar</p><p>uma visão da totalidade do conhecimento é que se propõe o modelo interdisciplinar.</p><p>Quanto mais se acelera a produção do saber humano, mais se faz necessário</p><p>garantir que não se perca a visão do todo</p><p>O modelo interdisciplinar</p><p>Interdisciplinar exige uma visão de escola criativa, ousada e com uma nova</p><p>concepção de divisão do saber, pois a especificidade de cada conteúdo precisa ser</p><p>garantida paralelamente à sua integração num todo harmonioso e significativo.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>59</p><p>Como a escola pode tornar-se interdisciplinar?</p><p>O primeiro passo rumo à nova proposta é a mudança de paradigma da escola e</p><p>da postura do professor.</p><p>A função da escola já não é integrar as novas gerações ao tipo de sociedade</p><p>preexistente e sim construir pela práxis, uma nova relação humana, revendo</p><p>criticamente o acervo de conhecimentos acumulados, tomando consciência da</p><p>participação pessoal na definição de papéis sociais.</p><p>A RELAÇÃO TEORIA-PRÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM</p><p>A natureza do trabalho docente é a mediação da relação cognoscitiva entre o aluno e</p><p>os conteúdos das disciplinas escolares.</p><p>Ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo.</p><p>Aprendizagem</p><p>CASUAL ORGANIZADA</p><p>Espontânea. Surge naturalmente da</p><p>interação entra as pessoas e com o</p><p>ambiente em que vivem.</p><p>Intencional, sistemática e planejada</p><p>Ensino</p><p>Atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os alunos</p><p>se tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos.</p><p>Três funções inseparáveis:</p><p>Organizar os conteúdos;</p><p>Orientar os alunos;</p><p>Dirigir e controlar a atividade docente para os objetivos da aprendizagem.</p><p>Transmissão Organização</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>60</p><p>Princípio Básico do Ensino</p><p>• Ter caráter científico e sistemático;</p><p>• Ser compreensível e possível de ser assimilado;</p><p>• Assegurar a relação conhecimento-prática;</p><p>• Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem;</p><p>• Garantir a solidez dos conhecimentos;</p><p>• Levar à vinculação trabalho coletivo–particularidades individuais.</p><p>Estruturação do Trabalho Docente</p><p>• Sequência de atos sucessivos e inter-relacionados para atingir os objetivos.</p><p>• O trabalho docente é uma atividade intencional, planejada conscientemente</p><p>visando atingir os objetivos previamente estabelecidos. Por isso precisa ser</p><p>estruturado e ordenado.</p><p>Ensino e Aprendizagem enquanto unidade do fazer pedagógico</p><p>• O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem;</p><p>• A unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando:</p><p> O ensino se caracteriza pela memorização;</p><p> Professor com postura de ‘detentor’ de todo conhecimento;</p><p> Alunos são deixados sozinhos com o pretexto de que o professor somente deve</p><p>facilitar a aprendizagem e não ensinar.</p><p>Objetivo do fazer pedagógico?</p><p>Assegurar aos alunos o domínio dos conteúdos;</p><p>Criar condições e os meios para que os alunos dominem métodos de estudos e</p><p>trabalho intelectual visando sua autonomia;</p><p>Orientar as tarefas de ensino para objetivos educativos de formação.</p><p>Marco</p><p>Conceitual</p><p>Marco</p><p>Situacional</p><p>Marco</p><p>Operacional</p><p>Referenciais Teóricos</p><p>PPP</p><p>Ação</p><p>Situação Concreta</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>61</p><p>É necessário que o professor tenha um “referencial teórico que o oriente na interação</p><p>com as contradições e o desenvolvimento da prática” (VASCONCELLOS, 1995, p. 13)</p><p>Orientação para uma boa prática do processo ensino-aprendizagem</p><p>Planejamento</p><p>Direção do processo de</p><p>ensino-aprendizagem</p><p>Avaliação</p><p>- Relação entre o BNCC</p><p>e PPP;</p><p>- Domínio dos</p><p>conteúdos e sua</p><p>relação com a prática</p><p>social;</p><p>- Conhecimento e</p><p>domínio dos vários</p><p>métodos de ensino e</p><p>procedimentos</p><p>didáticos;</p><p>- Consulta e pesquisa a</p><p>materiais diversificados</p><p>para elaboração prévia</p><p>das aulas.</p><p>- Conhecimento das etapas</p><p>do processo de ensino;</p><p>- “Didatização” dos</p><p>conteúdos;</p><p>- Habilidade em expressar</p><p>ideias com clareza e de</p><p>forma acessível, partindo da</p><p>linguagem corrente dos</p><p>alunos;</p><p>- Tornar os conteúdos</p><p>significativos,</p><p>contextualizados e</p><p>relacionados à prática social;</p><p>- Problematizar situações;</p><p>- Estabelecer relação</p><p>coerente com os estudantes;</p><p>- Estimular o interesse pelos</p><p>estudos.</p><p>- Verificação contínua</p><p>quanto aos objetivos</p><p>e do rendimento das</p><p>atividades, seja dos</p><p>alunos, seja em</p><p>relação ao trabalho</p><p>do próprio professor;</p><p>- Domínio de meios e</p><p>instrumentos;</p><p>- Verificar as</p><p>dificuldades para</p><p>tomar decisões.</p><p>Métodos de Ensino</p><p>Os objetivos estabelecidos não se realizam por si mesmos;</p><p>É necessária a atuação, ou seja, a organização de uma sequência de ações para atingir</p><p>os objetivos.</p><p>Métodos</p><p>Conjunto de</p><p>ações intencionais</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>62</p><p>1. Método de</p><p>exposição pelo</p><p>professor</p><p>• Exposição verbal</p><p>• Demonstração</p><p>• Ilustração</p><p>• Exemplificação</p><p>Atividade dos</p><p>alunos é receptiva,</p><p>embora não</p><p>necessariamente</p><p>passiva.</p><p>2. Método de</p><p>trabalho</p><p>independente</p><p>Para que o trabalho</p><p>independente seja, de fato,</p><p>um método pedagógico, é</p><p>preciso que seja planejado</p><p>em correspondência com os</p><p>objetivos, conteúdos e outros</p><p>procedimentos</p><p>metodológicos.</p><p>Tarefas dirigidas e</p><p>orientadas pelo</p><p>professor, para que os</p><p>alunos as resolvam de</p><p>modo relativamente</p><p>independente.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>63</p><p>3. Método de</p><p>elaboração</p><p>conjunta</p><p>Forma de interação ativa</p><p>entre professor e alunos</p><p>Conversação didática</p><p>Indireta Direta</p><p>Questões formuladas com o</p><p>intuito de estimular o</p><p>raciocínio, incitar os alunos a</p><p>observarem, pensarem,</p><p>duvidarem e tomarem partido.</p><p>4. Método de</p><p>trabalho em agrupo</p><p>Caráter transitório, ou</p><p>seja, deve ser empregado</p><p>eventualmente</p><p>conjugado com outros</p><p>métodos.</p><p>Finalidade principal é obter a</p><p>cooperação dos alunos entre si na</p><p>Qualquer que seja o</p><p>procedimento, os</p><p>trabalhos em grupo</p><p>devem desenvolver a</p><p>capacidade de</p><p>verbalização dos alunos.</p><p>Exemplos:</p><p>• Debate</p><p>• Brainstorm</p><p>• Grupo</p><p>de verbalização – grupo</p><p>de observação</p><p>• Seminário</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>64</p><p>CONCEPÇÕES DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR</p><p>Concepções da avaliação da aprendizagem escolar: diagnóstica, emancipatória,</p><p>processual, punitiva, classificatória.</p><p>Avaliação da Aprendizagem</p><p>Avaliar faz parte de um processo pedagógico contínuo que vai além de</p><p>apenas dar notas aos estudantes. As avaliações precisam auxiliar no planejamento e na</p><p>revisão dos processos de ensino-aprendizagem.</p><p>Nesse sentido, as avaliações escolares tornam-se recursos imprescindíveis</p><p>para análises acerca da qualidade do modelo pedagógico. Seus resultados não devem</p><p>ter um fim em si mesmo e precisam pautar ações e intervenções pedagógicas para a</p><p>superação das dificuldades identificadas.</p><p>Emancipatória ou Punitiva?</p><p>A avaliação emancipatória tem como compromisso fazer com que as pessoas</p><p>envolvidas em uma ação, realizem e executem a sua própria história e escolham as suas</p><p>ações de maneira libertadora.</p><p>Já a punitiva é entendida como um sistema de avaliação via provas, onde um</p><p>aluno que tem um bom desenvolvimento durante o bimestre é observado por apenas</p><p>um instrumental e em apenas um dia de avaliação. Tal processo não leva em conta que</p><p>talvez o educando não esteja passando bem ou se encontre deprimido. Ou seja, todo o</p><p>5. Atividades</p><p>especiais</p><p>Aquelas que</p><p>complementam os</p><p>métodos de ensino.</p><p>Planejamento</p><p>Execução</p><p>Exploração dos</p><p>resultados e avaliação</p><p>Exemplos:</p><p>• Estudo do meio</p><p>• Jornal escolar</p><p>• Assembleias</p><p>• Visitas a museus</p><p>• Teatro</p><p>• Passeios</p><p>• Bibliotecas</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>65</p><p>processo resume-se em arguir conteúdo e memorização, desvinculado da prática</p><p>social.</p><p>O que são as avaliações internas de aprendizagem?</p><p>As avaliações educacionais também podem ser produzidas fora do ambiente</p><p>escolar. Elas são conhecidas como Avaliações Externas de Desempenho, também</p><p>chamadas de avaliação em larga escala.</p><p>ENEM, Prova Brasil, Pisa, SAEB são alguns exemplos desse tipo de avaliação,</p><p>que busca aferir a qualidade do ensino como instrumento para o monitoramento e a</p><p>elaboração de políticas públicas, a partir de um panorama do desempenho</p><p>educacional.</p><p>Mesmo não acompanhando individualmente o aluno, as avaliações externas</p><p>devem ser vistas como um caminho para a constante reflexão da prática educacional.</p><p>Seus indicadores devem ser analisados e transformados em trabalho efetivo nas</p><p>escolas, redirecionando as práticas pedagógicas.</p><p>As avaliações praticadas pelo professor em sala de aula para acompanhar o</p><p>processo de ensino-aprendizagem dos alunos são nomeadas avaliações internas de</p><p>aprendizagem. Esse tipo de avaliação é determinado de acordo com o planejamento</p><p>escolar, e seus resultados pautam o trabalho do educador sobre o avanço em suas</p><p>práticas pedagógicas ou, se necessário, o retorno a alguma etapa do ensino.</p><p>As avaliações internas podem ser realizadas a partir de diferentes</p><p>instrumentos avaliativos, sendo o professor capaz de recorrer a diversas formas, de</p><p>acordo com seu objetivo. Se o propósito for avaliar o desempenho da turma, por</p><p>exemplo, avaliações coletivas ou trabalhos em grupo podem indicar os resultados do</p><p>aprendizado geral.</p><p>Tipos de avaliação escolar</p><p>Os vários tipos de avaliação existentes fornecem dados diversos sobre o</p><p>desempenho dos estudantes.</p><p>As avaliações diagnósticas, formativas, comparativas e somativas estão entre</p><p>as principais modalidade de avaliação escolar.</p><p>Em alguns casos, esses tipos de avaliação podem lançar mão dos mesmos</p><p>instrumentos de aplicação, mas é fundamental observar que as intencionalidades de</p><p>cada uma se diferem.</p><p>Avaliações diagnósticas</p><p>Tem como objetivos: identificar a realidade de conhecimento de cada aluno</p><p>e verificar suas habilidades ou dificuldades de aprendizagem. Normalmente essa</p><p>modalidade é aplicada nos momentos iniciais e finais de uma fase da educação. O</p><p>objetivo dessa avaliação é conhecer melhor os estudantes, identificando e</p><p>compreendendo suas necessidades.