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As políticas educacionais são todas as ações conduzidas pelo Estado destinadas a garantir os direitos de educação para a sociedade. Elas estão ligadas às decisões que o poder público toma em relação a programas, projetos, fundos, planos, exames, entre outros. A atuação das políticas públicas da educação está relacionada com o desenvolvimento social. Assim, são objetivos delas a erradicação do analfabetismo, a universalização do ensino, o acesso à tecnologia e à profissionalização, entre outros. Como todas as políticas públicas, as políticas educacionais devem ser construídas a partir de diálogo com a sociedade civil, através de processos de escuta e de participação da comunidade escolar, além de conselhos e de entidades do setor privado. Neste artigo, vamos entender o que são as políticas públicas da educação, como elas são implementadas e quais as principais vigentes no Brasil. O que são políticas públicas? As políticas públicas são um conjunto de decisões governamentais tomadas na forma de programas, de planos, de ações ou de projetos, para garantir os direitos estabelecidos pela Constituição Federal – que em seu artigo 6° coloca o direito à educação, por exemplo. Por isso, elas são destinadas a todos os cidadãos, independente de raça, classe social ou gênero. As políticas públicas fazem parte do projeto do governo e podem ou não ser colocadas em prática com a alternância de poder. No entanto, vale diferenciar o que é uma política governamental de uma política de Estado. A política de Estado é independente da atual gestão do governo, ou seja, deve ser realizada por todo governante eleito e é garantida pela Constituição. Por sua vez, a política de governo é adotada pela gestão em vigor e pode ser modificada com a alternância de poder. Qual é a importância das políticas públicas na educação? Em um país de dimensões continentais e um alto índice de desigualdade social como o Brasil, as políticas públicas educacionais atuam para corrigir distorções sociais e garantir que mais pessoas tenham acesso à educação. O Brasil ocupa a 9ª posição no ranking de desigualdade no mundo, de acordo com o Banco Mundial. Esse índice reflete também o acesso à moradia, ao lazer e à educação, logo, afeta o bem-estar social. Em 2020, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, registrou que a taxa de analfabetismo no Brasil é de 6,8%, o que equivale a aproximadamente 11 milhões de pessoas. A mesma pesquisa mostra que 1 em cada 4 brasileiros não têm acesso à internet, o que representa cerca de 46 milhões de pessoas, dado que foi particularmente significativo para a implementação do ensino híbrido ou à distância durante a transição emergencial da pandemia mundial. Esses dados são alguns dos elementos utilizados pelo poder público para guiar as políticas educacionais vigentes no país. Atualmente, os programas do Governo têm o objetivo de: · Ampliar o acesso à escola; · Garantir educação de qualidade; · Permitir a alfabetização de crianças, jovens, adultos e idosos; · Combater a evasão escolar; · Reduzir a subnutrição e a miséria; · Ampliar a digitalização do ensino; · Repasse de recursos públicos para instituições de ensino. Parte superior do formulário Parte inferior do formulário Como as políticas públicas educacionais são implementadas? As políticas educacionais são adotadas a partir de leis federais, estaduais e municipais criadas pelo Poder Legislativo e em propostas enviadas pelo Poder Executivo. A criação das leis educacionais conta com o apoio de representantes da sociedade civil e de classes da educação. Em um modelo garantido pela democracia participativa, a iniciativa popular contribui para que as demandas de toda a população possam ser ouvidas e efetivadas. Além disso, a força da sociedade civil pode atuar também para impedir medidas autoritárias que atentem ao direito universal constitucional. Com o apoio do Ministério Público, os cidadãos podem fiscalizar a gestão dos recursos e acompanhar a execução das políticas educacionais, exercendo pressão sobre o governo. Assim, para ter suas demandas atendidas, é fundamental que a população conheça as normas e regimentos que fundamentam as políticas públicas de educação no país. IDEB O IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, é um conjunto de métricas e dados utilizados pelo governo para avaliar o ensino infantil, o ensino fundamental e o ensino médio brasileiros. Ele é feito por meio de