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CURSO DE GRADUAÇÃO EM 
BIOMEDICINA 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
– SEGUNDA HABILITAÇÃO 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – SEGUNDA HABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profº. MSc. Francisco Sandro Aureliano 
Professor de Estágio 
 
 
 
 
 
João Pessoa/2024 
 
 
 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JEAN CARLOS DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR: FRANCISCO SANDRO AURELIANO 
LOCAL DO ESTÁGIO: Hospital de Emergência e Trauma Senador 
Humberto Lucena 
SEGUNDA HABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2024 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. DESCRIÇÃO DO ESTÁGIO ............................................................................................... 4 
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ..................................................................................... 6 
3. ANÁLISE CRÍTICA ........................................................................................................... 13 
4. ANEXOS .............................................................................................................................. 14 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 17 
 
4 
 
 
1. DESCRIÇÃO DO ESTÁGIO 
 
O Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) é uma disciplina do 5º período do curso 
bacharelado em Biomedicina da Faculdade Internacional da Paraiba (FPB ), com carga horária 
de 500 horas, que visa à aplicação prática da teoria adquirida em sala de aula. O ESO é a 
passagem do estudante para o Biomédico, tem por objetivo complementar a formação do 
estudante, sendo essencial para a vivência de situações cotidianas, para o desenvolvimento de 
habilidades práticas e para a criação do networking. A supervisão do profissional da área 
escolhida e a orientação do professor oferecem suporte técnico para o discente e influenciam 
diretamente no amadurecimento, construção da confiança e do perfil profissional para o 
exercício ocupacional após a graduação. O ESO foi realizado no no Laboratório de 
Microbiologia do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, sob orientação 
das profissionais biomédica e farmaceuticas Ana Glória Gonzaga ,Francisca Moreira Estrela, , 
Veronica Maria Florenço de Morais e Maria de Fátima Sousa Santos. 
O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena localizado na rua 
Orestes Lisbora, S/Nº, Bairro Pedro Godim, João Pessoa, Paraíba, é referência em 
traumatologia, ortopedia e queimadura, estando a serviço da comunidade de João Pessoa e região 
metropolitana há 20 anos. Considerado um centro de referência importante para o estado da 
Paraíba, possui cerca de 200 funcionários e 300 leitos divididos entre: UTI, UTQ, enfermarias, 
complexo pediátrico, área de emergência, consultórios, bloco cirúrgico. 
A unidade de análises clínicas atua significativamente na prestação de serviços de saúde, 
pois ajuda o diagnóstico clínico e fornece observação de várias doenças. A modalidade de 
laboratório consiste em muitas áreas, como hematologia, Estudos de imunologia e bioquímica, 
Microbiologia, Sistema imunológico, Líquidos corporais, genéticas, toxicológicas e citológicas 
(BRASIL, 2007). 
Segundo Rubia (2014), as analises laboratórias microbiológicas fazem parte do anexo do 
hospital, dentro delas destacam-se as etapas de triagem de materias para semeio, semeio de 
materias , leitura de placas para identificação bacteriana, testes bioquímicos e testes de 
Sensibilidade Bacteriana (TSA). 
A hemocultura é solicitado pelo profissional de saúde quando se verifica uma 
possibilidade de infecção no sangue, para isso a realização do teste/ triagem é necessária com o 
objetivo de identificar a presença de microorganismos circulantes. Ao identifcar os 
microorganismos, será possível determinar a fonte da infecção e a decisão correta sobre a 
possível intervenção a ser realizada com a terapia antimicrobiana mais coerente (RUBIA, 2014). 
5 
 
