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UNIDADE 1 ORGANIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E CONTEXTO BRASILEIRO INTRODUÇÃO 1) Como o profissional deverá administrar uma organização? 2) Em que se configura a administração? 3) Quais as principais funções e habilidades do Administrador? Estudar a gestão das organizações significa compreender o seu contexto, por que e como elas são criadas, que formato podem ter, como se modificam, como interagem interna e externamente. Significa, ainda, conhecer como as pessoas se relacionam dentro das empresas e quais os seus papéis. Nesta unidade, através dos conceitos dos elementos que integram uma organização, das principais funções do administrador, bem como da apresentação das organizações no cenário brasileiro, você estudará o princípio norteador da gestão, o que lhe possibilitará desempenhar melhor suas tarefas e contribuir de forma mais efetiva para o cumprimento dos objetivos organizacionais. Desta forma, vamos refletir sobre questões essenciais à interpretação e compreensão das organizações, da dinâmica de mercado e dos impactos na gestão das pessoas que compõem a organização. Convidamos você a mergulhar nesse universo da gestão empresarial e interagir com os colegas e professor da disciplina. Mãos à obra! Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Entender os principais elementos que fazem parte de uma organização. Conteúdo Programático Esta unidade está dividida em: • Aula 1 - As Organizações, a Administração e as funções do Administrador • Aula 2 - A Administração nas organizações brasileiras • Aula 3 - Funções do Administrador Rota de Aprendizagem Conheça as questões norteadoras, o objetivo, o conteúdo programático e a importância do que será visto. Para iniciarmos as reflexões sobre a administração e atuação do gestor, apresentamos o conto dos três porquinhos. Por Walter Campos Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas envolvendo animais. Entre centenas de histórias, criou-se um conto representado por três porquinhos. Em 1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o famoso em todo mundo, batizando cada um dos porquinhos com um nome: Prático, Heitor e Cícero. Conforme relata o conto, um belo dia os três porquinhos resolveram sair de onde moravam e cada um combinou de construir sua casa. Cícero era o porquinho menos esforçado e relaxado, então construiu uma casinha de palha. Heitor queria um pouco mais de conforto e aconchego e construiu uma casa de madeira. Já o Prático, queria uma casa confortável, segura, resistente, durável e que refletisse sua personalidade. O resto da história você já sabe. Vem o lobo mau, assopra a casinha de palha e a derruba; o porquinho Cícero corre para a casa de madeira de seu irmão Heitor, o lobo vai atrás, assopra-a e a destrói e os porquinhos fogem para a casa de pedra do Prático. O lobo assopra, assopra, assopra e não derruba a casa. Tenta entrar pela lareira e cai em um caldeirão de água quente, fugindo assustado enquanto os porquinhos comemoram a vitória. Em todas as corporações podemos encontrar colaboradores que assumem papéis de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos. Há aquele com o perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar suas atividades não as realiza com paixão e determinação, e muito menos as finaliza. Seu maior interesse é em cumprir a carga horária, e não apresentar resultados ou contribuir com estratégias criativas para a empresa. Encontra-se constantemente tomando cafezinhos, batendo papo, fumando, navegando na Internet com interesses particulares e, quando questionado, apresenta seus relatórios incompatíveis com a expectativa para sua função. Quando percebe que sua segurança profissional torna-se abalada, corre em direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua atividade. Não em direção de quem necessariamente o oriente, mas de quem literalmente faça o que ele deveria ter feito. Vai atrás de alguém com o perfil do porquinho Heitor, colaborador que realmente se dedica ao realizar suas atividades e cumpre exatamente aquilo que foi orientado a fazer. Como um bom executor, é receptivo e prestativo, ajudando muitas vezes os colaboradores com perfil do porquinho Cícero, buscando inclusive encobrir a falha ou má vontade dele em razão da amizade existente. Para a sorte das corporações existem os colaboradores que vão além do mínimo ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos, apresentam estratégias, buscam melhorias constantes que possam contribuir para o resultado da empresa e também de todos que atuam conjuntamente, muito além de apenas desempenharem atividades para as quais foram contratados. Estes colaboradores são aqueles que possuem o perfil do porquinho Prático. Não querem apenas construir um abrigo ou simples casa. Não querem fazer igual ou o necessário, querem