avaliações de desempenho, como a prova SAEB, questionários socioeconômicos e pesquisas nas escolas e comunidades escolares. Através dos dados contidos nele, muitas das políticas públicas são traçadas. Quais são as bases legais da educação brasileira? O direito à educação e a obrigação do Estado em preservá-lo estão presentes no texto da Constituição Federal de 1988. No artigo 205, a constituição afirma que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” A responsabilidade na condução das políticas públicas de educação é do Ministério da Educação (MEC), das secretarias estaduais e das municipais de educação. O principal instrumento garantidor da educação no país é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), de 1996, responsável por todo o sistema educacional no Brasil. A LDB abrange a educação no país como um todo, definindo como a União, os Estados e os Municípios devem articular suas ações na formação do ensino público. Isso deve ser feito de forma a reduzir as desigualdades e garantir a qualidade dos sistemas educacionais. Um dos principais pontos levantados pela LDB é a criação de uma base comum que deverá nortear a elaboração dos currículos da educação básica: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Logo, a BNCC apresenta os conhecimentos que todo aluno da educação básica tem direito de aprender, considerando um ensino através de competências e habilidades. Além disso, a LDB também estabelece a criação do Plano Nacional de Educação (PNE), com diretrizes e metas para a política educacional. Através de dados levantados em todo o país, por meio do IDEB e SAEB, por exemplo, o PNE permite identificar as demandas mais urgentes e traçar planos de ação. Sempre com o objetivo de garantir a qualidade no aprendizado, tanto na educação infantil quanto no ensino superior. Quais são as políticas educacionais brasileiras? Além da LDB e do PNE, existem diversas políticas educacionais em atuação no Brasil, em caráter municipal, estadual ou federal. Selecionamos alguns dos principais projetos vigentes no país, confira: Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Você sabia que até 1990 as crianças e adolescentes não eram vistas como sujeitos do ponto de vista legal? Então, foi a partir da publicação do ECA que os direitos das crianças à saúde, ao lazer e à educação passaram a ter peso de lei. Dessa forma, o ECA estabelece quais os direitos e deveres de toda criança e adolescente, sem distinção de raça, classe, sexo ou religião. O documento também protege contra abusos – físicos, sexuais ou de negligência -, contra a violência, contra o trabalho infantil, e dá ao Estado a tutela do menor caso a família não consiga garantir seus direitos. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) O FNDE é uma autarquia federal responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação. Cabe a ele prestar assistência técnica e financeira aos estados e municípios, entre outras atribuições, através de repasses de recursos federais. Por isso, fazem parte da pasta do FNDE o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), entre outros. Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) O Fundeb é uma das políticas públicas educacionaismais comentadas nos últimos anos, e não é para menos. Ele reúne fundos de 26 estados e do Distrito Federal, e redistribui os recursos para atender a educação básica em todo o país. Ele permite que estados e municípios aumentem a oferta de vagas na educação básica, tanto de creches quanto de instituições de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Criado em 2007, o Fundeb estaria em vigor até o final de 2020. Entretanto, após pressão de representantes da sociedade civil, o fundo foi instituído como instrumento permanente de financiamento da educação pública por meio de Emenda Constitucional. Programa Caminho da Escola Um dos problemas que impede a expansão da alfabetização no Brasil é a falta de acesso ao transporte, devido à distância entre as escolas e as famílias no interior do país. Segundo o IBGE, cerca de 15,65% da população brasileira vive em áreas rurais, ou seja, são pessoas que moram distantes da escola e precisam se deslocar muitos quilômetros para estudar. Com isso, uma das ações do PNE, sob responsabilidade do FNDE, é o programa Caminho da Escola, voltado a renovar e ampliar a frota de veículos escolares das redes municipal e estadual da educação básica. Programa Brasil Alfabetizado (PBA) O PBA é um projeto destinado