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<p>80</p><p>REDAÇÃO GALILEU</p><p>27 ABR 2022</p><p>Pesquisadores investigaram sites de vendas na internet</p><p>como Amazon, Ebay, Etsy e Alibaba e descobriram que diver-</p><p>sas espécies de insetos e aranhas, incluindo 79 listadas como</p><p>ameaçadas de extinção, estão à venda ilegalmente. Os experts</p><p>registraram seus resultados em 2 de abril na revista Global</p><p>Ecology and Conservation.</p><p>A pesquisa revelou que adquirir animais raros e vulnerá-</p><p>veis por tráfico não é difícil: basta realizar pesquisas básicas</p><p>na internet. A equipe de especialistas encontrou à venda na</p><p>web criaturas incluídas em três listas: a da Convenção sobre o</p><p>Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de</p><p>Extinção (CITES), a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da</p><p>União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e</p><p>a Lista de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos.</p><p>Entre as espécies localizadas nos sites de vendas, estava</p><p>uma das borboletas mais raras do mundo, a Papilio chikae,</p><p>listada como ameaçada pela CITES. O animal estava disponí-</p><p>vel na Amazon por cerca de US$ 110 (R$ 551,62, na atual cota-</p><p>ção). Também foram encontradas sete espécies criticamente</p><p>ameaçadas segundo a Lista Vermelha da IUCN, incluindo uma</p><p>tarântula Poecilotheria Metallica, à venda por US$ 232,50</p><p>(R$1.164,57), e um besouro Propomacrus cypriacus, que saía</p><p>por mais de US$ 1,1 mil (R$ 5,5 mil) no eBay.</p><p>Estavam presentes ainda muitas espécies usadas em servi-</p><p>ços ecológicos, como joaninhas liberadas para controle de pra-</p><p>gas e polinizadores. Segundo os cientistas, isso é alarmante,</p><p>pois esses insetos deveriam ser liberados por fontes regula-</p><p>mentadas, já que soltá-los na natureza pode afetar gravemen-</p><p>te outras populações de animais.</p><p>A pesquisa em questão foi liderada por John Losey, profes-</p><p>sor de entomologia da Un iversidade Cornell, nos EUA, que tra-</p><p>balhou em conjunto com 18 estudantes de graduação e com</p><p>Paul Curtis, especialista da vida selvagem.</p><p>De acordo com Losey, quanto mais rara são as espécies,</p><p>mais valiosas elas se tornam para colecionadores. Isso preocupa</p><p>os especialistas pois os insetos negociados estão em declínio no</p><p>planeta. Estimativas apontam que a Terra está perdendo cerca</p><p>de 10 a 20% de todas as espécies do grupo a cada década.</p><p>Adaptado de: https://revistagalileu.globo.com/UmSo-Planeta/</p><p>noticia/2022/04/estudo-denuncia-venda-ilegal-de-aranhas-e-insetos-raros-e-</p><p>ameacados-na-web.html. Acesso em: 06 maio 2022.</p><p>Em relação à coesão, analise o excerto retirado do texto: “Tam-</p><p>bém foram encontradas sete espécies criticamente ameaçadas</p><p>segundo a Lista Vermelha da IUCN, incluindo uma tarântula</p><p>Poecilotheria Metallica, à venda por US$ 232,50 (R$1.164,57), e</p><p>um besouro Propomacrus cypriacus, que saía por mais de US$</p><p>1,1 mil (R$ 5,5 mil) no eBay.” e assinale a alternativa correta.</p><p>a) A expressão “por mais de” estabelece uma comparação.</p><p>b) O adjetivo “criticamente” poderia ser substituído sem pre-</p><p>juízo de sentido pela forma “severamente”.</p><p>c) A forma verbal “incluindo” introduz uma explicação.</p><p>d) A palavra “também” poderia ser substituída sem prejuízo de</p><p>sentido por “além disso”.</p><p>e) O termo “segundo” introduz uma informação que expressa</p><p>contrariedade.</p><p>239. (FCC – 2022) Para responder a questão, considere um tre-</p><p>cho do romance Quincas Borba, de Machado de Assis.</p><p>Rubião fitava a enseada, – eram oito horas da manhã.</p><p>Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do cham-</p><p>bre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele</p><p>admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos</p><p>digo que pensava em outra coisa. Cotejava o passado com o</p><p>presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capi-</p><p>talista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis,</p><p>que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para</p><p>o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo,</p><p>desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de</p><p>propriedade.</p><p>– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa</p><p>ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me</p><p>daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e</p><p>aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...