Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Bacharelado em Engenharia de Produção - EAD CATARINA DE SOUSA MIRANDA Matrícula 1220200758 Disciplina: Cálculo Diferencial e Integral II Prof.(a) Artur Luiz Santana Moreira TRABALHO DE AVALIAÇÃO 2 Integrais triplas Rio de Janeiro 2024 Integrais Triplas: 1ª questão Calcular a integral tripla ∭(y+x2)zdV sobre a região de integração definida pelo paralelepípedo 1≤x≤2,0≤y≤1,-3≤z≤5. Também podemos representar o ∫ ∫ ∫ 𝑓𝑑𝑉 como ∫ ∫ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑧 . Logo a integral tripla ∫ ∫ ∫(𝑦 + 𝑥2)𝑧𝑑𝑉 pode ser escrita como ∫ ∫ ∫ (𝑦 + 5 −3 1 0 2 1 𝑥2)𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑦 𝑑𝑥. É necessário calcular as integrais em relação a cada variável, sendo elas x, y e z. 1. Integral em relação a z: ∫ (𝑦 + 𝑥2)𝑧 5 −3 𝑑𝑧 = (𝑦 + 𝑥2) ∫ 𝑧 5 −3 𝑑𝑧 = ∫ 𝑧 5 −3 𝑑𝑧 = [ 𝑧2 2 ] −3 5 • 𝑧2 =5 (5)2 2 → 25 2 • 𝑧1 = -3 (−3)2 2 → 9 2 • 𝑧2 − 𝑧1 = 25 2 − 9 2 → 16 2 = 8 Obs.: Lembrando que para calcular a integral, deve-se levar em conta que a integral de z é 𝑧2 2 . Além disso a integral definida de z é ∫ 𝑧 𝑑𝑧 = 𝑧2 2 + 𝐶, em que C é tratado como constante de integração, porém nessa questão não será usada, pois a integral é definida. 2. Integral em relação a y: ∫ (𝑦 + 𝑥2) 1 0 𝑧 𝑑𝑦 → ∫ 8 1 0 . (𝑦 + 𝑥2) 𝑑𝑦 → ∫ 8𝑦𝑑𝑦 1 0 + ∫ 1 0 8𝑥2𝑑𝑦 • ∫ 8𝑦𝑑𝑦 1 0 = 8 ∫ 1 0 𝑦 𝑑𝑦 → 8. 𝑦2 2 → ∫ 1 0 8𝑦 𝑑𝑦 = 8𝑦2 2 = 4𝑦2. • ∫ 8𝑥2 1 0 𝑑𝑦 = 8𝑥2∫ 𝑑𝑦 1 0 → ∫ 8𝑥2 1 0 𝑑𝑦 = 8𝑥2.1 = 8𝑥2. • Integral de 8y: 𝑦2 = 1 → 4𝑦2 = 4(12) = 4. 𝑦1 = 0 → 4𝑦2 = 4(02) = 0. 𝑦2 − 𝑦1 = 4 − 0 = 4 • 8𝑥2 é tratado como constante em relação a y, então seu resultado não se altera. dy é igual a y, portanto, seu resultado será 1. Logo chegamos ao resultado de Obs.: ∫ 8𝑥2 1 0 𝑑𝑦 = 8𝑥2.1 = 8𝑥2. ∫ 𝑧 1 0 . (𝑦 + 𝑥2). 𝑑𝑦 → ∫ 8 1 0 . (𝑦 + 𝑥2). 𝑑𝑦 = 4 + 8𝑥2 Obs.2: ∫ 8𝑦𝑑𝑦 1 0 + ∫ 1 0 8𝑥2𝑑𝑦 podem ser calculadas separadamente tendo como base a propriedade da integral tripla vista no e-book disponível no conteúdo programático. 3. Integral em relação a x: ∫ 𝑧 2 1 . (𝑦 + 𝑥2). 𝑑𝑥 → ∫ 8 2 1 . (𝑦 + 𝑥2). 𝑑𝑥 → ∫ (4 + 8𝑥2) 2 1 . 𝑑𝑥 → ∫ 4 2 1 𝑑𝑥 + ∫ 8𝑥2 2 1 𝑑𝑥 • ∫ 4 2 1 𝑑𝑥 = 4[𝑥]1 2 → 𝐶. (𝑏 − 𝑎) → ∫ 4 2 1 𝑑𝑥 = 4. (2 − 1) = 4 • ∫ 8𝑥2 2 1 𝑑𝑥 → 8 ∫ 𝑥2 2 1 𝑑𝑥 → 8 ∫ [ 𝑥𝑛+1 𝑛+1 ] 2 1 → 8∫ [ 𝑥2+1 2+1 ] 2 1 = ∫ 8 2 1 . [ 𝑥3 3 ] = 8𝑥3 3 • Resolvendo substituindo os limites que são iguais a 2 e 1, temos: [ 8𝑥3 3 ] 1 2 → 8.