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<p>Fotossíntese 153</p><p>Concentração</p><p>de CO2 (ppm)</p><p>Efeito de diferentes concentrações relativas de oxigênio</p><p>e dióxido de carbono sobre o crescimento de Mimulus</p><p>cardinales, uma planta C3 (Leegood, 1993)</p><p>Aumento da Massa Seca</p><p>(mg por planta por 10 dias)</p><p>I</p><p>110</p><p>320</p><p>640</p><p>21% O2</p><p>10</p><p>565</p><p>804</p><p>150</p><p>1.076</p><p>1.144</p><p>o PAPEL DA FOTORRESPlRAÇÃO</p><p>Se a fotorrespiração pode ter repercussões tão ne~</p><p>gativas para grande parte das espécies vegetais, por</p><p>que persiste nas espécies vegetais contemporâneas?</p><p>Por que não foi eliminada através de pressões de se,</p><p>leção no curso da evolução? A fotorrespiração é um</p><p>processo essencial, inevitável ou ambos? As respos,</p><p>tas a tais questões ainda são polêmicas e indefinidas.</p><p>Mas um fato incontestável é que a fotorrespiração é</p><p>decorrência de um "defeito" da rubisco: a presença da</p><p>função oxigenase, origem do glicolato. Muitos pesqui,</p><p>sadores defendem a hipótese de que a atividade oxi~</p><p>genase é uma conseqüência inevitável do mecanis~</p><p>mo de reação da própria carboxilação.</p><p>Não podemos esquecer que, no período inicial da</p><p>história da Terra, a atmosfera era rica em COz e mui~</p><p>to pobre em Oz (0,02%). À medida que a concen~</p><p>tração do Oz atmosférico foi aumentando, pela pró'</p><p>pria atividade dos organismos fotossintetizantes, a</p><p>competição do Oz pelo sítio ativo da rubisco foi se tor~</p><p>nando cada vez mais importante. Como a ameaça re~</p><p>presentada pela elevação crescente do Oz atmosféri~</p><p>co não foi acompanhada por modificações no funci,</p><p>onamento da rubisco, enquanto oxigenase, mecanis~</p><p>mos adequados de eliminação do glicolato tomaram~</p><p>se necessários. Muitos organismos aquáticos desfos~</p><p>forilam o 2~fosfoglicolato e excretam o glicolato. Nas</p><p>plantas superiores, por sua vez, a via Cz permite a re~</p><p>cuperação da maior parte do carbono desviado do</p><p>ciclo C3 pela função oxigenase da rubisco. Confor~</p><p>me já vimos, 75% do carbono desviado do ciclo C3,</p><p>na forma de glicolato, são reintegrados à via C3 por</p><p>intermédio do glicerato gerado pela via Cz (Fig. 5.34) .</p><p>Alguns especialistas atribuem à fotorrespiração um</p><p>papel importante na proteção das plantas contra a</p><p>foto inibição da fotossíntese. A fotorrespiração repre,</p><p>sentaria um dreno consumidor do excesso de A TP e</p><p>NADPH (ou ferredoxina reduzida) produzidos quan~</p><p>do os níveis de radiação são excessivamente elevados.</p><p>Funcionaria, portanto, como uma "válvula de esca,</p><p>pe" para a dissipação da energia metabólica exceden~</p><p>te. Esse excesso normalmente ocorre em dias</p><p>ensolarados, durante períodos de seca. Nessas condi,</p><p>ções, o COz não pode entrar no mesófilo foliar devi,</p><p>do ao fechamento dos estômatos, limitando o ciclo</p><p>redutivo C3, principal processo consumidor da ener,</p><p>gia fotoquímica. Na ausência da fotorrespiração, o</p><p>acúmulo exagerado de energia fotoquímica pode re,</p><p>sultar em reações de dissipação de energia danosas à</p><p>estrutura fotoquímica, ou