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Sistema Econômico e conceitos iniciais

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4
CONCEITOS INICIAIS
SISTEMA ECONÔMICO
CONSTELAÇÃO DE FATORES
Terra (RN), Capital (K) e Trabalho (T
) 					 										
 
AGENTES PRODUTIVOS
Proprietários de Fatores de Produção.
Unidades Produtivas.
Mercado de
Fatores
Setor Primário
Setor Secundário
Setor Terciário
OFERTA GLOBAL
(Alimentos, Tecidos, Habitação, Transportes
)
Proprietários da Terra
Capitalistas
Assalariados
PROCURA GLOBAL
(Salários, Aluguéis, Juros e Lucros
)
Mercado de Bens e Serviços de Consumo
Bens e serviços de consumo
Gastos de consumo
 
Mercado de Bens de Capital 
Bens de Capital
Poupança
 
Mercado Financeiro
 						
	Um SISTEMA ECONÔMICO qualquer que seja o seu tipo - economia natural ou de mercado, sistema capitalista ou socialista - deve conter os seguintes elementos fundamentais:
Um ESTOQUE DE FATORES DE PRODUÇÃO, ou seja, um conjunto de RECURSOS que podem ser utilizados para a satisfação das necessidades humanas; esses recursos compõem a conhecida tríade: TERRA, CAPITAL e TRABALHO e mais ainda a Capacidade Empresarial e a Capacidade Tecnológica;
Um grupo de AGENTES PRODUTIVOS - o EMPRESÁRIO privado ou estatal - que tem a seu cargo a complexa tarefa de combinar esses recursos, com vistas à obtenção de uma determinada quantidade de bens ou serviços;
Um complexo de UNIDADES PRODUTIVAS, ou as EMPRESAS que correspondem as subdivisões administrativas em que essas tarefas são executadas.
	Pressupõe-se, naturalmente, que esse sistema possui uma determinada base humana ou populacional, compreendendo o conjunto dos indivíduos de uma determinada sociedade, que ocupam ao mesmo tempo a posição de proprietários dos fatores de produção e de consumidores.
	Dado um determinado ESTOQUE DE FATORES, os AGENTES PRODUTIVOS ou empresários recrutam os serviços desses fatores no MERCADO DE FATORES, reunindo-os de forma ordenada e eficiente em UNIDADES PRODUTIVAS ou empresas (fazendas, fábricas, lojas, etc.) com objetivos de produção de bens ou prestação de serviços.
	A combinação desses fatores, ou a sua utilização, em diferentes proporções, na produção de bens e serviços, pressupõe a adoção de uma determinada TECNOLOGIA, vale dizer, um determinado método ou processo de trabalho, que incorpora o conhecimento e a experiência disponíveis.
	Todas as unidades produtivas que compõem o sistema estão agrupadas em três grandes segmentos:
SETOR PRIMÁRIO, que compreende todas as atividades mais diretamente ligadas à exploração dos recursos da natureza - agricultura, pecuária, silvicultura, pesca, etc;
SETOR SECUNDÁRIO, que inclui todas as atividades de transformação e beneficiamento de diferentes matérias-primas, vale dizer, todas as atividades industriais;
SETOR TERCIÁRIO, que engloba o comércio e todas as atividades de prestação de serviços - transportes, hotéis, bancos, etc.
	Cada um desses setores tem características específicas combinando em diferentes proporções os diversos fatores disponíveis.
	Assim, no setor primário, o fator terra (ou, mais propriamente, recursos naturais, incluindo, não apenas a terra, como também as minas, águas, florestas, etc.) é de importância fundamental. Na grande indústria o fator capital tem predominância, enquanto o setor serviços ocupa principalmente mão-de-obra.
FLUXO DE PRODUTOS E DE RENDIMENTOS
	Para produzir os diferentes bens e serviços reclamados pela comunidade, os agentes produtivos recorrem ao mercado de fatores, procurando obter o direito de uso desses fatores nas diversas empresas que organizam.
	Para tanto, os agentes produtivos são obrigados a assegurar certa remuneração, subornando os proprietários dos fatores com o oferecimento de uma determinada renda monetária.
	Assim, ao proprietário do fator capital oferecem um JURO ou uma perspectiva de LUCRO, ao proprietário do fator terra, uma RENDA, e ao proprietário do fator trabalho, um SALÁRIO.
	Dessa forma, as unidades produtivas, quando compram os serviços dos fatores e os utilizam na produção dos bens e serviços exigidos pela comunidade, dão origem a dois fluxos diferentes:
De um lado, um "FLUXO REAL", de quantidades físicas de alimentos, produtos industriais e serviços diversos, criados pelo aparelho produtivo e ofertados no mercado de bens e serviços, constituindo a OFERTA GLOBAL;
De outro lado, um "FLUXO MONETÁRIO", de pagamentos feitos aos proprietários dos fatores de produção, sob a forma de salários, juros, lucros e aluguéis, rendimentos estes que, ao serem gastos no mercado de bens e serviços, constituirão a PROCURA GLOBAL.
	Os dois fluxos são como que as duas faces de uma mesma moeda, sendo o fluxo de rendimentos a tradução monetária do fluxo real dos bens produzidos.
	Do lado da oferta, observamos que os bens podem ser de dois tipos: BENS E SERVIÇOS FINAIS e BENS DE CAPITAL, conforme se destinem direta ou indiretamente à satisfação das necessidades humanas.
	Do lado da procura, também a renda pode ter dois destinos: GASTOS DE CONSUMO e POUPANÇA. Os gastos de consumo correspondem à procura de bens de consumo final; enquanto as poupanças correspondem à procura de bens de capital (equipamentos, maquinaria, edifícios, veículos, utensílios, etc.).
	O processo pelo qual a poupança se transforma em compra de bens de capital (investimento) pode ser simples e direto, como quando uma empresa reinveste, ela própria os seus lucros retidos, ou indireto, através das instituições financeiras, no mercado de capitais, como quando uma pessoa adquire ações de uma companhia de investimento e esta financia a expansão de uma empresa.
DISPONIBILIDADE E USO DOS FATORES
	Quanto mais amplo for o estoque de fatores tanto maior será o potencial produtivo da economia e sua capacidade para atender, de forma satisfatória, às crescentes e variadas solicitações da comunidade.
	Não basta, porém, que esses fatores estejam disponíveis; se eles permanecerem ociosos de nada valerá sua existência. Cumpre-nos, portanto, que os aproveitemos, de forma racional e eficiente, mediante a utilização de tecnologia moderna, que corresponde à aplicação do conhecimento humano no uso dos recursos.
	Aos empresários é atribuída essa tarefa de reunir os recursos existentes e tornando-os produtivos, com a adoção uma determinada TECNOLOGIA.
	Nessas condições, podemos afirmar que o nível e o ritmo de desenvolvimento de qualquer país dependem, fundamentalmente, de três fatores principais:
DA QUANTIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS DISPONÍVEIS, tendo em vista que, nos países subdesenvolvidos, a oferta do fator terra é relativamente fixa e a do fator trabalho quase sempre abundante, segue-se que a disponibilidade do fator capital constitui a principal condição limitante do nível, ritmo e potencial de crescimento de qualquer país. Daí porque o processo de desenvolvimento é quase sempre associado a um processo de acumulação de capital;
DA EFICIÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DESSES RECURSOS, o que implica não apenas a incorporação da tecnologia moderna aos processos produtivos, como também a própria existência de condições políticas e institucionais que favoreçam ou possibilitem essa incorporação;
DO DINAMISMO E PROFICIÊNCIA DOS AGENTES PRODUTIVOS (empresário privado ou governo), no exercício de sua difícil função de combinar recursos com fins produtivos. 
Por isso, as raízes do SUBDESENVOLVIMENTO podem ser encontradas ou no SUPRIMENTO ESCASSO DE FATORES (notadamente do fator capital); ou no DESPERDÍCIO OU MÁ UTILIZAÇÃO dos recursos existentes, por condições tecnológicas e sociais adversas; ou, finalmente, na DEBILIDADE E FALTA DE DINAMISMO DO SETOR EMPRESARIAL ou do GOVERNO, no exercício de suas funções de agente produtivo.
	
