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Fases Do Perioperatório Prof.MSc.Helenira Macêdo 1 2 3 Preparo pré-operatório 4 5 Pré-operatório O pré-operatório é período entre momento da indicação de um procedimento cirúrgico até a sua execução; O pré-operatório divide-se em mediato e imediato. Ø Pré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que a ux i l i a m na c on f i rm a ç ã o do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias, ou seja, abrange o período desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma. 6 7 Cuidados de enfermagem pré-operatório Abrange desde o momento pela decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica. O objetivo da assistência é promover o melhor estado físico e psicológico do cliente, visando evitar complicações no período pós-operatório. 8 ØPré-operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele – banho com soluções antissépticas e aplicação de medicação pré- anestésica. A tricotomia quando indicada, será realizada 2 horas antes da cirurgia para evitar colonização da pele. 9 Pré-operatório mediato ü Preparo emocional; ü Orientar quanto a dor e náuseas; ü Orientar quanto a deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos MMII; ü Mensurar dados antropométricos (peso, altura), sinais vitais para posteriores comparações; ü Encaminhar para realizar exames de sangue, raio-X, ECG, TC e outros; ü Preparo do intestino quando indicado dias antes ou na noite anterior a cirurgia. 10 11 ITEM AÇÕES DE ENFERMAGEM SIM NÃO 01 Informada o tipo e hora da cirurgia 02 Assinado termo de responsabilidade 03 Preparada a região operatória 04 Lavagem intestinal com bom efeito 05 Está sem esmalte e/ou jóia 06 Realizada higiene oral e corporal 07 Jejum operatório 08 Esvaziamento vesical 09 Próteses e ou jóias identificadas e guardadas 10 Camisola aberta 11 Visita da anestesista realizado 12 Administração de medicação pré-anestésica 13 Ausência de reações após o pré-anestésico. Se houver tipo: 14 Rx e exames no prontuário 15 Em Rx punção de subclávia 16 Peso: KG: 17 Altura: Cm: 18 Sinais vitais: Antes do pré-anestésico PA:___ P:___ R:___ T:___ 30` após o pré-anestésico: PA:___ P:___ R:___ T:___ NOME:_______________________________ QUARTO/LEITO:__________ REGISTRO:_______________ CIRURGIA PREVISTA:_____________________________________________________________________ R E C E B I M E N T O D O P A C I E N T E 12 Prevenindo infecções Ø Fatores ü Quantidade e virulência dos micro-organismos; ü Capacidade de defesa do cliente. Ø Cuidados da equipe ü Uniformes limpos e unhas curtas e limpas; ü Lavagem das mãos antes e após cada procedimento; ü Observar os sinais de infecção. Ø Cuidados com o paciente ü Banho com antissépticos específicos (clorexidina ou PVPI) na noite anterior e no dia da cirurgia, tricotomia, lavagem intestinal, retirada de objetos pessoais, próteses e outros; ü Entregar os pertences ao familiar. 13 Ø Prevenindo complicações anestésicas ü Jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia – redução dos reflexos; ü Administrar medicação pré-anestésica 45 a 60 minutos antes da cirurgia ou conforme prescrição ( benzodiazepínicos-hipnóticos-neurolépticos). Ø Prevenção de complicações com relação a infecção ü Higiene pessoal; ü Tricotomia no máximo 2 horas antes ou no CC; ü Esvaziamento intestinal 8 a 12 horas antes do ato cirurgico; § Enteroclisma: introdução de líquido (2000 ml) no intestino através do ânus; § Enema: é a aplicação de no máximo 500 ml de substância pelo reto; ü Esvaziamento da bexiga espontâneo ou por SVD; ü Verificar sinais vitais; ü Verificar prontuário, exames, consentimento livre informado, registro de enfermagem; ü Manter ambiente silencioso; ü Vestir o paciente com a camisola, gorro e pro-pés; ü Promover limpeza e arrumação da unidade 14 15 ØFASE INTRA-OPERATÓRIA Tem início a partir da anestesia e da cirurgia. 