seja, pode ocorrer a fotoxi~</p><p>dação dos fotossistemas e antenas. Essa hipótese é</p><p>suportada pela perda de capacidade fotossintética</p><p>(denominada foto inibição ) que pode ser observada</p><p>quando plantas são iluminadas na ausência simultâ~</p><p>nea de Oz e de COZo Além disso, cálculos estequio,</p><p>métricos sobre o consumo de A TP e NADPH durante</p><p>a operação combinada dos ciclos C3/CZ indicam que</p><p>o consumo de energia aumenta na medida em que a</p><p>concentração de COz da atmosfera circundante di,</p><p>minui e se aproxima do ponto de compensação de</p><p>COZoNesse momento, para cada COz fixado, o con,</p><p>sumo de energia fotoquímica pelos ciclos CZ/C3 é</p><p>aproximadamente três vezes maior do que o consu~</p><p>mo do ciclo C3 isoladamente (Lorimer & Andrews,</p><p>1981). O aumento das taxas do ciclo de Cz elevam o</p><p>consumo de energia para a fixação de COZo Durante</p><p>•</p><p>154 Fotossíntese</p><p>períodos de deficiência hídrica, o ponto de compen~</p><p>sação de COz pode ser rapidamente atingido no in~</p><p>terior dos espaços aéreos do mesófilo foliar, enquan~</p><p>to a concentração de Oz tende a permanecer estabi~</p><p>lizada em tomo do valor atmosférico de 21 %.</p><p>Mecanismos fotos sintéticos de</p><p>concentração de COz</p><p>Em algumas espécies de plantas, a fotorrespiração</p><p>é tão baixa que não pode ser detectada. Isso não se</p><p>deve a propriedades diferenciadas da rubisco, mas sim</p><p>a mecanismos especiais de acumulação de COz nas</p><p>vizinhanças da enzima. Na presença de concentrações</p><p>suficientemente elevadas de COz, a reação de oxige~</p><p>nase é suprimida. Em plantas vasculares, são conhe~</p><p>cidos dois mecanismos concentradores de COz no</p><p>sítio de carboxilação da rubisco, os quais analisare~</p><p>mos a segUlr.</p><p>MECANISMO C4</p><p>O mecanismo concentrador de COz das plantas C4</p><p>baseia~se num ciclo de carboxilação e descarboxila~</p><p>ção que se distribui entre dois tipos diferenciados de</p><p>células fotossintéticas: as células do mes6filo e as célu~</p><p>Ias da bainha perivascular (Fig. 5.35). As células do</p><p>mesófilo e da bainha perivascular apresentam notá~</p><p>veis diferenças em suas propriedades bioquímicas, fi~</p><p>siológicas e ultra~estruturais. A bioquímica da via C4</p><p>é, portanto, fortemente integrada a adaptações ana~</p><p>tômicas especiais, conhecidas em seu conjunto como</p><p>anatomia do tipo Kranz (Fig. 5.36; termo alemão que</p><p>significa coroa). Essa anatomia foliar diferenciada tem</p><p>duas conseqüências fisiológicas particularmente im~</p><p>portantes. A primeira é que o COz pode ser concen~</p><p>trado nas células da bainha perivascular com reduzi~</p><p>das perdas por difusão. As paredes dessas células são</p><p>espessas e apresentam uma baixa permeabilidade aos</p><p>gases. A segunda é que a maioria das células do</p><p>mesófilo situa~se imediatamente adjacente a células</p><p>da bainha perivascular, sendo conectadas por nume~</p><p>rosos plasmodesmas. Isso possibilita uma cooperação</p><p>dinâmica e eficiente entre os dois tipos celulares ao</p><p>desempenharem as suas tarefas fotossintéticas espe~</p><p>cíficas. Medidas experimentais demonstram que