apresentar mais trabalho e melhor, em menos tempo, com maior duração, com resultados expressivos e em benefício de todos. AULA 1 AS ORGANIZAÇÕES, A ADMINISTRAÇÃO E AS FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR O termo Organização pode ser entendido como um grupo de pessoas que se juntam de forma organizada com o intuito de atingir interesses comuns. Sendo assim, todos os indivíduos vivem dentro de organizações e ao redor delas. As empresas, universidades, padarias, lojas, hospitais, parques de diversão, associações de classe, teatros, a até a própria família são exemplos de organizações. Portanto, nascemos, vivemos e morremos nas organizações. Você já parou para pensar por que existem organizações e qual a sua origem? Todos nós vivemos para consumir produtos e serviços, assim sendo, se faz necessária a existência das organizações. Você já se imaginou sem consumir nenhum tipo de produto ou serviço? O consumo de produtos e serviços é inerente à vida humana. As organizações partem do pressuposto da formação de um grupo de indivíduos que buscam atingir objetivos comuns, transformando recursos em produtos e serviços. Partindo dessa definição, podemos chamar à atenção para dois elementos: grupo de indivíduos (pessoas) e objetivos. Para que exista a organização, serão necessárias pessoas para executar os seus processos e objetivos que nortearão suas ações. É importante que você perceba que uma organização dificilmente se constituirá de um grupo pronto e acabado, visto que a sociedade está em constante mudança, com novos desejos e necessidades surgindo a todo instante. Também não se pode afirmar que exista um modelo de organização ideal, em que uma estratégia de gestão que dá certo em uma determinada organização dará certo em outra. É possível perceber essa questão acompanhando a história das organizações. As Organizações simples, ou até mesmo complexas, sempre existiram no decorrer da história da humanidade desde os primeiros agrupamentos humanos, ou seja, quando o ser humano vivia em comunidades, em pequenos agrupamentos, necessitando adaptar-se e transformar o seu meio. O seu percurso perpassou a fase artesanal, que vai desde a Antiguidade até a Revolução Industrial; fase da Industrialização; fase da Segunda Revolução Industrial; fase moderna; até a fase da globalização, caracterizada como era da informação. Ao longo dos anos, a ênfase das organizações deixou de ser exclusivamente nos recursos, para ser também nas competências, intelectualidade e conectividade. Ao longo dos anos, a forma de administrar os negócios foi passando por mudanças, inclusive porque as organizações modernas apresentam uma estrutura, e boa parte possui porte e complexidade muito maior do que as organizações de tempos atrás. Essa complexidade se dá porque quanto maior a organização, maior o número de pessoas envolvidas e maior a subjetividade. Daí a necessidade de se planejar, organizar e controlar, como veremos mais adiante. A organização, portanto, pode ser entendida como uma constituição depessoas que desenvolvem atividades por meio da hierarquização de autoridade e responsabilidade, visando alcançar um objetivo comum. Nesse sentido, é muito importante que você compreenda que esse conceito, embora muito próximo do conceito de instituição, trata-se de coisa distinta, uma vez que apenas as organizações podem ser formais e informais. As organizações formais requerem definição de objetivos, metas e regras, divisão de trabalho, além de uma estrutura que defina os papéis entre os seus pares. Nas organizações formais é que visualizamos o organograma, que nada mais é do que a representação ilustrativa da divisão do trabalho das pessoas dentro das organizações. Já a organizações informal se baseiam na formação de grupos de interesses que se aproximam por um objetivo comum, geralmente não relacionado aos interesses da organização. Podem ser exemplificadas por pessoas que se aproximam por relações de amizade, confiança, gostos ou afinidades. Podemos classificar as organizações formais, segundo o setor da economia, em Governo, Empresas e Organizações do Terceiro Setor. O Governo representa as organizações do serviço público, que administram o Estado e serviços, ao povo. Certamente você utiliza os serviços prestados pelo Governo, como: ministérios, universidades públicas e hospitais do estado. Já as Empresas são organizações que têm como objetivo principal vender produtos e serviços, administrando recursos humanos, financeiros e materiais, visando obtenção de lucro. Neste caso, representam a maior parte das empresas que fazem parte do nosso cotidiano. Exemplos: shoppings, padarias, supermercados, farmácias. Quanto ao Terceiro Setor, você pode entendê-lo como as organizações de utilidade pública, que contam com a sociedade para prestar os seus serviços. A característica principal é não ter finalidade