Relação Educação e Sociedade

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Relação Educação e
Sociedade
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................3
EDUCAÇÃO E SOCIEDADE.................................................................................................3
A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE AO LONGO DO TEMPO..........................4
Pré-História........................................................................................................................4
Grécia e Roma Antigas......................................................................................................5
Idade Média.......................................................................................................................5
Modernidade (Renascimento, Iluminismo e as Revoluções)............................................6
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E PENSADORES DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE.10
A EDUCAÇÃO COMO REDENTORA, REPRODUTORA E TRANSFORMADORA DA 
SOCIEDADE (Cipriano Carlos Luckesi)..............................................................................25
EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E AS TEORIAS EDUCACIONAIS (Dermeval Saviani)...........26
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................28
QUESTÕES.........................................................................................................................29
GABARITO...........................................................................................................................43
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RELAÇÃO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
APRESENTAÇÃO
Nesta aula abordaremos o tema “relação educação e sociedade” que é muito
cobrado em concursos para a área de educação.
A relação entre educação e sociedade é um assunto complexo que abarca diversas
áreas do conhecimento. Na sua prova esse tema pode ser cobrado de forma
interdisciplinar, sendo relacionado à história, filosofia e sociologia da educação, além de
poder abordar aspectos pedagógicos.
Ao abordar esse assunto, é comum as bancas relacioná-lo à história da educação,
explorando como as práticas educacionais evoluíram ao longo do tempo e como a
sociedade influenciou essas mudanças. As bancas também podem abordá-lo sob um viés
filosófico, cobrando a compreensão das diferentes concepções de educação e como elas
se relacionam com os valores e objetivos da sociedade.
As questões também podem tratar do assunto sob uma perspectiva sociológica,
cobrando o entendimento de como as estruturas sociais, as desigualdades e os sistemas
de poder afetam a educação, bem como o papel da educação na reprodução ou
transformação dessas estruturas. Além disso, ao elaborar as questões, as bancas podem
ainda considerar os aspectos pedagógicos dessa relação. 
Portanto, nesta aula, apresentaremos como se deu a relação entre educação e
sociedade ao longo do tempo e exploraremos diferentes perspectivas e abordagens dos
principais teóricos e estudiosos relacionados ao tema.
É importante estudar e revisar todo o conteúdo que será apresentado, para que
você esteja preparado para sua prova e consiga respondê-la com propriedade. Vamos lá!
EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
A educação atravessa e influencia múltiplos aspectos da vida em sociedade,
constituindo-se como um elemento essencial dessas interações. Ela está relacionada ao
contexto político, econômico, científico e cultural de uma determinada sociedade.
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Segundo Luckesi (1994), a educação dentro de uma sociedade não se manifesta
como um fim em si mesma, mas sim como um instrumento de manutenção ou
transformação social. Portanto, a educação não é apenas um processo de transmissão de
conhecimento, mas também envolve a formação de valores, atitudes e habilidades que
moldam a maneira como os indivíduos se relacionam com o mundo ao seu redor. Ela
reflete e, ao mesmo tempo, influencia as aspirações, os valores e os desafios de uma
sociedade em constante evolução.
De acordo com Libâneo (1994), a educação é um fenômeno social e universal,
sendo uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de todas as
sociedades. Não há sociedade sem prática educativa e nem prática educativa sem
sociedade. A prática educativa não é apenas uma exigência da vida em sociedade, mas
também o processo de prover os indivíduos de conhecimentos e experiências culturais
que os tornam aptos a atuar no meio social e a transformá-lo em função de necessidades
econômicas, sociais e políticas da coletividade.
Diversos pensadores ao longo da história têm se dedicado a analisar a complexa
relação entre educação e sociedade. Desde os tempos antigos até os dias atuais, essa
interação tem sido um foco central de debates e reflexões em diversas áreas do
conhecimento. 
Ao analisar como a educação foi moldada e influenciada pelas dinâmicas sociais
em diferentes épocas, é possível chegar a uma compreensão da evolução da educação e
da sociedade ao longo do tempo. Isso nos ajuda a contextualizar as práticas educacionais
atuais e a moldar futuras abordagens em resposta às demandas da sociedade em
constante transformação. A seguir, veremos o percurso histórico da educação e da
sociedade.
A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE AO LONGO DO TEMPO
Neste tópico, estudaremos como a educação e a sociedade se desenvolveu ao
longo do tempo, refletindo as mudanças sociais, políticas e econômicas de cada época.
Veremos brevemente como a educação era organizada em diferentes épocas, como nas
sociedades antigas, passando pela idade média, e a era moderna.
Pré-História
Nas sociedades pré-históricas, a educação era principalmente baseada na
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transmissão oral de conhecimento e habilidades de sobrevivência. Aprendizado ocorria
através da observação, imitação e experiência direta, com conhecimentos sobre caça,
coleta e técnicas de sobrevivência sendo compartilhados de geração em geração.
Nas sociedades pré-históricas, os pensadores não deixaram registros escritos, mas
podemos considerar a sabedoria coletiva transmitida oralmente como uma forma de
conhecimento compartilhado entre as gerações.
Grécia e Roma Antigas
Na Grécia Antiga, surgiram as primeiras formas de educação formal. A educação
formal grega praticada em Atenas era focada no desenvolvimento completo do indivíduo,
incluindo a formação física, intelectual e moral, baseando-se em três pilares: a ginástica, a
música e a escrita. Os gregos enfatizavam a retórica, filosofia, música, ginástica e artes,
visando a formação de cidadãos engajados. Os filósofos gregos como Sócrates, Platão e
Aristóteles tiveram um impacto significativo na educação da época, e influenciaram
várias áreas do conhecimento e da cultura ao longo dos séculos. Ao estudar suas obras, é
possível entender as ideias sobre o propósito da educação na formação de cidadãos e na
busca do conhecimento.
Em Roma, a educação estava mais ligada à preparação para a vida pública e
militar. A escola romana abrangia ensinamentos sobre leis, oratória e história, seguindo os
princípios de Cícero e Sêneca.
Idade Média
Durante a Idade Média, a educação estava sob a influência da Igreja Católica.
Mosteiros e catedrais eram centros de aprendizado, com foco na educação religiosa e
clerical. A alfabetização era restrita à classe clerical e à nobreza, perpetuando uma divisão
educacional. Ode armação de Buzios - Professor II - Área
Sociologia - 2012
De maneira diversa, Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber contribuíram para formar as
bases do pensamento sociológico. As abordagens teóricas de Marx, Durkheim e Weber
são, respectivamente, denominadas de:
a) compreensiva, histórico-dialético e funcionalista.
b) histórico-dialético, funcionalista e compreensiva.
c) positivista, histórico-dialético e compreensiva.
d) histórico-dialético, positivista e funcionalista.
e) estruturalista, funcionalista e positivista.
QUESTÃO 12 Prova: Consulplan - Prefeitura de Corbélia - Professor – 2021
O materialismo histórico é uma teoria política, sociológica e econômica desenvolvida por
Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX. Os pensadores haviam entendido que o
século XIX, vivente da alta modificação social propiciada pela Revolução Industrial,
possuía uma nova configuração, baseada na força de produção da burguesia e na
exploração da mão de obra da classe trabalhadora por parte da classe burguesa (donos
das fábricas). É possível afirmar que se trata de uma das características do materialismo
histórico:
a) Promover a mudança social, de modo que a burguesia pudesse acessar o poder e
estabelecer um governo de uniformidade social.
b) Promover, pretensiosamente, uma revolução social que endossasse a ordem vigente
de poder da classe dominante sobre a classe dominada.
c) Pretender romper com qualquer tradição idealista, pois estas tradições estão apenas
no plano ideal e não conseguem concretizar nada que, de fato, modifique a sociedade.
d) Entender que a humanidade define-se por sua produção filosófica; por isso, a palavra
“materialismo” em seu nome, para que possa, assim, influenciar as mudanças na
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sociedade.
QUESTÃO 13 Prova: FADESP - Prefeitura de Curuá - PA – Pedagogo - 2020
Entre as abordagens que orientam as concepções e as práticas de educação, é possível
destacar a abordagem funcionalista, que enfatiza a integração social e considera a
educação como um dos subsistemas integradores, responsável pela socialização. Já a
abordagem dialética
a) considera a educação como uma instância de transformação social, voltada para a
construção do homem coletivo.
b) adota o método desenvolvido por meio de experiências, pesquisa e solução de
problemas e o professor é auxiliador no desenvolvimento livre do estudante.
c) é baseada na facilitação da aprendizagem, a educação é centralizada no aluno e o
professor é que garantirá um relacionamento de respeito.
d) defende procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações, em
que o professor transmite informações e o aluno vai fixá-las.
QUESTÃO 14 Prova: PS Concursos - Prefeitura de São João do Sul - Professor -
Área: Sociologia – 2021
Ao falar sobre a função social da escola, é visto que é um assunto bem complexo, sendo
que existem várias linhas de pensamento sobre a educação e suas funções.
Partindo desse pressuposto, analise os itens a seguir:
I. Para DURKHEIN a educação deve ser vista como um instrumento de transformação
social e não uma educação reprodutora dos valores do capital, para ele, a uma
necessidade de uma escola politécnica estabelecendo três pontos principais: o ensino
geral que é o estudo da literatura, ciências, letras etc.
II. Para KARL MARX a educação deve formar indivíduos que se adapte a estrutura social
vigente instituindo os caminhos e normas que cada um deve seguir, tendo sempre como
horizonte a instituição e manutenção da ordem social, a educação é um forte instrumento
de coesão social e cabe ao estado ofertá-la e supervisioná-la.
III. Para MAX WEBER a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para
exercer as funções dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar
está vinculada enquanto formação integral do homem, uma educação para habilitar o
indivíduo para a realização de uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro
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de uma sociedade cada vez mais racionalizada e burocrática e estratificada.