a</p><p>CÉLULAS</p><p>DO</p><p>MESÓFILO</p><p>CÉLULAS</p><p>DA BAINHA</p><p>PERIVASCULAR</p><p>Fig. 5.35 O ciclo C4 de assimilação fotossintética do carbono</p><p>envolve divisão de tarefas entre dois tipos de células (células</p><p>do mesófilo e células da bainha perivascular) e quatro estapas:</p><p>(1) carboxilação do ácido fosfoenolpirúvico (PEP) catalisada</p><p>pela PEP carboxilase, formando um ácido orgânico de qua­</p><p>tro carbonos nas células do mesófilo; (2) transporte do com­</p><p>posto de quatro carbonos para as células da bainha perivas­</p><p>cular; (3) descarboxilação do composto de quatro carbonos</p><p>gerando COz e uma molécula orgânica de três carbonos; (4)</p><p>transporte do ácido orgânico de três carbonos de volta às</p><p>células do mesófilo e regeneração do PEP. (Leegood, 1993.)</p><p>Fig. 5.36 Corte transversal de uma folha de planta C4 (mi­</p><p>lho), caracterizando a anatomia Kranz. Em destaque, as cé~</p><p>lulas da bainha perivascular, envolvendo os feixes vascula­</p><p>res, contendo cloroplastos (10X). (Fotografia gentilmente</p><p>cedida pelo Departamento de Botânica da UFRRJ.)</p><p>I</p><p>concentração de COz nas células da bainha perivas­</p><p>cular pode atingir valores 10 vezes superiores aos va­</p><p>lores normalmente encontrados na atmosfera</p><p>(Furbank & Taylor, 1995).</p><p>As espécies C4 são predominantemente tropicais</p><p>e subtropicais, ocorrendo em 18 famílias de plantas</p><p>superiores (Smith, 1998). Estas incluem culturas</p><p>importantes como o milho, o sorgo, a cana-de-açú­</p><p>car, assim como 8 das 10 piores ervas daninhas do</p><p>mundo. A tiririca (Cyperus rotundus), o capim-col­</p><p>chão (Digitaria horizontalis) e o capim-arroz (Echino­</p><p>chloa colonum) são exemplos de plantas daninhas com</p><p>metabolismo C4• Menos de 1% das angiospermas são</p><p>plantas C4, e a maioria das espécies são monocotile­</p><p>dôneas, principalmente gramíneas e ciperáceas. En­</p><p>tretanto, mais de 300 espécies C4 são dicotiledôneas.</p><p>Pelo menos 11 gêneros incluem espécies C3 e espécies</p><p>C4 (Leegood, 1993).</p><p>Supõe-se que as principais forças evolutivas que</p><p>conduziram ao surgimento das plantas C4 tenham sido</p><p>a progressiva redução da concentração do COz atmos­</p><p>férico em combinação com o estresse hídrico e altas</p><p>temperaturas. Essas condições limitam extremamen­</p><p>te a aquisição de COz em plantas com fotossíntese C3,</p><p>favorecendo ao</p><p>máximo a fotorrespiração. As plan­</p><p>tas C4 são especialmente bem adaptadas a condições</p><p>ambientais onde a irradiância e a temperatura são</p><p>elevadas, apresentando ainda uma boa tolerância ao</p><p>estresse hídrico (Lawlor, 1987).</p><p>O surgimento da via C4 é um evento relativamen­</p><p>te recente na evolução do reino vegetal. Se o tempo</p><p>de evolução da fotossíntese geradora de Oz fosse pro­</p><p>jetado num intervalo de 24 horas, a fotossíntese C4</p><p>teria surgido durante a última meia hora. A descober­</p><p>ta de espécies intermediárias CrC4 confirma a hipó­</p><p>tese de uma evolução gradual a partir de ancestrais</p><p>Cy Outro aspecto importante é que a fotossíntese do</p><p>tipo C4 distribui-se entre diferentes grupos de plan­</p><p>tas não relacionados filogeneticamente. Por esse</p><p>motivo, aceita-se a hipótese de que esse mecanismo</p><p>tenha evoluído independentemente diversas vezes.