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GPDES - ACC 243 - Tema 7 - Execução Orçamentária e Controle

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Programa de Graduação em Gestão Pública para o 
Desenvolvimento 
Econômico e Social – GPDESEconômico e Social – GPDES
Disciplina: ACC 243 - Gestão Orçamentária
ProfªProfª. Cláudia Cruz, . Cláudia Cruz, MsCMsC..
e-mail: claudiacruz@facc.ufrj.br
Blog: www.ideiascontabeis.blogspot.com
1
Sumário
III - PROCESSO ORÇAMENTÁRIO: 
� Sistema e processo orçamentário; 
� Elaboração da proposta orçamentária; 
� Instrumentos de planejamento orçamentário no Brasil:
� Plano Plurianual (PPA)
� Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
� Lei Orçamentária Anual (LOA)
2
� Lei Orçamentária Anual (LOA)
� Mecanismos retificadores do orçamento: créditos 
adicionais
� Execução orçamentária e financeira
� Controle e avaliação da execução orçamentária
� Relatórios de controle orçamentário e Lei de 
Responsabilidade Fiscal
� Exercício financeiro
� Execução da Despesa
� Execução da receita
� Regime da Contabilidade
Execução orçamentária e financeira
� Regime da Contabilidade
3
� Exercício financeiro
�Coincide com o ano civil;
�Os orçamentos anuais devem ser executados de 10º de
janeiro a 31 de dezembro de cada ano.
Execução orçamentária e financeira
janeiro a 31 de dezembro de cada ano.
�Mas nem sempre foi assim...
4
� Execução da Despesa
�1º passo: Detalhamento do orçamento ou orçamento analítico:
depende da legislação local; o tema foi tratado na CF 1937
�2º passo: Registro dos créditos e dotações:
A LOA é organizada na forma de CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS que
estão consignados em DOTAÇÕES.
Execução orçamentária e financeira
estão consignados em DOTAÇÕES.
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO: conj. de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e
operações autorizadas na LOA;
DOTAÇÃO: montante de recursos financeiros com que conta o
crédito orçamentário.
Assim, o CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO seria portador de
uma DOTAÇÃO e esta o limite de recurso financeiro
autorizado.
5
� Execução da Despesa
�Programação de desembolso
�LC nº 101/2000, Art. 8º: “Até trinta dias após a publicação dos
orçamentos (...) o Poder Executivo estabelecerá a programação
financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Parág. único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
Execução orçamentária e financeira
Parág. único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto
de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.”
�Na fixação da programação mensal devem ser considerados os
créditos adicionais e as operações extraorçamentárias (em
especial os restos a pagar);
�O cronograma poderá ser alterado durante o exercício tendo
em vista modificações nas prioridades e comportamento da
arrecadação. 6
� Execução da Despesa
�Programação de desembolso
�LC nº 101/2000, Art. 9º: “Se verificado, ao final de um bimestre, que a
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de
resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de
Execução orçamentária e financeira
montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de
empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela
LDO.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial,
a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á
de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam
obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas
ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela LDO.
7
� Execução da Despesa
�Programação de desembolso
�LC nº 101/2000, Art. 9º: “§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e
o MP não promoverem a limitação no prazo estabelecido, é o Poder Executivo
autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela LDO.
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo
demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre,
em audiência pública nas Casas Legislativas.
Execução orçamentária e financeira
em audiência pública nas Casas Legislativas.
§ 5o No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o BACEN
apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do
Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das
políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal
de suas operações...
Art. 10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de
pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e
administração financeira, para fins de observância da ordem cronológica
determinada no art. 100 da CF.
8
� Execução da Despesa
3º passo: Licitação (Lei nº 8.666/1993)
�Dispensa: pequeno valor; urgência; licitação deserta; entidades
públicas; pesquisa científica; serviços públicos; organizações sociais.
�Inexigibilidade: Inviabilidade de competição
�Modalidades de licitação:
�Concorrência;
Execução orçamentária e financeira
�Concorrência;
�Tomada de preços;
�Convite;
�Concurso;
�Leilão;
�Pregão (Lei nº 10.520/2002)
4º Passo: Empenho
5º Passo: Liquidação
6º Passo: Pagamento 9
� Execução da Receita
1º passo: Previsão
Natureza meramente estimativa dos valores da receita;
Os valores previstos pode ser realizados além ou aquém;
A inexistência de uma rubrica específica no orçamento não impede
que uma receita seja arrecada e registrada como orçamentária;
Execução orçamentária e financeira
que uma receita seja arrecada e registrada como orçamentária;
Os estágios da receita são mais adequadamente aplicáveis às receitas
tributárias:
2º passo: Lançamento
3º passo: Arrecadação
4º passo: Recolhimento
� Há autores que defendem que para as receitas não tributárias só são
cumpridos os estágios da Arrecadação e Recolhimento.