Está(ão) CORRETO(S):
a) Apenas o item I
b) Apenas o item II
c) Apenas o item III
d) Os itens I e II
e) Os itens I e III
QUESTÃO 15 Prova: FGV - SUSAM – Pedagogo - 2014
Relacione os nomes dos pensadores clássicos com suas respectivas definições de
educação.
1. Émile Durkheim
2. Max Weber
3. Karl Marx
( ) A educação é um elemento de manutenção da hierarquia social, de dominação da
burguesia sobre o proletariado.
( ) A consolidação da solidariedade orgânica da sociedade passa pela difusão de uma
educação secular e científica.
( ) A educação é fator de seleção e de estratificação social.
Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 3.
b) 3 – 2 – 1.
c) 2 – 3 – 1.
d) 3 – 1 – 2.
e) 1 – 3 – 2.
QUESTÃO 16 Prova: IBADE - Prefeitura de Rio Branco - Professor de Ensino
Fundamental – 2018
A educação, para Durkheim, é um fato social. Assim sendo, ela é coercitiva, ou seja, é
imposta às pessoas, independente de sua vontade por serem incapazes de reagir diante
da ação educativa. Sobre o tema Educação e Sociedade, leia as afirmativas.
I. Tanto a sociedade quanto a educação contribuem para o desenvolvimento do ser
humano. Elas dependem de outros fatores para que o desenvolvimento seja cada vez
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mais eficaz, como, por exemplo, da política.
II. A educação deve reforçar o respeito pelas culturas, e compreender que elas são
imperfeitas em si mesmas, à margem do ser humano.
III. As novas tecnologias têm sido as maiores fontes de transformação da sociedade,
porque é partindo desse pressuposto que a educação tem promovido progressos. Estes
progressos estão elevando a sociedade a um patamar incalculável de conhecimento.
IV. A educação é perpendicular a todos os membros de uma sociedade. Isto demonstra
que a educação é só para uma minoria dessa sociedade.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) I e IV.
QUESTÃO 17 Prova: Instituto Machado de Assis - Prefeitura de Tuntum - Professor -
Área: Educação Infantil – 2019
A escola tem a função social de transformar a sociedade ou a de ajustá-la, dependendo
do contexto histórico, social e político que se está analisando. Nesse sentido, a escola
apresenta as bases filosóficas, políticas e sociológicas das categorias Ajustamento social
e Transformação social, organizadas nos itens sistema de valores, visão de sociedade e
concepções metodológicas. Pensando na categoria de Transformação social, é
CORRETO afirmar que:
a) Na perspectiva de Transformação social parte-se de ideias ou projetos afins com a
ideologia hegemônica, no caso, o capitalismo, cujas bases humanísticas são o idealismo,
o liberalismo, o neoliberalismo e o positivismo.
b) Na visão de Transformação social, o ponto de partida são os fatos coletivos, cujas
bases humanísticas são o materialismo dialético, o socialismo e o marxismo. É importante
frisar que cada uma dessas orientações se pauta por um projeto de Estado e de nação ao
mesmo tempo em que fornece fundamento à concepções e ações pedagógicas afinadas
com tais projetos.
c) Na perspectiva de Transformação social, a escola é apresentada como um local onde
não se produzem conhecimentos autênticos, mas conhecimentos fabricados, fictícios.
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Caso houvessea preocupação de fabricar algo como um livro, nessa escola, isso seria
impossível, pois o sistema escolar defendido está centrado no resultado obtido através de
notas e nas classificações.
d) Na visão de Transformação social, a sociedade capitalista está separada por
trabalhadores intelectuais e por trabalhadores de ofício manual. Os primeiros são
encarregados de criar e planejar o que os segundos executarão com empregos
subalternos.
QUESTÃO 18 Prova: Instituto Consulplan - SEGER - Analista - Área Pedagogia –
2023
Tendo como ponto de partida as teorias sociais elaboradas ao longo do tempo, podemos
afirmar que a sociologia da educação propõe a investigação a partir de duas questões
norteadoras: como a sociedade forma os cidadãos e como a escola se relaciona com a
estratificação social expressando e reproduzindo as desigualdades sociais. Entre as
teorias mais conhecidas estão as teorias clássicas de Durkheim, Marx e Weber e uma
diversidade de autores contemporâneos que procuraram atualizar as teorias clássicas,
como Gramsci, Althusser e Mannheim. Seguindo no sentido de elucidar tais
questionamentos, a sociologia da educação busca aliar as teorias e as pesquisas
elaboradas por especialistas às experiências dos atores sociais para compreender um
sistema educacional cada vez mais complexo.
(BERRÉRE, SEMBEL, 2006.)
Considerando as diferentes propostas teórico-metodológicas que elucidaram aspectos
relevantes da relação entre educação e sociedade, analise as afirmativas a seguir.
I. “Para _______________, a educação é responsável pela socialização, processo pelo
qual os mais jovens aprendem normas, costumes e valores que os permitirão o convívio
social, ou seja, a sociedade determina o comportamento do indivíduo, e a educação como
socialização contribui para essa determinação.”
II. “_____________elaborou sua teoria social considerando que a sociedade não é algo
exterior ao indivíduo, mas que é formada no contexto das interações entre os indivíduos.
Logo, sua sociologia buscou compreender o sentido da ação social. Nessa sociologia, a
educação pode ser entendida como o processo de racionalização e de burocratização da
sociedade.”
III. “A contribuição de ___________ para elucidar a relação entre educação e sociedade
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remete às questões ligadas aos condicionantes das relações sociais no desenvolvimento
do capitalismo e a formação das classes sociais. Ao desenvolver sua teoria, nos
apresenta o trabalho como elemento central para compreender as relações sociais e a
formação das classes sociais e, consequentemente, da desigualdade entre as classes;
mostra como as relações entre os homens se dão a partir da ideologia.”
IV. “___________, ao desenvolver a atualização do pensamento marxista ao capitalismo
europeu do século XX, propõe uma compreensão do poder para além do Estado,
afirmando que nas sociedades ocidentais o poder está presente na trama das relações
sociais. Tendo em vista a presença do poder na multiplicidade das relações sociais,
considera a necessidade de promover a transformação social através da transformação
no campo das ideias. Essa transformação se dá na luta pela hegemonia, na qual lutam os
que procuram manter a ordem social estabelecida e aqueles que buscam estabelecer
uma nova hegemonia, onde a escola é capaz de contribuir para a manutenção das
relações sociais existentes ou para sua transformação.”
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.
a) I. Marx II. Marx III. Gramsci IV. Durkheim
b) I. Marx II. Gramsci III. Durkheim IV. Weber
c) I. Weber II. Marx III. Gramsci IV. Althusser
d) I. Durkheim II. Weber III. Marx IV. Gramsci
e) I. Gramsci II. Durkheim III. Weber IV. Mannheim
QUESTÃO 19 Prova: FCC - SEGEP - Analista Ambiental - Área Pedagogo – 2016
Os resultados das pesquisas desenvolvidas por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron,
nos anos de 1970, contribuíram para que melhor compreendêssemos como a escola, em
conjunto com outras instituições sociais,
a) reproduzem e perpetuam as desigualdades econômicas e sociais entre os indivíduos
posicionados diferencialmente na sociedade, ao longo das gerações.
b) se esforçam para que crianças e adolescentes das classes populares deixem de
encontrar dificuldades no trato com a linguagem culta empregada no ensino elitista.
c) agem para que as crianças de distintas origens sociais deixem de repetir e memorizar,
de forma a se apropriarem dos conceitos abstratos transmitidos pela escola.
d) contribuem para que crianças e adolescentes das classes subalternas rejeitem suas
limitações intelectuais e deixem de naturalizar as diferenças culturais.
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e) se esforçam para que crianças e adolescentes de meios sociais distintos reconheçam
que o “dom” é responsável pelo sucesso ou fracasso escolar.
QUESTÃO 20 Prova: FUNDEP - Prefeitura de Pará de Minas - Especialista em
Educação – 2018
Luckesi (1994) sinaliza três tendências filosófico-políticas para entender a educação;
essas tendências foram constituídas no decorrer da prática educacional.
Com base nas reflexões desse autor, analise as seguintes afirmativas sobre essas
tendências filosófico-políticas e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
(__) Na concepção da tendência redentora, o significado e a finalidade da educação são a
adaptação do indivíduo à sociedade.
(__) Na tendência da educação como redentora e da educação como transformadora, a
organização da sociedade é tida como “natural” e a-histórica.
(__) A escola é considerada como instrumento de reprodução e de manutenção do
sistema social vigente, na tendência redentora.
(__) A tendência transformadora pretende compreender a educação dentro de seus
condicionantes e agir estrategicamente para a sua transformação, partindo das próprias
contradições da sociedade.
Assinale a sequência CORRETA.
a) V F F V
b) F V F V
c) F V V F
d) V F V F
QUESTÃO 21 Prova: CEPEURJ - Prefeitura de São Gonçalo - Professor Orientador
Educacional – 2011
Sob o enfoque sociológico, algumas abordagens procuram analisar as relações entre a
Educação e a Sociedade. A abordagem que vê a sociedade como um todo harmonioso,
tendo a educação o papel de veicular valores éticos, integrando os indivíduos à
sociedade, é identificada como:
a) crítica reprodutivista
b) transformadora
c) tecnicista
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d) redentora
e) libertária
QUESTÃO 22 Prova: IFSP - IFSP - Professor de Magistério do Ensino Básico,
Técnico e Tecnológico - 2019 
Ao caracterizar a relação entre educação e sociedade para as teorias não-críticas, Saviani
(2018, p. 4) afirma que concebem “a educação com uma ampla margem de autonomia em
face da sociedade”, cabendo-lhe “um papel decisivo na conformação da sociedade
evitando sua desagregação e, mais do que isso, garantindo a construção de uma
sociedade igualitária”.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente as pedagogias que Saviani (2018)
define como teorias não-críticas.
a) Pedagogia Nova e Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE).
b) Pedagogia Tradicional, Pedagogia Tecnicista e Teoria da Escola Dualista.
c) Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista.
d) Pedagogia Tecnicista e Teoria da Escola como Aparelho Ideológico de Estado (AIE).
