Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>LIDERANÇA, CULTURA E</p><p>COMPORTAMENTO</p><p>ORGANIZACIONAL</p><p>Capítulo 2. PESSOAS FELIZES</p><p>PRODUZEM MAIS?</p><p>Douglas Murilo Siqueira</p><p>INICIAR</p><p>Introdução</p><p>Talvez você esteja se perguntando qual o motivo do título deste capítulo.</p><p>Será que é possível “ser feliz” no trabalho? E, o que seria a “felicidade”</p><p>nesse contexto? Ganhar mais? Ser reconhecido? Qual o papel de seu líder e</p><p>das pessoas que o rodeiam para que alcance o sentimento de “felicidade”</p><p>na organização e em suas atividades? Você fica com um sentimento de</p><p>“angústia” ao perceber que no dia seguinte ao seu descanso tem de</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 1 of 29</p><p>trabalhar? Perceba que destacamos a palavra tem, pois aqui fica o sentido</p><p>de obrigação e, o que é uma obrigação, pode gerar um sofrimento. É muito</p><p>importante que você, como futuro Administrador, exercite a observação, ou</p><p>seja, perceba os comportamentos das pessoas, o que elas falam, a energia</p><p>que emanam para os outros e para elas mesmas, quais sentimentos elas</p><p>transmitem em seu dia a dia (Raiva? Amor? Alegria? Ansiedade? Tristeza?</p><p>Rancor? Insatisfação? Raça? Entusiasmo? Vontade? Energia? etc.). São</p><p>inúmeros os sentimentos e a forma com que os expressamos. Lembre-se,</p><p>“o corpo fala”. E fala muito mais que mil palavras. Agora, lembre-se que as</p><p>pessoas são únicas. Em nosso planeta, com mais de 6 bilhões de seres</p><p>humanos, não encontrará uma única pessoa que seja igual à você. Mesmo</p><p>os gêmeos univitelinos têm personalidades distintas. Nesse sentido, seria</p><p>possível um gestor obrigar que todos tivessem sentimentos semelhantes</p><p>de “garra”, “energia” e “entusiasmo” após o dia de descanso de seu</p><p>pessoal? Mas, então, como fazer para buscar um ambiente que propicie</p><p>prazer em estar nele e com as pessoas que lá se encontram? Vamos buscar</p><p>algumas respostas neste capítulo, entendendo um pouco mais as emoções,</p><p>já que somos seres emocionais. Primeiro, iremos entender que não é</p><p>somente a inteligência medida em QI que garante o sucesso. É importante a</p><p>pessoa desenvolver as chamadas Inteligência Emocional (IE) e Social (IS).</p><p>Além disso, temos outro fator que interfere no ambiente, que são as</p><p>diferentes personalidades, que influenciam diretamente nos</p><p>comportamentos individual e coletivo. É fácil perceber pessoas assertivas,</p><p>passivas e outras agressivas, em diferentes intensidades. Algumas mais e</p><p>outras menos resilientes. Algumas que confiam mais e outras nem tanto.</p><p>Portanto, conhecer mais sobre os tipos de comportamentos, sobre as</p><p>inteligências (IE e IS) e sobre confiança, fará com que aguce sua percepção</p><p>para a tomada de decisões e ações que envolvem pessoas, além de refletir</p><p>sobre si mesmo e seus comportamentos.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 2 of 29</p><p>2.1 Inteligência Emocional</p><p>Antes de entrarmos no conceito de Inteligência Emocional (IE), vamos falar</p><p>um pouco sobre emoções. Afinal, o são as emoções?</p><p>2.1.1 Emoções</p><p>Robbins (2006) ensina que emoções, sentimentos e humores, apesar de</p><p>soarem muito semelhante aos nossos ouvidos, possuem significados</p><p>diferentes.</p><p>Figura 1 -</p><p>Sentimentos, emoções e humores. Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 3 of 29</p><p>Conforme demonstrado na figura, os sentimentos estão em destaque, pois</p><p>congregam todos os tipos de sensações que experimentamos. Dentre essas</p><p>sensações, estão as emoções, que são “sentimentos intensos direcionados</p><p>a alguém ou a alguma coisa” (ROBBINS, 2006, p. 88). Em relação aos</p><p>humores, o autor define como sendo sentimentos menos intensos. Para</p><p>que você possa entender melhor, vamos dar um exemplo. Imagine que</p><p>você está no trânsito, cansado e atrasado para um compromisso</p><p>importante. Um outro motorista, vindo pelo acostamento, entra em sua</p><p>frente abruptamente. Agora vamos supor que com a atitude desse outro</p><p>motorista, você fica irritado e com raiva. Você ficou com raiva “do</p><p>motorista”, ou seja de alguma coisa (pessoa ou objeto). Emoção, portanto,</p><p>é quando é direcionada a alguma pessoa ou objeto. Agora, imagine uma</p><p>situação em que você está irritado, mas o motivo não lhe é claro e não é</p><p>direcionado a nenhum objeto ou pessoa. Apenas está irritado ou mesmo</p><p>“de bom humor”. Este é o sentimento de humor. Tanto a emoção quando o</p><p>humor estão inseridos no contexto do sentimento, mas já percebeu que, de</p><p>fato, as emoções são sentimentos mais intensos. Agora, por que saber essa</p><p>diferença? Simples, a emoção tem um “objeto” e “motivo”, os quais</p><p>podemos identificar e, se tivermos inteligência, podemos gerenciar</p><p>melhor.</p><p>E é isso que vamos entender, mas antes de falarmos sobre a Inteligência</p><p>Emocional, vamos entender primeiro como as emoções podem influenciar</p><p>no comportamento organizacional.</p><p>2.1.2 A influência das emoções no comportamento</p><p>organizacional</p><p>Definir o que vem a ser emoção é difícil, todavia, como visto na figura, é o</p><p>sentimento mais intenso e parte integrante do ser humano. Soto (2005)</p><p>apresenta três fatores em relação ao que podemos pensar sobre emoções:</p><p>cognitivo, fisiológico e comportamental.</p><p>Cognitivo, ou seja, o que está ligado às crenças e expectativas. Você</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 4 of 29</p><p>já deve ter percebido que algo agradável para uma pessoa, pode não</p><p>ser para outra.</p><p>Fisiológico, ou seja, o que impacta no organismo físico, como a</p><p>emoção do medo, que pode liberar mais adrenalina no corpo</p><p>deixando a pessoa em situação de alerta, coração palpitando etc.</p><p>Comportamental, que diz respeito a como o corpo reage diante de</p><p>uma emoção que a pessoa sente. Aqui entra o jargão “o corpo fala”.</p><p>São gestos, tom de voz, expressão facial, postura etc.</p><p>No contexto organizacional, esses fatores podem ser percebidos,</p><p>principalmente, quando existe uma dissonância emocional, ou seja,</p><p>quando a função exige do funcionário um tipo de emoção (cortesia para</p><p>com os clientes, neutralidade diante de alguma situação, empatia etc.),</p><p>mas, na realidade, seu sentimento é outro. Esse esforço emocional ocorre</p><p>quando é necessário expressar as emoções conforme a função, por</p><p>exemplo.