10
� Regime da Contabilidade
Regime da despesa:
�“Pertencem ao exercício financeiro as despesas legalmente
empenhadas...” (Lei nº 4.320/1964, art. 35)
�Regime de competência? [Ocorrência do Fato Gerador,
Execução orçamentária e financeira
�
independente de realização financeira]
�Regime de exercício?
�Despesas empenhadas e não pagas até 31/12 → Restos a
Pagar (Dívida flutuante = Passivo Financeiro)
�Restos a pagar processados → Empenhadas e liquidadas
�Restos a pagar não processados → Empenhadas
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� Regime da Contabilidade
Regime da despesa:
�Despesas empenhadas e não pagas até 31/12 → Restos a
Pagar (Dívida flutuante = Passivo Financeiro)
�Cancelamento dos restos a pagar após 31/12 do exercício
seguinte
Execução orçamentária e financeira
�Prescrição: 5 anos (Código Civil)
�Despesas de Exercícios Anteriores (DEA):
�Despesas de exercícios encerrados para as quais o orçamento
designava crédito próprio, mas que não foram processados na
época;
�RP com prescrição interrompida;
�Compromissos reconhecidos após o encerramento do
exercício.
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� Regime da Contabilidade
Regime da Receita:
�“Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele
arrecadadas...” (Lei nº 4.320/1964, art. 35)
�Puro regime de caixa! Antigamente chamado “Regime
de Gestão”
Execução orçamentária e financeira
de Gestão”
�Do ponto de vista de execução orçamentária,a receita é
reconhecida no estágio da ARRECADAÇÃO!
�Pelo regime de competência seria no LANÇAMENTO,
pois este se dá com a ocorrência do fato gerador.
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� Controle Externo
- Finalidades e competências
� Controle Interno
Controle e avaliação da execução orçamentária
� Controle Interno
- Finalidades
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“O orçamento surgiu com a finalidade precípua se ser um 
instrumento de CONTROLE!”
Norma geral:
Lei nº 4.320/1964 Art. 75:
O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de
Controle e avaliação da execução orçamentária
receitaou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de
direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração,
responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em
termos monetários e em termos de realização de obras e prestação
de serviços.
15
Norma geral:
Lei nº 4.320/1964:
Do Controle Interno
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo
75, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia,
concomitante e subsequente.
Controle e avaliação da execução orçamentária
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou
por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de
contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro
indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de
medida, prèviamente estabelecidos para cada atividade.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a
exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade
orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.
16
Norma geral:
Lei nº 4.320/1964:
Do Controle Externo
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por
objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros
públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Controle e avaliação da execução orçamentária
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no
prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com
Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
§ 2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a
Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do
prefeito e sobre elas emitirem parecer.
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Controle Externo
Finalidades e competências:
CF 1988:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e
Controle e avaliação da execução orçamentária
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos
do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura
da sessão legislativa;
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Controle Externo
Finalidades e competências:
CF 1988:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do
Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
Controle e avaliação da execução orçamentária
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas
Municipais.
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Controle Interno
Finalidades e competências:
CF 1988:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
Controle e avaliação da execução orçamentária
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
20
Controle Interno
Finalidades e competências:
CF 1988:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
Controle e avaliação da execução orçamentária
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena
de responsabilidade solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da
União.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem
como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parág. único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros. 21
Prestação Prestação de Contasde Contas
� Onde está previsto?
� Quem deve prestar? 
� Para quem?
� Quando? 
Controle e avaliação da execução orçamentária
� Quando? 
� Como?
� Por que?
� Quem ganha? Quem perde?