</p><p>Sem caráter classificatório, as informações das avaliações diagnósticas</p><p>indicam os avanços e as dificuldades da turma. As informações obtidas por meio desse</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>66</p><p>tipo de avaliação evidenciam os pontos fortes e fracos do processo educativo. Isso</p><p>permite que as instituições de ensino repensem as atividades que irão favorecer o</p><p>aprendizado dos alunos ao avaliarem possíveis mudanças nas práticas escolares por</p><p>meio das intervenções pedagógicas.</p><p>As avaliações diagnósticas podem ser realizadas por meio de:</p><p>● provas ou testes escritos;</p><p>● provas ou testes orais;</p><p>● simulados;</p><p>● avaliações on-line;</p><p>● perguntas e questionários.</p><p>Avaliações formativas (Processual ou de Controle)</p><p>As avaliações de ensino-aprendizagem também podem ser formativas. Isso</p><p>se dá quando elas têm o objetivo de verificar o progresso e as dificuldades de</p><p>aprendizagem dos alunos, tornando mais produtiva a relação de ensinar e aprender.</p><p>Essa modalidade de avaliação busca medir o desempenho escolar dos</p><p>estudantes ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Fugindo à maneira</p><p>tradicional de avalições diretamente vinculadas à atribuição de notas, esse modelo</p><p>pretende acompanhar a evolução da aquisição de conhecimento do aluno. Utilizadas</p><p>ao longo de todo período educacional como ferramenta para avaliar a performance dos</p><p>alunos, elas permitem que a prática docente seja ajustada às necessidades dos</p><p>estudantes.</p><p>O viés de concepção classificatória dá lugar à coleta de evidências a respeito</p><p>da eficiência das práticas de ensino e aprendizagem. Seu foco é a formação, ou seja, o</p><p>acompanhamento efetivo do aluno no que se refere à assimilação dos conteúdos</p><p>programados e das competências e habilidades pretendidas.</p><p>Dentre os principais instrumentos desse tipo de avaliação, podemos destacar:</p><p>● produções orais;</p><p>● questionários;</p><p>● listas de exercícios;</p><p>● seminários;</p><p>● autoavaliação;</p><p>● observação de desempenho;</p><p>● estudos de caso;</p><p>● produções audiovisuais;</p><p>● avaliações online;</p><p>● produções coletivas e individuais de trabalhos e pesquisas.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>67</p><p>Formativa Mediadora</p><p>Avaliação Mediadora, de acordo com Jussara Hoffmann (2009), é focada no aluno:</p><p>Conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e</p><p>desafiadoras, guiando-o por um caminho voltado à autonomia moral e intelectual, pois</p><p>estamos vivendo um momento caracterizado por uma infinidade de fontes de</p><p>informação.</p><p>Nessa concepção a subjetividade na elaboração das perguntas é positiva,</p><p>uma vez que, permite no momento da correção uma reflexão sobre as hipóteses</p><p>construídas pelos alunos, pois quanto maior a empatia entre professor e aluno, maior</p><p>será o aprendizado.</p><p>Avaliações somativas (Classificatórias)</p><p>Essa é, possivelmente, a modalidade avaliativa mais comum dentro das</p><p>escolas brasileiras. Utilizadas no final de um processo educacional – que pode ser</p><p>definido como ano, semestre, trimestre, bimestre ou ciclo, por exemplo -, as avaliações</p><p>somativas determinam o grau de domínio dos conteúdos pré-estabelecidos.</p><p>Em essência, sua principal característica no processo de ensino-</p><p>aprendizagem é demonstrar o sucesso de assimilação (ou não) dos conteúdos pelos</p><p>alunos, por meio da associação de notas ou conceitos como forma de classificação.</p><p>Dentre os instrumentos mais comuns para quantificar e categorizar os</p><p>resultados da avaliação somativa, estão:</p><p>● exames avaliativos escritos ao final de um período escolar;</p><p>● junção de uma ou mais atividades trabalhadas pelo professor;</p><p>● atividade de múltipla escolha;</p><p>● atividade de resposta construída.</p><p>Avaliações comparativas</p><p>A modalidade de avaliação comparativa se propõe a mensurar e averiguar</p><p>o</p><p>aproveitamento e o nível de conhecimento e as habilidades dos alunos. Tem como</p><p>objetivo qualificar o ensino, possibilitando a reflexão sobre o que foi aprendido e o que</p><p>ainda precisa ser ensinado.</p><p>Aplicada durante ou depois de uma aula, ela pode acontecer por meio de:</p><p>● testes rápidos e/ou trabalhos simples durante ou ao final das aulas;</p><p>● resumos dos conteúdos trabalhados;</p><p>● observação de desempenho;</p><p>● relatórios;</p><p>● atividades para casa;</p><p>● Autoavaliação;</p><p>● avaliações entre pares.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>68</p><p>O PAPEL DA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Crianças de 0 a 5 anos</p><p>Como são?</p><p>Que fazem?</p><p>O que gostam de fazer?</p><p>Quais seus projetos?</p><p>História da Infância</p><p>Primeira metade do século XX</p><p>Crianças, sua infância e cultura são descritas por sociólogos</p><p>A partir de 1980 - Sociologia da Infância ganha corpo:</p><p>Na França saindo da Sociologia da Educação</p><p>Na Inglaterra e Estados Unidos de estudos de feministas e da Antropologia</p><p>No Brasil, a partir dos anos 90 com a confluência entre pedagogos e os sociólogos</p><p>Perspectiva estrutural-funcional rompe com perspectiva durkeimiana</p><p>• Criança passa ser pensada como ator social de seu processo de socialização,</p><p>construtora de sua infância</p><p>• Novas metodologias buscam entender as crianças como produtoras de cultura a</p><p>partir delas próprias.</p><p>• Maior parte dos estudos realizada em contextos escolares. Autores sugerem que</p><p>a chamada cultura da infância existe mais nos espaços e tempos onde a criança</p><p>tem algum grau de poder e controle.</p><p>Sociologia da Infância</p><p>Não utiliza expressamente um autor ou teoria</p><p>• aproveita da sociologia interacionista – faz leitura crítica do conceito de</p><p>socialização, reconsidera a criança como ator social.</p><p>• Criança não é vista como “criança universal, essencial, fora da história”, pois</p><p>diferentes espaços estruturais diferenciam as crianças ser social e histórico.</p><p>Busca superar a perspectiva da idade</p><p>• Conceito de geração para melhor pensar o caráter relacional infância/idade</p><p>adulta.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>69</p><p>Procura desescolarizar a criança</p><p>• Descolar a criança do conceito de preparação para o ofício.</p><p>O que faz parte da infância?</p><p>“(...) A infância é um encontro entre os tempos e as gerações, e as descontinuidades. Ela</p><p>é o encontro de um tempo cronológico e do tempo intempestivo. Pensar a criança e</p><p>sua infância é pensar a contemporaneidade...”</p><p>Para entendê-la é preciso incorporar a diversidade.</p><p>Nova questão</p><p>Antes, a socialização primária era feita na família,</p><p>hoje é feita em vários pontos: família, creche, televisão.</p><p>Sociedade em transição</p><p>Antes – valores da família consoantes com valores do trabalho.</p><p>Hoje – ideias de solidariedade, amizade, confiança, conflitam com comportamentos de</p><p>competitividade do mercado de trabalho (comportamentos que os próprios pais</p><p>assumem).</p><p>Outra questão</p><p>Escola tem sido a instituição social central para veicular, de forma homogênea, a</p><p>cultura considerada “legítima” e desconsiderar as “não legítimas” (não hegemônicas).</p><p>Neste sentido escolarização = colonização.</p><p>A criança no Brasil atual:</p><p>1988 – Constituição Federal reconhece direito ao atendimento da criança de zero a seis</p><p>anos.</p><p>1990 – Estatuto da Criança e Adolescente destaca este direito</p><p>1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394 “O dever do Estado com</p><p>educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de (... atendimento</p><p>gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade”.</p><p>1998 – Referencia Curricular Nacional para Educação Infantil, lançado pelo MEC -</p><p>referencias e orientações pedagógicas que “visam contribuir com a implantação ou</p><p>implementação de práticas educativas de qualidade que possam promover e ampliar</p><p>as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras.”</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>70</p><p>Aspectos críticos da educação pública:</p><p>• Na divisão creche e pré-escola, falta visibilidade à primeira e a segunda é vista</p><p>como antecipação da escola;</p><p>• Há visões adulteradas do que é infância como período universal, ou de</p><p>“preparação para ser adulto”;</p><p>• As classes são muito numerosas, organização das classes e até do prédio escolar</p><p>partem da concepção administrativo-financeira e não da educativa;</p><p>O cuidar e o educar - atribuições da educação infantil</p><p>“Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens</p><p>orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das</p><p>capacidades infantis (...)” RCNEI /BNCC</p><p>Categorias curriculares buscam organizar os conteúdos a serem trabalhados de forma</p><p>globalizante, visando “abranger diversos e múltiplos espaços de elaboração de</p><p>conhecimentos; diferentes linguagens; construção da identidade; os processos de</p><p>socialização e o desenvolvimento da autonomia”.</p><p>Diretrizes apontadas por Vygotsky</p><p>• Que o ensino da escrita se apresente de modo que a criança sinta necessidade</p><p>dela</p><p>• Que a escrita seja apresentada às crianças não como um ato motor, mas como</p><p>uma atividade cultural complexa</p><p>• Que a necessidade de aprender a escrever seja espontânea da mesma forma que</p><p>a necessidade de falar</p><p>• Ensinar às crianças a linguagem escrita e não as letras.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>71</p><p>Rotinas na Educação Infantil</p><p>• Rotina: atividades de cuidado / atividades pedagógicas</p><p>• Quatro fatores fundamentais na realização das rotinas:</p><p>• Organização do ambiente</p><p>• Uso do tempo</p><p>• Seleção e proposta de atividades</p><p>• Seleção e oferta de materiais</p><p>Organização do ambiente</p><p>Reflete concepções, expectativas, cultura, a maneira de compreender a criança</p><p>Espaços</p><p>ambientes disponíveis criam variações nas rotinas, levantam possibilidades, favorecem</p><p>ou não a construção de estruturas cognitivas e subjetivas da criança.</p><p>Seleção e proposta de atividades</p><p>Modalidades organizativas do tempo pedagógico</p><p>atividades permanentes, sequências didáticas, projetos, atividades pontuais.</p><p>Rotinas</p><p>possibilitam às crianças diferenciarem os diferentes momentos do dia.</p><p>alternam atividades:</p><p>• Livres X orientadas</p><p>• Calmas X agitadas</p><p>• Individuais X coletivas</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>72</p><p>Características da rotina</p><p>• Fixidez da sequência</p><p>• Duração das atividades</p><p>• Ordem predeterminada</p><p>Ao repetir, aprende-se a fazer algo que se sabe de um jeito diferente, desenvolvendo-</p><p>se ou aprimorando-se habilidades.