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DIREITO ADM. 1 Profº Nadson Aguiar REGIME JURÍDICO ADM. DEFINIÇÃO: O conjunto formado por todos os princípios e normas ( regras) pertencentes ao Direito Administrativo denomina-se tecnicamente regime jurídico-administrativo. Estabelece e define: 1-Prerrogativas e limitações que serão aplicáveis a Adm. Pública. 2- É o que garante unidade ao Direito Adm. Tendo em vista que não existe uma codificação específica. 2- Funções e importância dos princípios Adm. 1-Estabelece uma autonomia ao Direito Administrativo. 2- Fundamentalmente decorrem da CF, de forma explicita e implícita. 3- Expressa valores fundamentais de um sistema. 4- São normas gerais coercitivas- que orientam e obrigam a conduta dos indivíduos e do gestores. 5- Art. 37 da CF. 6-“violar um princípio é muito mais grave do que violar uma norma e É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade. ( Celso Antônio Bandeira de Mello). 7- Princípios são ponderados. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 1- Supra princípios: Supremacia do Interesse Público e indisponibilidade do interesse Público. 2- art. 37, caput,- LIMPE”, que significa Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. 3- Lei n. 9.784, de 29.01.1999, - O seu art. 2º enumera os seguintes princípios: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 1- PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O INTERESSE PRIVADO. O interesse público é supremo sobre o interesse particular. Todas as condutas estatais têm como finalidade a satisfação das necessidades coletivas. Nesse sentido, os interesses da sociedade devem prevalecer diante necessidades específicas dos indivíduos, havendo a sobreposição das garantias do corpo coletivo, quando em conflito com as necessidades de um cidadão isoladamente. Em razão desta busca pelo interesse público, a Administração se põe em situação privilegiada, quando se relaciona com os particulares. Criando uma série de prerrogativas ou privilégios a Administração Pública. Não se trata de princípio expresso, ou seja, não está escrito no texto constitucional, embora existam inúmeras regras que impliquem em suas manifestações de forma concreta; para isso podemos nos referir a institutos correlatos. -Exemplos- -Desapropriação (5°, XXIV). -Requisição administrativa (5°, XXV) - Remoção do Servidor Público a interesse da Administração. - Possibilidade de Revogar seus próprios atos. - Prazo em dobro para todas as manifestações da fazenda publica. - Impenhorabilidade e imprescritibilidade dos bens públicos. - Poder de Polícia Administrativa. - Possibilidade de rescindir ou alterar unilateralmente contratos administrativos; - Presunção de legitimidade dos atos administrativos. Exemplos- -Desapropriação (5°, XXIV). -Requisição administrativa (5°, XXV) - Remoção do Servidor Público a interesse da Administração. - Prazo em dobro para todas as manifestações processuais da fazenda publica. - Impenhorabilidade e imprescritibilidade dos bens públicos. - Poder de Polícia Administrativa. - Possibilidade de rescindir ou alterar unilateralmente contratos administrativos; - Presunção de legitimidade dos atos administrativos. e se houver violações a essas prerrogativas pelo Poder Público? a incorreta utilização da prerrogativa da Administração Pública pode ser judicialmente corrigida por: - habeas corpus – no A caso de ofensa liberdade de ir e vir- -habeas data (quando se tratar da violação ao direito de informação) - Mandado de Segurança, em situações de violação a direito líquido e certo. - Ação Popular- - Ação Ordinária. essa atuação deve estar sempre pautada a Lei. 2-PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO. Este princípio define: 1- os limites da atuação administrativa. 2- a impossibilidade de abrir mão do interesse público. "é encarecer que na administração os bens e interesses não se acham entregues à livre disposição da vontade do administrador. Logo, o princípio da Indisponibilidade serve para limitar a atuação desses agentes públicos evitando o exercício de atividades com a intenção de buscar vantagens individuais. EXEMPLO PRÁTICO: Prefeito da cidade que utiliza um trator da prefeitura para construção de açude em seu terreno particular. 