22
� Prestação de Contas na Constituição Federal
� Tomada de Contas = Prestação de Contas 
� Pessoas/entidades obrigadas a prestar contas
� Entidades responsáveis por receber/julgar as prestações de contas
� Prestação de Contas na Lei nº 4.320/1964
� Prestação de Contas na Lei nº 101/2000
Controle e avaliação da execução orçamentária
� Prestação de Contas na Lei nº 101/2000
� Como devem ser apresentadas e o que deve conter nas prestações de 
contas
� Necessidade, relevância e limitações das prestações de contas no Brasil 
� Atividades Propostas
23
Objetivos da aula
� Apresentar os dispositivos legais que prevêem a necessidade de prestar
contas no âmbito do setor público;
� Identificar quais pessoas [físicas ou jurídicas] têm o dever de prestar
Controle e avaliação da execução orçamentária
� Identificar quais pessoas [físicas ou jurídicas] têm o dever de prestar
contas;
� Identificar a quem deve ser prestado contas;
� Esclarecer os prazos para prestações de contas por quem é obrigado a
fazê-lo;
� Identificar como e onde devem ser apresentadas as prestações de
contas;
� Discutir por que é necessário prestar contas no âmbito do setor
público.
24
O que diz a Constituição Federal sobre Prestação de Contas?
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
Controle e avaliação da execução orçamentária
e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União (...).
25
Segundo a Instrução Normativa TCU nº 47/2004:
Processo de tomadatomada dede contascontas: processo de contas relativo à
Importante lembrar!
Tomada de Contas = Prestação de Contas?
Controle e avaliação da execução orçamentária
Processo de tomadatomada dede contascontas: processo de contas relativo à
gestão dos responsáveis por unidades jurisdicionadas da
administraçãoadministração federalfederal diretadireta.
Processo de prestaçãoprestação dede contascontas: processo de contas relativo à
gestão dos responsáveis por unidades jurisdicionadas da
administraçãoadministração federalfederal indiretaindireta e daquelas não classificadas
como integrantes da administração direta federal.
26
Artigo 84, XXIV, da CF 1988: “Compete privativamente ao Presidente
da República: (...) prestar, anualmente, ao Congresso Nacional,
dentro de sessenta dias após a abertura da sessãosessão legislativalegislativa, as
Quem deve prestar contas?
Controle e avaliação da execução orçamentária
dentro de sessenta dias após a abertura da sessãosessão legislativalegislativa, as
contas referentes ao exercício anterior.”
Por simetria, tal obrigação estende-se aos Governadores dos Estados
e aos Prefeitos Municipais.
Portanto, quem presta contas é o Presidente da República, o
Governador do Estado, o Prefeito Municipal, e não, a União, o Estado
ou o Município.
27
No caso de prestação de contas, em razão de convênioconvênio celebradocelebrado entre a
União e um Estado ou um Município, a situação é diferente.
Nesse caso a obrigação é do Estado/Município. A União exige do
Estado/Município, na forma estabelecida no convênio, a prestação de
Quem deve prestar contas?
Controle e avaliação da execução orçamentária
Estado/Município, na forma estabelecida no convênio, a prestação de
contas dos recursos transferidos voluntariamente. O Governador/Prefeito,
quando assina um convênio, não age em nome próprio, mas no do
Estado/Município. Assim, a prestação de contas deve ser apresentada pelo
Estado/Município, ainda que ele já esteja sendo administrado por outro
gestor.
Caso o Estado/Município não preste contas, ou o faça insatisfatoriamente,
a responsabilidade será imputada ao Governador/Prefeito culpado pela
má aplicação dos recursos.
28
Em última análise: PARAPARA AA SOCIEDADESOCIEDADE!
Para quem prestar contas?
Controle e avaliação da execução orçamentária
Em última análise: PARAPARA AA SOCIEDADESOCIEDADE!
Formalmente, aos órgãos de controle externo – Poder
Legislativo (Congresso Nacional, Assembléia Legislativa e
Câmara de Vereadores) que julgará as contas com o auxílio
dos Tribunais de Contas que emitem sobre as prestações
apresentadas um parecerparecer prévioprévio.
29
Lei nº 4.320/1964:
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando
instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer
tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os
Prestação de Contas na Lei nº 4.320/1964
Controle e avaliação da execução orçamentária
tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os
responsáveis por bens ou valores públicos.
Relatórios previstos nessa lei que constarão das prestações de contas:
“Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no
Balanço Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial,
na Demonstração das Variações Patrimoniais” e mais os 12 anexos que
tratam do detalhamento da despesa e da receita orçamentárias.