</p><p>No ambiente de trabalho, nos deparamos constantemente com o esforço</p><p>emocional. As emoções que são demonstradas, muitas vezes não são as</p><p>sentidas. Pense em uma situação em que teve de compartilhar atividades</p><p>com uma pessoa que você não tem apreço nem uma convivência amigável.</p><p>São casos em que você procura demonstrar simpatia para que as atividades</p><p>fluam e não prejudique a empresa nem a você mesmo, mas é uma emoção</p><p>forçada. Quando isso ocorre, você vive um conflito e, se essas dissonâncias</p><p>não forem bem administradas, pode levar a crises de emoção, trazendo,</p><p>como consequência, problemas de relacionamentos, de produtividade, de</p><p>qualidade etc. Mas o que nos faz ser como somos? Vamos refletir sobre</p><p>isso?</p><p>2.1.3 O que nos faz ser como somos?</p><p>Já comentamos que as pessoas são únicas, ou seja, não existe uma igual à</p><p>outra. Seja no físico e/ou na personalidade. Mas o que nos faz diferentes?</p><p>Qual a importância do gestor saber sobre isso? Quanto mais o gestor tiver</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 5 of 29</p><p>conhecimento sobre as diferenças comportamentais entre suas pessoas e</p><p>quanto mais tiver conhecimento de si próprio, melhor poderá liderar, pois</p><p>saberá identificar as fortalezas de cada um, procurando alocar seus</p><p>colaboradores nas atividades que eles gostam, além de melhorar as</p><p>habilidades humanas. Para ajudar na reflexão sobre o motivo de “sermos o</p><p>que somos”, Soto (2005) referencia três grandes fatores: genético, ambiente</p><p>e situacional.</p><p>Genéticos: vários são os estudos a respeito da influência genética na</p><p>formação da personalidade do indivíduo, sendo algumas suposições</p><p>interessantes, mas não conclusivas. A biologia,</p><p>mais especificamente</p><p>a área que atua com a genética/ hereditariedade, acredita que a</p><p>personalidade de uma pessoa está definida em seu gene.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>Que o fisiologista William Sheldon (1898-1977) tem uma teoria de que o físico está</p><p>relacionado com a personalidade? Para ele, pessoas com tendência à gordura</p><p>(endomorfia) tem relação com postura e movimentos relaxados, comodidade física,</p><p>equilíbrio emocional etc. Já as com tendência à musculatura (mesomorfia) apresentam</p><p>postura mais assertiva, gosto por aventura física, competitivas etc. Por fim, as com</p><p>tendência à magreza (ectomorfia) tem gosto pela privacidade, mais socialmente isoladas,</p><p>restrição emocional etc.</p><p>Atenção:  Não é difícil nos depararmos com pessoas que, mesmo sem</p><p>saber, utilizam a teoria de Sheldon para justificar processos seletivos, de</p><p>méritos, promoção ou quaisquer outros. Esse comportamento merece</p><p>muita atenção, pois poderá esbarrar na ética, haja vista que a visão</p><p>estereotipada induzirá à discriminação, podendo cometer injustiças.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 6 of 29</p><p>Ambiente: um fator importante que molda a personalidade de uma</p><p>pessoa, e, com isso, suas emoções diante das diversidades, é o</p><p>ambiente. As normas vigentes em uma determinada cultura ajuda a</p><p>moldar a forma de agir e pensar do indivíduo. Como exemplo, basta</p><p>comparar um profissional norte-americano com um latino. A cultura</p><p>do primeiro, baseada em dogmas protestantes e que cultuam o</p><p>sucesso, trabalho e independência, os tornam profissionais mais</p><p>competitivos, ambiciosos e agressivos. Se você já atuou em empresa</p><p>norte-americana, deve ter percebido o foco em resultados, gestão,</p><p>números etc. Se comparado, os latinos, de forma geral, priorizam</p><p>valores menos competitivos e mais direcionados para a família,</p><p>amizade, cooperação etc. Ter essa visão ajuda o gestor a entender,</p><p>por exemplo, o que pode dificultar para implantar na equipe novas</p><p>formas de agir, como uma comunicação mais assertiva.</p><p>Situação: esse terceiro fator ajuda a descrever o porquê “somos</p><p>como somos”, ou seja, nossa personalidade, que influencia em</p><p>nossas emoções. Observe que o comportamento da pessoa, mesmo</p><p>que estável, tende a mudar conforme a situação em que ela está</p><p>submetida. Portanto, o indivíduo, em uma entrevista de emprego,</p><p>poderá demonstrar uma forma de ser, diferente se estiver em uma</p><p>reunião de amigos ou em uma igreja, por exemplos.</p><p>Ao considerar os três fatores, você deve se perguntar: como identificar os</p><p>traços de personalidade de uma pessoa, a fim de que possa, também, ter</p><p>um indicador sobre suas emoções mais presentes?  Existem dois modelos</p><p>mais utilizados e referenciados, que ajudam o gestor nesse desafio.</p><p>O primeiro é o Indicador de Tipos Myers-Brigs, muito conhecido pela sigla</p><p>MBTI (Myers-Brigs Type Indicator).</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 7 of 29</p><p>Você vai gostar de assistir à palestra bem humorada que Jean proferiu no TEDx sobre o MBTI.</p><p>Ela é uma especialista nesse instrumento e vai lhe levar em uma viagem pelos diferentes tipos</p><p>de personalidade, com humor e experiência pessoal. Ela tem um vasto currículo e uma</p><p>carreira de mais de 50 anos de apoio vocacional e profissional. Detalhes poderá ver na</p><p>descrição abaixo do vídeo. Se precisar, pode selecionar legenda em português. Para tanto,</p><p>basta clicar na figura de engrenagem que aparece no rodapé, lado direito, e selecionar o</p><p>idioma nativo.   Acesse: .</p><p>O segundo é o Modelo Big Five que busca identificar os traços de</p><p>personalidade utilizando cinco dimensões, conforme mostra o quadro a</p><p>seguir.</p><p>Agora que que já está mais familiarizado com os conceitos de sentimentos e</p><p>emoções e as características da personalidade, já percebeu que a gestão de</p><p>pessoas é bem mais desafiadora do que gerir somente resultados e</p><p>números. Então, vamos entender a importância da Inteligência Emocional</p><p>nesse contexto.</p><p>2.1.4 Inteligência Emocional – conceito</p><p>Agora que já entendeu o que são os sentimentos, as emoções, o humor e os</p><p>traços da personalidade, podemos falar sobre a Inteligência Emocional (IE).