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Prévia do material em texto

ANATOMIA E FISIOLOGIA 
 
Prof.ª M.ª Adriana Leite Martins 
 
 
Prof. Guilherme Bernardes Filho 
Diretor Presidente 
Prof. Aderbal Alfredo Calderari Bernardes 
Diretor Tesoureiro 
Prof. Frederico Ribeiro Simões 
Reitor 
 
UNISEPE – EaD 
Prof.ª M.ª Leandra Aurélio Baquião 
Coordenador EaD de área 
Prof. Dr. Renato de Araújo Cruz 
Coordenador Núcleo de Ensino a distância (NEAD) 
 
Material Didático – EaD 
Equipe editorial: 
Fernanda Pereira de Castro - CRB-8/10395 
Isis Gabriel Alves 
Pedro Ken-Iti Torres Omuro 
Prof. Dr. Renato de Araújo Cruz – Editor Responsável 
Apoio técnico: 
Alexandre Meanda Neves 
Anderson Francisco de Oliveira 
Douglas Panta dos Santos Galdino 
Fabiano de Oliveira Albers 
Gustavo Batista Bardusco 
Kelvin Komatsu de Andrade 
Matheus Eduardo Souza Pedroso 
Vinícius Capela de Souza 
 
Revisão: Vinícius Guimarães Rodrigues 
 
Diagramação: Larissa Morais Jorge da Costa 
 
 
 
 
 
Apresentação do Professor 
Professora Adriana Leite Martins é graduada (Bacharelado) em Fisioterapia pela Universidade de 
Mogi das Cruzes (2003). É mestre em Engenharia Biomédica (2006) pela Universidade de Mogi 
das Cruzes em parceria com a UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo). 
É docente do Centro Universitário do Vale do Ribeira (UNIVR) desde 2008, nos cursos de 
Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Biomedicina, Enfermagem e Psicologia, já ministrou aulas na 
pós-graduação nos cursos de Fisioterapia, Enfermagem e Educação Física. É supervisora de 
estágio curricular nas áreas de Fisioterapia Neurológica e Fisioterapia Pediátrica. 
Desenvolve atividades de iniciação científica como orientadora. É membro do núcleo docente 
estruturante (NDE) do curso de Fisioterapia e membro da comissão Própria de Avaliação (CPA) 
do UNIVR. Possui conhecimento no preparo de materiais para disciplinas EAD. Atua na área de 
educação há 13 anos. 
Apresentação da Disciplina 
Caro aluno, seja bem-vindo à disciplina de Anatomia e Fisiologia Humana! 
Esta disciplina tem por finalidade estudar o corpo humano conhecendo seus órgãos e estruturas 
de formação. Nessa disciplina você conhecerá as formas, localização e funcionamento de todos 
os constituintes corporais. 
A disciplina de Anatomofisiologia Humana visa a proporcionar o conhecimento básico da estrutura 
e funcionamento dos diferentes sistemas orgânicos, bem como seu controle e inter-relações com 
o meio interno e ambiente. 
Este livro didático está dividido em três unidades. Na primeira você conhecerá alguns conceitos 
básicos necessários para entender o que é Anatomia e Fisiologia e quais as suas relações, além de 
discutir sobre as características do homem como um ser social. Nos próximos capítulos dessa 
unidade, você estudará a Anatomia e Fisiologia do Sistema Tegumentar e do Sistema Esquelético. 
Na segunda e terceira unidades, você aprenderá sobre a Anatomia e Fisiologia dos sistemas 
muscular, nervoso, endócrino, cardiocirculatório, respiratório, digestório, urinário e reprodutor. 
Bons Estudos! 
Os ÍCONES são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem 
e facilitar a organização e a leitura hipertextual. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE I ............................................................................................05 
1º Introdução a anatomia e fisiologia humana.........................05 
2º O corpo humano e o ser social.........................................20 
3º Anatomia e fisiologia do sistema tegumentar.......................29 
4º Anatomia e fisiologia do sistema esquelético.......................37 
 
UNIDADE II ..........................................................................................50 
5º Anatomia e fisiologia do sistema muscular.........................50 
6º Anatomia e fisiologia do sistema nervoso...........................61 
7º Anatomia e fisiologia do sistema endócrino........................72 
8º Anatomia e fisiologia do sistema cardiocirculatório...............82 
 
UNIDADE III ......................................................................................93 
9º Anatomia e fisiologia do sistema respiratório.....................93 
10º Anatomia e fisiologia do sistema digestório...................106 
11º Anatomia e fisiologia do sistema urinário......................119 
12º Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor..................130 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................147 
 
5 
 
UNIDADE I 
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO À ANATOMIA E À FISIOLOGIA 
HUMANA 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ O que é Anatomia Humana; 
✓ O que é Fisiologia Humana; 
✓ O que é Variação anatômica, Anomalia e Monstruosidade; 
✓ O que é Mecanismo de Regulação Homeostática; 
✓ O que é Posição Anatômica; 
✓ O que são Planos de Delimitação; Planos de Secção; Termos de Posição do corpo humano; 
✓ Principais componentes celulares; Função da Membrana Plasmática; 
✓ Tipos de Transporte Celular; 
✓ O que é liquido intracelular e liquido extracelular; 
✓ Potencial de Ação; 
 
“Homeostase é manter o equilíbrio necessário para a vida” 
 
Oração do Cadáver Desconhecido 
 
Introdução 
Para realizar o estudo da Anatomia e Fisiologia Humana é preciso considerar que todas as 
descrições são realizadas a partir de uma posição anatômica estabelecida. 
Para lidar com os fatores de transformações estruturais e arquiteturais, causados pela variação 
genética, idade e sexo é preciso entender os conceitos de Normalidade, Variação Anatômica, 
Anomalia e Monstruosidade. O estudo da Anatomia e Fisiologia Humana nos possibilita aprender 
mais sobre o corpo humano entender como é o seu funcionamento e como ele é organizado. 
Tais informações nos darão embasamento para compreender os mecanismos de polarização, 
despolarização e repolarização presentes no potencial de ação e para a aprendizagem de um 
vocabulário anatômico com terminologias e conceitos específicos além de compreensões sobre o 
6 
 
funcionamento harmônico e fisiológico de todas as estruturas envolvidas na formação do corpo 
humano. 
1.1 O que é anatomia humana 
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte). Dissecação 
deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente à anatomia. 
Contudo, atualmente, Anatomia designa a ciência, enquanto dissecação é um dos métodos desta 
ciência. 
Seu estudo tem uma longa e interessante história, que vem evoluindo desde os primórdios da 
civilização humana. Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela manipulação dos corpos, 
expandiu-se, ao longo do tempo, graças à aquisição de tecnologias inovadoras. 
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia macroscópica e 
Anatomia microscópica. A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho 
nu, utilizando ou não recursos tecnológicos os mais variados possíveis, enquanto a Anatomia 
Microscópica é aquela relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso 
de instrumental para ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é 
dividido em Citologia (estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se 
organizam para a formação de órgãos). 
 
A Anatomia Humana é uma ciência que estuda o corpo, suas formas e estruturas de maneira macroscópica e 
também através de um auxílio de microscópio. Isso quer dizer que o estudo das células (Citologia) e dos tecidos 
(Histologia) também faz parte dessa ciência. 
 
1.2 O que é fisiologia humana e organização funcional do corpo humano 
A palavra "fisiologia" tem origem grega: "physis" significa "fisio" ou "natureza das coisas" e "logos" 
significa "logia" ou "estudo". Dessa forma, a fisiologia é uma ciência que estuda o funcionamento 
normal do corpo humano considerando os processos químicos e físicos. 
Mas podemos nos questionar:(coloração) 
8. Suprimento sanguíneo e suprimento nervoso 
PELE FINA: a pele fina mede entre 0,10 e 0,15 mm de espessura e recobre todas as partes do corpo 
exceto as palmas das mãos e a planta dos pés, possui menos glândulas sudoríparas do que a pele 
espessa e possui uma distribuição mais espaçada de receptores sensíveis. 
PELE ESPESSA: a pele espessa mede 0,6 a 4,5 mm de espessura e recobre as palmas das mãos 
e a planta dos pés, possui mais glândulas sudoríparas do que a pele fina e possui os receptores 
sensíveis distribuídos mais agrupados. 
3.7 Funções da pele 
Quando pensamos na pele, é comum relacioná-la à função de proteção, porém as funções desse 
órgão são diversas. Vamos falar um pouco sobre elas: 
1. Regulação da temperatura corporal: as glândulas sudoríparas produzem o suor que 
ajudam no resfriamento da pele e o músculo eretor do pelo o arrepia aumentando a 
temperatura da pele. 
2. Reservatório de sangue: a derme abriga uma extensa rede de vasos sanguíneos. Durante 
a prática de exercícios moderados, o fluxo de sangue pela pele aumenta, elevando a 
quantidade de calor do corpo. Durante os exercícios vigorosos, a parede dos vasos se 
constringe (estreita) desviando sangue para os músculos em atividade e para o coração. 
3. Proteção: a pele protege o corpo dos efeitos nocivos dos raios UV, garantem proteção 
mecânica durante impactos e selecionam as substâncias que podem atravessar a barreira da 
epiderme. 
4. Sensibilidade cutânea: a presença de terminações nervosas e raízes nervosas na pele são 
responsáveis pelas sensações táteis (toque, pressão, vibração, cócegas), térmicas (calor, 
frio) e dolorosas (dor). 
5. Excreção e absorção: além de remover a água e o calor, o suor também consegue remover 
pequenas quantidades de sais, dióxido de carbono, amônia e ureia. Algumas substâncias 
também podem ser absorvidas pela pele como as vitaminas (A, D, E e K) e alguns materiais 
tóxicos como acetona, chumbo, mercúrio e arsênico. 
6. Síntese de vitamina D: a ativação de uma molécula presente na pele por meio da ação dos 
raios UV presentes na luz solar permite a síntese (produção) da Vitamina D, que auxilia na 
absorção de cálcio. 
 
 
 
 
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3.8 Terminologias associadas ao sistema tegumentar 
 
 
 
Terminologia Anatômica trata-se de um conjunto de termos técnicos empregados para designar e indicar cada 
componente estrutural do corpo humano. 
 
 
No sistema que estamos estudando existe um conjunto de termos técnicos utilizados comumente 
que estão associados ao Tegumento (pele), vamos conhecer alguns: 
➢ Abrasão: área em que a pele foi raspada. 
➢ Calo: área de pele espessa e endurecida, provocada por atritos constantes. 
➢ Cisto: saco com uma parede de tecido conjuntivo própria, contendo líquido ou outro material. 
➢ Comedão: coleção de material sebáceo e células mortas no folículo piloso e ducto excretor 
das glândulas sebáceas, também conhecido como cravo. 
➢ Dermatite de contato: inflamação da pele caracterizada por áreas de vermelhidão, coceira e 
inchaço provocadas pela exposição a substâncias químicas que provocam uma reação 
alérgica. 
➢ Eczema: inflamação da pele caracterizada por áreas vermelhas, vesiculosas, secas e que 
causam muita coceira. 
➢ Furúnculo: abcesso resultante da infecção de um folículo piloso. 
➢ Hemangioma: tumor localizado da pele e do tecido subcutâneo, que resulta no aumento 
anormal de vasos sanguíneos. 
➢ Impetigo: infecção de pele superficial causada por bactérias, comum em crianças. 
➢ Pápula: pequena elevação arredondada da pele, com menos de 1 cm de diâmetro. 
➢ Queloide: área escurecida irregular e elevada de tecido cicatricial excessivo, produzido pela 
formação de colágeno durante a cicatrização. 
➢ Verruga: massa produzida pelo crescimento descontrolado de células epiteliais da pele. 
 
Neste capítulo, vimos que o sistema tegumentar tem como função proteger nosso organismo contra a invasão 
de microrganismos, traumas mecânicos e desidratação, além de participar da regulação da temperatura 
corporal. Esse sistema é formado pela pele (maior órgão de nosso corpo) e anexos (pelos, unhas e glândulas). 
A pele é formada por duas camadas: epiderme e derme. A hipoderme ou tecido subcutâneo está abaixo da 
derme e prende-a às outras estruturas e órgãos. A coloração da pele, assim como dos pelos e dos olhos, é 
determinada pela quantidade de melanina que nossas células produzem. 
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Na camada mais externa da pele (epiderme), há a presença de queratina, que a impermeabiliza, além de 
células de defesa e glândulas. Na derme (camada intermediária), estão as glândulas e na hipoderme encontra-
se o tecido adiposo, que protege nosso organismo contra traumas mecânicos, além de funcionar como isolante 
térmico e reserva energética. 
Entre os anexos, os pelos são responsáveis por proteger nossa pele dos raios solares, do atrito com o ar e a 
água e do frio, enquanto as unhas protegem as pontas dos dedos. Já as glândulas sudoríparas são 
responsáveis pela regulação da temperatura corporal, já que produzem e eliminam o suor. As glândulas 
sebáceas produzem o sebo, que é usado para impermeabilizar e lubrificar nossa pele. 
Existe uma série de termos que são comumente utilizados na área médica para descrições referentes ao 
sistema tegumentar e que devem ser conhecidos. 
 
 
Assista ao vídeo: “Sistema Tegumentar - Pele: Estrutura, divisões (camadas) e funções”, que fala sobre 
anatomia humana (anatomia da pele), sobre o sistema tegumentar (pele e anexos), descreve a estrutura e 
composição da Pele, assim como suas divisões em camadas (epiderme, derme e hipoderme) e suas 
respectivas funções. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YYdCfzgAhQ4 
 
 
Palavras Significado 
Abcesso Excesso de pus acumulado em uma cavidade que pode ter sido 
produzida por algum tipo de inflamação. 
Células epidérmicas 
queratinizadas 
Células presentes na epiderme com queratina. 
Glabras Lisa, sem pelos. 
Morfológicas Estruturais, formação. 
 
 
Qual das seguintes alternativas não é uma função da pele? 
a) Ajuda a regular a temperatura corporal 
b) Participa da síntese de vitamina D 
c) Protege contra invasão de microrganismos, como as bactérias 
d) Detecta estímulos relacionados à sensibilidade 
https://www.youtube.com/watch?v=YYdCfzgAhQ4
https://www.youtube.com/watch?v=YYdCfzgAhQ4
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e) Produz vitaminas e sais minerais 
RESPOSTA: E 
Você viu que, de acordo com o que foi estudado, as funções da pele são: 
1. Síntese de vitamina D 
2. Excreção e absorção 
3. Sensibilidade cutânea 
4. Proteção 
5. Reservatório de sangue 
6. Regulação da temperatura corporal 
***Então a alternativa E não faz parte das funções da pele. 
 
 
O tecido subcutâneo ou hipoderme é formado principalmente de: 
a) Melanina 
b) Queratina 
c) Músculo 
d) Tecido epitelial pavimentoso 
e) Tecido adiposo e conjuntivo frouxo 
 
 
TORTORA, Gerard J. Princípios de Anatomia Humana - 10ª Ed (2007). Guanabara Koogan- RJ. 
O conteúdo deste livro foi organizado com base na vasta experiência dos autores no ensino da anatomia e na 
interação com os estudantes. Bastante ilustrada e repleta de ferramentas que auxiliam no ensino-aprendizado, 
Princípios de Anatomia Humana, em sua décima edição, reforça o conhecimento dos estudantes, eliminando 
as dúvidas com relação à matéria e proporcionando um roteiro claro para a compreensão do 
assunto. 
 
 
 
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UNIDADE I 
CAPÍTULO 4 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
ESQUELÉTICO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Funções do sistema esquelético; 
✓ Número de ossos do esqueleto; 
✓ Classificação dos ossos; 
✓ Estrutura dos ossos; 
✓ Histologia do tecido ósseo; 
✓ Divisão do esqueleto; 
✓ Suprimento sanguíneo e nervoso do osso; 
✓ Crescimentoósseo; 
✓ Remodelação óssea; 
 
Introdução 
O estudo da Anatomia do Sistema Esquelético nos permite perceber que o esqueleto não é um 
conjunto de ossos e sim um conjunto de órgãos vivos, que estão em constante processo de 
remodelação. 
Conhecer as funções do sistema esquelético abre um mundo de informações que ultrapassa os 
limites relacionados apenas ao movimento humano. 
Trata-se de um complexo arcabouço que dá definição espacial ao nosso corpo, garantindo 
sustentação e proteção. Envolvido diretamente com o aparelho locomotor e com a produção de 
células sanguíneas indispensáveis para a manutenção da vida. 
Vamos mergulhar juntos nesse mar de informações e curiosidades. 
 
A prática regular de atividades físicas auxilia na manutenção e desenvolvimento dos ossos, pois diante da 
submissão do esqueleto às cargas e pressões promovidas pelo exercício, ocorre o aumento do depósito de 
minerais nos ossos. Esse processo, claramente, ameniza o processo de desmineralização e contribui para 
prevenção de dores, fraqueza, fraturas e osteoporose. 
 
 
 
 
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4.1 Funções do esqueleto 
 
É comum relacionar a função do esqueleto com movimento, mas é interessante saber que o 
esqueleto desempenha outras funções que não estão envolvidas diretamente com a locomoção, mas 
são consideradas importantes no corpo humano. 
O aparelho locomotor é formado por ossos, músculos e ligamentos. Dessa forma, a função primordial 
dos ossos é agir como uma alavanca e permitir o movimento. 
Os ossos também são locais de fixação do tecido muscular e promovem a sustentação do nosso 
corpo. O esqueleto também atua como elemento de proteção. Por ser uma estrutura rígida, ele 
confere proteção aos órgãos vitais como, por exemplo, o crânio que protege o encéfalo e a caixa 
torácica que protege o coração e pulmões. 
Outra função importante dos ossos classificados como longos é produzir células sanguíneas, a essa 
função se dá o nome de hematopoese. Além disso, os ossos representam uma importante reserva 
natural de minerais como cálcio, fósforo, sódio e potássio. 
 
As funções do esqueleto são: 
1- Participar da locomoção (movimento); 
2- Sustentação do corpo; 
3- Proteção de órgãos vitais; 
4- Local de fixação do tecido muscular; 
5- Produção de células sanguíneas (hematopoese); 
6- Reserva de Minerais; 
 
4.2 Número de ossos do esqueleto 
O número de ossos no esqueleto de um indivíduo adulto é aproximadamente 206, 
aproximadamente, pois esse número pode sofrer alterações devido a algumas variações 
anatômicas. Alguns fatores influenciam os critérios de contagem, por isso esse número não é 
preciso. 
Os fatores são: 
- Fatores individuais: Em algumas pessoas permanece uma sutura embrionária marcando a 
divisão de uma peça anatômica. Por exemplo, a sutura interfrontal que separa o osso frontal em 
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duas partes, uma direita e outra esquerda. Na maioria das pessoas isso não ocorre, o osso frontal 
não é dividido, dessa forma, essa variação anatômica aumenta o número de ossos. 
- Fatores etários: A idade deve ser considerada, pois à medida que envelhecemos o número de 
ossos diminui devido a um processo de sinostose, que reabsorve o tecido conjuntivo que interpõe 
as peças ósseas. 
- Critérios de contagem: Há diferentes abordagens entre os anatomistas na contagem dos ossos 
do esqueleto, por exemplo, o osso da pelve é formado por ísquio, ílio e púbis. Alguns consideram 
essa estrutura como um único osso, outros consideram como três. 
 
 Variação Anatômica é a diferença na estrutura que não causa prejuízo da função. 
 
4.3 Estrutura de um osso 
 
Os ossos contêm uma matriz celular formada por aproximadamente 25% de água, 25% de fibras 
colágenas e 50% de minerais cristalizados. A matriz extracelular do osso contém sais minerais em 
abundância (principalmente hidroxiapatita) e fibras colágenas. Embora a rigidez do osso dependa 
dos sais minerais inorgânicos cristalizados, sua flexibilidade depende de suas fibras colágenas. 
O osso não é completamente sólido, existem espaços entre suas células e os componentes da matriz 
extracelular. Aproximadamente 80% do esqueleto é formado por osso compacto e 20% formado por 
osso esponjoso. 
 
Figura 1 – Estrutura do osso 
 
Fonte: http://histofisios.blogspot.com/p/tecido-osseo.html 
 
O tecido ósseo compacto contém poucos espaços, forma a camada externa de todos os ossos e 
constitui a maior parte da diáfise (corpo) do osso longo. A rigidez do osso compacto garante proteção 
e resiste às forças produzidas pelo peso e pelo movimento. 
http://histofisios.blogspot.com/p/tecido-osseo.html
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No tecido ósseo esponjoso, as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam 
de maneira a deixar entre si espaços ou lacunas maiores que se comunicam umas com as outras, 
tornando o osso mais leve para facilitar o movimento. A substância óssea esponjosa constitui a maior 
parte dos ossos classificados como curtos, planos e irregulares, também está presente na epífise 
dos ossos longos e formam uma margem estreita ao redor do canal medular no interior do corpo dos 
ossos longos. 
 
Aproximadamente 80% do esqueleto é formado por osso compacto e 20% formado por osso esponjoso. A 
substância orgânica confere ao osso flexibilidade e os sais minerais inorgânicos lhe garante resistência. 
 
Além dos elementos duros, existe no osso uma estrutura mole, como o periósteo, formado por uma 
membrana muito firme rica em tecido conectivo, vasos sanguíneos e fibras sensitivas. O periósteo 
irriga o osso com nutrição sanguínea e o mantém vivo. Por possuir fibras sensitivas, é responsável 
pela sensação dolorosa que sentimos nos ossos. 
 
O periósteo tem a função de proteger, nutrir e promover a recuperação do osso em casos de lesão.
 
4.4 Classificação dos ossos 
 
Os ossos são classificados conforme suas dimensões (altura, largura e espessura) em ossos longos, 
curtos, laminares e irregulares. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2 – Fêmur 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://aneste.org/anatomia-humana.html 
Osso longo: São ossos que possuem sua altura (comprimento) consideravelmente maior que a 
largura e a espessura. Todo osso longo possui um corpo denominado diáfise e duas extremidades 
chamadas epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja 
a medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, 
ulna, tíbia, fíbula, falanges. Entre as epífises (extremidades) e a diáfise (corpo) existe um espaço 
preenchido por cartilagem denominado placa epifisária. 
 
A função de produzir células sanguíneas (hematopoese) dos ossos acontece no interior do corpo (diáfise) dos 
ossos longos num local chamado medula óssea. 
 
 
A placa epifisária permite o crescimento do osso em comprimento, por volta dos 21 anos essa placa se calcifica 
e impede o crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://aneste.org/anatomia-humana.html
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Figura 3 – Escápula 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.sogab.com.br/anatomia/cingulodosmembrossuperiores.htm 
Osso laminar/plano/chato: São ossos que possuem altura (comprimento) e largura equivalentes 
(parecidas) e maiores que a espessura. Ossos do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros 
como a escápulae o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos. 
 
Figura 4 – Ossos da mão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-superior/musculos-da-mao/ 
 
Osso curto: apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são 
excelentes exemplos. 
 
 Figura 5 – Vértebras 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://aneste.org/anatomia-humana.html 
Osso irregular: São ossos que apresentam uma morfologia complexa não encontrando 
correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e osso temporal são exemplos 
marcantes. 
Estas quatro categorias são as categorias principais de classificação de um osso quanto à sua forma. 
Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.sogab.com.br/anatomia/cingulodosmembrossuperiores.htm
https://www.auladeanatomia.com/novosite/pt/sistemas/sistema-muscular/musculos-do-membro-superior/musculos-da-mao/
http://aneste.org/anatomia-humana.html
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Figura 6 – Osso craniano 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.slideshare.net/Tyrelsm/osteologa-frontal-y-etmoides 
 
Osso pneumático: São ossos que apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável, 
revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos 
pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxilar, temporal, etmoide e esfenoide. 
 
 Figura 7 – Patelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.sogab.com.br/anatomia/artrologiajonas.htm 
 
 
Osso sesamoide: São ossos que se desenvolvem no interior de certos tendões onde há uma 
considerável tensão. Eles nem sempre se ossificam por completo e medem poucos milímetros, 
exceto as duas patelas, consideradas os maiores ossos sesamoides. 
4.5 Histologia do tecido ósseo 
 
No tecido ósseo estão envolvidos quatro tipos de células: 
1- Células osteoprogenitoras ou osteogênicas: São um tipo de células-tronco não 
especializadas, que sofrem divisão celular. As células resultantes dessa divisão formam os 
osteoblastos. 
2- Osteoblastos: São células formadoras de osso que sintetizam (produzem) as fibras 
colágenas e outros componentes orgânicos para formar a matriz extracelular do tecido 
ósseo e promovem a ossificação. 
 
 
 
 
 
https://www.slideshare.net/Tyrelsm/osteologa-frontal-y-etmoides
http://www.sogab.com.br/anatomia/artrologiajonas.htm
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A matriz extracelular do osso contém sais minerais em abundância e fibras colágenas.
 
3 - Osteócitos: São células ósseas maduras, são as principais células do tecido ósseo e têm 
a função de manter o metabolismo do osso trocando nutrientes e resíduos com o sangue. 
4 - Osteoclastos: São células que libera enzimas lisossômicas poderosas e ácidos que 
digerem componentes da matriz extracelular promovendo a reabsorção do osso. 
 
 
Células Osteogênicas: fazem divisão celular e produzem os osteoblastos. 
Células Osteoblastos: produzem a matriz extracelular e fazem a calcificação do osso. 
Células Osteócitos: células que mantém o metabolismo do osso. 
Células Osteoclastos: células que reabsorvem a matriz extracelular e fazem reabsorção óssea.
 
4.6 Suprimento sanguíneo e nervoso do osso 
 
Os ossos são irrigados com sangue, numerosos vasos sanguíneos penetram no osso e atingem o 
periósteo. 
 
O periósteo é formado por uma membrana muito firme rica em tecido conectivo, vasos sanguíneos e fibras 
sensitivas. O periósteo irriga o osso com nutrição sanguínea e o mantém vivo, por possuir fibras sensitivas é 
responsável pela sensação dolorosa que sentimos nos ossos. 
 
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As principias artérias responsáveis por fornecer sangue aos ossos são: 
✓ artérias periosteiais: levam suprimento sanguíneo ao periósteo; 
✓ artéria nutrícia: levam suprimento sanguíneo à parte interna do osso; 
✓ artéria metafisárias: penetram na metáfise do osso (que corresponde ao local entre a epífise 
e diáfise) e junto com artéria nutrícia irrigam a medula óssea vermelha e a metáfise; 
✓ artéria epifisária: levam suprimento sanguíneo à epífise do osso (extremidade). 
As veias acompanham as artérias e recebem os mesmos nomes que elas, a função das veias é 
drenar o sangue dos ossos removendo os catabólitos: 
✓ veias periosteiais: drenam sangue do periósteo; 
✓ veias nutrícias: drenam sangue da parte interna do osso; 
✓ veias metafisárias: drenam sangue da medula óssea vermelha e a metáfise; 
✓ veias epifisárias: drenam sangue da epífise. 
Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que suprem os ossos. O periósteo é rico em nervos 
sensitivos, responsáveis pela sensação de dor. Esses nervos são especialmente sensíveis à 
laceração (despedaçamento) ou à tensão, o que explica a dor em casos de fraturas e tumores 
ósseos. 
4.7 Crescimento ósseo 
 
Entre a diáfise e epífise dos ossos existe uma região chamada cartilagem epifisária formada por 
quatro cartilagens. A ação dessas cartilagens é responsável pelo crescimento do osso em 
comprimento. 
✓ Cartilagem em repouso: os condrócitos (células ósseas) não participam do crescimento 
ósseo, por isso o nome repouso, elas apenas fixam a cartilagem ao osso da epífise. 
✓ Cartilagem em proliferação: os condrócitos se dividem para permitir o crescimento ósseo. 
✓ Cartilagem hipertrófica: nessa camada, os condrócitos se organizam em colunas e promovem 
o alongamento da diáfise (crescimento do osso). 
✓ Cartilagem calcificada: essa cartilagem é invadida por osteoblastos e vasos sanguíneos que 
secretam a matriz extracelular, substituindo a cartilagem calcificada por osso. 
Por volta dos 18 anos de idade nas mulheres e dos 21 anos nos homens, a cartilagem epifisária se 
fecha, os condrócitos param de se dividir, e o osso substitui toda a cartilagem, a cartilagem 
desaparece e deixa uma estrutura óssea chamada linha epifisial. A partir daí, cessa o crescimento 
ósseo. 
O crescimento ósseo em largura acontece com acréscimo de tecido ósseo na face externa do osso 
pela ação dos osteoblastos. 
 
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Osteoblastos são células formadoras de osso, elas sintetizam (produzem) as fibras colágenas e outros 
componentes orgânicos para formar a matriz extracelular do tecido ósseo e promovem a ossificação. 
 
4.8 Remodelação óssea 
 
Remodelação óssea é a troca contínua do tecido ósseo velho por tecido ósseo novo. Mesmo após o 
osso atingir seu tamanho e forma adulta, o osso é continuamente destruído e substituído por osso 
novo. A remodelação também substitui o osso danificado por tecido ósseo novo. 
O crescimento ósseo normal no jovem e a remodelação óssea no adulto depende da presença de: 
- diversos minerais: cálcio, flúor, magnésio, ferro, fósforo e manganês; 
- diversas vitaminas: A, B12, C, D e K 
- diversos hormônios: hormônio do crescimento, hormônios sexuais, hormônios da tireoide, 
calcitonina, paratormônio e insulina. 
 
A remodelação ocorre pela ação contínua dos osteoclastos que destroem o tecido ósseo velho e dos 
osteoblastos que constrói o novo. Para que esse processo ocorra de forma homeostasica, é necessário um 
equilíbrio delicado entre as ações dos osteoblastos e osteoclastos. 
 