</p><p>ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA</p><p>EDUCAÇÃO INCLUSIVA E RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº04/09</p><p>TEORIA DAS APRENDIZAGENS</p><p>TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS</p><p>JEAN PIAGET</p><p>LEV SEMIONOVITCH VIGOTSKI</p><p>CURRÍCULO</p><p>FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA</p><p>DIDÁTICA</p><p>PENSADORES MODERNOS</p><p>PLANEJAMENTO EDUCACIONAL</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>GESTÃO ESCOLAR</p><p>CONTRIBUIÇÕES DE HENRI-WALLON</p><p>A DIDÁTICA E A INTERDISCIPLINARIDADE</p><p>CONCEPÇÕES DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR</p><p>O PAPEL DA DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>cor,</p><p>idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV).</p><p>GARANTIA - Direito à igualdade e o direito de todos à educação (art. 5º e 205).</p><p>• Pleno desenvolvimento da pessoa;</p><p>• Preparo para o exercício da cidadania;</p><p>• Qualificação para o trabalho (art. 205)</p><p>PRINCÍPIOS p/ ENSINO - Igualdade de condições de acesso e permanência na escola</p><p>(art. 206, I).</p><p>DEVER do ESTADO – Garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da</p><p>pesquisa e da criação artística segundo a capacidade de cada um (art. 208, V), e</p><p>Atendimento educacional especializado, aos portadores de deficiência,</p><p>preferencialmente, na rede regular de ensino (art. 208, III).</p><p> 1990 - ECA - Lei nº. 8.069/90, (art. 55), determina que "os pais ou responsáveis têm</p><p>a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino”.</p><p></p><p> - Declaração Mundial de Educação para Todos</p><p> 1994 - Declaração de Salamanca passam a influenciar a formulação das políticas</p><p>públicas da educação inclusiva.</p><p>- É publicada a Política Nacional de Educação Especial, orientando o processo de</p><p>‘integração instrucional’ que condiciona o acesso às classes comuns do ensino regular</p><p>àqueles que "(...) possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades</p><p>curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos</p><p>normais”.</p><p>DEVER DO ESTADO: Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos</p><p>com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação, preferencialmente na rede</p><p>regular de ensino (art.4º).</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>8</p><p>ED. ESPECIAL: Modalidade de Educação Escolar (transversal a todos os níveis e</p><p>etapas)</p><p>Educação Infantil</p><p>Ensino Fundamental</p><p>Ensino Médio</p><p>Ensino Superior</p><p>2006 – Convenção sobre os Direitos das pessoas com Deficiência (entrou em vigor</p><p>no Brasil em 3 de maio de 2008, por meio do Decreto Nº 6.949/09) - os Estados Parte</p><p>devem assegurar um sistema de educação inclusiva em todos os níveis de ensino,</p><p>em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social compatível</p><p>com a meta de inclusão plena, garantindo que:</p><p>As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral</p><p>sob alegação de deficiência.</p><p>As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental</p><p>inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais</p><p>pessoas na comunidade em que vivem (art.24)</p><p>Acesso, participação e aprendizagem dos alunos com deficiência, TGD e altas</p><p>habilidades/ superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino</p><p>para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo:</p><p> transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação</p><p>superior;</p><p> Atendimento Educacional Especializado - AEE;</p><p> formação de professores para o AEE e demais profissionais da educação para a</p><p>inclusão escolar;</p><p> participação da família e da comunidade;</p><p> acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos</p><p>transportes, na comunicação e informação;</p><p> articulação intersetorial na implementação das políticas públicas.</p><p>PÚBLICO ALVO</p><p>Alunos com deficiência - aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de</p><p>natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas</p><p>barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na</p><p>sociedade;</p><p>Alunos com TGD - aqueles que apresentam alterações qualitativas das</p><p>interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e</p><p>atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com</p><p>autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil;</p><p>Alunos com altas habilidades/superdotação - aqueles que demonstram</p><p>potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>9</p><p>intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam</p><p>elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em</p><p>áreas de seu interesse.</p><p>Educação Especial:</p><p>• modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades;</p><p>• realiza o AEE;</p><p>• disponibiliza os serviços e recursos;</p><p>• orienta os alunos e seus professores.</p><p>Identifica</p><p>Elabora</p><p>Organiza</p><p>• As atividades desenvolvidas no AEE diferenciam-se daquelas realizadas na sala</p><p>de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização.</p><p>• Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com</p><p>vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.</p><p>• É de oferta obrigatória pelos sistemas de ensino.</p><p>• Realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro</p><p>especializado.</p><p>AEE DISPONIBILIZA:</p><p>• programas de enriquecimento curricular;</p><p>• o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização; e</p><p>• tecnologia assistiva.</p><p>• esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino</p><p>comum.</p><p>O AEE é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos</p><p>específicos:</p><p> Da LP na modalidade escrita como 2ª língua;</p><p> do sistema Braille;</p><p> do soroban;</p><p> da orientação e mobilidade;</p><p> das atividades de vida autônoma;</p><p> da comunicação alternativa;</p><p> do desenvolvimento dos processos mentais superiores;</p><p> dos programas de enriquecimento curricular;</p><p> da adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos;</p><p> da utilização de recursos ópticos e não ópticos;</p><p> da tecnologia assistiva e outros.</p><p>Recursos pedagógicos e de acessibilidade que</p><p>eliminem as barreiras para a plena participação</p><p>dos alunos, considerando as suas necessidades</p><p>específicas.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>10</p><p>Para a inclusão dos alunos surdos, nas escolas comuns:</p><p>- Ensino da L. P. como 2ª língua, na modalidade escrita;</p><p>(Lei 14.191/21 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para dispor sobre a</p><p>modalidade de educação bilíngue de surdos.)</p><p>- Serviços de tradutor/intérprete de libras e L.P.;</p><p>- Ensino das libras para os demais alunos da escola;</p><p>- O AEE é ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na língua de sinais;</p><p>e</p><p>- Devido à diferença linguística, orienta-se que o aluno surdo esteja com outros</p><p>surdos em turmas comuns na escola regular.</p><p>• Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua</p><p>formação, inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da</p><p>docência e conhecimentos específicos da área.</p><p>• Esta formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema</p><p>educacional inclusivo, tendo em vista o desenvolvimento de projetos em</p><p>parceria com outras áreas, visando à acessibilidade arquitetônica, os</p><p>atendimentos de saúde, a promoção de ações de assistência social, trabalho e</p><p>justiça.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>11</p><p>TEORIA DAS APRENDIZAGENS</p><p>• INATISTA</p><p>• EMPIRISTA</p><p>1. AMBIENTALISTA</p><p>2. COMPORTAMENTALISMO</p><p>3. BEHAVIORISMO</p><p>• HUMANISTAS</p><p>• COGNITIVISTAS</p><p>1. INTERACIONISTA</p><p>2. SÓCIOINTERACIONISTAS</p><p>TEORIA INATISTA</p><p>• Origem racionalista.</p><p>• Percepção do homem como algo fechado em si.</p><p>• Saber inato (dons), onde a escola e a sociedade lhe possibilitarão meios para acessa-</p><p>los.</p><p>Saber: ação de dentro pra fora.</p><p>TEORIA EMPIRISTAS</p><p>• O homem nasce como uma “folha em branco”, “Tábula Rasa”.</p><p>• O conhecimento nasce da relação com o meio através do que experimentamos,</p><p>sentimos através dos sentidos.</p><p>• O meio como grande responsável pelo que a criança aprende.</p><p>• Forte influência determinista.</p><p>• Saber como forma passiva.</p><p>• Escola e professor como ativos nesse desenvolvimento.</p><p>• Enquadram-se aqui:</p><p>1. AMBIENTALISMO</p><p>2. COMPORTAMENTALISMO</p><p>3. BEHAVIORISMO</p><p>Saber: ação de fora para dentro.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>12</p><p>AMBIENTALISMO (século XV ao XIX)</p><p>• No ambientalismo o ser humano é considerado uma folha em branco, que será</p><p>moldada pelos estímulos do ambiente.</p><p>• Deve-se entender que o aluno, fruto de ambientes diferentes, deve ser ensinado por</p><p>e para esse ambiente</p><p>*Papel da escola (professor) entender o contexto, buscar estratégias e submeter o</p><p>aluno a ações empíricas.</p><p>COMPORTAMENTALISMO (Pavlvov; Watson; Skinner.)</p><p>• Não se pode conhecer o interior humano, senão, pelo observação do</p><p>comportamento (ou práticas de externação).</p><p>• A ação humana é uma resposta interna de um estímulo vindo do externo.</p><p>• TEORIA DO ESTÍMULO X RESPOSTA.</p><p>*Papel da escola (professor) é escolher os estímulos certos para obter respostas certas.</p><p>BEHAVIORISMO (Watson, Skinner)</p><p>• Inclui no estudo fenômenos não observáveis, mas passíveis de comprovação.</p><p>• Método de recompensa: premiação das respostas corretas. (reforço positivo)</p><p>*Papel da escola (professor) reforço positivo das respostas certas.</p><p>TEORIAS COGNITIVISTAS</p><p>• Teorias que levam em conta que o aluno não é passivo na aprendizagem, pois,</p><p>diferentemente dos modelos empiristas, deixa de ser visto como o receptáculo dos</p><p>conhecimentos transmitidos pelo professor</p><p>• Leva-se em conta o desenvolvimento biopsicológico, bem como as relações</p><p>culturais e sociais, como fatores influenciadores do saber.</p><p>TEORIA INTERACIONISTA ou CONSTRUTIVISTA</p><p>• Aprendizagem como relação sujeito-objeto.</p><p>• Saber passa ser interpretado de forma ativa/ participativa.</p><p>• Construtivismo (Piaget) encontra-se nessa abordagem.</p><p>TEORIA SÓCIO-INTERACIONISTAS ou SÓCIO-CONSTRUTIVISTAS ou</p><p>CULTURALISTAS</p><p>• Aprendizagem dar-se-á pela relação com o objeto, mas também pelas relações</p><p>sociais do sujeito.</p><p>• Abre-se o leque para entender a construção do saber como relação social, afetiva,</p><p>motora e cognitiva.</p><p>• Vygotsky e Wallon encontram-se nessa abordagem.