 
Na hemocultura, recomenda-se que se colhe pelo menos 2 (duas) amostras de 10 ou 20 
ml de sangue do doente, em punções diferentes antes do início da antibioticoterapia, utilizando 
técnicas antisépticas: (desinfectar o local da punção com algodão embebido em solução alcoólica 
de iodo povidona ou álcool iodado). O sangue colhido é inoculado em 2 (dois) frascos; 
(anaeróbio e aeróbio) para maior clareza dos resultados. As amostras e as requisições dos 
doentes, quando chegam ao laboratório, são devidamente identificadas e posteriormente são 
incubadas em equipamentos automatizados: (Bact/ALERT VIRTUO, Bact/ALERT 3D e 
BACTEC 9000) (RUBIA et al, 2014). 
Outro procedimento utilizado, é a leitura de semeio em hemocultura que também é 
realizado para detecção de infecções da corrente sanguínea. Devendo ser utilizado amostra de 
hemocultura positiva, meios de cultura (Ágar Sangue e Ágar MacConkey), EPI (equipamento 
de proteção individual), câmara de fluxo, Aparelho Bactec Fx, alça descartável estéril (1ul - 
amarela para semeio), seringa, algodão, álcool a 70%. (OPLUSTIL et al, 2010) 
Já o teste de sensibilidade bacteriana TSA, que consiste em identificar os 
microorganismos e ajudar a determinar a fonte de infecção e a escolha da terapia antimicrobiana 
mais adequada. Assim como os procedimentos anteriores, essas combinação dos três 
procedimentos oferece um resultado mais robusto na conclusão do diagnóstico e a tomada de 
decisão para a intervenção clínica, favorecendo com isso o prognóstico do paciente. 
O teste de sensibilidade bacteriana TSA pode ser realizado de diversas formas, utilizando 
uma maior variedade de métodos laboratorias, nos quais dividimos em métodos qualitativos e 
quantitativos. É relevante ressaltar que os testes qualitativos são mais fáceis de serem 
performados, e historicamente, são realizados por métodos com discos de difusão. (GOMES et 
al, 2021) 
Os exames laboratoriais se tornaram cruciais para o diagnóstico e tratamento de uma 
variedade de condições médicas. Assim, é fundamental que os laboratórios de patologia clínica 
garantam a qualidade dos resultados obtidos durante as várias fases do processo laboratorial. A 
automação está se tornando cada vez mais comum nos laboratórios, o que permite um fluxo de 
amostra maior e tempo de resposta e erros menor. Como resultado, é possível obter resultados 
rápidos e confiáveis para um número maior de utentes em simultâneo (RUBIA et al, 2014).. 
Durante o período de estagio foram acompanhadas atividades envolvendo técnicas 
de preparo de meios de cultura, noções de cuidados na fase pré e pós analíticas dos exames de 
uroculturas, técnicas de coloração, bem como preparação, leitura e interpretação de 
lâmina de bacteriocopia etc. 
 
6 
 
 
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência , realizado entre fevereiro de 
2023 à junho de 2024, no Laboratório de microbiologia do Hospital de de Emergência e Trauma 
Senador Humberto Lucena, onde o espaço eram equipados com capela de fluxo laminar,estufa, 
microscópio para leitura de Gram e geladeiras onde são armazenadas amostras. 
Na realização do período de estágio foi executada várias atividades, onde pude ter o 
acolhimento e assistência/suporte de diferentes profissionais, sendo eles: orientação das 
profissionais biomédica e farmaceuticas Ana Glória Gonzaga , Francisca Moreira Estrela, , 
Veronica Maria Florenço de Morais. 
No início da rotina laboratorial havia o processo de paramentação a partir do uso de 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) obrigatórios, utilizando-se principalmente jaleco, 
luvas, touca e máscara. Além disso, para poder realizar qualquer tipo de atividade no âmbito 
laboratorial era necessário que aqueles que adentrassem esse ambiente estivessem utilizando 
calça comprida e sapato fechado, paragarantir maior proteção frente a possível contaminação 
com material biológico. Este procedimento foi adotado para todos os setores. 
 As analises laboratórias microbiológicas eram realizadas segundo as etapas de controle 
de qualidade e segurança que compreendiam em triagem de materias para semeio, semeio de 
materias , leitura de placas para identificação bacteriana, testes bioquímicos e testes de 
Sensibilidade Bacteriana (TSA). 
 
2.1 Triagem 
 
No setor de microbiologia a rotina iniciava-se a partir da identificação das mais diversas 
amostras biológicas, destacando principalmente: urina e sangue. Após o registro dos dados do 
paciente (nome completo, ala e tipo de amostra), o material biológico era semeado em meios de 
cultura específicos. 
 
2.2 Meios De Cultura E Suas Características 
 
Durante o estágio utilizamos meios de culturas que são preparações nas quais, ao longo 
de suas formulações, contêm nutrientes necessários para proporcionar o crescimento de micro-
organismos; os mesmos podem ser sólidos, líquidos ou semissólidos; em sua composição, há a 
necessidade em haver nutrientes considerados essenciais, e em concentrações relevantes, para 
que não ocorra uma situação inibitória de crescimento. 
7 
 
 
Os meios de cultura são classificados em alguns tipos, que seguem abaixo: Seletivo; Diferencial; 
Enriquecimento; Transporte. Dentre esses os meios utilizados no laboratorio para realização dos 
testes foram Ágar MacConkey, Ágar Sangue, Ágar Manitol (BARBOSA, 2019). 
 
