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ROTEIRO EXAME FÍSICO DO ABDOME FINALIDADE DO DESEMPENHO: Avaliar as estruturas do sistema gastrointestinal inferior, além do fígado, estômago, rins e bexiga, a partir de dados da entrevista associada à avaliação da localização de sintomas físicos. PADRÕES DE DESEMPENHO ESPERADOS: 1. Antes de iniciar o procedimento, verificam-se dados de identificação do paciente, o diagnóstico e outros dados registrados no prontuário. 2. Seleção dos materiais e dos instrumentos necessários: Estetoscópio; Iluminação adequada; Fita métrica; Caneta hidrocor. 3. Interação com o paciente durante o procedimento: Confere o nome do paciente e o número do leito; Antes de iniciar o procedimento, apresenta-se ao paciente, dizendo nome e função; Explicar o que será realizado, qual a finalidade do procedimento e a necessidade da colaboração do paciente. 4. Higienização das mãos. 5. Entrevista: Perguntar sobre a queixa principal; Perguntar sobre história de cirurgias abdominais, traumatismos, e testes diagnósticos já realizados; Perguntar sobre antecedentes familiares de câncer, doença renal, alcoolismo, hipertensão ou cardiopatia; Perguntar sobre a alimentação e hidratação; Perguntar sobre consumo habitual de álcool; Perguntar sobre uso de medicamentos (antiinflamatórios, antibióticos, inibidores da bomba de prótons); Perguntar sobre hábitos intestinais e características das fezes, uso de laxantes e freqüência; Perguntar sobre mudanças de peso recente e sobre intolerância alimentar (vômitos, náuseas, eructações repetidas); Avaliar eructação, dificuldade à deglutição, flatulência, hematêmese, melena, pirose, diarréia ou constipação intestinal; Perguntar sobre a data da última menstruação (DUM); Pedir ao paciente para apontar áreas de dor examinando essas áreas por último (avaliar tipo, qualidade, localização, gravidade, início, freqüência, fatores agravantes, fatores precipitantes, e evolução). 6. Exame Físico: Pedir ao paciente para esvaziar a bexiga; Pedir ao paciente deitar-se em decúbito dorsal e manter os braços ao longo do corpo. 6.1 Inspeção: Dividir mentalmente o abdome em 4 quadrantes e em 9 regiões anatômicas; Ficar de pé ao lado direito do paciente e inspecionar desde a parte superior do abdome, para detectar movimentos anormais; Sentar e inspecionar o abdome mais de perto para observar a pele quanto à coloração, presença de cicatrizes, rede venosa e estrias; Verificar veias abdominais proeminentes; Observar posição, formato, cor e presença de inflamação, secreção, lesão ou massas protusas na região umbilical; Inspecionar contorno, simetria e superfície do abdome, observando se há distensão, massas ou abaulamentos; Caso haja distensão abdominal, medir a circunferência do abdome, colocando a fita métrica na altura da cicatriz umbilical. Registrar a circunferência; Inspecionar no abdome a presença de movimento peristáltico ou pulsação aórtica; 6.2 Ausculta: Aquecer o estetoscópio; Colocar o diafragma do estetoscópio primeiro sobre o QID. Aplicar pressão leve e pedir para o paciente não conversar. Auscultar por 1 minuto em cada quadrante. Auscultar por 5 minutos seguidos antes de determinar que não há sons intestinais; Registrar como audíveis, hiperativos ou hipoativos; 6.3 Percussão: Aquecer as mãos; Percutir nos 4 quadrantes e observar áreas de timpanismo e macicez. Percutir áreas dolorosas por último; Usar a percussão para localizar margens de órgãos adjacentes; De pé, à direita do cliente, começar a percutir na crista ilíaca direita em torno da região umbilical e prosseguir para cima ao longo da região hemiclavicular direita. Observar quando o som da percussão muda de timpânico para maciço. Assinalar a borda hepática com a caneta marcadora; Percutir a borda superior sob a clavícula ao longo dos espaços intercostais na linha hemiclavicular média. Observar se o som muda de ressonante (claro pulmonar) para maciço. Medir a distância com a caneta marcadora; Com o paciente sentado ou de pé, usar punho-percussão na região posterior sobre o ângulo costovertebral, na linha escapular. Se houver sensibilidade, denominamos sinal de Giordano positivo. 6.4 Palpação: Palpar o abdome levemente sobre cada um dos quatro quadrantes; Palpar para detectar áreas de resistência muscular, sensibilidade, distensão anormal ou massas superficiais. Buscar na face do paciente sinais de desconforto; Usar palpação profunda para delinear órgão abdominais e detectar massas. Afundar as mãos 2,5 a 7,5 cm no abdome do paciente. Nunca realizar palpação profunda sobre órgãos sensíveis, áreas de contusão ou incisão cirúrgica; Observar e registrar as características de qualquer massa profunda, incluindo tamanho, localização, forma, consistência, sensibilidade, pulsação, mobilidade; Ao detectar sensibilidade, testar a sensibilidade de rebote: pressionar a mão devagar e profundamente na área acometida e em seguida liberar lentamente; Pedir ao cliente para levantar a cabeça da mesa de exame, provocando a contração dos músculos abdominais para verificação de massas palpáveis; Palpar em torno da região umbilical; Palpar a borda hepática inferior ficando de pé ao lado do paciente. Colocar a mão esquerda sob o tórax posterior, na 11ª e 12ª costelas. Aplicar pressão para cima; Com os dedos da mão direita apontando na direção da margem costal direita, colocar a mão sobre o QSD, bem abaixo da borda hepática inferior; Pressionar delicadamente para dentro e para cima com a mão direita e ao mesmo tempo pedir ao paciente para inspirar profundamente. Tente sentir a borda hepática à medida que ela desce; Palpar abaixo da margem hepática, na borda lateral do músculo reto; De pé à direita do paciente, passar a mão esquerda até onde alcançar e colocá-la sob o paciente e sobre o ângulo costovertebral esquerdo. Pressionar para cima com a mão esquerda; Colocar a palma da mão direita com os dedos estedidos sobre o abdome do paciente, abaixo da margem costal esquerda. Pressionar a ponta dos dedos na direção do baço, pedindo ao paciente para fazer uma respiração profunda. Palpar a margem do baço à medida que ele se move para baixo na direção dos dedos; Para palpar a pulsação aórtica, usar o indicador e o dedo médio de uma das mãos. Palpar lento, mas profundamente no abdome superior, logo à esquerda da linha média; Para avaliar uma onda de líquido ascítico, posicione o paciente em posição dorsal. Colocar a borda da mão e do antebraço firmemente ao longo da linha média. Colocar as mãos de cada lado do abdome e golpear um lado com a ponta dos dedos. Sentir o impulso de uma onde de líquido com a ponta dos dedos da outra mão (Teste de Piparote). 7. Higienização das mãos. 8. Organizar o ambiente. 9. Registrar o exame.