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>13</p><p>TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS</p><p>TENDÊNCIA LIBERAL:</p><p>- LIBERAL: liberdade individual (política, religiosa, econômica, educacional) para livre</p><p>articulação e associação em detrimento ao ESTADO (Absolutista).</p><p>- CAPITALISMO: sistema social em que o capital está em mãos privadas (empresas ou</p><p>indivíduos) onde esses, contratam força de trabalho em troca de salário.</p><p>LIBERAL TRADICIONAL</p><p>• Papel da Escola: Preparar o intelectual;</p><p>• Papel do aluno: Receptor passivo. Inserido em um mundo que irá conhecer pelo</p><p>repasse de informações;</p><p>• Relação professor-aluno: autoridade e disciplina;</p><p>• Conhecimento: Dedutivo. São apresentados apenas os resultados, para que sejam</p><p>armazenados;</p><p>• Metodologia: aulas expositivas, comparações, exercícios, lições/deveres de casa;</p><p>• Conteúdos: passados como verdades absolutas - separadas das experiências;</p><p>• Avaliação: centrada no produto do trabalho.</p><p>LIBRAL RENOVADA PROGRESSISTA (DIRETIVA OU PRAGMÁTICA)</p><p>• Papel da Escola: Adequar as necessidades individuais ao meio social, explorar o</p><p>interesse do aluno para reforçar suas capacidades sociais de forma PROGRESSISTA.</p><p>• Papel do aluno: Agente do processo educacional, estimulado por situações</p><p>problemas desenvolvidos através de suas práticas cotidianas;</p><p>• Relação professor-aluno: Professor auxilia no desenvolvimento.</p><p>• Conhecimento: aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-</p><p>prendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador.</p><p>• Metodologia: Aprender fazendo; A motivação depende da força de estimulação do</p><p>problema e das disposições internas e interesses do aluno.</p><p>• Teóricos: Dewey, Montessouri, De-crouly, Cousinet.</p><p>LIBRAL PROGRESSISTA NÃO DIRETIVA</p><p>• Papel da Escola: Formação de boas atitudes, escola preocupada com problemas</p><p>psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais.</p><p>• Papel do aluno: educação centrada no aluno; visa desenvolver características</p><p>inerentes a sua natureza (psicológica).</p><p>• Relação professor-aluno: O professor é um especialista em relações humanas, ao</p><p>• garantir um bom clima de relacionamento interpessoal.</p><p>• Conhecimento: Os processos de ensino visam mais facilitar aos estudantes os meios</p><p>• para buscarem por si mesmos os conhecimentos que, no entanto, são dispensáveis.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>14</p><p>• Metodologia: Os métodos usuais são dispensados, prevalecendo quase que</p><p>exclusivamente o esforço do professor em desenvolver um estilo próprio para</p><p>facilitar a aprendizagem dos alunos.</p><p>• Teóricos: Carl Rogers e Alexander Neill.</p><p>MÉTODO LANCASTER OU “LANCASTELIANO”:</p><p>Desenvolvido na França e executado com muita força no Brasil durante o período</p><p>Imperial.</p><p>Cumpria a função de suprir a falta de capital humano para as aulas.</p><p>Utilização de “monitores replicadores”.</p><p>MANIFESTO DOS PIONEIROS:</p><p>Documento escrito por 26 educadores (em 1932), com o título: A reconstrução</p><p>educacional no Brasil: ao povo e ao governo. Buscava instituir uma diretriz única para</p><p>a política de educacional.</p><p>A escola deixaria de ensinar visando o local social do indivíduo e passaria a</p><p>desenvolver o indivíduo em prol da necessidade do coletivo da pátria.</p><p>ESCOLA NOVA (Educação Nova):</p><p>Movimento francês que buscava a modernização, a democratização, a</p><p>industrialização e urbanização da sociedade.</p><p>No Brasil os educadores que apoiavam suas ideias entendiam que a educação</p><p>seria a responsável por inserir as pessoas na ordem social (Modernidade).</p><p>- Anysio Teixeira; Lourenço Filho; Fernando de Azevedo.</p><p>TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA:</p><p>• Papel da Escola: Produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho;</p><p>• Papel do aluno: copiar bem, reproduzir o que foi instruído fielmente;</p><p>• Relação professor-aluno: O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do</p><p>ensino e o aluno é o treinando;</p><p>• Conhecimento: Experiência planejada, o conhecimento é o resultado da</p><p>experiência;</p><p>• Metodologia: Excessivo uso da técnica para atingir objetivos instrucionais,</p><p>aprender-fazendo, cópia, repetição, treino;</p><p>• Conteúdos: Baseado nos princípios científicos, manuais e módulos de</p><p>autoinstrução. Vistos como verdades inquestionáveis;</p><p>• Avaliação: Uso de vários instrumentos de medição mais pouco fundamentada,</p><p>confiança apenas nas informações trazidas nos livros didáticos;</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>15</p><p>TENDÊNCIA PROGRESSISTA:</p><p>O termo "progressista” é usado para designar as tendências que, partindo de uma</p><p>análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades</p><p>sociopolíticas da educação.</p><p>Evidentemente a pedagogia progressista, não tem como institucionalizar-se</p><p>numa sociedade capitalista; daí ser ela um instrumento de movimentos sociais e luta</p><p>ideológica dos professores.</p><p>TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA:</p><p>• Papel da Escola: ênfase no não-formal. É uma escola crítica, que questiona as</p><p>relações do homem no seu meio;</p><p>• Papel do aluno: Refletir sobre sua realidade, sobre a opressão e suas causas,</p><p>resultando daí o engajamento do homem na luta por sua libertação;</p><p>• Relação professor-aluno: Relação horizontal, posicionamento como sujeitos do ato</p><p>de conhecer;</p><p>• Conhecimento: O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas</p><p>condições de seu contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que</p><p>encontra;</p><p>• Metodologia: participativa, busca pela construção do conhecimento;</p><p>• Conteúdos: Temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio aluno;</p><p>• Avaliação: Auto-avaliação ou avaliação mútua.</p><p>• Teórico: Paulo Freire.</p><p>TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA:</p><p>• Papel da Escola: Deve buscar transforma o aluno no sentido libertário e</p><p>autogestionário, como forma de resistência ao Estado e aos seus aparelhos</p><p>ideológicos;</p><p>• Papel do aluno: Refletir sobre sua realidade, sobre a opressão e suas causas,</p><p>resultando daí o engajamento</p><p>do homem na luta por sua libertação;</p><p>• Relação professor-aluno: o professor é o conselheiro, uma espécie de monitor à</p><p>disposição do aluno;</p><p>• Conhecimento: reflexão sobre a cultura e busca de respostas aos desafios que</p><p>encontra</p><p>• Metodologia: Livre-expressão. Contexto cultural. Educação estética;</p><p>• Conteúdos: São colocados para o aluno, mas não são exigidos. São resultantes das</p><p>necessidades do grupo;</p><p>• Avaliação: auto-avaliação, sem caráter punitivo.</p><p>• Exemplo: Escola da Ponte (Portugal) - Zé Pacheco.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>16</p><p>TENDÊNCIA PROGRESSISTA HISTÓRICO-CRÍTICO ou CRÍTICO-SOCIAIS DOS</p><p>CONTEÚDOS</p><p>• Papel da Escola: Parte integrante do todo social. Prepara o aluno para participação</p><p>ativa na sociedade;</p><p>• Papel do aluno: Sujeito no mundo e situado como ser social, ativo;</p><p>• Relação professor-aluno: Professor é o agente competente que direciona o</p><p>processo ensino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e alunos;</p><p>• Conhecimento: construído pela experiência pessoal e subjetiva;</p><p>• Metodologia: Contexto cultural e social;</p><p>• Conteúdos: São culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade social;</p><p>• Avaliação: A experiência só pode ser julgada a partir de critérios internos do</p><p>organismo, os externos podem levar ao desajustamento.</p><p>JEAN PIAGET</p><p>Suíça - 1896-1980</p><p>Biólogo, Psicólogo, Epistemólogo</p><p>TEORIA PSICOGENÉTICA: Também conhecida como Construtivismo.</p><p>• O saber vem da interação entre o SER (aquele que quer conhecer) e o OBJETO</p><p>(aquilo que se quer conhecer).</p><p>• Essa interação dar-se através de uma esquematização constante chamada</p><p>EQUILIBRAÇÃO MAJORITÁRIA.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>17</p><p>Fases desenvolvimento moral:</p><p>Fases Cognitivo:</p><p>LEV SEMIONOVITCH VIGOTSKI</p><p>Vigotski</p><p>Bielo-Rússia</p><p>1896 - 1934</p><p>Psicologia histórico-cultural</p><p>1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) Criança descobrindo suas “FERRAMENTAS</p><p>BIOLÓGICAS”</p><p>2º período: Pré-operatório (3 a 6 anos) Processo de consolidação do simbólico fala e</p><p>do entendimento.</p><p>3º período: Operações concretas (6 a 12 anos) Consolidação da ação mental;</p><p>egocentrismo intelectual e social.</p><p>4º período: Operações formais (12 anos em diante) Amplia as capacidades,</p><p>formulando suas próprias ideias e códigos.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>18</p><p>Características do Cognitivo</p><p>• O saber nasce interação entre os indivíduos e o meio (Sociedade) através do uso dos</p><p>vários mecanismos simbólicos.</p><p>• Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de</p><p>desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o</p><p>sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade</p><p>para aprender, seu conhecimento potencial.</p><p>CURRÍCULO</p><p>DEFINIÇÃO CURRÍCULO:</p><p>Conjunto das atividades organizadas por instituições escolares, entendido também nas</p><p>ações que não estão explicitados e nem sempre são claramente percebidos pela</p><p>comunidade escolar.</p><p>DOCUMENTOS OFICIAIS:</p><p>Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Diretrizes Curriculares Nacionais;</p><p>Parâmetros Curriculares Nacionais; Referênciais Curriculares; Orientações Curriculares;</p><p>BNCC; Propostas Curriculares Estaduais e Municipais.</p><p>POLITICAMENTE:</p><p>O currículo é o instrumento de viabilização do direito à educação.</p><p>PONTO DE PARTIDA DO CURRÍCULO:</p><p>Conhecimento escolar: saber ungido por construção específica para a escola, porém,</p><p>não deve constituir uma simplificação de conhecimentos produzidos fora da escola.</p><p>PROCESSOS ELEMENTARES: Processo de ordem biológica; Reações automáticas;</p><p>associações simples;</p><p>PSICOLÓGICO SUPERIOR: Ação consciente, voluntarismo, atenção, memória,</p><p>intencionalidade;</p><p>SÍNTESE: Todo saber passa a ser algo novo e buscado através da relação entre os</p><p>elementos</p><p>Plasticidade: Condição cerebral de condicionar-se de forma diferente de acordo</p><p>com o espaço-tempo-sociedade ao qual está ligado.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>19</p><p>CONHECIMENTO ESCOLAR?</p><p>Saberes e as práticas socialmente construídos através do diálogo e a reflexão dos</p><p>seguintes atores:</p><p>• Instituições produtoras do conhecimento científico (universidades e centros de</p><p>pesquisa)</p><p>• Mundo do trabalho;</p><p>• Desenvolvimentos tecnológicos;</p><p>• Atividades desportivas e corporais;</p><p>• Produção artística;</p><p>• Campo da saúde;</p><p>• Formas diversas de exercício da cidadania;</p><p>• Movimentos sociais</p><p>TEORIAS CONCEITUAIS DO CURRÍCULO:</p><p>TEORIA TRADICIONAL:</p><p>ESCOLA: realizar a preparação moral e intelectual dos indivíduos para assumirem seu</p><p>lugar na sociedade de trabalho (e de consumo). Preocupação com aprendizagem,</p><p>notas, mensuração.