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1- Diferença entre Avaliação Educacional e Avaliação da aprendizagem A Avaliação Educacional trata da avaliação do sistema educacional. A avaliação da aprendizagem é focada no processo que acontece na sala de aula e envolve o professor e os alunos da turma. 1.1 - Avaliação Educacional, Avaliação em larga escala ou Avaliação Externa É também chamada de avaliação externa ou em larga escala. Avaliação externa é toda e qualquer avaliação concebida e formulada por profissionais que não fazem parte do cotidiano da instituição escolar em que se dá a avaliação. Para ser considerada de larga escala, a avaliação deve, além disso, ser desenhada para aplicação a uma grande quantidade de sujeitos – que extrapola o contingente de alunos de uma turma ou mesmo de uma escola. Geralmente são aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A partir do diagnóstico produzidos por essas avaliações, geralmente na forma de provas, é possível traçar estratégias para melhorar a qualidade da Educação do País inteiro, de uma região, ou de uma escola específica. A maioria desses exames não fornece notas individuais porque não avalia o aluno em si: eles são aplicados para avaliar um sistema de ensino como um todo. Isto é, para medir a evolução do ensino em uma rede. São exemplos de avaliações em larga escala nacionais o Saeb, o Enem e o Enade (para a educação superior). Até 2019, as avaliações em larga escala tinham nomes diferentes: Prova Brasil (5º e 9º anos) e a ANA (Avaliação Nacional de Alfabetização). Em 2018, o MEC decidiu unificar o nome – todos passaram a ser chamados de Saeb. Até 2019 o foco era português e matemática. A partir de 2019, há questões de ciências humanas e ciências da natureza para os alunos do 9º ano. Além do caderno de prova, há um questionário socioeconômico e cultural em que os estudantes respondem a perguntas sobre fatores que podem influenciar seu desempenho nas provas. As aplicações acontecem para turmas de creche, pré-escola, 2º ano, 5º ano, 9º ano e 3ª série do Ensino Médio. Vale destacar que essa etapa de ensino tem outra – e mais conhecida – avaliação: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar os sistemas de ensino, mas se tornou peça chave nos vestibulares, a partir de sua incorporação aos programas de seleção para a universidade do Governo Federal, onde o desempenho por aluno se tornou critério para preencher vagas em faculdades privadas e públicas. http://www.inep.gov.br/ http://www.inep.gov.br/ O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais. As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação, reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Tanto o Ideb como o Censo Escolar são indicadores educacionais que são gerados a partir de instrumentos de avaliação, como as provas ou de questionários. No campo internacional, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) também é uma avaliação externa. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), tradução de Programme for International Student Assessment, é um estudo comparativo internacional realizado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pisa oferece informações sobre o desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos. Os resultados do Pisa permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de seus estudantes em comparação com os de outros países. Políticas Educacionais, Estrutura e Organização da Educação Básica - Sistemas de Avaliação Discussão sobre a importância das avaliações externas na qualidade da educação básica brasileira e suas implicações para ensino e aprendizado. - Discutindo o papel da avaliação educacional na avaliação da qualidade na educação básica. - Importância das avaliações na educação básica brasileira para o planejamento e a ação. - SAEB avalia todos os níveis de educação básica no Brasil. - Os dados do SAEB informam o índice IDEB para a avaliação da qualidade educacional. - Educational assessments and their goals evolved in Brazil until 2017. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb http://portal.inep.gov.br/censo-escolar https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/pisa https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/pisa - O Brasil almeja o IDEB 6 até 2022 por meio de avaliações internacionais. - Desempenho dos alunos em Matemática e Leitura é preocupante. - O sistema educacional do Brasil enfrenta dificuldades, destacadas pelos baixos resultados do PISA. --------------------------------- Discussão sobre a importância das avaliações externas na qualidade da educação básica brasileira e suas implicações para ensino e aprendizado. Discutindo o papel da avaliação educacional na avaliação da qualidade na educação básica. - As avaliações são cruciais para entender a compreensão dos alunos e a expressão do conhecimento na sala de aula. - Os resultados das avaliações ajudam a diagnosticar situações educacionais e orientar as estratégias de ensino subsequentes. Importância das avaliações na educação básica brasileira para o planejamento e a ação. - As avaliações servem para diagnosticar a compreensão dos alunos e informar o planejamento para melhorar os resultados educacionais. - O sistema SAEB, gerido pelo INEP, inclui avaliações como a Prova Brasil e a ANA para melhorar a qualidade educacional. SAEB avalia todos os níveis de educação básica no Brasil. - O Prova Brasil foca na educação fundamental, incorporando avaliações para séries específicas. - O SAEB se expandiu para incluir avaliações da educação infantil e agora abrange séries além dos anos fundamentais tradicionais. Os dados do SAEB informam o índice IDEB para a avaliação da qualidade educacional. - As avaliações do SAEB coletam dados sobre a demografia e o desempenho acadêmico dos alunos, incluindo feedback dos pais. - O IDEB, criado em 2007, combina os resultados do SAEB com as taxas de aprovação para acompanhar as melhorias na qualidade educacional. Educational assessments and their goals evolved in Brazil until 2017. - As metas de desempenho foram ampliadas em 2017 devido a resultados insatisfatórios, especialmente no ensino fundamental e médio. - O ENEM, iniciado em 1998, tornou-se um instrumento chave para vestibulares e programas de acesso ao ensino superior no Brasil. O Brasil almeja o IDEB 6 até 2022 por meio de avaliações internacionais. - A avaliação PISA mede as habilidades de leitura, matemática e ciências de jovens de 15 anos. - 55% dos alunos do terceiro ano apresentam desempenho insuficiente, indicando a necessidade de estratégias educacionais aprimoradas. Desempenho dos alunos em Matemática e Leitura é preocupante. - Mais da metade dos alunos do terceiro ano não dominam habilidades básicas de leitura e cálculos. - 65% dos alunos do quinto ano não têm domínio em cálculos matemáticos, refletindo uma preocupação com o ensino. O sistema educacional do Brasil enfrenta dificuldades, destacadas pelos baixos resultados do PISA. - O Brasil tem consistentemente ficado em último lugar nas avaliações do PISA em leitura, matemática e ciências em comparação com outros países. - Enquanto a matrícula na educação fundamental expandiu para quase 100%, há uma necessidade crítica de melhorar a qualidadeeducacional. A avaliação em larga escala, embora seja importante, apresenta controvérsias. Processos de Avaliação - Avaliação externa e em larga escala no Brasil Avaliação externa em larga escala no Brasil: conceitos, aplicações e impactos nas escolas e na qualidade do ensino. - Explorando avaliações externas em larga escala na educação brasileira. - External evaluations improve the management of education in Brazil. - Visão geral das avaliações educacionais em larga escala do Brasil. - Avaliação externa no Brasil inclui o IDEB e variações estaduais. - Avaliações externas em larga escala influenciam a gestão escolar no Brasil. - Avaliações externas influenciam o currículo, gerando redução de conteúdos diversificados. - Avaliação externa cria confusões e desafios nas escolas brasileiras. - A avaliação externa é vista como um indicador de qualidade de ensino no Brasil. --------------------------------- Avaliação externa em larga escala no Brasil: conceitos, aplicações e impactos nas escolas e na qualidade do ensino. Explorando avaliações externas em larga escala na educação brasileira. - Compreendendo o surgimento e a expansão das avaliações externas dos níveis federal aos municipais. - Discutindo controvérsias, limitações e aspectos positivos das avaliações em grande escala nas escolas. External evaluations improve the management of education in Brazil. - As avaliações fornecem dados fundamentais que ajudam na tomada de decisões educacionais nos diferentes níveis de governo. - Desde a década de 90, as avaliações têm sido essenciais para monitorar o aprendizado dos alunos e reformular políticas educacionais. Visão geral das avaliações educacionais em larga escala do Brasil. - As avaliações do ANEB são realizadas bienalmente, visando séries específicas e focando em leitura e matemática. - Prova Brasil, outra avaliação chave, avalia todos os alunos da escola pública do 5º e 9º ano em literatura e matemática. Avaliação externa no Brasil inclui o IDEB e variações estaduais. - O IDEB, introduzido em 2007, combina