3- PRINCIPIOS EXPRESSO NA CONSTITUIÇÃO Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios: - legalidade, -impessoalidade, -moralidade, -publicidade e -eficiência -Mas CUIDADO: o rol de princípios constitucionais do Direito Administrativo não se esgota no art. 37, caput. 3- PRINCIPIO DA LEGALIDADE: Celso Antônio Bandeira de Melo O princípio da Legalidade especifico do Estado de Direito, justamente aquele que o qualifica e que lhe é dá identidade própria, por isso considerado é basilar para o Regime jurídico-administrativo". Podemos entender a função da legalidade na administrativa Pública: 1- o administrador público somente pode atuar conforme determina a lei. 2- Direito Administrativo, se aplica o princípio da Subordinação à lei.. 3- O agente só pode fazer aquilo que a lei autoriza ou determina. 4- encontra na lei seu fundamento e seu limite de validade. 5- Impõe a prática de atos SEMPRE de acordo com a legislação. 6- Esse princípio advém do fim do Estado Absolutista e do surgimento do Estado de Direito. legalidade no âmbito público e no âmbito privado. 1- legalidade para o agente público: - art. 37. Exige atuação em acordo com a lei. - Ele só pode fazer o que a lei permite. Ex: multa de trânsito. 2- legalidade o cidadão: - Art. 5, II. Enquanto o particular é licito fazer tudo que a lei não proíba, na Adm. Pública só é licito fazer aquilo que a lei autoriza.- - Sentidos do principio da legalidade. 1- legalidade em sentido restrito. Atuar de acordo com a lei. 2- legalidade em sentido amplo ou legitimidade. Atuar de acordo com a lei e com os demais princípios administrativos. - art. 70 da CF. Exemplo. - JURIDICIDADE. ou Constitucionalidade Evolução do conceito de legalidade. - A adm. Deve observar na sua atuação não apenas as leis, mas as princípios constitucionais, tratados....todo um bloco de legalidade. Questão de juiz federal- 2 fase: “ Discorra sobre o seguinte tema: Do princípio da legalidade ao princípio da Constitucionalidade da Adm. Pública.” Reserva legal. Exigem determinados assuntos sejam tratados somente por meio de lei. - Veda que determinados assuntos sejam tratados por fontes diferentes da lei. Exemplo: Fixação e alteração de subsídios- Art. 37, X. Requisitos para ocupação de cargo público- Art. 37, I Criação de cargos, de órgão públicos, art. 61. 4- PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE. 1- Fundamento ou perspectiva Este principio se traduz na ideia de que a atuação do agente público deve-se pautar pela -busca dos interesses da coletividade, -não visando a beneficiar ou prejudicar ninguém em especial - impessoalidade reflete a necessidade de uma atuação que não discrimina as pessoas, seja para benefício ou para prejuízo - A atuação do estado deve ser IMPESSOAL. - Tem como base o principio da ISONOMIA Para Celso Antônio Bandeira de Mello: a 'Administração deve tratar a todos sem favoritismos, nem perseguições, simpatias ou animosidades políticas ou ideológicas. Exemplo prático: 1-Servidor que é removido em virtude de ter animosidades. 2-Gestor desapropria terreno do seu desafeto politico. -A Constituição Federal, faz referências a ações concretas desse princípio, ao prever: - O art. 37, II que todos devem concorrer de forma igual para ingresso em concurso público. - O art. 37, XXI, que determina que todos os licitantes têm direito a concorrer de forma igualitária. Caso prático. - Administrador publico, ao assumir revoga o concurso e contrata outras pessoas determinadas. - Fraude em licitação, para contratação de empresa especifica. 2 FUNDAMENTO OU PESPECTIVA. Quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o ato, mas o Estado - órgão que ele representa. Conhecida teoria do órgão. VEDAÇÃO DE PROMOÇÃO PESSOAL. Como corolário deste princípio, o art. 37, §1°, da CF, estabelece que: “ a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos’: -a presença de nomes, símbolos, ou imagens de autoridades ou servidores, compromete a noção de IMPESSOALIDADE da gestão pública. Exemplos práticos. - Batizar obra com nome ou sobrenome para eternizar o nome da família do gestor. - Imprimir logomarcas (pequenas imagens que simbolizam políticos ou denominações partidárias, como vassouras, vasos, bonequinhos etc.) em equipamentos públicos ou uniformes escolares. Posição do STF: No julgamento do RE 191.668/RS, em 14-4-2008, o STF entendeu que a inclusão de slogan de partido político na publicidade dos atos governamentais também ofende o art. 37, § 1º, da Constituição Federal: “Considerou-se que a referida regra constitucional objetiva assegurar a impessoalidade da divulgação dos atos governamentais, que devem voltar-se exclusivamente para o interesse social, sendo incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans que caracterizem a promoção pessoal ou de servidores públicos. Asseverou-se que a possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo público ofende o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando imposto na Constituição”. 