Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>FRUTICULTURA TROPICAL</p><p>AULA 1</p><p>Prof.ª Francelize Chiarotti</p><p>2</p><p>INTRODUÇÃO À FRUTICULTURA</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>A fruticultura pode ser dividida em Tropical, Subtropical e Temperada, e</p><p>vem ganhando espaço nacional e mundial à medida que se entende e se</p><p>reconhece sua importância, já que proporciona melhorias no setor que vão desde</p><p>a produção até a qualidade de vida do produtor e do consumidor. Isso ocorre</p><p>devido ao aumento da diversidade de produção, desenvolvimento de pesquisas</p><p>e tecnologias, capacitações, manejos diferenciados, qualidade da matéria-prima,</p><p>nutrição, respeitando o meio ambiente, além de valorizar o produtor, a</p><p>preservação cultural e proporcionar a criação de empregos diretos e indiretos.</p><p>As frutíferas podem ser cultivadas em diferentes condições edafoclimáticas</p><p>graças às tecnologias e inovações desenvolvidas nas últimas décadas.</p><p>Nesta abordagem, vamos entender a importância da Fruticultura Tropical,</p><p>que representa a maior parcela da fruticultura nacional e de que forma podemos</p><p>desenvolvê-la para obter as melhores tomadas de decisão que serão cruciais</p><p>para o desenvolvimento e sucesso da produção.</p><p>TEMA 1 – ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA FRUTICULTURA TROPICAL</p><p>1.1 Importância socioeconômica</p><p>A fruticultura é uma atividade que gera cerca de 120 mil empregos diretos</p><p>e 480 mil indiretos, sendo que no Nordeste a produção representa 27% do que</p><p>é produzido no país, além de ser o maior polo de frutas para exportação, como</p><p>as frutas melão, banana, manga e mamão. A fruticultura tropical tem grandes</p><p>oportunidades de investimento, já que está em regiões onde é possível realizar</p><p>manejos com irrigação, o que favorece mais de uma colheita no ano, frutos com</p><p>padrão internacional durante todo o ano, retorno mais rápido dos investimentos,</p><p>disponibilidade de terras agriculturáveis. Além disso, é possível aproveitar as</p><p>oportunidades de agregação de valor a partir de agroindustrialização com foco</p><p>em produção de sucos, polpas, conservas, frutas secas e outros derivados. Nos</p><p>polos consolidados de fruticultura irrigada no Nordeste, Sul e Sudeste do país</p><p>estima-se que no segmento para cada hectare de fruteira plantado gera-se uma</p><p>3</p><p>renda aproximada de R$ 15 mil/ha, tornando o setor um grande gerador de</p><p>renda, empregos e desenvolvimento rural (Guerra, 2021).</p><p>Apesar das diversas vantagens ainda encontramos gargalos como a falta</p><p>de capacitação em gestão, planos estratégicos de ações, logística e perdas na</p><p>produção e processamento que variam de 30% a 90% do que é produzido no</p><p>país, considerando a espécie, estágio em que a fruta é descartada e no mercado</p><p>(Guerra, 2021). O ideal seria ter investimentos em desenvolvimento nesses</p><p>setores com programas e projetos que englobem toda a cadeia produtiva para</p><p>alcançar a solução desses gargalos.</p><p>1.2 Importância nacional e internacional</p><p>Em 2021, a produção brasileira de frutas ultrapassou 41 milhões de</p><p>toneladas em 2,6 milhões de hectares, o que representa 0,3% do território</p><p>nacional ocupado pela fruticultura, o que podemos considerar baixo quando</p><p>comparado ao setor de lavouras que ocupa 7,8%. Considerando todas as</p><p>regiões do país, existem 940 mil estabelecimentos agropecuários, sendo que</p><p>81% são na agricultura familiar. Emprega 193,9 mil trabalhadores formais e</p><p>corresponde a 11,5% da totalidade de empregos na agropecuária (Fonseca,</p><p>2022).</p><p>Sua expansão a nível nacional se deve ao desenvolvimento técnico e</p><p>científico junto às regiões com aptidão agrícola que proporcionam incremento na</p><p>produtividade; como exemplo temos a manga que cresceu 32% no período de</p><p>2010 a 2020, porém a área cultivada reduziu 6%, ou seja, aumento de 40,3% na</p><p>produtividade, situação também encontrada com limões e limas que tiveram</p><p>incremento de 17,4% no período. Com a diversidade de frutas produzidas, o</p><p>setor vem alcançando crescimento no mercado internacional e tem mais de 40</p><p>frutas a nível exportação com recorde de vendas de US$ 1,07 bilhão em 2021.</p><p>Desse faturamento, mais de 80% vêm das frutas manga, melão, uva, limão,</p><p>maçã, melancia e mamão. Os países importadores com maiores participações</p><p>são União Europeia com 52,6%, Reino Unido com 15,7% e Estados Unidos</p><p>12,8% (Canal Rural, 2022).</p><p>Na Tabela 1 temos os dados referentes às exportações de frutas no 1º</p><p>semestre de 2022 comparado ao 1º semestre de 2021. No geral, houve redução</p><p>de 11% em valor e volume de exportações, o que pode ser justificado pelo clima</p><p>desfavorável tanto no Vale do São Francisco, que afetou a produtividade e a</p><p>4</p><p>qualidade de uva e manga e, consequentemente, queda de volume de</p><p>exportação e redução nos preços pagos. Na região Sul, a estiagem foi</p><p>responsável por 30% de quebra na safra da maçã, afetando a produtividade e o</p><p>tamanho exigido para as exportações na Variedade Gala, restringindo mercado,</p><p>além da guerra entre Rússia e Ucrânia, uma vez que a Rússia é um dos</p><p>principais importadores da fruta. Apesar de dados de redução houve aumento</p><p>para outras frutas, como melão, melancia e limão, quando comparados os anos.</p><p>Para o melão, o faturamento teve aumento de 7% e nos embarques aumento de</p><p>9%, isso pode ser justificado pelos problemas climáticos enfrentados pela</p><p>América Central que historicamente envia grandes quantidades para a União</p><p>Europeia (UE). A melancia teve acréscimo de 20% em volume e 32% em valor</p><p>também justificado pelos problemas climáticos na América Central e somado ao</p><p>aumento do consumo resultante da melhoria na qualidade dos frutos. O limão</p><p>teve aumento de 12% no faturamento e 14% no volume, valores justificados pelo</p><p>aumento nas áreas de plantio e entrada de empresas que têm relevância no</p><p>ramo de exportação, além da busca por maior imunidade que tem levado ao</p><p>maior consumo de limão na Europa, principal importador de frutas brasileiras</p><p>(Canal Rural, 2022).