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UNIDADE 1 
ORGANIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E CONTEXTO BRASILEIRO 
INTRODUÇÃO 
 
1) Como o profissional deverá administrar uma organização? 
2) Em que se configura a administração? 
3) Quais as principais funções e habilidades do Administrador? 
 
 Estudar a gestão das organizações significa compreender o seu contexto, 
por que e como elas são criadas, que formato podem ter, como se modificam, como 
interagem interna e externamente. Significa, ainda, conhecer como as pessoas se 
relacionam dentro das empresas e quais os seus papéis. Nesta unidade, através 
dos conceitos dos elementos que integram uma organização, das principais 
funções do administrador, bem como da apresentação das organizações no cenário 
brasileiro, você estudará o princípio norteador da gestão, o que lhe possibilitará 
desempenhar melhor suas tarefas e contribuir de forma mais efetiva para o 
cumprimento dos objetivos organizacionais. Desta forma, vamos refletir sobre 
questões essenciais à interpretação e compreensão das organizações, da dinâmica 
de mercado e dos impactos na gestão das pessoas que compõem a organização. 
Convidamos você a mergulhar nesse universo da gestão empresarial e interagir 
com os colegas e professor da disciplina. 
Mãos à obra! 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Entender os principais elementos que fazem parte de uma organização. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - As Organizações, a Administração e as funções do Administrador 
• Aula 2 - A Administração nas organizações brasileiras 
• Aula 3 - Funções do Administrador 
Rota de Aprendizagem 
Conheça as questões norteadoras, o objetivo, o conteúdo programático e a 
importância do que será visto. 
Para iniciarmos as reflexões sobre a administração e atuação do gestor, 
apresentamos o conto dos três porquinhos. Por Walter Campos 
Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas envolvendo animais. Entre 
centenas de histórias, criou-se um conto representado por três porquinhos. Em 
1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o famoso em todo mundo, batizando 
cada um dos porquinhos com um nome: Prático, Heitor e Cícero. 
Conforme relata o conto, um belo dia os três porquinhos resolveram sair de onde 
moravam e cada um combinou de construir sua casa. Cícero era o porquinho 
menos esforçado e relaxado, então construiu uma casinha de palha. Heitor queria 
um pouco mais de conforto e aconchego e construiu uma casa de madeira. Já o 
Prático, queria uma casa confortável, segura, resistente, durável e que refletisse 
sua personalidade. 
O resto da história você já sabe. Vem o lobo mau, assopra a casinha de palha e a 
derruba; o porquinho Cícero corre para a casa de madeira de seu irmão Heitor, o 
lobo vai atrás, assopra-a e a destrói e os porquinhos fogem para a casa de pedra 
do Prático. O lobo assopra, assopra, assopra e não derruba a casa. Tenta entrar 
pela lareira e cai em um caldeirão de água quente, fugindo assustado enquanto os 
porquinhos comemoram a vitória. 
Em todas as corporações podemos encontrar colaboradores que assumem papéis 
de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos. Há aquele com o 
perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar suas atividades não as realiza 
com paixão e determinação, e muito menos as finaliza. Seu maior interesse é em 
cumprir a carga horária, e não apresentar resultados ou contribuir com estratégias 
criativas para a empresa. Encontra-se constantemente tomando cafezinhos, 
batendo papo, fumando, navegando na Internet com interesses particulares e, 
quando questionado, apresenta seus relatórios incompatíveis com a expectativa 
para sua função. 
Quando percebe que sua segurança profissional torna-se abalada, corre em 
direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua atividade. Não em 
direção de quem necessariamente o oriente, mas de quem literalmente faça o que 
ele deveria ter feito. Vai atrás de alguém com o perfil do porquinho Heitor, 
colaborador que realmente se dedica ao realizar suas atividades e cumpre 
exatamente aquilo que foi orientado a fazer. Como um bom executor, é receptivo e 
prestativo, ajudando muitas vezes os colaboradores com perfil do porquinho Cícero, 
buscando inclusive encobrir a falha ou má vontade dele em razão da amizade 
existente. 
Para a sorte das corporações existem os colaboradores que vão além do mínimo 
ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos, apresentam estratégias, 
buscam melhorias constantes que possam contribuir para o resultado da empresa e 
também de todos que atuam conjuntamente, muito além de apenas 
desempenharem atividades para as quais foram contratados. Estes colaboradores 
são aqueles que possuem o perfil do porquinho Prático. Não querem apenas 
construir um abrigo ou simples casa. Não querem fazer igual ou o necessário, 
querem apresentar mais trabalho e melhor, em menos tempo, com maior duração, 
com resultados expressivos e em benefício de todos. 
 
AULA 1 
AS ORGANIZAÇÕES, A ADMINISTRAÇÃO E AS FUNÇÕES DO 
ADMINISTRADOR 
 
 
O termo Organização pode ser entendido como um grupo de pessoas que se 
juntam de forma organizada com o intuito de atingir interesses comuns. Sendo 
assim, todos os indivíduos vivem dentro de organizações e ao redor delas. As 
empresas, universidades, padarias, lojas, hospitais, parques de diversão, 
associações de classe, teatros, a até a própria família são exemplos de 
organizações. Portanto, nascemos, vivemos e morremos nas organizações. 
Você já parou para pensar por que existem organizações e qual a sua origem? 
Todos nós vivemos para consumir produtos e serviços, assim sendo, se faz 
necessária a existência das organizações. Você já se imaginou sem consumir 
nenhum tipo de produto ou serviço? O consumo de produtos e serviços é inerente à 
vida humana. 
As organizações partem do pressuposto da formação de um grupo de indivíduos 
que buscam atingir objetivos comuns, transformando recursos em produtos e 
serviços. Partindo dessa definição, podemos chamar à atenção para dois 
elementos: grupo de indivíduos (pessoas) e objetivos. Para que exista a 
organização, serão necessárias pessoas para executar os seus processos e 
objetivos que nortearão suas ações. 
É importante que você perceba que uma organização dificilmente se constituirá de 
um grupo pronto e acabado, visto que a sociedade está em constante mudança, 
com novos desejos e necessidades surgindo a todo instante. Também não se pode 
afirmar que exista um modelo de organização ideal, em que uma estratégia de 
gestão que dá certo em uma determinada organização dará certo em outra. É 
possível perceber essa questão acompanhando a história das organizações. 
As Organizações simples, ou até mesmo complexas, sempre existiram no decorrer 
da história da humanidade desde os primeiros agrupamentos humanos, ou seja, 
quando o ser humano vivia em comunidades, em pequenos agrupamentos, 
necessitando adaptar-se e transformar o seu meio. O seu percurso perpassou a 
fase artesanal, que vai desde a Antiguidade até a Revolução Industrial; fase da 
Industrialização; fase da Segunda Revolução Industrial; fase moderna; até a fase 
da globalização, caracterizada como era da informação. 
Ao longo dos anos, a ênfase das organizações deixou de ser exclusivamente nos 
recursos, para ser também nas competências, intelectualidade e conectividade. Ao 
longo dos anos, a forma de administrar os negócios foi passando por mudanças, 
inclusive porque as organizações modernas apresentam uma estrutura, e boa parte 
possui porte e complexidade muito maior do que as organizações de tempos atrás. 
Essa complexidade se dá porque quanto maior a organização, maior o número de 
pessoas envolvidas e maior a subjetividade. Daí a necessidade de se planejar, 
organizar e controlar, como veremos mais adiante. 
A organização, portanto, pode ser entendida como uma constituição depessoas 
que desenvolvem atividades por meio da hierarquização de autoridade e 
responsabilidade, visando alcançar um objetivo comum. Nesse sentido, é muito 
importante que você compreenda que esse conceito, embora muito próximo do 
conceito de instituição, trata-se de coisa distinta, uma vez que apenas as 
organizações podem ser formais e informais. 
As organizações formais requerem definição de objetivos, metas e regras, divisão 
de trabalho, além de uma estrutura que defina os papéis entre os seus pares. Nas 
organizações formais é que visualizamos o organograma, que nada mais é do que 
a representação ilustrativa da divisão do trabalho das pessoas dentro das 
organizações. 
 
Já a organizações informal se baseiam na formação de grupos de interesses que 
se aproximam por um objetivo comum, geralmente não relacionado aos interesses 
da organização. Podem ser exemplificadas por pessoas que se aproximam por 
relações de amizade, confiança, gostos ou afinidades. 
Podemos classificar as organizações formais, segundo o setor da economia, em 
Governo, Empresas e Organizações do Terceiro Setor. 
O Governo representa as organizações do serviço público, que administram 
o Estado e serviços, ao povo. Certamente você utiliza os serviços prestados 
pelo Governo, como: ministérios, universidades públicas e hospitais do 
estado. 
Já as Empresas são organizações que têm como objetivo principal vender 
produtos e serviços, administrando recursos humanos, financeiros e 
materiais, visando obtenção de lucro. Neste caso, representam a maior parte 
das empresas que fazem parte do nosso cotidiano. Exemplos: shoppings, 
padarias, supermercados, farmácias. 
Quanto ao Terceiro Setor, você pode entendê-lo como as organizações de 
utilidade pública, que contam com a sociedade para prestar os seus serviços. 
A característica principal é não ter finalidade lucrativa. Como exemplos, temos 
as ONGs e Associações. 
De um modo geral, para que as organizações sejam formadas além das pessoas e 
objetivos, precisamos definir a sua estrutura, que pode ser simples ou complexa. 
O que vai determinar a sua complexidade é o tipo de cultura organizacional definida 
pelo gestor. E, por fim, é necessário definir qual o tipo de tecnologia que será 
adotada. A tecnologia está relacionada às máquinas e aos processos. A junção 
desses quatro componentes, implementada de forma única em cada empresa, é 
que refletirá a diversidade das organizações. Isso porque cada uma delas irá utilizar 
esses componentes da forma que melhor se adequar ao seu propósito. 
Acredita-se que, para compreender a administração e qual o papel que ela 
desempenha nas organizações e na sociedade, inicialmente é necessário entender 
o que é administrar. 
De acordo com o dicionário Aurélio, administrar significa gerir, ministrar, conferir. 
Para Kwasnicha (1995), administrar é um processo integrativo de atividade 
organizacional que envolve a vida do indivíduo, quer seja na organização, nas 
fábricas, nas escolas, ou até mesmo nas famílias. Complementa ressaltando que é 
um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma organização, que 
deve ser entendida como um grupo de duas ou mais pessoas que interagem em 
prol de um objetivo. 
Agora que você já sabe o que significa o termo administrar, vamos 
compreender o termo administração. 
Para Maximiano (2004), é a busca da eficácia, através da concretização dos 
objetivos e utilização racional de recursos. Nesse sentido, o termo administração 
vem sendo formado por conceitos que se aprimoram constantemente, visto que, no 
contexto organizacional, seu principal foco é atender as demandas do atual 
mercado globalizado. 
A administração é, portanto, uma atividade integrada e considerada 
interdependente que se utiliza de recursos financeiros, humanos e materiais, 
produzindo bens ou serviços com fins lucrativos. É um processo que requer tomada 
de decisão. 
O que tem se observado é que a concepção acerca do termo administração vem 
sendo aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo 
transformação, quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas pelo 
mercado, quer seja pela exigência dos membros que utilizam os bens ou serviços 
produzidos por essas empresas. 
Antes as organizações eram poucas e com estruturas pequenas, onde sobressaíam 
os profissionais autônomos e artesãos independentes. Os chefes ou proprietários 
eram os donos das decisões e geralmente primavam pelo lucro. Hoje, já se observa 
um volume de empresas muito maior, o que requer um trabalho mais flexível e 
profissionalizante. 
Hoje as empresas vivem a chamada administração contemporânea, ou seja, 
organizações com ênfase nas pessoas, vistas como sistemas, onde tudo está 
interligado. Mesmo com o processo de evolução e mudança, o PODC (planejar, 
organizar, dirigir e controlar) ainda se faz presente até o contexto dos dias atuais. 
Destaca-se, portanto, que uma vez mudando-se as situações, os princípios da 
administração também tendem a mudar, no sentido de acompanhar as novas 
condições. Como já citado, não há forma de administrar que seja melhor que a 
outra. Essa concepção é baseada na teoria situacional que enfatiza que o ambiente 
organizacional, a tecnologia e a situação vivenciada pelas organizações é que 
determinará qual teoria da administração será adequada à gestão. 
As indústrias passaram a crescer e seus processos eram administrados com base 
no improviso e despreparo da mão-de-obra. As organizações hoje se apresentam 
como reflexo do que ocorria desde a Revolução Industrial, até porque foi um 
período marcado pelo avanço da tecnologia que fez surgir as fábricas e as 
empresas industriais. 
Administrar era, essencialmente, tomar decisões que traziam, em seu bojo, riscos 
tais como contratar pessoal, aquisição de maquinaria, alocação de recursos, 
controlar, inovar. Essa era a ideia inicial sobre a administração, no entanto, 
administrar hoje não é apenas um ato de manipular coisas e gerenciar pessoas, é a 
capacidade de aprender e empreender, contribuindo para o desenvolvimento 
individual e coletivo. 
A partir da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, a organização do trabalho 
passou a ter uma nova conduta proveniente do aumento da complexidade do 
contexto e das operações (lutas, sindicatos, concorrência), exigindo uma nova 
postura ao se administrar. O que antes se supervisionava com armas e chicote 
passou a ser feito com mais racionalidade, especialização de tarefas e divisão de 
trabalho. A substituição do operário pela máquina nas tarefas foi o destaque que 
marcou essa época, onde, evidenciava-se a partir de então a mecanização e 
divisão do trabalho. 
Não há como negar que, no contexto contemporâneo, as organizações têm se 
deparado com uma geração de gestores conectada com cada vez mais a 
tecnologia e interatividade. Uma geração que tem fechado negócios através das 
redes de relacionamentos, a exemplo do Facebook, apresentando respostas mais 
rápidas ao mercado. 
Como vimos, para que exista uma organização formal, é necessária a definição de 
objetivos, divisão de trabalho e relações de poder. Caberá ao administrador fazer 
com que essa definição seja clara e funcione de forma eficiente e eficaz dentro da 
organização. 
Como as organizações são muito dinâmicas, uma vez que é gerida por pessoas, a 
administração deve então ser uma ação contínua. Cabe, portanto, à administração, 
analisar como serão geridos os recursos limitados e como será o sistema de 
produção da organização. Daí você já pode perceber que a produtividade é a 
relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua 
obtenção. 
 
Como exemplo, imagine uma fábrica ofertando ao mercado produtos de limpeza. O 
que chamamos de relação entre os produtos obtidos seria a visualização do 
detergente pronto para o consumo, e os fatores que foram utilizados para que elepudesse ser produzido (mão de obra, matéria-prima, máquinas, pessoas). 
Para que essa produtividade seja de fato efetiva dentro da organização, é 
necessário que o gestor seja eficiente e eficaz, conforme evidenciado. 
EFICIÊNCIA significa fazer a coisa bem feita, ou seja, fazer aquilo que está sendo 
feito da melhor forma possível. Quando as organizações, de um modo geral, 
resolvem problemas e mediam as adversidades, sendo eficientes no uso dos 
recursos e utilizando-os de forma correta, todos os envolvidos tendem a ficar 
satisfeitos. Desta forma, quanto maior for o grau de produtividade e economia no 
uso dos recursos, mais a organização estará sendo eficiente. 
EFICÁCIA é fazer aquilo que de fato precisa ser feito, gerando resultados. Ou seja, 
é fazer a coisa certa no momento certo. Quanto mais uma organização realiza os 
seus objetivos, mais ela está sendo eficaz. Logo, o papel da administração é 
assegurar a eficiência e eficácia das organizações. 
A diferença entre eficiência e eficácia pode ser percebida comparando as 
estratégias utilizadas pela General Motors e pela Ford. A Ford utilizou como 
estratégia de negócios fazer eficiente o mesmo carro. Já a GM, optou por um 
modelo de negócio que se baseou em orientação para o mercado, produzindo um 
carro para cada tipo de cliente. 
Desta forma, você já percebeu que administração implica em ação pautada no 
processo de se tomar decisões que compreendem algumas etapas, como planejar, 
organizar, dirigir, coordenar e controlar. 
Administrar uma empresa é aproveitar da melhor forma as circunstâncias externas, 
de modo a utilizar o mais eficientemente possível os recursos de que dispõe 
(pessoas, máquinas, materiais e capital) para fazê-la sobreviver e progredir. 
(LACOMBE; HEILBORN 2008). 
Atividade 
Das alternativas relacionadas a seguir identifique aquela que mais se aproxima do 
conceito de Administração: 
a É a busca da eficácia, através da concretização dos objetivos e utilização 
racional de recursos. 
javascript:;
b É um processo integrativo de atividade organizacional que envolve a vida do 
indivíduo. 
c É um grupo inacabado, visto que a sociedade está em constante mudança, 
onde surgem novos desejos e necessidades. 
d É a busca da eficiência, através da concretização dos objetivos e utilização 
irracional de dinheiro. 
e É gerir um negócio pensando exclusivamente na geração de lucro e na 
prosperidade organizacional. 
 