lucrativa. Como exemplos, temos as ONGs e Associações. De um modo geral, para que as organizações sejam formadas além das pessoas e objetivos, precisamos definir a sua estrutura, que pode ser simples ou complexa. O que vai determinar a sua complexidade é o tipo de cultura organizacional definida pelo gestor. E, por fim, é necessário definir qual o tipo de tecnologia que será adotada. A tecnologia está relacionada às máquinas e aos processos. A junção desses quatro componentes, implementada de forma única em cada empresa, é que refletirá a diversidade das organizações. Isso porque cada uma delas irá utilizar esses componentes da forma que melhor se adequar ao seu propósito. Acredita-se que, para compreender a administração e qual o papel que ela desempenha nas organizações e na sociedade, inicialmente é necessário entender o que é administrar. De acordo com o dicionário Aurélio, administrar significa gerir, ministrar, conferir. Para Kwasnicha (1995), administrar é um processo integrativo de atividade organizacional que envolve a vida do indivíduo, quer seja na organização, nas fábricas, nas escolas, ou até mesmo nas famílias. Complementa ressaltando que é um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma organização, que deve ser entendida como um grupo de duas ou mais pessoas que interagem em prol de um objetivo. Agora que você já sabe o que significa o termo administrar, vamos compreender o termo administração. Para Maximiano (2004), é a busca da eficácia, através da concretização dos objetivos e utilização racional de recursos. Nesse sentido, o termo administração vem sendo formado por conceitos que se aprimoram constantemente, visto que, no contexto organizacional, seu principal foco é atender as demandas do atual mercado globalizado. A administração é, portanto, uma atividade integrada e considerada interdependente que se utiliza de recursos financeiros, humanos e materiais, produzindo bens ou serviços com fins lucrativos. É um processo que requer tomada de decisão. O que tem se observado é que a concepção acerca do termo administração vem sendo aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo transformação, quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas pelo mercado, quer seja pela exigência dos membros que utilizam os bens ou serviços produzidos por essas empresas. Antes as organizações eram poucas e com estruturas pequenas, onde sobressaíam os profissionais autônomos e artesãos independentes. Os chefes ou proprietários eram os donos das decisões e geralmente primavam pelo lucro. Hoje, já se observa um volume de empresas muito maior, o que requer um trabalho mais flexível e profissionalizante. Hoje as empresas vivem a chamada administração contemporânea, ou seja, organizações com ênfase nas pessoas, vistas como sistemas, onde tudo está interligado. Mesmo com o processo de evolução e mudança, o PODC (planejar, organizar, dirigir e controlar) ainda se faz presente até o contexto dos dias atuais. Destaca-se, portanto, que uma vez mudando-se as situações, os princípios da administração também tendem a mudar, no sentido de acompanhar as novas condições. Como já citado, não há forma de administrar que seja melhor que a outra. Essa concepção é baseada na teoria situacional que enfatiza que o ambiente organizacional, a tecnologia e a situação vivenciada pelas organizações é que determinará qual teoria da administração será adequada à gestão. As indústrias passaram a crescer e seus processos eram administrados com base no improviso e despreparo da mão-de-obra. As organizações hoje se apresentam como reflexo do que ocorria desde a Revolução Industrial, até porque foi um período marcado pelo avanço da tecnologia que fez surgir as fábricas e as empresas industriais. Administrar era, essencialmente, tomar decisões que traziam, em seu bojo, riscos tais como contratar pessoal, aquisição de maquinaria, alocação de recursos, controlar, inovar. Essa era a ideia inicial sobre a administração, no entanto, administrar hoje não é apenas um ato de manipular coisas e gerenciar pessoas, é a capacidade de aprender e empreender, contribuindo para o desenvolvimento individual e coletivo. A partir da Revolução Industrial nos séculos XVIII e XIX, a organização do trabalho passou a ter uma nova conduta proveniente do aumento da complexidade do contexto e das operações (lutas, sindicatos, concorrência), exigindo uma nova postura ao se administrar. O que antes se supervisionava com armas e chicote passou a ser feito com mais racionalidade, especialização de tarefas e divisão de trabalho. A substituição do operário pela máquina nas tarefas foi o destaque que marcou essa época, onde, evidenciava-se a partir de então a mecanização e divisão do trabalho. Não há como negar que, no contexto contemporâneo, as organizações têm se deparado com uma geração de gestores conectada