a alfabetizar jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos, permitindo um maior acesso à cidadania por esse grupo. Criado em 2003, o PBA é aplicado através de resoluções específicas publicadas no Diário Oficial. A adesão ao programa deve ser feita através do Sistema Brasil Alfabetizado. Programa Universidade para Todos (Prouni) É provável que você conheça alguém que entrou para o ensino superior através do Prouni. Isso porque, desde 2004, o programa ajuda milhares de pessoas a ingressarem em uma universidade. O Prouni é um programa do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudo, integrais ou de 50%, em cursos de graduação de instituições de ensino superior privadas de todo o Brasil. Sistema de Cotas As cotas são políticas afirmativas que têm o objetivo de reduzir as desigualdades socioeconômicas enfrentadas pela população brasileira, com ênfase para a comunidade negra e indígena. No Brasil, o sistema de cotas passou a ser implementado no começo dos anos 2000. Nesse sentido, ele é utilizado tanto para o ingresso em universidades, como para a destinação de um percentual de vagas para candidatos autodeclarados negros, indígenas ou de baixa renda. Além disso, vale para os cargos em órgãos públicos também. Essas ações visam reparar as diferenças sociais deixadas pelo longo período de escravidão no Brasil, que reservou a uma boa parcela da população as piores condições de ascensão social e de acesso a direitos básicos. Políticas Intersetoriais – o impacto integral do Bolsa Família A atuação de diferentes setores da política pública em torno de ações integradas com objetivos em comum ganha o nome de intersetorialidade e, no país, uma das políticas intersetoriais mais importantes é o Bolsa Família. Assim, o programa de transferência de renda foi criado com o objetivo de reduzir a pobreza no país. Isso por meio de uma articulação que visava não só o impacto na economia e na segurança alimentar, como também na educação e na saúde das crianças. Todavia, para receber o benefício, as crianças da família precisam comprovar e manter a frequência na escola e ter a carteira de vacinação em dia, o que estimula a permanência das crianças na educação, evitando a evasão escolar. Conclusão Portanto, as políticas públicas da educação têm o objetivo de aumentar o acesso à educação no Brasil e garantir que toda pessoa tenha direito a um ensino de qualidade. Assim, em um país com graves índices de desigualdade social, as políticas educacionais permitem que mais pessoas conquistem espaço no mercado de trabalho e tenham melhores condições para construir uma vida digna. Por isso, essas políticas são tão importantes para um futuro melhor, uma vez que, conforme o educador brasileiro Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Fontes BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: . Acesso em: 24 mar. 2021. EDUCAÇÃO: O PRINCÍPIO DA QUALIDADE E SUA EFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO DE BASE As políticas públicas educacionais nas últimas décadas vêm passando por diversas transformações (AKKARI; SANTIAGO; MESQUIDA, 2018) referentes à implementação e à avaliação de seus resultados. Também é sabido que uma política, para ser efetiva, deve iniciar com uma geração de agenda eficaz que prestigie e priorize as demandas públicas educacionais. Ao formular uma agenda educacional em alinhamento direto com os novos padrões e necessidades societais, tem-se um primeiro passo que tenderá para uma orientação estratégica de vanguarda (MELLO, 1991). A capilaridade do sistema educacional apresenta disparidades nacionais que envolvem desde questões geopolíticas, socioeconômicas e ambientais e isso repercute diretamente no sucesso ou insucesso dos moldes adotados (CASTRO, 2009). Mas para buscar uma Educação mais justa e igualitária, contexto este Constitucional, necessita-se de uma compreensão detalhada dos processos de implementação e avaliação das políticas educacionais. No âmbito pernambucano, em particular, o chamado Pacto pela Educação (PPE) tem obtido repercussão nacional como reflexo do esforço em melhoria dos indicadores educacionais do estado visando assegurar a educação pública de qualidade, com ênfase no regime integral, em todos os níveis, garantindo a equidade da rede escolar, com foco na atuação conjunta com os municípios (PPA-PE 2020-23, p. 6). O PPE tem sido uma política pública importante não apenas para a melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (IDEPE), mas