 
 
2.2.1 Meios seletivos 
 
Os meios classificados como seletivos, são aqueles que suprimem o desenvolvimento (ato de 
crescimento) de determinados micro-organismos em benefício de outros. De uma maneira bem 
básica e popular, eles inibem o vmicro-organismo na qual o usuário não deseja, e deixa prevalecer 
somente o que ele deseja focar(BARBOSA, 2019). 
 
2.2.1.2 Ágar MacConkey 
 
Esse ágar é considerado seletivo, pois pelo fato de conter em sua composição sais biliares e cristal 
de violeta, inibem as bactérias GRAM+, separando as GRAM. Em situações em que a bactéria 
fermenta lactose, o pH do meio torna-se ácido, obtendo coloração vermelha. Quando não há 
fermentação da lactose, significa que o meio possui caráter básico, obtendo cor amarela. Exemplo: 
E. coli ( fermentou ) S. aureus ( não fermentou) (BARBOSA, 2019). 
 
 
2.2.1.2 Ágar Manitol 
 
É um meio de cultura seletivo: Contém peptonas e extrato de carne bovinos, que fornecem 
nutrientes essenciais; e, 7,5% de cloreto de sódio, que resulta na inibição parcial ou completa de 
outras bactérias que não os estafilococos. É um meio de cultura diferencial: Sua formulação contém 
o açúcar manitol (BARBOSA, 2019). 
 
2.2.2 Meio Diferencial 
 
Os meios classificados como diferencial, entre diversos grupos de micro- organismos baseando-se 
na capacidade de metabolização de componentes específicos do meio de cultura ou morfologia 
das colônias, permitem a distinção (BARBOSA, 2019). 
8 
 
 
 
2.2.2.1 Ágar Sangue 
 
Segundo Barbosa (2019), o mesmo é considerado diferencial pois permite verificar se a bactéria 
ocasiona hemólise ou não. A hemólise é notada quando há presença de um halo ao redor da colônia. 
Há uma interpretação com respeito a hemólise também, ou seja: 
• β hemólise: hemólise total; 
• α hemólise: hemólise parcial; 
• γ hemólise: sem hemólise. 
Obs: Não é considerado um meio seletivo pois permite o crescimento tanto de bactérias GRAM+ 
como de GRAM-.. 
 
2.3 Técnica de coloração de gram 
 
A coloração de Gram é um passo muito importante na caracterização e classificação inicial das 
bactérias. Afinal, esse método de coloração permite que as bactérias sejam visualizadas no 
microscópio óptico, uma vez que sem a coloração é impossível observá-las ou identificar sua 
estrutura(BARBOSA, 2019). 
O método de coloração de Gram recebeu esse nome em homenagem ao patologista dinamarquês 
Hans Christian Joachim Gram que realizou a descoberta em 1884 e, aliás, até hoje continua sendo 
a mais utilizada nos laboratórios de análises clínicas e microbiologia. Através da coloração é 
possível identificar e diferenciar os dois principais grupos de bactérias, sejam Gram-positivas ou 
Gram-negativas (BARBOSA, 2019). 
A princípio, há diferentes graus de permeabilidade na parede dos microrganismos Gram-positivos 
e Gram-negativos. As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido à presença de uma 
espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam 
uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes 
celulares, apresentando-se na cor roxa. Já as bactérias Gram-negativas possuem uma parede de 
peptidoglicano mais fina que não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e 
recebem a cor vermelha no processo de coloração final (BARBOSA, 2019). 
 
