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TÓPICO 3 — ABORDAGENS DE ENSINO-APRENDIZAGEM CONSTRUTIVISTAS E CENTRADAS NO ALUNO
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Aprendizagem	 é	 muito	 mais	 do	 que	 a	 memória.	 Para	 que	 os	 alunos	
realmente	 entendam	 e	 sejam	 capazes	 de	 aplicar	 o	 conhecimento,	 eles	 devem	
trabalhar	 para	 resolver	 problemas,	 descobrir	 coisas	 por	 si	 mesmos,	 trabalhar	
com	ideias.	O	professor	Daniel	poderia	ter	dito	a	seus	alunos	que	a	fórmula	para	
o	volume	de	um	cilindro	é	πr2h.	Com	a	prática,	eles	seriam	capazes	de	 inserir	
números	nessa	fórmula	e	obter	respostas	corretas.	Quanto	isso	significaria	para	
eles	e	quão	bem	eles	poderiam	ter	aplicado	as	ideias	por	trás	da	fórmula	a	outros	
problemas?	 A	 tarefa	 da	 educação	 não	 é	 despejar	 informações	 na	 cabeça	 dos	
alunos,	mas	envolver	as	mentes	dos	alunos	com	conceitos	poderosos	e	úteis.	O	
foco	deste	tópico	é	examinar	maneiras	de	fazer	isso.
 
2 QUAL É A VISÃO CONSTRUTIVISTA DE APRENDIZAGEM?
 
Um	 dos	 princípios	 mais	 importantes	 da	 psicologia	 educacional	 e	 da	
aprendizagem	é	que	os	professores	não	podem	simplesmente	dar	conhecimento	
aos	alunos.	Os	alunos	devem	construir	conhecimento	em	suas	próprias	mentes.	
Você	 pode	 facilitar	 esse	 processo	 ensinando	 de	 maneiras	 que	 tornem	 as	
informações	significativas	e	relevantes	para	os	alunos,	dando	a	eles	oportunidades	
de	descobrir	ou	aplicar	ideias	por	conta	própria	e	ensinando	os	alunos	a	conhecer	
e	usar	conscientemente	suas	próprias	estratégias	de	aprendizagem.	Você	pode	
dar	 aos	 alunos	 escadas	 que	 levam	 a	 uma	 compreensão	mais	 elevada,	mas	 os	
próprios	alunos	devem	escalar	essas	escadas	(MCCOMBS,	2010).
 
As	teorias	de	aprendizagem	baseadas	nessas	ideias	são	chamadas	de	teorias 
construtivistas de aprendizagem.	A	 essência	da	 teoria	 construtivista	 é	 a	 ideia	
de	que	os	alunos	devem	descobrir	e	 transformar	 individualmente	 informações	
complexas	 se	quiserem	 torná-las	 suas	 (SLAVICH;	ZIMBARDO,	2012).	A	 teoria	
construtivista	 vê	 os	 alunos	 constantemente	 verificando	 novas	 informações	 em	
relação	às	regras	antigas	e,	então,	revisando	as	regras	quando	elas	não	funcionam	
mais.	 Essa	 visão	 tem	 implicações	 profundas	 para	 o	 ensino	 porque	 sugere	 um	
papel	muito	mais	ativo	para	os	alunos	em	sua	própria	aprendizagem	do	que	é	
típico	em	muitas	salas	de	aula.	Por	causa	da	ênfase	nos	alunos	como	aprendizes	
ativos,	 as	 estratégias	 construtivistas	 são	 frequentemente	 chamadas	 de	 ensino	
centrado	no	aluno	 (BARNES,	2013b).	Em	uma	sala	de	aula	centrada	no	aluno,	
o	professor	se	 torna	o	"guia	ao	 lado"	em	vez	do	"sábio	no	palco",	ajudando	os	
alunos	a	descobrir	seu	próprio	significado	em	vez	de	dar	aulas	e	controlar	todas	
as	atividades	da	sala	de	aula.
2.1 RAÍZES HISTÓRICAS DO CONSTRUTIVISMO
 
A	revolução	construtivista	tem	raízes	profundas	na	história	da	educação.	
Baseia-se	 fortemente	no	 trabalho	de	Piaget	e	Vygotsky	 (lembre-se	do	Tópico	2	
da	Unidade	1),	que	enfatizaram	que	a	mudança	cognitiva	ocorre	apenas	quando	
as	 concepções	 anteriores	 passam	 por	 um	 processo	 de	 desequilíbrio	 à	 luz	 de

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