𝑥2 3 3 − 8𝑥1 3 3 → 8.23 3 − 8.13 3 → 64 3 − 8 3 = 56 3 , ou seja, pode afirmar que ∫ 8𝑥2 2 1 𝑑𝑥 = 56 3 Obs.: ∫ 4 2 1 𝑑𝑥 = 4[𝑥]1 2 → 𝐶. (𝑏 − 𝑎)foi escrito desta forma, pois 4 é uma constante na função, logo a integral da constante C em um intervalo de [a, b] é escrita como C. (b - a). 4. Resultado da Integral tripla sobre a região de integração definida pelo paralelepípedo: ∫ ∫ ∫(𝑦 + 𝑥2)𝑧𝑑𝑉 = ∫ (𝑦 + 𝑥2)𝑑𝑥 2 1 → ∫ 8 2 1 . (𝑦 + 𝑥2)𝑑𝑥 → ∫ (4 + 8𝑥2)𝑑𝑥 2 1 = 4 + 56 3 = 68 3 2ª questão Calcular a integral ∭(x2+y2)dV, em que T é a região de integração interior ao cilindro x2+y2=1 e à esfera x2+y2+z2=4 (fazer a transformação para o sistema de coordenadas que mais simplifica a resolução). 1. Transformando par as coordenadas que simplifiquem a resolução: x = r.cos𝜃 y = r.sen𝜃 z = z 2. A integral relacionada a questão é: ∫ ∫ ∫ (𝑥2 + 𝑦2)𝑑𝑉 𝑇 → ∫ ∫ ∫ 𝑇 𝑟2. 𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝑧 = ∫ ∫ ∫ 𝑇 𝑟3𝑑𝑟𝑑𝜃𝑑𝑧 3. Tratando as equações do cilindro e da esfera, temos: *Cilindro: (𝑥2 + 𝑦2) = 1 → (𝑟. 𝑐𝑜𝑠𝜃)2 + (𝑟. 𝑠𝑒𝑛𝜃)2 = 1(𝑥2 + 𝑦2) = 1 → 𝑟2(cos2 𝜃 + (𝑠𝑒𝑛2𝜃)) = 1 (𝑥2 + 𝑦2) = 𝑟2(1) (𝑥2 + 𝑦2) = 𝑟2 → 𝑟 = √1 2 = 1 Obs.: Regra de trigonometria: cos2 𝜃 + 𝑠𝑒𝑛2𝜃 = 1 *Esfera: 𝑥2 + 𝑦2 + 𝑧2 = 4 → (𝑟2) + 𝑧2 = 4 𝑟2 + 𝑧2 = 4 → 𝑧2 = 4 − 𝑟2 𝑧 = ±√4− 𝑟2 2 → 𝑧1 = √4− 𝑟2 2 → 𝑧2 = −√4 − 𝑟2 2 Obs.: Por ser 𝑥2 + 𝑦2 = 𝑟2, fiz a substituição na equação para simplificar. Observações: • 𝜃 → Varia de 0 a 2𝜋 • 𝑟 → Varia de 0 a 1 • Portanto, 0 ≤ 𝑟 ≤ 1 e 0 ≤ 𝜃 ≤ 2𝜋 • −√4− 𝑟2 ≤ 𝑧 ≤ √4 − 𝑟2 4. Achados os limites, agora devemos calcular a seguinte integral: ∫ ∫ ∫ 𝑟3 √4−𝑟2 −√4−𝑟2 1 0 2𝜋 0 𝑑𝑧𝑑𝑟𝑑𝜃 Iniciamos calculando as integrais separadamente, logo: *Integral em z: ∫ 𝑟3 √4−𝑟2 −√4−𝑟2 𝑑𝑧 = 𝑟3[𝑧] −√4−𝑟2 √4−𝑟2 ∫ 𝑟3 √4−𝑟2 −√4−𝑟2 𝑑𝑧 = 𝑟3 (√4 − 𝑟2 − (−√4 − 𝑟2)) = 𝑟3. 2√4 − 𝑟2. *Integral em r: ∫ 2𝑟3 1 0 √4 − 𝑟2𝑑𝑟 Obs.: Como u = 4-𝑟2, então du = -2rdr ou dr = −𝑑𝑢 2𝑟 , com isso, quando r = 0, então u será u = 4. E quando r = 1, então u será u = 3. ∫ 2𝑟3 1 0 √4 − 𝑟2𝑑𝑟 → ∫ 2𝑟3 4 3 √𝑢 ( −𝑑𝑢 2𝑟 ) → ∫ 𝑟2 4 3 √𝑢𝑑𝑢 = ∫ (4 − 𝑢) 4 3 . √𝑢𝑑𝑢 ∫ 4√𝑢 4 3 𝑑𝑢 − ∫ 𝑢√𝑢 4 3 𝑑𝑢 As integrais acima podem ser resolvidas separadamente para facilitar o entendimento, portanto: ∫ 4√𝑢 4 3 𝑑𝑢 = 4. ∫ 4 3 𝑢 1 2 𝑑𝑢 = 4. [ 2 3 𝑢 3 2] 3 4 = 8 3 [4 3 2 − 3 3 2] = 8 3 [8 − 3√3] = 64−24√3 3 . ∫ 𝑢√𝑢 4 3 𝑑𝑢 = ∫ 4 3 𝑢 3 2 𝑑𝑢 = [ 2 5 𝑢 5 2] 3 4 = 2 5 [4 5 2 − 3 5 2] = 2 5 [32 − 9√3] = 64 − 18√3 5 Agora é possível subtraí-las para chegar ao resultado da integral em r: 64 − 24√3 35 − 64 − 18√3 53 = 5(64 − 24√3) − 3(64 − 18√3) 15 = 320 − 120√3 − 192 + 54√3 15 128 − 66√3 15 *Integral em 𝜃 : ∫ 128− 66√3 15 2𝜋 0 . 