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1. Questões sobre a perspectiva do trabalho em Karl Marx Instituto Federal do Piauí, Campus Paulistana. 3° Ano Médio integrado ao Curso Técnico em Agropecuário Disciplina: Sociologia II Professor: Francisco Washington Soares Goncalves Aluno: Fred Rodrigues Santana 1.1 Marx propõe o estudo da sociedade capitalista a partir da dimensão econômica. Ele considera que a base material da sociedade, ou seja, a forma como os recursos são produzidos e distribuídos, é o fator determinante para a estrutura social e as relações de poder. 1.2 A divisão social do trabalho, em Karl Marx, está associada à separação entre os que possuem os meios de produção e os que vendem sua força de trabalho, sendo uma das causas principais da exploração e alienação dos trabalhadores. Ele discute isso em várias obras, como "O Capital" e "Manuscritos Econômico-Filosóficos". 1.3 No processo de trabalho, Marx identifica três elementos principais: Trabalho humano: o esforço físico e mental do trabalhador; Meios de produção: as ferramentas e máquinas utilizadas no processo; Objeto de trabalho: a matéria-prima que é transformada em um produto final. 1.4 Os donos dos meios de produção são os capitalistas ou burguesia, que controlam as fábricas, terras, e máquinas. 1.5 Os donos da força de trabalho são os trabalhadores ou proletariado, que vendem sua capacidade de trabalho em troca de salário. 1.6 Na sociedade capitalista, o trabalho dos trabalhadores destina-se à geração de lucro para os capitalistas, e não à satisfação de suas próprias necessidades. 1.7 A mais-valia, para Marx, é definida como a diferença entre o valor produzido pelo trabalho do operário e o salário que ele recebe. A mais-valia é o excedente de valor apropriado pelo capitalista. 1.8 O processo de produção de mais-valia ocorre quando o capitalista paga ao trabalhador apenas o suficiente para a sua subsistência, mas o trabalhador gera um valor maior do que o necessário para cobrir esse custo, gerando mais-valia. 1.9 Mais-valia e lucro não são a mesma coisa, embora estejam relacionados. A mais-valia é o valor excedente criado pelo trabalhador, enquanto o lucro é o resultado da mais-valia após deduzir outros custos de produção. 1.10 Marx identifica duas formas principais de produção de mais-valia: Mais-valia absoluta: aumentar a jornada de trabalho. Mais-valia relativa: melhorar a eficiência do trabalho através da tecnologia ou de novos métodos de produção. 1.11 O caráter ontológico do trabalho refere-se ao trabalho como uma atividade fundamental à existência humana, sendo essencial para a transformação da natureza e a criação de cultura. 1.12 Esta questão pede uma reflexão pessoal sobre o significado do trabalho na vida cotidiana. É importante conversar com alguém próximo para entender a perspectiva individual sobre o valor do trabalho além do emprego, e como ele atende às necessidades sociais. 2. Questões sobre a perspectiva do trabalho em Max Weber 2.1 O ponto de partida dos estudos de Weber sobre o trabalho reside na ética protestante, particularmente no calvinismo, que segundo ele foi um dos fatores que contribuiu para o surgimento do capitalismo. O capitalismo moderno tem suas raízes na racionalização e na disciplina que são derivadas dessa ética. 2.2 O empreendedorismo surge, segundo Weber, como resultado do espírito capitalista que valoriza o trabalho árduo, a frugalidade e o acúmulo de riqueza, especialmente entre os protestantes puritanos e calvinistas. 2.3 O "espírito do capitalismo" refere-se à mentalidade de acumulação de capital, racionalidade econômica e ética do trabalho, que Weber viu como fundamental para o desenvolvimento do capitalismo moderno. 2.4 Ascese refere-se à prática de abstinência e autodisciplina, principalmente no contexto religioso, que Weber associou ao comportamento dos protestantes que acumularam riqueza ao evitarem o consumo desnecessário. 2.5 Weber busca compreender a origem do capitalismo ao investigar as bases religiosas e culturais que moldaram a conduta econômica das pessoas, principalmente entre os protestantes. 2.6 Para os protestantes, especialmente os puritanos e calvinistas, o sucesso profissional e a riqueza eram vistos como sinais de salvação e aprovação divina, incentivando uma ética de trabalho disciplinada e racional. 3. Questões sobre a perspectiva do trabalho em Émile Durkheim 3.1 Durkheim relaciona a divisão social do trabalho à coesão social, argumentando que ela promove interdependência entre os indivíduos, o que reforça a solidariedade social. 3.2 Para o senso comum, solidariedade pode significar ajuda mútua, mas para Durkheim, ela é uma força que mantém a sociedade unida. Ele distingue dois tipos de solidariedade: mecânica e orgânica. 3.3 Solidariedade mecânica: prevalece em sociedades tradicionais, onde as pessoas têm papéis semelhantes e pouca divisão do trabalho. Solidariedade orgânica: típica das sociedades modernas, onde há uma maior divisão do trabalho e interdependência entre indivíduos com funções especializadas. 3.4 Quando a divisão social do trabalho falha em gerar coesão social, ocorre o que Durkheim chama de anomalia, resultando em desordem social e alienação. 4. Modelo Taylorista-fordista x modelo toyotista de produção 4.1 Taylorismo-Fordismo: Enfatiza a especialização, padronização e produção em massa, com trabalhadores realizando tarefas repetitivas. Toyotismo: Foco na produção flexível, qualidade total, e just-in-time, com maior envolvimento dos trabalhadores e descentralização das decisões. 5. Sindicalismo 5.1 No contexto do Taylorismo-Fordismo, os sindicatos buscavam garantir melhores condições de trabalho e salários. No modelo Toyotista, os sindicatos enfrentam desafios com a flexibilidade e a descentralização. 6. Trabalho: Cenário atual, avanços e retrocessos 6.1 O cenário atual do trabalho mostra tanto avanços tecnológicos quanto precarização, com aumento do trabalho informal e por plataforma. 7. Precariado 7.1 Guy Standing descreve o precariado como uma nova classe social, caracterizada pela falta de segurança no emprego e na renda. Ry Braga e Giovanni Alves destacam a precarização das condições de trabalho no Brasil. 8. Economia Solidária 8.1 A Secretaria Nacional de Economia Solidária define como uma prática econômica que promove a justiça social e a autogestão. 8.2 Autogestão significa que os trabalhadores controlam e tomam decisões sobre a produção e distribuição de bens. 8.3 A Economia Solidária envolve formas de produção que valorizam a cooperação e a sustentabilidade. 8.4 Princípios: solidariedade, cooperação, democracia, e justiça social. Exemplo: cooperativas locais image1.png image2.png