QUESTÃO 23 Prova: IF-PR - IF-PR – Pedagogo - 2010
A década de 70 do século XX foi marcada por concepções educacionaisnas quais se
afirmava que a escola e a educação reproduzem a sociedade de classe e reforçam o
modo de produção capitalista, as chamadas Teorias Crítico- Reprodutivistas. Assinale a
alternativa em que todos os nomes são representantes dessas teorias.
a) John Dewey, Paulo Freire, Herbart, Althusser e Ivan Illicht.
b) Bourdieu, Passeron, Althusser, Baudelot e Establet.
c) Saviani, Paulo Freire, Moacir Gadoti, Baudelot e Establet.
d) Ivan Illicht, Paulo Freire, John Dewey, Herbart e Saviani.
e) Maurício Tratenberg, Jean Piaget, Althusser, Vygotsky e Arnold Gessel.
QUESTÃO 24 Prova: ITAME - Prefeitura de Senador Canedo - Professor Pedagogo –
2019
Pertencem ao campo das teorias crítico-reprodutivistas as seguintes teorias:
a) Construtivismo, Teoria da escola enquanto Aparelho ideológico de Estado e Teoria da
escola dualista.
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b) Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica, Teoria da escola enquanto
Aparelho ideológico de Estado e Teoria tecnicista.
c) Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica, Teoria da escola enquanto
Aparelho ideológico de Estado e Teoria da escola dualista.
d) Teoria do sistema de ensino enquanto violência simbólica, Teoria da escola enquanto
Aparelho ideológico de Estado e Pedagogia tradicional.
QUESTÃO 25 Prova: AMEOSC - Prefeitura de São Miguel do Oeste - Coordenador
Pedagógico – 2019
As críticas à pedagogia tradicional formuladas a partir do final do século passado foram,
aos poucos, dando origem a uma outra teoria da educação. Esta teoria mantinha a crença
no poder da escola e em sua função de equalização social. De acordo com Dermeval
Saviani, tal pedagogia é chamada de:
a) Pedagogia libertária.
b) Pedagogia nova.
c) Pedagogia da escola dualista.
d) Pedagogia histórico-crítica.
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GABARITO
1. B
2. B
3. B
4. E
5. B
6. D
7. E
8. D
9. B
10.D
11. B
12.C
13.A
14.C
15.D
16.B
17.B
18.D
19.A
20.A
21.D
22.C
23.B
24.C
25.B
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	APRESENTAÇÃO
	EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
	A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE AO LONGO DO TEMPO
	Pré-História
	Grécia e Roma Antigas
	Idade Média
	Modernidade (Renascimento, Iluminismo e as Revoluções)
	O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E PENSADORES DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
	A EDUCAÇÃO COMO REDENTORA, REPRODUTORA E TRANSFORMADORA DA SOCIEDADE (Cipriano Carlos Luckesi)
	EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E AS TEORIAS EDUCACIONAIS (Dermeval Saviani)
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	QUESTÕES
	GABARITOensino era dominado pela escolástica, uma abordagem que buscava
reconciliar a fé com a razão.
A leitura de documentos eclesiásticos, como os escritos de Santo Agostinho e
Tomás de Aquino, oferece informações sobre a influência da religião na educação
medieval e na preservação do conhecimento clássico. Manuscritos e registros de escolas
monásticas mostram como o aprendizado era conduzido nos mosteiros, com ênfase na
formação religiosa e no ensino das artes liberais.
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Modernidade (Renascimento, Iluminismo e as Revoluções)
O Renascimento (surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII
por toda a Europa) deu início à Idade Moderna. O Renascimento possibilitou uma nova
configuração da sociedade, com a ascensão da burguesia. Marcou um período de
renovação do interesse pelo conhecimento clássico e pelas artes. A educação começou a
se afastar do controle exclusivo da Igreja, com o surgimento de universidades e escolas
seculares. 
O século XVIII ficou conhecido por ser um período de grande disseminação dos
ideais iluministas, que trouxeram consigo mudanças significativas na sociedade. Além
disso, esse século foi marcado por dois eventos históricos de extrema importância: a
Revolução Industrial, que ocorreu entre 1760 e 1840, e a Revolução Francesa, que teve
lugar entre 1789 e 1799. Elas foram responsáveis pelas grandes transformações vividas
na época e contribuíram para que a sociedade chegasse ao formato atual.
O movimento iluminista teve um impacto profundo na história da educação, pois
valorizava a razão, o pensamento científico e a busca pelo aprimoramento individual.
Além disso, defendia a liberdade política e religiosa como direitos fundamentais. Essas
ideias revolucionárias influenciaram diretamente a forma como a educação era concebida
e praticada na época. Assim, o século XVIII foi um período de transformações
significativas, impulsionadas pelos ideais iluministas, que moldaram não apenas a
educação, mas também a sociedade como um todo.
Dentre os principais pensadores do iluminismo, podemos destacar:
John Locke (1632-1704)
Locke defendia a ideia de que a mente humana é uma "tábula rasa" no nascimento,
ou seja, uma folha em branco que é preenchida por experiências. Ele acreditava que a
educação deveria ser baseada na experiência, e que as crianças deveriam ser educadas
de forma gradual, respeitando seu ritmo de aprendizado.
Montesquieu (1689-1755)
Montesquieu defendia a separação dos poderes e a importância do equilíbrio entre
eles. Ele acreditava que a educação deveria ensinar os cidadãos sobre os princípios da
liberdade e da igualdade, e que a sociedade deveria ser governada por leis justas.
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Voltaire (1694-1778)
Voltaire era um defensor da liberdade de pensamento e expressão. Ele acreditava
que a educação deveria promover o pensamento crítico e a tolerância, e que a sociedade
deveria ser baseada na razão e na justiça.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) 
Rousseau defendia uma abordagem de educação baseada na natureza e no
desenvolvimento individual. Ele acreditava que as crianças deveriam ser educadas de
acordo com suas necessidades e interesses, permitindo que elas se desenvolvessem
livremente, em vez de serem moldadas por normas sociais rígidas. Sua obra "O Contrato
Social" influenciou debates sobre a organização política e o papel do indivíduo na
sociedade.
Para Rousseau, o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Ele acreditava
que a sociedade corrompia o ser humano e que a educação deveria ajudar a preservar a
bondade inata das pessoas.
Denis Diderot (1713-1784)
Diderot foi um dos principais editores da Enciclopédia, uma obra que buscava
reunir todo o conhecimento humano da época. Ele defendia a disseminação do
conhecimento através da educação e acreditava que a sociedade deveria ser baseada na
razão e na igualdade.
Adam Smith (1723-1790)
Smith é conhecido por suas ideias sobre economia e livre mercado, mas também
contribuiu para o pensamento iluminista sobre a sociedade.
As ideias de Smith sobre educação eram principalmente voltadas para a formação
de indivíduos produtivos e para o desenvolvimento econômico. Ele não abordou questões
mais amplas relacionadas à educação, como a formação moral, a cidadania ou a
igualdade de oportunidades. Esses aspectos foram mais explorados por outros
pensadores do Iluminismo.
Immanuel Kant (1724-1804)
De acordo com Kant, o conhecimento se desenvolve por meio da interação entre a
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razão e as experiências. As experiências, que incluem sensações e percepções, fornecem
os elementos básicos do conhecimento, enquanto a razão atua para organizar e
categorizar essas informações. Em outras palavras, a razão utiliza as estruturas
cognitivas inatas para dar sentido e compreensão às experiências sensoriais, permitindo
assim a formação do conhecimento.
Agora veremos dois acontecimentos históricos que tiveram um impacto
significativo na educação e na sociedade.
Revolução Francesa
A Revolução Francesa foi um evento político, social e econômico que teve origem
na França (entre 1789 e 1799) e que teve um impacto profundo em toda a Europa. Ela foi
um importante marco na história da civilização do país, representando a luta da burguesia
pelo fim do absolutismo.
Ela teve suas raízes nas ideias do Iluminismo e foi motivada por uma combinação
de fatores, incluindo descontentamento com o sistema monárquico absolutista,
desigualdades sociais e crise econômica. A Revolução Francesa resultou na derrubada da
monarquia, na ascensão do poder político das classes populares e na promoção de
valores democráticos, liberdade e igualdade perante 
Antes da Revolução Francesa, a educação era restrita a uma elite privilegiada,
enquanto a maioria da população não tinha acesso a oportunidades educacionais. Além
disso, a educação era fortemente influenciada pela religião, com um currículo voltado para
a doutrinação religiosa e a manutenção do status quo.
No entanto, a Revolução Francesa trouxe consigo uma mudança radical nesse
cenário. Com a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em
1789, a educação foi reconhecida como um direito fundamental de todos os cidadãos. A
revolução estabeleceu a ideia de que a educação deveria ser universal, laica, obrigatória
e gratuita. Dessa forma, promoveu a igualdade de oportunidades educacionais,
permitindo que indivíduos de diferentes origens sociais tivessem acesso à educação
formal.
Revolução Industrial
Por outro lado, a Revolução Industrial teve início nas décadas finais do século XVIII
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e se estendeu ao longo do século XIX. Foi um período de transformações econômicas e
tecnológicas marcadas pela transição da produção artesanal e agrícola para a produção
industrial em grande escala. A Revolução Industrial começou na Inglaterra e se espalhou
para outras partes do mundo ocidental. Ela foi impulsionada por avanços tecnológicos,
como a máquina a vapor, a mecanização da produção têxtil e o desenvolvimento de
novos métodos de produção. A Revolução Industrial teve um profundo impacto nas
economias, nas sociedades e nas relações de trabalho, resultando em urbanização,
aumento da produção em massa e transformações na forma como as pessoas viviam e
trabalhavam.