</p><p>Tabela 1 – Comparativo semestral de exportação de frutas</p><p>MÊS / ANO 1º SEM DE 2021 1º SEM DE 2022 VARIAÇÃO</p><p>FRUTAS Valor(US$) Peso(Kg) Valor(US$) Peso(Kg) Valor(US$</p><p>)</p><p>Peso(Kg</p><p>)</p><p>LIMÕES E</p><p>LIMAS</p><p>R$ 67.808.304,00 78.844.768 R$</p><p>79.591.426,00</p><p>89.711.262 12% 14%</p><p>MANGAS R$ 81.041.852,00 79.712.150 R$</p><p>61.168.921,00</p><p>66.349.004 -25% -17%</p><p>MELÕES R$ 52.963.414,00 86.412.362 R$</p><p>56.912.103,00</p><p>94.108.997 7% 9%</p><p>CONSERVAS E</p><p>PREPARAÇÕE</p><p>S DE FRUTAS</p><p>(EXCL.</p><p>SUCOS)</p><p>R$ 37.339.381,00 24.348.030 R$</p><p>48.622.363,00</p><p>29.123.011 30% 19%</p><p>MAMÕES</p><p>(PAPAIA)</p><p>R$ 26.505.743,00 26.537.144 R$</p><p>26.716.780,00</p><p>21.965.029 1% -17%</p><p>UVAS R$ 50.067.563,00 21.760.366 R$</p><p>25.340.666,00</p><p>11.959.931 -51% -45%</p><p>MAÇÃS R$ 69.262.244,00 92.988.681 R$</p><p>24.356.352,00</p><p>34.220.361 -65% -63%</p><p>BANANAS R$ 18.510.512,00 55.779.930 R$</p><p>23.067.573,00</p><p>55.660.618 25% 0%</p><p>MELANCIAS R$ 13.803.936,00 30.256.831 R$</p><p>18.282.331,00</p><p>36.199.216 32% 20%</p><p>OUTRAS</p><p>FRUTAS</p><p>R$ 10.831.564,00 4.964.251 R$</p><p>13.014.293,00</p><p>4.937.270 22% 3%</p><p>ABACATES R$ 11.099.016,00 6.104.085 R$</p><p>11.883.675,00</p><p>7.264.651 7% 19%</p><p>FIGOS R$ 3.609.729,00 1.024.081 R$</p><p>4.026.740,00</p><p>1.100.551 12% 7%</p><p>PÊSSEGOS R$ 1.156.153,00 1.206.416 R$</p><p>3.894.706,00</p><p>3.330.899 237% 176%</p><p>5</p><p>ABACAXIS R$ 1.044.701,00 1.481.012 R$</p><p>1.874.567,00</p><p>2.454.368 79% 66%</p><p>CAQUIS R$ 1.011.022,00 775.758 R$</p><p>1.465.929,00</p><p>765.594 45% -1%</p><p>GOIABAS R$ 517.883,00 234.461 R$</p><p>615.643,00</p><p>261.082 19% 11%</p><p>COCOS R$ 606.280,00 414.137 R$</p><p>515.867,00</p><p>456.114 -15% 10%</p><p>LARANJAS R$ 750.373,00 3.246.741 R$</p><p>174.310,00</p><p>175.326 -77% -95%</p><p>MORANGOS R$ 79.265,00 20.676 R$</p><p>150.909,00</p><p>41.862 90% 102%</p><p>TANGERINAS,</p><p>MANDARINAS</p><p>E SATSUMAS</p><p>R$ 119.404,00 150.722 R$</p><p>106.117,00</p><p>56.724 -11% -62%</p><p>PERAS R$ 82.087,00 36.680 R$</p><p>91.563,00</p><p>36.271 12% -1%</p><p>KIWIS R$ 60.381,00 21.064 R$</p><p>69.934,00</p><p>22.240 16% 6%</p><p>CEREJAS R$ 42.564,00 5.868 R$</p><p>28.437,00</p><p>3.873 -33% -34%</p><p>POMELOS R$ 11.962,00 3.944 R$</p><p>12.069,00</p><p>4.044 1% 3%</p><p>MANGOSTÕES R$ 12.325,00 1.631 R$</p><p>7.006,00</p><p>2.576 -43% 58%</p><p>TÂMARAS R$ 44.712,00 11.715 R$</p><p>5.054,00</p><p>648 -89% -94%</p><p>AMEIXAS R$ 8.603,00 1.948 R$</p><p>3.951,00</p><p>1.207 -54% -39%</p><p>DAMASCOS R$ 2.110,00 225 R$</p><p>2.798,00</p><p>225 33% 0%</p><p>MARMELOS R$ - 0 R$</p><p>668,00</p><p>306 100% 100%</p><p>CLEMENTINAS R$ - 0 R$ 25,00 5 100% 100%</p><p>TOTAL R$ 517.914.545,00 516.345.67</p><p>7</p><p>R$</p><p>460.578.643,0</p><p>0</p><p>460.213.26</p><p>5</p><p>-11% -11%</p><p>Fonte: Elaborada com base em Mapa-Agrotat.</p><p>A nível nacional, temos a região Sudeste com 51% da produção nacional</p><p>de frutas, com os principais estados produtores sendo São Paulo, Minas Gerais,</p><p>Rio de Janeiro e Espírito Santo. Isso se deve às características de clima e relevo</p><p>diversificados, oportunizando o cultivo de frutas tropicais e temperadas. No sul</p><p>de São Paulo, localiza-se o Vale do Ribeira, que tem representatividade nacional</p><p>na produção de banana, além de ser conhecido pela preservação ecológica e de</p><p>tradições indígenas e quilombola. A fruticultura agrega muitos projetos regionais,</p><p>dentre eles em Minas Gerais, onde se tem o Projeto Jaíba, que tem um polo de</p><p>produção irrigada de banana, lima ácida Tahiti, manga e mamão. Eles possuem</p><p>uma marca que garante a rastreabilidade e consciência como atuação; a marca</p><p>Coletiva Região do Jaíba gerou oportunidades e reconhecimento dos produtos</p><p>regionais no mercado internacional. Ainda, no Sudeste, temos o Cinturão</p><p>Citrícola que abrange São Paulo e o Sudoeste de Minas Gerais, responsáveis</p><p>por proporcionar ao Brasil a colocação de maior produtor e exportador de suco</p><p>de laranja. A fruticultura, como já citado anteriormente, proporciona a realização</p><p>de manejos diferenciados que agregam maior valor aos produtos, dentre eles</p><p>podemos mencionar o aproveitamento de frutos de abacate, no Triângulo</p><p>6</p><p>Mineiro, que por não se enquadrarem nos padrões comerciais foram</p><p>redirecionados para a produção de azeite, o que também gerou maior renda e</p><p>oferta de empregos para os produtores da região (Fonseca, 2022).</p><p>Em segundo lugar, temos a região Nordeste, com 24% da produção</p><p>nacional de frutas, com os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco,</p><p>Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí. Essa região,</p><p>inicialmente pelas características climáticas por estar em uma região</p><p>Intertropical, com predominância de clima árido, não seria apta para produções</p><p>de frutíferas, entretanto, essa condição estimulou estudos e desenvolvimento de</p><p>estratégias e inovações que hoje tornaram a região líder em tecnologia na</p><p>fruticultura. Dentre as tecnologias, o uso da irrigação tornou a região de Juazeiro</p><p>(BA) e Petrolina (PE) no Vale do São Francisco um polo de grande</p><p>representatividade e vitrine da tecnologia em fruticultura. Sendo a uva um dos</p><p>exemplos das vantagens do uso de tecnologias, pois era uma fruta com</p><p>produção sazonal concentrada na região Sul e hoje com o desenvolvimento de</p><p>cultivares adaptadas ao clima tropical, irrigação e técnicas de quebra de</p><p>dormência, tornou o Vale do São Francisco responsável por 72% da produção</p><p>nacional de uva de mesa, seguida da manga com 61%. Outra tecnologia ligada</p><p>à irrigação que trouxe muitas vantagens para a região é o uso de água salina,</p><p>que é condicionado ao controle de salinidade e condutividade elétrica (CE), e</p><p>que, junto ao desenvolvimento de plantas adaptadas, proporcionou o avanço da</p><p>produção de frutas em Mossoró (RN), sendo hoje responsável por quase metade</p><p>da produção nacional de melão e 12% da melancia, tendo como principal forma</p><p>de escoamento a exportação (Fonseca, 2022).</p><p>As regiões Centro-Oeste e Norte, apesar de representarem 52% do</p><p>território nacional, são responsáveis por 13% da produção de frutas, e por serem</p><p>compostas pelos Biomas Amazônico, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica</p><p>proporcionam diversidades para a fruticultura. Outra característica da região</p><p>Norte é o extrativismo, que proporciona aos povos indígenas e ribeirinhos renda</p><p>enquanto ajudam na conservação da floresta nativa. Como exemplos de frutas</p><p>dessa região temos o guaraná, cupuaçu, açaí, cacau e castanha do Brasil (típica</p><p>da região amazônica). Esta última ainda é utilizada para recuperação e</p><p>reflorestamento de áreas. O açaí tem se destacado na produção sustentável,</p><p>uma vez que o fruto pode ser utilizado desde a indústria alimentícia até na</p><p>indústria de papel moveleira com o uso da fibra presente no interior do fruto, e</p><p>7</p><p>por ser uma palmeira permite o aproveitamento do palmito de açaí sem que o</p><p>corte leve à morte da planta (Fonseca, 2022).