 
Neste capítulo, você viu que as funções dos ossos estão envolvidas com movimento, sustentação, proteção, 
reserva de minerais e produção de células sanguíneas. O Esqueleto Humano é formado por aproximadamente 
206 ossos devido aos fatores etários, individuais e aos critérios de contagem. 
O osso é formadopor uma matriz extracelular composta por fibras colágenas que garantem flexibilidade e sais 
minerais inorgânicos responsáveis pela resistência do osso. As células encontradas no tecido ósseo são: 
osteogênicas (função – formar osteoblastos), osteoblastos (função – calcificação), osteócitos (função – 
manutenção do metabolismo) e osteoclastos (função – reabsorção). 
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Você viu também que, conforme suas dimensões, os ossos são classificados em longos, curtos, planos, 
irregulares, pneumáticos e sesamoide. 
É importante lembrar que anatomicamente o esqueleto é dividido em esqueleto axial, que compreende os 
ossos do crânio, tórax e coluna vertebral, e esqueleto apendicular, que abrange os ossos dos membros 
superiores e inferiores assim como as suas raízes. 
O periósteo é formado por uma membrana muito firme rica em tecido conectivo, vasos sanguíneos e fibras 
sensitivas. O periósteo irriga o osso com nutrição sanguínea e o mantém vivo, por possuir fibras sensitivas é 
responsável pela sensação dolorosa que sentimos nos ossos. 
Você não pode esquecer que a remodelação óssea é a troca contínua do tecido ósseo velho por tecido ósseo 
novo. Mesmo após o osso atingir seu tamanho e forma adulta, o osso é continuamente destruído e substituído 
por osso novo. 
 
 
O esporte não atua como um fator que possa alterar os processos de maturação e crescimento de uma criança. 
A atividade física aparentemente não afeta a estatura e a maturação, como evidenciado em estudos 
longitudinais. Se isso ocorre em uma criança atleta, é provável que existam interações de outros fatores 
ambientais. Por outro lado, o treinamento físico pode ser um importante componente para otimizar a 
mineralização do esqueleto. Para saber mais sobre a influência do esporte na estrutura óssea, leia o artigo: 
“Influência do esporte na fase de crescimento e maturação do esqueleto” acessando o link: 
www.scielo.br/pdf/rbme/v3n3/a04v3n3.pdf
 
 
Palavras Significado 
Articulares Vem da palavra articulação, ou seja, junção entre dois ossos. 
Catabólitos São substâncias derivadas do catabolismo (digestão) de um organismo. 
Laceração Despedaçamento 
Equivalente Similares, parecidos. 
Flexibilidade Elasticidade, maleável. 
Morfologia Forma, estrutura. 
Ossificação Formação de osso. 
Resistência Força que se opõe ao movimento 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v3n3/a04v3n3.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v3n3/a04v3n3.pdf
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Qual das seguintes alternativas não é uma função do sistema esquelético? 
a) Local de fixação do tecido muscular. 
b) Produção de células sanguíneas (hematopoese). 
c) Armazenamento de cálcio e fósforo. 
d) Sustentação e Proteção de órgãos vitais. 
e) Produção de vitamina D. 
RESPOSTA: E. Você viu que, de acordo com o que foi estudado, as funções do esqueleto são: 
1- Participação na locomoção (movimento); 
2- Sustentação do corpo; 
3- Proteção de órgãos vitais; 
4- Local de fixação do tecido muscular; 
5- Produção de células sanguíneas (hematopoese); 
6- Reserva de Minerais; 
***Então a alternativa E não faz parte das funções do sistema esquelético. 
 
 
Qual das seguintes alternativas não é uma célula do tecido ósseo? 
a) Osteócito 
b) Matriz extracelular 
c) Osteoclasto 
d) Osteoblasto 
e) Osteogênica 
 
 
 
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Brandão, Miriam. Anatomia Sistêmica - Visão Dinâmica para o Estudante - Guanabara Koogan. RJ- 1ª Ed. 
2004 
Este livro atende as necessidades diárias daqueles que precisam de uma visão dinâmica e fundamentada da 
Anatomia Humana. Fornece suporte didático à medida que ministra exercícios de fixação e de correlação, e 
apresenta imagens fotográficas das peças anatômicas que permitem explorações técnicas de acordo com a 
necessidade em questão.
 
 
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UNIDADE II 
CAPÍTULO 5 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
MUSCULAR 
 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição dos músculos; 
✓ Funções do Sistema Muscular; 
✓ Propriedades dos músculos; 
✓ Tipos dos músculos; 
✓ Tipos de fibras musculares; 
✓ Componentes anatômicos dos músculos; 
✓ Contração muscular; 
✓ Tipos de contração muscular; 
 
Introdução 
O sistema muscular é responsável pelo movimento do corpo humano, é através da contração que os 
músculos produzem força para tracionar os ossos e produzir movimento nas articulações. Além 
disso, os músculos representam cerca de 45% do peso corporal e estabilizam a posição do corpo 
humano contra a ação da gravidade. 
Conhecer as funções do sistema muscular e seus componentes anatômicos abre um mundo de 
informações que ultrapassam os limites relacionados apenas ao movimento humano. 
Ao estudar esse capítulo, você aprenderá mais sobre esse fantástico sistema. 
 
Arrepio ou Calafrio é uma sensação de frio que ocorre quando a temperatura corporal diminui. 
Os tremores também ocorrem juntamente com calafrios, porque o corpo produz calor durante a contração 
muscular em uma tentativa fisiológica de aumentar a temperatura do corpo. 
 
5.1 Definição 
 
Os músculos são feixes de células musculares que se fixam pelas suas extremidades e movem 
segmentos do corpo através de sua característica de contração e relaxamento, geralmente em 
resposta a um estímulo nervoso. 
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Os músculos são capazes de transformar energia química através da “quebra” de uma molécula 
chamada ATP (adenosina trifosfato) em energia mecânica e gerar trabalho. 
 
ATP: a adenosina trifosfato, também conhecido como ATP, é uma molécula que transporta energia nas células. 
É a principal moeda de energia da célula, todos os seres vivos usam ATP como fonte de energia. 
 
O corpo humano é formado por aproximadamente 501 músculos, esse número não é exato devido 
algumas variações como, por exemplo, as diferenças raciais. Nossos músculos representam cerca 
de 40 a 50% do peso corporal. 
Figura 1 – Musculatura humana 
 
Fonte: https://todoimagenes.co/organos-del-cuerpo-humano 
 
5.2 Funções dos músculos 
 
As funções do Sistema Muscular são: 
1. Realização de movimentos - Dentre as diversas funções que os músculos realizam, a 
capacidade de produzir movimentos é uma característica peculiar, ou seja, é uma 
característica exclusiva, apenas o sistema muscular é capaz de realizar contração e 
relaxamento muscular. 
2. Estabilização das posições do corpo - As contrações que os músculos realizam estabilizam 
as articulações e ajudam na manutenção da postura corporal. Assim, atitudes como ficar 
sentado, em pé ou movimentar-se só é possível graças às contrações dos músculos. 
3. Movimentação de substâncias orgânicas - Os músculos revestem as paredes dos vasos 
sanguíneos e todos os nossos órgãos, dessa forma, as contrações geradas nos vasos ajudam 
a impulsionar e transportar o sangue durante a circulação sanguínea, assim como 
movimentar alimentos no tubo digestório ou urina no sistema renal. 
https://todoimagenes.co/organos-del-cuerpo-humano
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4. Produção de calor - Quando os músculos se contraem produzem energia que é utilizada 
pelo organismo para manter a temperatura corporal. 
 
As funções do Sistema Muscular são: 
1. Realização de movimentos 
2. Estabilização das posições do corpo 
3. Movimentação de substâncias orgânicas 
4. Produção de calor 
 
5.3 Propriedade do sistema muscular 
 
O sistema muscular possui quatro propriedades básicas que lhe permitem trabalhar em harmonia. 
1. Excitabilidade Elétrica – Refere-se à capacidade que as células musculares têm de responder 
a determinados estímulos elétricos, assim como ocorre nas células do sistema nervoso. Por 
exemplo, o coração possui algumas células musculares especiais (chamadas de marca-
passo do coração) que são capazes de deflagrar estímulos elétricos e gerarcontração. 
2. Contratilidade – Refere-se à capacidade de contrair-se quando é estimulado pelo estímulo 
nervoso, essa contração gera tensão (força) que traciona os pontos de fixação dos músculos 
produzindo movimento. 
3. Extensibilidade – É a capacidade que os músculos têm de esticarem-se sem sofrer danos, 
isso ocorre durante o alongamento por exemplo. 
4. Elasticidade – É a capacidade que o músculo possui de retornar ao seu comprimento e sua 
forma depois de uma contração ou depois de um alongamento. 
 
As Propriedades do Sistema Muscular são: 
1. Excitabilidade Elétrica 
2. Contratilidade 
3. Extensibilidade 
4. Elasticidade 
 
 
 
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Tipos de músculos 
Existem três tipos de músculos, são eles: 
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO 
o Forma: recebe o nome de estriado porque suas fibras musculares estão dispostas de 
maneira irregular, o que confere um aspecto de ‘estrias’, e esquelético porque está sempre 
ligado a um ou mais ossos. 
o Localização: esse tipo de músculo reveste todo o esqueleto. 
o Função: realiza contração voluntária, ou seja, podemos contrair e relaxar os músculos 
estriados esqueléticos e assim produzir movimento pelo nosso desejo voluntário. 
MÚSCULO LISO 
o Forma: recebe o nome de liso porque suas fibras musculares estão dispostas de maneira 
regular, o que confere um aspecto ‘liso’. 
o Localização: esse tipo de músculo reveste a parede de todas as vísceras (órgãos) e vasos 
sanguíneos. 
o Função: esse tipo de músculo realiza contração involuntária, ou seja, a contração e o 
relaxamento não dependem do nosso desejo voluntário. 
MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO 
o Forma: recebe o nome de estriado porque suas fibras musculares estão dispostas de 
maneira irregular, o que confere um aspecto de ‘estrias’, e cardíaco porque está sempre 
ligado ao coração. 
o Localização: Esse tipo de músculo reveste a parede do coração. 
o Função: Esse tipo de músculo realiza contração involuntária, ou seja, a contração e o 
relaxamento não dependem do nosso desejo voluntário 
 
 
 
 
 MÚSCULO 
ESTRIADO 
ESQUELÉTICO 
MÚSCULO LISO MÚSCULO 
ESTRIADO 
CARDÍACO 
TIPO DE 
CONTRAÇÃO 
Voluntaria Involuntária Involuntária 
LOCALIZAÇÃO Esqueleto Vasos sanguíneos e 
vísceras 
Coração 
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5.5 Tipos de fibras musculares 
 
A massa muscular do corpo humano é composta por dois tipos principais de fibras musculares, as 
vermelhas e as brancas. As fibras vermelhas são também chamadas de Tipo I ou de contração lenta 
e as brancas de Tipo II ou de contração rápida. A classificação das fibras é feita através das suas 
características contráteis e metabólicas. 
A maioria dos grupos musculares é composta por uma combinação igual de fibras vermelhas 
(contração lenta) e brancas (contração rápida), embora existam alguns grupos musculares com 
predominância de certo tipo de fibra. A porcentagem dos tipos de fibra pode ser influenciada pela 
genética, níveis hormonais e hábitos de exercício do indivíduo. 
➢ Fibras vermelhas de contração lenta (do tipo I) 
Possuem grande número de capilares sanguíneos e alta atividade enzimática mitocondrial, o que 
permite que essas fibras possuam grande capacidade de metabolismo aeróbico (obtenção de 
energia com a presença de oxigênio) e alta resistência à fadiga, por isso realizam contração lenta, 
que são aquelas contrações de menor intensidade, porém de maior duração. 
Por exemplo: Atletas de resistência (corredores de distância) possuem alta porcentagem de fibras 
vermelhas de contração lenta (do tipo I). 
➢ Fibras brancas de contração rápida (do tipo II a) 
Apresentam capacidade limitada de metabolismo aeróbico, no entanto, têm uma grande capacidade 
anaeróbica (obtenção de energia na ausência de oxigênio) e são menos resistentes à fadiga, por 
isso realizam contração rápida, que são aquelas contrações de maior intensidade, porém de menor 
duração. 
Por exemplo: Atletas de potência (corredores de curta distância) possuem alta porcentagem de fibras 
rápidas. 
➢ Fibras intermediárias (do tipo II b) 
Possuem características mescladas das fibras do tipo I e II e têm a capacidade de modificarem-se0 
e adquirirem mais as características de uma que de outra com o treinamento físico. O treinamento 
físico de potência e o de resistência promove uma conversão das fibras. 
 
FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I) 
- Sistema de energia utilizado: AERÓBICO (utiliza o oxigênio como principal fonte de energia); 
- Coloração: vermelha (devido ao grande número de mioglobina e mitocôndrias); 
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- Contração muscular lenta; são altamente resistentes à fadiga; 
- São mais apropriadas para exercícios de longa duração como natação e corrida. 
FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II) 
- Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO; 
- Coloração: branca; 
- Contração muscular rápida; fadigam rapidamente; 
- Predominam em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo e 
saltos. 
 
 
FÁSCIA MUSCULAR - É uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo. 
✓ A camada mais externa que envolve todo o músculo é chamada de epimísio; 
✓ A camada que envolve cada feixe muscular é chamada de perimísio; 
✓ A camada que envolve cada fibra muscular é chamada de endomísio. 
 
 
Figura 2 – Músculo Estriado 
 
 
Fonte: https://www.slideshare.net/dralazeb/structure-of-skeletal-muscle 
 
MIOFIBRILAS – São estruturas fusiformes encontradas no interior das fibras musculares. São 
formadas por dois filamentos: Actina (filamentos finos) e Miosina (filamentos grossos). Nelas estão 
presentes também as proteínas contráteis chamadas Troponina e Tropomiosina. 
VENTRE MUSCULAR – Constitui o corpo do músculo (a porção carnosa), é formado por fibras 
musculares e representa a parte contrátil do músculo. 
TENDÕES – São estruturas ricas em fibras colágenas que servem para fixar o ventre muscular nos 
ossos, no tecido subcutâneo (abaixo da pele) e nas cápsulas articulares. Os tendões geralmente têm 
um formato cilíndrico, quando se apresentam em forma de ‘leque’ ou lâminas são chamadas de 
Aponeuroses. 
https://www.slideshare.net/dralazeb/structure-of-skeletal-muscle
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BOLSA TENDÍNEA – São pequenos sacos de tecido conjuntivo que envolvem os tendões e servem 
para evitar o impacto deles com os ossos. 
5.6 Contração muscular 
A capacidade de movimentar o corpo, seja levantar-se, manter-se de pé em equilíbrio, caminhar ou 
mudar de posição, tudo isso só é possível devido à contração muscular, que é processo fisiológico 
que possibilita realizar estes movimentos. 
Este fenômeno pode ser compreendido conhecendo a composição de um músculo: que é um tecido 
composto por vários elementos revestidos por membranas que estão distribuídas de forma a originar 
estruturas individuais. Essas estruturas menores que formam o músculo são as fibras musculares, 
constituídas microscopicamente por células que no seu interior possuem uma cadeia de proteínas 
denominadas actina e miosina, dispostas paralelamente alternada entre elas. 
✓ CONTRAÇÃO – Por parte do sistema nervoso, que envia o estímulo, os filamentos da miosina 
e actina se deslizam uns sobre os outros, diminuindo e aproximando-se fazendo, assim, com 
que a fibra muscular se contraia,produzindo a contração muscular. 
 
Figura 3 – Contração Muscular 
 
Fonte: https://pt.slideshare.net/FranciscoM72/funcionamento-e-estrutura-do-musculo-esqueletico 
 
A energia para a contração muscular vem das moléculas de ATP (adenosina trifosfato) produzidas 
durante a respiração celular. Estas moléculas atuam na ligação da miosina à actina, ocasionando a 
contração muscular. 
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ATP: a adenosina trifosfato, também conhecido como ATP, é uma molécula que transporta energia nas células. 
É a principal moeda de energia da célula, todos os seres vivos usam ATP como fonte de energia.
 
✓ RELAXAMENTO – Quando cessa o estímulo nervoso para a fibra muscular. 
 
✓ FADIGA MUSCULAR - Ocorre por deficiência de ATP, que é a energia necessária para o 
deslizamento da actina sobre a miosina, ou incapacidade de propagação do estímulo nervoso 
por meio da membrana celular. 
 
ETAPAS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR: 
1. O impulso nervoso percorre todo o neurônio motor e chega à junção neuromuscular; 
2. Isso provoca a liberação de acetilcolina na fenda sináptica; 
3. Esse neurotransmissor aumenta a permeabilidade da membrana ao sódio (carga +) e causa 
despolarização da fibra muscular com propagação do impulso nervoso por todo o músculo; 
4. A despolarização atinge o retículo sarcoplasmático e promove liberação de cálcio; 
5. O cálcio liberado permite uma forte ligação entre actina e miosina; 
A contração muscular continua enquanto há energia disponível para deslizar a actina sobre a miosina.
 
5.7 Tipos de contração muscular 
Para que um movimento ocorra é necessário que os músculos recebam um estímulo através de um 
comando do sistema nervoso e se contraiam. Existem duas formas de os músculos realizarem 
contração: 
CONTRAÇÃO ISOTÔNICA – Na contração dos músculos do esqueleto, os movimentos produzem 
sempre a aproximação de ossos articulados entre si, enquanto o relaxamento muscular permite o 
afastamento deles. Torna-se evidente que a aproximação só é possível pelo encurtamento das fibras 
que formam os músculos, o que é denominado de contração isotônica. A contração isotônica é 
dividida em: 
➢ Contração Concêntrica - o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um 
tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. 
➢ Contração Excêntrica - quando aumenta o comprimento total do músculo durante a 
contração. 
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Figura 4 – Movimento muscular: contração concêntrica e excêntrica 
 
Fonte: https://raislife.com/blog/wp-content/uploads/2015/01/rais-data-saude-dor-muscular-tardia-dmt-contracao-muscular-concentrica-
excentrica-pt.png?x52980 
 
CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA – Na contração isométrica, o comprimento do músculo não varia, ou 
seja, não há movimento durante a contração. Um exemplo de contração isométrica é o do atleta que 
sustenta com os braços seu corpo no ar. Enquanto sustém, seus braços permanecem em contração, 
embora não produzam movimento. 
Figura 5 – Contração isométrica 
 
Fonte: https://yogateachercentral.com/study-library/anatomy-physiology-2/anatomy-physiology/anatomy-of-the-core/fundamental-
teachings/ 
 
 
Neste capítulo, você viu que os músculos são estruturas anatômicas capazes de realizar contração e 
relaxamento e produzir movimentos. 
Os músculos possuem quatro propriedades: Excitabilidade Elétrica, Contratilidade, Extensibilidade e 
Elasticidade. E podem ser classificados em: Músculo estriado esquelético, Músculo estriado cardíaco e 
Músculo liso. 
Você viu também que a massa muscular do corpo humano é composta por dois tipos principais de fibras 
musculares, as vermelhas e as brancas. As fibras vermelhas são também chamadas de Tipo I ou de contração 
lenta e as brancas de Tipo II ou de contração rápida. A classificação das fibras é feita através das suas 
características contráteis e metabólicas. 
Conforme suas formas, origens, inserções, ações e funções, os músculos podem receber diversas 
classificações. 
https://raislife.com/blog/wp-content/uploads/2015/01/rais-data-saude-dor-muscular-tardia-dmt-contracao-muscular-concentrica-excentrica-pt.png?x52980
https://raislife.com/blog/wp-content/uploads/2015/01/rais-data-saude-dor-muscular-tardia-dmt-contracao-muscular-concentrica-excentrica-pt.png?x52980
https://yogateachercentral.com/study-library/anatomy-physiology-2/anatomy-physiology/anatomy-of-the-core/fundamental-teachings/
https://yogateachercentral.com/study-library/anatomy-physiology-2/anatomy-physiology/anatomy-of-the-core/fundamental-teachings/
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É importante lembrar que existem dois tipos principais de contração muscular, a contração isotônica, que 
promove movimento durante a contração e pode ser subdivida em contração concêntrica e excêntrica, e 
contração isométrica, que não há movimento durante a tensão muscular.
 
 
Assista ao vídeo “Sistema Muscular: Estrutura, divisões e funções dos músculos esqueléticos”. Ele traz uma 
aula de anatomia humana sobre o sistema muscular no qual descreve a estrutura, divisões e funções dos 
músculos esqueléticos e como eles movimentam as articulações. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=UHBPIY4AEPs
 
 
Palavras Significado 
Contratilidade Propriedade que tem certas células, especialmente as do tecido muscular, de 
reduzir as dimensões mediante estímulo. 
Elasticidade Propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração, e retornar 
parcial ou totalmente à forma original. 
Excitabilidade Propriedade de se excitar com determinado estímulo. 
Extensibilidade Propriedade de um corpo sofrer deformação, quando submetido à tração. 
Flexibilidade Elasticidade, maleabilidade. 
Vísceras Órgão. 
 
 
(Questão adaptada de UFPI) O ATP gasto durante a contração muscular é reposto, de forma rápida, graças a 
uma substância que transfere seu grupo fosfato energético para o ADP, transformando-o em ATP. Essa 
substância é denominada: 
a) adenosina trifosfato 
b) guanosina trifosfato 
c) creatina-fosfato 
b) miosina-fosfato 
e) actina-fosfato 
https://www.youtube.com/watch?v=UHBPIY4AEPs
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RESPOSTA: C 
De acordo com o que foi estudado, você viu que: os músculos são capazes de transformar energia química 
através da “quebra” de uma molécula chamada ATP (adenosina trifosfato) em energia mecânica e gerar 
trabalho. 
***Então a alternativa C é a correta. 
 
 
Qual das seguintes alternativas não é uma propriedade dos músculos? 
a) Contração 
b) Elasticidade 
c) Excitabilidade 
d) Extensibilidade 
e) Transformação de energia 
 
 
Brandão, Miriam. Anatomia Sistêmica - Visão Dinâmica para o Estudante - Guanabara Koogan. RJ- 1ª Ed. 
2004 
Este livro atende às necessidades diárias daqueles que precisam de uma visão dinâmica e 
fundamentada da Anatomia Humana. Fornece suporte didático à medida que ministra exercícios de fixação e 
de correlação, e apresenta imagens fotográficas das peças anatômicas que permitem explorações técnicas de 
acordo com a necessidade em questão. 
 
 
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UNIDADE II 
CAPÍTULO 6 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Nervoso; 
✓ Divisões Anatômicas do Sistema Nervoso; 
✓ Tipos de Células Nervosas; 
✓ Impulso Nervoso; 
✓ Tipos de Sinapses; 
✓ Tipos de Condução Nervosa; 
 
Introdução 
Estudar a Anatomia e a Fisiologia Humana e conhecer o corpo humano são mesmo fascinantes, 
entender como são os sistemas, quais são os órgãos que constituem cada um deles, sua localização, 
sua forma e seu funcionamento. 
No entanto, conhecer o sistema que atua no controle de todos os outros é maravilhoso e nesse 
capítulo vamos conhecer um pouco desse complexo e organizadomaquinário que é o Sistema 
Nervoso. 
Esse capítulo vai nos mostrar quem é o sistema nervoso, onde está localizado, quais as divisões e 
subdivisões anatômicas e o seu funcionamento de forma geral. 
 
“O puro espírito é uma pura estupidez, retire o sistema nervoso e os sentidos, e o resto é um erro de 
cálculo, e isso é tudo!” 
(autor: Friedrich Nietzsche) 
 
6.1 Definição e funções 
 
O Sistema Nervoso (SN) é formado por uma rede complexa, porém muito organizada de células 
nervosas que desempenham funções diversas e ‘excelentes’ em nosso corpo humano. 
O sistema nervoso realiza a função de controlar e coordenar as funções de todos os sistemas que 
compõem o corpo humano, dessa forma, o sistema nervoso pode ser considerado um sistema 
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‘soberano’ em nosso corpo. A prova disso é que quando ocorrem danos no sistema nervoso, o 
indivíduo pode apresentar disfunções em vários outros, como alterações motoras, sensitivas, 
cognitivas, esfincterianas entre outras. 
De uma maneira generalista podemos dizer que as funções do sistema nervoso são: 
1. Adaptar o organismo às condições externas; 
2. Ajustar o organismo às condições internas (homeostasia); 
3. Integrar, controlar e coordenar os demais sistemas corpóreos; 
4. Elaborar funções psíquicas superiores; 
 
Homeostasia: é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções 
adequadamente para o equilíbrio do corpo. 
 
Figura 1 – Sistema nervoso 
 
 Fonte: http://fisica2100.forumeiros.com/t811-sistema-nervoso-central 
6.2 Divisão anatômica e funcional do sistema nervoso 
 
Anatomicamente, o sistema nervoso é dividido em duas partes: Sistema Nervoso Central e Sistema 
Nervoso Periférico. 
O Sistema Nervoso Central (SNC) se refere a um conjunto de estruturas nervosas localizadas dentro 
do esqueleto axial. 
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) se refere a um conjunto de estruturas nervosas localizadas fora 
do esqueleto axial. 
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Esqueleto Axial: conjunto de ossos presentes na cabeça e tronco do corpo humano. Ele é composto por três 
partes: a cabeça, a caixa torácica e a coluna vertebral. 
 
De uma maneira geral, o sistema nervoso funciona da seguinte maneira: 
Fluxograma 1 – Funcionamento do sistema nervoso 
 
 
 
 
 
 
 
SNP – Vias Aferentes 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor 
 
 
◼ SNC – Recebe os estímulos, interpreta-os, direciona as áreas específicas e elabora respostas 
para o controle corporal. 
 
◼ SNP – Captam os estímulos através dos receptores, conduz informações nervosas ao SNC 
(vias aferentes) e conduz as respostas do SNC aos órgãos efetuadores (vias eferentes). 
6.3 Sistema nervoso central 
 
Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído por estruturas que se localizam dentro do esqueleto 
axial (cavidade craniana e canal vertebral). Sua função é receber os estímulos, comandar e 
desencadear as respostas. 
O sistema nervoso central é subdividido anatomicamente em: 
◼ Encéfalo: formado por um conjunto de órgãos (Cérebro, Cerebelo e Tronco 
Encefálico) localizados no interior do crânio. 
SNC 
ORGÃOS EFETUADORES 
SNP – Vias Eferentes 
RECEPTORES 
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◼ Medula Espinhal: tem a forma de um cordão, está localizada no interior do canal 
vertebral na coluna, desde a região da primeira vértebra até o nível da segunda vértebra 
lombar. 
Figura 2 – Subdivisão do sistema nervoso 
 
Fonte: Elaborado pelo autor 
O sistema nervoso central é protegido por três estruturas diferentes, o esqueleto axial, as 
meninges e o líquor. 
1. Esqueleto axial: uma das funções dos ossos é garantir proteção a órgãos considerados vitais, 
os órgãos do sistema nervoso central localizam-se no interior do esqueleto axial. 
2. Meninges: são lâminas ou membranas de tecido conjuntivo que envolve os órgãos do sistema 
nervoso central, garantindo proteção a eles. 
✓ Dura-máter: meninge mais espessa e resistente. É a camada externa. 
✓ Aracnoide: dispõe-se entre a dura-máter e a pia-máter. É a camada intermediária. 
✓ Pia-máter: meninge mais delicada e mais interna. É a camada interna. 
3. Líquido Cefalorraquidiano: também pode ser chamado de líquor, percorre o espaço 
subaracnóideo, entre as meninges aracnoide e pia-máter. Sua função é amortecer choques 
e evitar trauma, assim também atua como um meio protetor ao SNC. 
6.4 Sistema nervoso periférico 
 
O sistema nervoso periférico se localiza fora do esqueleto axial, sua função é conduzir os estímulos 
ao sistema nervoso central e as ordens emanadas da porção central até os órgãos efetuadores. 
O sistema nervoso periférico é subdividido anatomicamente em: 
◼ Gânglios: estrutura responsável pela secreção de substâncias nervosas (neurotransmissor). 
◼ Terminações Nervosas: conduzem informações nervosas ao neurônio seguinte através da 
sinapse. 
◼ Nervos: são cordões esbranquiçados que têm a função de conduzir informações nervosas. 
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✓ Nervos Cranianos: transmitem informações do encéfalo aos órgãos efetuadores (12 
pares). 
✓ Nervos Espinhais: transmitem informações da medula aos órgãos efetuadores (31 
pares). 
 