</p><p>Isso talvez permita explicar as variações bioquímicas</p><p>que resultaram em diferentes tipos de mecanismo C4•</p><p>Essas diferenças são observadas no processo de descar­</p><p>boxilação, conforme veremos mais adiante.</p><p>Fotossíntese 155</p><p>o ciclo bioquímico C4</p><p>Na década de 60, Kortschach, no Havaí, e Hatch</p><p>& Slack, na Austrália, estudavam a fixação de COz</p><p>em milho, gramíneas tropicais e em cana-de-açúcar</p><p>utilizando folhas tratadas com 14COz, em experimen­</p><p>tos similares aos realizados pelo grupo do Dr. Calvin.</p><p>Tais investigações revelaram que, nessas espécies, o</p><p>primeiro produto estável da fotossíntese era uma</p><p>molécula de quatro carbonos (oxaloacetato e</p><p>malato). A reação de carboxilação inicial das plan­</p><p>tas C4 foi descoberta logo em seguida. A enzima PEP</p><p>carboxilase (PEPcase) catalisa a carboxilação irrever­</p><p>sível do ácido fosfoenol pirúvico (PEP), tendo como</p><p>produto o imediato ácido oxaloacético (AOA), confor­</p><p>me indicado a seguir:</p><p>HC03 - + PEP -7 AOA + Pi [16]</p><p>Convém destacar que a PEPcase utiliza carbono na</p><p>forma de bicarbonato (HC03 -), enquanto a rubisco</p><p>utiliza o carbono na forma de COz' No pH dos flui­</p><p>dos celulares, o COl dissolvido sob a forma de ácido</p><p>carbônico dissocia-se, formando predominantemen­</p><p>te o íon bicarbonato (HC03 -). No entanto, a dispo­</p><p>nibilidade de COl para a rubisco é garantida pela ati­</p><p>vidade da enzima anidrase carbônica, que atua deslo­</p><p>cando a reação no sentido da formação de COz'</p><p>O ciclo C4 pode ser convenientemente dividido em</p><p>três fases: uma carboxilativa, uma descarboxilativa e,</p><p>finalmente, uma fase regenerativa (Fig. 5.37). O COz</p><p>atmosférico é fixado no citoplasma das células do</p><p>mesófilo através da reação catalisada pela PEPcase</p><p>(fase carboxilativa). Dentro das células do mesófilo, o</p><p>ácido oxaloacético produzido pela ação PEPcase pode</p><p>ser metabolizado de duas maneiras (Fig. 5.38). Uma</p><p>envolve a redução do cetoácido a hidroxidoácido.</p><p>Essa reação ocorre nos cloroplastos e é catalisada pela</p><p>enzimaNADP-malatodesidrogenase (NADP-MDHase).</p><p>A outra via ocorre através de uma reação citoplasmá­</p><p>tica mediada por uma aspartato aminotransferase. Após</p><p>a sua formação, malato ou aspartato (4 carbonos) são</p><p>exportados para as células da bainha perivascular,</p><p>onde são submetidos a reações de descarboxilação.</p><p>Embora a reação de carboxilação seja comum a</p><p>todas as plantas C4, variações bioquímicas são encon­</p><p>tradas na fase de descarboxilação. Esta é a base da di-</p><p>•</p><p>MALATO</p><p>CH3</p><p>IC=O</p><p>I</p><p>COOH</p><p>Plruvato</p><p>+</p><p>CÉLULAS DO MESÓFILO</p><p>NAOP+</p><p>NA0tl.</p><p>Malato</p><p>desidrogenase</p><p>ENZIMA MÁUCA</p><p>AI (~ rNAOP+ CO2</p><p>NAOPH ~</p><p>Ciclo</p><p>C3</p><p>COO­</p><p>,</p><p>CH2</p><p>.. ,</p><p>C=O</p><p>I</p><p>COO-</p><p>AOA</p><p>PIRUVATO</p><p>Anidrase</p><p>carbônica</p><p>+</p><p>A1anina</p><p>14COOH</p><p>I</p><p>CH2</p><p>I Malato --+ Bainha Perivascular</p><p>NAOP+ CHOH</p><p>I</p><p>NA?PH 1./ COOH14COOH YNAOP+-Malato desídrogenase</p><p>I</p><p>c~</p><p>Ic=o OXaloacetato (AOA).