O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
	Assim identificados os fatores responsáveis pelo fenômeno do subdesenvolvimento, resta esclarecer o que se entende por desenvolvimento econômico. As definições são as mais variadas e o problema pode ser analisado sob os mais diversos prismas.
	Desenvolvimento Econômico pode ser considerado como um processo de mudança social global, com implicaçõesnão apenas econômicas, como também políticas, sociológicas e culturais.
	De um ponto de vista estritamente econômico, é um processo de transformação estrutural e de longo prazo, no sistema econômico, decorrente do aumento dos fatores disponíveis e/ou de sua melhor utilização, tendo como resultado final elevação da renda real per-capita da comunidade e, em consequência, a melhoria dos níveis de consumo e bem-estar de sua população. As modificações estruturais dizem respeito, principalmente, a alterações na composição da procura global e na estrutura produtiva do sistema econômico, com crescente integração e diversificação dos seus diferentes setores, a par das transformações institucionais inerentes a todo processo de mudança social.
	De um modo geral, podemos dizer que o processo de desenvolvimento se caracteriza pela elevação da renda per-capita da população; pela integração mais ampla das atividades de todo o sistema econômico, eliminando-se a concentração ou dependência excessiva de alguns poucos setores ou atividades; pela redução das desigualdades na distribuição da renda, entre setores, regiões e pessoas; pelas alterações na estrutura da formação da renda (reduzindo-se a participação do setor primário e aumentando a do setor industrial e do setor de transportes, por exemplo) e na composição do produto industrial (aumentando a participação relativa da produção de bens de capital e de bens intermédios e diminuindo a participação da produção de bens de consumo), a par da melhoria das condições sociais e culturais de toda a população, com a redução dos índices de analfabetismo, a elevação dos padrões de escolarização, a ampliação das oportunidades de avanço social, a eliminação de tabus e preconceitos e a melhoria das condições de saúde, nutrição, higiene e habitação da comunidade.
	
SISTEMAS ECONÔMICOS ALTERNATIVOS
	Os sistemas econômicos podem assumir duas formas extremas - capitalismo e socialismo - que se diferenciam, entre si, em função das seguintes características:
PROPRIEDADE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO: no sistema capitalista existe a propriedade privada dos meios de produção, enquanto no sistema socialista essa propriedade é pública ou estatal;
FINALIDADE DA PRODUÇÃO: os socialistas assinalam que, em seu sistema econômico, a finalidade da produção é atender, de forma direta, às necessidades da coletividade, enquanto no sistema capitalista essas necessidades são atendidas de forma indireta, vez que o objetivo imediato da produção, guiada pela iniciativa privada, é o lucro;
PLANEJAMENTO DAS DECISÕES: em um sistema socialista, as decisões econômicas são centralizadas em uma Junta ou Comissão Nacional de Planificação, enquanto no sistema capitalista o planejamento da atividade econômica é altamente descentralizado; aqui, as decisões são tomadas de forma independente, ao nível de cada unidade do sistema - cada consumidor e cada empresa - através do mecanismo dos mercados competitivos, que funcionam à base de um sistema de preços.

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