também para a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) pernambucano no cenário nacional (SIEPE, 2020). Mesmo inserida em um contexto de gestão por resultados, em que processos costumam estar mais estruturados (com vistas a evitar desvios na implementação), a implementação desta política pública se dá também a partir (e baseada) em tomada de decisão por parte dos agentes e responsáveis diretos pela implementação a nível de rua, o que envolve a discricionariedade e a inter-relação de tais agentes com os usuários. Adicionalmente, intencionamos analisar criteriosamente a ambivalência investimento-qualidade da Educação. Nesta perspectiva, dialogamos com a efetividade relacionada aos repasses dos recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que são destinados ao fomento de tais políticas visando o enfrentamento das disparidades da escolarização e o alcance de um patamar aceitável de qualidade no sistema educacional. Assim, este projeto de pesquisa científica busca compreender o processo de implementação das políticas públicas educacionais no estado de Pernambuco, buscando analisar a influência da discricionariedade por parte de seus agentes implementadores diretos e de uma boa governança dos recursos financeiros oriundos dos repasses legais nos resultados escolares da rede pública estadual. Financiamento externo: Facepe O Juntos pela Educação é uma política pública que tem o objetivo promover uma educação abrangente, relevante e eficaz, que garanta direitos com ênfase no desenvolvimento intelectual, social e emocional dos estudantes. Além disso, o programa visa garantir infraestrutura digna e adequada à comunidade escolar, recuperando e construindo novos espaços e possibilitando que a jornada escolar aconteça em um ambiente acolhedor. A solenidade aconteceu na Arena de Pernambuco, em SãoLourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife. As diretrizes do programa são baseadas em liderança, resultados, ensino de qualidade, espaços educacionais, ambiente escolar seguro, integração, universalização, escola aberta, educação integral e foco nos mais vulneráveis. Trata-se de uma construção coletiva que tem impacto em todas as outras políticas públicas, como saúde, assistência, segurança, além de beneficiar diretamente os estudantes na transformação das suas vidas e no futuro do Estado. Indicadores Pernambuco tem uma das piores taxas do Brasil no atendimento de creches públicas, ocupando o 23º lugar do ranking nacional, segundo dados divulgados pelo Plano Nacional de Educação (PNE) 2019. A média no Brasil é de 25%. Em Pernambuco, em equipamentos públicos, esse percentual é de apenas 14,3%, ou seja, 69 mil matrículas. Em Santa Catarina, por exemplo, a rede pública já atende 47% das crianças de 0 a 3 anos. O Piauí tem o dobro de Pernambuco em termos de população atendida na rede pública (28,6%). Na pré-escola, Pernambuco também tem uma das piores taxas de atendimento, sendo o 20º resultado do Brasil, também de acordo com o PNE 2019. Cerca de 15% das crianças não estão sendo atendidas na pré-escola, tendo um déficit de 40 mil vagas. O PNE traçou como meta, para 2016, que 100% das crianças de 4 e 5 anos estivessem devidamente matriculadas. No Nordeste, apenas os estados do Ceará e Maranhão cumpriram a meta. Na última avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2021, a rede pública de Pernambuco obteve 5,1 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), sendo o 19º resultado do Brasil nos Anos Iniciais. No resultado de 2021 do principal indicador da qualidade da Educação Básica, a rede pública de Pernambuco ficou com 0,9 abaixo da meta traçada no PNE. A meta 7,0 do PNE foi de 6,0, em 2021. No Nordeste, o melhor desempenho foi o do Ceará com resultado de 6,1. No Brasil, o destaque é o estado de Santa Catarina, com 6,2. Nos Anos Finais, a Rede pública de Pernambuco obteve um resultado de 4,7 no último Ideb, ficando com o 15º lugar no resultado. Apenas 5% dos estudantes estão nos três níveis mais avançados no 9º ano em língua portuguesa e menos de 1% em matemática. Pernambuco tem o 15º e o 14º resultados em língua Portuguesa e Matemática, respectivamente, no percentual dos estudantes dos níveis mais elementares. O destaque nacional é Santa Catarina e no Nordeste o melhor resultado é do Ceará. Já no Ensino Médio, a Rede Estadual de Pernambuco, em 2021, perdeu duas posições em relação a 2015, quando alcançou o 1º lugar do Brasil. Apenas 5% dos estudantes