</p><p>I</p><p>COOH</p><p>>f:partatoaminotransferase</p><p>CH3</p><p>I 14COOH</p><p>HC- NH2 II CH</p><p>COOH I 2</p><p>CHNH2I</p><p>COOH</p><p>CH2 HCO; ~</p><p>~_(p; ~ J</p><p>I PEPcase</p><p>COO­</p><p>PEP</p><p>Aspartato</p><p>B.inh.Pe'~."",,, ~</p><p>Piruvato fosfato</p><p>dicinase</p><p>CÉLULAS DA BAINHA PERIVASCULAR</p><p>FOsfoenolplruvato</p><p>Fig. 5.37 A via fotossintética C4 é responsável pelo "bombeamento" bioquímico do COz da atmosfera para o ciclo de</p><p>Calvin, que opera nos cloroplastos das células da bainha perivascular. A regeneração de cada molécula de PEP, a partir</p><p>do piruvato, é catalisada pela piruvato fosfato dicinase e exige o gasto de duas moléculas de A TP.</p><p>Fig. 5.38 O ácido oxaloacético, formado na reação de carboxilação catalisada pela PEPcase, pode ser reduzido a malato</p><p>ou sofrer uma transaminação, dando origem ao aspartato.</p><p>visão das plantas C4 em três subgrupos, de acordo com</p><p>a enzima que catalisa a reação de descarboxilação</p><p>(Fig. 5.39). Plantas como o milho, o sorgo, a cana~</p><p>de~açúcar e a planta daninha Digitaria sanguinalis</p><p>descarboxilam o mala to no interior dos cloroplastos</p><p>das células da bainha perivascular através da enzima</p><p>málica dependente de NADP (equação [17]). Já em</p><p>Amaranthus sp. e em Panicum miliacium (milheto), a</p><p>enzima descarboxiladora dominante é a enzima málica</p><p>dependente de NAD (equação [18]), localizada nas</p><p>CÉLULA DO MESÓFILO</p><p>Fotossíntese 157</p><p>mitocôndrias. No terceiro grupo, no qual se encon­</p><p>tram plantas do gênero Spartina sp. e o Panicum</p><p>maximum, a descarboxilação é catalisada por uma</p><p>enzima citoplasmática denominada PEP carboxiqui~</p><p>nase (equação [19]) (Leegood, 1993). Todas as</p><p>descarboxilases catalisam reações reversíveis, confor~</p><p>me as seguintes equações:</p><p>MALA TO + NADP+ f-1</p><p>PIRUV ATO + COz + NADPH [17]</p><p>BAINHA PERIVASCULAR</p><p>G) ENZIMA MALlCA DEPENDE DE NAOP</p><p>® ENZIMA MAuCA DEPENDE DE NAD</p><p>@ FOSFOENOLPIRUVATO CARBOXICINASE</p><p>Fig. 5.39 Esquema das três vias de descarboxilação de moléculas C4 nas células da bainha perivascular. O COz liberado</p><p>é imediatamente fixado pela rubisco .</p><p>•</p><p>15. (Puccamp) Analise o gráfico a seguir onde AIA</p><p>significa ácido indolil-acético (auxina).</p><p>Com base nos dados nele representados, é possível</p><p>afirmar que</p><p>a) quanto maior for a concentração de AIA, maior</p><p>serão crescimento da raiz e do caule.</p><p>b) a raiz e o caule são igualmente sensíveis ao AIA.</p><p>c) o AIA, por ser um hormônio, sempre estimula o</p><p>crescimento.</p><p>d) as concentrações de AIA que estimulam o</p><p>crescimento do caule têm efeito inibidor na raiz.</p><p>e) não há relação entre concentração de AIA e</p><p>crescimento da raiz e do caule.</p><p>16. (Puccamp) Impedindo-se a polinização das flores</p><p>de um pé de melancia e aplicando-se sobre os</p><p>estigmas do gineceu pasta de lanolina contendo</p><p>auxina e giberelina, espera-se obter, nessa planta,</p><p>frutos</p><p>a) maiores, com sementes normais.