Como advento da Revolução Industrial, houve uma demanda crescente por
trabalhadores qualificados nas indústrias emergentes. Isso levou a uma mudança na
percepção da importância da educação. A necessidade de trabalhadores com habilidades
técnicas e conhecimentos específicos impulsionou a criação de escolas voltadas para a
formação profissional.
As escolas técnicas e profissionais surgiram para atender às demandas da
indústria, oferecendo treinamento especializado em áreas como engenharia, mecânica e
química. Essas instituições visavam fornecer aos trabalhadores as habilidades
necessárias para se adaptarem às novas demandas do mercado de trabalho industrial.
Além disso, a Revolução Industrial também trouxe mudanças significativas na
organização do trabalho e na estrutura social. Com a industrialização, as pessoas
migraram do campo para as cidades em busca de emprego nas fábricas. Isso resultou em
um aumento da população urbana e na formação de uma classe trabalhadora industrial.
Essa nova classe trabalhadora começou a demandar melhores condições de
trabalho e acesso à educação. Movimentos operários e sindicatos surgiram, lutando por
direitos trabalhistas, incluindo o acesso à educação. A educação passou a ser vista como
uma ferramenta para a mobilidade social e a melhoria das condições de vida.
No entanto, apesar dessas mudanças, a educação ainda era inacessível para
muitos trabalhadores e crianças. As jornadas de trabalho longas e as condições precárias
nas fábricas dificultavam o acesso à educação formal. Muitas crianças eram obrigadas a
trabalhar desde cedo para ajudar no sustento de suas famílias, privando-as de
oportunidades educacionais.
A Revolução Industrial também teve um impacto na estrutura social. A ascensão da
classe burguesa, composta por empresários e comerciantes, trouxe mudanças na
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hierarquia social. A educação tornou-se um meio de distinção social, com a classe
burguesa buscando educação de qualidade para seus filhos, a fim de garantir sua posição
privilegiada na sociedade.
Em resumo, a Revolução Industrial teve um impacto profundo no contexto da
educação e da sociedade. Ela impulsionou a criação de escolas técnicas e profissionais
para atender às demandas da indústria, além de estimular movimentos operários em
busca de melhores condições de trabalho e acesso à educação. No entanto, a educação
ainda era inacessível para muitos trabalhadores, e a hierarquia social continuava a
influenciar o acesso à educação de qualidade.
Esta breve percurso histórico e a passagem sobre estes importantes eventos
(Revolução Industrial e Revolução Francesa), teve como objetivo fazer você situar
como a sociedade se apresentava nestas épocas.
A partir de agora, faremos um aprofundamento dos nossos estudos partir do
século XIX, com o surgimento do pensamento sociológico, onde teóricos começaram
a analisar a relação entre educação e sociedade de forma mais sistemática. Para
isso, veremos as reflexões sobre educação e sociedade nas teorias dos pensadores
clássicos, Auguste Comte (1798 – 1857), Émile Durkheim (1858 – 1917), Karl Marx
(1818 – 1883), Max Weber (1864 – 1920) e também uma diversidade de autores
contemporâneos que trazem importantes contribuições aos estudos dessa relação.
 
O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E PENSADORES DA EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
Foi no contexto de questionamento das estruturas sociais, transformações políticas
e econômicas (provocadas pelo Iluminismo, Revolução Francesa e Revolução Industrial),
e busca por explicações racionais que surgiu a sociologia. 
O filósofo francês Auguste Comte (1798 – 1857) considerado o "pai" da sociologia,
introduziu o termo “sociologia” no século XIX, enfatizando a necessidade de uma ciência
capaz de compreender as bases da sociedade e propor intervenções para seu pleno
desenvolvimento. 
Apesar de Comte ser o primeiro a teorizar a necessidade de uma ciência que
estudasse a sociedade, a sociologia só passou a ter um método de análise e um objeto
bem definido com o francês Émile Durkheim (1858 – 1917), que, junto com os alemães
Karl Marx (1818 – 1883) e Max Weber (1864 – 1920), viriam a compor o que conhecemos
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como tripé da sociologia. Eles são considerados clássicos da sociologia, portanto, a
seguir, vamos explorar um pouco mais sobre as teorias de cada um deles.
Auguste Comte e o Positivismo
Além de ser considerado o “pai” da sociologia, Comte também é conhecido por ter
desenvolvido a teoria do positivismo, que enfatiza a importância do método científico e
da análise dos fenômenos naturais e sociais de forma objetiva e sistemática.
Comte acreditava que a sociedade poderia ser estudada de maneira objetiva e
científica, assim como as ciências naturais estudam a natureza. Ele propôs que a
sociologia, como uma ciência positiva, deveria se basear em fatos observáveis e leis
sociais, em vez de especulações filosóficas ou teorias abstratas.
Segundo Comte, a sociedade passa por três estágios de desenvolvimento: o
estágio teológico, em que as explicações são baseadas em forças sobrenaturais; o
estágio metafísico, em que as explicações são baseadas em conceitos abstratos; e o
estágio positivo, em que as explicações são baseadas em fatos observáveis e leis
científicas.
O positivismo de Comte também enfatizava a importância do progresso social e da
ordem social. Ele acreditava que a sociedade poderia ser melhorada por meio da
aplicação do conhecimento científico e da intervenção racional. Comte defendia a ideia de
uma "religião da humanidade", na qual os princípios científicos e a solidariedade social
substituiriam as crenças religiosas tradicionais.
Embora o positivismo de Comte tenha sido influente no desenvolvimento da
sociologia como uma disciplina científica, suas ideias também foram criticadas por sua
visão excessivamente positivista e determinista da sociedade. No entanto, seu trabalho
teve um impacto duradouro e ajudou a estabelecer as bases para o estudo sistemático da
sociedade.
Émile Durkheim: fatos sociais e o funcionalismo
Embora Comte seja considerado tradicionalmente o pai da sociologia, foi com o
sociólogo francês Émile Durkheim que a sociologia passa a ser considerada propriamente
uma ciência com metodologia. Ele é conhecido por sua abordagem científica e positivista,
buscando entender a sociedade por meio de fatos sociais e aplicando o método científico
em suas análises.
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Durkheim definiu os fatos sociais como formas de pensar, agir e sentir de um
indivíduo inserido dentro de um determinado grupo. Eles possuem três características:
generalidade, exterioridade e coercitividade.
Generalidade: Os fatos sociais são coletivos e se aplicam a um grupo ou sociedade
como um todo, não apenas a um único indivíduo. Eles são observados em um grande
número de pessoas e representam padrões de comportamento compartilhados pela
sociedade.
Exterioridade: Indica que os fatos sociais existem independentemente dos indivíduos e
estão presentes antes de seu nascimento. A sociedade já está organizada, com suas leis,
padrões e instituições, e cabe aos indivíduos aprenderem e se adaptarem a essas
estruturas sociais por meio da educação e socialização.
Coercitividade: Refere-se ao poder ou força com que os padrões culturais de uma
sociedade são impostos aos indivíduos, obrigando-os a segui-los. Os fatos sociaisexercem uma pressão sobre os indivíduos para se conformarem às normas e
expectativas sociais.
Para ele, os fatos sociais são objetos de estudo da sociologia que devem ser
analisados de forma objetiva e científica.
Durkheim desenvolveu a teoria do funcionalismo, a qual se concentra na ideia de
que a sociedade é um sistema complexo de partes interdependentes, cada uma
cumprindo funções específicas para a manutenção do todo. Ele acreditava que os
indivíduos são moldados pelas normas, valores e estruturas sociais que os cercam, e que
esses elementos são essenciais para a coesão social e o funcionamento harmonioso da
sociedade.
Na visão de Durkheim, a educação desempenha um papel vital na formação e
manutenção da ordem social. Ele via a escola como uma instituição que não apenas
transmitia conhecimento, mas também ensinava os valores e normas da sociedade aos
jovens. Através da educação, os indivíduos aprendem não apenas habilidades práticas,
mas também os princípios e crenças compartilhados que os integram à comunidade.
Durkheim introduziu o conceito de solidariedade social para explicar como os
indivíduos estão conectados e interdependentes em uma sociedade. Ele identificou dois
tipos principais de solidariedade: a mecânica e a orgânica. A mecânica é predominante
em sociedades pequenas e tradicionais, onde os indivíduos têm papéis semelhantes e
compartilham valores homogêneos. A orgânica, por outro lado, é típica de sociedades
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industriais complexas, onde os indivíduos têm funções especializadas e dependem uns
dos outros para a sobrevivência da sociedade como um todo.
A educação desempenha um papel fundamental na transição da solidariedade
mecânica para a orgânica. Nas sociedades orgânicas, a interdependência funcional dos
indivíduos é crucial. A educação, portanto, é responsável por preparar os indivíduos para
as funções especializadas que eles desempenharão na sociedade moderna. Ela não
apenas fornece habilidades práticas, mas também ajuda a desenvolver uma consciência
de interdependência e a compreensão das complexas relações sociais.
Karl Marx: Capital e o Materialismo Dialético
Karl Marx foi um filósofo, economista e sociólogo alemão do século XIX, conhecido
por suas contribuições para a teoria social e política. Ele é considerado um dos
fundadores do socialismo científico e do comunismo moderno. Duas de suas principais
teorias são relacionadas ao conceito de "capital" e à abordagem do "materialismo
histórico dialético". Vamos explorar esses conceitos.