</p><p>Mas, antes, o que é Inteligência?</p><p>VOCÊ QUER VER?</p><p>Quadro 1 - As cinco dimensões do modelo Big Five. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado</p><p>em ROBBINS, 2006.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 8 of 29</p><p>Segundo o dicionário Michaelis (2018), é a capacidade que o indivíduo tem</p><p>em pensar, interpretar, raciocinar, entender. Também é a capacidade em</p><p>resolver situações novas com rapidez e com sucesso, adaptando-se a elas</p><p>por meio do seu aprendizado. Por fim, é o “conjunto de    funções mentais</p><p>que facilitam o entendimento das coisas e dos fatos”.</p><p>Tanto o Quociente de Inteligência (QI), quanto as competências técnicas</p><p>são fundamentais para a função de líder, todavia estudos mostram que, se</p><p>você quiser saber quem irá se destacar, deve avaliar a IE da pessoa. Ao</p><p>rever o significado de inteligência, é possível entender melhor o motivo</p><p>dessa afirmação, afinal, para ter um comportamento de entendimento das</p><p>coisas e dos fatos para resolver problemas e situações inesperadas que,</p><p>invariavelmente, envolvem pessoas, não basta habilidade técnica ou com</p><p>números. Exige do líder habilidades sociais e humanas e uma gestão de</p><p>suas emoções e sentimentos. Também é fato que, quanto mais alto o cargo</p><p>de liderança da pessoa, maiores serão suas capacidades de IE.</p><p>Soto (2005, p. 2) define com bastante clareza o que seria uma IE. Para o</p><p>autor, são funções do cérebro que chama de “mente emocional</p><p>determinante para entender expressões humanas como personalidade,</p><p>caráter, temperamento, condutas, decisões e ideias”.</p><p>Mas, quais são os elementos-chave que compõe a IE? É isso que veremos a</p><p>seguir.</p><p>2.1.5 Os cinto elementos-chave da IE</p><p>Agora que você já tem o conceito e a relevância da IE para as pessoas e,</p><p>principalmente, para as atividades de liderança, vamos entender quais são</p><p>os  cinco componentes propostos por Goleman (2014). Sugerimos que, ao</p><p>ler, faça uma reflexão sobre si mesmo. Isso pode ajudá-lo a se conhecer um</p><p>pouco mais.</p><p>Autoconsciência</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 9 of 29</p><p>É o primeiro componente. Seu fundamento está no conselho do Oráculo de</p><p>Delfos, dado há milhares de anos: “conhece-te a ti mesmo”. Refere-se às</p><p>pessoas que compreendem suas emoções, forças e fraquezas. São</p><p>indivíduos autoconfiantes que têm ciência do que os leva a fazer algo.</p><p>Possuem consciência de que suas emoções afetam a si e aos seus</p><p>relacionamentos. Tem autoconhecimento sobre onde quer chegar e ciência</p><p>do que fazer com seu tempo. Se sabe que tem dificuldades com prazos,</p><p>planeja para não atrasar.</p><p>Mas como saber se a pessoa tem esse componente em um nível alto?</p><p>Observe o comportamento. Um gestor pode facilmente identificar esse</p><p>atributo se souber fazer uma boa avaliação do desempenho ou em seções</p><p>de feedbacks, pois são indivíduos que não têm receio em falar sobre si</p><p>mesmo, de suas emoções, forças e limitações. São pessoas seguras de si. Já</p><p>o oposto disso, quando o nível de autoconsciência é baixo, a pessoa ao</p><p>receber uma crítica, seja pessoal ou profissional, por exemplo, poderá se</p><p>sentir ameaçada.</p><p>Autogestão</p><p>Um alto grau de autogestão (ou autogerenciamento) indica um indivíduo</p><p>confiável, íntegro e que sabe lidar com ambiguidades, gerando um</p><p>ambiente produtivo com baixo nível de “politicagem” e rivalidades. Para</p><p>que possa entender melhor, são pessoas que conseguem controlar seus</p><p>impulsos negativos e os canaliza de forma produtiva. O autocontrole</p><p>emocional presente nessas pessoas faz com que gerem relacionamentos</p><p>duradouros e enraizados na confiança.</p><p>Vamos imaginar um gestor de compras que preza pela honestidade.</p><p>Agora,</p><p>suponha que apareçam propostas que possam beneficiar um determinado</p><p>fornecedor, ou apenas que o fornecedor ofereça brindes ou regalias</p><p>constantes, a fim de que esse comprador fique “obrigado” a lhe dar</p><p>prioridade. Caso ceda às ofertas, ele não demonstrará ter controle de si</p><p>mesmo e de suas emoções. A “obrigação” em dar prioridade por ter aceito</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 10 of 29</p><p>algum brinde ou regalia, demonstra fraqueza, que poderá resultar em</p><p>problemas para a organização e para o profissional. Por outro lado, se tiver</p><p>um autogerenciamento, demonstrará força, integridade e um ambiente de</p><p>confiabilidade.</p><p>Automotivação</p><p>Pessoas com automotivação são fáceis de percebemos. Emana otimismo,</p><p>são perseverantes, ou seja, não desistem facilmente dos objetivos e com</p><p>isso demonstram um alto grau de compromisso organizacional. Por outro</p><p>lado, quando o indivíduo possui baixo nível desse componente, suas</p><p>reações perante os desafios e problemas são negativas e perceptíveis para</p><p>os que o rodeiam.</p><p>No desenho animado Lippy e Hardy, o leão Lippy era o otimista, mas seu amigo, a hiena Hardy,</p><p>tinha um comportamento totalmente oposto. Vale a pena ver para que possa internalizar</p><p>melhor o conceito. É muito divertido!</p><p>Empatia</p><p>Você já deve ter ouvido que ser empático é “se colocar no lugar do outro”.</p><p>Cuidado!  Imagine “sentir o que o outro sente”. Quais seriam os diversos</p><p>sentimentos que deveriam se sentidos que não são seus. Ter a tristeza do</p><p>outro? A insegurança? A raiva ou o medo? Seria impossível atuar assim.</p><p>Para a I.E., ser empático é entender, de forma ponderada, o sentimento</p><p>dos outros. Para ilustrar, considere que uma organização contrate dois</p><p>novos gestores. Um deles, sabendo da insegurança dos componentes de</p><p>sua equipe, promove reuniões individuais para escutar e entender os</p><p>VOCÊ QUER VER?</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 11 of 29</p><p>anseios e inseguranças, a fim de restabelecer um ambiente de relações de</p><p>confiança, saudável e seguro. Já o outro gestor resolve iniciar suas</p><p>atividades, delegando e estabelecendo metas e objetivos. Qual dos dois</p><p>utilizou a empatia? O primeiro, claro. E, qual dos dois terá mais</p><p>credibilidade para reter e desenvolver talentos? O primeiro. E, qual deles</p><p>têm mais talento para entender os problemas dos clientes? Acertou, o</p><p>primeiro. O líder empático, além de desenvolver e reter talentos e melhorar</p><p>os relacionamentos internos e com os demais stakeholders, promove, de</p><p>forma incremental, mudanças que melhoram a organização.