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AULA 2 
A ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS 
 
A administração no Brasil apresenta uma significativa influência americana. Seu 
desenvolvimento é oriundo não só da história da empresa nacional, mas também 
da história do capital estrangeiro. Essa influência americana partiu não apenas do 
campo tecnológico, mas do próprio modo de gestão, em que os administradores 
tomariam como exemplo a forma de exercer liderança, estimulando e apoiando o 
aperfeiçoamento social e econômico adotado pelos americanos. Sobre esse 
aspecto, Lima (2002) afirma que a influência norte-americana é um fato notório, 
porém, considera lamentável não ter sido atualizada de modo que mostrasse 
compatibilidade com a realidade. 
Para Storck (1983), o desenvolvimento e profissionalização da administração nas 
organizações brasileiras foram marcados por quatro momentos: 
 
O primeiro momento foi marcado por uma base cultural, científica e tecnológica 
deficiente, o que levou o Brasil a optar pela diversificação de sua economia e 
ingressar na era industrial. Nesse momento, destacavam-se os estabelecimentos 
com caráter artesanal e familiar, sobressaindo-se as indústrias tradicionais. 
Vivenciava-se uma estrutura de poucos administradores profissionais, o que 
comprometia o trabalho desenvolvido à época. Essa estrutura não comportava a 
administração nas mãos de uma única pessoa, ou seja, administração de forma 
centralizada, sem que houvesse profissionalização e adaptação à complexidade 
que se instalava no interior das organizações. 
Esse contexto acabou gerando a necessidade de administradores capacitados e 
aptos a tomarem decisões, sem necessariamente ter que contar com os chefes. 
Constituía-se um elevado número de filiais de grandes empresas tanto no âmbito 
nacional quanto multinacional, o que requeria mão de obra qualificada para atuar no 
mercado. 
A partir daí, resultou-se a implantação do IDORT (Instituto de Organização Racional 
do Trabalho), fundado em São Paulo. O principal destaque para a implantação do 
IDORT era a sua principal atribuição de divulgar as técnicas da administração 
científica e clássica, visando à solução de problemas ligados à racionalização das 
empresas e à qualificação no desempenho gerencial dos profissionais. A 
divulgação dos teóricos científicos e clássicos, na década de 30, já passava a 
representar a forte tendência da concepção mecanicista no contexto organizacional 
brasileiro. 
Nicolini (2003) também ressalta a influência norte-americana no contexto da 
estruturação das organizações brasileiras. Conforme enfatizado anteriormente, o 
acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos foi a solução estratégica para os 
problemas da atuação gerencial no país. A partir de então, a administração passou 
a crescer cada vez mais no Brasil. 
Para Leal e Freitas (2005), a administração no Brasil surge no contexto após a 
segunda grande guerra, em resposta às demandas da sociedade (chamada de 
“nova ordem mundial”), a partir da necessidade de mão de obra qualificada que 
atendesse ao processo de industrialização, praticamente um século após o seu 
desenvolvimento nos EUA. A partir de então, a administração torna-se uma 
ferramenta imprescindível à sociedade e com o passar do tempo, sua tendência foi 
crescer em resposta à demanda. 
Este contexto de transformações exige do gestor a necessidade de aprender novas 
formas de executar o trabalho, adquirir novos conhecimentos e habilidades, além 
de operar máquinas cada vez mais modernas. As empresas se apresentam mais 
enxutas e requerem profissionais mais qualificados e competentes a partir de uma 
visão de trabalho mais versátil e generalista, um profissional criativo que consiga 
integrar conceitos de forma lógica e crítica. Até porque a supercompetitividade 
imposta pela globalização da economia não deixa espaço para o amadorismo. 
É válido considerar que o administrador deve atuar como agente transformador, 
adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos com o propósito de responder 
às demandas do mercado de trabalho, a partir da construção de uma concepção 
que vise promover novas relações produtivas e sociais. É a chamada visão de 
administrador, que é preparado para as empresas do futuro e não para as 
empresas do passado. Portanto, visão de profissionais que desconsiderem a 
concepção de racionalidade imutável e homogênea, para ressaltar a concepção de 
flexibilidade e adaptação aos fatos e meios. 
Mais quais seriam esses fatos e meios? De fato, como se apresenta o cenário 
organizacional brasileiro? 
Mesmo com a influência americana, é válido chamar à atenção para o fato de que é 
necessário se conhecer o contexto cultural de uma organização e adaptar as 
estratégias empresariais de acordo com a cultura local de cada país. 
O contexto econômico e político do país vem influenciando a atividade empresarial 
brasileira, e quanto a isso, não nos restam dúvidas. O que ocorre é que para o 
gestor sustentar o seu negócio, ele deverá estar preparado para lidar com uma 
elevada carga tributária, já que o Brasil é o país com maior percentual de PIB do 
mundo, e com custos de financiamento ainda muito altos, com taxas de juros que 
muitas vezes chegam a ser abusivas. Esse fato, inclusive, acaba reduzindo 
significativamente a abertura de novos negócios. O processo burocrático na gestão 
dos negócios muitas vezes leva os gestores a gastarem tempo com formalidadesdo que empreendendo esforços na administração do negócio em si. Esses três 
aspectos são os principais motivos do crescimento do negócio informal. 
Desta forma, o administrador brasileiro moderno deve seguir a lógica da tríade 
objetivos, recursos e decisões. Isso porque a administração vem se apresentando 
como um processo que, para se colocar em prática decisões, visando alcançar 
objetivos, faz-se imprescindível a utilização de recursos. Nessa lógica, começa-se a 
perceber que, para a concretização dessa tríade, somente a experiência técnica 
não será suficiente. 
Para que as organizações brasileiras ganhem destaque no mercado, os seus 
dirigentes deverão estar aptos para atuar como gestores empreendedores, com 
visão estratégica de futuro, na consolidação de seu próprio negócio, administrando, 
inclusive, variáveis políticas e econômicas. Desta forma, cabe não só se pensar em 
introduzir novos processos, mas preparar a força de trabalho para desempenhar 
com eficácia esses novos papéis. 
 
AULA 3 
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 
 
Com o passar dos anos, o administrador, em plena Era da Informação, deixou de 
ser um mero supervisor do trabalho das pessoas e da utilização de recursos 
organizacionais, com tarefas simples e limitadas, para ser um condutor de negócios 
e gestor de oportunidades e ameaças que constituem o entorno das organizações. 
Seu papel passou a ser multivariado e contingencial. 
Mas, de fato, quais seriam as funções do administrador? 
A primeira delas é planejar. 
Do ponto de vista organizacional, planejar significa pôr em prática as habilidades 
conceituais do gestor. Ou seja, definir as metas, os meios e recursos (financeiros, 
humanos, tecnológicos, materiais) para se alcançar os objetivos organizacionais. 
 
Será, portanto, a ação norteadora para todas as outras ações. Um bom gestor deve 
pensar com antecedência o que deseja alcançar e traçar planos e cronogramas 
para que possa acompanhar sua execução. É através do planejamento que a 
organização pode evitar o desperdício e apresentar maiores chances de se atingir 
os objetivos traçados. Até porque, se não utilizarmos o planejamento no presente, 
dificilmente conseguiremos implantar o que desejamos no futuro. Funciona assim 
também para a nossa vida pessoal. 
Se desejarmos ter uma prospecção financeira futura, será necessário fazer um 
planejamento de gastos e receitas para que se consiga o que se planejou. Para 
uma viagem, por exemplo, é necessário que se pesquise antes o lugar desejado, 
quanto será necessário de recurso, quem fará a viagem e qual o período mais 
apropriado para que a viagem aconteça. 
Quando se trata de uma organização, deve-se buscar ao máximo evitar os 
improvisos. Desta forma, planejar é decidir antecipadamente. Geralmente, nas 
empresas, os seus diretores se reúnem anualmente para discutir sobre seus 
projetos e como a equipe pode trabalhar para que sejam bem-sucedidos. Como 
você pode perceber, quando os objetivos são estabelecidos e as formas de 
alcançá-los traçadas, o administrador está planejando. Embora muitas vezes 
aquilo que se planejou leve anos e anos para que vire uma realidade. 
 
Aquele que não prevê os acontecimentos a longo prazo se expõe a infelicidades 
próximas. (Confúcio) 
Um plano deve conter objetivos, plano de ação, recursos, meios, mas ainda assim 
suas formas e conteúdo vão variar de uma empresa para outra. Por exemplo, em 
uma organização, o objetivo pode ser um resultado desejado como entrar em um 
novo segmento, acabar com a criminalidade; em outras, o objetivo pode ser a 
realização de um produto, como comprar um novo imóvel ou desenvolver uma nova 
marca para o negócio. 
Quando uma organização se prepara para competir no mercado, existe uma forte 
tendência de que o seu negócio dê certo. Com a falta de planejamento, existe 
grande probabilidade de que o desempenho organizacional não seja satisfatório. 
Podemos perceber isso através das pesquisas realizadas pelo SEBRAE. Ainda 
existe um percentual muito significativo de empresas que fecham suas portas antes 
de completarem cinco anos de existência. Um dos motivos que podem ser 
atribuídos a esse fato é a falta de planejamento. 
No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser 
envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das 
forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/
responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os 
planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. 
No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo 
mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. 
Durante décadas, o planejamento foi utilizado de forma desestruturada e 
fragmentada, sendo adotado apenas por poucas grandes empresas. Nos últimos 
trinta anos, o uso do planejamento passou a ser formal, sendo utilizado por todos 
os níveis da organização: estratégico, tático e operacional. 
Embora as empresas tenham o planejamento como exercício anual, revisando a 
missão, as principais metas e expectativas dos acionistas, é importante considerar 
que elas também devem desenvolver os planos de contingência para as situações 
inesperadas, como crises econômicas, catástrofes ambientais e desastres. 
Sobretudo, porque os gestores, de um modo geral, lidam com o futuro em um 
ambiente incerto e em constante mudança. 
Organizar é a segunda função administrativa. 
Uma organização é a coordenação racional das atividades de um certo número de 
pessoas, que desejam alcançar um objetivo comum e explícito, mediante a divisão 
das funções e do trabalho e por meio da hierarquização da autoridade e da 
responsabilidade. (SCHEIN apud LACOMBE; HEILBORN 2008). 
Envolve a atribuição de tarefas em departamentos e os recursos que serão 
alocados para esses departamentos atingirem os objetivos. Através da organização 
é que se define a estrutura e configuração da ação empresarial como um todo. De 
certa forma, é imprescindível que o gestor busque disponibilizar todos os recursos e 
competências que deverão ser utilizados para que se obtenha resultado e consiga 
executar o que foi planejado. 
Nesse sentido, a organização depende do planejamento. O planejamento define o 
que fazer e a organização de como fazer. Através dele, a empresa deverá reunir e 
integrar os seus recursos e competências, definir a estrutura, estabelecer a divisão 
do trabalho, ou seja, se configura no caminho que a empresa utiliza para pôr o 
planejamento em prática. Eis o grande desafio da função de organizar: alcançar a 
coerência entre todas as áreas de decisão. 
No sentido de proporcionar maior clareza ao processo da gestão como um todo, a 
empresa pode definir a função de organizar abrangendo quatro elementos: 
TAREFAS: representa a divisão do trabalho. 
 
PESSOAS: designação das pessoas para ocupação dos cargos. Nesse quesito é 
necessário um cuidado especial ao se designar uma pessoa para ocupar uma 
determinada tarefa. É importante se considerar as habilidades, aptidões, 
experiências de cada membro que compõe a organização. O gestor deve buscar a 
pessoa certa, na tarefa certa, e no tempo certo. 
 
ÓRGÃOS: configura-se no agrupamento de pessoas e tarefas, como exemplo dos 
departamentos ou unidades da organização. Essas pessoas se reúnem sob uma 
autoridade hierárquica única para exercer uma função ou um conjunto de funções. 
 
RELAÇÕES: representam as relações entre os órgãos que compõem a 
organização e entre parceiros externos à organização. 
A partir da definição desses quatro elementos, a empresa compõe o seu 
organograma, que nada mais é do que a representação visual da estrutura de uma 
organização. No organograma devem estar indicadas as tarefas departamental e 
lógica do seu ordenamento, ou seja, é a ilustraçãoda organização do trabalho das 
pessoas. 
Um dado curioso é que nem sempre o fato de uma empresa possuir organograma 
significa que ela é uma empresa bem organizada. Desta forma, cabe ao gestor 
definir alguns princípios na elaboração do seu organograma, a saber: 
simplicidade, ou seja, apresentar apenas os componentes fundamentais que 
auxiliarão no entendimento da estrutura organizacional. 
 
padronização, ou seja, estabelecer uniformidade e coerência. 
 
atualização, que nada mais é do que o retrato da realidade da organização em um 
dado momento. 
Assim sendo, cada vez que as circunstâncias o exigirem, o organograma deve ser 
atualizado. 
O organograma pode ser vertical, que é quando a estrutura está voltada para o 
controle vertical da organização; ou horizontal, voltado para a definição da divisão 
técnica do trabalho. O organograma vertical é o mais tradicional. As principais 
vantagens do organograma é que, através dele, é possível se analisar as 
deficiências da estrutura (lacunas, duplicações de cargos etc.); indicar aos 
funcionários como eles estão enquadrados no sistema em que atuam; além de 
proporcionar melhores condições de controle. 
Através do desenho da estrutura organizacional é que se decide o nível de 
centralização e descentralização. Quando a autoridade está concentrada em 
apenas uma pessoa, ou em poucas pessoas, a organização é centralizada. 
Nas organizações centralizadas, o poder de decisão está localizado próximo ao 
topo da organização. A principal vantagem é uma maior uniformidade e controle. 
Já nas organizações descentralizadas, as decisões são tomadas em níveis mais 
baixos. Desta forma, os ocupantes de determinados cargos transferem parte de 
suas atribuições para representantes de outros cargos. A principal vantagem é que 
ela estimula a autonomia e proporciona um melhor aproveitamento do potencial das 
pessoas. Uma empresa de sucesso que optou pelo modelo da descentralização é a 
Johnson & Johnson, que oportuniza uma total autoridade a todas as suas 
companhias operadoras. 
Quando os trabalhos são divididos de forma racional, o administrador está 
organizando. 
Após o planejamento e organização, a próxima função é a direção. 
E o que isto representa? 
Isto representa a estratégia do gestor de acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la 
funcionar. Desta forma, é através da direção que os objetivos devem ser 
alcançados por meio da atividade das pessoas que compõem a organização. É a 
função administrativa relacionada à interação entre os administradores e seus 
subordinados, ou seja, a função que coloca em prática as habilidades de motivar e 
liderar pessoas por parte dos gestores. 
Por envolver o gerenciamento de pessoas, dirigir constitui uma das funções 
administrativas mais complexas, sobretudo porque uma vez que se agrupam 
pessoas com objetivo e perspectiva individual, existe um grande desafio para se 
alinhar esse objetivo individual com os objetivos organizacionais. Nesse sentido, a 
função da direção envolve o contato direto e próximo com as pessoas, ajudando a 
guiá-las no caminho dos objetivos de equipe e organizacionais. 
Alguns aspectos estão mais ligados à direção, como: 
 
 
 