O conceito de capital desempenha um papel central na análise crítica de Marx
sobre o sistema econômico capitalista. Em sua obra mais importante, "O Capital", Marx
examina o modo como o capitalismo funciona, destacando como o capital é acumulado,
investido e explorado. Para ele, o capital é definido como uma forma de riqueza que é
empregada com o objetivo de gerar mais riqueza através da exploração da força de
trabalho.
Marx também introduziu o conceito de mais-valia, que é a diferença entre o valor
do trabalho produzido pelos trabalhadores e o valor pago a eles em forma de salário. A
exploração capitalista, segundo Marx, ocorre quando os trabalhadores produzem mais
valor do que recebem em salários, e essa diferença é apropriada pelos proprietários dos
meios de produção como lucro, contribuindo assim para a acumulação de capital.
O materialismo histórico dialético é uma abordagem teórica que Marx e seu
colaborador Friedrich Engels desenvolveram para analisar como as relações sociais,
econômicas e políticas moldam a consciência, as ideias e as estruturas da sociedade.
A relação entre educação e sociedade no contexto do materialismo dialético é
crucial para entender como a educação é influenciada pelas estruturas sociais e, ao
mesmo tempo, como pode ser uma ferramenta para transformar essas estruturas. De
acordo com Marx, a sociedade é moldada pelas relações de produção, ou seja, como as
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pessoas produzem os bens necessários para a sobrevivência. Essas relações de
produção determinam as classes sociais, onde uma classe detém os meios de produção
(burguesia) e outra vende sua força de trabalho (proletariado).
No contexto educacional, o Materialismo Dialético sugere que o sistema
educacional reflete e perpetua as relações de classe dominantes. Isso ocorre porque a
educação não é uma instituição isolada, mas está intrinsecamente ligada à economia e à
política. Nas sociedades capitalistas, por exemplo, a educação frequentemente reproduz
as ideias e valores da classe dominante (a burguesia), preparando os indivíduos para
desempenharem papéis no sistema econômico existente. Isso pode levar à manutenção
da desigualdade social, já que os recursos educacionais e as oportunidades não são
igualmente distribuídos.
No entanto, o Materialismo Dialético também aponta para a possibilidade de
transformação através da educação. Marx acreditava que a classe trabalhadora, o
proletariado, poderia se conscientizar das estruturas de exploração e lutar por uma
revolução que derrubaria o sistema capitalista. Nesse sentido, a educação poderia
desempenhar um papel crucial ao ajudar os indivíduos a compreenderem as forças
subjacentes que moldam a sociedade e, assim, motivá-los a agir para mudar essas
condições.
É importante notar que a relação entre educação e sociedade não é unidirecional.
Enquanto o materialismo dialético destaca como as estruturas sociais influenciam a
educação, também reconhece que a educação pode impactar a sociedade. Uma
população educada e consciente pode questionar as normas existentes, desafiar a
exploração e buscar uma reorganização da sociedade em termos mais igualitários.
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Max Weber: Sociologia compreensiva e a Ação Social
Max Weber foi um sociólogo, filósofo e economista alemão e também um dos
pensadores clássicos da sociologia. Sua teoria baseia-se na análise compreensiva da
sociedade, o que fez que ficasse conhecido como criador da Sociologia Compreensiva.
Sua contribuição para o campo consiste em sistematizar e organizar o pensamento e os
estudos sobre a sociedade, a organização social e política.
Ele propõe uma análise diferenciada da sociedade, quando comparada com as
teorias de Durkheim e Marx. Enquanto Marx e Durkheim formulam suas teorias a partir do
todo (a sociedade), Weber se baseia nas partes (os indivíduos). Para ele, é por meio das
ações individuais e das interações entre os indivíduos que a sociedade se forma e se
desenvolve.
A sua abordagem compreensiva da sociedade é focada na análise da ação social.
O conceito de ação social é central em sua teoria sociológica e se refere ao
comportamento humano que é influenciado pelo significado atribuído pelos indivíduos às
suas próprias ações e às ações dos outros. Em outras palavras, a ação social envolve a
compreensão das intenções, motivos e significados subjacentes aos comportamentos das
pessoas.
Weber acreditava que entender a ação social era crucial para compreender a
dinâmica da sociedade, pois as interações sociais são guiadas por como as pessoas
interpretam e atribuem sentido às situações em que se encontram. Ele categorizou a ação
social em quatro tipos principais, cada um baseado em diferentes motivadores e
significados:
Ação social racional com relação a fins: Nesse tipo de ação, os indivíduosagem de
forma calculada e orientada para alcançar um objetivo específico. Por exemplo, uma
pessoa que estuda diligentemente para obter uma boa nota em um exame está agindo de
forma racional com relação a fins.
Ação social racional com relação a valores: Aqui, os indivíduos agem de acordo com
seus valores e crenças pessoais, mesmo que isso não leve necessariamente a um
resultado prático. Por exemplo, uma pessoa que decide se tornar vegetariana por motivos
éticos está agindo de forma racional com relação a valores.
Ação social afetiva: Nesse tipo de ação, os indivíduos agem com base em suas
emoções e sentimentos. Por exemplo, uma pessoa que ajuda um amigo em dificuldades
porque se preocupa com ele está agindo de forma afetiva.
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Ação social tradicional: Aqui, os indivíduos agem de acordo com costumes, tradições e
hábitos estabelecidos. Por exemplo, uma pessoa que segue uma profissão específica
porque é uma tradição familiar está agindo de forma tradicional.
Portanto, o conceito de ação social de Weber destaca a importância de considerar
a subjetividade, os significados e os motivos das ações individuais ao analisar a
sociedade. Isso permite uma compreensão mais completa e rica das interações sociais e
das motivações humanas.
Weber também estudou e analisou a burocracia como uma forma de organização
social. Ele descreveu a burocracia como uma estrutura hierárquica baseada em regras e
procedimentos formais, com divisão de trabalho e impessoalidade.
Ele argumentava que a burocracia era uma forma eficiente de organização, capaz
de lidar com tarefas complexas e de grande escala. Ele via a burocracia como uma
resposta à necessidade de eficiência e previsibilidade nas instituições modernas.
Agora que já sabemos qual é a visão desses teóricos acerca da sociedade e
da educação, vamos ver também qual é a função da escola na perspectiva deles:
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Para fixar ainda mais as ideias desses teóricos, vamos fazer um breve resumo do
que foi estudado até aqui.
Embora tenham abordado a sociedade de maneiras diferentes, Émile Durkheim,
Karl Marx e Max Weber compartilham algumas semelhanças e diferenças em suas
teorias. Uma das principais diferenças entre eles é a ênfase que cada um dá aos fatores
que influenciam a sociedade. 
Durkheim enfatiza a importância dos fatos sociais, que são formas de
comportamento, pensamento e sentimento que existem externamente aos indivíduos e
exercem controle sobre eles. Ele argumenta que os fatos sociais são a base da coesão
social e da ordem na sociedade. Por outro lado, Marx concentra-se nas relações de
classe e na luta de classes como forças motrizes da mudança social. Ele acredita que o
conflito entre a classe trabalhadora e a classe capitalista é o motor da história e da
transformação social. Weber, por sua vez, enfoca as ações individuais e as motivações
subjacentes a essas ações. Ele acredita que a compreensão das ações individuais é
fundamental para entender a sociedade como um todo.
Outra diferença significativa é a abordagem metodológica adotada por cada um.
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Durkheim utiliza principalmente métodos quantitativos e estatísticos para estudar os
fenômenos sociais. Ele busca identificar padrões e regularidades na sociedade por meio
de análises estatísticas. Marx, por outro lado, utiliza uma abordagem mais crítica e
histórica, analisando as estruturas econômicas e políticas da sociedade. Ele busca
entender as relações de poder e exploração que existem no sistema capitalista. Weber
utiliza uma abordagem mais qualitativa, enfatizando a compreensão dos significados e
motivações subjacentes às ações sociais. Ele acredita que a compreensão dos
significados subjetivos é essencial para uma análise sociológica adequada.
Apesar dessas diferenças, existem algumas semelhanças entre as teorias de
Durkheim, Marx e Weber. Todos eles reconhecem a importância da sociedade como um
objeto de estudo e buscam entender os processos sociais que a moldam. Eles também
compartilham uma preocupação com a desigualdade social e a injustiça. Durkheim,
embora não se concentre diretamente na desigualdade econômica, está preocupado com
a coesão social e a solidariedade. Marx, por sua vez, está preocupado com a exploração
e a alienação da classe trabalhadora no sistema capitalista. Weber também aborda a
desigualdade social, enfocando a burocracia, a autoridade e as formas de dominação na
sociedade.
Em resumo, Durkheim, Marx e Weber têm abordagens diferentes para o estudo da
sociedade, com ênfase em fatos sociais, relações de classe e ações individuais,
respectivamente. Suas teorias também diferem em termos de metodologia. No entanto,
todos eles contribuíram para o desenvolvimento da sociologia e compartilham uma
preocupação com a sociedade, a desigualdade e a transformação social.
A visão conservadora de Durkeim vai influenciar as tendências liberais.
Já a visão de Marx vai influenciar as tendências progressistas.
Estudaremos esse conteúdo na aula de Tendências Pedagógicas.
Dando continuidade ao conteúdo desta aula, vamos ver as ideias de outros teóricos
que contribuíram para os estudos acerca da educação e sociedade.
Herbert Spencer (1820-1903)
Herbert Spencer foi um filósofo, sociólogo e biólogo inglês, defensor do liberalismo
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clássico e do positivismo.
Ele é conhecido por sua teoria da evolução social, que aplicou os princípios da
seleção natural de Charles Darwin à sociedade humana, por isso é considerado um dos
fundadores do “darwinismo social”.
Segundo Spencer, a sociedade evolui de forma semelhante à evolução biológica.