dados de fluxo e desempenho em português e matemática. - Estados brasileiros propõem suas próprias avaliações que geralmente seguem o modelo federal focado nas mesmas disciplinas. Avaliações externas em larga escala influenciam a gestão escolar no Brasil. - Brazilian states, such as Amazonas and São Paulo, have their own assessment proposals in addition to the federal ones. - Municípios frequentemente ignoram os resultados das avaliações nacionais, mas a tendência é que adotem esses dados para políticas públicas. Avaliações externas influenciam o currículo, gerando redução de conteúdos diversificados. - A avaliação externa tende a focar apenas em língua e matemática, limitando outros conhecimentos. - Gestores criticam que avaliações federais e estaduais não refletem as necessidades locais dos alunos. Avaliação externa cria confusões e desafios nas escolas brasileiras. - A avaliação externa é frequentemente confundida com a avaliação interna, causando desvio nas práticas pedagógicas. - A falta de clareza sobre o que é avaliado e a transparência nos resultados limita a compreensão e responsabilização das escolas. A avaliação externa é vista como um indicador de qualidade de ensino no Brasil. - O IDEB é considerado um padrão desejável, mas a qualidade de ensino vai além de proficiência em matemática e língua portuguesa. - Avaliações externas oferecem dados de qualidade técnica que podem ajudar professores e gestores na melhoria do ensino e planejamento curricular. Políticas Educacionais, Estrutura e Organização da Educação Básica - Resultados e implicações Análise da Avaliação da Educação Básica no Brasil: Desafios e Resultados para Melhorias na Qualidade Educacional. - Análise do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no Brasil. - Discute os desafios na infraestrutura escolar brasileira que afetam a qualidade da educação. - Regularizar o fluxo escolar é essencial para melhorar a retenção e o desempenho dos alunos. - A qualidade na educação depende de uma gestão escolar eficaz e da acessibilidade. - Deslocamento afeta o desenvolvimento educacional dos alunos no Brasil. - Variação nos resultados do IDEB entre ensino fundamental e médio no Brasil. - Importância de considerar fatores adicionais para melhorar o diagnóstico das escolas. - Avaliações escolares podem não refletir as diversas realidades sociais dos alunos. - Usando os resultados da avaliação para aprimorar as práticas educacionais no Brasil. --------------------------------- Análise da Avaliação da Educação Básica no Brasil: Desafios e Resultados para Melhorias na Qualidade Educacional. Análise do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica no Brasil. - Exploração dos resultados variados em diferentes níveis da educação básica e suas implicações para melhorias. - Identificação da diversidade no sistema educacional brasileiro, incluindo desafios como a falta de laboratórios de ciências. Discute os desafios na infraestrutura escolar brasileira que afetam a qualidade da educação. - 63% das escolas brasileiras não possuem instalações esportivas, limitando as práticas de educação física. - 40% das escolas não têm acesso à internet, dificultando a modernização e a integração da tecnologia na educação. Regularizar o fluxo escolar é essencial para melhorar a retenção e o desempenho dos alunos. - Para reduzir as taxas de fracasso escolar e evasão, estratégias eficazes devem ser implementadas para garantir a progressão dos alunos. - A qualidade da escola abrange vários fatores, incluindo instalações, recursos e seu impacto nos resultados educacionais gerais. A qualidade na educação depende de uma gestão escolar eficaz e da acessibilidade. - A gestão escolar envolve organizar o corpo docente, treinar educadores e criar ambientes de ensino colaborativos. - O contexto socioeconômico e os programas de acessibilidade impactam significativamente a matrícula e a retenção de estudantes nas escolas. Deslocamento afeta o desenvolvimento educacional dos alunos no Brasil. - Alunos próximos de casa têm vantagens, podendo se preparar melhor para ir à escola. - Condições variáveis de deslocamento, como trânsito e chuvas, impactam a qualidade do aprendizado e os índices de educação. Variação nos resultados do IDEB entre ensino fundamental e médio no Brasil. - Mais estados atingiram as metas do IDEB nos anos iniciais do que nos anos finais do ensino fundamental. - Nenhum estado alcançou a média do IDEB para o ensino médio, indicando a necessidade de repensar estratégias educacionais. Importância de considerar fatores adicionais para melhorar o diagnóstico das escolas. - Nenhum estado do Brasil atingiu