Assim, como você deve estar imaginando, a direção deve buscar criar um ambiente 
de trabalho cooperativo, manter um fluxo claro de comunicação, criar situações que 
possibilitem às pessoas aprender e crescer. 
Na função de direção, a comunicação representará a troca de pensamentos, a 
inter-relação por meio de palavras. Configura-se no processo de passar informação 
de uma pessoa para outra. No que tange à motivação, o gestor deve entendê-la 
como a ação que vai impulsionar um indivíduo a agir de determinada forma, quer 
seja provocado por um estímulo interno, quer seja por um estímulo externo. Eis um 
grande desafio, administrar desejos e necessidades diversas, dentro de um mesmo 
ambiente organizacional. Daí, a liderança passa a exercer também um papel 
extremamente importante na empresa. 
Através da liderança, o gestor desenvolverá técnicas para conduzir as pessoas, 
fazendo uso adequado de incentivos para obter motivação. Configura-se na 
capacidade de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito. Nessa 
perspectiva, a conduta do diretor deverá ser exemplo para todos os seus 
seguidores. Na função de direção, a liderança exerce um papel mais relevante. 
Desta forma, aquele que exerce função da direção deve ser visto como um agente 
transformador, adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos, com o 
propósito de responder às demandas do mercado. 
Observa-se que em um cenário marcado por constantes e aceleradas 
transformações em todos os aspectos, sobretudo no que se refere ao aumento da 
competitividade e necessidade de sobrevivência, as organizações, 
independentemente do seu tamanho, têm buscado monitorar tanto o seu ambiente 
externo quanto interno. Para tanto, dirigir significa adotar um perfil eficiente, que 
combine aspectos relacionados à execução das tarefas com aspectos relacionados 
ao lado emocional, visando equilibrar e orientar as relações de trabalho. 
Nesse sentido, o relacionamento interpessoal passa a refletir no desenvolvimento 
de uma organização, a partir da valorização cada vez maior dos recursos e talentos 
humanos, criando sinergia no ambiente organizacional. Essa sinergia se refere a 
tentar obter da equipe um resultado que seja maior do que o somatório das 
capacidades e habilidades individuais de seus membros. Para que exista sinergia, 
são necessárias a comunicação e troca de informações, o que só pode acontecer 
quando existe um relacionamento interpessoal — formal ou informal — de 
qualidade entre aqueles que fazem parte de uma organização. 
Existem dois estilos de direção: Teoria X e Teoria Y. 
Na Teoria X, é desenvolvido um estilo de direção voltado apenas aos 
objetivos empresariais, sem levar em consideração as aspirações individuais 
dos membros que compõem a organização. É considerada uma teoria 
ultrapassada, uma vez que tem uma forte tendência a levar as pessoas a 
fazerem exatamente o que a organização deseja, sem considerar as opiniões 
e objetivos individuais. Segundo Chiavenato (2007), o salário é a única 
motivação para essa teoria. 
Na Teoria Y, a direção desenvolve um estilo de gestão aberto, democrático, 
participativo e dinâmico. Nesse estilo de direção, percebe-se uma 
administração por objetivos que realçam a iniciativa individual, ou seja, existe 
uma preocupação com autodesenvolvimento das pessoas. O trabalho é 
encarado como uma atividade natural, as pessoas são criativas e 
competentes. 
Trata-se, portanto, de um estilo de direção pautado em ações inovadoras e 
humanistas. Na teoria Y, as decisões são descentralizadas e as responsabilidades 
delegadas, com maior significação do trabalho. 
Como você pode imaginar, o papel de direção passou por diversas transformações 
ao longo dos anos. A autoridade, que antes era exercida pelo chefe em uma 
relação de comando e controle, teve que ceder espaço a uma direção participativa 
direcionada para a motivação e liderança, com foco também nas pessoas. 
Por fim, após o planejamento, organização e direção, o gestor deve controlar. 
Vamos compreender melhor essa etapa. 
Através do controle, será possível mensurar e avaliar os resultados da ação 
empresarial e suas consequências. Ou seja, o seu principal papel é acompanhar a 
execução das atividades, tendo em vista os objetivos organizacionais. Desta forma, 
o controle se preocupa em manter a empresa em condições que permitam o 
funcionamento adequado em prol do cumprimento dos seus objetivos, de acordo 
com o que foi planejado. 
As organizações devem pensar no controle como uma forma de monitorar o 
progresso da empresa e implementar as mudanças necessárias para que ela 
cumpra a sua missão. Nesse sentido, no cotidiano das empresas, marcado por 
adversidades emudanças constantes, faz parte da premissa dos gestores buscar 
respostas para as questões do tipo: nossos resultados estão compatíveis com 
nossos objetivos? Nossas metas estão sendo atingidas? Nossa equipe está 
motivada e engajada na consecução das estratégias organizacionais? 
As corporações de sucesso empreendem esforços significativos no 
acompanhamento da qualidade de sua atuação. Desta forma, torna-se uma prática 
monitorar o desempenho das pessoas, fornecer feedback, identificar problemas e 
corrigi-los. 
Com o avanço da tecnologia da informação, as organizações estão utilizando a 
internet e outras tecnologias para coordenar e monitorar virtualmente o seu 
negócio, sobretudo porque a falta de um controle eficaz pode causar sérios 
problemas à organização e ameaçar o seu futuro. 
Em muitas organizações, existe uma resistência muito grande aos sistemas de 
controle. Essa resistência é atribuída ao fato de os sistemas abrangentes de 
controle fornecerem dados de desempenho dos funcionários, além de revelarem 
erros que causem instabilidade no emprego. 
Cabe ao gestor fazer com que o controle organizacional seja entendido como um 
processo sistemático de monitorar as atividades organizacionais tornando-as 
consistentes com os planos e metas traçados pelos acionistas da empresa. 
O controle, antes do processo, pode ser chamado de controle por adiantamento 
das informações. Como a própria classificação já sugere, esse tipo de controle 
busca identificar e definir os problemas antes de ocorrerem. É o que os bancos 
geralmente fazem. Antes de fornecer um empréstimo a um correntista, o gerente 
exige uma série de documentos e comprovações. 
“De acordo com Kaplan e Norton (1997), o BSC é um instrumento que mede o 
desempenho organizacional em quatro perspectivas (financeira, clientes, processos 
internos e aprendizagem/crescimento), permitindo que a organização acompanhe o 
desempenho financeiro, monitore e ajuste a estratégia.” Para saber mais sobre o 
Balanced Scorecard, leia as páginas 23-26, do livro Incrementando a Estratégia - 
Uma abordagem do balanced scorecard, disponível na Biblioteca Virtual. 
Quando o controle é realizado durante o processo, ele é chamado de controle 
simultâneo. Nesse tipo de controle, o foco está nos processos contínuos. Em 
contrapartida, quando o controle está focado nas saídas da organização, ou seja, 
após o processo, a organização está adotando o controle pelo feedback. Nesse 
controle, os problemas são resolvidos depois que eles acontecem. Exemplos: a 
análise de uma venda depois que ela acontece e as ligações pós-venda. 
Através do Balanced Scorecard, o gestor tem condições de fazer um 
monitoramento financeiro dos processos internos, dos clientes e do aprendizado e 
crescimento organizacional. 
Como você pôde perceber, o ciclo PDCA é muito utilizado como modelo para o 
planejamento. 
 
 
Vamos entender o que é PDCA... 
O ciclo PCDA é um método interativo de gestão baseado nas funções da 
administração: Planejar, Executar, Verificar e Agir. “Plan”, planejar; “Do”, fazer ou 
agir; “Check”, checar ou verificar; e “Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma 
corretiva. O PDCA se configura em um método utilizado para o controle eficaz das 
atividades de uma organização, sobretudo àquelas relacionadas às melhorias. 
Através dele, a empresa implementa ações de melhorias constantes nas áreas, 
auxiliando no processo de tomada de decisões administrativas. 
Visualize como exemplo a atuação de um empresário, dono de um restaurante 
localizado em uma capital brasileira. Suas atividades são focadas antes, durante e 
depois da prestação dos serviços. Antes, será necessário verificar as atividades de 
recepção, compra dos alimentos e bebidas, iluminação, segurança, garçons, 
cozinheiras, limpeza etc. O acompanhamento de como as cozinheiras preparam as 
comidas e como os garçons atendem os clientes podem ser entendidos como a 
função de controlar durante o processo. Ao final do dia, o acompanhamento de 
quantos pratos foram vendidos e a estatística de satisfação dos clientes em relação 
ao restaurante representam o controle depois do processo. 
É importante destacar que todas as quatro funções administrativas (Planejar, 
Organizar, Dirigir e Controlar) são interdependentes, mas interagem entre si de 
modo dinâmico. 
Em síntese, as funções do administrador são: 
 
 
 
 
 
No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser 
envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das 
forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a 
responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os 
planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. 
No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo 
mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. 
 
Agora vamos destacar as habilidades que um administrador deve 
desenvolver. 
 
Como visto, observe que, para pôr em prática o ciclo PDCA, o administrador deve 
ter habilidades técnicas para utilizar os conhecimentos, métodos e técnicas na 
realização de tarefas específicas. Se você é um engenheiro de uma determinada 
construção, a competência técnica está relacionada aos conhecimentos sobre 
engenharia e sobre o projeto de obra para o qual você foi contratado. Também 
como exemplo, você pode perceber como a habilidade característica de um 
contador, advogado, ou seja, aqueles que detêm um conhecimento especializado. 
Observe que é uma habilidade, geralmente adquirida por meio da experiência e 
treinamento profissional. O conhecimento técnico possibilita ao gestor reconhecer 
problemas, equacionar soluções e, ainda, introduzir modificações no processo 
produtivo. 
 
Habilidades humanas para trabalhar com pessoas, saber se comunicar, 
compreender as motivações das pessoas envolvidas no negócio e principalmente, 
desenvolver uma liderança eficaz. Podemos considerar também como competência 
interpessoal. Através da habilidade humana, o administrador tende a envolver o 
grupo, de modo que ele caminhe na direção dos objetivos organizacionais. Desta 
forma, um bom administrador deve buscar desenvolver a habilidade de lidar com 
pessoas. Até porque as pessoas são as organizações. 
 
E, por fim, habilidades conceituais para gerenciar ideias, definir a missão do 
negócio, estabelecer a visão de futuro e a estratégia organizacional. De certa 
forma, as habilidades conceituais abrangem todas as formas de raciocinar, de 
modo a saber agir diante de situações complexas e adversas. Através da habilidade 
conceitual, o administrador consegue visualizar a empresa como um todo. 
Todas essas habilidades vão variar de acordo com os níveis da administração. No 
nível estratégico (alta direção), em que são estabelecidos os objetivos e 
estratégias organizacionais, se percebe maior evidência das habilidades 
conceituais. No nível tático (gerência), se observa maior evidência das habilidades 
humanas; já no nível operacional (supervisão), se percebe basicamente as 
habilidades técnicas. Na medida em que os níveis hierárquicos são mais altos, a 
proporção da necessidade de cada uma dessas habilidades varia. 
É importante que você perceba que o será um bom gestor aquele que tiver 
conhecimento, habilidade e atitude. Para o conhecimento atribui-se visão ampla e 
articulada com as áreas de cognição; quanto às habilidades atribuem-se 
relacionamentos interpessoais, criatividade e inovação; quanto à atitude, fica o 
comportamento ético e o empreendedorismo. 
Desta forma, além de competências técnicas sólidas, o administrador deve ter 
competências conceituais e integradoras. Até porque o processo de gerenciar uma 
empresa está alinhado ao processo de gerenciar a mudança. O que, de certa 
forma, exige do administrador um perfil que seja capaz de enfrentaralterações 
rápidas e complexas, além de compreender a necessidade de se criar novos 
produtos e oferecer novos serviços. 
Vídeo da Unidade 
Para saber mais sobre organização e funções do administrador, assista agora ao 
vídeo da unidade Funções do administrador. 
Atividade 
Tratando-se do modelo de planejamento PDCA, relacione a coluna da direita com a 
coluna da esquerda. 
1. Planejar Mensurar e avaliar os resultados. Acompanhar a execução. 
2. Organizar Acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la funcionar. 
3. Controlar Definir a estrutura e configuração. 
4. Dirigir Definir as metas, os meios e recursos para se alcançar os 
objetivos organizacionais. 
 
https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413440
ENCERRAMENTO 
RESUMO DA UNIDADE 
Nesta unidade, você estudou alguns conceitos que permeiam a prática 
administrativa, bem como as principais funções da administração, além das 
competências e habilidades necessárias ao administrador do século XXI. 
Vamos resgatar e responder as questões norteadoras. Acompanhe comigo. 
1) Como o profissional deverá administrar uma organização? 
Você estudou que atualmente administrar não é, apenas, um ato de manipular 
coisas e gerenciar pessoas. Por tanto, o administrador deve ser capaz de aprender 
e empreender, contribuindo para o desenvolvimento individual e coletivo dentro de 
uma organização. 
Ele precisa adaptar-se às demandas atuais, tais como, os avanços 
tecnológicos e científicos, para que seja capaz de atender às demandas da 
sua área de atuação. 
 
2) Em que se configura a administração? 
A partir do que foi exposto, a concepção acerca da administração vem sendo 
aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo transformação, 
quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas pelo mercado, quer 
seja pela exigência dos membros que utilizam os bens ou serviços produzidos por 
essas empresas. 
3) Quais as principais funções e habilidades do Administrador? 
Dentre as suas funções, o administrador precisa saber planejar, organizar, dirigir e 
controlar. O administrador deve ter habilidades técnicas para utilizar os 
conhecimentos e métodos na realização de tarefas específicas, além de habilidades 
humanas para trabalhar com pessoas, saber se comunicar, compreender as 
motivações dos envolvidos no negócio, desenvolvendo uma liderança eficaz. E, por 
fim, habilidades conceituais para gerenciar ideias, definir missão do negócio, 
estabelecer a visão de futuro e a estratégia organizacional. 
 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e 
dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se 
encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio 
das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução 
da disciplina. 
Lembre-se: procure o professor-tutor no fórum "Fale com o tutor". 
 
UNIDADE 2 
CONHECENDO AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
1) Como o profissional deverá administrar uma Organização 
2) Qual o perfil do Administrador de uma organização? 
3) Quais são as áreas de atuação ou funções de uma organização? 
 
 Você já parou para pensar sobre as principais áreas que compõem uma 
organização? 
Nesta unidade, você vai conhecer as características de uma organização e como 
dela podem originar resultados satisfatórios para o negócio. 
Você verá como se processa a produção de uma empresa, as principais atribuições 
da área de marketing, como o gestor deve voltar a sua atenção para a área 
financeira, que é a principal responsável por assegurar a sustentabilidade 
econômica dos negócios, além de refletir acerca da importância do gerenciamento 
de pessoas na rotina da administração. 
Convidamos você a aprofundar seus conhecimentos e aprender um pouco mais 
sobre os assuntos aqui expostos. 
Bom estudo! 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Compreender a necessidade de uma gestão eficiente e eficaz, além de 
identificar as áreas de atuação de uma organização e suas principais 
características. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - Administração de uma Organização 
• Aula 2 - Funções Organizacionais: operações e marketing 
• Aula 3 - Funções Organizacionais: de pesquisa e desenvolvimento, da área 
de finanças e de recursos humanos 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
 
 
https://a9255-1339971.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339971/course%20files/unidade-2/RA/G_FGE_RA_U2.htm
AULA 1 
ADMINISTRAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO 
 
 
 
O termo organização é constituído por um grupo de pessoas que se juntam de 
forma organizada com o intuito de atingir interesses comuns. 
Este grupo de pessoas é responsável pela coordenação, pela condução, pelo 
gerenciamento de materiais, recursos financeiros; informações diversas; estrutura 
física; espaço e tempo. Seu principal objetivo é atingir interesses comuns que 
resultem em produtos e/ou serviços. 
Para que este grupo de pessoas possa conseguir atingir interesses comuns e 
resultar em produtos e/ou serviços, se faz necessário que a organização seja bem 
administrada, com capacidade de utilizar corretamente seus recursos e atingir seus 
objetivos. Assim sendo, visando otimizar os seus processos, a administração foi 
dividida em áreas como operações, marketing, pesquisa e desenvolvimento, 
finanças e recursos humanos, as quais discorrermos. 
Para que você possa perceber melhor essa inter-relação, apresentamos a figura a 
seguir, que demonstra de forma objetiva a conexão dos recursos necessários para 
o atingimento correto dos objetivos propostos pela organização. 
 
 
A partir dessa análise dos recursos versus serviços, observa-se que é a eficiência 
na gerência e uma boa administração da organização que farão com que as 
organizações, de maneira geral, sejam capazes de utilizar corretamente seus 
recursos e atingir seus objetivos. 
Segundo Maximiano (2004, p. 22): 
O desempenho das organizações é importante para clientes e usuários, 
funcionários, acionistas, fornecedores e para a comunidade em geral. Para atender 
a todas estas expectativas, as organizações precisam ser bem administradas. 
Você já percebeu que administrar é um processo pelo qual o administrador cria, 
mantém e opera uma organização, que é entendida como um grupo de duas ou 
mais pessoas que interagem em prol de um objetivo. 
Para atingir eficiência, a gestão da organização, seja ela do governo, privada ou do 
terceiro setor, faz-se necessário uma maior interação entre os níveis de uma 
organização. São eles: 
ESTRATÉGICO, no qual se encontram os diretores, a alta gestão 
responsável pela tomada de decisões. No nível estratégico, são definidos os 
objetivos e fins da organização. Ex.: Diretores de uma fábrica de automóveis. 
TÁTICO/INTERMEDIÁRIO, no qual se encontram os gerentes, os 
responsáveis pela execução das tarefas. Ex.: Gerentes de uma fábrica de 
automóveis. 
OPERACIONAL, no qual se têm o maior número de empregados. Chamamos 
de “chão de fábrica”, onde as tarefas são realizadas, executadas. Ex.: 
Operários de uma fábrica de automóveis. 
A partir da definição desses níveis é que surgem as áreas de uma organização, que 
também são denominadas de funções organizacionais. 
Atividade 
Em uma organização, o planejamento ocorre em três níveis: estratégico, tático e 
operacional. O estratégico é de longo prazo, tem maior impacto e refere-se àsdecisões da instituição. O tático é de médio prazo e busca resposta a questões 
imediatas. O operacional cuida da documentação escrita e da normalização dos 
processos. A partir dessas informações, julgue o próximo item. 
Ao final do ano, uma organização pensa em um plano de expansão com o qual irá 
aumentar o número de filiais, iniciando as operações no exterior. Em relação a esse 
projeto, podemos afirmar que está no nível estratégico. 
1. Certo 
2. Errado 
 
AULA 2 
FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS: OPERAÇÕES E MARKETING 
 
Vamos especificar, agora, cada uma das funções organizacionais. 
As áreas de atuação de uma organização também são conhecidas como funções 
organizacionais. São constituídas por áreas de atuação específicas de uma 
organização na consecução de um produto e/ou serviço pretendido. 
 
Segundo Maximiano (2004, p,22) “as funções organizacionais são tarefas 
especializadas que contribuem para a organização realizar seus objetivos”. 
Ao longo dos estudos, você vai perceber que existem várias funções da 
administração, estabelecidas pelos teóricos. Essa variação está atrelada ao nível 
de complexidade de cada organização. Neste capítulo, discorreremos sobre as 05 
(cinco) principais delas, que são consideradas as mais usuais. São elas: 
• Funções de Operações. 
• Funções de Marketing. 
• Funções de Pesquisa e Desenvolvimento. 
• Funções de Finanças. 
• Funções de Recursos Humanos. 
O papel da Administração Geral é constituído pelo conjunto de todas estas funções, 
conforme demonstrado no gráfico a seguir: 
 
 
FUNÇÕES DE PRODUÇÃO (OPERAÇÕES) 
 
 
Toda organização existe para produzir bens e/ou serviços para, em seguida, ofertar 
ao mercado de modo a satisfazer um desejo ou necessidade do consumidor. 
Partindo-se desse princípio, a área de produção/operações representa o cerne da 
empresa. 
As funções de produção são compreendidas pelo processo de geração; de 
operação; de transformação; de utilização de recursos diversos (humanos, 
materiais, financeiros, informação, espaço e tempo) de uma organização para gerar 
produtos e/ou serviços que serão ofertados às pessoas, clientes, usuários 
estabelecidos como seu público-alvo. Ou seja, é a área responsável por transformar 
insumos (matéria-prima) em produtos, sendo assim, é também conhecida como 
“funções produtivas”. 
 