</p><p>Habilidades sociais</p><p>Mais do que ser gentil, ter habilidades sociais é conduzir as pessoas para</p><p>um direção planejada. São pessoas que possuem uma grande rede de</p><p>relacionamentos e conhecidos e têm facilidade em desenvolver afinidades.</p><p>Para Goleman (2014), esse componente agrega os demais elementos, haja</p><p>vista que a pessoa deve saber controlar suas emoções, entender o outro e</p><p>ser otimista e automotivada. São consideradas pessoas com competências</p><p>em desenvolver e conduzir equipes, além das habilidades de persuasão.</p><p>São entusiastas e perseverantes. Outro fator que faz com que as</p><p>habilidades sociais destaquem o bom líder, é o fato de que elas ajudam a</p><p>influenciar as pessoas a realizar o trabalho e a gerar resultados.</p><p>Tomas Chamorro-Premuzic,   CEO da Hogan Assessment Systems e professor de psicologia</p><p>corporativa na University College London, e membro do corpo da Columbia University, e Adam</p><p>Yarsley, chefe global da gestão de talentos da Red Bull, escreveram na Harvard Business um</p><p>artigo interessante, onde comentam que o excesso da I.E. nem sempre é positivo. Inicia o</p><p>artigo com um exemplo. Vale a pena você ler. É um artigo curto, mas muito interessante. Não</p><p>perca. Acesse: .</p><p>Antes de finalizar, é importante reforçar que o Q.I, e as competências</p><p>técnicas não estão descartados na formação de um bom líder, todavia a I.E.</p><p>faz a diferença na hora de identificar um líder de outro. Agora, a questão</p><p>final: a I.E. pode ser aprendida? A resposta é sim, mas depende de tempo,</p><p>perseverança e muito empenho. Mas o resultado vale a pena.</p><p>2.2 A importância de ser e estar</p><p>assertivo e resiliente</p><p>Após entender sobre emoções, sentimentos, traços de personalidade e I.E.,</p><p>chegou o momento de aprender sobre as características de três</p><p>importantes tipos de comportamentos: passivo, agressivo e assertivo. As</p><p>características existentes em cada tipo estão presentes em todos nós, mas</p><p>um deles normalmente se sobressai. Ter a autoconsciência sobre qual o</p><p>tipo predominante é importante não somente para um líder, mas para</p><p>todos. Conhecer a si próprio fará com que conheça mais facilmente as</p><p>pessoas com as quais se relaciona. Se for um líder, ajudará a influenciar</p><p>para atingir os resultados estabelecidos. A partir de agora, além dos tipos</p><p>de comportamentos, saberá mais sobre o que é ser resiliente.</p><p>2.2.1 O início de tudo</p><p>Primeiro vamos analisar as imagens a seguir. Sem ler a sequência deste</p><p>item, reflita e responda: qual o tipo de comportamento que percebeu na</p><p>criança da primeira imagem? E na da segunda? Sentiu falta de algum outro</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 13 of 29</p><p>tipo de comportamento?</p><p>Vamos analisar as duas situações. No caso da Criança A, percebemos um</p><p>bebê aparentemente comportado. Vamos supor que tenha recebido</p><p>alguma coisa que gostaria, seja um brinquedo ou um carinho. Em</p><p>contraponto, a Criança B, está chorando, talvez por querer algo que ainda</p><p>não lhe foi dado. Essas duas imagens são bem representativas para</p><p>falarmos de forma análoga sobre os três tipos de comportamentos.</p><p>Quando nascemos e até certa idade, principalmente enquanto bebês,</p><p>temos basicamente dois tipos de comportamentos. Um representado na</p><p>primeira figura, que chamaremos de “passivo” e, em contrapartida, na</p><p>segunda figura, encontramos o “agressivo”. Perceba que a criança não tem</p><p>senso para dialogar, colocar suas ideias e chegar ao consenso, que</p><p>representaria nosso terceiro tipo, o assertivo. Se ela perceber que, se for</p><p>comportada conseguirá  mais facilmente o que deseja, utilizará o modelo</p><p>mais passivo, mas se “fazer birra” é uma estratégia de chegar ao seu</p><p>objetivo, então utilizará uma maior agressividade, como chorar, pular etc. E</p><p>é aí que começa nossa história, pois conforme crescemos, vamos sofrendo</p><p>influências do ambiente, pressões profissionais e sociais e passaremos por</p><p>diversas situações na vida, que ajudará a moldar nossas características,</p><p>fazendo com que um dos três tipos de comportamento se destaque em</p><p>nossa personalidade.</p><p>2.2.2 Comportamento passivo</p><p>A passividade é um tipo de comportamento em que a pessoa abre mão de</p><p>seus desejos em favor do desejo de outros. São indivíduos direcionados por</p><p>outras pessoas. Essas pessoas demonstram carência de liberdade de</p><p>escolhas. Como demonstram pouca iniciativa, geralmente dizem “sim” para</p><p>quem lhe pede algo e, consequentemente, “não” para si mesmo. Essa</p><p>dicotomia gera um conflito interno, o qual pode levar para a infelicidade.</p><p>Figura 2 - Criança A e criança B. Fonte: Aaron Amat/Ana Blazic Pavlovi, Shutterstock, 2018.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 14 of 29</p><p>Afinal, quem pode estar bem consigo mesmo vivendo em conflito</p><p>constante? Mas como esse comportamento pode</p><p>influenciar na</p><p>organização? Simples, um funcionário descontente consigo mesmo, poderá</p><p>reproduzir esse comportamento no ambiente, na produção e na qualidade.</p><p>Para ilustrar, imagine uma situação em que o gestor pede a seu funcionário</p><p>para fazer hora-extra, mas desconhece  que é o dia da avaliação final na</p><p>faculdade dessa pessoa, que se perder, deverá refazer a disciplina. Por</p><p>outro lado, o funcionário não é claro o suficiente para explicar que não</p><p>poderia ficar ou até mesmo dar alternativas, cedendo ao pedido sem muito</p><p>esforço. Podemos nos perguntar: como será a reação desse funcionário</p><p>quando seu líder não estiver presente? Será que vai assumir sua</p><p>responsabilidade em ter dito sim sem argumentar ou vai colocar a culpa no</p><p>líder e na empresa? E, se ele optar em não assumir sua responsabilidade,</p><p>será que não daria sua versão para seus pares, familiares e até clientes,</p><p>demonstrando seu descontentamento? Todos têm comportamento</p><p>passivo, pois é necessário utilizá-lo, conscientemente, mas se for uma</p><p>constante, merece ser repensado.