</p><p>CONTEÚDO: conhecimentos verdadeiros acumulados pela sociedade.</p><p>AVALIAÇÃO: aspectos quantitativos, memorização, produtividade.</p><p>PROFESSOR: centro do saber, relação autoritária, técnica e disciplina.</p><p>ALUNO: tábula rasa, passivo</p><p>TEORIA CRÍTICA:</p><p>ESCOLA: Espaço socializador dos conhecimentos e saberes universais; local de</p><p>articulação entre o ato político e o ato pedagógico</p><p>CONTEÚDO: conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade</p><p>frente à realidade social</p><p>TEORIA CRÍTICA</p><p>TEORIA PÓS-TRADICIONAL</p><p>TEORIA TRADICIONAL</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>20</p><p>AVALIAÇÃO: meio de obter informações sobre o desenvolvimento da prática</p><p>pedagógica, para a reformulação /intervenção dessa prática e dos processos de</p><p>aprendizagem</p><p>PROFESSOR-ALUNO: relação interativa, ambos são sujeitos ativos na caminhada da</p><p>aprendizagem. Aluno é participante ativo.</p><p>TEORIA PÓS-CRÍTICA:</p><p>Desconstrução dos binarismos que constituem o conhecimento</p><p>Macho / fêmea;</p><p>Branco / negro;</p><p>Científico / não científico</p><p>Discussão das atuais e rígidas separações curriculares entre as diversas áreas do</p><p>conhecimento</p><p>TIPOS DE CURRÍCULO:</p><p>FORMAL OU PRESCRITIVO: constitui-se em documentos que orientam o</p><p>desenvolvimento da educação em determinado ambiente, porém não a determina, por</p><p>exemplo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s), Projeto Político Pedagógico</p><p>(PPP), entre outros.</p><p>REAL: forma como se concretiza no dia a dia o currículo prescrito. Por mais</p><p>pormenorizado que seja, o currículo prescrito não consegue “programar”</p><p>completamente tudo o que será realizado em sala de aula.</p><p>OCULTO: Conjunto de aprendizagens, que são obtidas no domínio do não-dito,</p><p>constituem-se nos conteúdos do currículo oculto ou escondido.</p><p>AVALIADO: evidencia as relações entre currículo e a avaliação, pois trata do currículo</p><p>formulado para atender as expectativas das avaliações (internas ou externas).</p><p>PRESCRITIVO</p><p>REAL</p><p>OCULTO</p><p>AVALIADO</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>21</p><p>MULTIDISCIPLINARIDADE: Situação curricular mais comum. Disciplinas não dialogam</p><p>e os resultados são imediatos e estanques, sem a preocupação da contextualização.</p><p>INTERDISCIPLINARIDADE (Pedagogia de projetos): Busca resultado através da</p><p>combinação de várias disciplinas; Temporariamente um mesmo objeto é definido</p><p>como foco e as disciplinas cooperam, mantendo suas metodologias.</p><p>TRANSVERSALIDADE: Integração curricular com a quebra do conceito de</p><p>disciplinaridade. O saber é construído através da relação de vários saberes sem</p><p>hierarquizações. Currículo visto em ÁREAS DO CONHECIMENTO e não mais em</p><p>COMPONENTES CURRICULARES. Ex.: BNCC</p><p>PARÂMETROS CURRICULARES</p><p>Definição:</p><p>- São pontos elaboradas pelo Governo Federal para a orientação dos educadores por</p><p>meio da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina.</p><p>Objetivos:</p><p>- Ajudar o professor a criar os caminhos para atingir o objetivo de levar ao estudante</p><p>conhecimentos capazes de torná-lo uma pessoa crítica, versátil e hábil para continuar</p><p>aprendendo</p><p>e se adaptando às constantes exigências do mundo globalizado.</p><p>PARÂMETROS CURRICULARES</p><p>Pressupostos dos PCNs :</p><p>- Visão orgânica do conhecimento, afinada com as mutações surpreendentes que o</p><p>acesso à informação está causando no modo de abordar, analisar, explicar e prever a</p><p>realidade, que cada vez mais entremeia o texto dos discursos, das falas e das</p><p>construções conceituais.</p><p>- Disposição para perseguir essa visão, organizando e tratando os conteúdos do ensino</p><p>e as situações de aprendizagem, de modo a destacar as múltiplas interações entre as</p><p>disciplinas do currículo;</p><p>- Abertura e sensibilidade para identificar as relações que existem entre os conteúdos</p><p>do ensino e as situações de aprendizagem com os muitos contextos de vida social e</p><p>pessoal, de modo a estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do</p><p>conhecimento e a desenvolver a capacidade de relacionar o aprendido com o</p><p>observado, a teoria com suas consequências e aplicações práticas;</p><p>- Reconhecimento das linguagens como formas de constituição dos conhecimentos e</p><p>das identidades; reconhecimento e aceitação de que o conhecimento é uma</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>22</p><p>construção coletiva e que a aprendizagem mobiliza afetos, emoções e relações com</p><p>seus pares, além das cognições e habilidades intelectuais.</p><p>PCN's e os temas transversais: SEIS ÁREAS</p><p>1. Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo:</p><p>Matriz da sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente</p><p>Transmissíveis) ,</p><p>2. Meio Ambiente (Os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e</p><p>conservação ambiental)</p><p>3. Saúde (autocuidado, vida coletiva)</p><p>4. Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil,</p><p>constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser Humano como agente social e</p><p>produtor de cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania)</p><p>5. Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente e</p><p>Saúde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas; Direitos</p><p>Humanos, Cidadania).</p><p>6. Temas Locais (Conhecimento vinculado a realidade social, buscando a construção</p><p>de um saber significativo).</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular</p><p>Documento normativo (força de lei) que versa sobre o conjunto de</p><p>aprendizagens essenciais para as etapas da Educação Básica.</p><p>O documento, em sua terceira e definitiva versão para Educação Infantil e Ensino</p><p>Fundamental foi homologado em dezembro de 2017, sendo o homologado em</p><p>dezembro de 2018 o material pertinente ao Ensino Médio.</p><p>A BNCC, traz uma perspectiva de educação centrada no ensino por</p><p>COMPETENCIAS E HABILIDADES, bem como o desenvolvimento INTEGRAL do aluno</p><p>(COGNITIVO, FÍSICO, EMOCIONAL E CULTURAL).</p><p>Comparando DCNs e PCNs:</p><p>1. PCNs são diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não</p><p>obrigatórias por lei.</p><p>2. PCNs visam subsidiar e orientar a elaboração ou revisão curricular; a formação inicial</p><p>e continuada dos professores; as discussões pedagógicas internas às escolas; a</p><p>produção de livros e outros materiais didáticos e a avaliação do sistema de</p><p>Educação.</p><p>3. DCNs são normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo</p><p>orientar o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, norteando</p><p>seus currículos e conteúdos mínimos.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>23</p><p>DIRETRIZES CURRICULARES</p><p>Definição:</p><p>São normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento</p><p>curricular das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas</p><p>pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).</p><p>Histórico:</p><p>Fruto da LDB 9394/96 que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em</p><p>colaboração com os estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes</p><p>para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os</p><p>currículos e os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica</p><p>comum".</p><p>Objetivos:</p><p>As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garantindo que</p><p>conteúdos básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar de levar em</p><p>consideração os diversos contextos nos quais eles estão inseridos.</p><p>Visam a preservação da autonomia escolar e da proposta pedagógica, incentivando as</p><p>instituições a montar seu currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os</p><p>conteúdos que lhe convêm para a formação daquelas competências explícitas nas</p><p>DCNs.</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular</p><p>Dentro do desenho curricular nacional, a BNCC, diz respeito a 75% da carga horária, da</p><p>etapa;</p><p>Sendo complementada pela Base Diversificada em 25%.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>24</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>25</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio</p><p>Ens. Religioso</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>26</p><p>BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio</p><p>FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>27</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>28</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>29</p><p>DIDÁTICA</p><p>DEFINIÇÃO:</p><p>PEDAGOGIA: A ciência que investiga a teoria e a prática da educação dos seus vínculos</p><p>com a prática social e global é a Pedagogia.</p><p>EDUCAÇÃO: Ato ou efeito do educar (-se). Processo de desenvolvimento da capacidade</p><p>física, intelectual e moral do ser humano.</p><p>DIDÁTICA</p><p>1. A didática é um ramo da ciência pedagógica. Por esta razão a didática está voltada,</p><p>intencionalmente, para a formação do aluno em função de finalidades educativas.</p><p>2. A didática tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem,</p><p>especificamente os nexos e relações entre o ato de ensinar e o ato de aprender.</p><p>3. A didática aborda o ensino como atividade de mediação para promover o encontro</p><p>formativo, educativo, entre o aluno e a matéria de ensino, explicitando o vínculo</p><p>entre teoria do ensino e teoria do conhecimento</p><p>DIDÁTICA COMO DEFINIÇÃO EM LIBÂNEO:</p><p>• A Didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no</p><p>qual os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam</p><p>entre si de modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma</p><p>aprendizagem significativa.</p><p>• A Didática, portanto, trata dos objetivos, condições e meios de realização do</p><p>processo de ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio-políticos.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>30</p><p>• A Didática cuida dos objetivos, condições e modos de realização do processo de</p><p>ensino.</p><p>SEGUNDO LIBÂNEO É PAPEL DO PROFESSOR:</p><p>• Planejar</p><p>• Selecionar</p><p>• Organizar conteúdos</p><p>• Programar atividades</p><p>• Criar condições de estudo dentro da sala de aula</p><p>• Incentivar os alunos</p><p>SEGUNDO A LDB (9394/96) Artigo 13.</p><p>I. participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;</p><p>II. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do</p><p>estabelecimento de ensino;</p><p>III. zelar pela aprendizagem dos alunos;</p><p>IV. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;</p><p>V. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar</p><p>integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao</p><p>desenvolvimento profissional;</p><p>VI. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a</p><p>comunidade.</p><p>A natureza do trabalho docente é a mediação da relação cognoscitiva entre o</p><p>aluno e</p><p>os conteúdos das disciplinas escolares.</p><p>Ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo.</p><p>Aprendizagem</p><p>Ensino</p><p>Atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os</p><p>alunos se tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>31</p><p>Três funções inseparáveis:</p><p>• Organizar os conteúdos;</p><p>• Orientar os alunos;</p><p>• Dirigir e controlar a atividade docente para os objetivos da aprendizagem.</p><p>Ensino-aprendizagem: unidade</p><p>• O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem;</p><p>• A unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando:</p><p> O ensino se caracteriza pela memorização;</p><p> Professor com postura de ‘detentor’ de todo conhecimento;</p><p> Alunos são deixados sozinhos com o pretexto de que o professor somente deve</p><p>facilitar a aprendizagem e não ensinar.</p><p>Objetivos do trabalho docente</p><p>• Assegurar aos alunos o domínio dos conteúdos;</p><p>• Criar condições e os meios para que os alunos dominem métodos de estudos e</p><p>trabalho intelectual visando sua autonomia;</p><p>• Orientar as tarefas de ensino para objetivos educativos de formação.</p><p>Estrutura do trabalho docente</p><p>• Sequência de atos sucessivos e inter-relacionados para atingir os objetivos.</p><p>• O trabalho docente é uma atividade intencional, planejada conscientemente</p><p>visando atingir os objetivos previamente estabelecidos. Por isso precisa ser</p><p>estruturado e ordenado.</p><p>Princípio Básico do Ensino</p><p>• Ter caráter científico e sistemático;</p><p>• Ser compreensível e possível de ser assimilado;</p><p>• Assegurar a relação conhecimento-prática;</p><p>• Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem;</p><p>• Garantir a solidez dos conhecimentos;</p><p>• Levar à vinculação trabalho coletivo–particularidades individuais.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>32</p><p>PENSADORES MODERNOS</p><p>David Paul Ausubel</p><p>APRENDIZAGEM MECÂNICA:</p><p>Aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma relação com</p><p>conceitos relevantes na estrutura cognitiva do aluno. Não há relação entre a nova</p><p>informação com aquela já armazenada.</p><p>APRENDIZAGEM SIGNIFICANTE :</p><p>Interação entre o conhecimento prévio e os novos conhecimentos, sendo essa</p><p>interação não-literal e não-arbitrária.</p><p>Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significados para o sujeito e</p><p>os velhos conhecimentos são ressignificados de forma ainda mais forte.</p><p>Ideia central</p><p>“Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio, diria o seguinte:</p><p>o fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz</p><p>já sabe. Determine isso e ensine-o de acordo.”</p><p>Estrutura cognitiva no contexto escolar :</p><p>É o conteúdo total e organizado de ideias de um da do indivíduo; ou, no contexto da</p><p>aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas ideias</p><p>naquela área particular de conhecimento. São enfatizadas a aquisição,</p><p>armazenamento e organização das ideias no cérebro do indivíduo.</p><p>Não literal (ou substantiva)</p><p>uma vez aprendido determinado conteúdo destaforma, o indivíduo conseguirá</p><p>explicá-lo com as suas próprias palavras. Assim, um mesmo conceito pode ser expresso</p><p>em linguagem sinônima e transmitir o mesmo significado.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>33</p><p>Não-arbitrária</p><p>Existe uma relação lógica e explícita entre a nova ideia e algumas outras já</p><p>existentes na estrutura cognitiva do indivíduo.</p><p>Paulo Freire</p><p>Na obra Pedagogia do Oprimido, afirma que a educação é sexista, racista e favorece os</p><p>poderosos.</p><p>MÉTODO DE IMERSÃO NA VIDA DO ALUNO</p><p>Método de ensino baseado na aprendizagem de palavras que são conhecidas</p><p>pelo aluno, sendo divididas em sílabas que podem ser recombinadas, originando a</p><p>escrita de outras palavras.</p><p>A Educação é libertadora desde que o seu sujeito seja o povo oprimido, sendo a</p><p>finalidade da educação a libertação do povo.</p><p>A Educação é uma acção política.</p><p>Paulo Freire recusa o capitalismo liberal.</p><p>PROFESSOR:</p><p>Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo - portanto, ele</p><p>não pode renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o</p><p>profissional de educação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não</p><p>como verdade absoluta.</p><p>CULTURA</p><p>Ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem</p><p>sozinhas.</p><p>"Os homens se educam entre si mediados pelo mundo”.</p><p>Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado</p><p>ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do</p><p>professor.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>34</p><p>ALUNO:</p><p>A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização</p><p>preconizado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização,</p><p>formulado inicialmente para o ensino de adultos.</p><p>COLETIVIDADE</p><p>Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é</p><p>necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a</p><p>possibilidade de se expressar.</p><p>Uma das grandes inovações da pedagogia freiriana é considerar que o sujeito da</p><p>criação cultural não é individual, mas coletivo.</p><p>MÉTODO:</p><p>Propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos</p><p>alunos – as chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns</p><p>e significativas para os integrantes da comunidade em que se atua.</p><p>Jacques Delors</p><p>Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro</p><p>aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do</p><p>conhecimento:</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>35</p><p>Philippe Perrenoud.</p><p>Competência:</p><p>“competência é a faculdade de MOBILIZAÇÃO de um conjunto de recursos cognitivos</p><p>como saberes, habilidades e informações para solucionar com pertinência e</p><p>eficácia uma série de situações”. (Perrenoud)</p><p>CONHECIMENTOS (saberes)</p><p>HABILIDADES (saber-fazer relacionado à prática do trabalho mental)</p><p>ATITUDES (saber- ser, aspectos éticos, cooperação, solidariedade, participação)</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>36</p><p>Habilidades:</p><p>Associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade</p><p>adquirida.</p><p>Exemplos:</p><p>• identificar variáveis</p><p>• compreender fenômenos</p><p>• relacionar informações</p><p>• analisar situações- problema</p><p>• sintetizar</p><p>• julgar</p><p>• correlacionar</p><p>Jerome Bruner.</p><p>A espiral do aprendizado é uma estratégia pedagógica que propõe que um</p><p>assunto seja revisitado pelo estudante ao longo da sua vida escolar, trabalhando com</p><p>diferentes níveis de complexidade e, consequentemente, estimulando o</p><p>aprofundamento dos conhecimentos.</p><p>É sempre possível apresentar os conteúdos aos alunos, desde que de forma</p><p>adequada às suas representações, retomando-os mais tarde, a níveis de representação</p><p>mais elaborados a aprendizagem, para cada aluno, pode e deve retomar-se sempre no</p><p>ponto em que este se encontre.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>37</p><p>PLANEJAMENTO EDUCACIONAL</p><p>PLANEJAMENTO:</p><p>O planejamento é um processo de sistematização e organização das ações do</p><p>professor. É um instrumento da racionalização do trabalho pedagógico que articula a</p><p>atividade escolar com os conteúdos do contexto social. (LIBÂNEO, 1991).</p><p>Planejamento é processo de reflexão, de tomada de decisão [...] enquanto processo, ele</p><p>é permanente (VASCONCELOS, 1995).</p><p>O planejamento da educação é composto por diferentes níveis de organização.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>38</p><p>Planejamento do sistema educacional: acontece em nível macro, refere-se ao</p><p>planejamento de todo o sistema educacional do país e diz respeito aos</p><p>direcionamentos</p><p>da política educacional e a melhor forma de alcançá-las. Reflete a</p><p>visão que se tem de mundo, de homem, exigindo, portanto, um compromisso com a</p><p>construção da sociedade e deve atender tanto às necessidades de desenvolvimento do</p><p>país quanto às do indivíduo (corresponde ao planejamento que é feito em nível</p><p>nacional, estadual ou municipal).</p><p>Planejar a educação no âmbito de sistemas e redes de ensino implica a tomada de</p><p>decisões, bem como a implementação de ações que compõem a esfera da política</p><p>educacional propriamente dita.</p><p>Constitui, então, uma forma específica de intervenção dos entes federados (União,</p><p>Estados, municípios e o Distrito Federal) com a finalidade de levar o sistema</p><p>educacional a cumprir funções que lhe são atribuídas enquanto instrumento deste</p><p>mesmo ente.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>39</p><p>Planejamento Escolar: realizado no âmbito da unidade escolar, caracteriza-se como o</p><p>ato de organizar as atividades de ensino e de aprendizagem, determinada por uma</p><p>intencionalidade educativa, envolvendo objetivos, valores, atitudes, conteúdos e o</p><p>modo de agir dos educadores.</p><p>É um modo de dimensionar política, científica e tecnicamente a atividade escolar,</p><p>portanto, deve ser resultado das discussões e contribuições do coletivo da escola, além</p><p>de constituir uma atividade permanente de reflexão e ação. Ou seja, deve ser</p><p>materializada pelo Projeto Político Pedagógico.</p><p>Ocorre em nível micro, voltado mais especificamente às atividades a serem</p><p>desenvolvidas pelos professores e alunos no cotidiano escolar, dentro do recorte maior</p><p>do ano escolar, tendo em vista a aquisição do conhecimento. Deve partir da realidade</p><p>concreta, tanto dos sujeitos quanto do objeto do conhecimento e do contexto em que</p><p>se dá a ação pedagógica. O planejamento de ensino precisa estar em sintonia com o</p><p>planejamento global do ensino, explicitado em seu Projeto Político Pedagógico</p><p>(LIBÂNEO, 2003).</p><p>Como se trata da organização do trabalho pedagógico propriamente dito, implica</p><p>definir os objetivos considerando a elaboração e a produção do conhecimento; prever</p><p>conteúdos que devem estar intimamente relacionados à experiência de vida dos</p><p>alunos, não como mera aplicabilidade dos conteúdos no cotidiano, mas como</p><p>possibilidade de conduzir a uma apropriação significativa desse conteúdo; selecionar</p><p>procedimentos metodológicos identificando qual a melhor forma de desenvolver as</p><p>atividades tendo em vista a aprendizagem dos alunos; por último, estabelecer critérios</p><p>e procedimentos de avaliação.