Observe os exemplos: vidro ou acrílico são transformados em garrafas; plásticos 
são transformados em embalagens; pessoas são capacitadas, a partir de aulas que 
são ministradas por professores. 
De acordo com Bulgacov (2006), a partir da classificação dos sistemas de produção 
e de suas fases, se discute o planejamento, a programação e o controle da 
produção. 
É importante destacar que ... 
Produção e operações são partes integrantes de um mesmo sistema. Para facilitar 
sua compreensão, apresentamos como o exemplo a fabricação de automóveis. A 
fábrica vai cuidar da preparação e fabricação do automóvel que será disponibilizado 
para venda. Entretanto, só a fabricação não será suficiente. Será necessário 
também voltar a atenção para o serviço de assistência que será prestado ao 
consumidor e a manutenção dos automóveis após produzidos. Essa assistência é o 
que chamamos de operações. Como você pôde perceber, produção e operações 
fazem parte de um mesmo sistema. 
 
Dentro de uma organização, o objetivo da produção é fornecer bens ou serviços. 
Nesse sentido, é importante reforçar que: 
No fornecimento de bens, as matérias-primas são transformadas por meio do 
esforço de pessoas ou uso de máquinas. 
Ex.: fabricação de roupas; de alimentos; de imóveis; de máquinas; de automóveis 
etc. 
Na prestação de serviços, os processos são desenvolvidos junto aos clientes. 
Ex.: a qualificação de alunos na universidade, pelos diversos professores; a 
recuperação de pacientes nos hospitais pelo trabalho dos médicos etc. 
Configura-se na responsabilidade do gerente de produção ou gerente de 
operações, ou ainda, gerente administrativo para algumas organizações, 
implementar um processo produtivo, articulado com as demais áreas da 
administração e que esteja em consonância com os objetivos estratégicos traçados 
pelos diretores da empresa. 
Para isso, o gerente de produção deve ter como foco nas suas tarefas a 
determinação do local de produção, o cálculo do tamanho das instalações, o 
conhecimento das pessoas e suas habilidades, a projeção do produto/serviços que 
se pretende produzir, além do controle das matérias-primas do estoque. 
Existem 03 (três) tipos principais de processos produtivos. São eles: 
Produção em massa: consiste no fornecimento de produtos idênticos e em grande 
quantidade. Ou seja, o foco é no alto volume de produção e baixa variedade dos 
produtos. Representa o sistema de produção utilizado na linha de montagem, visto 
na indústria automobilística. Neste tipo de produção, observa-se uma utilização 
mais intensa da mão de obra e dos equipamentos, porém com pouca flexibilidade 
para mudanças. 
Ex.: veículos, cadeiras, mesas, aparelhos eletrônicos etc. 
Produção por processo contínuo: consiste no fornecimento ininterrupto de um 
único produto. Representa um fluxo contínuo de produção, com pouca variedade de 
produtos. 
Ex.: gasolina, serviços telefônicos, transmissão de programas de televisão. 
Produção unitária e em pequenos lotes: consiste no fornecimento de produtos 
sob encomenda. A produção é feita em lotes separados e a produção se inicia com 
o pedido, sendo as encomendas entregues após a produção. Para a produção em 
pequenos lotes, é recomendada para a fabricação de produtos repetidos em 
volumes baixos. 
Ex.: montagem de aviões, cortes de cabelos, revisão em automóveis, confecção de 
roupas sob medidas. 
 
OBSERVAÇÃO: 
i. Os sistemas de produção em massa são estáveis e padronizados, para que 
os produtos e serviços não apresentem variações. 
ii. Os processos contínuos funcionam como máquinas que trabalham 
ininterruptamente, para produzir sempre o mesmo produto. 
Para auxiliar o gerente de produção, na fabricação dos produtos e serviços, a 
administração da produção foi dividida em fases, que possibilita ao gestor desta 
área ter maior controle dos processos. São elas: 
Infraestrutura – é a localização da unidade produtiva, da mão de obra necessária 
para a produção e dos investimentos em equipamentos. É muito importante que o 
gestor dedique atenção a esta fase, pois um cálculo equivocado na infraestrutura 
pode comprometer todo o processo de produção, além de que planos de 
recuperação podem custar muito caro e requerem tempo, que muitas vezes o 
mercado não disponibiliza. 
Projetos de produção – esta seria a próxima fase, na qual deverá constar todo o 
projeto do produto (forma, embalagem, qualidade, quantidade). No projeto de 
produção, deverá constar a sequência das operações, duração e prioridades. Antes 
de produzir um produto novo no mercado, o gestor deve buscar fazer um projeto-
piloto, através de testes, para avaliar se o produto será bem aceito no mercado. 
Algumas instituições, por exemplo, adotam a política do endomarketing (marketing 
interno), que tem como objetivo convencer inicialmente o público interno, no caso, 
os próprios funcionários, das qualidades do produto. Somente após esse processo 
é que o produto é lançado no mercado. 
Planejamento da produção – trata-se da operação dos recursos materiais, 
humanos e financeiros, destinados à produção. Na fase do planejamento, são feitos 
os testes em relação ao produto, com o intuito de corrigir as possíveis falhas que 
tenham sido geradas no processo de produção, antes da apresentação do produto 
ao consumidor final. 
Processo da produção – nesta fase, será determinado o método a ser adotado na 
operação da organização. 
Arranjo do layout – configura-se na organização da área de trabalho, de 
armazenagem, além do fluxo de tarefas. O objetivo desta fase é otimizar o tempode trabalho e disponibilizar espaço físico adequado à realização dos trabalhos. A 
preocupação com o layout nas organizações tem sido cada vez mais evidente, 
sobretudo porque os gestores passaram a considerar que, oportunizando boas 
condições físicas de trabalho, o processo de produção tende a ser mais eficiente e 
eficaz. 
Gestão do estoque – essa é a fase que representa uma das principais atividades 
do gerente de operações. A gestão do estoque envolve o gerenciamento das 
matérias-primas e de como elas serão estocadas após a produção. É muito 
importante que haja um controle efetivo do estoque. 
Para tanto, o gestor deve fazer um estudo de mercado e estabelecer parâmetros de 
indiquem a previsão de demanda dos seus produtos, para que ele não falte no 
mercado. Hoje, as empresas já contam com sistemas informatizados de controle de 
estoque que permitem mais agilidade e segurança no acompanhamento do nível de 
estoque. 
Controle de produção – trata-se do controle dos custos de produção e controle de 
qualidade. Atualmente, os consumidores têm um nível de exigência muito mais 
elevado do que décadas atrás. Isso porque existem diversas opções de compras 
que acabam fazendo com que eles desistam do consumo de uma determinada 
marca, caso haja alguma falha, para consumirem um produto concorrente. É o 
chamado desapego às marcas, que tem impactado na fidelidade aos produtos. Daí 
a necessidade de os gestores estabelecerem o controle da produção e se 
preocuparem com a qualidade dos seus produtos e serviços. 
 
FUNÇÕES DE MARKETING 
 
As funções de marketing têm como propósito manter uma ligação direta entre a 
organização e seus clientes, consumidores, usuários e público-alvo. É vista como 
uma das ferramentas de análise de mercado mais úteis para o gestor. 
Em qualquer tipo de organização, seja ela do governo, do setor privado ou mesmo 
do terceiro setor, todas necessitam realizar atividades de Marketing. Seja para 
divulgar programas de governo em benefício da população; para ampliar a 
divulgação de ações realizadas por entidades sem fins lucrativos; ou mesmo para 
ampliar a área de divulgação dos produtos a serem ofertados para o consumidor 
final. 
As organizações que desejam se destacar e obter o sucesso do seu negócio devem 
manter um contato direto com seus consumidores e fornecedores, sem esquecer de 
acompanhar as ações dos seus concorrentes. Como você pode perceber, o estudo 
do ambiente em que a empresa opera (microambiente e macroambiente) será 
primordial para o trabalho das demais áreas. No estudo do ambiente, também 
conhecido como estudo de mercado, deve-se buscar respostas do tipo: quem 
constitui o mercado? O que o mercado compra? Quem participa da compra? Como 
o mercado compra? Com qual periodicidade o mercado compra? 
Dentre as funções da área do marketing está a de criar, comunicar e entregar valor 
aos clientes, de modo a satisfazer seus desejos e necessidades por meio do 
processo de troca, e superar expectativas, a ponto de o consumidor voltar a repetir 
a compra e propagar positivamente a imagem do seu negócio. 
De acordo com Maximiano (2011, p. 09), a função do marketing pode ser voltada 
para 05 (cinco) segmentos. É o chamado composto de marketing ou mix de 
marketing ou ainda 5Ps. O estudo dos 5Ps será de extrema relevância para que os 
produtos e serviços sejam produzidos de acordo com as expectativas do cliente. 
São eles: 
Pesquisa de mercado: neste segmento, o marketing procurar identificar os 
interesses, necessidades e tendências do mercado. O objetivo da pesquisa de 
mercado é conhecer e acompanhar as necessidades dos clientes. 
Ex.: Uma empresa deseja lançar um produto novo no mercado, ampliando o seu 
portfólio de vendas. Para identificar se o produto será bem aceito pelo consumidor, 
ela pode contratar uma agência especializada em pesquisa de mercado, ou ainda 
desenvolver sua própria pesquisa, visando identificar as probabilidades de o 
produto dar certo. Para isso, busca-se coletar dados desses potenciais clientes, que 
pode ser feito através de meios virtuais, físicos ou da própria entrevista. Essa 
estratégia foi adotada por Mamede Paes Mendonça, empresário de destaque da 
rede supermercadista do país. 
Origens de Marketing 
Marketing é uma palavra em inglês originada em “market”, que significa mercado. 
Na verdade essa palavra deriva do latim “mercare”, que definia o ato de 
comercializar produtos na antiga Roma. Enquanto tudo o que se produzia era 
vendido, ou melhor, era comprado, não havia a necessidade de um esforço 
adicional de vendas e, portanto, o marketing era desnecessário. Somente no século 
passado constatou-se a sua necessidade. O marketing foi criado nos Estados 
Unidos, coração do capitalismo, na década de 1940. Hoje é usada para designar o 
trabalho de planejar e executar ações voltadas para o mercado. (Fonte: Simone 
Bacellar Leal Ferreira – Apresentação em Slides). 
Desenvolvimento de Produtos: neste segmento, o marketing procurar criar 
produtos e serviços. Fornece também informações para o desenvolvimento de 
produtos em laboratórios e oficinas. Entende-se por produto tudo aquilo que é 
oferecido ao mercado para venda, podendo este ser um bem tangível (produto 
físico) ou intangível (serviços). Na oferta do produto, a área de marketing deve 
buscar definir como deve ser a rotulagem das embalagens, o desenho do produto, 
garantia, assistência técnica se for o caso, tudo conforme demandado e desejado 
pelo mercado. 
Para os profissionais de marketing, cabe destacar que os consumidores atuais 
buscam além do consumo do produto. Os consumidores buscam valor agregado. 
Desta forma, a empresa deve se preocupar com os benefícios que serão atribuídos 
aos produtos/serviços, a exemplo de conforto no momento da compra, bom 
atendimento, brindes, descontos, facilidade de pagamento, status em relação ao 
consumo da marca, a ponto do consumidor perceber que o valor pecuniário pago 
pelo produto, justifica tendo em vista os benefícios adquiridos, sempre visando 
ganhar frente ao concorrente. 
Preço: neste segmento, o marketing determina políticas comerciais e estratégicas 
de preço de mercado. Para o estabelecimento do preço, deverão ser avaliados, 
inicialmente, os custos com a fabricação do produto e o percentual de lucro que se 
deseja obter com a venda do produto. Além dos cursos e lucro, outras variáveis 
devem ser levadas em consideração, a exemplo do objetivo de preço (penetração 
de mercado, desova de estoque, investimento), preço dos concorrentes. 
Na medida em que o produto vai se firmando no mercado e passando pelas etapas 
do ciclo de vida do produto, os preços vão variando. Desta forma, é importante 
destacar que o preço do produto é mutável, podendo sofrer alteração em função do 
movimento dos concorrentes e variação dos custos de produção. 
Ex.: Os produtos que estão com período de validade próximo. Geralmente, a 
empresa responsável pela oferta do produto adota a política promocional para 
estimular o consumidor a comprar. Em mudança de estação, as lojas de vestuário, 
também adotam promoção, para findar o estoque das mercadorias da coleção 
anterior. Outro exemplo são os produtos quando são lançados no mercado; as 
empresas buscam adotar preços atrativos para que o consumidor sinta interesse 
em experimentar o produto, comprando ao menos uma unidade. 
Merchandising, significa todas as estratégias adotas pela empresa com o objetivo 
de destacar o produto no ponto de venda. Geralmente são representados pelos 
promotores de vendas, ações de degustação, arrumação do produto de forma 
diferenciada no ponto de venda (ex. ovos de chocolate, no período da Páscoa) 
Distribuição ou Praça: neste segmento, o marketing procurar desenvolver canais 
de distribuição e gestão de pontos de venda. Configura-se na preocupação desde a 
fabricação até a apresentação do produto ao consumidor, no ponto de venda. Nadistribuição é importante uma atenção especial para entrega do produto certo, no 
tempo certo e no local certo. 
As empresas podem optar por um canal de distribuição direto, sem intermediário, 
onde o consumidor adquire o produto diretamente no ponto de vendas (distribuição 
direta requer altos investimentos) ou ainda optar por um canal de distribuição 
indireto, quando existir intermediário na apresentação do produto ao consumidor 
final. 
Ex.: Lojas, vitrines, venda de porta em porta, venda pela internet. 
Promoção: neste segmento, o marketing se comunica com o público-alvo por meio 
de atividades. Representa a preocupação da área do marketing em promover a 
venda, ou seja, em criar estratégias que incentivem o consumo dos 
produtos/serviços. Geralmente são representadas pelas ações de publicidade, 
propaganda, promoção de vendas, relações públicas. 
Ex.: propaganda, publicidade e promoção nos pontos de vendas, merchandising. 
Em algumas organizações, de maneira geral, a atividade de “vendas” é construída 
como função separada do Marketing. (MAXIMIANO, 2011, p.09) 
É importante reforçar que existem outros segmentos que estão ligados à área do 
Marketing, mas, apesar de ser um campo recente, a área de Marketing avançou e 
consolidou um mix de funções integradas que têm norteado as ações estratégicas 
dos negócios. 
Atividade 
Em uma organização, de maneira geral, é responsabilidade do Gerente de 
Produção ou Gerente de Operações ou ainda Gerente Administrativo, para algumas 
organizações, implementar um processo produtivo, articulado com as demais áreas 
da administração e que esteja em consonância com os objetivos estratégicos 
traçados pelos diretores da empresa. 
Para isso, o gerente de produção deve ter como foco nas suas tarefas a 
determinação do local de produção, o cálculo do tamanho das instalações, o 
conhecimento das pessoas e suas habilidades, a projeção do produto/serviços que 
se pretende produzir, além do controle das matérias-primas do estoque. 
Existem 03 (três) tipos principais de processos produtivos. A respeito deles, marque 
a alternativa que contém estes 03 (três) elementos: 
1. Produção em massa; Produção por processo contínuo; e Produção unitária e 
em pequenos lotes. 
2. Produção esporádica; Produção por processo descontínuo; e Produção 
unitária e em pequenos lotes. 
3. Produção em massa; Produção por processo descontínuo; e Produção Global 
ou em pequenos intermediários. 
4. Produção em massa; Produção por processo contínuo; e Produção Global ou 
em pequenos intermediários. 
5. Produção em esporádica; Produção por processo contínuo; e Produção 
Global ou em pequenos intermediários. 
 
 
 
AULA 3 
FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS: DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, DA 
ÁREA DE FINANÇAS E DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
FUNÇÕES DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO 
 
As funções de pesquisa e desenvolvimento têm como propósito transformar as 
informações de marketing, as ideias originais e os avanços da ciência em produtos 
e serviços. 
As funções de pesquisa e desenvolvimento normalmente são resultantes de outras 
funções organizacionais a exemplo das funções operacionais e de marketing. 
 