30
Anexo 1: Demonstração de receita e despesa por categorias econômicas
Anexo 2: Especificação da receita
Anexo 3: Especificação da despesa
Anexo 4: Despesa Orçamentária por categorias econômicas
Anexo 5: Despesa Orçamentária por Funções
Demais Anexos da Lei nº 4.320/1964
Controle e avaliação da execução orçamentária
Anexo 5: Despesa Orçamentária por Funções
Anexo 6: Demonstrativo da Despesa por órgão e unidade orçamentária
Anexo 7: Demonstrativo da Despesa por funções, subfunções e programas por projetos e 
atividades
Anexo 8: Demonstrativo da despesa por funções
Anexo 9: Demonstrativo da despesa, por órgãos e funções
Anexo 10: Comparativo da receita orçada com a arrecadada
Anexo 11: Comparativo da despesa autorizada com a realizada
Anexo 16: Demonstração da dívida fundada interna
Anexo 17: Demonstração da dívida flutuante
31
Lei Complementar nº 101/2000:
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão
disponíveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e
no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Prestação de Contas na LRF
Controle e avaliação da execução orçamentária
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Segundo a LRF, asas prestaçõesprestações dede contascontas sãosão instrumentosinstrumentos dede
transparênciatransparência dada gestãogestão fiscalfiscal, juntamente com o parecer prévio, os
instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA) e o Relatório Resumido
da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal, bem como e as
versões simplificadas desses documentos.
32
Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) - Anexos
Publicação Bimestral
Anexo I – Balanço Orçamentário 
Anexo II – Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção 
Anexo III – Demonstrativo da Receita Corrente Líquida 
Anexo V – Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores 
Públicos 
Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal 
Controle e avaliação da execução orçamentária
Anexo VI – Demonstrativo do Resultado Nominal 
Anexo VII – Demonstrativo do Resultado Primário 
Anexo IX – Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão 
Anexo X – Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Anexo XVIII – Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Publicação Semestral
Anexo XVI – Demonstrativo da Receita de Impostos Líquida e das Despesas Próprias com Saúde
Publicação Anual
Anexo XI – Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital 
Anexo XIII – Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores 
Públicos
Anexo XIV – Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos 
Anexo XVII – Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas 33
Relatório de Gestão Fiscal (RGF)- Anexos
Publicação Quadrimestral (Três Quadrimestres)
Anexo I – Demonstrativo da Despesa com Pessoal 
Anexo II – Demonstrativo da Dívida Consolidada 
Anexo III – Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores 
Controle e avaliação da execução orçamentária
Anexo III – Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores 
Anexo IV – Demonstrativo das Operações de Crédito 
Anexo VII – Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal 
Publicação Anual (Apenas último quadrimestre)
Anexo V – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa 
Anexo VI – Demonstrativo dos Restos a Pagar 
34
Os processos de tomada e prestação de contas deverão
conter elementoselementos ee demonstrativosdemonstrativos que evidenciem a
Como devem ser apresentadas e o que deve conter nas 
prestações de contas...
Controle e avaliação da execução orçamentária
conter elementoselementos ee demonstrativosdemonstrativos que evidenciem a
boa e regular aplicação dos recursos públicos. (IN TCU
nº 47/2004)
35
ParaPara oo TCUTCU::
�rol de responsáveis;
�relatório de gestão;
Como devem ser apresentadas e o que deve conter nas prestações de 
contas...
Controle e avaliação da execução orçamentária
�relatório de gestão;
�demonstrativos contábeis necessários à gestão orçamentária,
financeira e patrimonial;
�relatório de auditoria de gestão;
�certificado de auditoria;
�parecer conclusivo do dirigente do órgão de controle interno
competente.
(Instrução Normativa TCU nº 47/2004)
36
ParaPara ooTCETCE--RJRJ:
I - ofício de encaminhamento, assinado pela autoridade competente;
II - relação dos responsáveis;
IV - demonstração da execução orçamentária da receita, quando for o caso;
Como devem ser apresentadas e o que deve conter nas prestações de 
contas...
Controle e avaliação da execução orçamentária
V - demonstração das alterações orçamentárias;
VI - demonstração da execução orçamentária da despesa, abrangendo
créditos orçamentários e adicionais;
VII - balancete orçamentário;
VIII - balancete financeiro;
IX - balancete patrimonial;
X - demonstração das variações patrimoniais;
XI - demonstrativo dos adiantamentos concedidos no período;
XII - demonstrativo das subvenções e auxílios concedidos no período;
37
ParaPara oo TCETCE--RJRJ::
XIII - demonstrativo das responsabilidades não regularizadas no período;
XIV - relação das inscrições em restos a pagar, processados e não processados;
XV - conciliação dos saldos bancários,;
XVI - cópia da primeira e da última folha dos extratos das contas bancárias,
Como devem ser apresentadas e o que deve conter nas prestações de 
contas...