</p><p>PARA UM BOM PLANEJAMENTO:</p><p>DIMENSÃO POLÍTICA: a ação de planejar é carregada de intencionalidades, por isso, o</p><p>planejamento deve ser uma ação pedagógica comprometida e consciente.</p><p>DIMENSÃO TÉCNICA: o saber técnico é aquele que permite viabilizar a execução do</p><p>ensino, é o saber fazer a atividade profissional.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>40</p><p>ETAPAS DO PLANEJAMENTO:</p><p>DIAGNÓSTICO: Deve ser o mais sincero, prático e real para desencadear um panorama</p><p>aproximado: do meio social, da escola e dos alunos.</p><p>SISTEMATIZAÇÃO DIDÁTICA: O que quero ensinar (Objetivo); Como vou ensinar</p><p>(metodologia e recursos); em quanto tempo (recorte de aula).</p><p>AVALIAÇÃO: Que deve ser entendida como um “meio” e não como fim.</p><p>ETAPAS DO PLANEJAMENTO:</p><p>DIAGNÓSTICO: Deve ser o mais sincero, prático e real para desencadear um panorama</p><p>aproximado: do meio social, da escola e dos alunos.</p><p>SISTEMATIZAÇÃO DIDÁTICA: O que quero ensinar (Objetivo); Como vou ensinar</p><p>(metodologia e recursos); em quanto tempo (recorte de aula).</p><p>AVALIAÇÃO: Que deve ser entendida como um “meio” e não como fim.</p><p>METODOLOGIA(S):</p><p>Entende-se por método, a articulação de uma teoria de compreensão e interpretação</p><p>da realidade com uma prática específica.</p><p>Ex. Aula expositiva dialogada:</p><p>Lembre-se: Evite o tradicional; Evite o improviso; Toda aula deve ter: introdução;</p><p>desenvolvimento; conclusão (mesmo em apenas 50 minutos).</p><p>METODOLOGIA(S): Sala de aula reversa (Harvard; British Columbia).</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>41</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>Avaliar é um ato de decisão e julgamento que deve ser crítico e consciente, tanto</p><p>do professor quando avalia, como do aluno quando realiza sua autoavaliação.</p><p>Assim como a metodologia, a escolha pelos instrumentos de avaliação depende</p><p>da concepção de ensino que o professor carrega no seu referencial. (Hoffmann, 2005)</p><p>AVALIAÇÕES:</p><p>Internas: A Avaliação Interna praticada pelo Professor em sala de aula com o intuito de</p><p>verificar a aprendizagem dos seus alunos, podendo, por este motivo, ser muitas vezes</p><p>definida como Avaliação da Aprendizagem. Vale salientar que esta concorre também</p><p>para a definição dos tempos pedagógicos necessários para organizar os conteúdos a</p><p>serem trabalhados em cada etapa de ensino, sendo seus resultados utilizados como</p><p>uma forma de promoção do estudante.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>42</p><p>Externas: As avaliações externas permitem o diagnóstico, o monitoramento do sistema</p><p>educacional, e também, podem subsidiar o trabalho dos profissionais da educação,</p><p>tornando-se mais uma ferramenta para o acompanhamento e melhoria do processo</p><p>ensino-aprendizagem, uma vez que são aplicadas de modo a mensurar o</p><p>conhecimento dos alunos, estabelecendo uma comparação entre o desempenho</p><p>esperado e o apresentado, por esse motivo, denominada também de Avaliação de</p><p>Desempenho.</p><p>LDB sobre Avaliação:</p><p>Art. 24, V</p><p>a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos</p><p>aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre</p><p>os de eventuais provas finais;</p><p>Tipos de Avaliação conforme o foco:</p><p>A avaliação institucional é vista como instrumento de melhoria e de qualidade</p><p>para a política pública. Ela busca uma compreensão global das instituições e redes</p><p>escolares. Essa avaliação tem como objetivo compreender e avaliar todos os processo</p><p>produzidos por essas instituições, intervindo criticamente para melhorar o</p><p>atendimento.</p><p>Índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB (SAEB + CENSO ESCOLAR)</p><p>A avaliação da aprendizagem deve fornecer informações precisas sobre o</p><p>processo pedagógico, permitindo aos docentes definir mudanças ou alterações no</p><p>projeto educativo, a fim de garantir que a educação ocorra de forma justa, igualitária e</p><p>democrática. Portanto, a ferramenta deve verificar o que foi transmitido e se os objetivos</p><p>propostos pelo currículo foram devidamente conduzidos e atingidos.</p><p>Ela pode ser de pequena escala ou larga escala:</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>43</p><p>Também conhecida como avaliação EXTERNA, é toda e qualquer avaliação</p><p>concebida e formulada por profissionais que não fazem parte do cotidiano da</p><p>instituição escolar em que se dá a avaliação.</p><p>Para ser considerada de larga escala, a avaliação deve, além disso, ser desenhada</p><p>para aplicação a uma grande quantidade de sujeitos – que extrapola o contingente de</p><p>alunos de uma turma ou mesmo de uma escola.</p><p>Dizemos ainda que uma avaliação é padronizada quando ela obedece a padrões</p><p>que, geralmente, dizem respeito a três aspectos: objeto da avaliação, características dos</p><p>instrumentos e expressão dos resultados.</p><p>Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB</p><p>Aneb (SAEB)</p><p>Anresc (PROVA BRASIL) Desde 2018 identificadas apenas como SAEB</p><p>ANA (PROVINHA BRASIL)</p><p>EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – ENEM</p><p>EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO ESTUDANTIL – ENADE</p><p>EXAME NACIONAL DE CERTIFICAÇÃO DE COMPETENCIA DE JOVENS E ADULTOS –</p><p>ENCCEJA</p><p>Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE.</p><p>Caracteriza-se como avaliação externa em larga escala que avalia as</p><p>competências e habilidades dos alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, em</p><p>Língua Portuguesa</p><p>e Matemática. As informações coletadas a cada avaliação</p><p>identificam o nível de proficiência e a evolução do desempenho dos alunos.</p><p>Avaliação da Alfabetização – SPAECE-Alfa (2º ano);</p><p>Avaliação do Ensino Fundamental (5º e 9º anos);</p><p>Avaliação do Ensino Médio (3a séries).</p><p>PISA</p><p>O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), oferece</p><p>informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em</p><p>que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos</p><p>países, vinculando dados sobre seus backgrounds e suas atitudes em relação à</p><p>aprendizagem, e também aos principais fatores que moldam sua aprendizagem,</p><p>dentro e fora da escola.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>44</p><p>O Pisa avalia três domínios – leitura, matemática e ciências – em todas as edições</p><p>ou ciclos.</p><p>Também conhecida como INTERNA, é praticada pelo Professor em sala de aula</p><p>com o intuito de verificar a aprendizagem dos seus alunos, podendo, por este motivo,</p><p>ser muitas vezes definida como Avaliação da Aprendizagem. Vale salientar que esta</p><p>concorre também para a definição dos tempos pedagógicos necessários para organizar</p><p>os conteúdos a serem trabalhados em cada etapa de ensino, sendo seus resultados</p><p>utilizados como uma forma de promoção do estudante.</p><p>Tipos de Avaliação Intenção e momento:</p><p>Tipos de Avaliação Intenção e momento:</p><p>A avaliação diagnóstica OU INICIAL, é uma ferramenta que traz informações</p><p>sobre o quanto os alunos dominam determinados conhecimentos e habilidades, com</p><p>o objetivo de verificar o que o aluno já sabe e suas necessidades.</p><p>Após feita, é possível ter um panorama sobre as necessidades dos alunos, e a</p><p>partir disso, estabelecer estratégias pedagógicas adequadas e trabalhar para</p><p>desenvolvê-los.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>45</p><p>Também conhecida como PROCESSUAL OU DE CONTROLE, tem objetivo de</p><p>acompanhar a evolução da aquisição de conhecimento do aluno, ao mesmo tempo em</p><p>que fornece subsídios para o professor compreender o quão eficiente está sendo seu</p><p>processo de ensino. Permite a coleta de evidências, pelo aluno e pelo professor, da</p><p>eficiência do ensino-aprendizagem para a correção rápida da rota. O conceito será mais</p><p>amplamente explorado a seguir, inclusive com exemplos.</p><p>Para Jussara Hoffmann a avaliação mediadora significa prestar atenção no aluno,</p><p>conhecer suas dificuldades, reconhecer seus pontos fortes e os que precisam ser</p><p>melhorados, para a educadora cada aluno é único. Segundo ela deve-se guiar o aluno</p><p>procurando desafiar e leva-lo a conquistar autonomia moral e intelectual.</p><p>Também conhecida como FINAL OU CLASSIFICATÓRIA, é realizada comumente</p><p>no fechamento de um ciclo de aprendizado, seja ele anual, semestral, trimestral, etc.</p><p>Serve para quantificar e categorizar os resultados, por isso, as instituições de</p><p>ensino estabelecem critérios como conceitos ou notas médias a serem atingidos pelos</p><p>alunos.</p><p>A atribuição desses conceitos deve levar em consideração os componentes</p><p>curriculares que serão ensinados na escola, sendo estes definidos a partir da matriz</p><p>curricular do Regimento e do Projeto Político Pedagógico (PPP).</p><p>Desta forma, ao final de um ciclo ou de um processo, a instituição poderá analisar</p><p>o desempenho de cada aluno verificando se os objetivos de aprendizagem foram</p><p>atingidos, mas também poderá analisar o desempenho de turmas e séries específicas.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>46</p><p>GESTÃO ESCOLAR</p><p>LEGISLAÇÃO...</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>47</p><p>Art. 206: o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:</p><p>VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei.</p><p>LEI DE DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, 9.394, 20 DE DEZEMBRO DE 1996:</p><p>Art. 3º: o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:</p><p>VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos</p><p>sistemas de ensino.</p><p>Art. 14: os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática:</p><p>I – participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica;</p><p>II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou</p><p>equivalente.</p><p>Art. 15: os sistemas de ensino assegurarão às escolas progressivos graus de autonomia</p><p>pedagógica, administrativa e de gestão financeira.</p><p>PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, LEI 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014.</p><p>META 19</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>48</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>49</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>50</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>51</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>52</p><p>CONTRIBUIÇÕES DE HENRI-WALLON</p><p>Integração organismo-meio</p><p>Para Wallon, o desenvolvimento da pessoa se faz a partir da interação do</p><p>potencial genético, típico da espécie, e uma grande variedade de fatores ambientais. O</p><p>foco de sua teoria é a interação da criança com o meio, uma relação complementar</p><p>entre os fatores orgânicos e socioculturais</p><p>A realização do potencial herdado geneticamente por um indivíduo vai depender</p><p>das condições do meio, que podem modificar as manifestações das determinações</p><p>genotípicas</p><p>“A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino</p><p>posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias de</p><p>sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal (...). Os meios</p><p>em que vive a criança e aqueles com que ela sonha constituem a “forma” que amolda</p><p>sua pessoa. Não se trata de uma marca aceita passivamente”.