16 Período Transoperatório Esta fase tem início quando o cliente entra na unidade do Centro Cirúrgico até sua admissão na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). E nesta fase que ocorre o ato cirúrgico e toda a preparação que ele envolve. Para a realização de uma cirurgia é necessária uma série de preparos e rituais que irão auxiliar e facilitar nos procedimentos, assim evitando possível infecção. Portanto existem certos rituais comuns a todas as cirurgias. São eles: 17 Método Razões e pontos importantes Receber o c l iente ao chegar no Centro Cirúrg ico e encaminhá- lo para a sa la cirúrgica. Para que o cliente esteja familiarizado ao ambiente que estará inserido e para iniciar os rituais do Centro Cirúrgico. Manter diálogo e orientá-lo a cada passo do procedimento. Procurando acalmá-lo deixando falar de suas ansiedades. Nivelar a altura da mesa cirúrgica com a a l t u r a d a m a c a e e n c o s t e a m a c a paralelamente à mesa cirúrgica, lembrando de fixá-la. Para facilitar a transferência do cliente e prevenir quedas, evitando que a mesa se desloque. Auxiliar o cliente na transferência para a mesa cirúrgica. Colocar em posição decúbito dorsal (DD) confortável, cuidando sempre para não descobri-lo. Auxiliar na transferência de soros e sondas q u a n d o p r e s e n t e s Evitar tracionar sondas e equipos de soro, prevenindo também a perda do acesso venoso. Puncionar veia calibrosa Para manter acesso venoso permeável para administração de medicações. 18 Colocar o lenço na cabeça do cliente, cobrindo todo o couro cabeludo. Facilitando visibilidade de áreas de punção (jugulares), evitando que suje o cabe lo de sangue , e fac i l i tando o manuseio da cabeça. Colocar apoio de braço (braçadeiras) o mais anatômico possível. Para facil itar quando necessário à punção venosa, além de possibilitar os procedimentos do anes te s i s ta e a delimitação da equipe cirúrgica sem prejudicar o ato anestesiar/operar e para colocar as amarras fixando os braços evitando qualquer movimento do cliente durante o ato cirúrgico. Ins t a l ar o s e l e t rod o s d o m o n i t o r cardíaco e instalar o aparelho de pressão arterial (P.A). Para monitorar os sinais vitais do cliente durante a cirurgia, preferencialmente instalando o aparelho de (P.A), do lado oposto a veno-punção. 19 Instalar o oxímetro de pulso Para medir a quantidade de oxigênio que o cliente esta inspirando e preferencialmente instalando-o do lado oposto do aparelho de (P.A) Remover as cobertas e roupas do cliente. Tem como finalidade iniciar a antissepsia e colocação do campo estéril dando início a cirurgia. P re n d e r o c a m p o n o a rc o d e n a rc o s e (divisório entre o anestesista e o cirurgião). Procedimento real izado após o c l iente anestesiado com objetivo de não haver contaminação entre o anestesista e a cirurgia propriamente dita. Colocar a placa do bisturi elétrico em contato com a pele do cliente. A placa serve como um fio terra, evitando descarga elétrica no cliente, utilizando-se um gel condutor na placa, geralmente localizada nas panturrilhas ou região escapular. Colocar luvas de água nas proeminências ósseas ou utilizar coxins quando necessário. Com a finalidade de evitar escaras de pressão. 20 FASE DE ADMISSÃO DO CLIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO TRANS- OPERATÓRIO ü O enfermeiro pode utilizar dados da entrevista pré-operatória de enfermagem, da evolução e da ficha pré-operatória quando existe na instituição; ü Observar os efeitos da indicação pré-anestésica (ou sua não administração); ü Checar remoção de prótese, grampos de cabelo, adornos, lentes de contato, bolas de chicletes, esmaltes, roupas de fácil combustão, etc; ü Observar o preparo da área cirúrgica; ü Aferir a existência e a funcionalidade dos sistemas de infusão endovenosa e drenagem, o horário da última micção e da última ingestão de alimentos líquidos; 21 ü Interação enfermeiro-paciente atento a comunicação verbal e não verbal avaliar o nível de ansiedade; ü Disponível a ouvi-lo, reforçar orientação e ajudar no que for necessário; ü Colocar o gorro ou toca no cliente funções do circulante do bloco cirúrgico montar a sala de operações para a cirurgia receber o cliente na entrada da SC; ü Retirar o cliente da maca p/ mesa cirúrgica; ü Posicionar o cliente adequadamente na mesa; ü Aferir os dados vitais e registrar corretamente na folha de sala; ü Procurar evitar ruídos e outros sons não agradáveis ao cliente; 22 ü Puncionar acesso venoso de bom calibre; üAjudar ou fazer a antissepsia pré-operatória; üConferir gotejamento da infusão durante o processo cirúrgico ou controlar pela bomba de infusão; üAjudar a paramentar o instrumentador, auxiliares e o cirurgião; üAuxiliar o anestesista, posicionando corretamente o cliente na mesa cirúrgica; ü Sondar o cliente antes do inicio da operação, sempre que indicado de preferência após submeter- se à anestesia; üAbrir os fios cirúrgicos sempre que necessário; 23 ü Colocar a placa neutra do bisturi elétrico sobre a pele do cliente em local que não irá se molhar durante o procedimento e que não seja área de protuberância óssea; ü Posicionar