</p><p>Existem mais de 30 polos de fruticultura no Brasil que abrangem mais de</p><p>50 municípios. O polo Assu/Mossoró (RN), com a maior produção de melão do</p><p>país, o polo Petrolina/Juazeiro que possui mais de 100 mil hectares irrigados</p><p>com exportação de manga, banana, coco, uva, goiaba e pinha, garantem</p><p>emprego para aproximadamente 4 mil pessoas do semiárido da Bahia e</p><p>Pernambuco. Além desses, existem os polos com foco na exportação do Baixo</p><p>Jaguaribe (CE), com 52 mil hectares irrigados, e em desenvolvimento o polo</p><p>Norte de Minas Gerais, com produção de banana, manga, uva, coco e mamão</p><p>(Guerra, 2021).</p><p>A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e</p><p>Derivados (Abrafrutas) representa e promove a fruticultura brasileira frente ao</p><p>mercado internacional. Ela foi criada em 2014, sem fins lucrativos, e hoje detém</p><p>80% do volume de frutas frescas exportadas (Abrafrutas, 2022).</p><p>TEMA 2 – PROPAGAÇÃO DE PLANTAS</p><p>Segundo Fachinello et al. (2008),</p><p>[...] por muda, entende-se toda a planta jovem, com sistema radicular</p><p>e parte aérea, com ou sem folhas, obtida por qualquer método de</p><p>propagação, utilizada para a implantação de novos pomares. No caso</p><p>de mudas obtidas por enxertia, as mudas são formadas pela</p><p>combinação de duas ou mais cultivares diferentes. Muda de pé-franco,</p><p>é a denominação utilizada para designar aquelas mudas obtidas,</p><p>normalmente por estaquias, as quais são tem o sistema radicular e a</p><p>parte aérea formadas por uma única cultivar. Em alguns estados, como</p><p>em São Paulo, a denominação de pé-franco é utilizada para aquelas</p><p>mudas oriundas de sementes.</p><p>A propagação de frutíferas pode ser realizada via sexuada (semente) ou</p><p>assexuada (partes vegetativas), o que vai determinar o tipo escolhido são as</p><p>características particulares da espécie a ser cultivada.</p><p>2.1 Propagação sexuada</p><p>Geralmente, o uso de sementes está restrito a obtenção de porta-enxertos</p><p>e melhoramento genético. As mudas são feitas a partir da semeadura que ocorre</p><p>na época da maturação das frutas e depende do seu poder germinativo. É</p><p>importante selecionar as frutas provenientes de plantas adultas, sadias, que</p><p>apresentem bom vigor e as características varietais definidas. Faz-se, então, a</p><p>8</p><p>semeadura logo após a colheita, exceto espécies que precisam de período de</p><p>repouso para germinarem. Alguns detalhes são relevantes para a garantia da</p><p>germinação, como, por exemplo, retirar a polpa logo após a coleta das frutas</p><p>para que não inicie fermentação, e por existirem inibidores que impedem a</p><p>germinação das sementes. Por essa razão que não se realiza semeadura de</p><p>frutas inteiras. Para sementes que precisam de período de repouso, como o</p><p>pessegueiro, os caroços devem ser de cultivares de maturação tardia, a polpa</p><p>retirada também para evitar fermentação e encaminhados para locais</p><p>sombreados e úmidos, com temperaturas abaixo de 10°C, de 30 a 100 dias,</p><p>fazendo com que a maturação fisiológica seja completa, esse processo é</p><p>chamado de estratificação e favorece a germinação de sementes que têm</p><p>tegumento espesso e relativamente impermeável. A semeadura poderá ser feita</p><p>diretamente no solo ou em embalagens apropriadas, e, ao atingirem tamanho</p><p>adequado, que vai variar com</p><p>a espécie, elas são enviadas aos viveiros</p><p>(Fachinello et al., 2008).</p><p>2.2 Propagação assexuada</p><p>Quando a propagação é por partes vegetativas, pode-se utilizar diversas</p><p>técnicas para multiplicação, como por estacas, mergulhia, órgãos</p><p>especializados, enxertia e borbulhia.</p><p>A estaquia (Figura 1) é considera simples e é limitada à capacidade de</p><p>formar raízes das espécies utilizadas. O tamanho da estaca será determinado</p><p>de acordo com a maior ou menor facilidade de enraizamento. É realizada no</p><p>período de inverno, já que no verão exige instalações com nebulizadores</p><p>intermitentes. Para auxiliar no aumento do enraizamento, pode-se utilizar</p><p>auxinas (ácido indolbutírico AIB) na base da estaca na concentração de 2g L-1</p><p>por cinco segundos, o que aumenta de forma significativa o percentual de</p><p>estacas enraizadas (Fachinello et al., 2008).</p><p>9</p><p>Figura 1 – Estaquia</p><p>Créditos: Kazakova Maryia/Adobe Stock.</p><p>No caso da mergulhia (Figura 2), a muda será separada da planta-mãe</p><p>apenas depois de formar um sistema radicular próprio. A propagação por órgão</p><p>especializado é comum em morangueiro por estolões (Figura 3), bananeira por</p><p>rizomas (Figura 4) e abacaxizeiro por rebentos (Fachinello et al., 2008).</p><p>Figura 2 – Mergulhia</p><p>Crédito: Kazakova Maryia/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/203439448/kazakova-maryia?load_type=author&prev_url=detail</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/203439448/kazakova-maryia?load_type=author&prev_url=detail</p><p>10</p><p>Figura 3 – Estolões</p><p>Crédito: Дарья Лиходедова/Adobe Stock.</p><p>A enxertia (Figura 5) é utilizada para a maioria das frutíferas; logo, é muito</p><p>comum para formação de pomares comerciais. A partir do momento que os</p><p>porta-enxertos ou partes vegetativas estão com diâmetro de um lápis, é, então,</p><p>realizada a enxertia a uma altura de 5 a 20cm do solo, geralmente no inverno e</p><p>primavera/verão são feitas as enxertias de plantas com folhas caducas e na</p><p>primavera/verão para plantas com folhas persistentes.</p><p>Figura 4 – Rizoma</p><p>Crédito: Gicku91/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/209210710/%D0%B4%D0%B0%D1%80%D1%8C%D1%8F-%D0%BB%D0%B8%D1%85%D0%BE%D0%B4%D0%B5%D0%B4%D0%BE%D0%B2%D0%B0?load_type=author&prev_url=detail</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/203853683/gicku91?load_type=author&prev_url=detail</p><p>11</p><p>Figura 5 – Enxertia</p><p>Crédito: Imagesine /Adobe Stock.</p><p>A borbulhia é muito comum para produção de mudas de citros e deve ser</p><p>feita tomando alguns cuidados em relação à garantia de plantas livres de</p><p>doenças, principalmente vírus.