𝑑𝜃 → ∫ 128 − 66√3 15 2𝜋 0 . 2𝜋 = ∫ 256𝜋 − 132𝜋√3 15 2𝜋 0 256𝜋−132𝜋 .(1,73) 15 = 256𝜋−228𝜋 15 = 28𝜋 15 ou 28.(3,14) 15 = 88 15 = 5,8. 3ª questão Calcular o volume do tetraedro mostrado na figura abaixo. Levando em consideração as coordenadas fornecidas, devemos achar a equação do plano que passa pelos pontos: • (2,0,0); (0,1,0) ;(0,0,3) • Equação do plano: f (x, y) = z = ax + by+ c 1. (2,0,0): z = ax + by + c (0) = a. (2) + b. (0) + c 2a = -c a = −𝑐 2 2. (0,1,0): z = ax + by + c (0) = a. (0) + b (1) + c b = -c 3. (0,0,3): z = ax + by + c (3) = a. (0) + b. (0) + c c = 3 • Fazendo a substituição dos valores na equação do plano, temos: z = ax + by + c z = −𝑐𝑥 2 − 𝑐𝑦 + 𝑐 z = −3𝑥 2 − 3𝑦 + 3 • Agora é necessário acharmos a equação das retas, usando as coordenadas (2,0) e (0,1), para que possamos achar os limites da integral: y = ax + b 1. (2,0): y = ax + b (0) = a. (2) + b 2a = -b a = −𝑏 2 2. (0,1): y = ax + b (1) = a. (0) + b b = 1 • Fazendo a substituição dos valores na equação das retas, temos: y = ax + b y = −𝑏𝑥 2 + 𝑏 y = −𝑥 2 + 1 • Após o cálculo dos limites será possível resolver a integral e achar o volume do tetraedro: 𝑉 = ∫ ∫ ∫ 𝑑𝑉 → ∫ ∫ ∫ 𝑑𝑧 −3𝑥 2 −3𝑦 +3 0 −𝑥 2 +1 0 2 0 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑉 = ∫ ∫ ( −3𝑥 2 − 3𝑦 + 3) −𝑥 2 +1 0 2 0 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑉 = ∫ [( −3𝑥 2 . (𝑑𝑦) − 3𝑦. ( 𝑦1+1 1 + 1 ) + 3. (𝑑𝑦))∫ −𝑥 2 +1 0 ] 2 0 𝑉 = ∫ [( −3𝑥𝑦 2 − 3𝑦2 2 + 3𝑦)∫ −𝑥 2 +1 0 ] 𝑑𝑥 2 0 𝑉 = ∫ [( −3𝑥 2 . ( −𝑥 2 + 1) − 3 2 . ( −𝑥 2 + 1) 2 + 3 ( −𝑥 2 + 1)]𝑑𝑥] 2 0 𝑉 = ∫ [( 3𝑥2 4 − 3𝑥 2 − 3 2 ( 𝑥2 4 − 𝑥 + 1) + 3( −3𝑥 2 + 3)]𝑑𝑥] 2 0 [𝑉 = ∫ ( 3𝑥2 8 − 3𝑥 8 + 3 2 )𝑑𝑥 2 0 → 𝑉 = ( 𝑥3 8 − 3𝑥2 4 + 3𝑥 2 )] 0 2 𝑉= (2)3 8 − 3(2)2 4 + 3(2) 2 → 𝑉 = 8 8 − 12 4 + 6 2 → 𝑉 = 1 𝑢. 𝑣 (Unidade de volume). Referências bibliográficas: RIOS, Luciana. Cálculo Diferencial e Integral II [Livro eletrônico] / Luciana Antunes Rios – Rio de Janeiro: UVA, 2019. VALLE, Marcos Eduardo. Aula 13 Integrais Triplas MA211 - Cálculo II. Disponível em: https://www.ime.unicamp.br/~valle/Teaching/MA211/Aula13.pdf Acesso em: 09 de setembro de 2024. Midiateca- Unidade 4 (Plataforma virtual Canvas) - Cálculo III – Aula 02 - Integral tripla - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=M_Ymd5sApXE Midiateca-Unidade 4 (Plataforma virtual Canvas) - Mudança de variáveis- coordenadas cilíndricas e aplicações. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=LmKuPTNyAbk