estão nos três níveis mais avançados no 3º ano em língua portuguesa e menos de 1% em matemática. Além disso, Pernambuco tem apenas o 7º resultado em língua portuguesa e matemática, no percentual dos estudantes dos níveis mais elementares. O destaque nacional é Santa Catarina em ambos componentes curriculares. Ensino Integral A Rede Pública Estadual possui, na educação básica, apenas 18% das matrículas em tempo integral, sendo apenas o 8º estado, segundo o Painel de Monitoramento do PNE 2021. Há um déficit de cerca de 120 mil matrículas na educação integral da rede pública para o atingimento da meta 6,0 do PNE. A meta 6,0 do PNE é que 25% das matrículas da rede pública sejam em tempo integral. No Nordeste, o Ceará e a Paraíba já atingiram esse indicador, sendo também os destaques nacionais. Ações Prioritárias O Governo de Pernambuco, visando reverter esses indicadores, lança uma série de ações prioritárias que devem impactar efetivamente no desenvolvimento da educação, atuando em sete eixos diferentes. São eles: Regime de Colaboração com os Municípios, Políticas Educacionais, Esportes, Segurança Alimentar, Segurança Escolar, Saúde e Inclusão das Pessoas com Deficiência, além de Infraestrutura e Insumos. O primeiro eixo deve focar no Regime de Colaboração com os Municípios, criando 60 mil vagas na Educação Infantil e implementando a política de recomposição de aprendizagem em língua portuguesa e matemática da alfabetização ao 9º ano. Além disso, o plano vai focar na criação de 15 mil vagas na Educação Integral dos municípios, na aquisição 500 novos veículos para o transporte escolar de Pernambuco e na implantação de um programa de correção de fluxo nas redes municipais. No eixo que foca a melhoria do ensino da Rede Estadual, o órgão deve implementar uma política de recomposição de aprendizagem em língua portuguesa e matemática nos Anos Finais e no Ensino Médio; ofertar mil bolsas para estudantes dos cursos de licenciatura atuarem na rede estadual; elaborar um novo programa de formação continuada; ofertar mil novas bolsas para estudantes de diversos cursos atuarem nas áreas de interesse da SEE; construir, reformar e ampliar 36 escolas de tempo integral; criar 130 mil novas vagas na educação profissional e tecnológica; ampliar a Educação de Jovens e Adultos (EJA) com a criação de 34 mil vagas e reduzir a evasão escolar. No eixo que se refere a esportes e cultura, a pasta vai entregar um Centro de Formação Esportiva e um centro de alto rendimento, que formarão a Cidade do Esporte, na Arena de Pernambuco; adquirir e distribuir materiais esportivos para as escolas, de acordo com a vocação esportiva; construir e cobrir 334 quadras poliesportivas e construir três Centros de Formação Esportiva (Zona da Mata, Agreste e Sertão). Com relação aos eixos que tratam da segurança alimentar e escolar, o Governo de Pernambuco deve fortalecer a alimentação através da aquisição de alimentos da agricultura familiar; melhorar a qualidade da alimentação escolar, respeitando as diferenças regionais nos cardápios; desenvolver atividades esportivas e culturais nas escolas, aos sábados; bem como ampliar a oferta da patrulha escolar nas unidades de ensino da Rede Estadual de 226 para 540 escolas. Na saúde e inclusão das pessoas com deficiência, a Secretaria de Educação e Esportes, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, irá melhorar o serviço da qualidade da saúde bucal, ocular, atendimento dermatológico, entre outros, através do programa Aprender com Saúde e irá criar cinco centros de atendimento para apoio pedagógico e técnico especializado aos estudantes com deficiência, transtornos globais e altas habilidades/superdotação. Além disso, irá criar também 73 novas salas de recursos multifuncionais nas escolas da Rede Estadual nos municípios que ainda não possuem esse recurso. Em infraestrutura e insumos, serão construídas ou reformadas 15 novas Escolas Técnicas para oferta de cursos técnicos e 60 espaços 4.0 com laboratórios makers e de tecnologia de informação e comunicação, que contarão com impressora 3D, scanners 3D, lasercuts, kits arduínos, entre outros equipamentos. O programa Juntos pela Educação também irá focar na construção do Centro de Formação de Profissionais da Educação, na Fábrica Tacaruna, com hotel-escola e ETE de Hotelaria e Gastronomia e climatização de 100% das escolas da Rede Estadual para promoção de um ambiente escolar mais agradável para alunos e profissionais da educação. image1.png