2.4 Materiais e procedimentos de analise de urocultura e hemocultura 
 
9 
 
 
Na urocultura, a urina era semeada com alça descartável de 0,01 µl a partir da introdução 
de uma linha reta no centro da placa, seguida do espalhamento da amostra com um séries de 
passagens usando um ângulo de 90° em meio CLED (para o crescimento de todos os 
microrganismos) e meio MacConkey (seletivo para bactérias Gram-negativas). Após semeadura, 
as amostras eram incubadas a 37ºC durante 24hs e 48 hs. Ao término do tempo preconizado havia 
a contagem de colônias, em em que valores superiores a 105 Unidades Formadores de Colônias 
(UFC) eram indicativos de infecção, enquanto que valores inferiores a 105 UFC indicavam a 
presença de contaminação. 
Para a hemocultura as amostras eram coletadas no setor solicitante e levadas ao laboratório 
em frascos de hemoculturas adequados (BD Bactec / Plus Aerobic) sendo identificadas e 
registradas no caderno de hemocultura e a identificação no frasco sendo realizada através da 
etiqueta do exame que e colocada no frasco mais o número correspondente do caderno de 
hemocultura (identificado para este fim); Após a identificação, os frascos,eram inseridos no 
aparelho de hemocultura automatizado. Neste momento eram lidos o código de barras do frasco, 
assim como o da identificação do paciente. Durante o período de incubação, quando amostra era 
positiva, o aparelho automatizado emitia um alarme sonoro e um alerta visual caracterizado pela 
luz vermelha. Assim que identificada a luz, a amostra era retirada do aparelho e o código de barras 
do frasco e do paciente era lido em seguida iniciava- se o semeio para descobrir a especie da 
bacteria, esse procedimento consitia nas etapas de: 
• Ligar a câmara de fluxo laminar, colocar a amostra e iniciar o semeio, 
• Identificar as placas (Ágar Sangue e Ágar MacConkey) com o registro do paciente do 
caderno, iniciais do nome do paciente, com o nome hemocultura seguido pelo número do 
frasco (1 e 2) e a data de semeio ; 
• Com o auxílio de um algodão umedecido com álcool a 70%, realizar a assepsia da parte 
superior do frasco (tampa); 
• Homogenizar a amostra; 
• Introduzir uma seringa no frasco a fim de coletar um pouco da amostra de sangue positiva; 
• A amostra deverá ser semeada nas placas que contém os meios de culturas (Ágar Sangue e 
Ágar MacConkey respectivamente); Para isso, coloca-se uma gota de sangue no ágar 
sangue e uma gota de sangue no ágar MacConkey e com auxílio da alça descartável estéril 
realizar semeio da placa por esgotamento, de preferência semeio realizado em três direções 
diferentes; 
• Realizar leitura da placa semeada a cada 24horas por um período de dois dias. 
• O resultado da indentificação do microrganismo eram registrado no livro. 
10 
 
 
 
2.5 Testes Bioquímicos 
 
Na microbiologia, testes bioquímicos são aplicados auxiliar a identificação das bactérias 
que acometem a população. A classificação é feita por meio das várias vias metabólicas de 
obtenção de energiae das enzimas particulares que cada bactéria usa para quebrar os substratos 
(GOLDMAN et al., 2008). 
Durante o meu estagio tive a oportunidade de acompanhar e realizar dos alguns tipos de 
provas bioquímicas a exemplo de testes bioquímicos de Coagulase, Ágar açucar Triplo Ferro ( 
TSI), Ureia,Citrato de Simmons, Lisina descarbolilase e Mio. 
 
2.5.1 Teste de Coagulase : Importancia e metodologia da analise 
 
O teste da coagulase é utilizado para distinguir Staphylococcus aureus dos Staphylococcus 
não aureus. Esse teste tem a finalidade de verificar a capacidade de microrganismos reagirem com 
o plasma e formarem um coágulo, uma vez que a coagulase é uma proteína com atividade similar 
à protombrina, capaz de converter o fibrinogênio em fibrina, que resulta na formação de um 
coágulo visível. 
O procedimento do teste consiste em adicionar plasma humano ao meio em lamina 
contendo a bactéria em questão e observar se ocorre a formação de coágulos. Se houver 
coagulação, significa que a bactéria é coagulase positiva, enquanto a ausência de coágulos indica 
que é coagulase negativa. 
 
2.5.2 Teste de TSI 
 
O Ágar Triplo Açúcar de Ferro (TSI Agar) é usado para a confirmação e identificação de 
Enterobacteriaceae. Este meio permite a diferenciação dos fermentadores da dextrose, lactose, e/ou 
sacarose e a detecção da produção de sulfeto de hidrogênio. A fórmula padrão atende à composição 
de ágar TSI definida nas normas NF ISO 6579-1 e NF ISO 19250 para a detecção de Salmonella 
spp. 
 