</p><p>2.2.3 Comportamento agressivo</p><p>Ao contrário da passividade, quando a pessoa demonstra um</p><p>comportamento agressivo, geralmente é inflexível em alterar sua posição,</p><p>mesmo que as argumentações direcionem para um caminho melhor. São</p><p>combativas, competitivas, com espírito empreendedor. Por outro lado,</p><p>como “sempre estão com a razão” e defendem somente seus interesses,</p><p>seu tipo de comportamento pode humilhar, destruir e ainda inibir o outro</p><p>de exercer seus direitos. Importante destacar que o termo agressividade, no</p><p>contexto aqui exposto, refere-se à forma de agir e pensar de uma pessoa e</p><p>não especificamente suas ações físicas de brutalidade para com o próximo.</p><p>Perceba que, em um processo seletivo, um profissional com estilo mais</p><p>agressivo terá muito mais chances de ser recolocado do que outro com viés</p><p>passivo. Em uma organização, pessoas com esse perfil também têm maior</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 15 of 29</p><p>probabilidade  de crescimento do que outras mais passivas, todavia</p><p>problemas de gestão irão ocorrer, originários do comportamento que terá</p><p>com sua equipe.</p><p>Para ilustrar, vamos considerar a mesma situação abordada anteriormente,</p><p>porém agora o funcionário tem o comportamento agressivo. Nesse caso,</p><p>ele não abrirá mão de sua posição de ir para a faculdade realizar a</p><p>avaliação, independente do que possa ocorrer, haja vista que acredita estar</p><p>em seu pleno direito. Note que, nesse caso, ele de fato tem razão, mas a</p><p>empresa também tem seus motivos, todavia não está ocorrendo uma</p><p>discussão sadia nem um processo de empatia de ambos os lados para que</p><p>possam chegar ao consenso.</p><p>2.2.4 Comportamento assertivo</p><p>Apesar de muitos pensarem que assertivo possa ser algum sinônimo de</p><p>acertar, a palavra assertivo significa assumir, afirmar, declarar firmeza.</p><p>Pessoas assertivas demonstram em suas ações, na postura, na forma de</p><p>expressar e de olhar esse tipo de comportamento. No entanto, o que é ser</p><p>assertivo?</p><p>Segundo Martins (2005), ser assertivo é:</p><p>buscar seus próprios interesses e expressar seus desejos e</p><p>sentimentos;</p><p>encorajar outros a também serem e a exercitarem seus direitos;</p><p>defender seu espaço sem ser agressivo;</p><p>ficar bem consigo mesmo dizendo sim ou não, sem a pretensão de</p><p>atender a todos para ser "bom menino";</p><p>expor e defender suas ideias, mas ouvir e aceitar ideias dos outros,</p><p>quando estas forem melhores;</p><p>olhar o outro nos olhos;</p><p>escutar e incentivar o outro a falar sobre seus sentimentos e desejos,</p><p>encorajando-o a também ir para a assertividade;</p><p>não aceitar passividade e agressividade, buscando trazer todos para</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 16 of 29</p><p>a asserção.</p><p>O assertivo sabe que o ser humano não vive só e, por esse motivo, é</p><p>interdependente, ou seja, é humilde em reconhecer que não sabe; sabe</p><p>escutar as outras posições, mas é firme em defender seus ideais e ideias;</p><p>não é rígido, nem autoritário e muito menos rígido, pois reconhece</p><p>posições melhores que a sua. Procura instigar colegas mais passivos para</p><p>exporem, de forma assertiva, suas posições. Como líder, é ativo, direto e</p><p>objetivo e fala sem receio de magoar, mas com respeito e ética; é honesto e</p><p>influenciador e estabelece relações de confiança, credibilidade e eficácia.</p><p>Extraímos dos estudos de Martins (2005) algumas características de pessoas</p><p>assertivas.</p><p>Pensa ao falar e tem coragem.</p><p>Tem tom firme de voz, porém calmo.</p><p>Não é prolixo (dar voltas para falar sobre o assunto).</p><p>Sabe ouvir.</p><p>Não se justifica.</p><p>Não se coloca em posição de vítima.</p><p>Defende seus desejos, porém é flexível em aceitar a visão dos outros</p><p>quando estas forem melhores que as suas.</p><p>Fala a verdade sem medo de “perder a amizade”. Não mente.</p><p>Traz o outro para a assertividade, incentivando-o a dizer o que pensa,</p><p>sente e deseja. (Isto significa expressar sua decepção frente à</p><p>passividade ou agressividade)</p><p>Mostra seus sentimentos quando for agredido, porém não agride.</p><p>Ao dar feedback, é honesto e objetivo.</p><p>Usa frases curtas, mas claras.</p><p>É empático, porém defende seus desejos.</p><p>Você já deve ter percebido que não é fácil ser assertivo. A própria cultura do</p><p>brasileiro dificulta a linguagem assertiva, pois existe o receio em magoar</p><p>quem é próximo. No entanto, pense em um líder que não é objetivo em</p><p>seus feedbacks. Pode deixar seu funcionário confuso e sem saber onde tem</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 17 of 29</p><p>de melhorar. Agora, pense na vida pessoal de um casal, por exemplo. Se um</p><p>não falar o que sente, de forma clara, objetiva e direta para o parceiro, os</p><p>sentimentos vão acumulando como em um copo e, quando transborda,</p><p>pode ser tarde.</p><p>É importante mencionar que, caso um gestor resolva atuar com mais</p><p>assertividade, deve desenvolver sua equipe para esse tipo de</p><p>comportamento, a fim de que não seja considerado agressivo, já que este</p><p>último também tem linguagem direta e franca, mas é inflexível e arrogante.</p><p>VOCÊ SABIA?</p><p>O que é Grau de Assertividade? Ele varia conforme a situação em que a pessoa estiver</p><p>envolvida. Pode ser alto ou baixo. Ter um baixo grau, não significa que a pessoa é passiva,</p><p>mas sim que, dependendo da situação, pode agir com um comportamento passivo</p><p>(abrindo mão de seus direitos), ou mesmo agressivo, sendo inflexível e rígido. Quanto</p><p>existe alto grau de assertividade, o indivíduo procura não se deixar levar pela pressão da</p><p>situação. Pensa antes de falar, procura a melhor opção, tem um controle emocional mais</p><p>refinado, sabe escutar e ouvir e sabe ser flexível quando necessário.</p><p>Um líder assertivo cria um ambiente saudável, sincero e justo. É entusiasta</p><p>e procura atuar sempre com resiliência, item de nosso próximo assunto.</p><p>2.2.5 Resiliência</p><p>A administração é uma ciência relativamente nova e que tomou</p><p>emprestado vários conceitos de outras ciências, como a resiliência.