com cada vez mais a tecnologia e interatividade. Uma geração que tem fechado negócios através das redes de relacionamentos, a exemplo do Facebook, apresentando respostas mais rápidas ao mercado. Como vimos, para que exista uma organização formal, é necessária a definição de objetivos, divisão de trabalho e relações de poder. Caberá ao administrador fazer com que essa definição seja clara e funcione de forma eficiente e eficaz dentro da organização. Como as organizações são muito dinâmicas, uma vez que é gerida por pessoas, a administração deve então ser uma ação contínua. Cabe, portanto, à administração, analisar como serão geridos os recursos limitados e como será o sistema de produção da organização. Daí você já pode perceber que a produtividade é a relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua obtenção. Como exemplo, imagine uma fábrica ofertando ao mercado produtos de limpeza. O que chamamos de relação entre os produtos obtidos seria a visualização do detergente pronto para o consumo, e os fatores que foram utilizados para que elepudesse ser produzido (mão de obra, matéria-prima, máquinas, pessoas). Para que essa produtividade seja de fato efetiva dentro da organização, é necessário que o gestor seja eficiente e eficaz, conforme evidenciado. EFICIÊNCIA significa fazer a coisa bem feita, ou seja, fazer aquilo que está sendo feito da melhor forma possível. Quando as organizações, de um modo geral, resolvem problemas e mediam as adversidades, sendo eficientes no uso dos recursos e utilizando-os de forma correta, todos os envolvidos tendem a ficar satisfeitos. Desta forma, quanto maior for o grau de produtividade e economia no uso dos recursos, mais a organização estará sendo eficiente. EFICÁCIA é fazer aquilo que de fato precisa ser feito, gerando resultados. Ou seja, é fazer a coisa certa no momento certo. Quanto mais uma organização realiza os seus objetivos, mais ela está sendo eficaz. Logo, o papel da administração é assegurar a eficiência e eficácia das organizações. A diferença entre eficiência e eficácia pode ser percebida comparando as estratégias utilizadas pela General Motors e pela Ford. A Ford utilizou como estratégia de negócios fazer eficiente o mesmo carro. Já a GM, optou por um modelo de negócio que se baseou em orientação para o mercado, produzindo um carro para cada tipo de cliente. Desta forma, você já percebeu que administração implica em ação pautada no processo de se tomar decisões que compreendem algumas etapas, como planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar. Administrar uma empresa é aproveitar da melhor forma as circunstâncias externas, de modo a utilizar o mais eficientemente possível os recursos de que dispõe (pessoas, máquinas, materiais e capital) para fazê-la sobreviver e progredir. (LACOMBE; HEILBORN 2008). Atividade Das alternativas relacionadas a seguir identifique aquela que mais se aproxima do conceito de Administração: a É a busca da eficácia, através da concretização dos objetivos e utilização racional de recursos. javascript:; b É um processo integrativo de atividade organizacional que envolve a vida do indivíduo. c É um grupo inacabado, visto que a sociedade está em constante mudança, onde surgem novos desejos e necessidades. d É a busca da eficiência, através da concretização dos objetivos e utilização irracional de dinheiro. e É gerir um negócio pensando exclusivamente na geração de lucro e na prosperidade organizacional. javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; AULA 2 A ADMINISTRAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS A administração no Brasil apresenta uma significativa influência americana. Seu desenvolvimento é oriundo não só da história da empresa nacional, mas também da história do capital estrangeiro. Essa influência americana partiu não apenas do campo tecnológico, mas do próprio modo de gestão, em que os administradores tomariam como exemplo a forma de exercer liderança, estimulando e apoiando o aperfeiçoamento social e econômico adotado pelos americanos. Sobre esse aspecto, Lima (2002) afirma que a influência norte-americana é um fato notório, porém, considera lamentável não ter sido atualizada de modo que mostrasse compatibilidade com a realidade. Para Storck (1983), o desenvolvimento e profissionalização da administração nas organizações brasileiras foram marcados por quatro momentos: O primeiro momento foi marcado por uma base cultural, científica e tecnológica deficiente, o que levou o Brasil a optar pela diversificação de sua economia e ingressar na era industrial. Nesse momento, destacavam-se os estabelecimentos com caráter artesanal e familiar, sobressaindo-se as indústrias tradicionais. Vivenciava-se uma estrutura de poucos administradores profissionais, o que comprometia o trabalho desenvolvido à época. Essa estrutura não comportava a administração