2.5.3 Ágar tríplice açúcar ferro (TSI) 
 
A fermentação dos açúcares glicose, lactose e/ou sacarose, assim como a produção de ácido 
sulfídrico (H2S) e a formação de gás eram avaliadas através da utilização do meio TSI. 
11 
 
 
Com a alça, próximo ao bico Bunsen e utilizando todas as manobras assépticas, retirou-se 
uma porção da massa bacteriana e semeou-se no TSI, perfurando a sua base e estriando a parte 
inclinada, sendo estas incubadas em estufa bacteriológica a 35 °C. 
A presença de uma coloração amarelada no TSI é decorrente de uma acidificação do pH, 
evidenciada pela mudança da cor do indicador de pH (vermelho de fenol), devido a produção de 
ácidos pela fermentação dos açúcares analisados. procedendo-se a leitura tanto da base do tubo 
quanto no seu ápice. A coloração amarela na base demostra que a amostra fermentou glicose, 
enquanto a presença desta coloração no ápice, denota a fermentação da sacarose e/ou lactose. Se a 
base do TSI apresentar pequenas rachaduras ou bolhas de ar, atesta-se uma produção de gás por 
parte da bactéria. Por fim, se a amostra produzir ácido sulfídrico (H2S), a base desse meio se 
encontraria enegrecida, em decorrência da reação deste ácido com o tiossulfato de sódio contido 
no meio (GARY et al., 2018). 
 
5.5.4 Ureia 
 
Para a prova da ureia era utilizado um meio líquido contendo ureia, no qual era semeado 
com o auxílio de uma alça bacteriológica. Na presença da enzima uréase, sintetizada pelos 
microrganismos, a ureia presente no meio é degradada em amônia, perceptível pela coloração rosa 
pink no meio após 24 horas de semeio. 
 
 5.5.5 Ágar Citrato de Simmons (CIT) 
 
Para a detecção da utilização do citrato de sódio como uma única fonte de carbono foi 
utilizado o ágar Citrato de Simmons. Os isolados microbianos erão semeadas por meio de estrias 
sobre a superfície do ágar, e o mesmo incubado por um período de 24hs. Decorrido este intervalo, 
foi realizada a leitura dos tubos para verificar a alteração da cor do indicador azul de bromotimol, 
de verde (neutro) para o azul (alcalino). 
Sendo que, se a amostra conseguir utilizar o citrato de sódio, como sua única fonte de 
carbono, devido a presença da enzima citrase, que converte o citrato em moléculas de piruvato e 
dióxido de carbono (CO2). Estes produtos ao se combinarem com sais inorgânicos de amônia, 
presentes no meio de cultivo formariam bicarbonato de sódio (NaHCO3) e amoníaco (NH3), que 
eleva o pH do meio de cultura e produziriam uma reação alcalina, evidenciada por uma alteração 
da cor do indicador azul de bromotimol, de verde (neutro) para o azul (alcalino) (GARY et al., 
2018). 
 
 
5.5.6 Lisina descarboxilase 
12 
 
 
 
Para a realização dessa prova era utilizado o meio ágar lisina de ferro, onde o mesmo era 
semeado por pique central, semelhante ao descrito no meio SIM. Com a finalidade de avaliar a 
descarboxilação da lisina através da degradação da lisina em cadaverina, consequentemente, 
alcalinizando o meio. Se o microrganismo fosse negativo o meio iria apresentar uma coloração 
amarelada, indicando a fermentação da glicose (GARY et al., 2018). 
 
5.5.7 MIO 
 
A descarboxilação ornitina no meio MIO, a avaliação da ação das enzima arginina-
descarboxilase se dá pela produção de aminas alcalinas. O teste é realizado em tubo contendo 
arginina, caso a bactéria contenha a enzima carboxilase haverá a produção de citrulina, levando a 
alcalinização do meio e em decorrência a isso a manutenção da cor azul-arroxeado do meio 
(TELES et al., 2001) 
De acordo com Vasconcelos et al. (2019), o meio MIO permite a execução simultânea de 
três provas bioquímicas de identificação de enterobactérias: descarboxilação da ornitina, 
motilidade e indol. 
• Motilidade: A bactéria é móvel através do seu flagelo. Flagelos ocorrem nos bacilos 
Gram-negativos, poucas formas de cocos são móveis. A bactéria pode conter um ou 
muitos flagelos e sua localização varia com a espécie da bactéria e as condições de 
cultura. 
• Indol: Determinam a habilidade do micro-organismo de metabolizar o triptofano 
em indol. Triptofano é um aminoácido que pode ser oxidado por certas bactérias 
resultando na produção de indol, após a adição do reagente de Kovacs. 
• Orinitina: As descarboxilases são um grupo de enzimas com substrato específico, 
capazes de reagir com o grupo carboxila dos aminoácidos para formarem aminas 
alcalinas. Essa reação, conhecida como descarboxilação, origina dióxido de 
carbono como produto secundário. A citrulina é convertida em ornitina, que sofre 
descarboxilação para formar putrescina, verificando a capacidade do micro-
organismo utilizar a enzima, auxiliando na identificação (VASCONCELOS et al., 
2019). 
 