</p><p>Utilizado na física e na psicologia, para a primeira é a capacidade que um</p><p>corpo tem de, após ser submetido a um processo de estresse, retornar ao</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 18 of 29</p><p>seu estado original ou sofrer ruptura. Para a segunda, é a capacidade do</p><p>indivíduo em superar seus problemas sem ceder à pressão e ter força e</p><p>coragem para superar as diversidades. Na administração, está muito ligado</p><p>aos processos de gestão de mudanças, onde exige uma forte dose de</p><p>controle emocional para lidar com as ações que não ocorrem conforme o</p><p>planejado.</p><p>Steve Jobs pode ser considerado um bom exemplo de resiliência. Ao longo de sua vida, passou</p><p>por três momentos delicados, os quais poderiam tê-lo feito desistir, mas soube se reerguer. O</p><p>primeiro ao ser adotado, pois seus pais biológicos não tinham condições de criá-lo. O</p><p>segundo, já tendo fundado e na função de presidente da Apple, foi demitido de sua</p><p>própria</p><p>empresa. Criou forças e fundou a Pixar, que fez muito sucesso. Posteriormente, foi negociada</p><p>com a Apple e Jobs retomou seu posto de presidente. O terceiro momento foi quando</p><p>descobriu um câncer no pâncreas. Não desistiu e procurou vencê-lo. Infelizmente foi levado</p><p>pela doença, mas lutou até o final.</p><p>Como podemos notar, a visão das três ciências para o termo resiliência são</p><p>muito próximas. Praticamente o que muda é o objeto de estudo para qual o</p><p>termo foi empregado. Em resumo, ser resiliente, seja na psicologia ou na</p><p>administração, é conseguir se reerguer nas adversidades sem rupturas e</p><p>mais forte, com a consciência de que os obstáculos servem de aprendizado,</p><p>mas, para isso, existe um bom controle das emoções.</p><p>VOCÊ O CONHECE?</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 19 of 29</p><p>2.3. Confiança não se compra, se</p><p>conquista</p><p>Para saber se um líder terá sucesso com sua equipe, basta avaliar se existe</p><p>relação de confiança entre as pessoas. Mas, antes de entrarmos nos</p><p>conceitos, façamos uma reflexão. Observe as duas imagens a seguir.</p><p>As imagens transmitem uma visão de relacionamento de confiança, certo?</p><p>Supondo que a primeira figura sejam duas amigas e a segunda figura uma</p><p>equipe de trabalho, será que o tipo de confiança é o mesmo? Será que as</p><p>relações de confiança que você tem em relação a produtos, serviços e</p><p>empresas são a mesma que você deposita em um amigo ou com familiares?</p><p>A partir destas questões é que vamos iniciar nossa conversa sobre o que é a</p><p>confiança.</p><p>2.3.1 Confiança – conceito</p><p>A resposta para a reflexão que propomos na introdução deste tópico</p><p>depende do momento e história de vida de cada indivíduo. Pode ser que,</p><p>para alguns, os amigos são mais confiáveis do que os colegas de trabalho.</p><p>Para outros, seu parceiro/a é que lhe transmite maior confiança. Pode ser</p><p>que a confiança no gestor direto nem exista para uns e seja motivo de ficar</p><p>na equipe, para outros. Mas e para produtos, serviços e empresas? Será que</p><p>o tipo de confiança é o mesmo? Podemos afirmar que não. Então, o que é</p><p>confiança? Por ser um tema estudado por várias ciências e diversos</p><p>investigadores, a complexidade em fechamos uma definição única não é</p><p>pequena, todavia, um dos conceitos mais utilizados na literatura é  “a</p><p>Figura 3 - Tipos de confiança. Fonte: Shutterstock, 2018.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 20 of 29</p><p>disposição de uma parte ficar vulnerável às ações da outra parte com base</p><p>na expectativa que a outra desempenhe uma ação particularmente</p><p>importante para o confiante, independente da capacidade de monitorar ou</p><p>controlar a outra parte”.  (MAYER et al., 1995, p.712)</p><p>Vamos explicar melhor usando os termos da definição. Imagine que seu</p><p>melhor amigo lhe peça dinheiro emprestado, com a promessa de pagar em</p><p>um mês, e você empresta, pois confia. A parte vulnerável nessa situação</p><p>não é seu amigo, mas sim você, que confia nele, ou seja, não irá controlá-</p><p>lo, como, por exemplo, enviar mensagens diárias sobre o prazo de</p><p>pagamento, mas tem a expectativa de que ele irá cumprir a ação de lhe</p><p>pagar. Ocorre que, se a expectativa da promessa não for realizada, ou seja,</p><p>se seu amigo atrasa ou não paga, pode abalar a relação de confiança e, se</p><p>ele precisar novamente, provavelmente você dará alguma desculpa para</p><p>não emprestar. Portanto, confiança engloba os sentimentos de</p><p>vulnerabilidade de quem confia; incertezas de que a promessa será</p><p>cumprida e riscos de não ser realizada a promessa.</p><p>2.3.2 Componentes da confiança</p><p>Apresentamos na figura a seguir os principais componentes na formação da</p><p>confiança.</p><p>Agora, vamos entender cada um dos componentes propostos por Mayer;</p><p>Davis; Schooman (1995) e Pirson; Malhotra (2010).</p><p>Benevolência: corresponde à relação de boa vontade entre as</p><p>partes. Ocorre quando não existe somente uma visão com retorno</p><p>financeiro ou algum tipo de recompensa externa. Em uma</p><p>organização que atua com mentoria, por exemplo, é comum perceber</p><p>essa relação.</p><p>Figura 4 - Componentes da confiança. Fonte: Elaborada pelo autor, baseado em MAYER;</p><p>DAVIS; SCHOOMAN (1995) e PIRSON; MALHOTRA (2010).</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 21 of 29</p><p>Habilidade técnica: competências e habilidades que permitem uma</p><p>parte influenciar a outra por sua visão técnica-instrumental. Por</p><p>exemplo, pode ser uma pessoa ou empresa que você procura porque</p><p>acredita que seus conhecimentos e habilidades em determinada</p><p>função se destacam em relação às demais.</p><p>Habilidade gerencial: competências e habilidades que permitem</p><p>uma parte influenciar a outra em decorrência das habilidades na</p><p>gestão. Atitudes assertivas, controle emocional e resiliência, dentre</p><p>outros, são comportamentos identificados em portadores desse</p><p>componente.</p><p>Transparência: vontade percebida para compartilhar informações de</p><p>confiança com as partes interessadas, relevantes e vulneráveis . Esta</p><p>é uma dimensão crítica de confiabilidade.</p><p>Integridade: conjunto de princípios e valores que a parte vulnerável</p><p>considera aceitável da outra parte. É a prática alinhada ao discurso.