5-Princípio da Moralidade Pública. Trata-se de princípio que exige a honestidade, lealdade, boa-fé de conduta no exercício da função administrativa - ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de titularidade do Estado. Esta norma estabelece a obrigatoriedade de observância a padrões éticos de conduta, para que se assegure o exercício da função pública de forma a atender às necessidades coletivas. Ao violar esse principio, viola também a CF. Ato ilegítimo. A "moralidade social" procura fazer uma diferenciação entre o bem e o mal, o certo e o errado no senso comum da sociedade; já a "moralidade jurídica" está ligada sempre Conceito Ao de bom administrador, de atuação que vise alcançar o bem estar de toda a coletividade e dos cidadãos aos quais a conduta se dirige. Exemplos práticos: - Aluguel de carro para o/a vice prefeito/a que não reside de fato no município. - Compra de automóveis novos para uso do gestor, enquanto a ambulância esta deteriorada. - Desapropriar imóvel de familiar por preço acima do valor de mercado. - gestor que utiliza servidores em assuntos pessoais e depois depositou o montante gasto (STJ) -instrumentos para defender e coibir a violação a moralidade pública ( 2 fase da oab). 1-A Ação Popular: a ser proposta por qualquer cidadão contra ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LVIII, da CF e Lei n. 4.717/65). Busca ANULAR o ato. 2-Controle externo exercido pelos Tribunais de Contas: nos termos do art. 70 da Constituição Federal, cabe aos Tribunais de Contas da União a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas. 3-Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa. Art. 37, §4. da CF. Lei 8429/92 LIA. - natureza civil atos de improbidade: 1 - enriquecimento ilícito. 2 - Prejuízo ao Erário. 3 - Atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública penas: Perda da função Pública. Ressarcimento do Dano. Suspenção dos Direito Políticos. Nepotismo. Nepotismo (do latim nepotis, sobrinho) é a nomeação de parente para ocupar cargo de confiança. Nepotismo significa “proteção”, “apadrinhamento”, Contrária à moralidade, impessoalidade e eficiência administrativas a prática do nepotismo foi condenada pela Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal, de 21-8-2008: “A nomeação de cônjuge,companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”. nepotismo cruzado. O avanço consagrado na súmula reforçou o caráter imoral e ilegítimo da nomeação de parentes para cargos em comissão, inclusive na modalidade cruzada ou transversa EXEÇÕES: 1) ao fazer expressa referência a colaterais até o terceiro grau, a Súmula Vinculante 13 legitimou a nomeação de primos; 2) o próprio Supremo Tribunal Federal ressalvou que a proibição não é extensiva a como ministros de agentes políticos do Poder Executivo e estado e secretários estaduais, distritais e municipais (entendimento exarado pelo STF em 3-8-2009 no julgamento da Reclamação 6.650/PR). SITUAÇÃO HIPOTÉTICA. A nomeação da esposa ou irmã do prefeito como Secretária Municipal não configura, por si só, nepotismo ? Exceção: poderá ficar caracterizado o nepotismo mesmo em se tratando de cargo político caso fique demonstrada a inequívoca falta de razoabilidade na nomeação por manifesta ausência de qualificação técnica ou inidoneidade moral do nomeado. PRINCIPIO DA PUBLICIDADE O princípio da publicidade pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos atos administrativos. Tal princípio encarta-se num contexto geral de livre acesso dos indivíduos a informações de seu interesse e de transparência na atuação administrativa, OBJETIVOS exteriorizar a vontade da Administração Pública divulgando seu conteúdo para conhecimento público. presumir o conhecimento do ato pelos interessados. tornar exigível o conteúdo do ato. permitir o controle de legalidade do comportamento. EXPRESSÃO CONSTITUCIONAL DO PRINCÍPIO. art. 5º, XXXIII: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”; art. 5º, XXXIV: “são a todos assegurados: obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal”; art. 5º, LXXII: “conceder-se-á habeas data: a EXCEÇÕES: a) a segurança do Estado (art. 5º, XXXIII, da CF). Exemplo: informações militares; b) a segurança da sociedade (art. 5º, XXXIII, da CF). Exemplo: sigilo das informações sobre o interior de usina nuclear para evitar atentados terroristas; c) a intimidade dos envolvidos (art. 5º, X, da CF). Exemplo: processos administrativos disciplinares. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA. Este princípio se tornou expresso com o advento da EC Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos, presteza e, acima de tudo, um bom desempenho funcional, com ECONOMICIDADE e rendimento. Buscam-se sempre melhores resultados práticos e menos desperdício, nas atividades estatais, uma vez que toda a coletividade se beneficia disso. Busca evitar o desperdício de dinheiro público. Exemplos: Casos Práticos. -órgão municipal compra 5.000 mil livros para distribuir para 3.000,00 alunos. Câmara Municipal compra 4.000 vassouras. Importante: art. 71 da CF. Exemplo de atuação: 2020 A Controladoria-Geral da União ( CGU ) detectou irregularidades em uma licitação de R$ 3 bilhões do Ministério da Educação ( MEC ), que poderiam gerar prejuízos milionários aos cofres públicos. destinados a comprar equipamentos de informática para abastecer escolas de todo o país. A compra foi feita sem critérios técnicos e falhos. “O caso que mais chamou a atenção diz respeito à Escola Municipal Laura Queiroz, do município de Itabirito/MG, que registrou a demanda de 30.030 laptops educacionais, embora a escola só tenha registrada na planilha o número de 255 alunos (117,76 laptops por aluno)”, registrou a CGU em seu relatório. Principio da continuidade Obrigatoriedade do desempenho da atividade pública. Traduz-se na ideia de prestação ininterrupta da atividade administrativa. É exigência no sentido de que a atividade do Estado seja contínua. Não podendo: -Parar a prestação dos serviços públicos. -Não comportando falhas ou interrupções. Vale ressaltar que o princípio da Continuidade está intimamente ligado ao princípio da Eficiência, haja vista tratar-se de garantia de busca por resultados positivos. Dever de continuidade no desempenho de sua atuação. Fundamento: 1-A prestação de serviços públicos ser um dever constitucionalmente estabelecido (art. 175 da CF). 2- Lei 8987/95- Art. 6 §1: “ Serviço adequado é aquele que satisfaz as condições de....CONTINUIDADE... É Possível haver corte no serviço público? o art. 6º, § 3º, da Lei n. 8.987/95: na esteira do entendimento doutrinário majoritário e da jurisprudência do STJ, autoriza o corte no fornecimento do serviço, após: - prévio aviso, nos casos de: a) razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; b) inadimplemento do usuário. Exemplo: Conta de água e energia. Fundamento: 1- a manutenção de serviços públicos àqueles que estão inadimplentes pode ensejar a impossibilidade futura de que a atividade seja mantida a todos os que estão adimplentes com suas prestações, em virtude da inviabilidade econômica que será causada ao prestador. 2-que haverá enriquecimento sem causa do particular que tiver garantida a manutenção da prestação do serviço público sem arcar com os custos dela decorrentes. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SERVIÇO PÚBLICO. FORNECIMENTO DE AGUA. INTERRUPÇÃO. ART. 6, § 3°, INCISO II, DA LEI N. 8.987/95. LEGALIDADE. Nos termos da Lei n. 8.987/95, não se considera quebra na continuidade do serviço público a sua interrupção em situação emergencial ou após prévio aviso quando motivada pelo inadimplemento do usuário. Assim, inexiste qualquer ilegalidade ou afronta às disposições constantes do Código de Defesa do Consumidor no corte do fornecimento de água ao usuário inadimplente. 2. Recurso especial improvido. Processo REsp 596320/ PR ; RECURSO ESPECIAL 2003/0166715-8 3° Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. Exemplos: 1- Queda de Poste. pode-se estabelecer que a queda de um poste de transmissão de energia ensejará a interrupção do serviço de energia elétrica em determinada área, até que seja reparado o dano decorrente do evento acidental. image2.png