SNC: 
5. Localização: dentro do esqueleto axial 
6. Função: receber estímulos, interpretá-los e elaborar respostas 
7. Divisão Anatômica: Encéfalo e Medula espinhal 
SNP: 
1. Localização: fora do esqueleto axial 
2. Função: conduzir estímulos e respostas 
3. Divisão Anatômica: Nervos, Gânglios e Terminações Nervosas 
 
 
6.5 Células nervosas 
 
No sistema nervoso existem dois tipos de células: 
1. Neurônios: são as células funcionais do sistema nervoso responsáveis pela recepção e 
transmissão dos estímulos nervosos, possibilitando ao organismo a execução de respostas 
adequadas para a manutenção da homeostase. 
2. Células da Glia (chamadas também de neuroglia): são as células estruturais que cumprem 
as funções de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. São subdivididas em três tipos 
e auxiliam na manutenção da estrutura do sistema nervoso, sendo: 
3. ASTRÓCITOS: responsáveis pela nutrição da célula nervosa. 
4. OLIGODENDRÓCITOS: formam a bainha de mielina, que é uma cobertura de lipídeos 
(gordura) e proteínas que envolvem alguns axônios e acelera a velocidade de propagação do 
impulso nervoso. 
5. MICRÓGLIA: apresentam função macrofágica atuando como sistema imunológico. 
Anatomicamente, tanto o neurônio quanto a célula da glia possuem basicamente uma mesma 
forma. Trata-se de uma célula composta de um corpo celular (onde está o núcleo), de onde 
partem inúmeros e finos prolongamentos celulares denominados dendritos, e um 
prolongamento único e maior que recebe o nome de axônio, sua parte final é ramificada e 
recebe o nome de terminações nervosas. 
 
http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso2.asp#neuroglia
http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso2.asp#neuroglia
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Figura 3 – Neurônio 
 
Fonte: https://saulo.arisa.com.br/wiki/index.php/Perceptron 
 
As células nervosas são: 
1. Neurônios – Células funcionais 
2. Células da Glia – Células estruturais (Astrócitos, Micróglia e Oligodendrócitos) 
 
6.6 Impulso nervoso 
Quando o neurônio sofre um estímulo se inicia o impulso nervoso. Esse estímulo de ser 
suficientemente forte para desencadeá-lo, isso acontece quando uma membrana está em potencial 
de repouso, ou seja, uma condição em que a superfície interna da membrana possui carga negativa 
em relação à superfície externa (polarização). 
Isso acontece devido às concentrações de Na+ (sódio) extracelulares serem muito maiores do que 
as concentraçõesintracelulares. O K+ (potássio), por sua vez, é encontrado em maior quantidade 
intracelular e essa concentração é mantida pelo transporte ativo de íons. Isso ocorre através da 
membrana por meio da bomba de sódio e potássio. 
 
A diferença nos eletrólitos presentes nos meios interno e externo da célula é responsável pelo desenvolvimento 
de uma carga elétrica através da membrana que auxilia na transmissão dos impulsos nervosos e regulação 
das funções celulares. 
 
https://saulo.arisa.com.br/wiki/index.php/Perceptron
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Quando o neurônio sofre um estímulo, há a abertura dos canais de Na+ e uma entrada rápida desse 
íon para o interior da célula. A entrada de carga positiva faz com que o interior da membrana, que é 
negativo, se transforme em positivo (despolarização). Essa inversão de polaridade permite que o 
impulso nervoso seja deflagrado (enviado). 
Depois que o impulso nervoso foi enviado, a célula retorna a sua polaridade através do fechamento 
dos canais de Na+ e a saída dos íons K+ para o meio externo. A diminuição de carga positiva no 
interior da membrana faz com que ela volte a ser negativa e restabeleça a condição de repouso 
(repolarização). Essas alterações no potencial elétrico da membrana são chamadas de impulso 
nervoso. 
Figura 4 – Impulso nervoso 
 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-impulso-nervoso.htm 
 
 
Potencial de Ação é um fenômeno que envolve três estágios: Estado de repouso, Etapa de despolarização e 
Etapa de repolarização. Esse mecanismo é necessário para transmitir impulso nervoso e permitir o 
funcionamento do corpo humano. 
 
6.7 Tipos de sinapses 
O funcionamento do Sistema Nervoso acorre mediante a transmissão de impulsos nervosos, um 
impulso nervoso é transmitido através das sinapses. 
SINAPSE: ponto de contato entre duas células para a propagação do impulso nervoso. 
Figura 5 – Sinapse Química 
 
Fonte: http://liberacion-memoria-celular.blogspot.com/2015/10/moleculas-de-emocion-candace-pertpeptido.html 
SINAPSE 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-impulso-nervoso.htm
http://liberacion-memoria-celular.blogspot.com/2015/10/moleculas-de-emocion-candace-pertpeptido.html
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Existem dois tipos de sinapses: 
 Sinapse Química: a propagação do impulso nervoso depende da liberação de mediador 
químico (chamado Neurotransmissor). 
 Sinapse Elétrica: a propagação do impulso nervoso depende da mudança de polaridade 
elétrica entre as células que estão se comunicando. 
 
Figura 6 – Sinapse Elétrica 
 
Fonte: http://drlosada.blogspot.com/2011/11/oculoplastica.html 
 
Na figura 5, a imagem mostra um exemplo de Sinapse Química, onde a liberação do 
neurotransmissor facilita a propagação do impulso nervoso. Na figura 6, é possível perceber que a 
ligação entre as células ocorreu de forma direta provavelmente pela diferença de eletricidade entre 
elas, um exemplo de Sinapse Elétrica. 
6.8 Tipos de condução nervosa 
 
A propagação do impulso nervoso caracteriza dois tipos de condução, ou seja, existem duas 
maneiras de o impulso nervoso percorrer as células. Portanto, para entender melhor esses conceitos, 
é necessário compreender um processo denominado mielinização. 
À medida que crescemos e nos desenvolvemos, as células nervosas sofrem um processo de 
mielinização. Nesse, os axônios são circundados por um revestimento de várias camadas de lipídios 
e proteínas chamadas de bainha de mielina, após esse processo de mielinização, as células se 
tornam mielínicas. A bainha de mielina se dispõe de maneira irregular ao longo do axônio, os 
intervalos entre a bainha de mielina são denominados de “nó de Ranvier”. 
 
Mielinização: refere-se à deposição de bainha de mielina nas células do sistema nervoso. A bainha de mielina 
acelera a propagação do impulso nervoso entre células mielínicas. 
 
http://drlosada.blogspot.com/2011/11/oculoplastica.html
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Os dois tipos de Condução Nervosa são: 
Condução Axonal: quando o impulso nervoso percorre células amielínicas, ou seja, que não foram 
mielinizadas, a condução percorre todo o axônio e por isso ocorre de forma mais lenta. 
Condução Saltatória: quando o impulso nervoso percorre células mielínicas, ou seja, que foram 
mielinizadas, o impulso ‘salta’ de intervalos a intervalos da bainha de mielina e por isso ocorre de 
forma mais rápida. 
 
CONDUÇÃO AXONAL CONDUÇÃO SALTATÓRIA 
Ocorre entre células amielínicas (sem 
bainha de mielina) 
Ocorre entre células mielínicas (com bainha 
de mielina) 
O impulso nervoso percorre todo o axônio O impulso nervoso ‘salta’ os intervalos da 
bainha de mielina 
É mais lenta É mais rápida 
 
 
Neste capítulo, você viu que o sistema nervoso é responsável pelo controle de todos os outros sistemas do 
corpo humano. Anatomicamente, o sistema nervoso está dividido em sistema nervoso central e sistema 
nervoso periférico. 
O sistema nervoso central se refere a um conjunto de estruturas nervosas localizadas dentro do esqueleto 
axial, são envolvidas pelas meninges e circundados pelo líquor, estruturas que garantem proteção ao sistema 
nervoso. O sistema nervoso periférico está localizado fora do esqueleto axial e compreende os nervos, os 
gânglios e as terminações nervosas. 
As células do sistema nervoso são classificadas em neurônios e células da glia que compreendem os 
astrócitos, a micróglia e os oligodendrócitos. 
Você viu também que existem dois tipos de sinapse, a química e a elétrica, mecanismo indispensável para a 
propagação do impulso nervoso e controle das funções corporais. 
É importante lembrar que existem dois tipos de condução nervosa, esses tipos estão relacionados à presença 
ou não de bainha de mielina entre as células. Um dos tipos é a condução axonal e o outro condução saltatória. 
 
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O sistema nervoso é um dos sistemas mais fascinantes e complexos do corpo humano, interligando uma 
infinidade de componentes. Para saber detalhes sobre as funções, elementos e partes desse sistema, confira 
o artigo “Sistema Nervoso – Funções e Elementos Essenciais”. Disponível em: 
https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-nervoso/ 
 
Palavras Significado 
Analogia Em que há ou pode haver uma análise comparativa; comparação. 
Amielínicas Sem bainha de mielina. 
Circundados Rodeado. 
Função macrofágica Função de limpeza celular. 
Inter-relacionadas Que se relacionam entre si. 
Mielínica Com bainha de mielina. 
Sistema imunológico Sistema de defesa corporal. 
 
O responsável por processar as informações recebidas de todo o nosso corpo é o sistema nervoso central. 
Constituído por: 
a) Nervos e encéfalo. 
b) Encéfalo e medula espinhal. 
c) Nervos e medula óssea. 
d) Medula espinhal e medula óssea. 
e) Medula óssea e encéfalo. 
RESPOSTA: B 
Você viu que, de acordo com o estudado: o sistema nervoso central é formado por encéfalo e medula espinhal.
 
https://www.anatomiadocorpo.com/sistema-nervoso/
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O sistema nervoso central é envolto por três membranas fibrosas que para garantir a proteção elas envolvem 
as estruturas que compõem o sistema nervoso central. A essas membranas damos o nome de: 
a) Âmnios. 
b) Pleuras. 
c) Cárdias. 
d) Fáscias. 
e) Meninges. 
 
 
72 
 
UNIDADE II 
CAPÍTULO 7 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
ENDÓCRINO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Endócrino; 
✓ Glândulas endócrinas e exócrinas; 
✓ Órgãos-alvo; 
✓ Hormônios secretados pelas Glândulas Endócrinas; 
Introdução 
As glândulas endócrinas liberam hormônios responsáveis pela regulaçãoe controle das funções do 
corpo, por isso a função do sistema endócrino é importante para o funcionamento do corpo 
humano. 
Para facilitar o estudo, o estudo do sistema endócrino será dividido em 8 partes: 
1. Definição e Funções; 
2. Receptores Hormonais; 
3. Hipófise; 
4. Tireoide; 
5. Paratireoide; 
6. Glândulas suprarrenais; 
7. Pâncreas; 
8. Glândulas sexuais. 
Nesse capítulo, você estudará sobre a localização e função das glândulas endócrinas, assim como 
entenderá os tipos de glândulas que existem, as suas diferenças e forma de ação nos órgãos. 
Endocrinologia é uma especialidade da medicina e uma área da biologia que concentra seus estudos e atuação 
no sistema endócrino, mesmo que os termos "endócrino" e "endocrinologia" só tenham entrado em uso comum 
depois de 1800, já podemos perceber o estudo da endocrinologia há mais de 2.000 anos. Pois em 200 a.C., 
curandeiros chineses já extraíam hormônios hipofisários da urina humana, o procedimento era feito se usando 
o gesso mineral sulfato e o composto químico saponina (extraído das sementes de uma planta com flor), após 
isso usavam esses extratos para fins medicinais. 
 
 
 
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7.1 Definição e funções 
O Sistema Endócrino é composto pelas glândulas responsáveis pela produção e secreção dos 
hormônios. Quando os hormônios chegam à corrente sanguínea movimentam-se pelo corpo até 
chegar aos órgãos onde irão atuar diretamente. O sistema endócrino age juntamente com o sistema 
nervoso, embora trabalhem intimamente associados coordenando todas as funções do corpo, 
possuem várias diferenças. As quais são: 
O sistema nervoso faz a comunicação pelos sinais elétricos, que denominamos impulsos nervosos. 
Esses emitem a informação de maneira rápida e realizam, normalmente, efeitos de curta duração. 
Já no sistema endócrino, acontece ao contrário, onde a comunicação é feita através de sinais 
químicos pelas substâncias denominadas hormônios. Portanto o sistema endócrino tem resposta 
mais lenta e causa, normalmente, efeitos de longa duração. 
O sistema Endócrino é formado por dois tipos de glândulas: 
1. Glândulas Endócrinas: produzem hormônios e os lançam na corrente sanguínea, ou seja, 
produzem substâncias que são lançadas para dentro do corpo (por isso, o prefixo “endo”, de 
endócrina, significa dentro); 
a. Exemplos: Glândulas Tireoide, Paratireoide, Hipófise, Suprarrenal, Pâncreas, 
Gônadas. 
2. Glândulas Exócrinas: produzem substâncias que são lançadas para um sistema de condutos 
ou canais excretores que se abrem para a superfície externa do corpo (por isso, o prefixo 
“exo”, de endócrina, significa fora); 
a. Exemplos: Glândulas Salivar (produz saliva), Sebácea (produz sebo), Sudorípara 
(produz suor). 
 
Hormônios: são substâncias químicas secretadas por uma célula ou um grupo de células exercendo um efeito 
fisiológico de controle sobre outras células, órgãos ou tecidos. 
 
7.2 Receptores hormonais 
Os hormônios não agem diretamente sobre o interior das células para controlar as suas funções. 
Eles se combinam com receptores e essa combinação inicia uma cascata de reações nas células-
alvo. Os receptores estão localizados: 
✓ Dentro ou na superfície da membrana celular; 
✓ No citoplasma celular; 
✓ No núcleo da célula. 
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No entanto, o hormônio deve “anunciar sua chegada” na célula-alvo fixando-se a seus receptores. 
Se solúvel em água ou lipídios, seus receptores ficam situados no interior da célula ou em sua 
membrana plasmática, se não, fica na sua parte externa. 
Etapas sequenciais na indução da resposta da célula-alvo a um estímulo hormonal: 
1) O hormônio deve ser reconhecido e captado pelo receptor específico (presentes na superfície ou 
dentro da célula). 
2) O complexo hormônio-receptor irá ativar um mecanismo gerador de sinais na célula-alvo. 
3) O sinal gerado (segundo-mensageiro) permite que a ação do hormônio se estabeleça na célula. 
 
Células-alvo: São as células nas quais o hormônio age diretamente. São chamadas de células-alvo, pois 
quando liberados no sangue, os hormônios, agem apenas em um determinado tipo de célula. Estas células 
possuem proteínas chamadas de receptores hormonais, que podem estar nas membranas ou no interior das 
células.
 
De uma maneira geral, os receptores agem da seguinte maneira: 
Figura 1 – Receptores hormonais 
 
7.3 Glândula hipófise 
 
A hipófise é uma glândula endócrina, está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. 
Uma glândula pequena, medindo aproximadamente o tamanho de um grão de ervilha nos humanos, 
e dividido em duas partes, sendo elas o lobo anterior (ou adeno-hipófise) e o lobo posterior (ou 
neuro-hipófise). 
A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo. É considerada 
a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a 
tireoide e as glândulas sexuais. 
 
 
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Nota
Mecanismo chave - fechadura
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Hormônios – Hipófise Anterior (Adeno-Hipófise) 
o H. do Crescimento (GH): promove o crescimento de quase todas as células e tecidos do 
corpo; 
o H. Adrenocorticotropina (ACTH): estimula a glândula suprarrenal a secretar os hormônios 
adrenocorticais; 
o H. Tíreo-estimulante (TSH): estimula a glândula tireoide a secretar tiroxina e triiodotironina; 
o H. Folículo-estimulante (FSH): provoca o crescimento de folículos nos ovários antes da 
ovulação; promove a formação dos espermatozoides nos testículos; 
o H. Luteinizante (LH): desempenha um papel importante na ovulação; causa secreção de 
hormônios sexuais nos ovários e testículos; 
o H. Prolactina: contrai as células mioepiteliais das mamas permitindo a saída do leite quando 
a criança mama. 
Hormônios – Hipófise Posterior (Neuro-Hipófise) 
o H. Antidiurético ou vasopressina (ADH): faz com que os rins retenham água, em 
grandes concentrações causa a constrição dos vasos sanguíneos e eleva a pressão 
sanguínea; 
o H. Ocitocina: atua no estímulo da musculatura do útero; contrai o útero durante o parto, 
auxiliando a expulsão do bebê na hora do nascimento. 
Figura 2 – Hipófise 
 
 
 
 
 
7.4 Glândula tireoide 
Localizada abaixo da região popularmente chamada de pomo-de-adão, logo abaixo da laringe, está 
a glândula tireoide, na base do pescoço. Nos adultos essa glândula pode pesar até 25 g e medir 
aproximadamente 5 cm, é pequena e possui dois lobos ligados a uma parte central que dá a essa 
glândula um formato semelhante ao de uma borboleta. 
Figura 3 – Tireoide 
 
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A tireoide está intimamente ligada à regulação do metabolismo do corpo, pois é a responsável pela 
produção de dois hormônios conhecidos como hormônios metabólicos do organismo, pois são 
esses que aumentam a velocidade das reações químicas celulares, aumentando, assim, o 
metabolismo corporal. 
o T3 (triiodotironina); 
o T4 (tiroxina ou tetraiodotironina). 
Secretados pelas células C ou parafolicular, encontrada na tireoide, temos o hormônio calcitonina 
que promove a deposição de cálcio nos ossos, diminuindo a concentração de cálcio no líquido 
extracelular. 
A função da tireoide é estimulada pela ação da hipófise, através do hormônio TSH (tireoestimulante), 
esse induz a tireoide a produzir os hormônios T3 e T4. Para produzir esses hormônios, a tireoide 
necessita do iodo, o qual é deve ser obtido através da alimentação e do consumo de água. Foi poresse motivo que o iodo passou a ser acrescido ao sal de cozinha, sendo essa a maneira mais fácil e 
econômica de toda a população ter acesso a esse elemento. 
7.5 Glândula paratireoide 
As paratireoides são quatro pequenas glândulas localizadas atrás da tireoide, que produzem 
o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. 
 
o Paratormônio (PTH): tem como função manter o nível de cálcio necessário para o bom 
funcionamento do organismo. 
 
O paratormônio é o responsável pelo controle do cálcio no sangue, pois ao se ligar aos receptores 
de membrana em células-alvo (nos ossos, rins e intestino) ele atua de maneira a estimular a captação 
de cálcio para o meio extracelular, deste modo aumenta a concentração sérica de cálcio. 
 
Figura 4 – Paratireoide 
 
 
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7.6 Glândula suprarrenal 
As glândulas suprarrenais, também chamadas de glândulas adrenais, localizam-se na parte superior 
de cada rim, daí a sua denominação. Elas são glândulas endócrinas, responsáveis pela produção 
de importantes hormônios que atuam em vários órgãos e participam do funcionamento do organismo. 
Possui duas regiões distintas e cada uma delas é responsável pela produção de hormônios 
diferentes. Apresentam características próprias e são denominadas: a medula e o córtex. 
➢ Medula: porção central e mais escura da glândula responsável por sintetizar e secretar os 
hormônios adrenalina e noradrenalina, conforme estímulos do sistema nervoso. 
➢ Córtex: constitui até 90% da glândula, sendo a sua porção externa. Regula a produção dos 
hormônios aldosterona e cortisol. 
 
Figura 5 – Suprarrenal 
 
o Aldosterona: atua no equilíbrio dos líquidos, especialmente de sódio e potássio no plasma 
sanguíneo. 
o Cortisol: conhecido como o "hormônio do estresse", é responsável por controlar o estresse e atua 
na manutenção dos níveis de açúcar no sangue e da pressão arterial. 
o Adrenalina: atua como um mecanismo de defesa do organismo, preparando-o para uma situação 
de emergência, especialmente em situações de estresse. 
o Noradrenalina: contribui na preparação do corpo para uma determinada ação em momentos de 
sustos, surpresas ou fortes emoções. 
7.7 Pâncreas 
O pâncreas localiza-se na região abdominal atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. É uma 
glândula com função endócrina e exócrina, pertencente ao sistema digestório e endócrino. É 
uma glândula mista, pois além de hormônios (insulina e glucagon) produz também o suco 
pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão. 
 
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Glândulas Endócrinas: produzem hormônios e os lançam na corrente sanguínea, ou seja, produzem 
substâncias que são lançadas para dentro do corpo. 
Glândulas Exócrinas: produzem substâncias que são lançadas a um sistema de condutos ou canais excretores 
que se abrem para a superfície externa do corpo. 
 
A secreção das enzimas digestivas, durante o processo de digestão, acontece na porção exócrina, 
enzimas essas presentes no suco pancreático. Sendo assim, as maiores moléculas de carboidratos, 
proteínas e gorduras são quebradas em frações menores para então seguirem até o intestino. Já os 
hormônios da insulina e glucagon são secretados pela porção endócrina, são esses hormônios os 
responsáveis por regular o nível de glicose (açúcar) no sangue. 
São encontrados 2 tipos de células na porção endócrina do pâncreas: 
Células Alfa: produzem o glucagon. 
Células Beta: produzem a insulina. 
o Insulina: controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de 
energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. 
o Glucagon: funciona de maneira oposta à insulina, estimulando a "quebra" do glicogênio em 
moléculas de glicose. 
Portanto, o glucagon e a insulina são antagonistas, pois o primeiro aumenta os níveis de glicose no 
sangue e o segundo diminui. 
 
- A falta ou a baixa produção de insulina provoca a diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no 
sangue (hiperglicemia). 
- Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa 
pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos casos, ao desmaio, 
causado pela falta ou baixa concentração de glucagon. 
 
7.8 Glândulas sexuais 
As glândulas sexuais, também chamadas de gônadas, são os ovários e os testículos, que fazem 
parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente. 
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Nota
Insulina controla a entrada de glicose quando está alta, e armazena o que sobra em forma de glicogênio.
Glucagon, quando a taxa de glicose está baixa, estimula a quebra do glicogênio para liberar glicose e subir a taxa de glicose.
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Os ovários e os testículos são estimulados por um hormônio produzido pela hipófise chamado 
Folículo Estimulante (FSH). Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os 
testículos produzem a testosterona. 
Hormônios produzidos pelos Ovários: 
o Estrogênios: estimulam o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos, das mamas e 
das características sexuais secundárias. 
o Progesterona: prepara o útero para abrigar o feto, também ajuda a promover o 
desenvolvimento do aparelho secretor das mamas. 
Hormônio produzido pelos Testículos: 
o Testosterona: estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e das 
características sexuais secundárias. 
 
Figura 6 – Caracteres sexuais: masculino e feminino 
 
 
Neste capítulo, você viu que os principais mecanismos de comunicação e coordenação do corpo humano são 
as glândulas endócrinas e o sistema nervoso que controlam e regulam quase todos os sistemas do nosso 
organismo, e embora suas funções estejam intimamente ligadas, os mesmos possuem várias diferenças. 
Localizadas em diferentes partes do corpo, as glândulas endócrinas estão na hipófise, tireoide e paratireoide, 
timo, suprarrenais, pâncreas e glândulas sexuais; e são responsáveis pelo fluxo de hormônios que agem nos 
órgãos-alvo. 
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Localizadas em diferentes partes do corpo, como a hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, 
pâncreas e glândulas sexuais, as glândulas endócrinas formam o Sistema Endócrino, responsável pela 
produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre 
os quais atuam. Para saber mais, leia o artigo “Sistema Endócrino”. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/sistema-endocrino/ 
 
 
Palavras Significado 
Endócrina Glândula de secreção interna; diz-se das glândulas cuja secreção é lançada 
diretamente na corrente sanguínea, no sangue. 
Exócrina São órgãos que produzem secreções ou substâncias que elaboram um sistema de 
condutos ou canais excretores que se abrem em superfície externa. 
Glândula Célula, tecido ou órgão que tem a função de elaborar certas substâncias usadas em 
outras partes do organismo (secreção) ou eliminadas (excreção). 
Glicogênio Formado a partir de moléculas de glicose, utilizado como reserva energética e 
abundante nas células hepáticas e musculares. 
https://www.todamateria.com.br/sistema-endocrino/
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Glicose Constitui a principal fonte de energia para os organismos vivos. 
Metabolismo Conjunto de reações num organismo vivo que liberam energia. 
Secreção Produção e descarga de substâncias específicas“o que é um funcionamento normal?” considerando um corpo 
composto por uma infinidade de células, tecidos, órgãos e sistemas, com características tão 
diferentes de pessoa para pessoa. Um corpo está em condições de normalidade quando consegue 
manter todas as suas funções em determinado equilíbrio e harmonia. 
Para que o organismo funcione como uma unidade funcionalmente integrada, são necessários 
mecanismos de monitoramento de acontecimentos internos e externos, de processamento de 
estímulos, produção de comandos e execução coordenada das tarefas de ajuste. Esse processo 
fisiológico recebe o nome de Mecanismo de Regulação Homeostática. 
Vamos entender melhor como isso funciona: 
Para que as funções do organismo ocorram com normalidade, ou seja, em homeostasia, existe a 
ação de um mecanismo de regulação corporal. Esse mecanismo de regulação corporal envolve 
três componentes essenciais: 
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 Órgãos sensoriais: estruturas altamente sensíveis à detecção de mudanças específicas dos 
meios interno ou externo. 
 Órgãos de processamento e de integração: local de recebimento e processamento da 
informação; está capacitado para analisar e elaborar comandos de ação. 
 Órgãos efetuadores: sistemas de órgãos que executam as tarefas necessárias para o 
restabelecimento do controle. 
De uma maneira simples esse sistema funciona da seguinte forma: 
Todas as vezes que algo em nosso organismo começa a funcionar fora do que é considerado 
“normal”, algumas estruturas capazes de perceber o funcionamento “alterado” de qualquer célula, 
órgão ou sistema do corpo (órgãos sensoriais), percebe essa alteração e envia uma mensagem a 
uma segunda estrutura (órgãos de processamento e de integração), que receberá essa informação 
e irá elaborar uma ação para corrigir tal “alteração” na tentativa de restituir a “normalidade” e vai 
encaminhar esse plano de ação pra uma terceira estrutura (órgãos efetuadores), que executarão a 
ação para corrigir o problema. 
 
 
 
 
 
 
 
Organização funcional do corpo humano 
CÉLULAS TECIDOS ÓRGÃOS SISTEMAS 
CORPO HUMANO 
Os níveis de organização de uma linguagem acontecem da seguinte forma: um conjunto de letras 
forma uma palavra, um conjunto de palavras forma uma frase, um conjunto de frases forma um 
parágrafo e um conjunto de parágrafos forma um texto. Uma organização semelhante acontece no 
corpo humano: a menor unidade funcional do nosso corpo é a célula; um conjunto delas forma um 
tecido; um conjunto de tecidos forma um órgão; um conjunto de órgãos forma um sistema; e um 
conjunto de sistemas forma o nosso complexo corpo humano. 
O objeto de estudo da nossa disciplina é abordar o conhecimento das estruturas (Anatomia) e 
funções (Fisiologia) dos sistemas corpóreos. 
- Tegumento Comum: Composto por pele e suas estruturas. 
- Sistema Esquelético: Composto por ossos e suas estruturas. 
- Sistema Muscular: Composto por músculos e suas estruturas. 
ÓRGÃO 
SENSORIAL 
ÓRGÃO 
EFETUADOR 
ÓRGÃOS DE 
PROCESSAMENTO E 
DE INTEGRAÇAO 
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- Sistema Nervoso: Composto por ossos e suas estruturas. 
- Sistema Cardíaco: Composto por coração e vasos sanguíneos. 
- Sistema Respiratório: Composto por pulmões e suas estruturas. 
- Sistema Digestório: Composto por tubo digestivo e suas estruturas. 
- Sistema Urinário: Composto por Rins e outras estruturas. 
- Sistema Reprodutor: Composto por gônadas e órgãos associados. 
1.3 Conceitos em anatomia e fisiologia 
Alguns fatores como sexo, idade, herança genética e biótipo definem mudanças na estrutura do 
corpo para isso é importante considerar alguns conceitos como: 
- Normal: É quando a forma e suas estruturas são mais frequentes em uma população. Trata-se, 
portanto, de um conceito estatístico e não idealístico. 
- Variação Anatômica: É quando as alterações internas ou externas não promovem prejuízos da 
função. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Por exemplo, a 
artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. Esse é o padrão. Entretanto, em alguns 
indivíduos essa divisão ocorre ao nível da axila. Como não existe perda funcional, essa é uma 
variação. 
Os fatores que interferem na variação anatômica são: sexo, idade, raça, biótipo, herança genética, 
entre outros. 
- Anomalia: É quando as alterações internas ou externas promovem prejuízos da função. 
- Monstruosidade: É quando as alterações internas ou externas são tão severas que colocam a vida 
em risco. 
 
Os fatores que interferem na Variação Anatômica são: sexo, idade, raça, biótipo, herança genética, entre 
outros.
 
As atividades celulares (das células), orgânicas (dos órgãos) e sistêmicas (dos sistemas) quando 
funcionam em condições de normalidade podemos dizer que estão em condições fisiológicas ou 
homeostáticas. 
 
Homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções 
adequadamente para o equilíbrio do corpo. 
 
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Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição 
pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica 
(posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao 
objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. 
Ficou estabelecida então a posição da seguinte maneira: 
 
Posição Anatômica: Indivíduo em posição bípede/ortostática (em pé), face voltada para frente, olhar 
dirigido para o horizonte, pés unidos, membros superiores ao longo do corpo com palmas das mãos 
voltadas para frente. 
 
A posição anatômica definida pelos anatomistas impede confusões nas descrições de partes e/ou regiões 
corpóreas. Para relatar a posição de qualquer estrutura do corpo, é necessário antes considerar a posição 
adotada como padrão de estudo. 
 
1.4 Planos e termos de posição do corpo humano 
PLANOS DE DELIMITAÇÃO DO CORPO HUMANO 
São planos que tangem (tocam) as porções anterior, posterior, superior, inferior e lateral do corpo 
humano. 
- Plano Ventral (Anterior) – Plano vertical tangente ao ventre 
- Plano Dorsal (Posterior) - Plano vertical tangente ao dorso 
- Planos Laterais (D e E) - Planos verticais tangentes ao lado direito e esquerdo 
- Plano Superior (Cranial) - Plano horizontal tangente à cabeça 
- Plano Inferior (Caudal/Podálico) - Plano horizontal tangente aos pés 
 
 
 
 
 
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PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO HUMANO 
São planos que cortam imaginariamente o corpo humano para facilitar a observação das estruturas 
e forma. 
- Plano Sagital – Mediano: Divide o corpo em duas partes direita e esquerda. 
- Plano Frontal – Coronal/Vertical: Divide o corpo em duas metades anterior e posterior. 
- Plano Transversal – Horizontal: Divide o corpo em duas metades superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
TERMOS DE POSIÇÃO OU DIRECIONAIS DO CORPO HUMANO 
Os termos direcionais são palavras que descrevem a posição de uma parte do corpo em relação à 
outra. Esses são os termos direcionais ou de posição: 
- Proximal – Estrutura próxima ou voltada à raiz. 
-no meio externo pelas células de 
um organismo. 
 