6 Teste de sensibilidade bacteriana TSA: 
 
13 
 
 
Segundo Marinho et al. (2021), o antibiograma é uma ferramenta para avaliar o perfil 
fenotípico de suscetibilidade dos microrganismos aos antimicrobianos. Essa avaliação resulta na 
classificação em sensíveis, intermediários e resistentes. No LDIC, a suscetibilidade aos 
antimicrobianos era obtida através do teste de disco-difusão, utilizando-se do meio Ágar Müeller-
Hinton enriquecido com 5% de sangue desfibrinado de carneiro para os gêneros Streptococcus spp. 
e Corynebacterium spp e o meio Ágar Müeller-Hinton (sem enriquecimento) para os demais 
gêneros bacterianos. 
As amostras com os microrganismos já identificados e oriundos de uma cultura pura eram 
suspensos em uma solução salina com o objetivo de se obter uma turvação semelhante ao da escala 
0,5 de McFarland, o que equivale a uma concentração celular de aproximadamente 1,5 x 108 
unidades formadoras de colônias (UFC)/mL. Após esse processo, eram semeadas por esgotamento 
na superfície das placas e, decorridos 5 minutos, essas eram acrescidos de 6 a 7 discos impregnados 
com antimicrobianos. As mesmas eram incubadas em estufa bacteriológica e após decorrido 24 
horas os halos de inibições eram mensurados e comparados (MARINHO et al., 2021) 
 
3. ANÁLISE CRÍTICA 
 
A atividade teve uma boa aceitação por toda equipe, no qual o objetivo foi agregar 
conhecimento e auxiliar na rotina de trabalho, desenvolvendo com ética e respeito os trabalhos 
propostos. 
Concluiu-se que ao longo desses oito meses de estágio em microbiologia, pude 
acompanhar de perto o funcionamento do laboratório nessa área específica. Foi possível 
compreender de maneira clara as característicase a relevância clínica de cada microrganismo 
identificado, assim como suas diferentes formas e as doenças associadas a eles. 
Devo destacar a importância da orientação e das técnicas ensinadas, as quais só foram 
absorvidas graças ao conhecimento e dedicação da minha supervisora, que demonstrou a 
amplitude da microbiologia e como uma simples amostra pode fornecer informações 
essenciais sobre o paciente. 
Além disso, enfatizo a atenção dada à correta utilização dos equipamentos de proteção 
individual e dos protocolos de segurança, essenciais para uma prática laboratorial eficiente em 
microbiologia. Isso contribuiu significativamente para a assimilação e a clareza no 
aprendizado dos conceitos teóricos aplicados em sala de aula.
14 
 
 
4. ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio auto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio autor 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio autor 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Próprio autor 
17 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARDISSON, Lidiana; MIRANDA, Maicon; TEIXEIRA, Camilla. Panorama epidemiológico das 
infecções relacionadas à assistência à saúde. Cadernos Camilliani e-ISSN: 2594-9640, v. 16, n. 
4, p. 1624-1639, 2021. 
 
BARBOSA, Renan Willian Amaral. Relatório do Estágio Supervisionado Obrigatório (ESO) 
realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Universidade Estadual de 
Londrina (UEL) na área de clínica médica de animais de companhia. 2019. Trabalho de 
Conclusão de Curso. Brasil. 
 
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Rol de Procedimentos Profissionais. Pharmacia 
Brasileira 2007; Maio/Jun/Jul/Ago, p.24-41. 
 
GUAREZE, G. M.; BORDIGNON, J. C. Estudo comparativo entre hemocultura automatizada e 
manual em um laboratório do sudoeste do Paraná, Brasil. RBAC; Rio de Janeiro/RJ, v.48(3), 223-
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