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Teoria e Prática da Narrativa Jurídica – CC6 AV2
Nome: Vitório V. Neto, RA: 20100145565-7
Respostas:
Questão:
Leia atentamente o caso concreto e produza um relatório, Observe todas as orientações acumuladas ao longo do semestre.
R: Miguel Coelho, ingressou com ação negatória de paternidade contra Melina Coelho Andrade, representada por sua genitora Constança Andrade , alegando em síntese o seguinte:
Que o autor teve um relacionamento amoroso registrou a menor porque acreditava ser o pai biológico, deixando-se conduzir, na época do registro, pelas súplicas e apelos emocionais de Constança, nunca teria feito o registro, se soubesse que não o era o pai de Melina, ao realizar o exame de DNA, após o registro, constatou não ser o pai biológico, motivo pelo qual ingressou com a presente ação.
Que a propositura da ação lhe causou estranheza, haja vista que o autor jamais apresentou dúvidas quanto à paternidade com relação à ré, inclusive tinham relacionamento amoroso e harmônico, que é notório perante a sociedade. Destacou ainda a necessidade de realização de outro exame de DNA, que confirmou o primeiro exame, negando ser o autor pai da ré, solicitando exclusão do registro de nascimento da ré qualquer referência à ascendência paterna dele. A verdade biológica pode não expressar a verdadeira paternidade. Cogita-se, então, da verdade sócio-afetiva, sem exclusão da dimensão biológica da filiação, O afirma não ter criado vínculo afetivo, nem biológico entre ele e a menor.
o autor não pode vir à juízo negar uma paternidade que sabia inexistir, porquanto perfilhou a parte ré voluntariamente, sem ter questionado em momento algum as palavras da mãe, pois assim poderia ter feito, de modo que carece ao autor qualquer pretensão legítima com o seu pedido, devendo se prevalecer aqui os critérios sociais, principalmente sociais-brasileiras, onde se diga de passagem que é preferível a chamada adoção à brasileira, do que ações como esta que visam pura e simplesmente não só a negativa da paternidade. A questão merece profunda reflexão, haja vista que o que está submetido a julgamento é o paradoxo da verdade biológica sobre a paternidade sócio-afetiva.

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