</p><p>Alguns cuidados devem ser tomados para que as mudas se desenvolvam</p><p>adequadamente, entre eles, colocar tutores nas mudas caso estejam em locais</p><p>com ventos fortes, retirar brotações laterais, realizar adubações frequentes,</p><p>irrigação, desbastes e toaletes.</p><p>Após as mudas estarem bem desenvolvidas é hora de realizar o</p><p>transplante, ou seja, retirar a muda do viveiro para o local definitivo. As épocas</p><p>variam de acordo com a espécie e tipo de muda utilizada. Para mudas na forma</p><p>de raiz nua (de plantas de folhas caducas), o transplante é feito no período do</p><p>inverno, coincidindo com a menor atividade fisiológica. E para as mudas</p><p>comercializadas na forma de torrão (de plantas de folhas persistentes), o</p><p>transplante pode ser realizado em qualquer época do ano (Fachinello et al.,</p><p>2008).</p><p>O sucesso da produção está diretamente ligado à qualidade da muda,</p><p>sendo então de extrema importância adquirir mudas de viveiros credenciados</p><p>que irão garantir plantas com ótima formação e sanidade.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/208575426/imagesine?load_type=author&prev_url=detail</p><p>12</p><p>2.3 Qualidade das mudas</p><p>2.3.1 Viveiro</p><p>Os viveiros (Figura 6) são os locais onde as mudas serão produzidas e</p><p>conduzidas até o envio para o transplante. Para tanto, esses ambientes devem</p><p>seguir algumas condições para a garantia da qualidade das plantas, dentre eles:</p><p>estar expostos para a face Norte (possibilitando maior insolação nas plantas);</p><p>evitar área com maiores riscos de geadas; ter disponibilidade de água de</p><p>qualidade; de preferência estar em áreas com solo profundo e com textura mais</p><p>arenosa; isentos de doenças de solo e nematoides; ricos em matéria orgânica e</p><p>isentos de encharcamento; averiguar a legislação para a espécie a ser</p><p>multiplicada; principalmente para mudas cítricas utilizar telas contra insetos</p><p>vetores; de preferência terrenos mais planos, porém quando não for possível,</p><p>atentar-se para as práticas de conservação de solos; usar quebra ventos; manter</p><p>o local limpo (Fachinello et al., 2008).</p><p>Figura 6 – Viveiro</p><p>Crédito: Wenderson/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/207548739/wenderson?load_type=author&prev_url=detail</p><p>13</p><p>2.4 Certificação</p><p>A certificação de sementes e mudas, de caráter voluntário, é o processo</p><p>executado mediante controle de qualidade em todas as etapas do seu ciclo,</p><p>incluindo o conhecimento da origem genética e o controle de gerações, que</p><p>asseguram a rastreabilidade do lote. O certificador, Mapa ou pessoa por este</p><p>credenciada, é o responsável por verificar a aplicação das regras de certificação</p><p>estabelecidas pela Legislação de Sementes e Mudas, quando o material é</p><p>destinado ao comércio interno (GovBr, 2022).</p><p>É de suma importância que o viveiro siga todos os padrões estabelecidos</p><p>para cada espécie e tenha registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento (Mapa) de acordo com o Decreto n. 5.153/2004, que aprova o</p><p>regulamento da Lei n. 10.711/2003, que “objetiva garantir a identidade e a</p><p>qualidade do material de multiplicação e de reprodução vegetal produzido,</p><p>comercializado e utilizado em todo o território nacional” (Brasil, 2003).</p><p>O credenciamento do viveiro deverá ser atualizado anualmente tanto por</p><p>pessoa física quanto jurídica na entidade fiscalizadora ou certificadora, com</p><p>apresentação dos documentos: requerimento de solicitação de credenciamento;</p><p>apresentação do Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem), que é o</p><p>comprovante de registro de produtor de mudas junto ao Mapa; termo de</p><p>compromisso do responsável técnico; projeto técnico de produção de muda</p><p>fiscalizada ou certificada, com croqui de localização da propriedade, da área</p><p>destinada ao viveiro e/ou campo de plantas matrizes (Fachinello et al., 2008).</p><p>TEMA 3 – MORFOLOGIA E CARACTERÍSTICAS EDAFOCLIMÁTICAS</p><p>3.1 Morfologia</p><p>As frutíferas são plantas compostas por sistema radicular onde as raízes</p><p>e pelos absorventes são responsáveis pela absorção de nutrientes e</p><p>sustentação, e parte aérea onde encontramos o tronco, ramos, gemas, folhas,</p><p>flores e frutas. Os tipos de raízes encontrados em frutíferas são o pivotante, o</p><p>fasciculado e o fibroso, que terão como funções fixar a planta no solo, absorver</p><p>água e nutrientes e acumular substâncias de reserva, além da respiração e</p><p>crescimento em comprimento, diâmetro e ramificação. As raízes podem alcançar</p><p>de 1,5 a 7 vezes o raio médio da projeção da copa quando isoladas, e em</p><p>14</p><p>situações em que há maior proximidade a condição é modificada e o sistema</p><p>radicular ativo fica localizado em uma profundidade de até 40 cm. Na parte</p><p>aérea, os ramos e tronco sustentam as folhas, órgãos de frutificação, gemas e</p><p>frutas. Nas plantas lenhosas, as gemas são responsáveis pelo crescimento e</p><p>desenvolvimento das frutas, e de acordo com a posição na planta, são</p><p>classificadas em vegetativas, floríferas e mistas. Elas se formam com o início da</p><p>brotação no período vegetativo e permanecem vegetativas enquanto outras se</p><p>diferenciam em gemas floríferas. As gemas floríferas, dependendo da espécie,</p><p>podem ser formadas antes ou durante a brotação ou depois da abertura de</p><p>gemas vegetativas (Fachinello et al., 2008).</p><p>A indução floral depende de balanço hormonal e nutrição além de ser</p><p>favorecida pela massa fotossintética e manejos aplicados às plantas. Dentre</p><p>os</p><p>manejos, o anelamento e o uso de etileno (reguladores vegetais) estimulam a</p><p>indução floral. A alternância de produção ocorre quando há excesso de produção</p><p>de frutas e estas vão concorrer com a indução floral, pois há uma relação com a</p><p>síntese e translocação de giberelinas das sementes das frutas e nos ápices de</p><p>crescimento. Para amenizar esse fenômeno, pode-se realizar a poda. Para a</p><p>formação da fruta é necessário que aconteça a fecundação do óvulo ou um</p><p>processo de partenocarpia. Na fecundação, é essencial que tenha formação de</p><p>pólen, polinização, germinação do pólen, crescimento do tubo polínico e</p><p>fecundação. A plena floração ocorre quando 50 a 70% das flores estão abertas.