Controle e avaliação da execução orçamentária
XVI - cópia da primeira e da última folha dos extratos das contas bancárias,
relativas ao período de gestão dos responsáveis;
XVII - termo de verificação dos valores existentes na tesouraria em 31 de
dezembro;
XVIII - relação das unidades orçamentárias e suas respectivas unidades
administrativas e de controle;
XIX - demonstrativo dos saldos das subcontas de Bens do Estado, do sistema
patrimonial;
XX - relatório do responsável pelo setor contábil.
XXI - relatório do responsável pelo setor de revisão e tomada de contas;
XXII - Certificado de Auditoria;
38
NosNos municípiosmunicípios::
CF 1988, art. 31, § 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante
sessentasessenta diasdias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
Onde devem ser disponibilizadas as prestações 
de contas...
Controle e avaliação da execução orçamentária
sessentasessenta diasdias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte,
para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei.
SegundoSegundo aa LRFLRF::
Às prestações de contas e aos demais instrumentos de
transparência da gestão fiscal, será dada amplaampla divulgaçãodivulgação, inclusive
em meiosmeios eletrônicoseletrônicos dede acessoacesso públicopúblico.
39
��NãoNão sósó porqueporque aa leilei exigeexige......
��MasMas porqueporque sãosão recursosrecursos públicospúblicos......
Além da legislação, dos normativos...
Por que prestar contas? Quem ganha?
Controle e avaliação da execução orçamentária
��MasMas porqueporque sãosão recursosrecursos públicospúblicos......
��PorquePorque éé umauma práticaprática dede accountabilityaccountability........
��PorquePorque favorecefavorece oo controlecontrole socialsocial ee oo exercícioexercício dada
cidadaniacidadania......
��ParaPara garantirgarantir osos princípiosprincípios constitucionaisconstitucionais dada moralidade,moralidade,
publicidadepublicidade ee eficiênciaeficiência......
��PorquePorque éé umauma práticaprática dede boaboa governançagovernança......
40
Sou transparente, presto minhas contas em dia! 
Obedeço os limites!
Alguém 
entende 
essas 
contas?
Controle e avaliação da execução orçamentária
contas?
41
Características Qualitativas das Informações Contábeis (... E
dos relatórios e das prestações de contas):
� Compreensibilidade
Ser transparente, não é só apresentar relatórios!
Controle e avaliação da execução orçamentária
� Compreensibilidade
� Comparabilidade
� Confiabilidade
� Relevância
Mais importante que saber quais são os demonstrativos das
prestações de contas, ou ainda se foram entregues no prazo, é
avaliar se comunicam de forma clara e transparente os resultados
da atuação governamental!
42
� Uma informação é transparente quando é
disponibilizada sem travas ou requisitos, compreensível
ao incluir todos os elementos relevantes, confiáveis e de
Ser transparente, não é só apresentar relatórios!
Controle e avaliação da execução orçamentária
ao incluir todos os elementos relevantes, confiáveis e de
qualidade e que permita aos interessados darem
contribuições ao processo de definição de políticas
públicas (Loya, 2004).
� A transparência tem como objetivo garantir a todos
os cidadãos, individualmente, por meio de diversas
formas, acesso às informações que explicitam as ações
praticadas pelos governantes (Silva, 2004).
43
CM de Alfenas expõe prestação de contas em outdoor (24/03/2008)
Num ato inédito na cidade, a Câmara Municipal de Alfenas, no Sul de Minas, colocou
em outdoor a prestação de contas da Casa relativa a 2007. O outdoor está exposto ao
público desde o dia 6 de fevereiro, na entrada do prédio da Câmara, com o objetivo de
Ser transparente, não é só apresentar relatórios!
Controle e avaliação da execução orçamentária
público desde o dia 6 de fevereiro, na entrada do prédio da Câmara, com o objetivo de
dar mais transparência às contas do Legislativo. (Fonte: site da CM de Alfenas)
Prefeitura instala outdoor com prestação de contas - (17/08/2009) 
A Prefeitura Municipal de Juatuba (MG) elaborou e providenciou a confecção de uma
lona, que já está instalada em outdoor, com a prestação de contas dos gastos do
primeiro semestre de 2009 da atual administração. O outdoor está localizado na Rua
Mário Teixeira, ao lado da Policlínica Municipal. No mês de abril, a Prefeitura divulgou
pela mesma forma de mídia exterior, exposta à toda a população, os gastos dos
primeiros três meses de governo no mesmo local.
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“A sociedade tem direito de pedir a todo o
agente público a prestação de contas de sua
administração.”
Controle e avaliação da execução orçamentária
(Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão – 1789, Artigo 15)
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