a meta do Ensino Médio, destacando a necessidade de reformulações nas avaliações. - Programas como escolas de tempo integral visam aumentar a dedicação dos alunos, potencialmente elevando índices como o IDEB. Avaliações escolares podem não refletir as diversas realidades sociais dos alunos. - A comparação entre escolas em diferentes contextos socioeconômicos pode distorcer a eficácia das avaliações. - É crucial adaptar avaliações para considerar as diversas habilidades e características dos alunos, visando uma educação de qualidade. Usando os resultados da avaliação para aprimorar as práticas educacionais no Brasil. - Os professores devem interpretar os dados de avaliação para melhorar suas estratégias de ensino. - Planejar ações com base nos resultados é crucial para aumentar o desempenho educacional. • 1.2 Avaliação da aprendizagem É a avaliação do processo de ensino e aprendizagem que ocorre na sala de aula. É isso que veremos no próximo tópico. • 2 - Concepções, tipos e abordagens de avaliaçãoConcepções de Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem Short Summary for [Unidade I - Concepções de Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem - Prof. Fabrícia Machado](https://www.youtube.com/watch?v=NhTqtuKkvP4) by [Merlin](https://merlin.foyer.work/) Concepções de Avaliação no Processo de Ensino-Aprendizagem com Prof. Fabrícia Machado – Explorando Importância e Definições. - Explorando os conceitos de avaliação no processo de ensino-aprendizagem. - Avaliação é crucial no processo de ensino-aprendizagem e reflete valores sociais. - Desenvolvimento histórico dos exames escolares e seu impacto na sociedade. - Avaliação no ensino reflete o avanço e as críticas à meritocracia. - Avaliação foca em mudanças comportamentais e aprendizagem crítica dos alunos. - Avaliação escolar é uma ferramenta de certificação e comparação de alunos. - A avaliação da qualidade muda o foco para entender os processos de aprendizagem. - A avaliação qualitativa aprimora as práticas educacionais, mas requer uma abordagem mais ampla. - Avaliação deve redirecionar aprendizagem, não excluir alunos. --------------------------------- Concepções de Avaliação no Processo de Ensino-Aprendizagem com Prof. Fabrícia Machado – Explorando Importância e Definições. Explorando os conceitos de avaliação no processo de ensino-aprendizagem. - A avaliação é definida através de várias lentes, como medir, classificar e qualificar o desempenho dos alunos. - A compreensão da avaliação evoluiu através de contextos socio-históricos, enfatizando seu papel na avaliação de significância e valor. Avaliação é crucial no processo de ensino-aprendizagem e reflete valores sociais. - A avaliação pode ter um papel de manutenção ou transformação social, afetando a inclusão dos alunos. - It is part of everyday life and is a continuous act, not limited to isolated moments like tests. Desenvolvimento histórico dos exames escolares e seu impacto na sociedade. - A tradição dos exames escolares foi sistematizada nos séculos XVI e XVII por educadores jesuítas. - Os exames foram originalmente usados na China antiga para seleção militar e, mais tarde, tornaram-se essenciais para a mobilidade social na crescente classe burguesa. Avaliação no ensino reflete o avanço e as críticas à meritocracia. - A introdução de exames de admissão ao serviço público é vista como um avanço para a democratização do estado. - A prática de avaliar a aprendizagem escolar ainda mantém uma pedagogia classificatória, perpetuando críticas às desconexões entre conteúdo e a realidade dos alunos. Avaliação foca em mudanças comportamentais e aprendizagem crítica dos alunos. - A avaliação deve medir não apenas resultados, mas também promover reflexão crítica entre alunos e professores. - Duas lógicas de avaliação: uma que classifica o desempenho e outra que regula a aprendizagem, sem serem excludentes. Avaliação escolar é uma ferramenta de certificação e comparação de alunos. - A avaliação tradicional cria hierarquias de excelência e certifica a formação do aluno, evitando novos exames. - Existem duas lógicas de avaliação: formativa, focada no processo de aprendizagem, e somativa, que avalia o resultado final. A avaliação da qualidade muda o foco para entender os processos de aprendizagem. - A transição de avaliações quantitativas tradicionais para avaliações qualitativas enfatiza a compreensão dos alunos em vez de meras pontuações em testes. - A avaliação da qualidade busca reunir insights abrangentes sobre os resultados de aprendizagem de curto e longo prazo. A avaliação qualitativa aprimora as práticas educacionais, mas requer uma abordagem