FUNÇÕES DA ÁREA DE FINANÇAS 
 
As funções financeiras têm como propósito fazer com que as organizações saibam 
gerir de forma correta os recursos financeiros que são obtidos. Esta função 
estabelece orientações prudenciais para que as empresas consigam cumprir seus 
compromissos dentro dos prazos previamente estabelecidos. Representa a área 
responsável por assegurar um fluxo de caixa positivo e crescente às empresas. 
Com o advento da globalização, do avanço tecnológico, da comunicação em tempo 
real, de hábitos de mais voláteis, de certa forma acabam fazendo com que os 
consumidores fiquem mais seletivos e exigentes. Com isso, o gerenciamento das 
finanças nas empresas vem passando por mudanças significativas ao longo dos 
anos. Neste mesmo contexto, aliado ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil, 
que prevê para as micro e pequenas empresas altas cargas tributárias, taxas de 
juros elevadas, além da dificuldade de acesso às linhas de crédito, muitas dessas 
PMEs têm tido ciclo de vida mais curtos, encerrando suas atividades antes de 
completarem cinco anos de existência. Partindo-se desse princípio, torna-se 
evidente que as empresas devem desenvolver estratégias que assegurem um fluxo 
de caixa positivo e crescente. 
Como você pode perceber, o foco atual do gestor financeiro é que o investimento 
gere caixa. A visão de décadas passadas, de que o que importava para o 
proprietário era possuir um grande patrimônio, cedeu espaço para uma 
preocupação voltada para os fluxos de caixa futuros, ao valor do dinheiro no tempo, 
além da taxa interna de retorno. 
A função financeira de uma empresa tem como principal atribuição administrar os 
recursos financeiros com o propósito de maximizar a riqueza dos seus acionistas. 
Segundo Bulgacov (2006), para que esse propósito seja atingido, o responsável 
pela área financeira deve ter a compreensão de alguns conceitos básicos: 
Análise de custo benefício: Ocorre quando as decisões financeiras são 
tomadas quando os benefícios superam os custos. 
Regime de Competência: Ocorre quando a contabilidade reconhece as 
despesas e receitas, independentemente se ocorreram ou não entradas e 
saídas de caixa. 
Regime de Caixa: Ocorre quando as despesas e receitas são reconhecidas 
apenas quando ocorrem entrada e saída de dinheiro. 
Na medida em que o gestor financeiro passa a ter ciência desses conceitos 
básicos, as funções financeiras de curto e longo prazo passam a ser mais efetivas. 
As funções financeiras de curto prazo são também chamadas de gestão do capital 
de giro, e envolvem a administração do caixa dos créditos e cobranças, além dos 
financiamentos de curto prazo. Já as funções financeiras de longo prazo envolvem 
os recursos de financiamento e investimento. 
Segundo Maximiano (2004, p.25), a função financeira de uma organização tem por 
objetivo proteger e utilizar eficazmente os recursos financeiros. 
São características das funções financeiras: 
• Planejamento 
• Financiamento 
• Controle 
• Investimento 
A eficácia das funções financeiras está diretamente ligada à forma como os 
recursos financeiros são planejados, originados, controlados e destinados para as 
finalidades das entidades diversas. As funções financeiras abrangem decisões de: 
Planejamento: esta área procura prever as necessidades de recursos 
financeiros para o atendimento das finalidades de uma determinada 
empresa. 
Financiamento: esta área procura identificar várias alternativas de fontes de 
recursos financeiros, ou seja, possibilidades de obtenção de recursos. É 
importante definir a proporção adequada de capitais emprestados, além das 
diferentes combinações de recursos. Existe a possibilidade de que esse 
financiamento seja interno, quando a retenção dos caixas líquidos é gerada 
pelas operações da empresa. Por exemplo, quando o gestor financeiro quita 
todas as despesas da empresa e obtém algum saldo positivo após o 
pagamento das despesas. Neste caso, destacamos a política de dividendos, 
que definirá o percentual de lucros que caberá aos acionistas e o percentual 
de lucro que será reinvestido na própria empresa. Ou ainda, a possibilidade 
de que esse financiamento seja externo, quando os recursos são obtidos 
através de terceiros. Quando o caixa gerado internamente não é suficiente 
para o financiamento de novas oportunidades de investimento, os acionistas 
têm a possibilidade de recorrer a fundos de fontes externas, que podem ser 
provenientes de novos acionistas ou de terceiros. Para o financiamento 
externo, cabe chamar a atenção para a elevada taxa de juros, gerada pelos 
bancos ou financeiras, que pode levar ao insucesso do negócio, caso se 
acorde um financiamento que a empresa não tenha condições de arcar. 
Controle: estaárea procura acompanhar, controlar e gerir os recursos 
financeiros que são obtidos por uma organização, proporcionando, assim, 
que ela consiga utilizar corretamente esses recursos para suas respectivas 
finalidades. Desta forma, caberá à controladoria financeira, o planejamento 
econômico financeiro que visa assegurar o alcance dos objetivos traçados 
pelos proprietários. 
Investimento: esta área procura identificar alternativas para a correta 
aplicação dos recursos financeiros de uma organização. 
 
FUNÇÕES DE RECURSOS HUMANOS 
 
Diferentemente de como acontecia no passado, na qual a atenção dos gestores era 
voltada para a tecnologia do produto ou do processo, com economias de escala, os 
gestores passaram a entender que selecionar, formar e integrar grupos de trabalho 
engajados, que vestem a camisa da empresa e conhecedores de seus papeis, têm 
feito toda diferença na gestão organizacional. Desta forma, os administradores que 
desejam construir uma organização com vida longa, deverão dar prioridade ao 
desenvolvimento das pessoas. 
Todas as operações de negócios podem ser resumidas em três fatores: pessoas, 
produtos e lucros. As pessoas vêm em primeiro lugar. Se você não tiver uma boa 
equipe, não poderá fazer muito com o resto. (LEE IACOOCA). 
Uma empresa é uma entidade do meio social. É constituída de pessoas. O 
resultado de uma empresa depende muito mais do desempenho das pessoas do 
que da Excelência de seus desempenhos manuais ou estrutura da organização. 
Hélio Beltrão. (LACOMBE; HEILBORN, 2008). 
A função de Recursos Humanos, também conhecida como função de Gestão de 
Pessoas, ou ainda, função de Desenvolvimento Humano, é considerada como 
função de destaque na gestão organizacional. O seu principal papel é colocar a 
pessoa certa, no lugar certo, pelo tempo certo. Ou seja, seu propósito é identificar 
formas de descobrir, integrar e manter as pessoas que uma organização mais 
precisa. 
Esta área é uma das áreas mais importantes dentro de uma organização, visto que 
envolve pessoas, principais responsáveis pelo progresso ou regresso de uma 
empresa. E para uma organização conseguir obter um sucesso, ela precisa adotar 
alguns critérios seletivos que promovam uma maior qualidade no universo de seus 
profissionais. 
Estes critérios seletivos que uma organização precisa ter para garantir o sucesso 
nas suas atividades-fim estão relacionados a: 
Identificar os Recursos Humanos qualificados e comprometidos com as suas 
atribuições. 
Adaptar os profissionais à organização. 
Manter os profissionais comprometidos e satisfeitos com a organização. 
Ratificando esta informação, Maximiano (2004, p.25) diz que “a função de Recursos 
Humanos de uma organização tem por objetivo encontrar, atrair e manter as 
pessoas de que a organização necessita”. 
Para que uma organização consiga chegar ao sucesso pretendido, ela necessita 
passar por algumas etapas que vão desde o planejamento da entrada das pessoas 
em uma organização, à sua saída do emprego e até mesmo a sua recolocação no 
mercado de trabalho. São elas: 
Planejamento: esta etapa consiste em planejar a quantidade de pessoas que 
devem fazer parte de uma determinada organização, identificar as suas 
competências e estabelecer o perfil de cada uma delas, para poder assumir 
uma função. Ex.: Elaboração de edital para contração de pessoal etc. 
Recrutamento: esta etapa consiste em identificar, através de critérios 
preestabelecidos, pessoas do mercado de trabalho que possuam as 
habilidades necessárias para atender às responsabilidades que foram 
planejadas. Ou seja, é o processo de identificação e atração de candidatos 
qualificados para ocupar um cargo. Esse processo pode ser interno, quando o 
preenchimento da vaga é feito pelos próprios funcionários da organização, a 
exemplo de uma promoção, pela qual um colaborador da empresa irá exercer 
uma nova função. O recrutamento interno é recomendado quando se tem 
preocupação com custo, tempo e motivação, já que o recrutamento interno é 
favorável a esses aspectos. Ele pode ser feito através de transferência de 
pessoal, promoção, programas de desenvolvimento de pessoal ou plano de 
carreiras. Neste caso, em geral, se motiva todos os empregados, através da 
perspectiva de carreiras; ou pode ser externo, quando o recrutamento é feito 
considerando candidatos de fora da empresa. O recrutamento externo pode 
trazer novas experiências, conhecimentos e percepções do mercado, 
agregando valor ao negócio. 
As atividades de recrutamento devem ser estimulantes para os potenciais 
candidatos, no sentido que eles despertem o interesse em ingressar na 
organização. 
Mas como saber quem deve ser recrutado? O primeiro passo é definir o perfil 
desejado para o cargo e o que se espera do candidato, conhecer a cultura e 
os valores da empresa. 
Ex.: Processo de seleção de pessoal, divulgação das vagas, informações em 
quadros de aviso, apresentações ou indicações, agências de emprego, 
apresentações espontâneas, intercâmbio com outras empresas. 
Seleção: após as atividades de recrutamento, será necessário selecionar 
entre os candidatos interessados aquele que melhor apresenta as 
competência e habilidades requeridas pelo cargo e preenche a vaga. É 
importante que o profissional que irá selecionar o candidato conheça o perfil 
esperado pela empresa. Ex: Entrevistas, dinâmicas de grupo, testes, triagem 
preliminar de currículo, entrevistas com chefias futuras, exames médicos. 
Treinamento: A contratação não significa que a pessoa selecionada esteja 
apta a executar a função. Cabe à organização oferecer as condições 
necessárias para isso. Desta forma, esta etapa consiste em capacitar as 
pessoas que foram devidamente selecionadas, através de recrutamento e 
seleção, moldando-as para assumir, com mais competências, as 
responsabilidades dos cargos que lhes foram dados. Cabe destacar que, nas 
organizações bem administradas, o treinamento é usado continuamente tanto 
para proporcionar ao empregado novas habilitações, como para melhorar as 
que ele já possui. 
Ex.: Cursos de Capacitação em Gestão de Pessoas; Curso de Formação de 
Gerentes; Universidades Corporativas etc. 
Avaliação: esta etapa consiste em acompanhar, mediante critérios 
avaliativos, o desempenho das pessoas no desenvolvimento de suas 
competências dentro de uma organização. São essas informações que 
diagnosticam a necessidade de treinamento e realocações. O sistema de 
avaliação deve ser confiável e válido; relacionado ao trabalho realizado pelo 
empregado, padronizado e prático. Ex.: Feedback; Avaliação Bimestral de 
Desempenho; Cumprimento de Metas; Avaliação 360° etc. 
Remuneração: esta etapa é representada pela recompensa dada às pessoas 
pelo desenvolvimento de suas atividades dentro de uma organização. Ex.: 
Salários; Gratificações; Premiações etc. 
Higiene, saúde e segurança: A preocupação com a qualidade de vida no 
trabalho tem sido muito frequente nas organizações. Esta etapa é 
representada por uma forma de proteção dada às pessoas que atuam dentro 
de uma organização para quando necessitarem. Esta proteção está 
relacionada à higiene, à saúde e à segurança de maneira geral. A 
responsabilidade desta proteção é dada às pessoas que atuam na empresa e 
poderá ser ampliada também aos seus familiares. Ex.: Plano de Saúde; 
Plano Odontológico; Seguro de Bens Móveis etc. 
Administração de Pessoal: esta etapa é representada pelas atividades 
meramente administrativas que envolvem as pessoas dentro de uma 
organização. Atividades de natureza burocrática. Ex.: Registro de Pessoal; 
manutenção de Prontuários; Preparação de Folha de Pagamento etc. 
Funções pós emprego: esta etapa é representada pelos benefícios que são 
dados exclusivamente para os ex-funcionários. Uma forma de recolocação ao 
mercado. Ex.: Aposentadorias etc. 
Para saber mais sobre as funções organizacionais, assista agora ao vídeo daunidade, Conhecendo as áreas de atuação de uma organização. 
Como você pôde perceber, para que a atuação da gestão de pessoas seja efetiva, 
será necessário que o gestor possua uma visão global do negócio, uma vez que ela 
é formada por pessoas em toda sua extensão. Para tanto, deve-se buscar sempre 
se atualizar, desenvolver práticas de liderança de pessoas que tragam resultados 
positivos para as empresas, além de transformar o seu trabalho num processo 
contínuo de aprendizagem, com possibilidades de auto-desenvolvimento e 
desenvolvimento das suas equipes de trabalho. 
Enfim, as funções organizacionais são as tarefas especializadas desenvolvidas por 
pessoas ou grupos, com o propósito de possibilitar que a organização alcance seus 
objetivos. 
Atividade 
A função da área financeira é estabelecer orientações prudenciais para que as 
empresas consigam cumprir seus compromissos dentro dos prazos previamente 
estabelecidos. Representa a área responsável por assegurar um fluxo de caixa 
positivo e crescente às empresas. A respeito do setor financeiro, é correto afirmar: 
https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413443
1. No que tange ao fluxo de caixa, as PMEs têm tido um ciclo de vida cada vez 
mais longo, ultrapassando os cinco anos de existência. 
2. Para ter sucesso nos negócios, o foco atual do gestor financeiro é que o 
investimento gere caixa. Desta forma, ele deve ter uma visão voltada para a 
construção de um grande patrimônio. 
3. As funções financeiras de curto prazo são também chamadas de gestão do 
Capital de Giro, que envolve a administração do caixa dos créditos e 
cobranças, além dos financiamentos de curto prazo. Já as funções financeiras 
de longo prazo envolvem os recursos de financiamento e investimento. 
4. No que tange às decisões de financiamento, esta área procura prever as 
necessidades de recursos financeiros para o atendimento das finalidades 
de uma determinada empresa. 
5. Em relação ao controle financeiro, esta área procura identificar alternativas 
para a correta aplicação dos recursos financeiros de uma organização. 
 
 
ENCERRAMENTO 
1) Como o profissional deverá administrar uma Organização? Você estudou que 
administrar é um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma 
organização e, para atingir eficiência, faz-se necessário que ele integre os níveis da 
organização, a saber: estratégico, tático/intermediário e operacional. 
2) Qual o perfil do Administrador de uma organização? O administrador precisa 
desenvolver um perfil proativo, ficando atento ao perfil do funcionário que quer 
contratar. 
3) Quais são as áreas de atuação ou funções de uma organização? Nesta unidade, 
você estudou que as funções organizacionais são de pesquisa e desenvolvimento, 
financeira e de recursos humanos. As funções de pesquisa e desenvolvimento são 
resultantes de outras funções organizacionais a exemplo das funções operacionais 
e de marketing. As funções financeiras têm a finalidade de fazer com que as 
organizações possam gerir os recursos financeiros adquiridos. A função de 
recursos humanos tem como objetivo identificar formas de descobrir, integrar e 
manter as pessoas que uma organização mais precisa. 
E, para encerrar, foi exposto que uma seleção envolve os seguintes processos, a 
saber: 
 
UNIDADE 3 
ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
1) Como deve ser a estrutura de uma organização? 
2) Quais os fatores que influenciam na definição da estrutura organizacional? 
3) Quais os processos organizacionais que perpassam pela empresa? 
 
 Toda organização existe para produzir produtos/serviços para serem 
ofertados ao mercado. Desta forma, basicamente, todas elas vão desenvolver 
atividades muito próximas, mesmo em se tratando da oferta de produtos e serviços 
diferentes: cuidar da produção, da fabricação, da comunicação com o mercado, das 
finanças, do gerenciamento das pessoas. São as chamadas funções 
organizacionais. 
Mas qual a relação das funções organizacionais com as estruturas 
organizacionais? 
Vamos estudar, nesta unidade, os aspectos que envolvem as estruturas e as 
funções organizacionais. 
Boa leitura! 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Compreender os processos organizacionais que perpassam pelas empresas 
tradicionais e contemporâneas, bem como a diferenciação da estrutura 
organizacional. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - Pessoas, organização funcional e territorial 
• Aula 2 - Organizações por produtos, cliente, divisionais e projetos 
• Aula 3 - Processos organizacionais 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
https://a9255-1340862.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1340862/course%20files/unidade-3/RA/G_FGE_RA_U3.htm
AULA 1 
PESSOAS, ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL E TERRITORIAL 
 
Você já deve ter percebido que o desempenho das funções depende da estrutura, e 
essa estrutura, assim como a forma de dividir o trabalho, vai mudar de empresa 
para empresa. 
 
Como exemplo, citamos a empresa A, que produz materiais de limpeza, e a 
empresa B, que também produz material de limpeza. As empresas A e B são 
concorrentes e, tanto a A quanto a B, ofertam ao mercado produtos similares, por 
isso concorrem entre si. Porém, as duas, mesmo ofertando produtos similares, 
apresentam estruturas e estilos de gestão diferentes. Desta forma, é importante 
destacar que a estrutura organizacional é influenciada pelo modelo de gestão 
adotado pela organização. 
Cada uma delas deve possuir unidades de trabalho, que também são conhecidas 
como departamentos. É muito comum que cada departamento fique responsável 
por uma função organizacional. E é exatamente essa departamentalização, que 
estamos nos referindo como unidades de negócios, que dá consistência aos 
organogramas organizacionais. 
Para que o gestor possa definir o seu critério de departamentalização, ele deve 
considerar alguns aspectos. Dentre eles, destacamos: 
Pessoas: A atribuição de responsabilidade para as pessoas representa a 
tarefa menos complexa no que tange a definição da estrutura organizacional. 
Nesse tipo de estrutura, não há formalização na descrição dos cargos e sim 
das tarefas, ou seja, todos os funcionários fazem de tudo um pouco. Nessa 
estrutura existe um contratempo que você já deve estar imaginando qual é: 
como não há definição dos cargos, quando um funcionário é deslocado para 
outra área, as tarefas são redistribuídas, o que pode acabar gerando um 
acúmulo de função e, por consequência, um aumento na insatisfação no 
quadro dos funcionários. A estrutura baseada em pessoas não é indicada 
para empresas de médio e grande porte, visto que nessas empresas a 
definição dos cargos e funções deve estar muito bem definida para que se 
possa ter um controle maior e mais efetivo, e para que os resultados 
esperados pelos gerentes das áreas possam ser atendidos. 
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: Já o critério de departamentalização baseado 
em organização funcional pode ser aplicado tanto na pequena empresa 
quanto na grande empresa. Na estrutura funcional, as responsabilidades de 
trabalho são atribuídas às funções organizacionais; ou seja, o setor de 
produção representará uma unidade de negócio e terá as suas 
responsabilidades atribuídas. Da mesma forma, as funções de marketing, 
finanças, pesquisa e desenvolvimento, e gestão de pessoas. São as 
estruturas organizacionais departamentalizadas pelo critério funcional. 
É um critério que é utilizado pelos diversos níveis hierárquicosda empresa. Por 
exemplo: o primeiro nível, representado pelo administrador, irá administrar todo o 
conjunto das funções organizacionais. Já nos departamentos, os gestores das 
áreas irão administrar as suas equipes. Esse é, inclusive, um estilo de estrutura 
organizacional muito comum nas empresas, sobretudo porque pode ser utilizado 
em diversas situações. 
 