 
No sistema endócrino estão as glândulas que produzem os hormônios a serem secretados e lançados 
diretamente na corrente sanguínea pelas glândulas endócrinas. Marque a alternativa que contém apenas 
glândulas do sistema endócrino: 
a) Hipófise, tireoide e glândula sebácea. 
b) Testículos, tireoide e glândula sudorípara. 
c) Hipófise, tireoide e testículos. 
d) Glândula sudorípara, glândula salivar e ovários. 
e) Ovários, glândula salivar e testículos. 
 
RESPOSTA: C 
 As glândulas sudoríparas, sebáceas e salivares não são glândulas do sistema endócrino, uma vez que são 
glândulas exócrinas e, portanto, não produzem hormônios. 
 
Localizada logo abaixo da laringe, no pescoço, está a glândula tireoide que é a responsável pela produção de 
dois hormônios T3 e T4 (tiroxina e triiodotironina) que contêm iodo em suas constituições. Mas além desses 
dois hormônios, a tireoide, nas suas células C, ainda produz outro hormônio. Denominado: 
a) Vasopressina. 
b) Prolactina. 
c) Cortisol. 
d) Calcitonina. 
e) Paratormônio. 
 
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UNIDADE II 
CAPÍTULO 8 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
CARDIOCIRCULATÓRIO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Cardíaco; 
✓ Órgãos constituintes do sistema; 
✓ Diferenças anatômicas e funcionais entre artérias e veias; 
✓ Circulação Coronária; 
✓ Circulação pulmonar e sistêmica; 
✓ Controle intrínseco e extrínseco do coração. 
Introdução 
Através desse capítulo, você conhecerá quais órgãos fazem parte do sistema cardiovascular e como 
funciona essa complexa e fascinante máquina de transporte que mantém o nosso corpo vivo e em 
condições de realizar suas demandas. 
A função do sistema cardiovascular é fornecer e manter o fluxo sanguíneo suficiente, contínuo e 
variável, para os diversos tecidos do organismo, conforme as suas necessidades metabólicas e para 
desempenhar as funções que devem cumprir, diante das diversas exigências funcionais a que o 
organismo está sujeito. 
 
O sangue é um tecido vivo, bombeado pelo coração ele circula por todo corpo, leva oxigênio e nutrientes a 
todos os órgãos. De 7% a 8% do peso corporal é o que corresponde o volume de sangue existente no corpo 
humano. Por exemplo, se alguém pesa 85 quilos, terá aproximadamente de seis a sete litros de sangue em 
seu corpo. 
 
8.1 Definição e funções 
O Sistema Cardiocirculatório é formado por um órgão principal denominado coração e um conjunto 
de vasos sanguíneos que se dividem entre veias e artérias e tem a função de transportar o sangue 
pelo corpo. 
É responsável por transportar elementos essenciais como glicose, oxigênio (O2), hormônios para 
todas as células e os produtos do metabolismo como o gás carbônico (CO2), ureia e amônia para os 
órgãos encarregados de excretar esse material. 
O Aparelho Cardiovascular funciona para fornecer e manter suficiente, contínuo e variável fluxo 
sanguíneo aos diversos tecidos do organismo, segundo suas necessidades metabólicas para 
desempenho das funções que devem cumprir, diante das diversas exigências funcionais as quais o 
organismo está sujeito. 
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Assim, por exemplo, durante o exercício físico, o organismo encontra-se numa situação de elevado 
gasto energético e de aumento do metabolismo, em que vários órgãos necessitam ter seu fluxo 
sanguíneo aumentado para maior disponibilidade de oxigênio, nutrientes e substâncias de ações 
diversas, visando o atendimento das exigências funcionais desencadeadas. 
Em outras situações, como no repouso, durante o sono, na circunstância de um estado emocional 
alterado, ou no decorrer de um ato fisiológico, as exigências funcionais orgânicas assumem distintas 
peculiaridades e o aparelho cardiovascular adapta seu funcionamento visando atender as diferentes 
necessidades específicas de cada órgão ou sistema em cada situação. 
Figura 1 – Sistema Cardiocirculatório 
 
 
O Sistema Cardiocirculatório é formado pelo coração, vasos sanguíneos e sangue.
 
8.2 Coração 
O coração é um órgão ímpar localizado no centro do tórax, entre os dois pulmões (mediastino), 1/3 
do coração está à direita e 2/3 à esquerda; com o ápice voltado levemente para o lado esquerdo e a 
base direcionada para o lado direito. Assim sendo, sua base está para cima e para direita, e seu 
ápice está para baixo e para esquerda. Tem o tamanho de um “punho fechado”, com cerca de 12cm 
de comprimento, pesa em média 250g nas mulheres e 300g em homens adultos. 
O coração consegue realizar sua função de contração e relaxamento porque está revestido por 
músculo estriado cardíaco que se organiza em três camadas: epicárdio (camada externa), miocárdio 
(camada intermediária) e endocárdio (camada interna). 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2 – Coração 
 
 
Músculo Estriado Cardíaco 
- Forma: Recebe esse nome de estriado porque suas fibras musculares estão dispostas de maneira 
irregular, o que confere um aspecto de ‘estrias’, e cardíaco porque está sempre ligado ao coração. 
- Localização: Esse tipo de músculo reveste a parede do coração. 
- Função: Esse tipo de músculo realiza contração involuntária, ou seja, a contração e o relaxamento não 
dependem do nosso desejo voluntário.
 
Na parte interna do coração, sua cavidade está dividida em quatro câmaras, separadas por paredes 
denominadas septos. As câmaras superiores são denominadas átrios e as inferiores denominadas 
ventrículos. 
Os átrios estão separados dos ventrículos por válvulas (valvas), que permitem a passagem de 
sangue do átrio para o ventrículo, denominadas válvulas atrioventriculares ou cúspides. 
A válvula que está entre o átrio e o ventrículo direito é chamada valva atrioventricular direita ou 
válvula tricúspide. A válvula que está entre o átrio e o ventrículo esquerdo é chamada valva 
atrioventricular esquerda, válvula bicúspide ou mitral. 
➢ Função das valvas: impede o retorno (refluxo) de sangue dos ventrículos para os átrios. 
 
 
 
 
 
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Figura 3 – Coração: parte interna 
 
 
A função do coração é bombear o sangue oxigenado (arterial) proveniente dos pulmões para todo o corpo e 
direcionar o sangue desoxigenado (venoso), que retornou ao coração, até os pulmões, onde deve ser 
enriquecido com oxigênio novamente.
 
8.3 Vasos sanguíneos 
Os vasos sanguíneos são tubos compostos por músculos lisos responsáveis pela condução do 
sangue para todas as células e de volta para o coração. São divididos em Artérias, Veias, Arteríolas, 
Vênulas e Capilares. Os vasos possuem movimentos peristálticos. 
• ARTÉRIAS: 
Tubos cilíndricos, elásticos, nos quais o sangue sai do coração para ser conduzido para o corpo. 
• VEIAS: 
São tubos cilíndricos que transporta o sangue que já sofreu trocas gasosas com os tecidos da 
periferia de volta para o coração. Possui válvulas para o impulsionamento do sangue de volta 
para o coração. 
 Figura 4 – Válvulas das veias 
 
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Abaixo segue um quadro com as principais diferenças anatômicas e funcionais entre as artérias e 
veias: 
ARTÉRIAS VEIAS 
São mais calibrosas São menos calibrosas 
Possuem maior capacidade de distensão Possuem menor capacidade de distensão 
São menos numerosas que as veias São mais numerosas que as artérias 
Estão dispostas mais profundamente Estão dispostas mais superficialmente 
Possuem coloração branca-amarelada Possuem coloração azulada 
Transportam sangue arterial (rico em O2) Transportam sangue venoso (rico em CO2) 
 
Figura 5 – Veia e Artéria 
 
 
 
 
 
 
 
8.4 Circulação coronária 
A circulação coronária é responsável porirrigar o coração e manter seu suprimento sanguíneo de 
nutrientes e oxigênio. 
O coração é um órgão que a cada minuto se contrai cerca de 80 vezes e impulsiona cerca de 70 ml 
de sangue num indivíduo adulto, ou seja, é um órgão que trabalha muito e por isso precisa receber 
um aporte de sangue e nutrientes adequados para manter sua demanda. 
A parte externa do coração é circundada por vasos sanguíneos que recebem o nome de artérias e 
veias coronárias, esse complexo forma a circulação coronária ou coronariana. 
Quando o coração está em contração (sístole) recebe pouco sangue das artérias coronárias, quando 
relaxa (diástole) uma quantidade maior de sangue é impulsionado para o miocárdio através das 
artérias, capilares e, em seguida, pelas veias coronárias. 
 
A parede do coração possui o seu próprio suprimento sanguíneo. O fluxo do sangue pelos muitos vasos que 
penetram o miocárdio é chamado de circulação coronária. 
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Figura 6 – Circulação coronária 
 
 
8.5 Circulação pulmonar 
Após o nascimento, o coração bombeia sangue em cada batimento para dois circuitos: circulação 
pulmonar e circulação sistêmica. 
A circulação pulmonar, também chamada de pequena circulação, refere-se ao transporte de sangue 
do coração ao pulmão e de volta para o coração. Essa circulação leva o sangue venoso (rico em 
CO2) para realizar a hematose nos pulmões e retorna ao coração agora arterial (rico em O2). 
 
Hematose é o nome dado à transformação do sangue venoso em sangue arterial que ocorre nos pulmões, 
através de uma troca de gases que ocorre devido à diferença de concentração de oxigênio e gás carbônico 
por um processo conhecido como difusão. 
O lado direito do coração bombeia sangue pela circulação pulmonar ou pequena circulação. O lado 
direito (Azul) recebe sangue com baixo teor de oxigênio (sangue venoso), proveniente dos tecidos 
do corpo, bombeia esse sangue para os pulmões para captar oxigênio e dispersar dióxido de carbono 
(hematose) e depois retorna ao coração rico em oxigênio (sangue arterial). 
➢ TRAJETO DA CIRCULAÇÃO PULMONAR: Ventrículo direito (CORAÇÃO) - tronco pulmonar, 
artérias pulmonares direita e esquerda – PULMÕES - veias pulmonares superiores e 
inferiores direita e esquerda - átrio esquerdo (CORAÇÃO). 
 
 
 
 
 
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Figura 7 – Trajeto da circulação pulmonar 
 
 
8.6 Circulação Sistêmica 
Após o nascimento, o coração bombeia sangue em cada batimento para dois circuitos: circulação 
pulmonar e circulação sistêmica. 
A circulação sistêmica, também chamada de grande circulação, refere-se ao transporte de sangue 
do coração ao corpo e de volta para o coração. Essa circulação leva o sangue arterial (rico em O2) 
para todo o corpo a fim de fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo e retorna ao 
coração agora venoso (rico em CO2). 
O lado esquerdo do coração bombeia sangue pela circulação sistêmica ou grande circulação. O lado 
esquerdo (Vermelho) recebe sangue com alto teor de oxigênio (sangue arterial), proveniente dos 
pulmões, bombeia esse sangue para o corpo para fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos e 
depois retorna ao coração rico em gás carbônico (sangue arterial). 
➢ TRAJETO DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA: Ventrículo esquerdo (CORAÇÃO) – artéria aorta 
– CORPO - veias cavas superior e inferior - átrio direito (CORAÇÃO). 
Figura 8 – Trajeto da circulação sistêmica 
 
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8.7 Controle intrínseco (automatismo cardíaco) 
As células musculares cardíacas têm uma habilidade intrínseca para gerar e conduzir impulsos 
elétricos que estimulam o coração a contrair de forma rítmica. Essas propriedades são do próprio 
músculo cardíaco e não dependem de impulsos extrínsecos (externos). A esta propriedade se 
chama automatismo cardíaco. 
Mesmo que todas as conexões nervosas para o coração sejam cortadas, o coração continua a 
bater ritmicamente. O complexo estimulante do coração é formado por uma série de células 
musculares cardíacas especializadas, chamadas de nó sinusal (SA), consideradas o marca-passo 
do coração, que transportam impulsos por toda a musculatura cardíaca, sinalizando às câmaras do 
coração para contraírem na sequência adequada. Ele também inicia cada sequência de contração, 
estabelecendo assim a frequência cardíaca básica. 
Partindo do nó sinusal, os impulsos espalham-se em uma onda ao longo das fibras musculares 
cardíacas dos átrios, sinalizando esses átrios para contraírem, através do feixe interatrial. E atinge 
um segundo grupo de células localizadas na região superior do ventrículo direito chamada nó 
atrioventricular (AV) onde os impulsos são atrasados por uma fração de segundo. Após esse 
atraso, os impulsos correm pelo feixe de His, que se divide nos ramos direito e esquerdo e propaga 
esse estímulo para toda a área ventricular. 
Figura 9 – Nó atrioventricular 
 
 
 
 
 
 
 
O automatismo cardíaco é o nome que se dá para a função que o coração possui de originar em suas próprias 
células os seus impulsos que fazem a contração e os consequentes batimentos cardíacos, fazendo assim com 
que o sangue possa ser bombeado para todo o corpo. 
 
8.8 Controle extrínseco (controle nervoso) 
O sistema de condução do coração também é controlado pelo sistema nervoso autônomo. Ele recebe 
ramos do nervo simpático e parassimpático, que irão controlar a frequência cardíaca. 
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O Sistema Nervoso Autônomo, de forma automática e independendo de nossa vontade consciente, 
exerce influência no funcionamento de diversos tecidos do nosso corpo através dos mediadores 
químicos liberados pelas terminações de seus 2 tipos de fibras: Simpáticas e Parassimpáticas. 
A noradrenalina (também chamada de Norepinefrina) é liberada pelas fibras simpáticas (em quase 
sua totalidade), e a adrenalina é liberada pela medula das glândulas suprarrenais, em uma 
quantidade considerável, na circulação. Todas as fibras parassimpáticas liberam um outro mediador 
químico em suas terminações: acetilcolina. 
No coração, a estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos: 
• diminuir a frequência dos batimentos cardíacos; 
• diminuir a força de contração; 
• diminuir a velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (atrioventricular); 
• diminuir o fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio 
músculo cardíaco. 
Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação parassimpática diminui 
todas as atividades do coração – EFEITO CRONOTRÓPICO NEGATIVO. Usualmente, a função 
cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o 
restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração; pois, durante os períodos 
de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão. 
 Já a estimulação dos nervos simpáticos, no coração, tem efeitos exatamente opostos: 
• aumenta a frequência cardíaca; 
• aumenta a força de contração; 
• aumenta o fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando suprir o aumento da 
nutrição do músculo cardíaco. 
Esses efeitos todos podem ser resumidos, dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a 
atividade cardíaca como bomba – EFEITO CRONOTRÓPICO POSITIVO. Isso é necessário 
quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como: exercício físico, doenças,calor (clima excessivamente quente) ou em outras condições que exijam um rápido fluxo 
sanguíneo através do sistema circulatório.
Neste capítulo, você conheceu o sistema circulatório ou cardiovascular que é responsável pelo transporte de 
nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo. Sendo ele formado pelo coração e vasos sanguíneos. 
O percurso do sangue no sistema circulatório é a circulação sanguínea, em que o sangue realiza um 
percurso por todo o corpo, sendo que no percurso completo o sangue passa duas vezes pelo coração. Esses 
circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. 
Você viu também que o coração tem a capacidade de gerar seu próprio estímulo elétrico, o que chamamos de 
automatismo, promovendo a contração das células miocárdicas contráteis. E que o coração está sob a 
influência reguladora de uma rica rede de nervos oriundos de diversas estruturas do sistema nervoso, para o 
controle do seu funcionamento, de modo a atender as necessidades variáveis de fluxo sanguíneo dos tecidos 
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do organismo, por meio da liberação em seus terminais de substâncias químicas neurotransmissoras 
estimuladoras (noradrenalina e outras) ou inibidoras (acetilcolina e outras). 
 
 
Ao desempenhar sua função, o aparelho cardiovascular está organizando, morfológica e funcionalmente, a 
pressão, o volume sanguíneo, o nutriente e as substâncias. O conjunto dos sistemas vasculares distribuídos 
em todas as estruturas do organismo é denominado grande circulação. Para saber mais, leia o texto “Sistema 
Cardiovascular” na íntegra. Disponível em: https://auladefisiologia.wordpress.com/2010/08/27/sistema-
cardiovascular/
 
 
Palavras Significado 
Calibrosa Que tem grande calibre; que o diâmetro interior (de um cilindro oco: tubo, 
vaso sanguíneo) apresenta dilatação. 
Câmaras Cavidades 
Circundada Rodeada 
Disposta Colocado de certa maneira 
Impulsionar ‘Empurrar’; transmitir 
 
O Sistema Cardiovascular é composto por quais órgãos? 
a) Sangue, Coração, Cérebro. 
b) Pulmão, Sangue, Coração. 
c) Coração, Sangue, Vasos Sanguíneos. 
d) Aorta, Coração, Veias. 
e) Coração, Cérebro, Vasos Sanguíneos. 
RESPOSTA: C 
O Sistema Cardiovascular é composto por Coração, Sangue e Vasos Sanguíneos.
 
https://auladefisiologia.wordpress.com/2010/08/27/sistema-cardiovascular/
https://auladefisiologia.wordpress.com/2010/08/27/sistema-cardiovascular/
https://auladefisiologia.wordpress.com/2010/08/27/sistema-cardiovascular/
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O coração humano possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. A comunicação do átrio esquerdo 
com o ventrículo esquerdo é feita através da valva atrioventricular esquerda, também chamada de valva: 
a) tricúspide. 
b) ventricular. 
c) bicúspide. 
d) pré-capilar. 
e) atrial. 
 
 
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UNIDADE III 
CAPÍTULO 9 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
RESPIRATÓRIO 
 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Respiratório; 
✓ Órgãos constituintes da Porção de Condução; 
✓ Órgãos constituintes da Porção de Respiração; 
✓ Músculos da Respiração; 
✓ Ventilação Pulmonar; 
✓ Troca Gasosa; 
✓ Controle nervoso e químico da Respiração; 
 
Introdução 
‘Respirar é Viver’, essa frase tão conhecida popularmente vai se tornar também compreendida após 
o estudo do sistema respiratório. A função desse sistema é garantir constantemente a concentração 
de oxigênio no sangue, concedendo ao organismo a troca de gases com a atmosfera, necessária 
para as reações metabólicas. 
Neste capítulo, você conhecerá quais órgãos fazem parte desse sistema e como funciona essa 
maravilhosa e importante função. Depois disso, ‘Respirar é Viver’ não será só mais uma frase sem 
sentido e sim uma frase cheia de conhecimentos e com significado diferente para vocês estudantes. 
Aproveite ao máximo tudo que esse capítulo tem a lhes oferecer e bons estudos!!! 
 
O soluço é espasmo provocado durante a respiração, de forma involuntária, pelo súbito fechamento da glote 
(abertura na laringe para passagem de ar para os pulmões) em conjunto com uma contração repentina do 
músculo do diafragma (que fica na base do pulmão e está relacionado à respiração). Esse espasmo prejudica 
a passagem de ar para os pulmões produzindo, assim, um som característico na garganta. 
 
9.1 Definição e funções 
O Sistema Respiratório tem a função de realizar a troca gasosa, realizando a obtenção de oxigênio 
e eliminação de gás carbônico através de um processo chamado respiração. 
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A função do sistema respiratório é fornecer oxigênio aos tecidos, remover o dióxido de carbono produzido por 
eles e eliminá-lo. 
 
A respiração é um processo que envolve duas etapas: inspiração e expiração. 
1. Inspiração: refere-se ao processo de entrada de ar nos pulmões e obtenção de oxigênio. A 
inspiração é considerada um processo ativo, pois há gasto de energia (ATP). 
2. Expiração: refere-se ao processo de saída de ar dos pulmões e eliminação de gás carbônico. 
A expiração normal é considerada um processo passivo, pois não há gasto de energia, ou 
seja, a saída de ar ocorre pelo recuo dos pulmões. Quando cantamos, falamos alto, tossimos, 
fazemos força entre outros, a expiração se torna forçada e é considerada um processo ativo. 
Nesse caso, alguns músculos aceleram a saída de ar dos pulmões e geram gasto energético. 
 
- PROCESSO PASSIVO: é um processo que ocorre SEM uso de energia proveniente da decomposição de 
ATP pela célula. 
- PROCESSO PASSIVO: é um processo que ocorre SEM uso de energia proveniente da decomposição de 
ATP pela célula. 
- ATP (adenosina trifosfato): é uma molécula que armazena energia para diversos usos celulares.
 
O sistema respiratório é formado por um conjunto de órgãos que se divide em duas porções: 
1. Porção de Condução: são órgãos responsáveis pela condução de ar entre os meios interno 
e externo. 
2. Porção de Respiração: são órgãos responsáveis pela troca gasosa. 
9.2 Porção de condução 
A porção de Condução é formada pelos órgãos: nariz (cavidade nasal), faringe (nasofaringe e 
orofaringe), laringe, traqueia e brônquios D e E. Esses têm a função de captação, filtragem, 
umidificação, aquecimento do ar e condução do ar atmosférico até os pulmões. 
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 Figura 1 - Nariz 
 
 
 
 
 
 
Nariz 
As narinas, aberturas do nariz, permitem a entrada do ar no trato respiratório, revestidos 
internamente por pelos que filtram as partículas de poeiras que poderiam ser inaladas. Em seguida, 
o ar passa pelas mucosas respiratórias nas cavidades nasais (direita e esquerda), separadas pelo 
septo nasal. Além disso, células receptoras para o olfato estão presentes na cavidade nasal. Função: 
esquenta e umedece o ar; filtra partículas de sujeira. 
Figura 2 – Faringe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faringe 
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestivo, situando-se posteriormente 
à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo-se nela, por esta razão, três partes: nasofaringe, 
superior que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; orofaringe, média 
comunicando-se com a cavidade bucal e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento; 
laringofaringe, inferior situada inferiormente próxima à laringe. Função: trata-se de um canal que é 
comum a passagem do alimento ingerido e do ar inspirado. 
 
 
 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.afh.bio.br/sentidos/img/nariz.gif&imgrefurl=http://www.afh.bio.br/sentidos/Sentidos7.asp&usg=__jYtUw5_VkOSLgdtz1FxP8xb5gas=&h=469&w=557&sz=97&hl=pt-BR&start=5&itbs=1&tbnid=IaI8-fbCbd2HRM:&tbnh=112&tbnw=133&prev=/images?q%3Dnariz%2Banatomia%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1
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Figura 3 – Laringe 
 
 
 
 
 
 
Laringe 
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço. Sua parte externaé formada 
por cartilagens: tireoide, cricoide, aritenoide e epiglótica. Na parte interna da laringe encontra-se as 
pregas vocais. Função: atua na respiração e na fonação (produz sons). 
Figura 4 – Traqueia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Traqueia e Brônquios 
A partir da laringe segue-se à traqueia constituída por uma série de anéis cartilagíneos incompletos, 
em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A cartilagem proporciona 
rigidez suficiente ao órgão. A traqueia divide-se em dois brônquios principais, D e E, que apresentam 
estruturas semelhantes à da traqueia e são também denominados brônquios de primeira ordem. 
Cada brônquio principal dá origem aos brônquios lobares ou de segunda ordem, que ventilam os 
lobos pulmonares. Estes dividem-se em brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter 
 
 
 
 
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aos segmentares e sofrem ainda sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. 
Função: conduzir o ar. 
 
- Porção de Condução tem a função de captação, filtragem, umidificação, aquecimento do ar e 
condução do ar atmosférico até os pulmões. 
- Os órgãos que compõem a Porção de Condução do sistema respiratório são: nariz, faringe, laringe, 
traqueia e brônquios.
 
9.3 Porção de respiração 
 
A Porção de Respiração é formada pelos pulmões direito e esquerdo e tem a função de realizar as 
trocas gasosas (respiração). 
Os pulmões direito e esquerdo são órgãos principais da respiração e estão contidos na cavidade 
torácica. Os pulmões são órgãos em forma cônica apresentando um ápice (superior) e uma base 
(inferior), cujo número é de 3 para o direito e 2 para o esquerdo. 
1. Pulmão Direito: é maior e divide-se em 3 lobos (superior, médio e inferior) que são separados 
entre si por fendas profundas, as fissuras obliquas e horizontal. 
2. Pulmão Esquerdo: é menor e divide-se em 2 lobos (superior e inferior) que são separados 
entre si pelas fissuras obliquas. 
Figura 5 – Pleura pulmonar 
 
 
 
 
 
 
Pleura Pulmonar – A pleura é membrana que recobre cada pulmão, semelhante a um saco 
completamente fechado. A pleura é uma membrana dupla formada por dois folhetos: pleura visceral, 
que envolve o pulmão, e pela pleura parietal, que forra internamente as paredes da cavidade torácica. 
Entre as pleuras, há um espaço virtual, a cavidade pleural, contendo um líquido lubrificante. Função: 
auxilia no deslizamento do pulmão (entrada e saída de ar) e protege do atrito com o tórax. 
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Figura 6 – Alvéolos 
 
 
Alvéolos - São cavidades diminutas que formam os pulmões. Por fora dos alvéolos há redes de 
capilares sanguíneos que os circundam. Suas paredes são muito finas e permitem a passagem dos 
gases para o sangue. Função: local onde ocorre a troca gasosa. 
 
- A Porção de Respiração é formada pelos pulmões direito e esquerdo e tem a função de realizar as 
trocas gasosas (respiração).
 
9.4 Músculos da respiração 
 
O sistema respiratório só funciona devido a uma ação contínua dos músculos que realizam a 
inspiração e podem auxiliar numa expiração forçada. 
✓ Músculos da inspiração: diafragma, intercostais externos, esternocleidomastóideo, serrátil 
e escalenos. 
✓ Músculos da expiração: intercostais internos e abdominais. 
 
1- Inspiração: refere-se ao processo de entrada de ar nos pulmões e obtenção de oxigênio. A inspiração 
é considerada um processo ativo. 
2- 2- Expiração: refere-se ao processo de saída de ar dos pulmões e eliminação de gás carbônico. 
A expiração normal é considerada um processo passivo e a expiração forçada um processo ativo. 
 
 
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Músculos da Inspiração: 
Músculo Principal: diafragma (traciona os dois pulmões para baixo, diminuindo a pressão torácica, 
permitindo que o ar entre até os pulmões). 
Músculos Acessórios: intercostais externos, esternocleidomastóideo, serrátil e escalenos (tracionam 
a caixa torácica aumentando seu diâmetro ântero-posterior e superoinferior, dando espaço para 
insuflação pulmonar. 
Músculos da Expiração: 
Intercostais internos e abdominais: retraem a caixa torácica e aumentam a pressão abdominal 
empurrando os pulmões para cima, acelerando a saída de ar dos pulmões. 
Figura 7 – Músculos respiratórios 
 
 
 
9.5 Eventos fisiológicos da respiração 
 
O sistema respiratório tem como função geral realizar a troca gasosa através do processo de 
respiração. Para realizar essa função, é necessário entender três eventos funcionais: 
1. Ventilação pulmonar: refere-se ao processo de entrada e saída de ar nos pulmões durante 
a inspiração e expiração. 
• Troca de ar entre o meio externo e os alvéolos. 
2. Trocas gasosas: refere-se ao processo de obtenção de oxigênio e eliminação de gás 
carbônico. 
• Difusão de O2 e CO2 do ar para o sangue; 
• Transporte de O2 e CO2 do sangue para as células. 
3. Regulação da respiração: refere-se ao processo de controle do sistema nervoso sobre a 
respiração. 
• Controle pelo centro respiratório; 
• Controle químico. 
100 
 
 
O funcionamento do sistema respiratório envolve três eventos funcionais: 
1- Ventilação pulmonar 
2- Trocas gasosas 
3- Regulação da respiração 
 
Figura 8 – Respiração 
 
 
9.6 Ventilação pulmonar 
 
O mecanismo de entrada e saída de ar dos pulmões se dá por diferença de pressão. O ar tende a 
sair de onde está mais concentrado para onde sua concentração é menor, é por isso que, quando 
soltamos o ‘bico’ da bexiga, ela se esvazia, porque dentro do balão a pressão é maior e o ar vai para 
fora. 
Dentro dos pulmões existe uma pressão denominada intrapulmonar e no ar que respiramos a 
pressão é denominada pressão atmosférica. 
✓ Na inspiração, o diafragma se contrai e traciona os pulmões para baixo fazendo com que a 
pressão intrapulmonar fique menor que a pressão atmosférica, dessa forma, o ar entra e 
ocorre a inspiração. 
✓ À medida que o ar vai entrando, o pulmão vai se enchendo de ar e a pressão intrapulmonar 
fica maior que a pressão atmosférica. Quando isso acontece, o ar sai e ocorre a expiração. 
 
 
101 
 
Figura 9 – Mecânica da inspiração e expiração 
 
 
A ventilação pulmonar se refere ao processo de entrada e saída de ar dos pulmões. Esse evento ocorre 
por diferença de pressão intrapulmonar e pressão atmosférica. 
 