Ele argumentava que as sociedades passam por estágios de desenvolvimento,
começando com a simples agregação de indivíduos e progredindo para formas mais
complexas de organização social. Essa evolução ocorre por meio da competição entre os
indivíduos e grupos sociais, onde os mais aptos sobrevivem e prosperam, enquanto os
menos aptos são eliminados.
Vale destacar que Durkheim incorporou algumas ideias de Spencer em sua teoria
sociológica, porém, enquanto Spencer enfatizava a competição e a seleção natural como
forças impulsionadoras do progresso social, Durkheim argumentava que a solidariedade
social e a coesão eram fundamentais para a estabilidade da sociedade.
John Dewey (1859-1952) e a Escola Nova
John Dewey foi um filósofo e pedagogo norte-americano, defensor da educação
democrática e criador da chamada Escola Nova. 
A concepção de Dewey enfatiza a importância da aprendizagem experiencial, da
conexão entre educação e vida real, e da construção de cidadãos ativos e engajados em
uma sociedade democrática. Ele acreditava na educação pela ação e criticava a
educação tradicional, o intelectualismo e a memorização. Para ele, a educação deveria
ser uma ferramenta para o desenvolvimento integral dos indivíduos e para a construção
de uma sociedade mais justa e democrática.
Dewey via a educação como um processo ativo e experiencial, onde os alunos
aprendem melhor ao se envolverem em atividades práticas e significativas. Ele enfatizava
a importância de conectar o aprendizado à vida real, promovendo a resolução de
problemas e a aprendizagem por meio da experiência. Para Dewey, a escola deveria ser
um ambiente onde os alunos explorassem questõesrelevantes para suas vidas e
colaborassem para encontrar soluções.
Além disso, Dewey acreditava que a educação não deveria ser vista como algo
isolado da sociedade. Pelo contrário, ele defendia que a educação e a sociedade eram
interdependentes. Ele via a escola como um microcosmo da sociedade, um lugar onde os
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valores democráticos, a participação cívica e a cooperação social deveriam ser cultivados.
A educação, para Dewey, era um meio de preparar os indivíduos para se envolverem
ativamente na vida democrática e contribuírem para uma sociedade mais justa e
progressista.
Uma das principais contribuições de Dewey para a educação foi o desenvolvimento
da abordagem conhecida como Escola Nova. A Escola Nova era uma reação às
abordagens tradicionais de ensino, que enfatizavam a memorização e a transmissão de
conhecimento de forma passiva. Em contraste, a Escola Nova enfatizava a aprendizagem
ativa, baseada na experiência e na resolução de problemas.
A abordagem da Escola Nova teve um impacto significativo na educação em todo o
mundo, influenciando o desenvolvimento de currículos mais flexíveis e centrados no
aluno. Embora a Escola Nova tenha sido criticada por alguns por sua ênfase na liberdade
e na falta de estrutura, suas ideias continuam a ser discutidas e aplicadas na educação
contemporânea.
Karl Mannheim (1893-1947) e a educação como técnica social
Mannheim foi um sociólogo húngaro e figura influente no campo da sociologia e da
filosofia das ciências sociais. Ele é mais conhecido por seu trabalho sobre a sociologia
do conhecimento, particularmente sua exploração da relação entre sociedade, cultura e
pensamento humano. As ideias de Mannheim tiveram um impacto duradouro em várias
áreas da teoria social.
A obra mais influente de Mannheim é "Ideologia e Utopia", publicada em 1929.
Neste livro, ele explorou a relação entre estrutura social e pensamento, enfatizando o
papel da ideologia na formação de nossas percepções da realidade. Mannheim acreditava
que diferentes grupos sociais têm visões de mundo distintas e que essas perspectivas
são influenciadas por suas posições sociais.
Outro conceito importante associado a Mannheim é a "consciência geracional".
Ele argumentou que indivíduos que compartilham experiências históricas semelhantes,
particularmente aqueles que atingem a maioridade durante eventos sociais e políticos
significativos, desenvolvem uma consciência que molda sua visão de mundo. Essa ideia
tem sido influente no estudo das diferenças geracionais e da mudança social.
No que diz respeito à educação como técnica social, Mannheim argumentava
que a educação desempenha um papel fundamental na formação das perspectivas e
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visões de mundo dos indivíduos. Ele via a educação como um processo pelo qual as
ideias e valores da sociedade são transmitidos e internalizados pelos indivíduos.
Para Mannheim, a educação não era apenas um meio de transmitir conhecimento,
mas também uma forma de moldar a consciência social e a identidade dos indivíduos. Ele
acreditava que a educação poderia ser usada como uma técnica social para influenciar a
forma como as pessoas pensam e percebem o mundo ao seu redor.
As ideias de Karl Mannheim tiveram um impacto significativo no estudo da
sociologia, filosofia das ciências sociais e estudos culturais. Ele incentivou os
pesquisadores a examinar a relação entre as estruturas sociais e a produção de
conhecimento, e seu trabalho continua a ser relevante para entender como a sociedade
molda a compreensão e a percepção humanas.
Talcott Parsons (1902-1979) e o Funcionalismo Estrutural
Talcott Parsons foi um sociólogo americano, divulgador da obra de Durkheim , que
trouxe contribuições significativas para o campo da sociologia em meados do século XX.
Ele é conhecido por desenvolver a teoria estrutural-funcionalismo, que enfatiza a
interdependência e a interconexão de várias instituições sociais na manutenção da ordem
social.
Parsons acreditava que a sociedade é um sistema complexo composto por
diferentes partes que trabalham juntas para manter a estabilidade e o equilíbrio. Ele
argumentou que as instituições sociais, como família, educação, religião e governo,
servem funções específicas na sociedade e contribuem para seu funcionamento geral.
Um dos conceitos-chave de Parsons era a ideia de papéis sociais, que são os
comportamentos e responsabilidades esperados associados a uma determinada posição
na sociedade. Ele acreditava que os indivíduos são socializados nesses papéis e que eles
desempenham um papel crucial na manutenção da ordem social.
Parsons também enfatizou a importância de valores e normas na formação do
comportamento social. Ele argumentou que as sociedades desenvolvem valores e normas
compartilhados que orientam as ações dos indivíduos e ajudam a manter a coesão social.
Embora o trabalho de Parsons tenha sido influente na formação da teoria
sociológica, ele também foi criticado por seu foco na estabilidade e ordem, negligenciando
questões de poder, conflito e mudança social. No entanto, suas ideias continuam a ser
estudadas e debatidas no campo da sociologia.
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Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean-Claude Passeron (1930-) e a Reprodução Social
Bourdieu e Passeron são dois sociólogos franceses conhecidos por seu trabalho
conjunto no campo da sociologia da educação. Pierre Bourdieu (1930-2002) e Jean-
Claude Passeron (1930-) colaboraram na elaboração de teorias que exploram a relação
entre a educação e a reprodução das desigualdades sociais.
Uma das principais contribuições de Bourdieu e Passeron é o conceito de
"violência simbólica", que se refere aos mecanismos sutis pelos quais as estruturas
sociais e culturais mantêm e reproduzem as desigualdades existentes. Eles argumentam
que a educação desempenha um papel fundamental nesse processo, pois as instituições
educacionais tendem a favorecer certas formas de conhecimento e habilidades que são
valorizadas pela classe dominante.
Bourdieu e Passeron também desenvolveram o conceito de "habitus", que se
refere às disposições e comportamentos internalizados pelos indivíduos como resultado
de sua socialização. Eles argumentam que o habitus é moldado pelas condições sociais e
culturais em que os indivíduos estão inseridos, e que isso influencia sua trajetória
educacional e suas chances de sucesso.
Em resumo, Bourdieu e Passeron oferecem uma perspectiva crítica sobre a
educação, destacando como as estruturas sociais e culturais influenciam a distribuição
desigual de oportunidades educacionais e perpetuam as desigualdades sociais.
Louis Althusser (1918-1990) e os Aparelhos Ideológicos de Estado
Althusser foi um filósofo e teórico marxista francês e um dos pensadores do século
XX que mais contribui às análises filosóficas de cunho marxista. Ele trouxe contribuições
significativas para a teoria marxista, particularmente nas áreas da ideologia e do papel do
Estado.
Althusser desenvolveu a teoria dos Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE).
Segundo ele, o Estado não é apenas uma estrutura repressiva, mas também possui uma
dimensão ideológica que perpetua as relações de poder existentes na sociedade. 
Para Althusser, os AIE são instituições que funcionam como meios de reprodução
ideológica, ou seja, são responsáveis por transmitir e consolidar as ideias e valores
dominantes da classe dominante. Alguns exemplos de AIE são a escola,a família, a
igreja, os meios de comunicação, entre outros.
Esses aparelhos atuam de forma a moldar as mentalidades e comportamentos dos
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indivíduos, fazendo com que eles internalizem as ideias dominantes como se fossem
naturais e inevitáveis. Dessa forma, os AIE contribuem para a manutenção do
sistema de dominação existente.
Althusser também argumenta que os AIE funcionam em conjunto com os
Aparelhos Repressivos de Estado (ARE), que são as instituições responsáveis pela
coerção e repressão direta, como a polícia e o exército. Ambos os tipos de aparelhos são
necessários para a manutenção do poder da classe dominante.
As ideias de Althusser influenciaram vários campos, incluindo sociologia, estudos
culturais e ciência política.
Roger Establet (1938) e Christian Baudelot (1938) e a escola dualista
Establet e Baudelot são sociólogos franceses que colaboraram em várias
pesquisas e publicações, abordando questões relacionadas à desigualdade educacional,
estratificação social e reprodução das desigualdades sociais através do sistema
educacional.