corretamente o foco sobre o local onde se fará a cirurgia pode ser necessário foco auxiliar; ü Auxiliar o anestesista na instalação do oxímetro de pulso e ou do monitor cardíaco; ü Fazer anotações sobre os gastos da operação e o relatório de enfermagem sobre os fatos ocorridos na SC; ü Auxiliar o cirurgião ou seu assessor a fazer o curativo da incisão, ou mesmo fazê-lo sozinho; ü Separar a roupa usada na cirurgia, revendo se tem pinças junto das roupas; ü Encaminhar o cliente para SRPA, com todo o cuidado possível; ü Fazer o relatório e passa-lo ao profissional da SRPA; ü Identificar material retirado da cirurgia para exame e encaminha- lo identificado para o anátomo-patológico; ü Recolher o material utilizado e encaminha-lo à central de processamento e esterilização. 24 25 Cuidado no pós-operatório Ø Pós-operatório: inicia-se a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até a sua total recuperação. Subdivide-se em: ü Pós-operatório imediato: até às 24 horas posteriores à cirurgia; ü Pós-operatório mediato: após às 24 horas e até 7 dias depois; e tardio, após 7 dias do recebimento da alta. Ø Objetivos: identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais como dor, laringite pós- entubação traqueal, náuseas, vômitos, retenção urinária, flebite pós- venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o seu equilibrio. 26 27 Assistência de enfermagem na SRPA O período de recuperação anestésica é considerado crítico, pois os pacientes encontram-se muitas vezes inconscientes, entorpecidos e com diminuição dos reflexos protetores. A enfermagem deve estar voltada para a individualidade de cada paciente, desde a admissão, até a alta da unidade. Prestar conforme a rotina do setor as informações aos familiares. A SRPA deve ser adjacente ao centro cirúrgico, oferecendo facilidade de acesso. O estado do paciente deve ser avaliado quanto às necessidades durante a transferência (como oxigênio, dispositivo manual de pressão positiva, um leito em lugar de maca). Quando o paciente chega na SRPA deve-se fazer uma avaliação imediata da via aérea, circulação e respiração, o circulante juntamente com o anestesista realizará a passagem do paciente para a equipe da SRPA, sinalizando o que o paciente fez em SC, estimativa de perda e reposição de líquidos/sangue, complicações ocorridas durante o curso da cirurgia. 28 Após começar as manobras de atendimento do paciente na unidade que são: via aérea; frequência cardíaca; pressão arterial; frequência respiratória; temperatura axilar; nível de consciência; coloração da pele; condições de curativo; perviedade; fixação dos tubos de drenagem, cateteres e recipientes; quantidade de drenagem e aspecto; resposta muscular e força; resposta pupilar; localização dos acessos e condições do local; redução no nível da dor; 29 Complicações pós operatórias ü Respiratória: estabelecer a perviedade das vias aéreas, se o paciente ainda não está responsivo, pode precisar abrir a via aérea pela inclinação do queixo ou pela abertura da boca; ü Laringoespasmo: a remoção de estímulos irritantes, a hiperextensão da cabeça do paciente, a oxigenação do paciente; ü Hipotensão: elevar os membros inferiores e aumentar o gotejo do soro aumentando o volume sanguíneo; ü Hipertensão: elevar a cabeceira e realizar a medicação prescrita pelo médico para hipertensão; 30 üHipotermia pós-operatória: definida como uma temperatura menor que 36ºC , realizar o reaquecimento; üPaciente desorientado, sonolento, confuso ou delirante; üDor é uma experiência subjetiva e pode ou não ser verbalizada, intervenções farmacológicas podem ser usadas. Evidências têm indicado que a analgesia precoce reduz problemas pós- operatórios; ü Náuseas e vômitos: com medicações anti- eméticas e anti-espasmódicas; üRetenção urinária: dor e globo vesical. 31 Procedimentos na SRPA üOxigenoterapia; üMonitorização clínica; üObservar cor da pele e mucosas; üPadrão respiratório; üSangramentos; üNível de bloqueio sensitivo; üGlobo vesical; üForça muscular; üRegistros de enfermagem; üEscala de ALDRETTE. 32 Critérios de alta da SRPA ü Recuperação completa da consciência; ü Estabilidade cardiovascular; ü Função respiratória normal; ü Função motora e recuperada; ü Sensibilidade em membros inferiores; ü Ausência de globo vesical; ü Curativos limpos -ausência de sangramento ativo; ü Dor operatória controlada; ü Mais de 30 minutos após opióides; ü Ausência de náuseas ou vômitos; ü Alimentação, deambulação, micção; ü Avaliação de drenos; ü Escala de ALDRETTE. 33 34