9.7 Trocas gasosas 
 
Os alvéolos são estruturas circundadas por uma imensa rede de capilares. O contato desses 
capilares com a parede dos alvéolos é chamado membrana respiratória. É nessa membrana onde 
ocorre a troca gasosa, também chamada de hematose. 
Na inspiração, os alvéolos se enchem e comprimem a parede dos capilares e, por um processo de 
difusão, o oxigênio presente no alvéolo atravessa a membrana respiratória e atinge os capilares, o 
gás carbônico presente no sangue atravessa a membrana e atinge os alvéolos. O oxigênio se difunde 
para o sangue e o gás carbônico é eliminado no ar ambiente na expiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
102 
 
Figura 10 – Troca de gases na respiração 
 
 
Difusão: as substâncias são transportadas de um meio mais concentrado para outro menos 
concentrado sem gasto de energia.
 
Transporte de Oxigênio 
Combinado com a hemoglobina: o transporte do gás oxigênio está a cargo da hemoglobina 
e acontece porque essa molécula de oxigênio liga-se ao ferro da hemoglobina, formando a 
oxiemoglobina. Apenas uma molécula de oxigênio liga-se ao ferro, enquanto cada molécula 
de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de oxigênio. Ao chegar aos tecidos, 
essa combinação é revertida, e o oxigênio é disponibilizado para as células. 
Transporte de Gás Carbônico 
1. Combinado com a água na forma de ácido carbônico: através da hidratação do anidrido 
carbônico, a maior parte do gás penetra nas hemácias forma o ácido carbônico, que 
posteriormente se dissocia e dá origem a íons de hidrogênio (H+) e bicarbonato (HCO3-), 
onde se difundem para o plasma sanguíneo, auxiliando na manutenção do grau de acidez do 
sangue. 
2. Combinado com a hemoglobina:formando a carboemoglobina, parte do gás carbônico é 
transportado combinado com a hemoglobina (célula sanguínea). 
3. Dissolvido no plasma: a menor parte é transportada dissolvida no sangue. 
9.8 Controle da respiração 
 
Há duas formas de controle sobre a respiração: 
• Controle pelo centro respiratório; 
• Controle químico; 
 
 
103 
 
1. Controle Nervoso (pelo Centro Respiratório) 
O centro nervoso, localizado no bulbo, controla de forma automática a respiração. Desse centro 
partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos 
intercostais). O diafragma é o mais importante músculo da respiração e recebe os sinais respiratórios 
através do nervo frênico. Quando em funcionamento normal, o centro respiratório (CR) produz, a 
cada 5 segundos, impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, 
fazendo a inspiração. 
2. Controle Químico 
Através dos quimiorreceptores o centro respiratório é capaz de aumentar e de diminuir tanto a 
frequência como a amplitude dos movimentos respiratórios. Esses quimiorreceptores são 
bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade é a responsável pelos tecidos receberem 
a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. 
✓ Acidose Sanguínea 
Se o pH está abaixo do normal (acidose), ocorre o aumento da frequência respiratória e a 
amplitude dos movimentos pulmonares. Onde o aumento da ventilação pulmonar é a tentativa 
do organismo de eliminar a maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor 
normal. 
✓ Alcalose Sanguínea 
Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), ocorre a diminuição da frequência 
respiratória e a amplitude dos movimentos pulmonares. Com a diminuição na ventilação 
pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH 
plasmático até seus valores normais. 
 
O controle nervoso controla a respiração por estimulação do centro respiratório (bulbo) através do nervo 
frênico. O controle químico controla a frequência respiratória, estimulando o centro respiratório em casos 
de acidose (aumentando a frequência respiratória) e inibindo o centro respiratório em casos de alcalose 
(diminuindo a frequência respiratória). 
 
 
 
104 
 
 
Neste capítulo, você viu que o sistema respiratório tem a função de realizar uma troca de gases com o ar 
atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações 
metabólicas e, em contrapartida, servindo como via de eliminação de gás carbônico. 
O sistema respiratório está dividido em duas partes: porção de condução e porção de respiração. A porção 
de condução é formada por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades 
pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a faringe, a laringe, a traqueia e os brônquios. A porção de 
respiração é composta pelos pulmões direito e esquerdo e é responsável pela troca gasosa, que ocorre 
através da respiração. Você viu também que os músculos respiratórios permitem a inspiração e a expiração. 
Os eventos fisiológicos do sistema respiratório compreendem: a ventilação pulmonar que se refere à entrada 
e saída de ar dos pulmões; a troca gasosa que ocorre pela difusão dos gases na membrana respiratória; o 
controle da respiração que corre por dois modos, controle pelo centro nervoso e controle químico.
 
 
A função do sistema respiratório é garantir constantemente a concentração de oxigênio no sangue, concedendo 
ao organismo a troca de gases com a atmosfera, necessária para as reações metabólicas, além de servir como 
meio de eliminação de gases residuais resultantes dessas reações e que são representadas pelo gás 
carbônico. Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo e leia o texto sobre o “Sistema Respiratório”, 
disponível no link: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-respiratorio/ 
 
 
Palavras Significado 
Acidose Acumulação de ácido ou perda da reserva alcalina do sangue e dos tecidos 
Alcalose Condição metabólica caracterizada pelo aumento do pH do sangue, que se torna 
alcalino 
Ântero-posterior Localização anatômica utilizando a referência combinada dos planos anatômico 
anterior e posterior 
Impulsionar ‘Empurrar’; transmitir 
Insuflação Ato ou efeito de injetar ‘ar’ ou outros gases 
pH Representação da escala na qual uma solução neutra é igual a sete, os valores 
menores que sete indicam uma solução ácida e os maiores que sete indicam uma 
solução básica. 
Retração Diminuição do volume de um corpo 
 
105 
 
Superoinferior Localização anatômica utilizando a referência combinada dos planos anatômico 
superior e inferior 
 
A hematose é o processo de trocas gasosas pulmonares através da difusão de gases: oxigênio e dióxido de 
carbono. Em condições normais as trocas gasosas no pulmão humano ocorrem: 
a) nos bronquíolos. 
b) na traqueia. 
c) nos brônquios. 
d) nos alvéolos. 
e) na laringe. 
 
RESPOSTA: Alternativa D. A hematose é um processo de trocar gasosas em que o gás carbônico do sangue 
passa para o interior dos alvéolos e o oxigênio presente nos alvéolos passa para o sangue, portanto esse 
processo ocorre nos alvéolos. 
 
Os pulmões são órgãos do sistema respiratório responsáveis pela hematose (troca de gases), formados por 
milhões de alvéolos pulmonares, que são os locais onde ocorrem as trocas de gases. Esse órgão é revestido 
por uma membrana que recebe o nome de: 
a) diafragma. 
b) pericárdio. 
c) pleura. 
d) peritônio. 
e) nenhuma das alternativas. 
 
 
106 
 
UNIDADE III 
CAPÍTULO 10 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Digestório; 
✓ Órgãos constituintes do Canal alimentar; 
✓ Órgãos constituintes das Glândulas anexas; 
✓ Funcionamento Gastrointestinal; 
✓ Processos Mecânico e Químico da digestão. 
Introdução 
O sistema digestivo, também conhecido como aparelho digestivo ou sistema digestório, é o 
responsável pela absorção dos nutrientes, através dos alimentos ingeridos, necessários às diferentes 
funções do organismo, como crescimento, energia, locomoção etc. No entanto, uma vez consumido, 
os alimentos não podem ser usados como fonte de energia celular, devem ser primeiro decompostos 
em moléculas pequenas o suficiente para atravessar a membrana plasmática das células, um 
processo conhecido como digestão. 
Nesse capítulo, aprenderemos quais órgãos participam dessa função e como ocorre esse processo. 
 
Quando você come os músculos do esôfago se contraem e relaxam de maneira ondulatória para passagem 
da comida pelo trato digestório. A esse movimento chamamos de peristaltismo, ele empurra a comida pelo 
pequeno canal até o estômago. Por isso a comida não precisa de gravidade para chegar ao seu estômago, 
mesmo se você fosse comer pendurado de cabeça para baixo, a comida ainda seria capaz de chegar ao seu 
estômago.
 
10.1 Definição e Funções 
O sistema digestório humano é formado pelo trato digestório com um longo tubo musculoso, ao qual 
estão associados órgãos e glândulas, sua função é a digestão dos alimentos. 
 
 
 
107 
 
 
Digestão é a quebra dos alimentos em partículas menores e assimiláveis, para que as substâncias necessárias 
(nutrientes) sejam absorvidas. É realizada no aparelho digestório ou digestivo, através de dois tipos de 
processos: mecânico e químico.
 
O sistema digestório possui basicamente seis funções: 
1. Ingestão: deve-se ao processo de introduzir alimentos e líquidos na boca. 
2. Secreção: deve-se à produção de líquidos e enzimas. 
3. Mistura e Propulsão: deve-se à capacidade de misturar e mover material ao longo de sua 
extensão, denominada motilidade. 
4. Digestão: transformação dos alimentos em substâncias que podem ser assimiladas pelo 
corpo. 
5. Absorção: deve-se à capacidade de absorção de alimentos e água. 
6. Defecação: eliminação dos resíduossob a forma de fezes. 
 
 
 
10.2 Divisão anatômica do sistema digestório 
O Sistema Digestório é composto por um conjunto de órgãos divididos anatomicamente em dois 
grupos: canal alimentar e órgãos anexos. 
Canal alimentar ou trato digestório é o trajeto que o alimento passa desde o momento em que o 
colocamos na boca até o momento que eliminamos seus resíduos sob a forma de fezes, durante 
todo o processo de digestão. Os órgãos que compõem o canal alimentar são: 
1. Boca 
2. Faringe 
3. Esôfago 
4. Estômago 
5. Intestino Delgado 
6. Intestino Grosso 
7. Reto e Ânus 
Figura 1 – Sistema digestório 
 
108 
 
Os órgãos anexos também chamados de glândulas anexas são estruturas que participam da 
digestão produzindo substâncias que são lançadas no canal alimentar e ajudam a digerir os 
alimentos, o alimento não passa no interior desses órgãos durante a digestão. Os órgãos anexos 
são: 
1. Dentes 
2. Língua 
3. Glândulas Salivares 
4. Fígado e Vesícula Biliar 
5. Pâncreas 
 
 
 
 
SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
 
 
 
 
 
10.3 Canal alimentar 
 
O trato digestório, conhecido também como canal alimentar ou trato gastrintestinal, é um composto 
por um longo tubo oco de tecido musculoso que se estende desde a cavidade bucal até o ânus com 
seus órgãos anexos. Sua estrutura é composta de: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. 
 
 
 
 
CANAL 
ALIMENTAR 
1. Dentes 
2. Língua 
3. Glândulas Salivares 
4. Fígado e Vesícula Biliar 
5. Pâncreas 
ORGÃOS 
ANEXOS 
1. Boca 
2. Faringe 
3. Esôfago 
4. Estômago 
5. Intestino Delgado 
6. Intestino Grosso 
7. Reto e Ânus 
Figura 2 - Boca 
 
109 
 
Boca: onde se inicia o processo de digestão dos alimentos. Por meio da mastigação o alimento é 
preparado para a digestão, através da língua e dos dentes que reduzem os alimentos em pequenos 
pedaços, os mistura à saliva, o que futuramente irá facilitar a ação das enzimas. 
 
 
 
 
 
 
Faringe: Tubo muscular associado a dois sistemas (Digestório e Respiratório). Situa-se entre a 
cavidade bucal e nasal, anterior à coluna vertebral. Função: Controlar a passagem de ar para os 
pulmões e de alimento para o estômago através da abertura e fechamento de duas membranas 
(glote e epiglote). Função: Auxilia na deglutição dos alimentos. 
 
 
 
 
 
 
Esôfago: É um tubo muscular que começa na faringe, passa pelo mediastino, atravessa o diafragma 
e termina no estômago. Localizado entre a coluna vertebral e a traqueia. É dividida em três partes: 
cervical, torácica e abdominal. É revestido por músculo liso e por isso possui movimentos peristálticos 
(peristaltismo), uma contração muscular involuntária. Função: Transportar alimento para o estômago. 
 
 
 
 
Figura 3 - Faringe 
 
 
Figura 4 - Esôfago 
 
Figura 5 – Estômago 
 
 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://aplicativos.pgr.mpf.gov.br/saude/sa/imagens/faringe.gif&imgrefurl=http://aplicativos.pgr.mpf.gov.br/saude/sa/faringe.htm&usg=__fUAmUx__wZEVFxd3mXevMceuIBM=&h=400&w=300&sz=7&hl=pt-BR&start=5&itbs=1&tbnid=lmMZ7ECq9XM7VM:&tbnh=124&tbnw=93&prev=/images?q%3Dfaringe%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1
110 
 
Estômago: É uma dilatação do canal alimentar. Está situado abaixo do diafragma, com sua maior 
porção à esquerda. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Na parte interna 
do estômago possui uma estrutura rugosa denominada mucosa gástrica que secretam mucos e suco 
gástrico. As funções do estômago são: 1 – Armazenamento de grande quantidade de alimentos após 
a refeição; 2 – Mistura do alimento; 3 – Esvaziamento desse alimento para o intestino delgado. 
 
 
 
 
 
 
Intestino Delgado: É um tubo com aproximadamente 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro e 
pode ser dividido em três regiões: duodeno (primeira e menor porção), jejuno (parte média e maior 
porção) e íleo (parte final). Funções: Duodeno: Nessa parte do intestino são liberadas a bile (vesícula 
biliar) e a secreção pancreática (pâncreas) para auxiliar na digestão de alimentos, base de gorduras 
e proteínas. Jejuno e Íleo: Ao longo dessas duas regiões, a digestão continua e grande parte 
dos nutrientes é absorvida pelo sangue 
 
 
 
 
 
 
 
Intestino Grosso: O intestino grosso está localizado no abdômen, tem forma de U invertido. É a 
continuação do intestino delgado e seu nome se deve ao fato que seu diâmetro é o maior e suas 
paredes mais grossas. Dividido em: Cécum (ceco), Cólon Ascendente, Cólon Transverso, Cólon 
Descendente, Cólon Sigmoide, Reto. O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o 
canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes. Função: Absorver água do quimo, lubrificar 
as fezes e neutralizar os produtos ácidos do metabolismo bacteriano. 
 
Figura 6 – Intestino delgado 
 
 
Figura 7 – Intestino Grosso 
 
 
111 
 
10.4 Órgãos ou glândulas anexas 
 
 
 
 
 
 
 
Dentes: é estrutura dura da boca, denominada arcada dentária. Crianças têm 20 dentes decíduos 
(primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários (permanentes). 
Função: Trituram o alimento e realizam a mastigação. 
 
 
 
 
 
 
Língua: A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, localiza-se 
no interior da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. Função: Desloca o alimento durante a 
mastigação e o dirige para trás para ser deglutido (engolido). 
 
 
 
 
 
Fígado: É o maior órgão interno e pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto. Localiza-se abaixo do 
diafragma com sua maior porção à direita do plano mediano. Divide-se em 4 lobos: Lobo Direito, 
Esquerdo, Quadrado e Caudado. Entre os lobos direito e quadrado, encontra-se a Vesícula Biliar 
Figura 8 – Dentes 
Figura 9 – Língua 
 
Figura 10 - Fígado 
 
 
112 
 
que armazena a bile. Função: Secretar (produzir) a bile, que ajuda a neutralizar o quimo ácido do 
estômago e a digerir gorduras. 
 
 
 
 
Pâncreas: O Pâncreas é uma glândula localizada transversalmente sobre a parede posterior do 
abdome. Possui aproximadamente 15 cm de comprimento e formato triangular. Função: Secreta o 
suco pancreático que contém enzimas que promovem a hidrolisação, ‘quebra’ de proteínas, gorduras 
e carboidratos. 
 
 
 
 
 
Glândulas Salivares: São três – 1. Glândula Parótida: localizada à frente do conduto auditivo; 2. 
Glândula Submandibular (submaxilar): localizada abaixo da mandíbula; 3. Glândula Sublingual: 
localizada abaixo da língua. Função: Secretar saliva. 
10.5 Funcionamento gastrointestinal 
 
O sistema digestório é revestido por músculo liso e através dos movimentos peristálticos é capaz de 
deslocar o alimento através do canal alimentar durante o processo digestório. O músculo 
gastrointestinal tem duas características que devem ser consideradas: 
1. As fibras estão eletricamente conectadas umas às outras por meio do grande número de 
junções abertas. 
2. As camadas musculares funcionam como um sincício, ou seja, a excitação de uma parte 
sempre excita a outra. 
Na f. nervosa o PA é deflagrado pela abertura rápida dos canais de Na. Na fibra gastrointestinal pela 
grande entrada de Ca e em menor quantidade do NA (bomba Ca/K). 
A abertura e fechamento dos canais iônicos na fibra gastrointestinal são mais lentos, o que justifica 
o PA nelas durar mais tempo que na fibra nervosa. 
Figura 11 - Pâncreas 
 
 
Figura 12 – Glândulas 
Salivares 
113 
 
Sendo assim, o sistema nervoso controla o sistema digestório da seguinte forma: o sistema digestório 
possui um sistema nervoso próprio denominado sistema nervoso entérico, que começa no esôfago 
e termina no ânus. É formado por dois plexos: 
◼ Plexo Mioentérico ou Plexo de Auerbach: este plexo está situado nas camadas mais externas 
desses órgãos e controlam os movimentos gastrointestinais.◼ Plexo Submucoso ou Plexo de Meissner: este plexo está situado nas camadas mais internas 
desses órgãos e controlam as secreções gastrointestinais. 
 
O funcionamento do sistema digestório é controlado pelo sistema nervoso entérico que reveste com dois plexos 
desde o esôfago até o ânus: 
Plexo Mioentérico ou Plexo de Auerbach: este plexo controla os movimentos gastrointestinais, está situado 
mais externamente. 
Plexo Submucoso ou Plexo de Meissner: este plexo controla as secreções gastrointestinais, está situado mais 
internamente.
 
10.6 Controle nervoso sobre o funcionamento gastrointestinal 
O sistema nervoso controla o funcionamento gastrointestinal através do sistema nervoso simpático 
(SNP) e sistema nervoso parassimpático (SNP) através de nervos sensitivos que interligam o tronco 
encefálico e a medula ao sistema entérico, estimulando ou inibindo suas funções. 
➢ SNP: possui fibras que agem estimulando (+) a função gastrointestinal através da liberação 
de um neurotransmissor chamado Acetilcolina 
➢ SNS: possui fibras que agem inibindo (-) a função gastrointestinal através da liberação de um 
neurotransmissor chamado Norepinefrina. 
Os nervos presentes no sistema nervoso entérico são estimulados todas as vezes que o bolo 
alimentar atinge o canal alimentar e também por: 
1. Irritação da mucosa intestinal; 
2. Presença de substâncias químicas específicas; 
3. Distensão excessiva do intestino; 
Esses estímulos geram sinais que podem ativar o SNS e SNP, inibindo ou estimulando a função 
gastrointestinal através do plexo submucoso e do plexo mioentérico. 
114 
 
 
SNP: possui fibras que agem + função gastrointestinal 
SNS: possui fibras que agem - função gastrointestinal 
Acetilcolina: + função gastrointestinal 
Norepinefrina: - função gastrointestinal 
 
10.7 Processo mecânico da digestão 
 
Digestão é a conversão dos alimentos em partes menores e assimiláveis, para a absorção dos 
nutrientes necessários ao organismo. É realizada no aparelho digestório ou digestivo, através de dois 
tipos de processos: mecânico e químico. 
1. MASTIGAÇÃO (Boca): 
Reflexo Mastigatório: a presença do bolo alimentar provoca uma queda na mandíbula que estira os 
músculos mastigatórios e resulta em sua contração. Os movimentos mastigatórios excitam o SNP 
que estimula o plexo submucoso e ativa a secreção das glândulas que são liberados na boca e inicia 
o processo digestivo. 
◼ Dentes incisivos (anteriores) – Corta os alimentos; 
◼ Dentes molares (posteriores) – Tritura os alimentos. 
2. DEGLUTIÇÃO 
a. Fase voluntária (Faringe): Quando o alimento já foi triturado voluntariamente, o 
empurramos para trás contra o palato. Esse aumento de pressão gerada permite o engolir. 
b. Fase involuntária (Esôfago): Quando o bolo alimentar penetra na faringe, gera estímulos 
que caminham até o tronco encefálico e inicia uma série de contrações musculares que vai 
deslocando o bolo até o estômago por toda e extensão do esôfago. Essa onda peristáltica 
provoca relaxamento da válvula esofágica e permite a passagem do alimento para o 
estômago. O aumento da pressão intra-abdominal mantém a válvula fechada e impede o 
refluxo. 
 
 
 
 
 
 
115 
 
 Figura 13 – Deglutição 
 
 
A digestão mecânica é realizada através dos dentes com a mastigação, como processo de deglutição em 
que o alimento passa da boca para a faringe com o auxílio da língua e então e através com os movimentos 
que acontecem no tubo digestivo, chamados de movimentos peristálticos (ou peristaltismo) que permitem o 
transporte do alimento do esôfago para o estômago.
 
10.8 Processo químico da digestão 
 
O processo químico da digestão é onde ocorre as transformações químicas dos alimentos através da ação das 
enzimas. Os alimentos sofrem esse processo devido aos sucos digestórios (que contêm 
as enzimas digestórias), essa ação se inicia na boca com a saliva (amilíase salivar), cai no estômago que 
contém o suco gástrico (que contém ácido clorídrico), logo após no intestino sofre a ação pelas enzimas 
produzidas pelo pâncreas e a bile produzida pelo fígado 
 
 
Os sucos digestórios (digestão química) são compostos principalmente pelas enzimas. Essas são 
responsáveis por "quebrar" os alimentos, para que os nutrientes contidos neles possam ser 
absorvidos pelo nosso organismo até a corrente sanguínea. 
Os nutrientes presentes nos alimentos são divididos em proteínas, gorduras, amido, sais minerais e 
vitaminas. Cada alimento tem nutrientes diferentes e, portanto, para cada tipo de nutriente o corpo 
humano tem enzimas diferentes. Para digerir as proteínas temos da enzima pepsina, para as 
gorduras as lipases e para digerir o amido temos a ptialina ou amilase salivar. 
As enzimas estão presentes nos sucos digestórios, cada uma delas tem um órgão ou glândula 
responsável pela sua produção e secreção. A ptialina está presente na saliva, a pepsina está no 
suco gástrico, as lipases estão no suco pancreático e no suco entérico e a amilase está no suco 
pancreático. 
 
116 
 
1. ARMAZENAMENTO E QUEBRA DO ALIMENTO (Estômago): 
a. Armazenamento: Quando o alimento penetra no estômago gera um reflexo vasovagal 
que é dirigido ao tronco encefálico e volta ao estômago reduzindo seu tônus, permitindo 
seu estiramento cada vez maior para o armazenamento do alimento. 
b. Mistura: Na parede do estômago estão presentes as glândulas que quando estiradas 
ativam a secreção glandular e promovem a liberação do suco gástrico constituído pelo 
ácido clorídrico, acrescido de muco e várias enzimas (como a pepsina e a lipase). A 
pepsina atua, junto ao ácido clorídrico, quebrando as moléculas de proteínas em moléculas 
menores e a lipase atua sobre os lipídios “quebrando” alguns tipos de gordura. 
c. Esvaziamento: A diferença de pressão abre a válvula pilórica e permite a passagem do 
alimento do estômago para o intestino. 
2. ABSORÇÃO DOS NUTRIENTES (Intestino Delgado): 
No intestino delgado está divido em duas regiões distintas: o duodeno e o jejuno-íleo. Nele acontece 
a maior parte da digestão e absorção dos nutrientes. 
O duodeno é a porção inicial do intestino delgado, nele está o suco biliar, provenientes da vesícula 
biliar e anteriormente do fígado que se juntam ao bolo alimentar (quimo). O quimo tem a aparência 
de uma massa branca após passar pela digestão gástrica, é o alimento semidigerido. 
➢ A bile: é a secreção produzida pelo fígado, armazenada na vesícula biliar, que é lançada no 
duodeno através do ducto biliar comum. A bile não contém enzimas digestivas e sim os sais 
biliares (contem água e bicarbonato de sódio, principalmente) que separam as gorduras em 
partículas microscópicas, facilitando a ação das enzimas pancreáticas sobre os lipídios. 
➢ O suco pancreático: é produzido pelo pâncreas e contém enzimas. A tripsina é uma dessas 
enzimas, que atua sobre as proteínas. Ela só se torna ativa quando chega no duodeno e se 
junta ao suco entérico, transformando-se em quimotripsina. 
➢ O suco intestinal ou entérico: é produzido pela mucosa intestinal. Possui enzimas que 
completam a digestão dos lipídios, das proteínas e dos carboidratos. 
No término de todas as transformações sofridas no duodeno, o quimo passa a se chamar quilo, uma 
substância viscosa de cor branca, que então segue para o jejuno-íleo. 
No jejuno-íleo é onde grande parte dos nutrientes, resultantes do processo anterior da digestão, são 
absorvidos pelo sangue e são conduzidos para todas as células do organismo. 
3. ABSORÇÃO DE ÁGUA E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS (Intestino Grosso): 
O intestino grosso é a parte final do tudo digestório, é nele em que ocorre a importante absorção de 
água e os sais minerais, que não foram assimiladas pelo intestino delgado durante a digestão. Nele 
também acontece o armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão, ou seja, o material 
resultante da digestão forma as fezes que são acumuladas no reto (parte final do intestino grosso) e 
posteriormente empurradaspor movimentos peristálticos para fora, através do canal do ânus. 
DEFECAÇÃO: O deslocamento das fezes em direção ao reto estimula o reflexo mioenteral, que 
envia sinais à medula e ativa o SNP aumentando a motilidade do intestino grosso que empurra cada 
vez mais as fezes em direção ao ânus. No momento oportuno ocorre o relaxamento do esfíncter 
117 
 
anal. O reflexo de defecação também origina efeitos como inspiração profunda, fechamento da glote 
e contração da parede abdominal que força as fezes para baixo e facilita sua expulsão. 
 
NUTRIENTES ENZIMAS 
Proteínas Pepsina/Suco Pancreático 
Gorduras Lipase/Bile 
Amido Ptialina/Amilase salivar 
 
 
Neste capítulo, você viu que o sistema digestório tem a função de realizar a preensão, mastigação, deglutição, 
digestão, absorção dos nutrientes e eliminação dos resíduos sob a forma de fezes. 
O sistema digestório está dividido em duas partes: canal alimentar e órgãos anexos. O canal alimentar é 
formado por vários órgãos por onde o alimento passa durante a digestão. Esses órgãos são a boca, a faringe, 
o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, reto e ânus. Os órgãos anexos são compostos 
por dentes, língua, glândulas salivares, fígado e pâncreas, esses secretam substâncias que facilitam a digestão 
e as lançam no canal alimentar. 
Você viu também que o músculo gastrointestinal tem algumas particularidades que facilitam sua função de 
digestão. Os eventos fisiológicos da digestão compreendem: a digestão mecânica e a digestão química. A 
digestão mecânica é realizada com a mastigação, a deglutição e com os movimentos que acontecem no tubo 
digestivo chamados de movimentos peristálticos ou peristaltismo. As transformações químicas que os 
alimentos sofrem devido à ação dos sucos digestórios (os quais contêm as enzimas digestórias) constituem 
o processo químico da digestão. 
 
 
Aparelho Digestivo, Sistema Digestivo e Sistema Digestório: São esses os termos utilizados para representar 
o processo de absorção e digestão dos alimentos pelo nosso corpo, o sistema digestivo é responsável por 
quebrar o alimento para que ele possa ser absorvido pelo nosso organismo. Leia o artigo “Sistema Digestório 
do Corpo Humano” na íntegra acessando o link: https://www.mundovestibular.com.br/articles/395/1/SISTEMA-
DIGESTORIO-DO-CORPO-HUMANO/Paacutegina1.html 
Digestão é a transformação dos alimentos em substâncias assimiláveis, realizada no aparelho digestório ou 
digestivo por meio de dois tipos de processos: mecânico e químico. Saiba mais lendo o artigo “Digestão”, 
disponível em: https://www.todamateria.com.br/digestao/
 
https://www.mundovestibular.com.br/articles/395/1/SISTEMA-DIGESTORIO-DO-CORPO-HUMANO/Paacutegina1.html
https://www.mundovestibular.com.br/articles/395/1/SISTEMA-DIGESTORIO-DO-CORPO-HUMANO/Paacutegina1.html
https://www.todamateria.com.br/digestao/
https://www.todamateria.com.br/digestao/
118 
 
 
Palavras Significado 
Alvéolos dentário É a cavidade do osso da maxila e mandíbula onde se alojam os dentes. 
Moléculas Representação da estrutura e propriedades de uma substância composta de 
um ou mais átomos. 
Motilidade Capacidade que certos órgãos apresentam de realizar movimentos 
autônomos (por exemplo, a motilidade intestinal). 
 
Qual a função do tubo digestório? 
a) Tirar glicose do sangue. 
b) Produzir ácido clorídrico. 
c) Fragmentar o alimento para passar para as células. 
d) Bombear o sangue. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
RESPOSTA: Alternativa C está correta. É no tubo digestório que essas partículas são quebradas em partículas 
pequenas capazes de entrar nas células. Esse processo é chamado de Digestão. 
 
 
Qual cirurgia comprometeria mais a função do sistema digestório: a remoção dos 25 centímetros iniciais do 
intestino delgado (duodeno) ou a remoção de igual porção do início do intestino grosso? Por quê?
 
 
119 
 
UNIDADE III 
CAPÍTULO 11 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
URINÁRIO 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Urinário; 
✓ Órgãos constituintes do Trato Urinário; 
✓ Fisiologia da filtração de sangue e produção de urina; 
✓ Controle da pressão arterial pelo sistema renina-angiotensina e aldosterona; 
✓ Controle autonômico e voluntário da micção; 
 
Introdução 
O sistema urinário ou aparelho urinário é um conjunto de órgãos, constituído por dois rins, dois 
ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. O aparelho urinário está envolvido com a formação, 
depósito e eliminação da urina, responsável por excretar materiais desnecessários e prejudiciais 
(como resíduos metabólicos das células, substâncias em excesso, toxinas etc.). Além disso, este 
sistema desempenha outras funções de extrema importância para o nosso organismo. 
Nesse capítulo, você aprenderá mais sobre essa função de vital importância para a manutenção da 
vida. 
 