</p><p>Para que a produção desejada seja alcançada é importante garantir a</p><p>polinização das frutíferas, e como elas necessitam de polinização cruzada é</p><p>imprescindível realizar o plantio intercalado com plantas polinizadoras, na</p><p>proporção de 10 a 20%. A presença de insetos polinizadores é de grande ajuda,</p><p>sendo comum o uso de abelhas na área na época da floração. E há casos em</p><p>que as frutíferas são autoférteis, como o pessegueiro, dispensando esses</p><p>manejos. O desenvolvimento da fruta vai desde a floração até a maturação e</p><p>varia de acordo com a espécie cultivada, e ao longo do processo ocorrem</p><p>diversos fenômenos fisiológicos que provocam a queda das frutas, assim como</p><p>podem ocorrer por ventos, chuvas de granizo, doenças, pragas, entre outras.</p><p>Segundo Fachinello et al. (2008), as quedas podem ocorrer na fase de:</p><p>• Vingamento - é a queda de flores e frutas mal fecundadas;</p><p>• Inchamento das frutas (“June drop”) – ocorre competição entre as frutas,</p><p>geralmente no final do período de multiplicação celular e início do</p><p>15</p><p>engrossamento das frutas. Pode cair de 10 a 30% das frutas, e a situação</p><p>pode ser agravada por problemas nutricionais e climáticos.</p><p>3.2 Classificação de frutíferas</p><p>Em relação à classificação quanto ao clima, há frutíferas de clima</p><p>Temperado, Subtropical e Tropical, sendo cada um caracterizado pelos</p><p>seguintes aspectos (Fachinello et al., 2008):</p><p>• Frutíferas de clima temperado</p><p>o hábito caducifólio;</p><p>o um único surto de crescimento;</p><p>o necessidade de frio com temperaturas ≤ 7,2°C, para superação do</p><p>estádio de repouso vegetativo;</p><p>o maior resistência a baixas temperaturas;</p><p>o necessidade de temperatura média anual entre 5 e 15°C para</p><p>crescimento e desenvolvimento;</p><p>o exemplos: pessegueiro, macieira, pereira, videira, ameixeira,</p><p>marmeleiro, quivi, cerejeira, nogueira-pecã, entre outras.</p><p>• Frutíferas de clima subtropical</p><p>o nem sempre apresentam hábito caducifólio;</p><p>o mais de um surto de crescimento;</p><p>o menor resistência a baixas temperaturas;</p><p>o pouca necessidade de frio no período de inverno;</p><p>o necessidade de temperatura média anual de 15 a 22°C;</p><p>o exemplos: cítricas, abacateiro, caqui, jabuticaba, nespereira, entre</p><p>outras.</p><p>• Frutíferas de clima tropical</p><p>o podem apresentar mais do que um surto de crescimento;</p><p>o apresentam folhas persistentes;</p><p>o não toleram temperaturas baixas;</p><p>o necessidade de temperatura média anual entre 22 e 30°C;</p><p>o exemplos: bananeira, cajueiro, abacaxizeiro, mamoeiro,</p><p>mangueira, maracujazeiro, coqueiro-da-Bahia, entre outras.</p><p>Já a classificação quanto ao hábito vegetativo, tem-se arbóreas,</p><p>arbustivas, trepadeiras e herbáceas, sendo elas (Fachinello et al., 2008):</p><p>16</p><p>• arbóreas – apresentam grande porte e tronco lenhoso. Exemplos:</p><p>mangueira, abacateiro, nespereira, jaqueira e nogueira-pecã;</p><p>• arbustivas – apresentam porte médio e caule menos resistentes.</p><p>Exemplos: figueira, amoreira, mamoeiro e romãzeira;</p><p>• trepadeiras – apresentam caule sarmentoso e provido de gavinhas.</p><p>Exemplos: videira, maracujazeiro e quivi;</p><p>• herbáceas – apresentam porte baixo, rasteiras ou com pseudocaules.</p><p>Exemplos: bananeira, morangueiro e abacaxizeiro.</p><p>Classificação quanto ao tipo de fruto, tem-se (Fachinello et al., 2008):</p><p>• frutas com sementes – maçã (Figura 7) e pera;</p><p>• frutas com caroços – pêssego (Figura 8) e ameixa;</p><p>• frutas com sementes carnosas – romã (Figura 9);</p><p>• frutas em bagas – uva (Figura 10), groselha e quivi;</p><p>• Frutas em espirídio – citros (figura 11) (imagem adobe 75910504);</p><p>• frutas agregadas – framboesa (Figura 12) e amora;</p><p>• frutas compostas – figo (Figura 13);</p><p>• frutas secas – noz-pecã (Figura 14) e pistache;</p><p>Figura 7 – Maçã</p><p>Crédito: Volff/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/images/unpeeled-tangerine-with-green-leaves-and-slices/75910504?prev_url=detail</p><p>17</p><p>Figura 8 - Pêssego</p><p>Crédito: Kovaleva_Ka/Adobe Stock.</p><p>Figura 9 - Romã</p><p>Crédito: A_Skorobogatova/Adobe Stock.</p><p>Figura 10 – Uva</p><p>Crédito: Tim UR/Adobe Stock.</p><p>18</p><p>Figura 11 – Tangerina</p><p>Crédito: Bestphotostudio/Adobe Stock.</p><p>Figura 12 – Framboesa</p><p>Crédito: Taras/Adobe Stock.</p><p>Figura 13 – Figo</p><p>Crédito: Maks Narodenko/Adobe Stock.</p><p>19</p><p>Figura 14 – Noz-pecã</p><p>Crédito: Volff/Adobe Stock.</p><p>Além dessas classificações, também podemos classificar os frutos em</p><p>climatéricos ou não climatéricos, ou seja, quanto à sua maturação, sendo os</p><p>processos de respiração e produção de etileno os elementos que determinam</p><p>em qual classificação os frutos vão se enquadrar. Quanto maior for a produção</p><p>de etileno e a respiração, mais rápido será o amadurecimento e a senescência</p><p>do fruto.</p><p>A respiração e o etileno induzem transformações no fruto que o tornam</p><p>comestível, apto ao paladar humano e animal. Ocorrem transformações de</p><p>redução da acidez, redução do teor de amido, redução da adstringência,</p><p>aumento dos açúcares, aumento dos aromas e degradação da clorofila; logo, à</p><p>medida que os frutos amadurecem, a clorofila vai sendo degrada e o fruto perde</p><p>a coloração verde (Chitarra, 2005).</p><p>Frutos climatéricos podem ser colhidos quando seu processo de</p><p>maturação ainda não estiver completo, ou seja, o fruto pode ser colhido imaturo,</p><p>pois completará sua maturação e amadurecimento fora da planta (Tabela 2).</p><p>Frutos não climatéricos não amadurecem fora da planta. Portanto, é de</p><p>extrema importância realizar a colheita no momento adequado, quando o fruto</p><p>tiver com seu processo de amadurecimento completo, com todas as</p><p>características que os tornam aptos ao consumo, uma vez que se forem colhidos</p><p>ainda imaturos vai permanecer com características de alta acidez e baixos teores</p><p>de açúcares, além de não ocorrer mudanças na coloração, ou seja, condições</p><p>desfavoráveis para a comercialização (Tabela 2).</p><p>20</p><p>Tabela 2 – Exemplos de frutos climatéricos e não climatéricos</p><p>CLIMATÉRICOS NÃO CLIMATÉRICOS</p><p>Abacate, Ameixa, Banana,</p><p>Damasco, Figo, Goiaba, Kiwi, Maçã,</p><p>Mamão, Manga, Maracujá, Melão,</p><p>Pêra, Pêssego.</p><p>Abacaxi, Cacau, Cereja, Framboesa,</p><p>Groselha, Laranja, Limão, Melancia,</p><p>Morango, Romã, Tâmara, Toranja,</p><p>Uva.