mais ampla. - A integração de abordagens qualitativas e quantitativas é essencial para uma avaliação abrangente da aprendizagem. - Compreender o contexto social e as características subjetivas dos alunos é crucial para práticas de avaliação eficazes. Avaliação deve redirecionar aprendizagem, não excluir alunos. - A avaliação deve ser um processo crítico que auxilia no redirecionamento das ações dos alunos. - Enfatiza-se a importância de uma aprendizagem significativa, incentivando a participação em atividades e discussões. • A avaliação da aprendizagem possui três funções: a) diagnosticar; b) acompanhar/controlar o processo e, c) classificar. Estas funções estão relacionadas com os tipos de avaliação. São três os tipos de avaliação: a) Avaliação diagnóstica: A partir de uma avaliação diagnóstica, o professor consegue identificar as aprendizagens e dificuldades dos alunos com relação aos conteúdos desenvolvidos em períodos anteriores. Podemos compreender a avaliação diagnóstica a partir das funções essenciais ao trabalho docente que são: � Compreender a realidade de cada turma; � Entender quais as aprendizagens e dificuldades dos alunos com relação aos conteúdos desenvolvidos no período educacional anterior; � Promover ações efetivas que deem conta de sanar as dúvidas e/ou dificuldades dos alunos. A função da avaliação diagnóstica é identificar aspectos que precisam de intervenção, com característica auxiliar e não classificatória da aprendizagem, para identificar os melhores e os piores, aprovar e reprovar. Precisa ficar claro sobre a avaliação diagnóstica o fato de que esse diagnóstico não é apenas sobre questões relacionadas ao aluno, mas, inclusive, de questões que estão relacionadas com o processo ensino-aprendizagem, na intenção de corrigir percursos percorridos pelos sujeitos envolvidos nesse processo. b)Avaliação formativa ou processual: A avaliação formativa é realizada de forma contínua na escola. Ou seja, é por meio da avaliação formativa que o professor acompanha o processo de aprendizagem dos alunos durante o período deles na escola. A partir da avaliação nessa perspectiva, é possível o professor ter subsídios para (re) orientar seu trabalho para o alcance dos objetivos almejados e, consequentemente, favorecer a aprendizagem. A avaliação educacional sob essa ótica tem como função acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, oferecendo informações importantes sobre o desenvolvimento dos estudantes, e também reorientar as questões que envolvem ensino-aprendizagem. A avaliação enquanto processo está preocupada com os percursos desenvolvidos pelo professor e aluno, de modo que possa (re)orientar essas questões com planejamento ou replanejamento contínuo da atuação desses sujeitos. Esse tipo de avaliação é contínua, está integrada ao ensino e não visa ser autoritária, pelo contrário, o professor pode utilizar-se de vários instrumentos para compor um portfólio sobre o desenvolvimento dos alunos e não somente basear-se em provas e exames. C) Avaliação somativa ou classificatória A avaliação somativa é aquela que tem por função selecionar os alunos como aptos ou não para ingressar em uma etapa mais avançada dos estudos. Por essa avaliação, os alunos são aprovados ou reprovados para o ano, série ou ciclo seguinte. A avaliação somativa tem caráter definitivo, que apresenta produto final, quantificação do desempenho dos alunos. A abordagem da avaliação pode ser QUALITATIVA ou QUANTITATIVA: Abordagem qualitativa A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) no 9.394/96, em sua abordagem sobre a avaliação educacional, registra que os aspectos qualitativos devem sobressair-se sobre os quantitativos. Essa diretriz deixa consignado, ainda, que o professor deve privilegiar registros de acompanhamento do aluno, observação diagnóstica, isto é, instrumentos que apontam para um desenvolvimento processual e formativo de percurso, de experiência, em detrimento de avaliações finalistas, ou seja, com um fim em si mesma, representada por uma nota classificatória. Abordagem quantitativa É a predominância de aspectos de medida e classificação, dos métodos quantitativos.• 3 - A avaliação na Lei A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor desde 20 de dezembro de 1996, Lei nº 9.394, dispõe em seu art. 24, inciso V, sobre a avaliação do rendimento escolar. Ao tratar do assunto, contempla a aceleração de estudos, a possibilidade de avanço na trajetória escolar e estudos de recuperação, nos seguintes termos: V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. Em seu Art. 13, diz que os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.