</p><p>Identificação: entendimento e internalização dos interesses e</p><p>intensões da outra parte baseada em valores compartilhados e</p><p>compromisso.</p><p>Capacidade: competência de uma das partes em cumprir aquilo que</p><p>lhe foi confiado.</p><p>Quando seu artigo "Gestão baseada em relações de confiança foi publicado" na RAE, revista</p><p>eletrônica da FGV, Carolina Tiemi Sato era graduanda, assim como você. Ela ganhou o primeiro</p><p>lugar no quesito Graduação do prêmio da PWC, em 2002. Separamos essa leitura, pois, além</p><p>de lhe ajudar a se aprofundar mais no tema, serve de motivação para pensar em atuar mais na</p><p>pesquisa e leitura. Acesse: .</p><p>VOCÊ QUER LER?</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 22 of 29</p><p>Ao analisar os componentes de forma individual, podemos perceber que,</p><p>de fato, a confiança tem várias facetas. Importante revelar que o grau de</p><p>intensidade de cada componente varia conforme o tipo de confiança</p><p>envolvida na relação. Mas quais sãos esses tipos? Esse é nosso próximo</p><p>assunto.</p><p>2.3.3 Tipos de confiança – comportamento de escolha</p><p>Agora, vamos ver quais os dois principais tipos de confiança com olhar de</p><p>escolha. Saber disso ajudará a entender melhor sobre a formação desse</p><p>importante relacionamento para a construção de um ambiente estável, de</p><p>compromisso e resultados, seja no universo organizacional, seja no aspecto</p><p>de sua vida pessoal.</p><p>Como escolha, a confiança pode ser do tipo racional e relacional. A</p><p>confiança racional permite que a relação entre confiante e confiado tenha</p><p>os riscos reduzidos, pois é pautada em estimar ganhos e perdas. É uma</p><p>confiança que podemos chamar de calculável e procura aumentar os</p><p>ganhos e reduzir as perdas. Você já deve ter percebido que é uma confiança</p><p>que, na visão econômica, é importante para reduzir os custos das</p><p>transações. A escolha de quem será o confiado tem como base sua</p><p>reputação (por exemplo, análise das certificações da pessoa ou</p><p>organização), de forma consciente e alicerçada em cálculos e valores</p><p>explícitos. Quando uma das partes não cumpre o esperado, é passível de</p><p>sanções. Aqui, as interações não têm uma frequência intensa e com maior</p><p>profundidade pessoal e emocional.</p><p>Ao contrário da confiança racional, a escolha relacional prioriza a</p><p>intensidade das relações, com caráter cognitivo, e é influenciada nas</p><p>organizações pelas interações sociais e não é pautada em uma visão</p><p>consciente de custos e transações. Nesse contexto, a escolha relacional de</p><p>confiança facilita as transações sociais e o aumento da confiança mútua.</p><p>Para a organização, quanto maior for o vínculo da confiança relacional,</p><p>maior será o ambiente de confiabilidade e, portanto,</p><p>maiores serão as</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 23 of 29</p><p>capacidades em superar desafios e atingir objetivos. Em contrapartida, se o</p><p>clima for de desconfiança, maiores serão os custos de transação e gastos</p><p>para o cumprimento dos compromissos. Mas como conseguir um ambiente</p><p>de confiança mútua? A resposta está em tudo que vimos até o momento.</p><p>Exercendo, na prática, os componentes de formação da confiança, com</p><p>uma I.E. de alto nível e ética, assertividade e resiliência.</p><p>2.4 Inteligência social</p><p>Você já aprendeu sobre I.E., personalidade e seus traços, a importância de</p><p>desenvolver um comportamento assertivo e a resiliência e que, sem um</p><p>ambiente de confiabilidade, o esforço e gastos para atingir resultados será</p><p>bem maior. Chegou a hora de falarmos mais sobre outro tipo de</p><p>inteligência importante para a atualidade. Iremos estudar um pouco mais</p><p>sobre o que vem a ser a Inteligência Social (I.S.).</p><p>2.4.1 Conceito de I.S.</p><p>O termo surgiu em um artigo de 1920 escrito pelo psicólogo da Columbia</p><p>University,  Edward Thorndike, que identificou a importância da I.S. para a</p><p>vida pessoal e profissional,   sobretudo para os líderes, afinal, a I.S. é a</p><p>“habilidade de se relacionar bem com outras pessoas e conseguir que elas</p><p>cooperem com você” (ALBRECHT, 2006, p. XV). Mas como conseguir? O</p><p>primeiro passo já demos, que é entender o que é e a relevância do assunto.</p><p>Agora, vamos utilizar os conceitos de Goleman (2007) para  aprendermos os</p><p>ingredientes que formam a I.S. O autor divide em duas categorias: a</p><p>consciência social e a facilidade social. Por consciência social, ele entende</p><p>que é o que sentimos em relação ao outro, ou seja, como a compreensão e</p><p>o entendimento dos sentimentos. Já facilidade social é o que fazemos com</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 24 of 29</p><p>esses sentimentos, ou seja, como lidamos para que se possa estabelecer</p><p>relações eficazes e influentes. O quadro a seguir explica melhor os dois</p><p>componentes.</p><p>Como já deve ter percebido, a I.E está presente na I.S., já que estamos</p><p>dentro de um mesmo organismo vivo e um mesmo cérebro. Agora, vamos</p><p>entender as principais habilidades da I.S.</p><p>2.4.2. Habilidades da I.S.</p><p>Segundo Goleman (2007), estudiosos do tema apontam seis habilidades a</p><p>serem consideradas na I.S.</p><p>Comunicação verbal e não verbal: essas habilidades, ligadas à</p><p>apresentação pessoal proposta por Goleman(2007), são</p><p>fundamentais para estabelecer o relacionamento. Dominar as</p><p>emoções e a expressão corporal correspondente ao que se sente é</p><p>uma forma de domínio pessoal, e que será como as pessoas serão</p><p>percebidas.</p><p>Autoapresentação: é a forma em que a pessoa se apresenta, de</p><p>forma a causar a impressão que deseja. O carisma é parte integrante</p><p>de uma autoapresentação eficaz, haja vista que atua como um agente</p><p>transmissor de emoção, e seu público o receptor, gerando a</p><p>sincronicidade.</p><p>Assertividade: essa habilidade é tão importante que destacamos ela</p><p>em um tópico específico neste capítulo. É um comportamento</p><p>objetivo, franco, honesto e direto, tanto na postura quanto nas ações,</p><p>que é percebido facilmente pelas pessoas.