</p><p>Fonte: Francelize Chiarotti.</p><p>3.3 Clima e solo</p><p>Para que as plantas se desenvolvam bem é necessário um conjunto de</p><p>condições que irão atuar diretamente nos períodos fenológicos que são divididos</p><p>em dormência, brotação, floração, frutificação, vegetação e maturação. Dentre</p><p>essas condições estão as características climáticas.</p><p>Temperatura: as plantas necessitam de diferentes valores de</p><p>temperaturas para cada um de seus períodos fenológicos, como dormência,</p><p>brotação, floração, frutificação, vegetação e maturação das frutas. Para a quebra</p><p>de dormência, no caso de frutíferas de clima temperado, apesar de termos a</p><p>informação de que é necessário acúmulo de frio com temperaturas ≤ 7,2°C, hoje</p><p>sabe-se que o mais importante é o frio contínuo durante o período de repouso,</p><p>sendo que temperaturas até 11ºC são efetivas e acima de 21ºC são prejudiciais.</p><p>Quando não ocorre frio suficiente no período de repouso, pode-se utilizar</p><p>reguladores vegetais para compensar ou, ainda, na escolha da espécie a ser</p><p>cultivada, escolher cultivares que necessitem de menor acúmulo de horas de frio</p><p>para quebrar</p><p>a dormência (Fachinello et al., 2008).</p><p>Chuva: as chuvas bem distribuídas durante o ano seriam o cenário</p><p>perfeito para o desenvolvimento das plantas, porém, essa não é a realidade, pelo</p><p>contrário, a má distribuição pluviométrica acaba proporcionando condições para</p><p>o desenvolvimento de doenças, encharcamento do solo dificultando a absorção</p><p>de nutrientes pelas raízes, excesso de umidade que irá prejudicar a polinização</p><p>e fecundação, interferindo na qualidade dos frutos na colheita e pós-colheita,</p><p>entre outros.</p><p>A umidade relativa do ar está inteiramente ligada à pluviosidade, sendo</p><p>então seu excesso e falta prejudiciais para as frutíferas assim como as chuvas.</p><p>21</p><p>Ventos: podem danificar as plantas de diversas formas, entre elas:</p><p>quebra dos ramos que irá favorecer entrada de doenças pelos ferimentos;</p><p>quebra no ponto de enxertia; queda de frutos; e dificultar o trabalho de insetos</p><p>polinizadores.</p><p>Para tanto, é importante que no planejamento do pomar seja realizada a</p><p>implantação de quebra-ventos dominantes, em geral em forma de L. O quebra-</p><p>vento protege uma área anterior quatro vezes maior do que sua altura e uma</p><p>área posterior de até 20 vezes, logo, se as plantas do quebra-ventos tiverem 5</p><p>metros de altura, a proteção será de aproximadamente 100 metros.</p><p>Características das plantas de quebra-vento: melíferas, crescimento rápido, boa</p><p>ramificação, folhas perenes e sistema radicular pouco agressivo. Caso sejam</p><p>utilizadas plantas de crescimento lento, é importante que o quebra-vento seja</p><p>implantado 1 a 3 anos antes da cultura. A posição das plantas deve ser feita em</p><p>filas duplas ou triplas (Fachinello et al., 2008).</p><p>Granizos e geadas: os granizos (Figura 15) e geadas sempre</p><p>representam um alto risco de perda da produção e até mesmo do pomar.</p><p>Atualmente, ainda é muito difícil realizar controle dessas intempéries, então</p><p>acaba sendo comum a recomendação de não plantar frutíferas em locais com</p><p>alto índice de granizo e geadas. Acaba sendo uma decisão consciente do</p><p>produtor querer ou não correr riscos.</p><p>Em tentativas de controle de granizo existem algumas técnicas como uso</p><p>de foguetes a base de nitrato de prata, porém demanda alta tecnologia, sendo</p><p>uma alternativa o uso de telas de proteção (Figura 16) ao longo das filas em</p><p>locais onde é frequente a queda de granizo e em pomares que possuem alto</p><p>retorno econômico para compensar os custos, como em área de uvas para mesa</p><p>e maçãs (Fachinello et al., 2008).</p><p>22</p><p>Figura 15 – Danos de granizo em morangueiro</p><p>Crédito: Goran/Adobe Stock.</p><p>Figura 16 – Pomar de maçã com proteção de telas antigranizo</p><p>Crédito: Eberhard /Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/208994524/goran?load_type=author&prev_url=detail</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/207266383/eberhard?load_type=author&prev_url=detail</p><p>23</p><p>As geadas se tornam prejudiciais dependendo do estágio fenológico das</p><p>plantas, ou seja, se ocorrerem no período de repouso (dormência), não há</p><p>problemas, porém, se ocorrerem quando as plantas já iniciaram as brotações,</p><p>haverá grandes perdas de produção; para tanto, recomenda-se para os</p><p>produtores que utilizem técnicas que amenizem as perdas, como o sistema de</p><p>irrigação por aspersão, em que se utiliza a aspersão na madrugada que</p><p>antecede a geada, com temperaturas previstas menores de 0°C, então, na noite</p><p>de céu claro, ligar a irrigação durante a noite e início da manhã. Com a irrigação</p><p>haverá a formação de uma película protetora nas plantas e quando chegar a 0°C</p><p>a água irá congelar (Figura 17) e se manter nessa temperatura, protegendo</p><p>então os tecidos vegetais, uma vez que as perdas significativas ocorrem com</p><p>temperaturas menores que -1,5°C.</p><p>Porém, quando o produtor não dispõe dessa condição, pode se preparar</p><p>para os próximos anos e ainda se informar na sua região sobre programas de</p><p>crédito do Governo Federal, como Pronaf ou por Secretarias de Estado da</p><p>Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.</p><p>Figura 17 – Técnica de irrigação para amenizar danos de geadas tardias em</p><p>frutíferas</p><p>Crédito: Werner/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/206673077/werner?load_type=author&prev_url=detail</p><p>24</p><p>Outras técnicas utilizadas são acender fogueiras entre as fileiras das</p><p>plantas para gerar calor e amenizar os danos do frio da geada (Figura 18) e</p><p>cobrir as plantas com tecidos durante a noite e que deverão ser retirados no dia</p><p>seguinte quando as temperaturas já começam a subir com a presença do sol</p><p>(Figura 19).</p><p>Figura 18 – Fogueiras acesas em Vinhedo na Borgonha para amenizar danos de</p><p>geada</p><p>Crédito: David/Adobe Stock.</p><p>Figura 19 – Plantas protegidas para amenizar danos de geadas</p><p>Crédito: Michele Ursi/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/208946188/david?load_type=author&prev_url=detail</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/207492479/michele-ursi?load_type=author&prev_url=detail</p><p>25</p><p>Solo: no geral, para fruticultura, os solos francos, profundos e bem-</p><p>drenados são os mais adequados. Além disso, no preparo é importante eliminar</p><p>pedras e tocos de plantas que possam prejudicar nos manejos posteriores na</p><p>área. Em áreas com maiores declives, se possível, escolher a exposição norte,</p><p>pois irá proporcionar maior incidência de luz e menor de ventos.