Eles foram influenciados pela teoria da reprodução de Bourdieu e Passeron, e
também por Althusser com as análises dos Aparelhos Ideológicos de Estado. Eles são
conhecidos por seu livro "L'école capitaliste en France" (A escola capitalista na França),
publicado em 1971. Nesta obra, eles analisam como o sistema educacional francês
reproduz e perpetua as desigualdades sociais, favorecendo certos grupos sociais em
detrimento de outros.
Eles desenvolveram a teoria da escola dualista, que analisa a estrutura e o
funcionamento do sistema educacional em termos de divisões sociais e desigualdades.
De acordo com Establet e Baudelot, a escola dualista é caracterizada pela coexistência
de dois tipos de escolas: uma escola dominante, que atende às classes sociais
privilegiadas, e uma escola dominada, que atende às classes sociais desfavorecidas.
Essa divisão reflete as desigualdades sociais existentes na sociedade.
A escola dominante é geralmente frequentada por alunos de famílias de classe
média e alta, oferecendo um currículo mais amplo e de maior qualidade, além de recursos
e oportunidades extras. Essa escola prepara os alunos para ocupar posições de poder e
prestígio na sociedade.
Por outro lado, a escola dominada é frequentada por alunos de famílias de classe
baixa, oferecendo um currículo mais limitado e de menor qualidade. Essa escola reproduz
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as desigualdades sociais, preparando os alunos para ocupar posições subalternas na
sociedade.
Establet e Baudelot argumentam que a escola dualista contribui para a reprodução
das desigualdades sociais, pois perpetua a divisão entre as classes sociais. Eles
destacam a importância de políticas educacionais que busquem reduzir essas
desigualdades, promovendo uma educação de qualidade para todos os alunos,
independentemente de sua origem social.
Gramsci (1891-1937) 
Gramsci foi um filósofo marxista italiano, teórico político e ativista comunista. Ele é
mais conhecido por suas contribuições para o desenvolvimento do conceito de hegemonia
cultural e por suas ideias sobre o papel dos intelectuais na sociedade. A obra de Gramsci
teve uma influência significativa na teoria crítica, nos estudos culturais e no pensamento
político.
Gramsci argumentava que, além do poder econômico, a classe dominante também
exerce poder cultural e intelectual para moldar as crenças e valores da sociedade. Ele
acreditava que a classe trabalhadora poderia desafiar essa hegemonia desenvolvendo
uma cultura contra-hegemônica e organizando-se politicamente.
Gramsci via os intelectuais não apenas como indivíduos engajados em atividades
acadêmicas, mas também como pessoas que desempenhavam um papel na formação e
disseminação de ideias na sociedade. Dessa forma, ele introduziu os conceitos de
“intelectuais orgânicos” e “intelectuais tradicionais”.
Os intelectuais tradicionais, conforme Gramsci, são aqueles vinculados a um
determinado grupo social, instituição ou corporação e que expressa os interesses
particulares compartilhados pelos seus membros, como exemplo, a igreja (Clérigos),
Forças Armadas (militares), instituições de ensino superior (Professores universitários),
entre vários outros.
Os intelectuais orgânicos são aqueles emergentes da classe trabalhadora e
grupos marginalizados ou movimentos sociais. Os intelectuais orgânicos geralmente têm
uma perspectiva crítica em relação às estruturas de poder existentes e buscam promover
mudanças sociais.
Ele acreditava que os intelectuais orgânicos poderiam desempenhar um papel
crucial no desafio das estruturas de poder existentes e na liderança de movimentos
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revolucionários. Eles atuam para criar, junto à sociedade, a consciência correspondente
aos interesses das classes que representam.
A EDUCAÇÃO COMO REDENTORA, REPRODUTORA E TRANSFORMADORA DA
SOCIEDADE (Cipriano Carlos Luckesi)
Luckesi aborda a relação entre educação e sociedade por meio de três vertentes
que visam orientar a compreensão da educação e sua relação com a esfera social. Para
ele existem três possíveis perspectivas filosófico políticas responsáveis por interpretar a
função da educação na sociedade: Educação Redentora, a Educação Reprodutora e a
Educação Transformadora da sociedade.
A educação redentora é uma abordagem que busca corrigir os desvios da
sociedade, visando torná-la melhor e mais próxima de um modelo de perfeição social
harmônica idealizada. Essa concepção de educação acredita que por meio do ensino e da
formação dos indivíduos, é possível promover mudanças positivas na sociedade como um
todo. A ideia é que a educação atue como uma instância corretora, identificando e
corrigindo os problemas e desvios existentes, contribuindo para a construção de uma
sociedade mais justa e equilibrada.
A educação reprodutora é uma abordagem que considera o espaço escolar como
um lugar de preparação para a vida em sociedade. Nessa perspectiva, a finalidade da
educação é reproduzir a sociedade tal como ela está, com o objetivo de perpetuá-la. Isso
significa que a educação reprodutora busca transmitir os valores, normas e estruturas
sociais existentes, sem questioná-los ou propor mudanças significativas. Acredita-se que
a escola deve preparar os indivíduos para se encaixarem na sociedade existente,
reproduzindo seus padrões e hierarquias.
A educação transformadora acredita que a educação tem o potencial de
transformar a sociedade, mas reconhece que isso só é possível por meio de uma ação
consciente e crítica. A educação é vista como uma ferramenta para a conscientização, a
reflexão e a transformação social, buscando a superação das desigualdades e a
construção de uma sociedade mais justa.
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EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E AS TEORIAS EDUCACIONAIS (Dermeval Saviani)
Saviani propõe uma reflexão sobre as teorias da educação, classificando-as em
grupos distintos: teorias não-críticas e teorias crítico-reprodutivistas. A diferença entre
ambas está na forma de entender as relações entre educação e sociedade.
As teorias não-críticas, segundo Saviani, são aquelas que entendem a educação
como instrumento de equalização social e superação da situação de marginalidade
causada pelarealidade educacional. Nesse grupo de teorias encontram-se a Escola
Tradicional, a Escola Nova e a Tecnicista. 
Já as teorias crítico-reprodutivistas compreendem a educação como subordinada à
sociedade. Pertencentes a essas teorias se encontram: A Teoria do Sistema de Ensino
enquanto violência simbólica, (Bourdieu e Passeron), a Teoria da escola como Aparelho
Ideológico do Estado (Althusser), Teoria da Escola Dualista (Baudelot e Establet).
Teorias Não-críticas
As teorias não-críticas concebem a educação como um meio de equalização social,
buscando superar as desigualdades sociais. Estas teorias enfatizam a autonomia da
educação e partem do próprio conceito de educação para tentar compreendê-la.
A teoria não-crítica tradicional apresenta o professor como o centro do processo
de ensino e o aluno como o receptor do conhecimento transmitido, sem o direito de
questionar. Nesta abordagem, o papel do aluno é "aprender".
 A pedagogia nova, também conhecida como Escola Nova, defende a escola como
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um meio de equalização social e enfatiza o conceito de "aprender a aprender". A Escola
Nova sugeria uma reforma nas aparências das escolas, buscando torná-las mais
atraentes e alegres. No entanto, ao não alcançar seus objetivos, surgiu a pedagogia
tecnicista.
A teoria não-crítica tecnicista destaca o "aprender a fazer" e tem como seu
objetivo principal tornar o processo de ensino mais operacional, formando indivíduos
competentes e produtivos.
Teorias Críticas-reprodutivistas
São compreendidas a partir da influência da sociedade a qual os indivíduos estão
situados. Dessa forma, há uma relação entre educação e sociedade. 
Temos como exemplo da teoria do sistema de ensino enquanto violência
simbólica, a violência cultural provocada pela violência material imposta pela classe
dominante à classe dominada, perceptível no sistema escolar.
Outra teoria crítico-reprodutivita é a teoria da escola enquanto Aparelho
Ideológico de Estado. Apesar de não ocorrer de forma institucionalizada, esses
aparelhos ideológicos (a igreja, a família, as escolas, etc.) espalham a ideologia
dominante de forma massiva e ideológica. Para isso, ela prepara durante vários anos os
indivíduos oriundos de todas as classes sociais e as transmite a ideologia da classe
dominante, reproduzindo assim as relações de exploração do sistema capitalista.
Althusser distingue os Aparelhos Ideológicos do Estado dos Aparelhos Repressivos
de Estado (a Polícia, os Tribunais, etc.)
A teoria dualista preconiza que a escola é dividida em duas camadas ou classes:
o proletariado e a burguesia. Ela acredita que essa divisão está presente em todo o
conjunto escolar, desde a primária até a secundária. Essa teoria entende que a escola
cumpre o papel de formar a força de trabalho, contribuindo para a reprodução das
relações produtivas.
Ao analisar esses dois grupos, Saviani chega a conclusão de que elas não trazem
uma perspectiva de transformação. Então ele propõe uma teoria crítica de
educação: Pedagogia Histórico-Crítica.
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Pedagogia Histórico-Crítica
Para ele, o papel de uma teoria crítica é superar o poder ilusório das teorias não-
críticas e a impotência, presente nas teorias crítico-reprodutivistas.
A pedagogia histórico-crítica compreende a escola como espaço de lutas e de
contradições, mas, também, como espaço de superação de conflitos. Pode pensá-la
como uma teoria transformadora da educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agora que exploramos o tema "Educação e Sociedade", é hora de consolidar o
conhecimento adquirido resolvendo algumas questões de provas anteriores. As questões
proporcionam uma oportunidade valiosa para aplicar os conceitos aprendidos e testar a
compreensão acerca do tema.
Boa sorte em sua jornada de preparação para seu concurso e lembre-se de que a
educação desempenha um papel crucial na transformação da sociedade. Seja um agente
de mudança e faça a diferença através do seu conhecimento e comprometimento com a
educação.
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QUESTÕES
QUESTÃO 1 Prova: CPCON UEPB - Prefeitura de Caturité - Professor AEE -
Atendimento Educacional Especializado – 2023
Atente ao fragmento abaixo.