Observe através do exemplo que... 
a sua implantação pode ser feita tanto para empresas de pequeno porte, e que 
estão iniciando no mercado, quanto por grandes empresas que possuem pequena 
variação de portfólio (mix) de produtos. Mesmo sendo de grande porte, essas 
empresas têm o seu processo de distribuição concentrado em apenas um canal 
(exemplo: empresas que só vendem os produtos através da internet, outras que só 
vendem de porta em porta, ou ainda, outras que só vendem no ponto de venda 
fixo); ou quando suas operações estão concentradas em uma mesma área 
geográfica. 
Desta forma, uma das principais características das estruturas funcionais é que elas 
possuem um único centro de resultado, ou seja, o lucro ou prejuízo será avaliado 
para a empresa como um todo e não apenas das unidades operacionais. Esta é 
uma forma que acaba motivando toda empresa no cumprimento da meta 
estabelecida pelos acionistas do negócio. Assim sendo, se a equipe comercial não 
bate a meta das vendas, a equipe de produção também não baterá e assim vai 
gerando impacto em toda empresa. 
Na estrutura funcional, nem sempre haverá um departamento para cada função. O 
que vai determinar esse fato é a necessidade de cada negócio. Um sócio-
presidente pode também acumular a função de diretor de vendas. Ou ainda, 
quando um diretor for demitido, outro diretor pode acumular a função até que um 
novo diretor seja contratado. 
Existem casos em que a estrutura funcional da empresa exige a criação de uma 
nova diretoria. Acompanhe os exemplos: uma empresa que possui um número 
muito grande de colaboradores, precisa implantar a Diretoria de Gestão de Pessoas 
para administrar o volume grande de admissão, demissão, treinamento e 
desenvolvimento desses colaboradores. Desta forma, o seu organograma será 
composto de mais uma função organizacional. Já uma outra empresa que possua 
um foco voltado para a tecnologia, pode definir na sua estrutura a Diretoria de 
Tecnologia; uma outra que possua um foco muito grande na comercial, pode criar 
na sua estrutura a Diretoria de Marketing e Vendas. 
A estrutura funcional é mais indicada quando a empresa possui um ambiente 
externo estável. O ambiente externo apresenta as variáveis incontroláveis ao 
negócio, a exemplo de: aspectos ambientais, econômicos, políticos, sociais. E 
quando essas variáveis, apesar de serem incontroláveis, impactam pouco no 
negócio, o gerenciamento da estrutura funcional é facilitado. 
É importante chamar à atenção para o fato de que as estruturas funcionais podem 
variar de empresa para empresa e elas podem ter as funções se desdobrando em 
subfunções, que por sua vez, também podem sofrer novos desdobramentos. Neste 
caso, mesmo com os desdobramentos, o administrador principal tem controle sobre 
a organização, no que tange ao cumprimento da missão organizacional. Além 
disso, as tarefas são distintas e bem definidas. 
Dentre as vantagens da estrutura funcional destacamos: 
Favorece a especialização profissional: as organizações funcionais tendem a 
favorecer o desenvolvimento da competência técnica, uma vez que as funções são 
definidas e os grupos podem se concentrar apenas nas suas atividades, o que 
acaba melhorando a produtividade, além de revelar os melhores especialistas. Na 
departamentalização funcional, os profissionais da mesma especialidade ficam 
concentrados na mesma unidade de negócio/departamento. A grande vantagem é 
que existe boa produtividade, além de um trabalho eficiente feito por bons 
especialistas. 
Possibilita um melhor controle dentro da função: os procedimentos e técnicas 
tendem a ser padronizados e uniformes. O comando da área funcional fica por 
conta do diretor da função. 
Favorece a redução dos custos: a redução dos custos é proveniente da 
especialização dos funcionários da área e da alta produtividade gerada pela 
especialização. 
Possibilita melhor centralização: facilita o destaque da liderança da chefia principal, 
tendo em vista que os executivos das funções organizacionais são especialistas e 
cuidam das suas atribuições específicas. 
 
Mesmo com as vantagens apresentadas, cabe do gestor uma reflexão sobre a 
implantação da estrutura funcional, visto que ela também apresenta desvantagens, 
as quais destacamos a seguir: 
 
• Dificuldade de descentralização das ações: na estrutura funcional, a ação de 
uma área específica impacta na outra, ou seja, se a área de vendas vai muito 
bem, o setor de produção será afetado da mesma forma que o setor 
financeiro e setor de pessoal, que precisará de mais funcionários para atender 
a demanda do comercial. Neste exemplo específico, na estrutura funcional, as 
decisões são tomadas pelo alto escalão da empresa, o que acaba dificultando 
os fluxos de trabalho e a comunicação. Além disso, quando a empresa vai 
aproveitando as oportunidades de mercado e crescendo, as decisões 
tomadas apenas no topo tendem a atrasar todo processo; 
• Falta de visão sistêmica do administrador principal: os administradores são 
dedicados às suas especialidades e não possuem visão sistêmica da 
organização. O que acaba requerendo treinamentos especializados e rodízios 
de funções. 
• Dificuldade na avaliação dos resultados de cada unidade: na estrutura 
funcional, não é possível comparar o desempenho de cada função 
isoladamente, bem como também não é possível apurar o resultado financeiro 
de cada função. O controle é feito através de índices de padrões de 
desempenho e estabelecimento de metas. 
As desvantagens da estrutura funcional geram impactos muito mais expressivos 
nas empresas de médio e grande porte, ao contrário das pequenas empresas onde 
muitas vezes essas desvantagens passam despercebidas ou não existem. 
Mas, se existem desvantagens, quando a estrutura funcional deve ser a opção da 
empresa? 
 
É bem simples. A estrutura funcional deve ser escolhida quando as vantagens 
superam as desvantagens. Geralmente essas vantagens são mais evidentes 
quando a empresa é pequena e está iniciando suas atividades, isto é, quando sua 
estrutura é mais simples. Na medida em que a empresa vai crescendo, e sua 
estrutura passa a ser mais complexa, quando passa a existir diversificação dos 
produtos e das tecnologias, cabe uma análise acerca da necessidade de mudança 
da departamentalização funcional. 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL – é utilizado quando se usa o critério geográfico 
de departamentalização, por isso é também chamado de critério geográfico. Este é 
um tipo de estrutura escolhido quando a organização atua em locais diferentes e 
necessitam de autonomia para o desenvolvimento da gestão. 
É também utilizado no primeiro nível hierárquico, quando há muita dispersão 
geográfica nas suas atividades. Como exemplo você pode pensar nas 
multinacionais, onde cada território acaba gerando uma empresa distinta. 
Dentre as principais características do modelo territorial, destacamos: o controle de 
cada unidade regional é da administração central; os funcionários de cada região 
são especialistas nas suas unidades territoriais; os treinamentos da mão de obra 
seguem as características da cultura regional; podem gerar disfunções, caso haja 
crescimento. 
 
Veja a seguir um exemplo de estrutura territorial: 
 
 
 
Atividade 
A expressão a seguir traduz um conceito de uma terminologia relacionada nas 
alternativas. Identifique qual alternativa correta corresponde ao respectivo conceito. 
“Significa fazer a coisa bem feita, ou seja, fazer aquilo que está sendo feito da 
melhor forma possível.” 
1. Isonomia.2. Eficácia. 
3. Eficiência. 
4. Economicidade. 
5. Perfeição. 
 
AULA 2 
ORGANIZAÇÕES POR PRODUTOS, CLIENTE, DIVISIONAIS E PROJETOS 
Nesta aula, convidamos você a mergulhar um pouco mais no universo da 
administração, entendendo as estruturas das organizações. Iniciamos com a 
organização por produtos. 
ORGANIZAÇÕES POR PRODUTOS – é aplicada quando a empresa trabalha 
com um portfólio de produtos muito variado e quando esses produtos 
apresentam diferenças significativas e justificam uma administração individual. 
Cada unidade de trabalho vai administrar um grupo de operações relativo ao 
produto. Geralmente é utilizado em empresas industriais, que necessitam 
padronizar e organizar seu sistema de produção. É um tipo de estrutura muito 
comum nas concessionárias de veículos, quando o consumidor encontra um 
setor de veículos usados, que conta com seu grupo de vendedores 
específicos, e um setor de veículos novos, que também tem seu grupo de 
vendedores também específicos. 
Dentre as principais características da estrutura por produto, destacamos: o 
planejamento, a fabricação e a distribuição são específicas para os diversos 
produtos e serviços, o que acaba gerando uma preocupação com o 
aprimoramento e inovação; há uma concentração de esforços voltada para as 
necessidades específicas que são atendidas pelos produtos e, neste caso, o 
maior beneficiado é o cliente que tem seu desejo atendido. 
ORGANIZAÇÃO POR CLIENTE: é a estrutura utilizada quando a empresa 
atende a diversos clientes, com necessidades muito distintas e específicas. O 
foco principal é a satisfação do cliente, com a intenção em favorecer o 
processo de repetição de compra por parte do cliente. É um tipo de estrutura 
muito comum em lojas de departamentos, agências de propaganda, bancos 
que possuem contas especiais etc. A estrutura por cliente geralmente é 
aplicada quando a empresa atende a uma carteira de clientes que exigem um 
tratamento muito especializado e diferenciado. O que pode ser justificado pelo 
volume de compras do cliente, nível de fidelidade, características especiais do 
produto. 
Dentre as características da estrutura por clientes, destacamos: interesse em 
entender a necessidade dos clientes e melhor forma de atendê-los; há uma 
maior clareza na responsabilidade em relação ao atendimento ao cliente; a 
avaliação de desempenho é mais clara 
ESTRUTURAS DIVISIONAIS: É um modelo de estrutura funcional, 
organizado em divisões autônomas, chamadas de unidades de negócios, e 
atuam com certa independência. 
Divisionalização é definida por Lacombe e Heilborn (2008 p. 393) como 
“separação de uma organização com estrutura funcional em divisões 
autônomas, denominadas centro de resultados, que passam a operar com 
relativa independência”. 
Na estrutura divisional, as funções organizacionais operam como se fossem 
empresas semi-independentes. Desta forma, você deve entender como 
estrutura divisional a departamentalização no primeiro nível, feita por área 
geográfica ou produto, ou ainda por carteira de clientes, tendo o seu primeiro 
nível atuando com autonomia. Por exemplo, é como se uma multinacional 
fosse dividida em algumas empresas menores. Neste caso, as unidades 
divisionais serão cobradas pelos resultados da empresa, sendo que, nessas 
unidades, os responsáveis pelas áreas se reportarão ao principal executivo da 
divisão. 
ESTRUTURA POR PROJETOS: nesta estrutura, apresentaremos três tipos 
principais, mais comuns nas empresas, são eles: projetos funcionais; projetos 
autônomos e estruturas matriciais. 
Os projetos funcionais acontecem dentro de uma mesma área funcional e o 
gestor desta área é responsável pelo resultado do projeto. Por exemplo, um 
projeto de capacitação dentro da área de vendas. Já nos projetos autônomos, 
as equipes são concentradas nos objetivos do projeto. Logo, será designado 
um gerente de projeto e pessoas são escolhidas para tratarem 
especificamente deste projeto no qual foram inseridas. Desta forma, o projeto 
autônomo será indicado para grandes empreendimentos, como construtoras 
do ramo civil e naval. 
Já a ESTRUTURA MATRICIAL é indicada quando o projeto requer uma 
equipe multidisciplinar designada para a sua elaboração e execução. É 
composta por funcionários temporários das áreas funcionais que, embora 
sejam emprestados ao projeto, continuam fazendo as suas funções 
normalmente. Neste tipo de projeto, o tempo é limitado à duração do contrato. 
Dentre as vantagens da estrutura matricial, destacamos: 
• Máximo aproveitamento do pessoal. 
• Flexibilidade para aumento e redução do quadro. 
• Facilidade de apuração do resultado. 
• Maior possibilidade de controle. 
• Maior oportunidade para equipe técnica se destacar. 
Em relação às desvantagens da estrutura matricial, destacamos: 
• Menor lealdade à instituição. 
• O aprimoramento teórico dos técnicos tende a ficar em segundo plano. 
• Tendência de conflitos de autoridade entre os gerentes do projeto. 
É importante que o gestor analise as vantagens e limitações da implantação 
da estrutura matricial, sobretudo no que tange a custos e benefícios. Veja os 
exemplos que justificam a estrutura matricial: 
• Projetos de grande magnitude, como a mudança de um sistema produtivo, 
ou abertura de uma nova unidade de negócio, partindo de um novo 
segmento. 
• Projetos interdisciplinares, como a construção de um prédio ou a 
montagem de um filme. 
• A estrutura matricial pode ser utilizada na organização como um todo, ou 
em parte dela. Por isso, é importante definir as funções que darão apoio ao 
projeto, estabelecer a estrutura de cada centro e a descrição das funções 
da administração central. 
Como você pôde perceber, a definição da estrutura organizacional está associada à 
definição dos objetivos da instituição e o que será necessário para que esses 
objetivos sejam alcançados. 
Para saber mais sobre as estruturas das organizações, assista agora ao vídeo da 
unidade, Tratamento contábil das operações nas seguradoras. 
Atividade 
Após o estudo do roteiro desta aula e com os conhecimentos observados na 
videoaula, em relação às estruturas organizacionais, relacione a coluna da direita 
com a coluna da esquerda. 
1. Organização Territorial. 
2. Organizações por Produtos. 
3. Organização por Cliente. 
4. Estruturas Divisionais. 
• É aplicado quando a empresa trabalha com um portfólio de produtos 
muito variado e quando esses produtos apresentam diferenças significativas e 
justificam uma administração individual. 
• É utilizado quando se usa o critério geográfico de departamentalização, 
por isso é também chamado de critério geográfico. 
• É um modelo de estrutura funcional, organizado em divisões autônomas, 
chamados de unidades de negócios, atuam com certa independência. 
• É a estrutura utilizada quando a empresa atende a diversos clientes, com 
necessidades muito distintas e específicas. 
 
https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413444
AULA 3 
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS 
 
Nesta etapa, descreveremos alguns processos organizacionais que muitas vezes 
são utilizados pelas organizações. São eles: 
 
Centralização e descentralização 
 
Centralização, como o próprio nome já sugere, se configura na reserva de 
autoridade em pontos centrais da organização, ou seja, boa parte das decisões não 
é tomada por quem executa as tarefas e sim por quem ocupa um cargo mais alto 
na organização. Na organização centralizada, a autoridade está concentrada em 
uma pessoa ou um grupo pequeno de pessoas. 
 
É muito comum visualizarmos a centralização nas pequenas empresas, que não 
podem manter uma grande estrutura e quando se busca facilitar a liderança 
pessoal; quando o foco é aumentar a integração, caso as áreas estejam seguindo 
rumos diferentes; além de quando se pretende otimizar os recursos escassos. 
Outro fato que cabe chamar a atenção acerca da necessidadede centralização é 
quando os recursos são escassos, tendo em vista a necessidade de racioná-los, o 
que acaba requerendo a centralização das decisões. 
 
Ao contrário, na descentralização, o poder de decisão é distribuído. Neste caso, as 
decisões relativas ao trabalho são tomadas por quem o executa. A autoridade é 
descentralizada por meio da delegação. Tanto a centralização quanto a 
descentralização serão adotadas pela organização, de acordo com a sua 
complexidade, tamanho, variedade de produtos, além da tecnologia empregada. 
 
As principais vantagens da descentralização são: maior fluidez nos processos; não 
sobrecarregar a alta direção com decisões de baixo impacto; maior agilidade na 
resolução de problemas específicos, além de estimular a motivação do tomador de 
decisão, uma vez que ele passa a ter iniciativa e senso de responsabilidade. 
 