</p><p>Ao preparar o solo para a implantação das frutíferas levar em</p><p>consideração também a implantação de plantas de cobertura (Figura 20) com o</p><p>intuito de preservar e melhorar as condições químicas, físicas e biológicas do</p><p>solo, além de reduzir perdas de solo, principalmente em áreas declivosas,</p><p>contribuindo para a conservação do solo e consequentemente da água.</p><p>Figura 20 – Vinhedo com manejo de cobertura de solo no inverno e depois a</p><p>palhada que continuará favorecendo a melhoria da qualidade do solo</p><p>Crédito: da autora.</p><p>TEMA 4 – IMPLANTAÇÃO DO POMAR</p><p>O primeiro passo para a implantação do pomar é realizar um levantamento</p><p>de custos levando em conta as características da área, o potencial de</p><p>comercialização e crescimento da cultura escolhida na região. Então, a partir</p><p>desse levantamento, será possível verificar as características específicas de</p><p>manejo da frutífera e dar início à implantação da cultura com o preparo do solo.</p><p>Importante frisar que os custos de produção devem fazer parte do dia a</p><p>dia do produtor, para que ele possa avaliar a viabilidade da produção, calcular</p><p>seus preços mínimos de venda, realizar investimentos futuros na área e até</p><p>mesmo optar por mudar de cultura caso a produção não esteja sendo viável.</p><p>26</p><p>4.1 Preparo do solo</p><p>Primeiramente, é de extrema importância realizar amostragem para então</p><p>fazer análise de solo. Essa amostra deve ser feita nas profundidades de 0-20 cm</p><p>e 20-40 cm e até mesmo 40-60 cm dependendo da condição da área. Com essas</p><p>informações, será possível realizar uma adequada recomendação de correção</p><p>de pH até os 40 cm de profundidade e posteriores adubações para o melhor</p><p>desenvolvimento da cultura; além de, no momento da amostragem, avaliar se há</p><p>pontos de compactação ou algum impedimento para o desenvolvimento das</p><p>raízes; caso sejam encontrados, recomenda-se o uso de maquinários para</p><p>destocas, subsolador e grades. Ressaltando que as orientações para o manejo</p><p>do solo também devem levar em consideração o tipo de solo, declividade do</p><p>terreno e condições climáticas (Fachinello et al., 2008).</p><p>Nessa fase de preparo do solo também já pode ser realizado o plantio de</p><p>cobertura de solo com mix de gramíneas e leguminosas que irão auxiliar na</p><p>manutenção e melhoria da qualidade do solo.</p><p>Não há necessidade de se realizar análises de solo anuais, porém, a cada</p><p>3-4 anos é válido fazer para acompanhar as condições do solo.</p><p>4.2 Plantio</p><p>O plantio deverá ser realizado de acordo com a região e tipo de muda</p><p>utilizada; no caso de mudas de raiz nua, o ideal é em época de menor atividade</p><p>fisiológica da planta em meados dos meses</p><p>de julho a agosto, e na condição de</p><p>mudas em embalagens, o plantio poderá ser feito em períodos de chuvas</p><p>durante todo o ano. O espaçamento vai variar de acordo com a frutífera, objetivo</p><p>de produção, características climáticas da região, maquinário disponível na</p><p>propriedade e vigor das plantas. Os berços (anteriormente denominados covas)</p><p>devem ter tamanho suficiente para que todo o sistema radicular se acomode</p><p>(Figura 21) sem que ocorra dobramento das raízes, os adubos que forem</p><p>adicionados devem ser misturados ao solo, e ao fechar o berço eliminar as</p><p>bolsas de ar por meio de leve compactação do solo adicionado e irrigar</p><p>(Fachinello et al., 2008).</p><p>27</p><p>Figura 21 – Sistema radicular acomodado no berço</p><p>Crédito: Sima/Adobe Stock.</p><p>Figura 22 – Mudas com tutoramento</p><p>Crédito: Thierry RYO/Adobe Stock.</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/200463545/sima?load_type=author&prev_url=detail</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/47137/thierry-ryo?load_type=author&prev_url=detail</p><p>28</p><p>Alguns cuidados pós-plantio devem ser realizados, como: o tutoramento</p><p>das mudas (Figura 22), retirar ramos-ladrões, principalmente originados do</p><p>porta-enxerto, vistoriar as áreas para evitar ataques de formigas, realizar</p><p>irrigação quando necessária e de acordo com as condições da propriedade.</p><p>De acordo com a frutífera escolhida será necessário verificar quais as</p><p>cultivares mais adequadas para o objetivo comercial da área, uma vez que</p><p>existem características específicas de manejos para a produção de acordo com</p><p>o foco que poderá ser é in natura ou processado, e ainda se o destino é para o</p><p>mercado interno ou para exportação.</p><p>TEMA 5 – CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS PRODUTIVOS</p><p>Pelo fato de o Brasil ter grande extensão territorial ele possui também</p><p>grande diversidade de clima e solo, o que favorece a possibilidade de se produzir</p><p>diferentes culturas nas diversas regiões. Essa condição também proporciona a</p><p>diversidade de maneiras de se produzir, indo desde manejos simples até os mais</p><p>tecnificados, de acordo com a realidade das propriedades e regiões.</p><p>Dentre os diversos manejos que vêm sendo realizados hoje, vamos</p><p>destacar aqui os três mais relevantes no setor: o Convencional, o Integrado e o</p><p>Orgânico.</p><p>5.1 Convencional</p><p>É o sistema mais conhecido e utilizado atualmente. Tem como foco</p><p>principal a monocultura (Figura 23), é cultivado em grandes áreas e tem como</p><p>objetivo a comercialização no mercado interno e externo.</p><p>Utiliza tecnologias avançadas, maquinários, uso de produtos</p><p>fitossanitários e fertilizantes químicos, transgênicos e busca altas</p><p>produtividades.</p><p>29</p><p>Figura 23 – Plantação de mamão papaya no sistema convencional – monocultura</p><p>Crédito: Johana/Adobe Stock.</p><p>5.2 Integrado</p><p>Este sistema vem ganhando muito espaço no setor da Fruticultura, pois</p><p>tem como objetivo gerar alimentos de alta qualidade a partir de uma visão</p><p>holística, em que se avalia todo o contexto da produção, buscando o equilíbrio</p><p>do agroecossistema, respeitando o meio ambiente.