</p><p>(Wallon, 1975)</p><p>Integração afetiva-cognitiva-motora</p><p>“Os domínios funcionais entre os quais se dividirão o estudo das etapas que a criança</p><p>percorre serão (...) os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa”.</p><p>(Wallon, 1995, p. 135)</p><p>Domínios Funcionais</p><p>• O conjunto AFETIVO oferece as funções responsáveis pelas emoções, pelos</p><p>sentimentos e pela paixão</p><p>• O conjunto ATO MOTOR oferece a possibilidade de deslocamento do corpo no</p><p>tempo e no espaço, as reações posturais que garantem o equilíbrio corporal, bem</p><p>como o apoio tônico para as emoções e os sentimentos se expressarem</p><p>• O conjunto COGNITIVO oferece funções que permitem a aquisição e a manutenção</p><p>do conhecimento por meio de imagens, noções, ideias e representações. É ele que</p><p>permite registrar, fixar e analisar o presente e projetar futuros possível e imagináveis</p><p>Definição de PESSOA:</p><p>CONJUNTO FUNCIONAL QUE EXPRESSA A INTEGRAÇÃO EM TODAS AS SUAS</p><p>INÚMERAS POSSIBILIDADES</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>53</p><p>ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO</p><p>Wallon admite, a existência de três leis que regulam o processo de</p><p>desenvolvimento da criança em direção ao adulto:</p><p>• a lei da alternância funcional</p><p>• a lei da preponderância funcional</p><p>• lei da integração funcional</p><p>Lei da alternância funcional</p><p>Indica duas direções opostas que se alternam ao longo do desenvolvimento: uma</p><p>centrípeta, voltada para a construção do eu; e a outra centrífuga, voltada para a</p><p>elaboração da realidade externa e do universo que a rodeia.</p><p>Essas duas direções se manifestam alternadamente, constituindo o ciclo da</p><p>atividade funcional.</p><p>Lei da sucessão da preponderância funcional</p><p>As três dimensões ou subconjuntos preponderam, alternadamente, ao longo do</p><p>desenvolvimento do homem: motora, afetiva e cognitiva.</p><p>A função motora predomina nos primeiros meses de vida da criança, enquanto</p><p>as funções afetivas e cognitivas se alternam ao longo de todo o desenvolvimento, ora</p><p>visando</p><p>a formação do eu (predominância afetiva), ora visando o conhecimento do</p><p>mundo exterior (predominância cognitiva).</p><p>Lei da diferenciação e integração funcional</p><p>Diz respeito às novas possibilidades que não se suprimem ou se sobrepõem às</p><p>conquistas dos estágios anteriores, mas, pelo contrário, integram-se a elas no estágio</p><p>subsequente.</p><p>Desenvolvimento da pessoa completa</p><p>SINCRETISMO DIFERENCIAÇÃO</p><p>Movimentos, sentimentos e ideias são a princípio vividos de uma maneira</p><p>global, até mesmo confusa, quando a pessoa não tem clareza da situação. Aos poucos,</p><p>tornam-se mais claros e adequados às necessidades que a situação apresenta.</p><p>Desenvolver-se é ser capaz de responder com reações cada vez mais específicas a</p><p>situações cada vez mais variadas (Mahoney, 2000 p.14).</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>54</p><p>“O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses aspectos tenha</p><p>identidade estrutural e funcional diferenciada, estão tão integrados que cada um é</p><p>parte constitutiva dos outros. Sua separação se faz necessária apenas para a descrição</p><p>do processo. Uma das consequências dessa interpretação é de que qualquer atividade</p><p>humana sempre interfere em todos eles. Qualquer atividade motora tem ressonâncias</p><p>afetivas e cognitivas; toda disposição afetiva tem ressonâncias motoras e cognitivas;</p><p>toda operação mental tem ressonâncias afetivas e motoras. E todas essas ressonâncias</p><p>têm um impacto no quarto conjunto: a pessoa”.</p><p>(Mahoney, 2000)</p><p>ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO</p><p>PRIMEIRA ETAPA: Estágio Impulsivo-emocional (nascimento até o primeiro ano de</p><p>vida)</p><p>• Predominantemente motora e voltada ao meio: os atos da criança têm o</p><p>objetivo de chamar a atenção do adulto por meio de gestos, gritos e expressões,</p><p>para que ele satisfaça as suas necessidades e garanta assim a sua sobrevivência.</p><p>• Nesse estágio a criança não possui coordenação motora muito bem</p><p>desenvolvida, os movimentos são bem desorientados. Entretanto, logo o</p><p>ambiente facilita para que a mesma desenvolva suas habilidades funcionais,</p><p>passando da desordem gestual às emoções diferenciadas.</p><p>SEGUNDA ETAPA: Estágio sensório-motor e projetivo (um ano até aproximadamente</p><p>três anos)</p><p>• É uma fase onde a inteligência e o mundo externo prevalecem nos fenômenos</p><p>cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente dividida entre</p><p>inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e</p><p>inteligência discursiva, adquirida pela imitação e apropriação da linguagem. Os</p><p>pensamentos, nesse estágio, muito comumente se projetam em atos motores.</p><p>• A criança aprende a conhecer os outros como pessoas em oposição à sua própria</p><p>existência.</p><p>TERCEIRA ETAPA: Estágio do Personalismo (três aos seis anos de idade,</p><p>aproximadamente)</p><p>• Predominância do conjunto afetivo</p><p>• O estágio do personalismo é marcado pela formação dos aspectos pessoais da</p><p>criança, ou seja, da sua personalidade e da autoconsciência. A criança tende a</p><p>apresentar a “crise negativista”: a criança acaba por se opor sistematicamente ao</p><p>adulto.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>55</p><p>• Nessa idade, a criança costuma ingressar na escola maternal, inserindo-se numa</p><p>comunidade de crianças semelhantes a ela, onde as relações serão diferentes das</p><p>relações familiares.</p><p>QUARTA ETAPA: Estágio Categorial (seis aos doze anos)</p><p>• Há exaltação da inteligência sobre as emoções. Segundo Wallon, a criança</p><p>desenvolve suas capacidades de memória e atenção voluntária e "seletiva “. A</p><p>criança começa a abstrair conceitos concretos e começa o processo de</p><p>categorização mental onde a criança tem um salto em seu desenvolvimento</p><p>humano.</p><p>• Vivenciar a necessidade de se perceber como indivíduo, e, ao mesmo tempo, de</p><p>medir sua força em relação ao grupo social a que pertence, faz desta fase um</p><p>período crítico do processo de socialização.</p><p>QUINTA ETAPA: Estágio da Adolescência (inicia-se por volta dos onze ou doze anos)</p><p>• A criança passa por transformações físicas e psicológicas por conta da</p><p>superexcitarão de seu sistema endócrino - que agora passa por uma nova fase.</p><p>Se no Estágio Impulsivo-Emocional a criança era regida por emoções</p><p>desorientadas, aqui o adolescente passa a desenvolver sua afetividade de forma</p><p>mais ampla da qual a busca da autoafirmação e desenvolvimento sexual marcam</p><p>esse estágio.</p><p>• Na adolescência torna-se bastante visível a forma como o meio social condiciona</p><p>a existência da pessoa, configurando-se a personalidade de maneiras diversas.</p><p>E o adulto?</p><p>• Nessa fase, a pessoa se reconhece como um ser único: eu sei quem eu sou</p><p>• Ou seja, conhece suas potencialidades, limitações, pontos fortes, motivações,</p><p>valores e sentimentos, o que cria a possibilidade de escolhas mais adequadas nas</p><p>diferentes situações da vida</p><p>• Ser adulto significa desenvolver consciência moral: reconhecer a assumir seus</p><p>valores e agir de acordo com eles</p><p>• Com maior clareza de si, o adulto está livre e com mais energia para voltar-se ao</p><p>outro, para fora de si</p><p>• Indicativo de maturidade: equilíbrio entre “estar centrado em si” e “estar centrado</p><p>no outro”</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>56</p><p>Importância da teoria de Wallon para a Psicologia da Educação</p><p>• A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon é um instrumento que pode</p><p>ampliar a compreensão docente sobre as possibilidades do/a estudante no</p><p>processo ensino-aprendizagem e fornecer elementos para uma reflexão de como</p><p>o ensino pode criar intencionalmente condições para favorecer esse processo,</p><p>proporcionando a aprendizagem de novos valores, novos comportamentos e</p><p>novas ideias.</p><p>• A compreensão dos estágios oferece elementos para tornar o processo educativo</p><p>mais produtivo, propiciando ao/à professor/a pontos de referência para orientar</p><p>atividades adequadas em sala de aula e contribuindo para um desenvolvimento</p><p>humano mais integral.</p><p>A DIDÁTICA E A INTERDISCIPLINARIDADE</p><p>Escola currículo e formação</p><p>Enquanto Instituição Social, a escola é sempre orientada pelo tipo de homem que</p><p>deseja formar.</p><p>Para o século XVIII, era esse o modelo de escola necessária, mas hoje, em pleno século</p><p>XXI, precisamos de um novo modelo.</p><p>Escola currículo e formação</p><p>Formar pessoas disciplinadas, submissas, obedientes, organizadas, metódicas, nada</p><p>criativas ou questionadoras.</p><p>Uniforme, fila, horário, disciplina rígida, silêncio, passividade em sala de aula, do</p><p>trabalho individual e isolado.</p><p>Escola currículo e formação</p><p>Fragmentando-se o conhecimento acumulado, através de um currículo</p><p>multidisciplinar, fragmenta-se o homem que fica, então, fragilizado e é facilmente</p><p>dominado.</p><p>DIDÁTICA E CONHECIMENTOS EDUCACIONAIS</p><p>BRUNO MARQUES</p><p>57</p><p>Por que mudar?</p><p>É preciso rever o funcionamento da escola quanto a:</p><p>• conteúdos</p><p>• metodologias</p><p>• atividades</p><p>E ainda na maneira de tratar o aluno e aos comportamentos que devem ser</p><p>estimulados.</p><p>O saber Tradicional, com os alunos fechados em si mesmos, pensando e produzindo</p><p>sozinhos, deve abrir espaço para que aconteça a polifonia, o debate, o trabalho coletivo,</p><p>a interlocução, a fim de produzir APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS.</p><p>CURRÍCULO MULTIDISCIPLINAR – alunos recebem as informações incompletas e têm</p><p>uma visão fragmentada e deformada do mundo.</p><p>CURRÍCULO INTERDISCIPLINAR – as informações, as percepções e os conteúdos</p><p>compõem uma totalidade de significação completa, e o mundo já não é visto como um</p><p>quebra-cabeças desmontado</p><p>Por que a escola é multidisciplinar?</p><p>O advento da Revolução Industrial (Idade Moderna) com o poder centrado no</p><p>capital, traz a necessidade do surgimento da escola pública, não a serviço do homem,</p><p>mas da fábrica, com o objetivo de preparar mão-de-obra para indústria, de treinar,</p><p>disciplinar, subjugar o homem para torná-lo operário.</p><p>Historicamente temos de considerar que vivemos hoje uma era de</p><p>transformações</p>

Mais conteúdos dessa disciplina