</p><p>Feedback (ou retroalimentação): Saber dar e receber feedback é uma</p><p>arte. Um feedback deve ser transmitido de forma assertiva e em um</p><p>processo que envolve relações de confiança mútua. O líder que</p><p>Figura 5 - Componentes da I.S. Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em GOLEMAN, 2007.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 25 of 29</p><p>domina a arte de dar, receber e agir com base  nos feedbacks, sem</p><p>dúvida tem a I.S. mais evoluída.</p><p>Empatia: conforme já mencionamos ao falar sobre emoções e I.E., a</p><p>empatia é uma qualidade em saber entender o sentimentos e</p><p>emoções do outro, mas não “sofrer” com o outro ou pelo outro. É</p><p>com base nesse entendimento que ações assertivas poderão ser</p><p>realizadas, com ética e buscando a justiça.</p><p>Vimos, até o momento, os conceitos, componentes e habilidades da I.S.</p><p>Agora, para ficar mais claro, apresentaremos um caso que envolve esse tipo</p><p>de inteligência e que, apesar de fictício, você já deve ter observado, ou na</p><p>vida real, ou mesmo em filmes.</p><p>CASO</p><p>Em um bairro, as crianças costumam jogar bola todos os finais de semana e já se</p><p>conhecem há tempos. Como não possuem uniformes, distinguem os times em “com</p><p>camisa” e “sem camisa”. A escolha dos participantes para cada time tem início a partir</p><p>dos dois capitães, iniciando por parte do garoto que ganha o par ou ímpar. Um garoto que</p><p>recentemente mudou para o bairro, resolveu participar do jogo, mas ficou como o último</p><p>a ser escolhido. Com pouca familiaridade com a bola, não era bem aceito pelos demais,</p><p>principalmente por um deles, que o repudiava com sarcasmo e voz de desprezo. Nessa</p><p>situação, o garoto novo, poderia partir para um confronto direto, mas resolve parar,</p><p>pensar e volta-se para o grupo e responde: “pessoal, tenho visto vocês jogarem bola e já</p><p>sei que são ótimos e é por isto que gostaria de jogar. Para, quem sabe, ser como vocês um</p><p>dia. Mas gostaria que soubessem que sou muito bom com jogos eletrônicos e posso</p><p>ensinar muitos truques também”.</p><p>Perceba no caso, que o novo componente, poderia ter partido para o</p><p>confronto, mas o que fez foi transformar uma visível pressão social em uma</p><p>possível relação de amizade (I.S.), gerenciando suas emoções (I.E), com</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 26 of 29</p><p>assertividade e transformando uma relação hostil em algo positivo.</p><p>Síntese</p><p>Esperamos que tenha gostado do capítulo. Vimos vários assuntos que, se</p><p>bem geridos,    poderão melhorar o desempenho profissional e a vida</p><p>pessoal. Respondendo ao título do capítulo, pessoas felizes produzem mais</p><p>e melhor. Aliás, tudo que fazemos felizes, fazemos melhor.</p><p>Neste capítulo, você teve a oportunidade de:</p><p>entender as diferenças entre os conceitos de sentimento, emoções e</p><p>humores e o quanto as emoções influenciam em nossa vida pessoal e</p><p>profissional;</p><p>fazer uma reflexão importante sobre a personalidade e seus traços e</p><p>a influência das emoções na formação da personalidade, originária</p><p>da biologia, mas principalmente do ambiente e das situações;</p><p>explicar a importância da I.E. no contexto organizacional e pessoal e</p><p>o controle das emoções, fundamental para quem quer ser um líder de</p><p>excelência;</p><p>conhecer mais a fundo os conceitos das emoções, personalidade e</p><p>I.E. avançamos para os tipos de comportamentos, onde ressaltamos</p><p>que a assertividade e a resiliência são fatores chaves para um bom</p><p>relacionamento, firme e duradouro;</p><p>entender o conceito do que seria confiar em alguém ou em um</p><p>organização;</p><p>investigar um pouco o conceito da I.S., que ajuda a construir e manter</p><p>os relacionamentos.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 27 of 29</p><p>Referências bibliográficas</p><p>ALBRECHT, K. Inteligência Social: a nova ciência do sucesso. São Paulo:</p><p>M.Books, 2006.</p><p>BERMAMINI, C. W. Psicologia aplicada à Administração de Empresas:</p><p>psicologia do comportamento organizacional. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2005.</p><p>FISHER, R. M.; NOVELLI, J. G. N. Confiança como fator de redução da</p><p>vulnerabilidade humana no ambiente de trabalho. Revista de</p><p>Administração de Empresas, 48(2), pp. 67-78, 2008.   Disponível em:</p><p>. Acesso em: 30/01/18.</p><p>GOLEMAN, D. Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de</p><p>sucesso. São Paulo: Objetiva, 2014.</p><p>_____. Inteligência Social: O poder das relações humanas. Rio de Janeiro:</p><p>Campus, 2007.</p><p>INTELIGÊNCIA. In: MICHAELIS. Dicionário On-Line. Disponível em:</p><p>portugues/busca/portugues-brasileiro/intelig%C3%AAncia/</p><p>(http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-</p><p>brasileiro/intelig%C3%AAncia/)>. Acesso em: 04/01/18.</p><p>LIPPY E HARDY. The Hanna-Barbera New Cartoon Series. 1962.</p><p>MAYER, R. C.; DAVIS, J. H.; SCHOORMAN, F. D. An integrative model of</p><p>organizational trust. The Academic of Management Review. Vol. 20, No. 3</p><p>(Jul., 1995), pp. 709-734. Disponível em:</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 28 of 29</p><p>.</p><p>Acesso em: 30/01/18.</p><p>MARTINS, V. Seja Assertivo. 7. ed. Rio de Janeiro: Alegro, 2005.</p><p>PIRSON, M.; MALHOTRA, D.K. Antecedents of stakeholder trust: what</p><p>matters to whom? 21/02/2010. Fordham University Schools of Business</p><p>Research. Paper n. 2010-016, 2010. Disponível em:</p><p>. Acesso  em: 05/01/2012.</p><p>ROBBINS, S. Fundamentos do Comportamento Organizacional. 12. ed.</p><p>São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.</p><p>_______. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson</p><p>Education do Brasil, 2006.</p><p>SATO, C.T. Gestão baseada em relações de confiança foi publicado. RAE-</p><p>eletrônica, Volume 2, Número 1, jan-jun/2003. Disponível em: . Acesso</p><p>em: 31/01/2018.</p><p>SHELDON, W. The varieties of temperament: A psychology of</p><p>constitutional differences. Nova York: Harper, 1942.</p><p>SOTO, E. Comportamento Organizacional. O Impacto das Emoções. São</p><p>Paulo: Thomson Editora, 2005.</p><p>THORNDIKE, E.  Intelligence and its uses. Haper´s Magazine, 140,  p.220-</p><p>235, 1920.</p><p>https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/NEG_LIDCCO_19/unidade_2/ebook/index.html 15/09/24, 16:44</p><p>Page 29 of 29</p>

Mais conteúdos dessa disciplina