</p><p>Utiliza técnicas para preservação e melhoria da qualidade do solo, usa</p><p>ferramentas para tomadas de decisão, como armadilhas entomológicas para</p><p>controle massal e monitoramento de pragas, termo-higrômetros para avaliação</p><p>de aplicação de produtos fitossanitários, uso de produtos alternativos para</p><p>controle de pragas e doenças, e busca selos e certificações para garantia de</p><p>rastreabilidade e transparência para o consumidor.</p><p>A Produção Integrada de Frutas (PIF) surgiu como uma extensão do</p><p>manejo Integrado de Pragas (MIP) na década de 1970, na Europa, como forma</p><p>de harmonizar as práticas de manejo do solo e a proteção das plantas, com</p><p>impacto sobre o ambiente. Entretanto, somente em 1993 foram publicados, na</p><p>Europa, pela Internacional Organization for Biological and Integrated Control of</p><p>Noxious Animals and Plants (IOBC), os princípios e normas técnicas pertinentes,</p><p>https://stock.adobe.com/br/contributor/211151140/johana?load_type=author&prev_url=detail</p><p>30</p><p>que servem como base para a elaboração das diretrizes gerais nas diferentes</p><p>regiões produtoras do mundo. A adoção do Sistema de Produção Integrada de</p><p>Frutas evoluiu rapidamente, tornando-se uma referência como sistema de</p><p>produção nas principais áreas frutícolas da Europa (Fachinello et al., 2008).</p><p>5.3 Orgânico</p><p>Sistema que objetiva o equilíbrio ecológico, mantendo pragas e doenças</p><p>em níveis que não causem danos econômicos. Busca-se a sustentabilidade da</p><p>unidade de produção, utilizando manejos como a reciclagem de nutrientes, uso</p><p>de fontes renováveis, conservação do solo e da água, uso de materiais de origem</p><p>animal, monitoramento com armadilhas entomológicas, entre outros.</p><p>Possui certificação a nível nacional, sendo os produtores responsáveis</p><p>por solicitar a certificadoras credenciadas seu selo de produto orgânico (Figura</p><p>24).</p><p>Figura 24 – Logo oficial do produto orgânico para embalagens</p><p>Fonte: Selo oficial da certificação orgânica.</p><p>Na Tabela 3 podemos visualizar um comparativo das principais práticas</p><p>realizadas nos sistemas de produção Convencional, Integrado e Orgânico.</p><p>Tabela 3 – Diferenças entre sistemas de produção Convencional, Integrado e</p><p>Orgânico</p><p>PRÁTICA</p><p>CULTURAL</p><p>CONVENCIONAL INTEGRADO ORGÂNICO</p><p>Revolvimento de</p><p>solo</p><p>Intenso Mínimo Mínimo</p><p>Agroquímicos Pouco controle Restritos Naturais</p><p>31</p><p>Pós-Colheita Usa agrotóxicos Não usa Não usa</p><p>Fertilização Sem controle Orgânicos e</p><p>químicos</p><p>Só orgânicos</p><p>Defesa da planta Calendário Monitoramento Monitoramento</p><p>Legislação Não dispõe Portaria 447 Mapa Portaria Mapa</p><p>007/99</p><p>Fonte: Elaborada com base em Fachinello et al., 2008.</p><p>FINALIZANDO</p><p>Como pudemos perceber, a fruticultura tropical, assim como a subtropical</p><p>e atemperada, vem ocupando espaço importante na economia do país e</p><p>consequentemente na vida do produtor rural. Esse reconhecimento se deve aos</p><p>resultados que vêm sendo alcançados tanto a nível nacional quanto</p><p>internacional, e é consequência da busca pelo conhecimento, entendendo os</p><p>conceitos que cercam o setor, o funcionamento das plantas e do ambiente para</p><p>manejos serem desenvolvidos, os cuidados em estar dentro das leis e respeitar</p><p>o meio ambiente, até as formas que podem ser trabalhadas de acordo com a</p><p>escolha do produtor em seguir manejos convencionais, integrados e/ou</p><p>orgânicos.</p><p>32</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ABRAFRUTAS. Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de</p><p>Frutas e Derivados. A associação. Brasília, 2022. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 15 set. 2022.</p><p>BRASIL. Lei n. 10.711, de 5 de agosto de 2003. Diário Oficial da União, Poder</p><p>Legislativo, Brasília, DF, 5 ago. 2003.</p><p>CANAL RURAL. Notícias – Mercado Internacional - Exportações brasileiras de</p><p>frutas recuam 11% no 1º semestre de 2022. Brasília, 19 jul. 2022. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 15 set. 2022.</p><p>CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutas e hortaliças:</p><p>fisiologia e manuseio. 2. ed. rev. amp. Lavras: Universidade Federal de Lavras,</p><p>2005.</p><p>FACHINELLO, J. C.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E. Fruticultura,</p><p>fundamentos e práticas. Publicação on-line. Pelotas: FAEM/UFPEL, 2008.</p><p>FONSECA, L. A. B. V. Fruticultura Brasileira: Diversidade e sustentabilidade</p><p>para alimentar o Brasil e o Mundo. CNA Brasil, Brasília, 3 maio 2022. Disponível</p><p>em: . Acesso em: 12 set.</p><p>2022.</p><p>GUERRA, H. G. Manual de Fruticultura Tropical – Volume I. Banana, Caju,</p><p>Goiaba e Mamão. Editor: Lisbon. ago 2021.</p><p>GOVBR. Serviços e Informações do Brasil. Certificar sementes e mudas.</p><p>Brasília,</p><p>2022. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2022.</p><p>MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agrostat -</p><p>Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro 2022. Brasília, 2022.</p><p>Disponível em: .</p><p>Acesso em: 15 set. 2022.</p><p>https://abrafrutas.org/a-associacao/</p><p>https://www.canalrural.com.br/noticias/economia/exportacoes-brasileiras-de-frutas-recuam-11-no-1o-semestre-de-2022/</p><p>https://www.canalrural.com.br/noticias/economia/exportacoes-brasileiras-de-frutas-recuam-11-no-1o-semestre-de-2022/</p><p>https://cnabrasil.org.br/noticias/fruticultura-brasileira-diversidade-e-sustentabilidade-para-alimentar-o-brasil-e-o-mundo#:%7E:text=Em%202021%2C%20a%20atividade%20frut%C3%ADcola,postos%20de%20trabalho%20na%20agropecu%C3%A1ria</p><p>https://cnabrasil.org.br/noticias/fruticultura-brasileira-diversidade-e-sustentabilidade-para-alimentar-o-brasil-e-o-mundo#:%7E:text=Em%202021%2C%20a%20atividade%20frut%C3%ADcola,postos%20de%20trabalho%20na%20agropecu%C3%A1ria</p><p>https://cnabrasil.org.br/noticias/fruticultura-brasileira-diversidade-e-sustentabilidade-para-alimentar-o-brasil-e-o-mundo#:%7E:text=Em%202021%2C%20a%20atividade%20frut%C3%ADcola,postos%20de%20trabalho%20na%20agropecu%C3%A1ria</p><p>https://cnabrasil.org.br/noticias/fruticultura-brasileira-diversidade-e-sustentabilidade-para-alimentar-o-brasil-e-o-mundo#:%7E:text=Em%202021%2C%20a%20atividade%20frut%C3%ADcola,postos%20de%20trabalho%20na%20agropecu%C3%A1ria</p><p>https://www.gov.br/pt-br/servicos/certificar-sementes-e-mudas</p><p>https://www.gov.br/pt-br/servicos/certificar-sementes-e-mudas</p><p>https://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm</p><p>INTRODUÇÃO À FRUTICULTURA</p><p>Conversa inicial</p><p>FINALIZANDO</p><p>REFERÊNCIAS</p>

Mais conteúdos dessa disciplina