Algumas pessoas possuem o terrível habito de beber xixi – “Em situações extremas, você pode beber sua urina 
para se manter hidratado, porém existem grupos de pessoas que praticam “urinoterapia”, bebendo o xixi que 
acreditam que será a fonte de sua juventude. O xixi não é totalmente limpo, pois ele é excreção dos nossos 
corpos e traz muitas bactérias que vivem na bexiga.” 
 
11.1 Definição e funções 
 
O sistema urinário encarrega-se de eliminar os resíduos das atividades das células do nosso 
organismo e também as substâncias que estão em excesso no sangue, sob a forma de urina. O 
aparelho urinário filtra o sangue e elimina a água. 
120 
 
 
O sistema urinário é constituído pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, e tem por função participar da eliminação 
dos produtos finais do metabolismo e do controle do equilíbrio hídrico. 
 
O sistema urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, 
uma bexiga urinária e uma uretra. 
1. Rins: têm inúmeras funções, dentre elas, filtrar o sangue e produzir a urina. 
2. Ureteres: têm a função de transportar a urina dos rins até a bexiga. 
3. Bexiga: tem a função de armazenar a urina até o momento de ser expelida. 
4. Uretra: tem a função de expelir a urina. 
 
Figura 1 – Sistema Urinário 
 
Fonte: Não citada pelo autor 
11.2 Rim 
 
 
 
 
 
• ANATOMIA RENAL 
É um órgão par, abdominal. Situado à direita e à esquerda da coluna vertebral. Está localizado entre 
os níveis de T12 e L3, protegidos pelo 11º e 12º pares de costelas. O rim direito ocupa uma posição 
inferior ao esquerdo, em virtude da presença do fígado. 
 
 
Figura 2 - Rins 
 
121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Possui a forma de um grão de feijão. Mede aproximadamente 10 cm e cada um pesa 15 g. Apresenta 
duas extremidades (polos), superior e inferior, e duas bordas (medial e lateral). 
- Polo superior: localiza-se a glândula suprarrenal, responsável pela secreção de hormônio. 
- Borda medial: localiza-se o pedúnculo renal (hilo renal), constituído por ureter, artérias e veias 
renais. 
A parte interna é constituída de uma região externa (córtex renal), uma região interna (medula renal) 
e a pelve renal (cálice renal maior e menor). 
Na região do córtex e medula renal encontram-se aproximadamente 1 milhão de néfrons (nefrônio), 
que é a unidade funcional do rim. Agem na filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular 
para formação da urina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Rim esquerdo 
 
Figura 4 – Túbulos Renais 
 
122 
 
• FUNÇÕES DO RIM 
 
 
 
 
 
RINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.3 Ureter 
 
 
 
 
 
 
 
• ANATOMIA DO URETER 
São órgãos pares em formato de tubo e revestidos de músculo que une o rim à bexiga. Iniciam-se 
no rim (pelve renal) e realizam um trajeto descendente. 
Seguem pela parede do abdômen e penetram na pelve para terminar na região póstero-inferior da 
bexiga, onde se encontram os óstios uretrais. 
FUNÇÃO 
ENDÓCRINA 
1. Noradrenalina 
2. Adrenalina 
3. Cortisol4. Aldosterona 
6. Controla o volume hídrico 
corporal; 
7. Regula a concentração de íons; 
8. Auxilia na manutenção do pH; 
9. Regula a excreção de metabólitos; 
10. Elimina drogas e substâncias 
tóxicas. 
FUNÇÃO 
HOMEOSTÁSICA 
Figura 5 - Ureter 
 
https://www.todamateria.com.br/noradrenalina/
https://www.todamateria.com.br/adrenalina/
123 
 
São revestidos de músculo liso e capazes de se contraírem através de movimentos peristálticos. 
Medem de 25 a 30 cm no adulto e produz muco, com o objetivo de proteger o sistema urinário contra 
as infecções. 
• FUNÇÃO DOS URETERES: 
Conduzir a urina do rim para a bexiga. 
 
Ureteres: são dois tubos musculares de aproximadamente 25 cm de comprimento cada, que conduz a urina 
dos rins para a bexiga. 
11.4 Bexiga 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ANATOMIA DA BEXIGA 
A bexiga é um órgão elástico de parede constituída de musculo liso, oco (semelhante a uma bolsa 
muscular flexível), localizada na cavidade da pelve (posterior à sínfise púbica, na parte inferior do 
abdômen) e sua principal função é o recolher e armazenar a urina que é formada pelos rins e 
transportada pelos ureteres. Nos homens, está localizada anterior ao reto, nas mulheres, inferior ao 
útero. 
Sua capacidade variável é, em média, de 700 a 800 ml. Possui grande distensibilidade, com um 
tamanho menor nas mulheres. 
No recém-nascido, possui uma localização abdominal, atingindo a pelve na puberdade. Canal de 
saída da urina da bexiga (início da uretra). 
Figura 6 - Bexiga 
 
124 
 
Na parte inferior da bexiga, encontra-se o músculo esfíncter interno que “fecha a uretra” e controla a 
micção, ou seja, quando a bexiga está cheia, o esfíncter interno se contrai involuntariamente, 
empurrando a urina em direção à uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. E o músculo 
esfíncter externo, que se contrai voluntariamente, o que nos permite controlar a saída da urina. 
• FUNÇÃO DA BEXIGA: 
Armazenar a urina até o momento de ser expelida. 
 
A bexiga é um órgão muscular liso, flexível e oco, encontra-se na cavidade pélvica atrás da sínfise púbica. Sua 
função é de reservatório temporário para a urina. 
 
11.5 Uretra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ANATOMIA DA URETRA: 
É um canal condutor mediano que vai da bexiga urinária e o meio externo. Possui um esfíncter uretral 
externo, de contração voluntária, que pode permanecer fechado e permite resistir ao desejo de urinar. 
- Mulher: Apenas para excreção de urina, com aproximadamente 4 cm. A abertura da uretra para o 
exterior está localizada entre o clitóris e o óstio da vagina, denominado óstio externo da uretra. 
- Homem: Via comum para ejaculação e micção, mede aproximadamente 20 cm. Passa pela próstata 
e pelo pênis até chegar ao meio externo. 
• FUNÇÃO DA URETRA: 
Conduzir a urina da bexiga para o meio exterior. 
 
 
Figura 7 - Uretra 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_8SD8jz3iN9Y/SrjZwH8i_JI/AAAAAAAAAYY/e0YO6aCoiXA/s400/Bexiga2.jpg&imgrefurl=http://flexuspilates.blogspot.com/2009/09/pilates-contra-incontinencia-urinaria.html&usg=__TFeyNv2fCL-FpxDbMWC2QCWyQf4=&h=400&w=358&sz=27&hl=pt-BR&start=21&itbs=1&tbnid=_KxBk9tSpgXBaM:&tbnh=124&tbnw=111&prev=/images?q%3Duretra%2Burinaria%26start%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1
125 
 
 
A Uretra é um canal muscular, em forma de tubo, sua função é a condução da urina da bexiga para fora do 
corpo. A uretra feminina mede aproximadamente 4 cm de comprimento e serve somente para o transporte da 
urina. A uretra masculina mede cerca de 15 a 20 cm, além do transporte da urina para fora do corpo, tem 
também a função de passagem para o esperma durante a ejaculação. 
 
11.6 Fisiologia renal 
O sistema renal tem a função de filtrar o sangue e produzir a urina, esse processo ocorre da seguinte 
forma: 
Os rins estão ligados ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias 
urinárias pelos ureteres. As artérias renais são muito finas que formam pequenos ramificações 
emaranhadas chamadas de glomérulos. Cada glomérulo é envolto em uma estrutura arredondada, 
chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman. 
A unidade básica dos rins é chamada néfron, tem a função da filtragem do sangue, que é formada 
pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal. 
O sangue passa pelos rins (esse filtrado é absorvido), por conta da força da pressão sanguínea, ao 
atravessar o glomérulo, parte do plasma deixa passar água e sais pelas paredes permeáveis dos 
capilares, sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida, 
desemboca no túbulo renal. 
Durante esse processo substâncias necessárias como água, glicose e sais minerais, contidas nesse 
líquido, percorrem a parede do túbulo renal e regressam à circulação sanguínea. Deste modo, resta 
nos túbulos somente a urina, ou seja, uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, 
ácido úrico e amônia que desemboca nas vias urinárias para a saída do corpo. 
Figura 8 – Formação da urina 
 
 
 
126 
 
11.7 Controle da pressão arterial pelos rins 
Os rins funcionam como reguladores da pressão arterial através do aumento ou diminuição do 
volume sanguíneo, que acontece por meio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, um 
mecanismo hormonal. 
Fisiologicamente, funciona da seguinte maneira: 
Quando o volume de sangue e pressão arterial diminui, as paredes das arteríolas são menos 
estiradas e isso promove um estímulo nas células justaglomerulares que secretam a enzima renina 
no sangue. Esta enzima sintetiza outro produto chamado angiotensina I, no pulmão esse é convertido 
pela ECA em angiotensina II. Essa substância estimula os rins a secretarem Aldosterona que 
aumenta a reabsorção de Na e consequentemente a reabsorção de água por ação osmótica, 
aumentando a concentração de água no corpo e restabelecendo a pressão arterial. 
 
 
 
11.8 Regulação da micção 
 
A regulação da micção ocorre de duas formas: 
• Sistema Voluntário 
• Sistema Autonômico 
Quando a bexiga está vazia ou enchendo com urina, o SNS mantém relaxada a musculatura lisa da 
parede da bexiga e ao mesmo tempo contrai a musculatura lisa do esfíncter interno. 
Simultaneamente, o esfíncter externo é fechado de forma consciente (sistema voluntário). 
 
127 
 
Figura 9 – Regulação da Micção 
 
 
Neste capítulo, você viu que o Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e 
eliminação da urina e possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. 
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, uma bexiga 
urinária e uma uretra. 
- Rins: têm inúmeras funções, dentre elas, filtrar o sangue e produzir a urina. 
- Ureteres: têm a função de transportar a urina dos rins à bexiga. 
- Bexiga: tem a função de armazenar a urina até o momento de ser expelida. 
- Uretra: tem a função de expelir a urina. 
Você viu também que o processo de filtração do sangue e produção de urina ocorre nos néfrons e envolvem 
quatro fases: 1. Filtração; 2. Reabsorção; 3. Secreção; 4. Excreção. 
Os rins controlam a pressão arterial através da ativação de um sistema chamado: renina angiotensina-
aldosterona. E a regulação da micção envolve dois sistemas, o voluntário e o autonômico. 
 
 
O sistema urinário é constituído pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, e tem por função participar da eliminação 
dos produtos finais do metabolismo e do controle do equilíbrio hídrico. Para saber mais, veja apresentação. 
“ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RENAL”. Disponível em: https://irp-
cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%2013-
%20Anatomia%2C%20fisiologia%2C%20IRAC.pdf 
https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%2013-%20Anatomia%2C%20fisiologia%2C%20IRAC.pdf
https://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%2013-%20Anatomia%2C%20fisiologia%2C%20IRAC.pdfhttps://irp-cdn.multiscreensite.com/64d4fda7/files/uploaded/Aula%2013-%20Anatomia%2C%20fisiologia%2C%20IRAC.pdf
128 
 
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função 
de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo. O Sistema Urinário é composto por dois rins e 
pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Para saber mais, leia o artigo 
“Sistema Urinário” na íntegra. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/sistema-urinario/ 
 
 
 Palavras Significado 
 Excreção É o processo pelo qual os produtos residuais do metabolismo e outros materiais 
 sem utilidade são eliminados do organismo. 
 Expelir Lançar fora, pôr para fora; livrar-se de. 
 Reabsorção Capacidade que o organismo tem de absorver substâncias pela única influência 
 das forças vitais. 
 Secreção Quando a substância eliminada pela célula pode ter um fim específico. 
 Vital Que é necessário para a manutenção da vida, ou que a afeta de maneira 
 essencial. 
 
 
O sistema urinário ou aparelho urinário é um conjunto de órgãos envolvidos com a formação, depósito e 
eliminação da urina. Qual das alternativas abaixo contém apenas órgãos do aparelho urinário? 
a. Rim, ureter, útero e bexiga. 
b. Rim, ureter, bexiga e uretra. 
c. Rim, fígado, bexiga e uretra. 
d. Rim, ureter, bexiga e vagina. 
e. Rim, ureter, bexiga e intestino delgado. 
 
RESPOSTA: B está correta. O Aparelho Urinário é constituído por dois rins e pelas vias urinárias, formada 
por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Produz e elimina a urina, sua função é de filtrar as "impurezas" 
que circulam pelo sangue no organismo. O rim é o local de filtragem do sangue. O material desnecessário é 
transportado dos rins através dos ureteres que levam a urina até a bexiga. A bexiga é local onde a urina fica 
armazenada até ser lançada para o meio externo através da uretra. 
 
129 
 
 
Os aparelhos de hemodiálise são utilizados em pacientes com distúrbios renais. A função da hemodiálise é: 
a) oxigenação do sangue, uma vez que uma menor quantidade de gás oxigênio é liberada em sua 
corrente sanguínea. 
b) Nutrição do sangue, uma vez que sua capacidade de absorver nutrientes orgânicos nesses pacientes 
está diminuída. 
c) Retirar o excesso de íons e resíduos nitrogenados do sangue que se acumulam nesses pacientes. 
d) Retirar o excesso de glicose, proteínas e lipídios do sangue que se acumulam nesses pacientes. 
e) Retirar o excesso de gás carbônico que se acumula no sangue desses pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
130 
 
UNIDADE III 
CAPÍTULO 12 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
REPRODUTOR 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Definição e Funções do Sistema Reprodutor; 
✓ Órgãos constituintes do Sistema Reprodutor Feminino e Masculino; 
✓ Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino e Masculino; 
✓ Gametogênese; 
✓ Hormônios Sexuais; 
✓ Ciclo Menstrual; 
Introdução 
A reprodução serve como perpetuação das espécies, isto é, uma vez que todas as espécies têm um 
tempo de vida limitado. Portanto, para evitar que uma espécie entre e extinção, ou seja, para que se 
mantenha no passar dos tempos através de seus descendentes, é necessário que haja um 
mecanismo para a produção de novos indivíduos. 
Neste capítulo você estudará sobre o sistema reprodutor e irá aprender o processo pelo qual as 
espécies se mantem, se perpetuam, Processo esse que permite a produção de novos seres vivos a 
partir de seres já existentes. 
Aproveite ao máximo tudo que esse capítulo tem a oferecer e bons estudos! 
 
Na medicina, um casal é considerado infértil se for incapaz de engravidar após um ano de relações sexuais 
desprotegidas. Nos Estados Unidos, 1 em cada quase 6 casais adultos são inférteis, de acordo com um estudo 
de 2013 publicado na revista Fertility and Sterility. O estudo não teve como objetivo focar se a infertilidade do 
casal acontecia devido a problemas de fertilidade do homem ou da mulher. 
No Brasil, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 10 casais apresentam 
problemas de fertilidade. Por outro lado, a infertilidade não está em ascensão. Na realidade, a pesquisa do ano 
passado mostra que as taxas de infertilidade entre mulheres caíram nas últimas três décadas. 
Fonte: https://radaraltovale.com/noticia/antenado/11-surpreendentes-fatos-sobre-o-sistema-reprodutivo-7380 
 
 
 
https://radaraltovale.com/noticia/antenado/11-surpreendentes-fatos-sobre-o-sistema-reprodutivo-7380
131 
 
12.1 Definição e funções 
 
O ser humano apresenta os sistemas reprodutores masculino e feminino, a reprodução é feita de forma 
sexuada e é por meio dela que existe uma troca de material genético entre os homens e as mulheres. 
O sistema reprodutor é importante para a manutenção da vida na Terra. Através da junção do óvulo 
com os espermatozoides (células pequenas), pode-se criar um novo ser humano. Os óvulos possuem 
em seu material células tronco em seu interior, juntamente com os nutrientes essenciais para o 
desenvolvimento do embrião. 
O sistema reprodutor é dividido em: 
1. Sistema Reprodutor Feminino: formado por um conjunto de órgãos genitais femininos 
responsáveis pela produção dos óvulos e de hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a 
progesterona, responsáveis pela implantação das características sexuais femininas e pela 
fertilidade, ou seja, pela capacidade de reprodução. 
2. Sistema Reprodutor Masculino: formado por um conjunto de órgãos genitais masculinos 
responsáveis pela produção dos espermatozoides e de hormônios sexual masculino, a 
testosterona, responsável pela implantação das características sexuais masculinas e pela 
fertilidade, ou seja, pela capacidade de reprodução. 
 
As funções do sistema reprodutor são: 
- Produzir gametas (femininos e masculinos) e garantir a reprodução; 
- Produzir hormônios sexuais (femininos e masculinos) para implantação e manutenção das características 
sexuais.
 
12.2 Anatomia do sistema reprodutor masculino 
 
PRINCIPAIS ÓRGÃOS: 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Testículos 
 
132 
 
Testículos: São órgãos pares, possui formato ovoide, facilmente palpáveis dentro da bolsa que os 
aloja (escroto). Função: Produzem os gametas masculinos (espermatozoides) e o hormônio sexual 
masculino chamado testosterona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epidídimo: É uma estrutura em forma de C, situada contra a margem posterior do testículo, onde 
pode ser sentida pela palpação. Função: Armazenar os espermatozoides até o memento da 
ejaculação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ducto deferente: É a continuação da cauda do epidídimo e conduz os espermatozoides até o ducto 
ejaculatório. Tem cerca de 30 cm e possui um trajeto ascendente, saindo do epidídimo, atravessando 
a região abdominal inferior pelo canal inguinal na virilha e terminando na próstata. Função: 
Transportar o espermatozoide durante a ejaculação. 
 
Figura 2 – Epidídimo 
 
Figura 3 – Ducto deferente 
 
133 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uretra: A uretra masculina mede cerca de 15 a 20 cm. Inicia-se no óstio interno da uretra na bexiga, 
e atravessa a próstata, o assoalho da pelve e o pênis sucessivamente, terminando na extremidade 
deste órgão fazendo a ligação com o meio externo. Função: Além do transporte da urina para fora 
do corpo, tem também a função de passagem do esperma durante a ejaculação. 
 
 
 
 
 
 
 
Pênis: O pênis é o órgão externo, de tecido erétil, copulador masculino, é formado, basicamente, 
por três cilindros, os quais dois são pares (direito e esquerdo) chamados de corpos cavernosos e o 
corpo esponjoso, envolvidos por fáscias, túnicas fibrosas e externamente por pele fina e 
extremamente distensível, terminando na extremidade deste órgão. Função: Órgão masculino da 
cópula, o pênis promove a ereção. 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Uretra 
 
Figura 5 - Pênis 
 
 
Figura 6 - Escroto 
 
 
134 
 
Escroto: É o saco testicularDistal – Distante da raiz 
- Lateral – Mais próxima do plano lateral. 
- Medial – Mais próxima do plano sagital 
- Homolateral (Ipsilateral) e Contralateral - Mesmo lado e lado oposto. 
- Superficial e Profundo - Mais próximo ou afastando da superfície. 
1.5. Célula: sua constituição e funcionamento 
As células são as menores unidades funcionais do corpo, ou seja, a menor estrutura de formação do 
corpo humano com funções. Embora seja uma estrutura microscópica, a célula é composta por 
muitas estruturas, e desempenha inúmeras funções especializadas e complexas de forma 
organizada. 
As diversas substâncias que compõem a célula são, em conjunto, chamadas de protoplasma, que é 
composto por cinco substâncias básicas: água, eletrólitos, proteínas, lipídios e carboidratos. 
1. ÁGUA: constitui o principal meio líquido da célula, onde estão dissolvidas muitas substâncias 
químicas celulares e é também o lugar onde ocorrem inúmeras reações químicas. 
2. ELETRÓLITOS: os eletrólitos permitem a condução dos impulsos, além de determinar e 
controlar a atividade de diversas reações necessárias ao metabolismo celular. 
 
 
 
 
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3. PROTEÍNAS: depois da água, é a substância mais abundante presente na célula, as 
proteínas estão envolvidas com função de transporte nas células. 
4. LIPÍDIOS: por serem substâncias insolúveis na água, são participantes da formação 
estrutural da membrana. A gordura armazenada no interior da célula também atua como 
reservatório de energia. 
5. CARBOIDRATOS: exercem poucas funções na célula. Representam em média cerca de 1% 
apenas da massa celular e são sempre armazenados na célula sob a forma de glicogênio, 
que pode ser usada como uma fonte rápida de energia celular. 
Nas células também existem as organelas como lisossomos, retículo endoplasmático, ribossomos, 
complexo de Golgi, entre outros. 
 
Os cinco principais elementos que formam as células são: 
1- Água; 
2- Eletrólitos; 
3- Proteínas; 
4- Lipídios; 
5- Carboidratos; 
 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
É formada por uma dupla camada fosfolipídica, com proteínas inseridas em sua extensão. A 
membrana possui uma permeabilidade seletiva, ou seja, a membrana seleciona as substâncias que 
podem entrar ou sair da célula. 
As substâncias que possuem mais facilidade para passarem são aquelas solúveis nos lipídios, isso 
porque a estrutura da membrana plasmática é formada de lipídios (gordura), essas substâncias são 
chamadas de (lipossolúveis/hidrofóbicas) e há baixa solubilidade para as substâncias). 
 
 
 
Substâncias hidrossolúveis/hidrofílicas: são aquelas que se dissolvem na água, mas não se dissolvem em 
gorduras, por isso têm mais dificuldade para atravessar a membrana plasmática. 
Substâncias lipossolúveis/hidrofóbicas: o termo “lipo” vem da palavra gordura, portanto, se dissolve 
em gordura e tem mais facilidade de atravessar a membrana plasmática. 
 
Está inserida na membrana plasmática uma estrutura denominada Bomba de Sódio/Potássio, que é 
uma estrutura que atua no transporte de sódio (Na) para fora da célula e potássio (K) para dentro. A 
bomba tem dois sítios de ligação para o K e três sítios para o Na, o que significa que a cada dois K 
que entram saem três Na. 
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A Bomba de NA/K tem a função de manter a célula em equilíbrio/homeostasia. Todas as células 
formam muitas substâncias intracelulares, que tendem a aumentar o tamanho da célula, e a bomba 
age em sentido contrário, controlando o aumento da célula e impedindo que ela morra. 
 
Homeostase é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções 
adequadamente e atingir o equilíbrio do corpo. 
 
1.6. Como acontece o transporte de substâncias numa célula? Quais são os tipos 
de transporte? 
As proteínas estão envolvidas com função de transporte nas células. Existem duas formas principais 
de transportar substâncias entre os meios interno e externo da célula. 
• TRANSPORTE PASSIVO: é um processo que ocorre SEM uso de energia proveniente da 
decomposição de ATP pela célula. 
• TRANSPORTE ATIVO: é um processo que ocorre COM uso de energia proveniente da 
decomposição de ATP pela célula. 
 
 ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula que armazena energia para diversos usos celulares. 
 
O processo passivo envolve três tipos de transporte: difusão simples, difusão facilitada e osmose 
✓ Difusão simples: é o transporte de substância a partir de uma região de concentração maior 
para uma região de concentração menor, ou seja, a substância move-se de uma área onde 
há mais dela, para outra onde há menos dela. 
Por exemplo: o movimento de oxigênio do sangue para dentro das células e do dióxido de 
carbono de volta para o sangue. 
✓ Difusão Facilitada: na difusão facilitada, o transporte é facilitado por uma proteína que 
atravessa as substâncias. Nesse tipo de transporte algumas moléculas maiores ou que não 
são solúveis aos lipídios da membrana (hidrossolúveis) conseguem ser transportadas. 
 
✓ Osmose: é um transporte exclusivo de água por uma membrana seletivamente permeável. 
A água sai de uma área onde a concentração de solutos é baixa e vai para uma área onde a 
concentração de solutos é alta com o objetivo de restabelecer o equilíbrio. 
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Por exemplo: imagine dois copos com a mesma quantidade de leite, no primeiro você 
acrescenta uma colher de achocolatado e no outro você acrescenta duas colheres. Como 
deixar os dois copos com a mesma concentração? Como a osmose é um transporte exclusivo 
de líquido, só podemos mexer na quantidade de leite. Então, para deixar os dois copos com 
quantidades similares de achocolatado, basta acrescentar mais leite no segundo copo. 
Assim, o transporte de leite foi feito de um local de alta concentração de solutos 
(achocolatado) para um local de baixa concentração de solutos. 
 
Transporte passivo – As substâncias são transportadas sem gasto de energia: 
✓ Difusão Simples 
✓ Difusão Facilitada 
✓ Osmose 
 
NO TRANSPORTE ATIVO as substâncias são atravessadas de um meio onde estão menos 
concentradas para um meio onde estão mais concentradas, mas para isso o transporte requer 
energia proveniente da “quebra” da molécula de ATP. 
O melhor exemplo de transporte ativo é a Bomba de Sódio/Potássio localizada na membrana 
plasmática, que transporta íons Sódio (Na) para fora e Potássio (K) para dentro, desobedecendo a 
regra do gradiente de concentração. 
 
Gradiente de concentração – As substâncias saem de um local de maior concentração para um local de menor 
concentração. 
 
• TRANSPORTE NAS VESÍCULAS 
O transporte nas vesículas se dá por meio de um saco de membrana que transporta as substâncias de uma 
estrutura para outra dentro das células, capta substâncias do meio extracelular (endocitose) ou libera as 
substâncias no meio extracelular (exocitose). 
ENDOCITOSE – Na endocitose as substâncias movem-se para dentro das células através de uma vesícula 
que se forma a partir da membrana plasmática. 
A endocitose envolve dois tipos: 
Fagocitose – É uma forma de endocitose na qual as células englobam grandes partículas sólidas como, por 
exemplo, bactérias inteiras ou vírus. 
Pinocitose - É uma forma de endocitose na qual as células englobam partículas líquidas, a maioria das 
células sanguíneas realiza esse tipo de transporte. 
EXOCITOSE – Na exocitose as substâncias são liberadasmusculocutâneo (formado de pele e musculo), em forma de bolsa 
termorreguladora, situado atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica. É dividido em duas partes 
compartimentares por um septo, cada um contém um testículo. Função: O escroto mantém a 
temperatura estável nos testículos para espermatogênese, produção dos espermatozoides. 
GLÂNDULAS: 
 
 
 
 
 
 
Próstata: Situada inferiormente à bexiga e anterior ao reto (toque) está a próstata, é atravessada 
em toda sua extensão pela uretra, que é um órgão pélvico, ímpar. Contém uma glândula, a secreção 
da próstata se junta à secreção das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. 
Função: secretar glândulas prostáticas para dar volume ao líquido seminal, ela que confere odor 
característico ao sêmen. 
 
 
 
 
 
 
 
Glândulas bulbouretrais: São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas 
proximidades da parte membranosa da uretra. Seus ductos desembocam na uretra esponjosa e sua 
secreção é mucosa. Função: Secreta um líquido que limpa o canal da uretra por causa da acidez da 
urina para proteger o espermatozoide, sendo liberado antes da ejaculação. 
 