A descentralização tende a gerar maior agilidade nas tomadas de decisões, 
entretanto as organizações descentralizadas podem correr o risco de que as 
decisões sejam tomadas de forma equivocada, uma vez que o tomador de decisão 
não possui a visão global da empresa. Em alguns casos, também se observa uma 
falta de identificação do funcionário com a empresa, o que acaba comprometendo 
os processos. Desta forma, para evitar erros na tomada de decisão, a alta direção 
deve implantar um bom sistema de comunicação, para que os demais níveis 
tenham conhecimento e visão sistêmica do negócio. 
As pessoas que costumam trabalhar em organizações centralizadas tendem a se 
desestimular pelo trabalho, uma vez que têm pouca iniciativa e baixo índice de 
responsabilidade. Por isso, é importante que a alta direção tenha o cuidado de ter 
as pessoas certas, no local certo, envolvidas e motivadas para trabalhar 
corretamente a apresentar resultados eficientes e eficazes. 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ORGANIZAÇÕES CENTRALIZADAS E 
DESCENTRALIZADAS 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Centralização Descentralização Centralização Descentralização 
Uniformidade de 
procedimentos 
Gerentes autônomos e 
responsáveis por suas 
decisões 
Dependência da 
hierarquia para 
tomar decisões 
Perda de 
uniformidade 
Facilidade de 
controle 
Facilidade de avaliar 
gerentes 
Uniformidade 
impede competição 
Tendência ao 
desperdício e 
duplicação 
Rapidez na 
comunicação 
Competição positiva 
entre unidades 
Dependência na 
hierarquia para 
avaliar gerentes 
Comunicação 
dispersa 
Acesso rápido à 
informação 
Criatividade na busca 
de soluções 
Desestímulo à 
criatividade 
Dificuldade de 
localizar 
responsáveis 
Reduzida 
duplicação de 
esforços 
Agilidade na tomada de 
decisões 
Ineficiência no uso 
dos recursos 
Dificuldade de 
controle e avaliação 
Fonte: Maximiano, 2011, p.191. 
A partir do quadro ilustrativo das vantagens e desvantagens da centralização e 
descentralização, é possível perceber que quanto maior a centralização, mais a 
autoridade é concentrada no nível mais elevado da hierarquia. Já quanto maior for 
a descentralização, mais a autoridade é delegada e distribuída nos níveis mais 
baixos da hierarquia, de modo a adaptar a execução das tarefas às características 
locais e necessidades do cliente. 
Burocracia e desburocratização 
Agora, aprofunde seus conhecimentos realizando a leitura do artigo intitulado Em 
busca de uma teoria da burocracia pública não-estatal: política e administração no 
terceiro setor, disponível no link: http://goo.gl/bexhTf 
O termo burocracia está associado à ideia de inflexibilidade, morosidade nos 
processos, complicação e entrave no funcionamento administrativo. É muito comum 
ouvir dizer que o serviço público é muito burocrático, sobretudo porque existem 
http://goo.gl/bexhTf
muitos procedimentos a serem cumpridos de forma rigorosa. Só que a 
burocratização também existe no setor privado. 
Você deve estar se perguntando, mas no modelo atual de gestão, a burocratização 
ainda é aplicada? 
A burocratização foi crucial na era industrial, quando era exigido um controle muito 
eficiente, o ambiente era estável e havia pouca necessidade de mudança. Com o 
processo de evolução advindo da era do conhecimento, a necessidade de 
mudanças e adaptações às exigências do mercado é constante, e a burocratização 
tende a ser deficiente. No mercado em que a concorrência é muito acirrada, os 
consumidores exigem um atendimento cada vez mais personalizado e ágil, a 
burocratização tende a comprometer o processo. 
De fato, as instituições burocráticas muitas vezes acabam dedicando tempo 
excessivo executando tarefas inúteis, em detrimento de atividades que agreguem 
valor ao produto ou serviço. Como o cenário empresarial é marcado por mudanças, 
a burocratização acaba causando entrave no processo de transformação e 
implantação de inovações necessárias ao negócio. E, quando essas mudanças são 
operadas, acontecem do alto escalão para o baixo escalão. 
Como você pode perceber, a desburocratização favorece uma administração mais 
humana e eficaz, dedicando mais confiança às equipes e acompanhando aqueles 
que não cumprirem as tarefas acordadas. O conceito de valor agregado é muito 
comum nas empresas desburocratizadas. 
Na desburocratização, os funcionários são chamados a participar das decisões; 
existe um apoio da administração superior, a gestão é mais otimista e humorada, 
além de existir um forte esforço de motivação e integração. 
Reengenharia 
Substituição dos processos ineficientes por outro redesenhado, com menor 
quantidade de recursos e etapas melhor definidas. 
No período da administração científica, a reengenharia foi vista como algo negativo 
devido ao fato de ser associada à redução de custos e essa redução de custos, 
muitas vezes, representava o corte de pessoal. 
Desta forma, durante um determinado período, a reengenharia ficou associada à 
demissão em massa. Além desse aspecto, a mudança dos recursos e processos 
poderia fazer com a organização perdesse a sua identidade e o risco acabasse 
sendo maior que os benefícios. Por esses motivos, a reengenharia também passou 
a ser conhecida como redesenho de processos. 
A metodologia para a implantação da reengenharia pode ser definida da seguinte 
forma: 
1. Diagnóstico – identificar a necessidade de o processo ser redesenhado. 
2. Mapeamento – traçar as etapas do processo. 
3. Identificar problemas – identificar a ineficiência do processo. 
4. Alternativas – traçar as alternativas para redesenhar o processo. 
5. Implementar e monitorar – implementar o processo redesenhado e 
acompanhar os resultados. 
O foco da reengenharia está no processo e não na função. Desta forma, a atuação 
dos gerentes está nos trabalhos restritos e nos processos centrais da empresa, ou 
seja, recomeçar um processo, destacar como um trabalho é feito e implementar 
técnicas para que seja feito melhor ainda. 
Frequentemente, a reengenharia é aplicada nas empresas porque elas precisam 
ofertar produtos com qualidade cada vez maiores, sendo produzidos a custos cada 
vez menores. Logo, o foco sempre é a qualidade total. 
Downsizing 
É o planejamento da eliminação de cargos e funções de uma organização, ou, 
simplesmente, uma redução no tamanho da empresa no que tange ao número de 
empregados e níveis hierárquicos, visando minimizar os custos. 
As empresas que decidem implantar o downsizing devem ficar atentas a essa 
reestruturação. Não se pode correr o risco de demitir a equipe que tem 
conhecimento do negócio e fragilizar o capital intelectual que detém o 
conhecimento técnico dos processos. Além disso, o processo de comunicação deve 
ser efetivo, para que não abale a motivação e consequentemente o desempenho 
dos funcionários que ficarem na organização. 
Quando ele é bem planejado, traz benefícios importantes para empresa, como 
redução de custos, maior flexibilidade e maior agilidade na tomada de decisões. 
Benchmarking 
Representa um processo decomparação do desempenho de uma empresa com o 
desempenho de outra. O foco do benchmarking é um aproveitamento de uma 
técnica positiva utilizada por outra empresa, concorrente ou não, que tenha dado 
resultado positivo ao negócio. Essa técnica de sucesso é implantada em outra 
empresa como se fosse um processo de imitação das melhores práticas de 
administração, de modo que essa empresa possa ganhar vantagem competitiva no 
mercado. 
A seguir, apresentamos algumas definições sobre benchmarking, que lhe 
possibilitará ter uma visão mais ampliada sobre esse processo. 
Processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos 
mais fortes concorrentes, ou em relação às empresas reconhecidas como líderes 
em suas indústrias. (David Kearns – executivo da Xerox). 
Técnica que consiste em fazer comparações e imitar organizações, concorrentes ou 
não, do mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de maneira 
particularmente bem feita e são reconhecidas como líderes. A essência do 
benchmarking é a busca das melhores práticas da administração, como forma de 
ganhar vantagens competitivas (LACOMBE; HEILBORN, 2008, p. 470). 
Cabe chamar a atenção para o fato de que as práticas de benchmarking visam a 
melhoria da qualidade, tendo como referência uma prática de gestão diferenciada e 
que gere resultado satisfatório para o mercado. 
Entretanto, é importante destacar que a implantação dessa prática utilizada pelo 
concorrente que deu certo muitas vezes requer uma adaptação para a outra 
empresa. O que significa dizer que não basta apenas replicar a melhor prática em 
relação a produtos, operações e processos. É necessário que haja uma adaptação 
e adequação à realidade de cada empresa. 
O benchmarking funciona, portanto, como um processo de aprendizado, baseado 
em uma experiência de sucesso, com a única e exclusiva intenção de obter 
resultados iguais ou melhores. 
Atividade - Centralização, como o próprio nome já sugere, se configura na reserva 
de autoridade em pontos centrais da organização, ou seja, boa parte das decisões 
não é tomada por quem executa as tarefas, e sim por quem ocupa um cargo mais 
alto na organização. Em relação à centralização e descentralização, é corretor 
afirmar: 
1. aA centralização é mais indicada quando os recursos são escassos, tendo em 
vista a necessidade de racioná-los, o que acaba requerendo a centralização 
das decisões. 
2. bA descentralização tende a gerar maior morosidade nos processos, tendo 
em vista que as tomadas de decisões estão dispersas entre as áreas. 
3. cNa centralização, as decisões relativas ao trabalho são tomadas por quem o 
executa. 
4. dAs pessoas que costumam trabalhar em organizações centralizadas tendem 
a se desestimular pelo trabalho, uma vez que têm pouca iniciativa e baixo 
índice de responsabilidade. 
5. eDentre as desvantagens da descentralização está a dependência na 
hierarquia para avaliar gerentes. 
 
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ENCERRAMENTO 
1) Como deve ser a estrutura de uma organização? 
Para responder a primeira questão, ressaltamos que, de acordo com o estudado, a 
estrutura de uma organização é influenciada pelo modelo de gestão adotado pela 
organização. Cada uma delas deve possuir unidades de trabalho, que também são 
conhecidas como departamentos. 
2) Quais os fatores que influenciam na definição da estrutura organizacional? 
A segunda questão é respondida destacando que os principais fatores que 
influenciam na definição da estrutura organizacional são, justamente, os processos 
que a envolvem. 
3) Quais os processos organizacionais que perpassam pela empresa? 
Por fim, na terceira questão, entre os processos organizacionais que perpassam as 
empresas, destacam-se a centralização e descentralização, burocratização e 
desburocratização, reengenharia, downsizing e benchmarking. 
Resumo da Unidade https://www.youtube.com/watch?v=2-Bj-XJ8svA 
Nesta unidade, apresentamos os requisitos para se definir a estrutura de uma 
organização. Você aprendeu a diferença entre estrutura e departamento. 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e 
dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se 
encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio 
das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução 
da disciplina. 
UNIDADE 4 
 
MUDANÇA ORGANIZACIONAL E GLOBALIZAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
 
1) O que você entende por mudança organizacional? 
 
2) Quais os impactos da evolução tecnológica no cenário empresarial? 
 
3) Quais os tipos de globalização? 
 
 A ciência da administração passou por muitas transformações ao longo 
dos séculos. Saímos de uma era de pensamento mecanicista, com foco na 
produção em massa e subvalorização do trabalho, para a era da informação, com 
mudanças e incertezas. Parece contraditório, não é mesmo? Mas a única certeza 
que o gestor pode ter hoje no ambiente dos negócios é que tudo vai continuar 
mudando, inclusive, em uma velocidade cada vez mais acelerada. 
A partir de agora estudaremos os tipos de globalização, suas vantagens e 
desvantagens nas organzações. 
Boa leitura! 
Objetivo 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Entender o processo de Globalização; os tipos, as vantagens e desvantagens 
geradas pelo surgimento da Globalização nas empresas, de maneira geral e 
para o seu público consumidor. 
Conteúdo Programático 
Esta unidade está dividida em: 
• Aula 1 - Caracterização da mudança organizacional 
• Aula 2 - Panorama geral da globalização 
• Aula 3 - Tipos de globalização 
Rota de Aprendizagem 
A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta 
unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as 
suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu 
conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom 
desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. 
https://a9255-1339966.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339966/course%20files/unidade-4/RA/G_FGE_RA_U4.htm
AULA 1 
CARACTERIZAÇÃO DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL 
 
O desenvolvimento tecnológico e a tecnologia da informação, os mercados livres, e-
business, e-commerce, associados ao processo de comunicação em tempo real, à 
globalização e ao aumento da oferta dos produtos e serviços por parte dos 
concorrentes, mudaram o foco da gestão. A ênfase dada ao capital financeiro 
cedeu espaço para a ênfase ao capital intelectual. A máxima da vez é a capacidade 
de produzir mais e melhor. Daí a necessidade de que o gestor, nesse contexto de 
mudança, busque diferenciar “administrar o conhecimento” de “administrar a 
informação”. 
Enquanto “administrar a informação” é gerenciar um conjunto de dados 
relacionados ao negócio, “administrar o conhecimento” significa dar mais ênfase 
nas pessoas e nas suas práticas de trabalho. Mesmo com o uso da tecnologia da 
informação, mudando o modo de pensar das pessoas e das organizações, a 
atenção dos gestores continua cada vez mais voltada para cortar custos, aumentar 
a eficiência, melhorar o serviço ao cliente, aumentar a velocidade da produtividade 
e da inovação. Todos esses fatores são encaminhados pelo capital humano da 
organização. 
A tecnologia da informação traz algumas vantagens para o negócio, as quais 
descrevemos a seguir: através dela é possível conectar os funcionários ao redor do 
mundo, possibilitando-lhes ter acesso à informação, compartilhar e trocar ideias. A 
sua equipe de trabalho poderá ter acesso a informações sobre seus clientes, 
concorrentes, fornecedores, com maior engajamento intelectual e maiores desafios. 
Diante de todo esse contexto, até que ponto toda essa mudança organizacional é 
importante? 
Paraesse questionamento, destacamos uma única resposta: as organizações que 
acompanham as exigências do mercado global, mudam com sucesso, 
potencializam a sua lucratividade e são admiradas. 
E quais os fatores que levam à mudança organizacional? 
A mudança organizacional deve ser entendida, assim como o próprio nome já 
sugere, como a perspectiva de implantação de uma ideia nova ou um novo 
comportamento por uma organização. Geralmente, essa mudança vem a partir da 
necessidade de novos produtos e tecnologias, mudança nas pessoas e na cultura 
da organização. 
Quando se trata de mudança no produto, está associada ao tipo ou volume do 
mesmo. Como as necessidades dos consumidores têm variado muito a cada 
década, para se manterem vivas no mercado, as organizações precisam adaptar os 
seus produtos e serviços a essas novas necessidades. Para que essa mudança 
ocorra, caberá ao gestor estabelecer uma política de exploração, que nada mais é 
do que estabelecer condições que favoreçam a criatividade e geração de novas 
ideias; cooperação, ou seja, o envolvimento de todas as áreas da organização na 
implantação dessa inovação; e empreendedorismo, que significa levar essa nova 
ideia adiante, ou seja, realizar. 
A mudança na tecnologia está relacionada ao processo de produção da 
organização, ou seja, como a organização fará o seu trabalho. É uma mudança 
estrutural no modo como a organização é projetada e administrada, ou seja, é uma 
mudança que envolve hierarquia de autoridade, metas e características estruturais. 
Quando essa mudança é relacionada a cultura e pessoal, ela está focada nos 
valores, normas, atitudes, crenças e comportamento dos funcionários. 
A mudança de ordem cultural em uma organização requer alguns cuidados 
indispensáveis. São eles: 
 
O fato é que a organização precisa ser continuamente redesenhada de modo a 
criar novos produtos e valores para os clientes, a partir de novas habilidades, novas 
tarefas desenvolvidas, novas relações internas implementadas e novas para serem 
estabelecidas. A palavra de destaque é organizar-se e mudar com flexibilidade, 
com capacidade de se adaptar às variações do ambiente, sempre com foco na 
melhoria contínua. 
Todo esse estudo sobre mudança organizacional não pode ser feito sem que 
destaquemos as mudanças do cenário empresarial, as quais chamamos a atenção: 
as unidades de negócios deixaram de ser tradicionais departamentos funcionais 
para serem flexíveis, com equipes de trabalhos multifuncionais, com visão global e 
abrangente do trabalho. 
os valores que nortearão o comportamento da empresa foram invertidos de dentro 
para fora, com foco no cliente. 
os gerentes devem mandar menos e liderar mais. 
a nova concepção do trabalho está voltada para as tarefas em equipe e processos 
de operações conjunta, com o uso da capacidade individual combinando com o da 
coletiva. 
Resistência à mudança 
Muitas vezes essa necessidade de mudança ocorre devido às forças de fora da 
organização, como exemplo da evolução tecnológica, da globalização, da 
economia, concorrentes, da cultura social. Outras vezes, ocorre por necessidade da 
própria organização, que optam por aprimorar os seus processos. Quando uma 
necessidade de mudança é percebida, o primeiro passo é iniciá-la. E é exatamente 
neste estágio de início que as ideias são desenvolvidas. 
Em seguida ao início da mudança está a implementação da mesma. Nesta fase, as 
novas ideias precisam ser implementadas. É muito comum ocorrer resistência à 
mudança nas organizações e muitas vezes esta resistência está associada ao 
autointeresse, ou seja, uma divergência de interesses entre os funcionários e a 
organização; falta de entendimento e compreensão dos motivos da mudança; falta 
de informação sobre os eventos futuros, ou seja, incerteza. Para que essas 
resistências sejam minimizadas, o administrador deve ter um claro entendimento de 
como administrar a mudança de forma eficaz, e deixar claro para os envolvidos qual 
a perspectiva futura da empresa e o que ela pretende com a mudança. 
 
