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Prática 11 - Extração de DNA de cebola

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Professor Alexandre Soares dos Santos DCB/UFVJM 2007 1
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri 
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Ciências Básicas 
Disciplina: Bioquímica 
 
AULA PRÁTICA Nº 11 – Extração do DNA da cebola (Alliun cepa) 
 
 
OBJETIVOS 
 
Conhecer os princípios básicos envolvidos na extração do material genético de 
células eucariotas (tecido do bulbo de cebola). 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para a análise do DNA de células eucarióticas, a primeira etapa importante é o 
seu isolamento. O procedimento a seguir tem caráter didático e é utilizado para extrair 
grandes quantidades de DNA a partir de cebola. Protocolos similares são usados nas 
extrações de DNA de outras fontes, como amostras de sangue, tecidos, etc. 
A extração de DNA de células eucariontes consta fundamentalmente de três 
etapas: 
1. ruptura (física e química) das membranas celulares para liberação do material 
genético; 
2. desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos: DNA e 
proteínas; 
3. separação do DNA dos demais componentes celulares. 
 
MATERIAL 
• Álcool isopropílico (Isopropanol) 
• Cebola picada 
• Solução de lise (quebra): 20mL de detergente incolor (SDS – Dodecil 
Sulfato de Sódio), 5 g de cloreto de sódio, 75 mL de água. 
• Papel de filtro 
• Gelo 
• 2 béqueres pequenos (50 mL) e 1 béquer de 500 ou 1000 mL 
• Funil 
• Tubos Falcon (tubos cônicos de 50 mL) ou tubos de ensaio com tampa 
• Bastão de vidro (para maceração) 
• Estilete 
• Banho-maria (~60 ºC) 
 
PROCEDIMENTOS 
 
1. Pique a cebola em pedaços pequenos; 
2. Coloque no béquer pequeno (50 ml) o correspondente a 1/5 de seu volume de 
pedaços de cebola; 
3. Adicione 10 mL de solução de lise; 
Professor Alexandre Soares dos Santos DCB/UFVJM 2007 2
4. Macere intensamente com o auxílio de um bastão; 
5. Complete com a solução de lise até 25 mL no béquer, misturando a solução; 
6. Coe a solução, com o auxílio do funil e do papel de filtro; coloque o filtrado em 
um tubo Falcon ou tubo de ensaio com tampa (dica: suspenda o papel de filtro 
para facilitar o escoamento da solução); 
7. Depois de filtrar a solução, tampe o tubo e o coloque no banho-maria (60ºC) por 
15 minutos; 
8. Em seguida, coloque o tubo no béquer com gelo e água, durante 5 minutos; 
9. Decorrido este tempo, adicione um volume igual de isopropanol (gelado) ao do 
tubo e misture vagarosamente (por inversão). Fique atento ao que acontece! 
 
 
FUNDAMENTOS DA PRÁTICA 
 
As moléculas do detergente são capazes de desestruturar a organização das 
moléculas de lipídios presentes nas membranas celulares promovendo o rompimento 
celular (lise). O aquecimento em banho-maria favorece a desnaturação das moléculas de 
DNA (abertura das fitas duplas) e o sal (NaCl) estabiliza as fitas simples de DNA. 
O isopropanol é usado porque o DNA é insolúvel em álcool e deste modo 
promove a separação dos ácidos nucléicos da solução e, em função de sua menor 
densidade em relação à água e outros componentes celulares, o DNA migra para a 
superfície da solução. O álcool também desidrata as moléculas de DNA, fazendo com 
que elas se aglutinem formando um aglomerado visível.

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