 
 
Figura 7 - Próstata 
 
 
Figura 8 - Bulbouretrais 
 
 
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Vesícula Seminal: As vesículas seminais são formadas por duas bolsas membranosas que se 
encontram lateralmente aos ductos deferentes na face posterior inferior da bexiga urinária. Função: 
Produzem um líquido viscoso alcalino que colabora na formação do sêmen. 
12.3 Anatomia do sistema reprodutor feminino 
 
PRINCIPAIS ÓRGÃOS: 
 
 
 
 
 
Ovário: É um órgão par com aproximadamente 3 cm de comprimento, 2 cm de largura e 1,5 cm de 
espessura. Está situado na extremidade inferior das tubas uterinas numa posição verticalizada. O 
ovário está preso ao útero e à cavidade pelviana por meio de ligamentos. Função: Produzem os 
óvulos e os hormônios sexuais femininos: estrógeno e progesterona. 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 - Vesícula seminal 
 
 
Figura 10 - Ovário 
 
 
Figura 11 – Tubas uterinas 
 
 
136 
 
Tubas Uterinas: É um órgão par que se implanta de cada lado no bordo látero-superior do útero e 
se projeta lateralmente. Esse tubo apresenta aproximadamente 10 cm de comprimento, é irregular 
quanto ao calibre e vai se dilatando à medida que se afasta do útero. Esse órgão divide-se em 4 
regiões, que no sentido médio lateral são: porção intramural, istmo, ampola, infundíbulo (fímbrias). 
Função: Transportar o óvulo do ovário ao útero. É o local onde ocorre a fecundação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Útero: Localizada na região pélvica, atrás da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Possui o 
formato de uma pera invertida, composto de tecido musculoso e oco. Na sua região superior/lateral 
é ligado às tubas uterinas e na região inferior é ligado à vagina. Está situado na região pélvica, 
atrás da bexiga urinária e anteriormente ao reto. É formado pelas seguintes regiões: corpo, istmo, 
colo, óstio e fundo. Função: Abrigar o feto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vagina: É um canal que mede aproximadamente de 8 a 10 cm de comprimento é constituído de 
paredes elásticas, e liga o colo do útero aos genitais externos. Contém internamente, de cada lado 
de sua abertura, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco 
lubrificante. A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular, chamada hímen, que fecha 
parcialmente o orifício vulvo-vaginal e tem formatos diferentes. Função: Possibilita a penetração do 
pênis, a expulsão da menstruação e na hora do parto, a saída do bebê. 
Figura 12 - Útero 
 
 
 
 
Figura 13 - Vagina 
 
 
137 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mamas: As mamas são anexas da pele, seu parênquima é formado de glândulas cutâneas 
modificadas que se especializam na produção de leite após a gestação. As mamas situam-se 
ventralmente aos músculos da região peitoral (m. peitoral maior, m. serrátil anterior e m. oblíquo 
externo), entre as camadas superficial e profunda da tela subcutânea. Função: Produção de leite 
após a gestação. 
12.4 Hormônios sexuais 
A maturidade sexual e a vida reprodutiva são mantidas por uma série de hormônios que tem a sua 
produção mantida por um sistema de cascata. Nesse sistema de cascata, a produção de um 
hormônio estimula outra glândula para produção de outros hormônios. 
As glândulas e os hormônios que agem nesse processo são: 
HIPOTÁLAMO: Hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH) – estimula a hipófise. 
HIPÓFISE: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) – estimulam os 
testículos e ovários. 
TESTÍCULO: Hormônio Testosterona. 
OVÁRIO: Hormônio Progesterona e Hormônio Estrogênio. 
AÇÃO DOS HORMÔNIOS 
 
Hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH): estimula a hipófise a liberar os hormônios FSH 
e LH. 
Hormônio Folículo Estimulante (FSH): provoca o crescimento de folículos nos ovários antes da 
ovulação; promove a formação dos espermatozoides nos testículos. 
Hormônio Luteinizante (LH): desempenha um papel importante na ovulação; causa secreção de 
hormônios sexuais nos ovários e testículos. 
Figura 14 - Mamas 
 
 
138 
 
Testosterona: estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e das características 
sexuais secundárias. 
Estrogênios: estimulam o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos, das mamas e das 
características sexuais secundárias. 
Progesterona: prepara o útero para abrigar o feto, também ajuda a promover o desenvolvimento 
do aparelho secretor das mamas. 
EFEITO EM CASCATA 
 
HIPOTÁLAMO – Hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH) 
 
HIPÓFISE – Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) 
 
TESTÍCULO – Hormônio Testosterona OVÁRIO – Hormônio Progesterona e 
Estrogênio 
 
12.5 Puberdade, maturidade sexual e reprodutiva 
Durante a infância, os hormônios sexuais feminino e masculino não causam alterações na forma 
do corpo dos meninos e meninas porque as gônadas secretam um fator de inibição, que inativa 
sua função. Quando esses, passam pela fase do estirão de crescimento pela ação do hormônio 
somatotrofina (GH), o fator de inibição para de ser produzido e os hormônios sexuais começam 
a agir. 
Os hormônios sexuais promovem mudanças na anatomia e na fisiologia do sistema reprodutor. 
Hormônios sexuais femininos (Estrogênio e Progesterona) – São responsáveis pela implantação 
das características sexuais secundárias nas meninas, como crescimento dos órgãos genitais, 
crescimento de pelos, crescimento das mamas, afunilamento da cintura e deposição de gordura 
na região do quadril. Esses hormônios também são responsáveis pela produção e maturação dos 
óvulos (gameta feminino) tornando a vida reprodutiva da menina ativa. 
Hormônio sexual masculino (Testosterona) – São responsáveis pela implantação das 
características sexuais secundárias nos meninos, como crescimento dos órgãos genitais, 
crescimento de pelos, engrossamento da voz e desenvolvimento da massa muscular. Esse 
hormônio também é responsável pela produção e maturação dos espermatozoides (gameta 
masculino) tornando a vida reprodutiva do menino ativa. 
 
139 
 
 
Os hormônios sexuais são ativados durante a puberdade e promovem maturidade sexual e reprodutiva nos 
meninos e nas meninas. 
 
Figura 15 – Desenvolvimento humano – Hormônios 
 
 
12.6 Fisiologia do sistema reprodutor masculino 
O sistema reprodutor masculino é formado por órgãos internos e externos e é constituído pelos 
testículos, que são responsáveis pela produção dos espermatozoides e hormônios; ductos 
denominados canal deferente e ducto ejaculatório que armazenam, conduzem e alimentam os 
espermatozoides; glândulas que contribuem para a produção do sêmen; o pênis e a uretra através 
dos quais o líquido seminal, o sêmen, que contém os espermatozoides é propelido para fora do 
organismo. 
O processo acontece da seguinte forma: 
1. Produção do sêmen 
O espermatozoide éproduzido pelos testículos e armazenado no epidídimo, durante o ato sexual é 
transportado pelo ducto deferente, passa pela vesícula seminal que produz um líquido viscoso 
alcalino, o líquido seminal, no ducto ejaculatório, que é formado pela junção do ducto deferente com 
o ducto da vesícula seminal, mistura-se à secreção prostática e aos espermatozoides vindos do ducto 
deferente, para formar o sêmen. 
 
 
140 
 
2. Ejaculação 
A ejaculação ocorre quando o sêmen é liberado através da uretra. Ocorre quando o grau de excitação 
sexual atinge um nível elevado. Uma mensagem do encéfalo para a medula (nos centros 
ejaculatórios) faz com que os músculos dos canais deferentes, a próstata e a vesícula seminal se 
contraiam, lançando líquido seminal para a uretra prostática. Durante a ejaculação, a válvula da 
bexiga se fecha, impedindo a passagem da urina. A distensão da próstata provoca uma sensação 
prazerosa, na qual ocorrem contrações rítmicas fazendo com que o ejaculado seja em jatos. 
3. Ereção 
A ereção ocorre devido à estimulação do pênis. É um fenômeno reflexo, independente e voluntário, 
ou seja, pode ser desencadeado por estímulos físicos, (toques realizados direto no pênis ou outras 
zonas erógenas) ou psicológicos (através dos pensamentos sexuais). 
 
 O pênis permanece flácido por estímulo simpático; já por reação parassimpática, ocorre a entrada 
de sangue para os corpos cavernosos e esponjosos, fazendo que ele aumente de tamanho e fique 
rijo (ereto). Este aumento é limitado pela túnica albugínea (tecido que envolve os corpos cavernosos 
e esponjosos), impedindo que o sangue retorne pelas veias, e fazendo a manutenção da ereção. 
Quando esta se dá por fantasias sexuais, o estimulo é pelo Sistema Nervoso Central. 
12.7 Fisiologia do sistema reprodutor feminino 
A hipófise anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente nenhum hormônio 
gonadotrópico até a puberdade, ou seja, na idade de 10 a 14 anos. Por essa época, começa a 
secretar dois hormônios gonadotrópicos que dão as características sexuais de cada gênero. 
No início, secreta principalmente o hormônio folículo estimulante (FSH), na menina em crescimento; 
mais tarde, secreta o harmônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual: 
• Hormônio Folículo Estimulante: causa a proliferação das células foliculares ovarianas 
e estimula a secreção de estrógeno, levando as cavidades foliculares a 
desenvolverem-se e a crescer. 
• Hormônio Luteinizante: aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, 
estimulando a ovulação. 
Hormônios Sexuais Femininos: os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são 
responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. 
✓ Funções do Estrogênio: o estrogênio induz as células de muitos locais do organismo a 
proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero aumenta 
tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar de tamanho. O estrogênio também 
provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis 
se cobrir de pelos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovoide; 
provoca o desenvolvimento das mamas e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-
se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do 
sexo. 
141 
 
✓ Funções da Progesterona: a progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero 
para a aceitação do embrião e com a preparação das mamas para a secreção láctea. Em 
geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, 
também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do 
endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sanguíneos. 
12.8 Ciclo ovulatório/ ciclo menstrual 
O ciclo menstrual refere-se ao período entre o primeiro dia da menstruação atual e o primeiro dia da 
menstruação seguinte. Durante o período do ciclo menstrual, o corpo passa por mudanças que o 
preparam para uma possível gravidez. 
A primeira menstruação é chamada de menarca e nos dois ou três primeiros anos é normal que os 
ciclos sejam um pouco irregulares. Com o tempo, tornam-se mais regulares e tendem a estabilizar 
até chegar aos 40-45 anos. A partir desta idade, os ciclos tornam-se novamente irregulares até a 
fase da menopausa, quando a mulher deixa de menstruar. 
 
1. FASE FOLICULAR: Esta fase recebe este nome porque os folículos ovarianos estão em 
processo de desenvolvimento. Nos primeiros dias da fase folicular ocorre grande produção 
do hormônio FSH (folículo estimulante), responsável por estimular os ovários a produzir 
óvulos maduros. Com o amadurecimento dos folículos, também há alta produção do hormônio 
estrogênio, resultando no espessamento do endométrio e formação de vasos, condições que 
tornam o útero preparado para receber o óvulo fecundado e iniciar a gravidez. Em geral, o 
principal folículo continua seu desenvolvimento e aumenta de tamanho. A secreção 
de estrogênio continua elevada, garantindo que o óvulo está em condições de ser liberado. 
2. FASE OVULATÓRIA: Esta ocorre aproximadamente 15 dias antes da próxima menstruação 
e o óvulo pode ser fecundado entre 24 e 36 horas após ser liberado. 
3. FASE LÚTEA: A taxa de estrogênio cai e o folículo rompido se desenvolve, estimulado pelo 
LH, e se transforma em corpo lúteo (ou amarelo). O corpo amarelo secreta estrógeno e 
progesterona, permitindo que o endométrio se torne espesso, rico em vasos e em secreções 
nutritivas, a fim de suprir as necessidades do embrião. 
✓ FECUNDAÇÃO/GRAVIDEZ: Ocorrendo a fecundação, a placenta produz o HCG, um 
hormônio que impede com que ocorra outra ovulação e evita, também, a descamação do 
endométrio, mantendo constante a ação do corpo lúteo. 
✓ MENSTRUAÇÃO: Não ocorrendo fecundação, as altas concentrações de progesterona 
diminuem a secreção de FSH e LH, fazendo o corpo lúteo regredir e isso faz com que diminua 
a concentração de estrogênio e progesterona, provocando a menstruação. 
 
O ciclo menstrual envolve três fases: 
1- Fase Folicular: crescimento e maturação dos folículos. 
142 
 
2- Fase Ovulatória: rompimento do folículo e liberação do óvulo. 
3- Fase Lútea: formação do corpo amarelo ou corpo lúteo. 
 
Neste capítulo, você viu que o sistema reprodutor humano é dividido em sistema reprodutor masculino e 
sistema reprodutor feminino, no entanto, ambos possuem a mesma função, ou seja, a reprodução de novos 
seres. 
Sendo assim, o masculino é formado pelos testículos, epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais, 
próstata, uretra e pênis; enquanto o sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários, útero, tubas 
uterinas e vagina. 
Viu também que os hormônios sexuais agem em sistema de cascata, ou seja, a produção de um estimula outra 
glândula a secretar outro. Os principais hormônios e suas respectivas glândulas são: 
HIPOTÁLAMO: Hormônio Liberador das Gonadotrofinas (GnRH) – estimula a hipófise. 
HIPÓFISE: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) – estimulam os testículos e 
ovários. 
TESTÍCULO: Hormônio Testosterona. 
OVÁRIO: Hormônio Progesterona e Hormônio Estrogênio. 
Na fisiologia do sistema reprodutor masculino ocorrem três processos: Produção do sêmen; Ejaculação e 
Ereção. Na fisiologia do sistema reprodutor feminino ocorre o ciclo menstrual que envolve três fases: Fase 
Folicular – Crescimento e maturação dos folículos; 
Fase Ovulatória – Rompimento do folículo e liberação do óvulo; Fase Lútea – Formação do corpo amarelo ou 
corpo lúteo. 
 
 
O ciclo menstrual refere-se ao período entre o primeiro dia da menstruação e o primeiro dia da menstruação 
seguinte. Durante o período do ciclo menstrual, o corpo passa por mudanças que o preparam para uma possível 
gravidez. Parasaber mais sobre o assunto, leia o artigo “Ciclo Menstrual”. Disponível em: 
https://www.todamateria.com.br/ciclo-menstrual/ 
 
 
https://www.todamateria.com.br/ciclo-menstrual/
143 
 
 
Palavras Significado 
Clonagem Produção de células ou indivíduos geneticamente idênticos. 
Erétil Que tem a capacidade de manter-se em estado de ereção; eréctil. 
Espermatogênese Formação de espermatozoides. 
Gametogênese Formação de gametas. 
Ovoide Forma arredondada, formato de ovo. 
Termorreguladora Mantém uma temperatura interna estável independente das variações 
de temperatura ambiental. 
 
 
Sobre a reprodução humana, todos os itens abaixo estão corretos, exceto: 
a) A fecundação ocorre no útero. 
b) A espermatogênese ocorre nos testículos. 
c) A placenta é responsável pela respiração e nutrição do embrião. 
d) Na ovulação, rompe-se a parede do ovário e o ovócito é liberado na trompa de Falópio. 
e) A clivagem da célula-ovo origina células denominadas blastômeros. 
 
RESPOSTA: A 
Alternativa “A”. Geralmente, a fecundação ocorre na região das tubas uterinas, que anteriormente recebia o 
nome de trompa de Falópio. 
 
Sobre o sistema genital masculino e feminino, marque a informação INCORRETA: 
a) A vagina é um canal musculoso que se estende até a base do útero. 
b) Os lábios maiores e lábios menores fazem parte do chamado pudendo feminino. 
144 
 
c) Os espermatozoides são produzidos no interior dos túbulos seminíferos e ficam armazenados nos ductos 
deferentes, onde completam seu amadurecimento. 
d) As glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais são consideradas glândulas anexas do 
sistema reprodutor masculino. 
e) No homem, a uretra passa pelo interior do pênis. 
 
 
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• Brandão, Miriam. Anatomia Sistêmica - Visão Dinâmica para o Estudante - Guanabara Koogan. 
RJ- 1ª Ed. 2004 
 
Este livro atende às necessidades diárias daqueles que precisam de uma visão dinâmica e fundamentada da 
Anatomia Humana. Fornece suporte didático à medida que ministra exercícios de fixação e de correlação, e 
apresenta imagens fotográficas das peças anatômicas que permitem explorações técnicas de acordo com a 
necessidade em questão.para fora da célula. Todas as células realizam a 
exocitose, em especial, dois tipos de células: (1) células secretoras (que produzem algo), que liberam enzimas 
digestivas, hormônios, muco e outras secreções; (2) células nervosas, que libram neurotransmissores. 
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TIPOS DE TRANSPORTE CELULAR 
Transporte Passivo – As substâncias são transportadas sem gasto de energia: 
✓ Difusão Simples 
✓ Difusão Facilitada 
✓ Osmose 
Transporte Ativo – As substâncias são transportadas com gasto de energia de um meio de menor concentração 
para um meio de maior concentração 
 
Transporte nas Vesículas: 
✓ Endocitose (Fagocitose e Pinocitose) 
✓ Exocitose 
 
1.7. Líquido intracelular (LIC) e liquido extracelular (LEC) 
Cerca de 56% do nosso corpo é formado à base de água, e todo esse líquido se encontra no interior e no 
exterior das células, daí os nomes líquido intracelular (dentro da célula) e extracelular (fora da célula). 
► Líquido Intracelular (LIC) – São os líquidos que estão no interior das células. 
► Líquido Extracelular (LEC) – São os líquidos que estão nos espaços entre as células. O LEC está em 
movimento constante no corpo em razão da circulação sanguínea. O LEC é transportado para todo o 
corpo em dois estágios: 
 1. Movimento do sangue no sistema circulatório; 
 2. Movimento de líquido entre os capilares e células. 
Encontra-se nesse líquido uma grande concentração de íons como Sódio, Potássio, Bicarbonato, Cloreto, 
Magnésio, Fosfato, dentre outros. Esses íons são partículas que possuem polaridade positiva ou negativa, 
podemos também chamar os íons polarizados positivamente ou negativamente de eletrólitos. 
Os eletrólitos estão presentes na camada interna e externa da célula e geram uma corrente elétrica orgânica 
que auxilia na transmissão dos impulsos nervosos e funcionamento do corpo humano. 
Os mesmos eletrólitos que se encontram no líquido intracelular também estão presentes no líquido extracelular, 
mas em proporções muito diferentes. Essa diferença de íons carregados positivamente e negativamente no 
interior e exterior da célula é o que gera a eletricidade orgânica. 
No líquido intracelular (LIC) há uma maior concentração de íons de potássio, magnésio, fosfato e substratos 
necessários para as reações químicas; por isso quando a célula está em homeostasia, seu meio interno é 
negativo. 
No líquido extracelular (LEC) há uma maior concentração de íons de sódio, cloreto, bicarbonato, nutrientes 
para as células e os produtos de excreção celular; por isso, quando a célula está em homeostasia, seu meio 
externo é positivo. 
 
A diferença nos eletrólitos presentes no LIC e no LEC é responsável pelo desenvolvimento de uma carga 
elétrica através da membrana que auxilia na transmissão dos impulsos nervosos e regulação das funções 
celulares. 
 
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1.8. Potencial de ação 
O potencial de ação representa o mecanismo básico para transmissão dos impulsos eletroquímicos 
que serão usados na transmissão de sinais para regulação das funções orgânicas. Representa o 
mecanismo básico para transmissão da informação, no sistema nervoso e em todos os tipos de 
músculos. Nestes dois tipos celulares, devemos levar em consideração alguns aspectos necessários 
para entendermos o potencial de ação. 
O primeiro ponto é que, nessas células, a variação do potencial de repouso corresponde à -90mv, 
de modo que, quando analisarmos as diferenças elétricas dentro e fora da célula, verificaremos que o 
interior desta célula é predominantemente negativo, e o exterior, predominantemente 
positivo. Quando a célula encontra-se nesta condição, denominamos de potencial de repouso da 
célula. 
Além disso é necessária a concentração de dois íons para que ocorra o PA, que são os íons Sódio 
(Na+) e Potássio (K+). Cada íon em questão participa em uma etapa específica do PA. Nessas 
células, a diferença de concentração destes íons no meio intracelular e extracelular são bem 
distintas, em que, no caso do Na+, a concentração é muito mais elevada no exterior do que no interior 
da célula e, no caso do K+, o perfil de concentração é oposto ao Na+, ou seja, muito mais 
concentrado no meio interno do que no meio externo. Logo, por diferença de concentração, a 
tendência do Na+ é entrar na célula e do K+ é sair da célula. 
O terceiro ponto refere-se especificamente às fases do PA. O objetivo do PA é inverter o potencial 
de membrana e, com isso, desencadear um impulso elétrico contínuo na célula. Quando há uma 
inversão no potencial de membrana, denominamos isso de despolarização. Quando a célula inicia 
seu retorno para o potencial de repouso, denominamos este evento de repolarização. 
Dessa forma, o potencial de ação é um fenômeno das células excitáveis, que compreende a 
despolarização rápida (inversão de polaridade) seguida de repolarização da membrana até seu 
potencial de repouso. 
Etapas do Potencial de Ação: 
• Estado de repouso – célula polarizada, ou seja, em equilíbrio, não há transmissão de sinais. 
• Etapa da despolarização – ocorre uma inversão de polaridade nos meios intra e extracelular, 
ou seja, o LIC fica positivo e o LEC negativo. Essa inversão de polaridade permite a 
transmissão do impulso nervoso. 
• Etapa da repolarização – Depois de transmitido o sinal, ocorre um retorno da polaridade da 
membrana em repouso. O LIC retorna a negatividade e o LEC a positividade, e a célula 
retorna ao equilíbrio (homeostasia). 
 
O Potencial de Ação é um fenômeno que envolve três estágios: Estado de repouso, Etapa de despolarização 
e Etapa de repolarização. Esse mecanismo é necessário para transmitir informações nervosas e permitir o 
funcionamento do corpo humano. 
 
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Considerações finais: 
O estudo da Anatomia e Fisiologia Humana possibilita o conhecimento do corpo humano. Estudar a 
forma, as estruturas e a localização dos constituintes do corpo (células, tecidos, órgãos e sistemas) 
é uma competência da disciplina de Anatomia. O conhecimento do funcionamento de tudo isso em 
separado e de forma integrada é são habilidades que desenvolvemos com o estudo da disciplina de 
Fisiologia Humana. 
Estudar a Anatomia e Fisiologia de forma concomitante permite que o aluno adquira um 
conhecimento mais completo e aprofundado sobre o corpo humano. 
 
Neste capítulo vimos que a Anatomia Humana é uma ciência que estuda o corpo humano e suas formas 
macroscopicamente e microscopicamente. As diferenças que existem na Anatomia e que não causam prejuízo 
da função são determinadas pelo sexo, idade, raça, biótipo, herança genética e é denominada variação 
anatômica e as diferenças que causam prejuízo funcional são denominadas anomalias ou monstruosidade. 
A posição anatômica definida pelos anatomistas impede confusões nas descrições de partes e/ou regiões 
corpórea, o que é necessário para a identificação dos planos de delimitação, planos de secção e termos de 
posição do corpo humano. 
É importante lembrar que a Fisiologia Humana é uma ciência que estuda o funcionamento normal do corpo. 
Para que o organismo funcione como uma unidade funcionalmente integrada, são necessários mecanismos 
de monitoramento, processamento e execução. Esse processo fisiológico recebe o nome de Mecanismo de 
Regulação Homeostática. 
Vimos também que a importância de conhecer a organização funcional é ter em mente que o corpo humano é 
uma máquina extraordinária que funciona com a atividade de milhares de outras estruturas menores que estão 
trabalhando de forma independente e em harmoniacom todas as outras. Manter tudo isso em equilíbrio é 
entender o funcionamento da Fisiologia Humana. 
As células são estruturas microscópicas compostas por inúmeros componentes que desempenham funções 
complexas e altamente organizadas mantendo as condições de vida. O envoltório celular é chamado 
Membrana Plasmática e tem a função de selecionar o que pode entrar e sair da célula mantendo-a em 
equilíbrio. 
Os transportes que ocorrem entre os meios intracelular e extracelular podem ser realizados com ou sem gasto 
de energia, e ainda existem substâncias transportadas por vesículas. 
A diferença nos eletrólitos presentes no LIC e no LEC é responsável pelo desenvolvimento de uma carga 
elétrica através da membrana que auxilia na transmissão dos impulsos nervosos e regulação das funções 
celulares. É importante lembrar que o Potencial de Ação é um fenômeno que envolve três estágios, Estado de 
repouso, Etapa de despolarização e Etapa de repolarização. Esse mecanismo é necessário para transmitir 
informações nervosas e permitir o funcionamento do corpo humano. 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta uma subárea da Anatomia que estuda os tecidos do corpo. 
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a) Citologia 
b) Fisiologia 
c) Anatomia Macroscópica 
d) Histologia 
e) N.D.A. (nenhuma das alternativas) 
R: A alternativa correta é a D 
Ao analisar as alternativas podemos perceber que: 
- Citologia – É a ciência que estuda as células 
- Fisiologia – É a ciência que estuda a função do corpo humano 
- Anatomia Macroscópica – É a ciência que estuda a estrutura e forma do corpo humano a olho nu 
- Histologia – É a ciência que estuda os tecidos 
 
 
1 -Diabetes é uma doença que se caracteriza pelo aumento da concentração de glicose no sangue 
(hiperglicemia), uma das causas do desenvolvimento patológico decorre da disfunção pancreática com 
consequente alteração na função do hormônio insulina. Essa alteração é logo percebida por estruturas 
altamente sensíveis que captam a alteração sanguínea, transmitem essa informação a um centro de 
processamento que elabora uma resposta que será executada por órgãos efetuadores com a finalidade de 
garantir a homeostasia sanguínea. Esse processo orgânico se refere ao: 
a) Mecanismo de ajuste celular 
b) Mecanismo de retroalimentação positiva 
c) Mecanismo de auto imunidade 
d) Mecanismo de regulação homeostática 
e) Nenhuma das alternativas 
 
 
2 -Quais os cinco elementos básicos que compõem uma célula? E quais suas funções? 
 
 
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Gabarito: 
1 - R: A alternativa correta é a D 
2 - Padrão de Resposta: 
a) ÁGUA: Exercem poucas funções na célula. Representam em média cerca de 1% apenas da massa 
celular e é sempre armazenada na célula sob a forma de glicogênio, que pode ser usada como uma 
fonte rápida de energia celular. 
b) ELETRÓLITOS: Os eletrólitos permitem a condução dos impulsos, além de determinar e controlar a 
atividade de diversas reações necessárias ao metabolismo celular. 
c) PROTEÍNAS: Depois da água é a substância mais abundante presente na célula. Muitas das proteínas 
formam canais estruturais pelos quais substâncias hidrossolúveis podem difundir-se. Outras atuam 
como transportadoras de substâncias e outras ainda como enzimas. 
d) LIPÍDIOS: Por serem substâncias insolúveis na água, são participantes da formação estrutural da 
membrana. A gordura armazenada no interior da célula também atua como reservatório de energia. 
 
 
TORTORA, Gerard J. Princípios de Anatomia Humana - 10ª Ed (2007). Guanabara Koogan- RJ. 
O conteúdo deste livro foi organizado com base na vasta experiência dos autores no ensino da anatomia e 
na interação com os estudantes. Bastante ilustrada e repleta de ferramentas que auxiliam no ensino-
aprendizado, Princípios de Anatomia Humana, em sua décima edição, reforça o conhecimento dos 
estudantes, eliminando as dúvidas com relação à matéria e proporcionando um roteiro claro para a 
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana - 6ª Ed. (1988). Guanabara Koogan- RJ. 
O propósito do livro é apresentar a filosofia básica do funcionamento humano. Guyton escolheu os aspectos 
da fisiologia humana que pudessem levar o leitor a desenvolver uma compreensão dos princípios e dos 
conceitos básicos. Além da revisão do texto, todas as figuras foram redimensionadas, muitas em duas cores, 
de modo a destacar os conceitos fisiológicos básicos que buscam ilustrar. 
 