O estado de transição 
A empresa precisa estar focada na excelência, que nada mais é do que tornar-se 
uma das melhores naquilo que faz. Para tanto, precisa entender o que acontece 
com ela, o que os clientes necessitam e desejam, e se adaptar rapidamente a 
essas necessidades. Até porque o sucesso do passado não assegura o sucesso do 
futuro. 
Atividade 
Marque a única alternativa que contém apenas “vantagens da globalização”: 
1. aLivre Comércio de Mercadorias; Livre Fluxo de Recursos Financeiros; e 
Aumento no Fluxo de Informações. 
2. bO aumento da competitividade das empresas; Livre Fluxo de Recursos 
Financeiros; e Aumento no Fluxo de Informações. 
3. cLivre Comércio de Mercadorias; Aumento da competitividade das empresas; 
e Aumento no Fluxo de Informações. 
4. dLivre Comércio de Mercadorias; Livre Fluxo de Recursos Financeiros; e 
Excessiva entrada de capital especulativo. 
5. eO aumento da competitividade das empresas; Excessiva entrada de capital 
especulativo; e Rápidas mudanças em curto espaço de tempo. 
 
 
 
 
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AULA 2 
PANORAMA GERAL DA GLOBALIZAÇÃO 
 
Historicamente, o movimento de globalização se iniciou no século XV, com as 
grandes navegações europeias e a colonização da América, África e Ásia. A 
globalização se intensificou com a Revolução Industrial inglesa no século XVIII, 
com investimentos em infraestrutura nas ex-colônias, para aprimorar o seu sistema 
de exportação. Já no século XX, a globalização cresceu através dos projetos de 
modernização dos países subdesenvolvidos. 
Apesar da sua força estar em crescimento no mercado geral, até aquele momento, 
a globalização da sociedade capitalista ainda se deparava com a barreira socialista. 
A partir dos anos 90, com o término do bloco soviético, a expansão do capitalismo 
atingiu todo o planeta, liderado por grandes corporações dos Estados Unidos, 
Europa e Japão. 
Sobre este fato, Santos (2000, p.23) afirma que “a globalização é, de certa forma, o 
ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista”. 
Embora tenha surgido a promessa de maior liberdade e riqueza para todos, a 
ideologia de um capitalismo de livre mercado (neoliberal), que defende as 
empresas a exemplo de instituições mais eficientes do que os governos, se revelou 
um amargo remédio para a economia, para os trabalhadores e para o meio 
ambiente. 
Ao invés da livre concorrência, o livre mercado proporcionou a aliança das 
empresas e a formação de cartéis em todos os setores, resultando assim em uma 
economia altamente concentrada. Para os trabalhadores, as multinacionais 
produziram um leilão às avessas nos seus salários, direcionando investimentos 
para os países com a mão de obra mais barata e obediente. E para o meio 
ambiente, a lógica do crescimento infinito está produzindo a exaustão dos recursos 
naturais, a poluição e o lixo em uma escala maior que a capacidade de 
decomposição da natureza. 
Ao analisar o panorama global nos últimos anos, pode-se observar uma significativa 
e acelerada mudança econômica, a exemplo da inovação em tecnologia; o 
surgimento de novos meios de comunicação que possibilitaram a troca de 
informações de forma mais tempestiva; o surgimento de equipamentos mais 
avançados e com alta tecnologia; o avanço nos transportes e na telefonia; a maior 
possibilidade na geração de novos conhecimentos e do avanço da internet. 
Estes fatores permitiram, portanto, uma competitividade cada vez mais intensa por 
parte das empresas de maneira geral. Possibilitou também que as empresas 
ajustassem suas estruturas para sobreviverem no mercado atual, o que beneficia o 
consumidor final pelo fato de ter a opção de selecionar, neste mercado competitivo, 
mercadorias, produtos e/ou serviços de melhor qualidade e com menor custo. 
Neste contexto de rápidaalteração, a contribuição dos avanços tecnológicos, 
principalmente daqueles na área da Tecnologia da Informação (TI), é evidente, 
conforme já anunciamos. 
É possível observar que esse avanço garantiu o acesso a quantidades notáveis de 
informações a um preço relativamente acessível, e tem também gerado 
oportunidades estratégicas para uma ampliação do número de indústrias e 
companhias no mundo como um todo, principalmente sendo instaladas em países 
diferentes de sua origem. 
É importante destacar que a habilidade de acessar e utilizar eficazmente a 
informação tornou-se importante fonte de vantagem competitiva em praticamente 
todos os setores. Fato este que deverá ser levado em consideração por todas as 
empresas. Dentre as diversas mudanças econômicas, pode-se dizer que a 
globalização e o avanço tecnológico foram as que tiveram mais impactos e 
resultados para as empresas, para as pessoas, para o governo. 
Segundo Kotler (2000, p.55), “as empresas de hoje podem encará-las de duas 
formas, tanto como desafios, quanto como oportunidades a serem exploradas”. Em 
ambos os casos as empresas devem encará-los como “metas” para ampliar seus 
negócios em um mercado cada vez mais competitivo. 
Todos estes fatores, e outros mais, deram origem à globalização. 
A globalização não tem preferência, pois envolve países pobres, ricos, pequenos ou 
grandes, e atinge todos os setores da sociedade. Por ser um fenômeno tão 
abrangente, exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. 
Como podemos conceituar e caracterizar a globalização? 
A globalização poderá ser entendida com uma disseminação de inovações 
econômicas no mundo, que permite um amplo acesso por parte das pessoas, de 
maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa 
difusão, incentivando a integração internacional. 
De forma objetiva Kuazaqui (1999, p.57) diz que: 
a globalização pode ser representada pela diminuição das barreiras geográficas e 
econômicas que permitem que cada empresa desenvolva negócios em qualquer 
país, e usufrua de mercados fornecedores produtores, comercializadores, 
consumidores e clientes, e respeitando as características que formam a base 
cultural de cada nação, como a cultura, língua, costumes e tradições. 
O que o autor enfatiza em sua citação é que hoje as empresas não tem mais 
limitação de espaço, de modo a impossibilitar sua ampliação de negócios, isto 
porque, fatores como a tecnologia, novos meios de comunicação e a globalização 
com um todo, permitem que as empresas ampliem cada vez mais seus negócios 
sejam eles no âmbito comercial, industrial ou de serviços, em qualquer parte 
geográfica do mundo. 
Do ponto de vista de Lacombre (2008, p. 504), “A globalização é um processo em 
que a vida na sociedade sofre influência cada vez maior de todos os países, 
incluindo os aspectos políticos, econômicos, culturais, artísticos, modas e meios de 
comunicação”. 
A figura a seguir demonstra, de forma objetiva, este processo de globalização: 
 
Todo este avanço da globalização exige que as empresas, de maneira geral, sejam 
administradas com uma visão internacional, não apenas com o propósito de atingir 
o público local. Hoje as pessoas, empresas, sociedade de maneira geral, carecem 
de extrema adequação ao mercado que está em evolução, caso contrário, elas 
poderão ficar fora dele. 
Vídeo da Unidade 
Para saber mais sobre a globalização, assista agora ao vídeo da unidade, Mudança 
organizacional e globalização. 
Se preferir, faça o download do áudio (mp3 compactado) deste vídeo clicando aqui. 
Atividade 
A globalização não tem preferência, pois envolve países pobres, ricos, pequenos ou 
grandes e atinge todos os setores da sociedade, e por ser um fenômeno tão 
abrangente, exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. Sobre este 
assunto, identifique a alternativa correta que traduz melhor a sua definição: 
1. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de inovações 
econômicas no mundo, que permite um amplo acesso por parte das pessoas, 
https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413447
https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413447
https://a9255-1339966.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339966/course%20files/unidade-4/audio/G_FGE_U4_mp3.zip
de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam 
dessa difusão, incentivando a integração internacional. 
2. A Globalização poderá ser entendida como uma disseminação de tarefas 
administrativas no mundo, que permite um pequeno acesso por parte das 
pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais 
que derivam dessa difusão, incentivando a integração internacional. 
3. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas 
administrativas no âmbito de uma organização, que permite um pequeno 
acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes 
políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração 
internacional. 
4. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas 
administrativas no mundo, que permite um pequeno acesso por parte das 
pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais 
que derivam dessa difusão, incentivando a integração das pessoas na 
organização. 
5. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas 
administrativas no mundo, que permite um grande acesso por parte das 
pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais 
que derivam dessa difusão, dificultando a integração internacional. 
 
 
Aula 3 
Tipos de globalização 
 
 
Atualmente é importante dizer que em um mercado competitivo, esta disputa não 
mais se dá entre os países e sim através das empresas, de maneira geral. Isto 
porque, atualmente, com o avanço da globalização, através da ampliação dos 
meios de comunicação e do fácil acesso das pessoas às informações, o público 
alvo das empresas poderá estar em qualquer parte do mundo. 
Em cada localidade as empresas necessitam considerar alguns fatores 
imprescindíveis como mercado, a cultura, os valores e os costumes locais, de forma 
que possam agir como se fossem empresas locais, independentemente de sua 
origem ser completamente distinta da sua área geográfica de atuação. Todos estes 
fatores fizeram com que surgissem, portanto, alguns tipos de globalização. São 
eles: 
 
Globalização da Demanda 
Este tipo de globalização é caracterizado quando os mesmos produtos são 
vendidos no mundo inteiro, em decorrência do aumento do poder aquisitivo da 
moeda. Exemplo: um tênis de uma determinada marca é vendido no Brasil e na 
Argentina. Ou seja, nos dois países, o mercado favorece o consumo. 
 
Globalização da Oferta 
Este tipo de globalização é caracterizado quando uma determinada localidade 
internacional oferece condições para as indústrias que permitam maiores vantagens 
competitivas em termos de custos e produtividade da mão de obra, acesso a 
matérias-primas mais baratas, ganhos em escala e a existência de infraestrutura 
mais adequada à produção. Exemplo: mercado de perfumaria nos Estados Unidos 
e no Brasil –as condições de oferta são diferentes. 
 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-1
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-2
Globalização da Competição 
Este tipo de globalização é caracterizado quando uma empresa multinacional 
decide maximizar seus lucros em termos globais em vez de gerá-los para cada 
país. Exemplo: uma determinada empresa decide aumentar o preço de um produto 
específico, considerando a necessidade de aumentar o seu lucro, mas não 
considera a especificidade local. Ou seja, o produto é ofertado em países 
diferentes, mas com o mesmo preço. 
 
Globalização da Estratégia 
Este tipo de globalizaçãoé caracterizado quando uma empresa consegue produzir 
cada componente de um produto em um país ou região, ao invés da fabricação do 
produto completo em um só país ou região, e cada componente produzido permite 
a geração de maiores vantagens competitivas e de ganhos financeiros. Neste tipo 
de globalização, as empresas produzem o que é mais conveniente e vendem onde 
é mais atraente financeiramente, bastando a terceirização da segunda opção. 
Exemplo: uma marca de tênis vende produtos no mundo inteiro e tem apenas uma 
fábrica. 
 
 
Quais as vantagens e desvantagens da globalização? 
Para as empresas brasileiras, a globalização possui várias vantagens, tanto para as 
organizações, quanto para seus stakeholders (pessoas ou grupos que têm 
interesse pela empresa). 
No entanto, muitos empresários e gestores brasileiros não vislumbraram, ainda, os 
inúmeros benefícios advindos de tal oportunidade. 
Em virtude da crise econômica que afeta alguns setores da economia nacional, que 
pode resultar em estagnação ou até mesmo retração desses mercados, além da 
concorrência disputada, tanto entre empresas nacionais, quanto estrangeiras que 
aqui resolvem se instalar, muitos empresários brasileiros estão encontrando na 
globalização a oportunidade não só de manter suas empresas rentáveis, como 
também de proporcionar um incremento em seus lucros. 
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-3
https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-4
Estas oportunidades podem ser consideradas, para algumas empresas, como 
aspectos vantajosos e, para outras, desvantajosos. 
A vantagem ou desvantagem dentro de uma organização vai depender do objeto de 
estudo: as empresas, de maneira geral, ou os beneficiários dos seus serviços, dos 
seus produtos ou do seu comércio, as pessoas, o consumidor final. 
Portanto, às vezes, o que está se considerando como vantagem para a empresa 
poderá ser desvantagem para os consumidores finais, ou vice-versa. 
a) Vantagens da globalização 
Em decorrência da globalização, as empresas obtêm inúmeras vantagens em um 
mercado como um todo. No universo dessas vantagens, existem 03 (três) delas que 
são consideradas como mais importantes. São elas: 
Livre comércio de 
Mercadorias 
 
Livre Fluxo de Recursos 
Financeiros 
 
Aumento no Fluxo de 
Informações 
O livre comércio de mercadorias favorece a especialização competitiva, fomentando 
a eficiência do produtor e a satisfação do cliente. Em relação ao livre fluxo de 
recursos financeiros, a globalização possibilita um aumento e velocidade de 
circulação dos recursos que tendem a fluir para onde são mais necessários, sem ter 
que enfrentar as barreiras que eram impostas à circulação de capitais. Já em 
relação ao aumento do fluxo de informações, a globalização permite o acesso a 
todo tipo de informação que se deseja. 
 
b) Desvantagens da globalização 
Em decorrência da globalização, além das vantagens anteriormente mencionadas, 
as empresas também obtêm inúmeras desvantagens em um mercado como um 
todo. No universo dessas desvantagens, existem algumas delas que são 
consideradas como mais importantes. São elas: 
 
O aumento da competitividade das empresas 
Isto resulta na maior restrição das vagas de emprego. Com a grande busca por 
vagas de empregos, muitas pessoas procuram melhores formações profissionais e 
fica cada dia mais difícil conseguir um bom emprego. 
 
Excessiva entrada de capital especulativo 
Isto pode resultar em prejuízos significativos a países que possuam economias 
fragilizadas. 
 
Rápidas mudanças em curto espaço de tempo 
Isto promove uma necessidade constante de acompanhamento da globalização por 
todas as pessoas, em todos os níveis de atividade. Uma vez não acompanhando a 
evolução da globalização, estas pessoas poderão ser excluídas do mercado 
 
Dificuldade de comercialização internacional com empresas situadas em países 
não desenvolvidos 
Estas empresas não acompanharam a globalização, por isto não estão tão 
atualizadas com o mercado internacional. 
 
Como você pode perceber, a globalização é um fenômeno antigo, mas que 
nos últimos anos tem mudado a forma de pensar das pessoas; e se muda a 
forma de pensar das pessoas, muda a forma de gerir os negócios. Até porque 
as pessoas são a organização. 
O grande destaque, para o qual chamamos a atenção, é o fato de que a 
globalização proporciona uma integração de todos os mercados: financeiro, 
serviços, mão de obra, matéria-prima, envolvendo todos os países do mundo 
inteiro. Além disso, a globalização perpassa por todas as atividades humanas, 
mudando o seu comportamento e valores; daí a sua grande relação com as 
empresas, que, de uma forma ou de outra, passaram a ter que se adequar a essas 
novas exigências, reformulando suas estratégias e valores. 
Não há como negar que ela está presente, influenciando todos os negócios. 
Portanto, resistir a ela significa comprometer a eficiência, o comércio internacional, 
além do seu próprio crescimento. 
Atividade 
Após a leitura e interpretação das informações a seguir sobre “Panorama Geral da 
Globalização”, marque a alternativa correta: 
I. Historicamente, o movimento de globalização se iniciou no século XV, com as 
grandes navegações europeias e a colonização da América, África e Ásia. 
II. A globalização se intensificou com a Revolução Industrial inglesa no século 
XVIII, com investimentos em infraestrutura nas ex-colônias, para aprimorar o 
seu sistema de exportação. 
III. Já no século XX, a globalização cresceu através dos projetos de 
modernização dos países subdesenvolvidos. 
1. aApenas as alternativas I e II são verdadeiras. 
2. bApenas as alternativas I e III são verdadeiras. 
3. cApenas as alternativas I e III são falsas. 
4. dAs alternativas I, II e III são verdadeiras. 
5. eAs alternativas I, II e III são falsas. 
 
 
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ENCERRAMENTO 
 
1) O que você entende por mudança organizacional? 
De acordo com as ideias expostas, a mudança organizacional é a perspectiva de 
implantação de uma ideia nova ou um novo comportamento por uma organização. 
Geralmente, essa mudança vem a partir da necessidade de novos produtos e 
tecnologias, mudança nas pessoas e na cultura da organização. 
2) Quais os impactos da evolução tecnológica no cenário empresarial? 
A evolução tecnológica proporciona integração de todos os mercados, dentre eles 
financeiro, serviços, mão de obra, matéria-prima, envolvendo todos os países do 
mundo inteiro. 
3) Quais os tipos de globalização? 
Os tipo de globalização pontuados foram: globalização da demanda, da oferta, da 
competição e da estratégia. 
Por fim, apresentaremos no quadro abaixo, um resumo sobre as vantagens e 
desvantagens da globalização. 
Globalização nas empresas 
Vantagens Desvantagens 
Livre comércio de 
Mercadorias 
O aumento da competitividade das empresas 
Livre Fluxo de 
Recursos Financeiro 
Excessiva entrada de capital especulativo 
Aumento no Fluxo de 
Informações 
Rápidas mudanças em curto espaço de tempo 
 
Dificuldade de comercialização internacional com 
empresas situadas em países não desenvolvidos 
Resumo da Unidade 
Você estudou, nesta Unidade, os principais aspectos que levam a mudanças 
organizacionais, os impactos das tecnologias nas empresas para a atualização dos 
negócios e entrega dos produtos e serviços aos clientes. Você estudou a definição 
de globalização e a sua relação com gerenciamento das empresas. 
Atividades 
Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e 
dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se 
encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio 
das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução 
da disciplina. 
Lembre-se: procure o professor-tutorno fórum "Fale com o tutor".

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