</p><p>b) maiores, com sementes atrofiadas.</p><p>c) de tamanho normal, porém sem sementes</p><p>d) de tamanho normal, com sementes triplóides.</p><p>e) pequenos, com sementes estéreis</p><p>17. (Unirio) A figura adiante ilustra um fenômeno que</p><p>ocorre com vegetais. A esse respeito, analise as</p><p>seguintes afirmações.</p><p>I - O fenômeno mostrado é decorrente da atividade</p><p>das auxinas.</p><p>II - A esse fenômeno dá-se o nome genérico de</p><p>fototropismo.</p><p>III - A planta cresce voltando-se na direção da luz</p><p>porque esta estimula a produção das auxinas.</p><p>A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são):</p><p>a) somente a III.</p><p>b) somente a I e a II.</p><p>c) somente a I e a III.</p><p>d) somente a II e a III.</p><p>e) a I, a II e a III.</p><p>18. (Ufmg) Este esquema refere-se a um experimento</p><p>realizado para estudar a floração em três plantas da</p><p>mesma espécie que foram submetidas ao mesmo</p><p>tempo de exposição à luz (fotoperíodo).</p><p>Com base nos resultados observados, todas as</p><p>conclusões são possíveis, EXCETO</p><p>a) O tratamento fotoperiódico de um única folha ou de</p><p>toda a planta produz o mesmo efeito.</p><p>b) A floração de planta depende da retirada de</p><p>algumas folhas.</p><p>c) A planta sem folhas NÃO apresenta</p><p>fotoperiodismo.</p><p>d) A planta intacta floresce após um fotoperíodo</p><p>adequado.</p><p>19. (Ufmg) Nos pomares, é freqüente o uso da</p><p>pulverização foliar com hormônios vegetais</p><p>sintéticos. Assinale a alternativa que NÃO constitui</p><p>um efeito desse procedimento.</p><p>a) Estimular a floração simultânea de várias plantas</p><p>da mesma espécie.</p><p>b) Evitar a queda prematura dos frutos.</p><p>c) Favorecer a formação de frutos partenocárpicos.</p><p>d) Induzir a reprodução vegetativa.</p><p>20. (Unirio) O gráfico anterior apresenta o efeito de</p><p>diferentes concentrações da auxina AIA sobre o</p><p>crescimento de raízes e caules. A esse respeito</p><p>podemos afirmar corretamente que:</p><p>a) quanto maior a concentração de auxina, maior a</p><p>percentagem de indução.</p><p>b) são necessárias concentrações maiores de auxina</p><p>para estimular o crescimento das raízes do que para</p><p>estimular o crescimento caulinar.</p><p>c) a concentração de auxina necessária à inibição do</p><p>crescimento caulinar é menor do que aquela</p><p>necessária à inibição do crescimento da raiz.</p><p>d) a concentração ótima para indução do crescimento</p><p>caulinar é fortemente inibidora do crescimento da raiz.</p><p>e) a concentração ótima para a estimulação do</p><p>crescimento é semelhante em ambos os casos.</p><p>21. (Uel) As figuras mostram estacas de caules de</p><p>plantas que se desenvolveram com e sem aplicação</p><p>de AIA às suas bases.</p><p>Pelas figuras, é possível deduzir que o AIA</p><p>a) promoveu a abscisão das folhas.</p><p>b) inibiu o crescimento das folhas.</p><p>c) interferiu na dormência da gema apical.</p><p>d) atuou na formação de raízes adventícias.</p><p>e) favoreceu o desenvolvimento das gemas laterais.</p><p>22. (Unb) As auxinas, primeiro grupo de substâncias</p><p>identificadas como fitohormônios, atuam no</p><p>crescimento e no desenvolvimento das plantas. O</p><p>gráfico adiante mostra essa influência.