 
 
https://www.estantevirtual.com.br/autor/Arthur%20C.%20Guyton
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Palavras Significado 
Aceito Que é acreditado; admitido, respeitado. 
Ambígua Mistura de coisas opostas. 
Arquiteturais Estruturais. 
Capilares Vaso sanguíneo muito fino 
Compatível Parecido, similar, que combina. 
Designação Denominação, classificação. 
Empírico Baseado na experiência e na observação. 
Enzimas Proteínas capazes de catalisar reações químicas 
Idealístico Qualquer teoria filosófica em que o mundo material, objetivo, exterior só pode ser 
compreendido plenamente a partir de sua verdade espiritual, mental ou subjetiva. 
Intuitiva Que efetiva um conhecimento de maneira direta e imediata, sem recorrer a 
inferências ou categorizações conceituais. 
Mística Aquele que tem tendência a crer no sobrenatural. 
Muco Fluido viscoso, rico em água, proteínas, sais e células livres, comum nas mucosas 
e nos tecidos de revestimento. 
Neurotransmissores Substâncias químicas que auxiliam nas funções do sistema nervoso 
Permeabilidade Que se pode atravessar 
Polaridade Molécula que possua o momento de dipolo diferente de zero 
Racional Que tem por objeto a razão, sua forma e seus procedimentos. 
Secção Corte. 
Tanger Tocar, atingir. 
Vesículas Pequena “bolsa” de paredes finas preenchida por algo 
 
 
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UNIDADE I 
CAPÍTULO 2 – O CORPO HUMANO E O SER SOCIAL 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ O que é Ser Social; 
✓ O que é Pluralidade de Gêneros e População LGBT; 
✓ O que é População Vulnerável; 
✓ Porque a população negra é considerada grupo vulnerável no contexto social; 
✓ Porque a população indígena é considerada grupo vulnerável no contexto social; 
✓ Porque as pessoas em situação de rua são consideradas grupo vulnerável no contexto social; 
✓ Porque os dependentes químicos são considerados grupo vulnerável no contexto social; 
✓ O que são Direitos Humanos e para que eles servem; 
 
“O homem é um ser social em uma breve jornada solitária” 
Francis Cirino 
 
Introdução 
Reconhecer o ser humano em suas condições anatômicas e fisiológicas é considera-lo como um ser 
social com características únicas e pertencentes a grupos com características homogêneas que 
foram se formando pela sociedade ao longo dos tempos. 
A disciplina de Anatomia e Fisiologia Humana nos possibilita estudar as características morfológicas 
(formas) e funcionais (funções) das estruturas corpóreas; no entanto, é imprescindível que 
conheçamos também as características do homem como um ser social. 
Para isso, este capítulo trará a você, estudante, algumas temáticas que o ajudarão a compreender 
algumas questões que nos cercam na sociedade em que vivemos como: pluralidade de gêneros 
sexuais; grupos vulneráveis (população indígena, população negra, população em situações de rua, 
dependentes químicos) e direitos humanos. 
Aproveite esse capítulo para aprender mais sobre esses assuntos e fortalecer seus conceitos e pré-
conceitos. 
2.1 Pluralidade de gêneros e população LGBT 
A sexualidade sempre foi um tabu, muitas coisas evoluíram, mas precisamos admitir que essa 
temática ainda não é tratada com normalidade entre as pessoas. Estigmas e controvérsiascercam 
esse assunto e na maioria das vezes os conceitos e pré-conceitos são formados por falta de 
conhecimento. 
A classificação do nosso gênero sexual começa antes mesmo de nascermos, quando através do 
exame de ultrassonografia o médico identifica nossos órgãos genitais e prediz se seremos homem 
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ou mulher. E é através das características anatômicas e fisiológicas que a ciência biológica determina 
o nosso sexo. No entanto, a construção da nossa identidade masculina ou feminina não é um fato 
biológico e sim um fator social. 
Ser do sexo masculino ou feminino é biológico, ou seja, se refere a presença dos órgãos sexuais 
com suas características anatômicas e fisiológicas. Gênero sexual é um fator social e vai além do 
sexo; tem relação com a maneira como a pessoa se percebe, se reconhece e a forma como se 
expressa para a sociedade. 
Durante a primeira metade do século XIX, a sociedade definia como sexualidade “normal” a prática 
conjugal heterossexual pautada no princípio da reprodução. Qualquer outra prática diferente desse 
modelo era tida com um ato de psicopatia e enquadrado como uma enfermidade mental. Em 1977 a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu no seu manual de Classificação Internacional de 
Doenças a homossexualidade como uma enfermidade mental. Em 17 de maio de 1990, a Assembleia 
Mundial da Saúde revogou essa decisão e retirou a homossexualidade como uma classificação de 
doença mental, data em que se comemora o Dia Mundial contra a Homofobia. 
A pluralidade de gênero se refere à diversidade sexual, é um termo usado para se referir a toda a 
diversidade de sexos, orientações sexuais, identidades e expressões de gênero. 
Para tratar dessas denominações, é necessário conhecer alguns termos como: 
Identidade de Gênero – é a identificação de uma pessoa como homem ou mulher 
independentemente do seu sexo biológico, é a forma como a pessoa de entende ou se reconhece. 
Expressão de Gênero: a maneira como a pessoa expressa sua identidade para a sociedade como a 
forma de se vestir, sua aparência e comportamento, independentemente do sexo biológico. 
Sexo/Sexualidade: relacionada à genética binária em que o indivíduo nasceu, masculino, feminino e 
intersexual (em casos de indivíduos hermafroditas, que nascem com os dois sexos sendo 
posteriormente definido por meio de cirurgia). 
Orientação Sexual: se refere ao desejo de se relacionar afetivamente ou sexualmente. 
De acordo com suas características, as diversidades sexuais podem ser classificadas com alguns 
termos. A sigla LGBT é utilizada para definir algumas dessas expressões e identidades de gênero e 
se refere a Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros. 
Lésbica: mulher que sente atração sexual/afetiva por outras mulheres. 
Gay: homem que sente atração sexual/afetiva por outros homens. 
Bissexual: pessoa que sente atração por homens e mulheres. 
Transgênero/Transexual: é o indivíduo que assume uma identidade oposta ao gênero de 
nascimento, que se sente pertencente ao gênero oposto ao nascimento. Uma identidade ligada ao 
psicológico e não ao físico, pois, nesses casos, pode haver ou não uma mudança do corpo 
(anatômica e fisiológica) para adequação. 
Com a ascensão da diversidade sexual, muitas outras denominações surgiram. No entanto, 
apresentam características que se mesclam entre os termos apresentados aqui. 
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Buscar conhecimentos e entender as particularidades do ser humano como um ser único na sua 
totalidade biológica (anatômica e fisiológica) e social é o primeiro passo para romper os paradigmas 
e preconceitos a respeito da pluralidade de gêneros e diversidade sexual. 
2.2 População negra 
Desde o período da escravização, a população negra sofre preconceito e estigma social. Depois da 
abolição da escravatura, essas pessoas se organizaram em grupos e formaram comunidades que 
migraram por todos os territórios, esses eram trazidos por navios chamados negreiros. Essa 
população era transportada dentro de porões e, quando chegavam ao seu destino, não tinham 
acesso à moradia e nem a trabalho, acabavam se organizando em comunidades autônomas e sendo 
exposta a péssimas condições de vida e trabalho e a diversas formas de violência. 
Infelizmente a população negra ainda colhe frutos dessa época difícil que marcou a sua história, e 
parte da sociedade ainda os considera “inferiores” limitando cada vez mais os acessos para a sua 
progressão 
Contudo, você realmente acredita que a cor da pele e as características (anatômicas) do corpo 
podem definir alguém como ser? Para continuar essa discussão vamos entender um pouquinho 
melhor alguns conceitos que definem raça, cor e etnia. 
Raça – É um termo utilizado para descrever um conjunto de pessoas que possuem características 
anatômicas (formas) parecidas. As características mais comuns referem-se à cor de pele, tipo de 
cabelo, conformação da face e da cabeça e características genéticas. É por essa razão que o termo 
cor também é comumente utilizado para definir as raças. 
Cor – O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) utiliza nas pesquisas sobre cor da 
população brasileira quatro categorias desde o censo de 2000, são elas: 1. Cor BRANCA; 2. Cor 
PRETA; 3. Cor PARDA; 4. Cor AMARELA; 
Etnia – É um termo utilizado para descrever um conjunto de pessoas que possuem características 
socioculturais parecidas como tradições culturais, religião, língua. 
É importante diferenciar esses dois termos, raça e etnia. Os dois se referem a um conjunto de 
pessoas com características parecidas, no entanto, raça considera as características biológicas e 
etnia considera as características socioculturais. 
Mas é claro que a raça, a cor e a etnia não podem e não devem ser utilizadas como critérios de 
definição de pessoas, mas então por que elas existem? 
Elas existem e são utilizadas para melhorar a qualidade dos serviços de saúde, para elaborar 
políticas públicas e identificar as doenças e agravos predominantes nos diferentes grupos que 
compõem a nossa sociedade, mas infelizmente acaba sendo utilizada para definir e estereotipar 
grupos de pessoas. 
Retomando a temática da população negra, depois de discutir os conceitos acima, é fácil perceber 
que as características físicas de uma pessoa negra (nariz largo, boca grande, cabelo afro e tom de 
pele escuro) caracterizam diferenças chamadas de ‘variações anatômicas’ que não promovem 
nenhum tipo de alteração funcional (fisiológica) e por isso não justificam sua estigmatização e 
discriminação. Somos seres únicos com características raciais e étnicas semelhantes ao que nos 
organiza em grupos. No entanto, somos únicos e dotados das mesmas capacidades biológicas, 
anatômicas, funcionais e psicossociais de todos. 
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2.3 População indígena 
No Brasil os índios representam muitos grupos de pessoas com etnias e culturas diferentes. Quando 
Cristóvão Colombo chegou das Américas, encontrou um novo caminho para as índias e lá encontrou 
nativos, que já existiam nessas terras há milhares de anos antes do período da Colonização, e os 
chamou de “índios”. 
A população indígena brasileira é muito grande e se divide em tribos e em grupos populacionais que 
residem em territórios distintos e possuem culturas e tradições próprias. O censo demográfico de 
2010 afirma que existem no Brasil cerca de 800 mil índios vivendo em todo o território nacional, 
distribuídos em terras indígenas e áreas urbanas. 
A população indígena faz parte da formação do país. Quando o Brasil foi descoberto, eram eles quem 
já residiam aqui e já tinham um sistema organizado de vida. Eles contribuíram para a formação da 
nossa cultura: com eles aprendemos diversas formas de plantio, assim como a utilizar várias plantas 
nativas e incorporá-las na nossa alimentação como mandioca, feijão, milho, abóbora e batata-doce. 
Nos ensinaram também práticas de higiene como os banhos diários, que não eram uma rotina dos 
europeus e colaboraramde forma inigualável para a formação da língua portuguesa, dando nomes 
a lugares, pessoas, plantas e animais (cerca de 20 mil palavras). Seu folclore e muitas de suas lendas 
foram incorporadas a nossa cultura, tornando-se conhecidas em todo o país. 
 Também foram eles que ajudaram os portugueses, mesmo sem ter essa intenção, na consolidação 
da conquista territorial, defendendo e expandindo nossas fronteiras, e através da mestiçagem 
(mestiços são pessoas que descendem de duas ou mais etnias diferentes, possuindo características 
de cada uma das etnias e povos de que descendem), deram grande contribuição à formação da 
nossa população. 
Desde a época da colonização esse povo já sofria preconceitos e estigmas pelo seu modo de vida. 
Algumas tribos mantinham costumes que chocaram os colonizadores, como o canibalismo (condição 
em que uma espécie se alimenta da mesma espécie), o incesto (relação sexual entre parentes dentro 
de graus em que a lei, a moral ou a religião proíbe), o infanticídio neonatal (morte do recém-nascido 
em casos de defeitos e má formação) e a feitiçaria (prática religiosa). No entanto é preciso ter em 
mente que os valores morais variam entre culturas distintas e se tais práticas faziam parte do contexto 
cultural em que viviam esses grupos, não podemos julgá-los com base nos valores de nossa cultura. 
A generosidade, as habilidades guerreiras, seus valores de honra, coragem e ingenuidade também 
despertaram interesse e foram motivos de explorações, abusos e violência. 
Mesmo amparados por uma série de leis e estatutos, a população indígena ainda é afligida e sofre. 
Os poderosos interesses políticos, culturais e econômicos impedem que seus direitos sejam 
assegurados, colocando em risco a sobrevivência das raízes que formam nossa história. 
Mas toda essa diversidade étnica os torna biologicamente diferentes de nós que vivemos nas 
cidades, dentro do que é considerado como a “vida moderna”? Claro que não! Anatomicamente e 
fisiologicamente, a população indígena possui as mesmas características de outros povos. O que os 
difere é seu modo de vida e cultura, características que nos fazem únicos e que deveriam ser 
respeitadas por todos. 
2.4 Pessoas em situação de rua 
O crescimento da economia, o desenvolvimento em ritmos cada vez mais acelerados das 
tecnologias, a ascensão do capitalismo (sistema econômico baseado no acumulo de capitais e 
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lucros) tem gerado efeitos que comprometem a solidez de uma sociedade democrática que assegura 
direitos e deveres iguais para todos. 
Dessa forma, tem ocorrido um aumento considerável de pessoas que não estão inseridas nesse 
desenvolvimento crescente e, por isso, há um número cada vez maior de pessoas excluídas de 
direitos básicos de sobrevivência como: moradia, educação, saúde, trabalho e lazer, que regem 
nossos direitos humanos. Esses grupos vulneráveis caracterizam as pessoas em situações de rua. 
O termo ‘morador de rua’ foi usado por muitos anos e era comumente substituído por ‘mendigo’, 
reforçando a ideia de fracasso social, moral e passando a concepção de que essa é uma situação 
permanente sem chances de mudanças. Dessa forma, um novo termo tem sido proposto para 
designar essas pessoas que é ‘pessoa ou população em situação de rua’. 
Quem são essas pessoas? Quais são suas diferenças? Por que fazem parte de um grupo 
vulnerável, frágil, exposto, desprotegido, desemparado? 
Essas pessoas são caracterizadas por pobreza extrema e/ou que apresentam fragilidade dos 
vínculos familiares e afetivos e por isso se encontram sem moradia, sendo obrigados a residir nas 
ruas ocupando espaços públicos ou centros de acolhimento. Sua condição de população de rua não 
está baseada nas diferenças raciais, étnicas, culturais ou biológicas e sim nas suas diferenças 
sociais. 
A falta de moradia e a necessidade de residir nas ruas expõem essas pessoas a um ciclo vicioso, já 
que os estigmas e preconceitos que rondam esse grupo de pessoas limitam suas chances para 
romper essas barreiras como, por exemplo, arrumar um emprego. Infelizmente, torna-se difícil a 
oferta de uma oportunidade de trabalho para alguém que não tem moradia, não tem condições ideais 
de higiene, não tem qualificação profissional e vive às margens da ‘sociedade’. 
Quando não são tratados com preconceito, ou quando não são vistas com “capas de invisibilidade”, 
essas pessoas são tratadas como ‘objetos’ de responsabilidade do Estado e não de nossa 
responsabilidade, ou ainda como alvos de órgãos assistenciais, filantropias ou instituições religiosas. 
A verdade é que, na maioria das vezes, não partilhamos dessa problemática, ou nos colocamos 
alheios a tudo isso, e esses grupos vão apenas aumentando e solidificando suas vulnerabilidades. 
A sociedade moldou características, que não são biológicas (anatômicas e fisiológicas) a esse grupo 
de pessoas, e definiu um estereótipo marcado por indivíduos maltrapilhos, sujos, descabelados, por 
vezes em o estado de consciência alterado pelo uso de drogas e álcool, como se fossem ‘lixos 
humanos’ e despertando olhares de desprezo e repugnância. Isso faz com que essas pessoas 
sintam-se inferiores, rejeitadas, como se não fossem seres humanos. 
Conhecer a população em situação de rua, suas características, se compadecer de seus problemas 
apenas não resolve a situação. É preciso deixar todos os preconceitos e estigmas de lado, construir 
um pensamento diferente e buscar estratégias para descontruir essa realidade e transformar a 
situação dessas pessoas, afinal somos todos iguais. 
2.5 Dependentes químicos 
O uso de substâncias entorpecentes é uma prática muito antiga, há registros que muitos anos antes 
de Cristo ocorria o uso dessas substâncias em rituais religiosos com o objetivo de manter contato 
com as divindades e deuses. A descoberta de novas drogas assim como a curiosidade pelo 
conhecimento dos seus efeitos justifica o seu consumo ao longo dos tempos. 
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O motivo pelo qual uma pessoa opta por usar substâncias químicas é multifatorial e está ligado a 
uma complexa trama que muitas vezes nem pode ser explicada. As razões podem estar relacionadas 
à tentativa de lidar melhor com os problemas da vida, busca por prazer, redução das tensões, desejo 
de se inserir em determinados grupos, busca por aceitação, fuga de problemas, estados depressivos, 
histórico familiar, problemas emocionais, influência de terceiros, curiosidade e muitos outros. 
O uso de substâncias psicoativas gera efeitos alterados de consciência por interferir no 
funcionamento do sistema nervoso, e o uso recorrente das mesmas leva à dependência. O consumo 
dessas substâncias causa efeitos diversos no organismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde 
(OMS, 2004), droga pode ser definida como qualquer substância química que modifica os processos 
fisiológicos e bioquímicos dos tecidos ou do organismo. 
É difícil dimensionar ou classificar o porquê da procura pelas drogas, afinal as razões são diversas; 
no entanto, sabe-se que algumas pessoas estão mais vulneráveis para essa inserção. Atualmente 
nesse cenário destacam-se dois públicos: pessoas em situação de rua e jovens/ adolescentes. 
Os efeitos deletérios da crise econômica geram condições de miséria, pobreza extrema, falta de 
acesso à escolaridade e ao mercado de trabalho, o que expõe milhares de pessoas às ruas. No 
ambiente da rua, a presença do tráfico associado às sucessivas perdas e fracassos servem como 
motivação para o consumo de drogas. As situações precárias de sobrevivência, sem alimentação 
adequada, com higiene inexistente, exposição a alterações climáticas a todo momento, o medo de 
estar nas ruas, o desejo pela fuga da realidade, entre outros fatores, contribuem para que essa 
população esteja mais vulnerável às drogas. 
Os adolescentes e jovens também são faixas etárias vulneráveis ao consumo de drogas. Nessa fase, 
algumas áreas do Sistema Nervoso ainda estão em processo de maturação,como aquelas 
responsáveis pela organização do tempo e pela impulsividade, essas razões justificam o imediatismo 
e impulsos tão comuns nessa fase da vida. A sensação de prazer, euforia e satisfação causada pelo 
consumo de substâncias psicoativas como a bebida e as drogas, associadas ao desejo de desafios, 
curiosidades, revoltas e conflitos exacerbados que os adolescentes e jovens possuem aumentam as 
fragilidades e riscos para o uso dessas substâncias entorpecentes. 
Somos seres únicos, biologicamente (anatomicamente e fisiologicamente) e socialmente distintos. 
Avaliar o consumo de substâncias tóxicas e seus efeitos determina a necessidade de reconhecer a 
diversidade de situações individuais associadas ao uso de drogas e que irão desempenhar reações 
e efeitos distintos. 
2.6 Direitos humanos 
O ser humano é um ser único, dotado de características biológicas, sociais e culturais. Cada um de 
nós possuí aspectos que regem nossa história e nos faz peculiares (únicos) nesse mundo de tantas 
diversidades. No entanto, precisamos aprender a lidar com aquilo que é diferente de nós para que 
possamos ter uma vida social. 
Precisamos uns dos outros para crescer, desenvolver e evoluir e é por isso que vivemos em 
coletividade. Relacionar-se com outras pessoas é uma necessidade constante que nos possibilita 
aprendizagem, oportunidades e troca de experiências e assim fazemos do início ao fim das nossas 
vidas. 
As relações entre as pessoas vão se intensificando ao longo da vida e oferecendo condições de 
aprendizagem e respeito. Para alcançar êxito em nossas relações sociais e evoluir dentro desse 
contexto de coletividade, cumprimos uma série de deveres e desfrutamos de uma série de direitos. 
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A esses direitos, que se estendem a todos, damos o nome de direitos humanos. Esses são 
necessários, fundamentais e se referem aos direitos básicos de todos os seres humanos, e envolvem 
questões civis, econômicas, sociais, culturais e políticas. 
Esses direitos asseguram que todas as pessoas, independentemente de suas características, raça, 
cor, sexo, idioma, religião e opinião política, desfrutem de uma vida digna, tenham liberdade de 
pensamento e expressão e sejam tratados com igualdade em todos os aspectos. 
Considerações finais 
Esse capítulo buscou apresentar, informações que permitem o estudo e conhecimento das 
características do corpo humano. No entanto, é importante considerar que uma pessoa não é 
formada apenas pelas características (anatômicas e fisiológicas) do seu corpo. Cada indivíduo é 
formado por um conjunto de outras características que formam seu ser social. 
Suas tradições, culturas, formação religiosa, afinidades políticas, sua formação intelectual, sua raça, 
etnia, opção sexual dentre outras, são atributos que formam e moldam nossos aspectos sociais. 
Temos igualdades e, portanto, somos ‘organizados’ em grupos que possuem características 
similares às nossas, assim como possuímos diferenças que nos tornam únicos mesmo estando 
inseridos num mundo com tantas diversidades. 
Nesse capítulo discutimos algumas temáticas que estão inseridas nesse contexto do conhecimento 
do ser social. 
 
Neste capítulo pudemos perceber a importância de estudar o ser humano em todos os seus aspectos. O ser 
humano, embora possua semelhanças biológicas, culturais, étnicas e raciais, é único e carrega uma série de 
particularidades que o tornam peculiar nesse mundo de tantas diversidades. 
A ciência biológica determina o nosso sexo. No entanto, a construção da nossa identidade masculina ou 
feminina não é um fato biológico, e sim um fato social. A pluralidade de gêneros está libertando o direito de 
expressão e permite que a pessoa se expresse para a sociedade da maneira como se percebe. 
Embora a Constituição garanta direitos e assegure que todas as pessoas, independentemente de suas 
características, sejam tratadas com igualdade em todos os aspectos, existem grupos vulneráveis que, por 
motivos diversos, não gozam das prerrogativas desses direitos, como as populações negra e indígena, as 
pessoas em situação de rua e os dependentes químicos. 
Muito dessa problemática envolve toda a sociedade e nós, como seres sociais, carregamos parte dessa 
responsabilidade. Dessa forma, buscar conhecimentos e entender as particularidades do ser humano como 
um ser único na sua totalidade biológica (anatômica e fisiológica) e social é o primeiro passo para romper os 
paradigmas e preconceitos a respeito da pluralidade de gêneros e diversidade sexual. 
 
 
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‘Se referem a um conjunto de pessoas com características parecidas, no entanto, uma considera as 
características biológicas, e a outra, as características socioculturais.’ Quais termos respondem essa 
definição? 
a) Raça e biótipo 
b) Biotipo e raça 
c) Sexo e etnia 
d) Cultura e Raça 
e) Raça e Etnia 
R: A alternativa correta é a E 
Ao analisar as alternativas podemos perceber que: 
Raça – É um termo utilizado para descrever um conjunto de pessoas que possuem características anatômicas 
(formas) parecidas. Etnia – É um termo utilizado para descrever um conjunto de pessoas que possuem 
características socioculturais parecidas como tradições culturais, religião, língua. É importante diferenciar 
esses dois termos, raça e etnia. Os dois se referem a um conjunto de pessoas com características parecidas, 
no entanto, raça considera as características biológicas e etnia considera as características socioculturais. 
 
1 - ‘Se refere à maneira como a pessoa expressa sua identidade para a sociedade como a forma de se vestir, 
sua aparência e comportamento, independentemente do sexo biológico.’ A definição acime se refere a qual 
dos termos listados abaixo? 
a) Transgênero 
b) Transexual 
c) Orientação Sexual 
d) Identidade de Gênero 
e) Expressão de gênero 
 
 
2 -Diferencie sexo e gênero sexual. 
 
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Gabarito: 
1 - R: A alternativa correta é a E 
2 - Padrão de Resposta: 
R: Ser do sexo masculino ou feminino é biológico, ou seja, se refere a presença dos órgãos sexuais com suas 
características anatômicas e fisiológicas. Gênero sexual é um fator social e vai além do sexo, se refere a 
maneira como a pessoa se percebe, se reconhece e a forma como se expressa para a sociedade. 
 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão. 
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS / Ministério da Saúde. 
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. – 2. ed. – 
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013. 36 p. 
➢ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio 
à Gestão Participativa. Saúde da população em situação de rua: um direito humano / Ministério 
da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão 
Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 38p. 
➢ Cáceres CF, Talavera VA, Mazín Reynoso R. Diversidad sexual, salud y ciudadanía. Rev Peru Med 
Exp Salud Publica. 2013;30(4):698-704. 
➢ Diego Junior da Silva Santos, Nathália Barbosa Palomares, David Normando, Cátia Cardoso Abdo 
Quintão. Raça versus etnia: diferenciar para melhor aplicar. Dental Press J Orthod. 2010 May-
June;15(3):121-4. 
➢ Jonas Welton Barros Oliveira, Jael Maria Aquino, Estela Maria Leite Meirelles Monteiro. Promoção da 
saúde na comunidade indígena. Rev. Bras. Enferm., Brasilia 2012 mai.-jun.; 65(3): 437-44. 
 
 
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UNIDADE I 
CAPÍTULO 3 - ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
TEGUMENTAR 
No término deste capítulo, você deverá saber: 
✓ Estruturas da Pele; 
✓ Constituição e função da Epiderme, Derme e Hipoderme; 
✓ As estruturas anexas à pele: pelos, unhas e glândulas; 
✓ As funções da pele; 
✓ Os tipos de pele; 
✓ As terminologiasmédicas associadas ao sistema tegumentar; 
Introdução 
No módulo anterior, você aprendeu sobre os sistemas do corpo humano, que são responsáveis pela 
manutenção das atividades das células e eliminação dos resíduos produzidos durante essas 
atividades. Neste tópico, você conhecerá um pouco a respeito do sistema que reveste todo o corpo 
(sistema tegumentar), quais suas funções e sua estrutura. Além disso, conhecerá, também, algumas 
doenças que afetam nossa pele. 
 
Você já sabe que as pessoas possuem peles de cores diferentes. Como isso é possível? A cor de nossa pele 
depende da quantidade de uma substância conhecida como melanina e essa característica é determinada por 
nossos genes. Assim, nós herdamos de nossos pais as informações genéticas que determinam a quantidade 
de melanina que nossas células produzem. Essa substância também é responsável pela cor de nossos pelos 
e de nossos olhos. Há pessoas que não são capazes de produzir a melanina (condição conhecida com 
albinismo) e, por isso, possuem a pele, os pelos e os olhos muito claros. Independentemente da cor da pele, 
do cabelo ou dos olhos, todos possuem a mesma estrutura, função e vulnerabilidade. 
 
3.1 Estruturas da pele 
A pele é o maior órgão do corpo humano, cobrindo quase 2m² e compondo quase um sexto do peso 
corporal, atua como a primeira barreira de defesa contra vírus e bactérias para o nosso organismo, 
portanto uma pele saudável é vital para o nosso o bem-estar. É ela que mantém o equilíbrio dos 
líquidos e ajuda a manter a temperatura corporal. A pele é sensível e reage ao toque mais leve, 
assim como a dor. Por ser um órgão tão extenso e exposto o estado da pele também pode ter um 
impacto significativo em nossa autoestima. 
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Estruturalmente, a pele possui duas partes principais: a epiderme, parte mais fina e superficial, e a 
derme, parte mais espessa e mais profunda. Abaixo da derme existe um tecido subcutâneo chamado 
hipoderme. 
 
Figura 1 – Estrutura da Pele 
 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hipoderme/ 
3.2 Epiderme 
A Epiderme é a parte mais superficial e recebe esse nome porque é constituída por um tipo de tecido 
chamado tecido epitelial, responsável pela função de proteção do nosso corpo. Esse tecido recebe 
o nome de tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, isso quer dizer que: 
1. Estratificado: em camadas, a epiderme é formada por um tipo de tecido que se dispõe em 
camadas, de quatro a cinco camadas. 
2. Pavimentoso: é um tecido liso, ou seja, contínuo. 
3. Queratinizado: possui queratinócitos que produzem uma proteína chamada queratina, 
garantindo “semipermeabilidade” à pele. A queratina permite uma união firme entre as células 
da epiderme e funciona como uma barreira protetora que permite proteção à pele, 
selecionando o que pode entrar ou sair da célula. 
Na Epiderme também está presente o melanócito, que produz a melanina, uma proteína 
pigmentada que protege a pele contra a radiação solar ultravioleta. 
• FUNÇÕES DA EPIDERME: proteção mecânica, permeabilidade seletiva e proteção contra 
radiação solar. 
 
3.3 Derme 
A Derme é a parte mais profunda da pele formada por tecido conjuntivo frouxo (colágeno + elastina) 
que vai dar volume para a pele e elasticidade. A combinação de fibras elásticas e colágenas 
proporciona resistência, extensibilidade (capacidade de estiramento) e elasticidade (capacidade de 
retornar à forma original após o estiramento). 
https://www.todamateria.com.br/hipoderme/
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A maioria dos elementos funcionais que são importantes para o metabolismo da pele está inserida 
na Derme. Estão presentes nessa camada: artérias, veias, nervos, terminações nervosas, folículo 
piloso, glândula sebácea e sudorípara, e músculo eretor do pelo. 
 
As funções das organelas presentes na Derme são: 
✓ Artérias e Veias: responsáveis pela nutrição da pele. 
✓ Nervos e Terminações nervosas: responsáveis pela sensibilidade da pele. 
✓ Folículo piloso: responsável pela produção do pelo. 
✓ Músculo eretor do pelo: produz calor 
✓ Glândula sudorípara: elimina suor e resfria a pele 
✓ Glândula sebácea: responsável pela hidratação da pele 
 
3.4 Hipoderme 
Abaixo da Derme existe um tecido subcutâneo denominado Hipoderme. O tecido subcutâneo atua 
como um depósito de armazenagem para gordura e contém grandes vasos sanguíneos que irrigam 
a pele. Nessa região também contém terminações nervosas chamadas corpúsculos lamelares, que 
são sensíveis à pressão. 
Assim como a Derme, a Hipoderme também é constituída de tecido conjuntivo adiposo (colágeno + 
gorduras). As fibras de colágeno mantêm as células produtoras de gordura, chamadas de 
adipócitos firmemente unidas. 
A Hipoderme fixa a Derme aos órgãos e tecidos subjacentes. Sua principal função é o 
armazenamento de gordura, que atua como fonte de energia, além de garantir proteção contra 
pressões mecânicas e atuar como isolante térmico. 
 
Hipoderme é uma camada ou conjunto de camadas celulares abaixo da derme que difere morfologicamente 
das camadas subjacentes e, portanto, não faz parte da pele. 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2 - Hipoderme 
 
Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4974314/mod_resource/content/1/Sistema%20tegumentar.pdf 
 
3.5 Estruturas acessórias da pele 
 
As estruturas acessórias da pele são os pelos, glândulas da pele e unhas, essas se desenvolvem a 
partir da Epiderme e têm inúmeras funções importantes, entre elas as seguintes: os pelos e as unhas 
protegem a pele, as glândulas sudoríparas ajudam a manter a regulação da temperatura corporal. 
PELOS: um pelo é formado por uma haste, que é a sua parte superficial que se projeta na superfície 
da pele, uma raiz que penetra na derme e em algumas vezes no tecido subcutâneo (hipoderme) e 
um folículo piloso. 
Associados a cada folículo piloso estão uma glândula sebácea e um músculo eretor do pelo. Novos 
pelos se desenvolvem a partir da divisão das células da matriz do bulbo, a substituição e o 
crescimento acontecem em um padrão cíclico, que consiste em estágios alternados de crescimento 
e repouso. 
GLÂNDULAS: há dois tipos principais de glândulas na pele e têm atividade secretória (produtora). 
✓ Glândula Sebácea: produzem sebo, que umedece os pelos e impermeabiliza a pele, elas 
estão ausentes na palma das mãos e planta dos pés. A obstrução de uma glândula sebácea 
pode produzir acne. 
✓ Glândula Sudorípara: produz suor, seus ductos terminam nos poros da epiderme. Elas 
começam a funcionar na puberdade, são estimuladas também durante o estresse e atividade 
sexual. As glândulas mamárias são glândulas sudoríparas especializadas que secretam leite. 
As glândulas ceruminosas também são glândulas sudoríparas modificadas que produzem 
cerume (cera do ouvido). 
UNHAS: são células epidérmicas queratinizadas e endurecidas presentes nas superfícies dorsais 
dos dedos. As unhas são produzidas pela divisão celular das células da matriz da unha. 
3.6 Tipos de pele 
Existem variações nas propriedades estruturais e funcionais da pele que determinam dois tipos de 
pele. Essas variações estão relacionadas com: 
1. Espessura da epiderme 
2. Resistência 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4974314/mod_resource/content/1/Sistema%20tegumentar.pdf
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3. Flexibilidade 
4. Grau de queratinização (quantidade de queratina) 
5. Distribuição e tipo de pelo 
6. Tipo de glândulas 
7. Pigmentação

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