</p><p>Que abismo que há entre o espírito e o coração! O espírito</p><p>do ex-professor, vexado daquele pensamento, arrepiou caminho,</p><p>buscou outro assunto, uma canoa que ia passando; o coração,</p><p>porém, deixou-se estar a bater de alegria. Que lhe importa a canoa</p><p>nem o canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham, arregala-</p><p>dos? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez que a mana Piedade</p><p>tinha de morrer, foi bom que não casasse; podia vir um filho ou</p><p>uma filha... – Bonita canoa! – Antes assim! –</p><p>Como obedece bem aos remos do homem! – O certo é que</p><p>eles estão no Céu!</p><p>Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquan-</p><p>to lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a bandeja,</p><p>que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que</p><p>amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo Palha</p><p>disse-lhe que era matéria de preço, e assim se explica este par</p><p>de figuras que aqui está na sala, um Mefistófeles e um Fausto.</p><p>Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja, – primor de</p><p>argentaria, execução fina e acabada.</p><p>(Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)</p><p>Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe</p><p>deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a bandeja, que era</p><p>de prata lavrada. (4º parágrafo)</p><p>Os termos destacados referem-se, respectivamente, a</p><p>a) “Rubião” e “prata lavrada”.</p><p>b) “Rubião” e “bandeja”.</p><p>c) “xícara” e “prata lavrada”.</p><p>d) “xícara” e “bandeja”.</p><p>e) “açúcar” e “bandeja”.</p><p>240. (CEBRASPE-CESPE – 2022) Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica aumento nas</p><p>atividades em todos os setores – indústria, comércio, serviços,</p><p>consumo. Em outras palavras, significa mais extração de recur-</p><p>sos naturais, mais produção e mais coisas devolvidas à terra</p><p>na forma de lixo. O crescimento econômico deveria ser um</p><p>meio de valor neutro para atender às necessidades básicasa de</p><p>todos e criar comunidades mais saudáveis, energia mais limpa,</p><p>infraestrutura mais sólida, cultura mais vibrante etc. Durante</p><p>muito tempo, ele contribuiu para a difusão desses objetivos</p><p>fundamentais em algumas partes do planeta, propiciando a</p><p>abertura de estradas, a construção de moradias etc.</p><p>Agora, talvez já tenhamos coisas suficientes para atender</p><p>às necessidades básicas de todos; só que elas não são distri-</p><p>buídas de forma justa.</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema econômi-</p><p>co dominante valoriza o crescimento como um objetivo em si</p><p>mesmo. Por isso usamos o produto interno bruto, ou PIB, como</p><p>a medida padrão do sucesso de uma nação. O PIB contabiliza o</p><p>valor dos bens e serviços produzidos a cada ano. Mas deixa de</p><p>fora facetas importantes, ao não considerar a distribuição desi-</p><p>gual e injusta da riqueza, nem examinar quão saudáveis e satis-</p><p>feitas estão as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode</p><p>seguir subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores</p><p>ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determinado</p><p>ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros custos ecológicos</p><p>e sociais do crescimento não são incluídos no PIB.</p><p>A fé de nossa sociedaded no crescimento econômico repou-</p><p>sa na suposição de que sua continuidade é tão possível quanto</p><p>benéfica. Mas nenhum dos dois pressupostose é verdadeiro.</p><p>Primeiro porque, devido aos limites do planeta, o crescimento</p><p>econômicob infinito é impossível. Ultrapassado o patamar em</p><p>que as necessidades humanas básicas são atendidas, ele tam-</p><p>pouco se revelou uma estratégia para aumentar o bem-estar.</p><p>Registramos, hoje, nas grandes metrópoles, um alto nível de</p><p>estresse, depressão, ansiedade e solidão.</p><p>Annie Leonard. Uma história das coisas. Da natureza ao lixo, o que</p><p>acontece com tudo o que consumimos. Rio de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7</p><p>(com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Natalia Feijó Ribeiro - 096.457.457-80, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a</p><p>sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p>

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