Segundo Libâneo (2013. p.15), “por meio da ação educativa o meio social exerce
influência sobre os indivíduos e estes, ao assimilarem e recriarem essas influências,
tornam-se capazes de estabelecer uma relação ativa e transformadora em relação ao
meio social.” Tomando como referência o pensamento de Libâneo sobre educação e
sociedade, podemos afirmar que:
I- Em sentido amplo, a educação compreende os processos formativos que ocorrem no
meio social, nos quais os indivíduos estão envolvidos de modo necessário e inevitável
pelo simples fato de existirem socialmente.
II- Em sentido estrito, a educação ocorre em instituições específicas, escolares ou não,
com finalidades explícitas de instrução de ensino mediante uma ação consciente,
deliberada e planificada, embora sem separar-se daqueles processos formativos gerais.
III- A prática educativa existe em uma grande variedade de instituições e atividades
sociais decorrentes da organização econômica, política e legal de uma sociedade, da
religião, dos costumes, das formas de convivência humana.
Está CORRETO que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I, II e III.
c) I apenas.
d) III apenas.
e) II e III apenas.
QUESTÃO 2 Prova: Instituto AOCP - Prefeitura de Novo Hamburgo - Educador
Social – 2020
A educação sempre significou um fenômeno social que se relaciona ao contexto
econômico, político, científico e cultural de uma sociedade. A respeito da educação e
sociedade, é correto afirmar que
a) educação e sociedade se correlacionam porque a segunda exerce forte influência nas
transformações ocorridas no âmago da primeira.
b) educação e sociedade se correlacionam porque a primeira exerce forte influência nas
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transformações ocorridas no âmago da segunda.
c) educação e sociedade não conseguem se correlacionar porque a primeira não permite
que a segunda exerça influência.
d) educação e sociedade não se correlacionam porque fatores políticos e econômicos
exercem influências que impedem essa correlação.
e) educação e sociedade se convergem porque a primeira não é necessariamente um
processo social e tem autonomia no âmago da segunda.
QUESTÃO 3 Prova: UNESPAR - Prefeitura de Arapongas - Professor de Educação
Infantil – 2020
A educação é um fenômeno social. Consequentemente, ela é parte integrante das
relações sociais, econômicas, políticas e culturais de uma determinada sociedade. Dessa
forma, configura-se como um processo de mudança da sociedade, atrelada às relações
sociais existentes na sociedade. Nesse sentido, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A prática educativa, e especialmente os objetivos e conteúdos do ensino e o trabalho
docente, estão determinados por fins e exigências sociais, políticas e ideológicas.
b) As finalidades e os meios da educação insubordinam-se à estrutura e dinâmica das
relações entre as classes sociais, ou seja, são socialmente determinados.
c) A prática educativa que ocorre em várias instâncias da sociedade é determinada por
valores, normas e particularidades da estrutura social a que está subordinada.
d) A estrutura sociale as formas sociais pelas quais a sociedade se organiza são uma
decorrência do fato de que, desde o início da sua existência, os homens vivem em
grupos; sua vida está na dependência da vida de outros membros do grupo social, ou
seja, a história humana, a história da sua vida e a história da sociedade se constituem e
se desenvolvem na dinâmica das relações sociais.
e) A organização da sociedade, a existência das classes sociais, o papel da educação
estão implicados nas formas que as relações sociais vão assumindo pela ação prática
concreta dos homens.
QUESTÃO 4 Prova: IESES - SAP - Pedagogo – 2022
Leia o texto a seguir retirado da obra “Educação: do senso comum à consciência
filosófica”, de Saviani:
“O estudo das raízes históricas da educação contemporânea nos mostra a estreita
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relação entre a mesma e a consciência que o homem tem de si mesmo, consciência esta
que se modifica de época para época, de lugar para lugar, de acordo com um modelo
ideal de homem e de sociedade.”
Com base no texto anterior e na relação entre educação e sociedade em sua dimensão
sociocultural, assinale a afirmação correta:
a) A educação é um processo social que, na maioria das vezes, não está em
consonância com as ideias dominantes de uma sociedade.
b) As concepções pedagógicas devem se manter distantes do movimento de utilização
das novas tecnologias de informação e comunicação para que possam questionar com
distanciamento o seu uso, bem como, proporcionar vivências importantes na instituição de
ensino como, por exemplo, o uso da biblioteca.
c) A educação brasileira não desenvolveu concepções pedagógicas que incluíssem uma
visão capitalista pois ao longo da história não deu suporte ideológico a esse sistema.
d) A educação não deve incluir o senso comum, somente o conhecimento produzido e
comprovado pela ciência.
e) O fenômeno educativo é prática social, situado historicamente e envolto em aspectos
culturais, políticos e econômicos.
QUESTÃO 5 Prova: AOCP - FUNPAPA - Educador Social Monitor - 2018
Considerando a educação e sua função na sociedade, é correto afirmar que a educação
a) se desenvolve apenas na escola.
b) enquanto prática social, se dá nas relações sociais que os homens estabelecem entre
si, nas diversas instituições e movimentos sociais.
c) tem como função a reprodução dos ideais da sociedade em que está inserida.
d) molda o indivíduo, visto que ele é uma página em branco a ser preenchida.
e) tem como função apenas a transmissão de conhecimento.
QUESTÃO 6 Prova: COPESE - UFT - 2018 - UFT – Pedagogo
Tratando-se da relação educação, sociedade e prática escolar, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) É a relação entre a organização da sociedade, o mundo do trabalho e a educação.
b) As condições necessárias para a prática escolar não se reduzem ao estritamente
pedagógico, uma vez que a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade
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concreta que, por sua vez, apresenta-se como constituída por classes sociais com
interesses antagônicos.
c) A prática escolar concebida em uma sociedade de classes sociais com interesses
antagônicos tem condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de
homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da
escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas etc.
d) Na prática escolar, o modo como os profissionais da educação realizam seu trabalho,
selecionam e organizam o conteúdo das matérias, ou escolhem técnicas de ensino e de
avaliação não guardam nenhuma relação com seus pressupostos político, sociais e
culturais.
QUESTÃO 7 Prova: IBADE - Prefeitura de Costa Marques - Professor de História –
2022
O Iluminismo foi um movimento intelectual que chegou ao auge no século XVIII. Ele
estabeleceu uma nova mentalidade que, com o passar do tempo, alcançou grande parte
da população europeia da época, especialmente a burguesia. O Iluminismo, como
movimento intelectual, reuniu pensadores que abordaram a política, a organização social
e a natureza de formas distintas. Assinale a alternativa que apresenta a relação correta
entre o pensador iluminista e o seu respectivo pensamento.
a) Voltaire - defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas, a fim de cada
trabalhador fosse se aperfeiçoando e melhorando seu empenho ao longo da produção
b) Rousseau - defendia a liberdade intelectual e a tolerância. A soberania não reside no
Estado, mas sim na população
c) John Locke - acreditava que o ser humano deveria ser livre para expressar sua vida
criativa, sem interferências de cunho moral e religioso
d) Adam Smith - afirmava que a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua
segurança seriam preservados através do contrato social
e) Diderot - acredita na razão como guia, da qual a filosofia deveria se alicerçar para
desvendar a verdade e constituir um sólido conhecimento
QUESTÃO 8 Prova: CESGRANRIO - CEFET RJ - Pedagogo – 2014
O pensamento filosófico-educacional fundamenta-se em teorias sobre a sociedade e o
papel da escola. Um de seus grandes representantes foi Jean-Jacques Rousseau, que
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influenciou as ideias pedagógicas iluministas e inaugurou uma nova forma de pensar a
educação, segundo a qual a(o)
a) transformação educativa deve ocorrer paralelamente à revolução social.
b) mente nasce desprovida de conteúdos, nada se aprende, não há ideias inatas.
c) aversão pelo tédio deve ser evitada, devendo-se despertar a capacidade de admirar e
perguntar como início de autêntico ensino.
d) homem nasce bom e a sociedade o perverte, cabendo à educação formá-lo como ser
humano e como cidadão.
e) impulso para a busca pessoal e a verdade deve ser despertado e estimulado, sendo o
autoconhecimento o início do caminho para o verdadeiro saber.
QUESTÃO 9 Prova: IFTO - IFTO - Professor do Ensino Básico, Técnico e
Tecnológico - Área: Sociologia – 2023
Existem diversas correntes sociológicas que versam sobre o tema educação, cada uma
com um enfoque, com um olhar. Uma dessas correntes considera ser possível, na
sociedade capitalista, o rompimento ou superação da lógica de alienação desse sistema
conduzindo o trabalhador a um processo emancipatório através da educação, caso esta
contemplasse uma educação completa (mental, física e uma educação tecnológica). Qual
pensador acreditava/defendia essa concepção?
a) Émile Durkheim
b) Karl Marx
c) Pierre Bourdieu
d) Max Weber
e) Antonio Gramsci
QUESTÃO 10 Prova: IFSUL - IFSUL - Professor - Área: Sociologia – 2021
A discussão sobre o indivíduo e a sociedade estabelece as bases metodológicas e
teóricas de autores clássicos da sociologia para compreender as relações e as
transformações sociais. Dentre elas, destacam-se duas compreensões: a visão de que a
sociedade prevalece sobre o indivíduo, conformada por uma consciência coletiva que
assegura a integração dos membros da sociedade; e a compreensão de que a sociedade
existe concretamente, mas não é externa aos indivíduos e, sim, formada pelo conjunto
das ações dos indivíduos relacionando-se reciprocamente.
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As duas compreensões correspondem, respectivamente, aos pensamentos de
a) Émile Durkheim e Karl Marx.
b) Karl Marx e Max Weber.
c) Max Weber e Émile Durkheim.
d) Émile Durkheim e Max Weber.
QUESTÃO 11 FUNCAB - Prefeitura