</p><p>Com relação ao gráfico, julgue os itens que se</p><p>seguem.</p><p>(1) A concentração de auxina que provoca a máxima</p><p>estimulação varia para diferentes partes de uma</p><p>mesma planta.</p><p>(2) Concentração de auxina entre 5 e 10 ppm inibem</p><p>o crescimento do caule.</p><p>(3) O desempenho do tecido meristemático</p><p>independe da concentração de auxina,</p><p>(4) Qualquer concentração de auxina que inibe o</p><p>crescimento da raiz estimula o crescimento do caule.</p><p>23. (Unicamp) Sabe-se que uma planta daninha de</p><p>nome "striga", com folhas largas e nervuras</p><p>reticuladas, invasora de culturas de milho, arroz, cana</p><p>e de muitas outras espécies de gramíneas na Ásia e</p><p>na África, é a nova dor de cabeça dos técnicos</p><p>agrícolas no Brasil. Sabe-se também que algumas</p><p>auxinas sintéticas são usadas como herbicidas</p><p>porque são capazes de eliminar dicotiledôneas e não</p><p>agem sobre monocotiledôneas.</p><p>a) Qual seria o resultado da aplicação de um desses</p><p>herbicidas o combate à "striga" invasora em um</p><p>canavial? E em uma plantação de tomates? Explique</p><p>sua resposta.</p><p>b) Indique uma auxina natural e mencione uma de</p><p>suas funções na planta.</p><p>24. (Ufv) Estudos feitos com caules de ervilha</p><p>mostraram que nessa região há forte correlação entre</p><p>a taxa de crescimento e a quantidade de hormônio</p><p>difusível. Assim, a distribuição desigual desse</p><p>hormônio no caule é um dos fatores que podem</p><p>ocasionar a sua curvatura.</p><p>a) Qual o hormônio diretamente envolvido na</p><p>curvatura do caule?</p><p>b) Qual o fator externo, representado pelo número I,</p><p>que induz a curvatura do caule?</p><p>c) Que nome recebe o movimento de curvatura,</p><p>representado na figura anterior?</p><p>25. (Uel) Considere o esquema a seguir.</p><p>Considere também as seguintes afirmações,</p><p>I. A auxina migra do lado iluminado para o não-</p><p>iluminado, tanto no caule como na raiz.</p><p>II. O caule passará a apresentar fototropismo positivo</p><p>porque a maior concentração de auxina no lado não-</p><p>iluminado faz com que nele ocorra distensão celular.</p><p>III. A raiz passará a apresentar fototropismo negativo</p><p>porque a maior concentração de auxina no lado não-</p><p>iluminado inibe no mesmo a distensão celular.</p><p>É correto o que se afirma em</p><p>a) I, somente.</p><p>b) I e II, somente.</p><p>c) I e III, somente.</p><p>d) II e III, somente.</p><p>e) I, II e III.</p><p>26. (Ufes) Dentre os fitormônios conhecidos, o etileno</p><p>é um dos principais responsáveis pelo</p><p>amadurecimento dos frutos. Para evitar que os frutos</p><p>amadureçam durante o transporte, um produtor que</p><p>queira exportar mamões para outro Estado deve</p><p>a) utilizar carros frigoríficos com baixas temperaturas</p><p>e altas taxas de CO‚.</p><p>b) armazenar os frutos em temperaturas elevadas e</p><p>com altas taxas de O‚.</p><p>c) diminuir a concentração de CO‚ no interior dos</p><p>carros frigoríficos.</p><p>d) manter os veículos de transporte em temperatura</p><p>ambiente.</p><p>e) colocar alguns frutos já maduros entre os outros</p><p>ainda verdes.</p>

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