nas mãos de uma única pessoa, ou seja, administração de forma centralizada, sem que houvesse profissionalização e adaptação à complexidade que se instalava no interior das organizações. Esse contexto acabou gerando a necessidade de administradores capacitados e aptos a tomarem decisões, sem necessariamente ter que contar com os chefes. Constituía-se um elevado número de filiais de grandes empresas tanto no âmbito nacional quanto multinacional, o que requeria mão de obra qualificada para atuar no mercado. A partir daí, resultou-se a implantação do IDORT (Instituto de Organização Racional do Trabalho), fundado em São Paulo. O principal destaque para a implantação do IDORT era a sua principal atribuição de divulgar as técnicas da administração científica e clássica, visando à solução de problemas ligados à racionalização das empresas e à qualificação no desempenho gerencial dos profissionais. A divulgação dos teóricos científicos e clássicos, na década de 30, já passava a representar a forte tendência da concepção mecanicista no contexto organizacional brasileiro. Nicolini (2003) também ressalta a influência norte-americana no contexto da estruturação das organizações brasileiras. Conforme enfatizado anteriormente, o acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos foi a solução estratégica para os problemas da atuação gerencial no país. A partir de então, a administração passou a crescer cada vez mais no Brasil. Para Leal e Freitas (2005), a administração no Brasil surge no contexto após a segunda grande guerra, em resposta às demandas da sociedade (chamada de “nova ordem mundial”), a partir da necessidade de mão de obra qualificada que atendesse ao processo de industrialização, praticamente um século após o seu desenvolvimento nos EUA. A partir de então, a administração torna-se uma ferramenta imprescindível à sociedade e com o passar do tempo, sua tendência foi crescer em resposta à demanda. Este contexto de transformações exige do gestor a necessidade de aprender novas formas de executar o trabalho, adquirir novos conhecimentos e habilidades, além de operar máquinas cada vez mais modernas. As empresas se apresentam mais enxutas e requerem profissionais mais qualificados e competentes a partir de uma visão de trabalho mais versátil e generalista, um profissional criativo que consiga integrar conceitos de forma lógica e crítica. Até porque a supercompetitividade imposta pela globalização da economia não deixa espaço para o amadorismo. É válido considerar que o administrador deve atuar como agente transformador, adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos com o propósito de responder às demandas do mercado de trabalho, a partir da construção de uma concepção que vise promover novas relações produtivas e sociais. É a chamada visão de administrador, que é preparado para as empresas do futuro e não para as empresas do passado. Portanto, visão de profissionais que desconsiderem a concepção de racionalidade imutável e homogênea, para ressaltar a concepção de flexibilidade e adaptação aos fatos e meios. Mais quais seriam esses fatos e meios? De fato, como se apresenta o cenário organizacional brasileiro? Mesmo com a influência americana, é válido chamar à atenção para o fato de que é necessário se conhecer o contexto cultural de uma organização e adaptar as estratégias empresariais de acordo com a cultura local de cada país. O contexto econômico e político do país vem influenciando a atividade empresarial brasileira, e quanto a isso, não nos restam dúvidas. O que ocorre é que para o gestor sustentar o seu negócio, ele deverá estar preparado para lidar com uma elevada carga tributária, já que o Brasil é o país com maior percentual de PIB do mundo, e com custos de financiamento ainda muito altos, com taxas de juros que muitas vezes chegam a ser abusivas. Esse fato, inclusive, acaba reduzindo significativamente a abertura de novos negócios. O processo burocrático na gestão dos negócios muitas vezes leva os gestores a gastarem tempo com formalidadesdo que empreendendo esforços na administração do negócio em si. Esses três aspectos são os principais motivos do crescimento do negócio informal. Desta forma, o administrador brasileiro moderno deve seguir a lógica da tríade objetivos, recursos e decisões. Isso porque a administração vem se apresentando como um processo que, para se colocar em prática decisões, visando alcançar objetivos, faz-se imprescindível a utilização de recursos. Nessa lógica, começa-se a perceber que, para a concretização dessa tríade, somente a experiência técnica não será suficiente. Para que as organizações brasileiras ganhem destaque no mercado, os seus dirigentes deverão estar aptos para atuar como gestores empreendedores, com visão estratégica de futuro, na consolidação de seu próprio negócio, administrando, inclusive, variáveis políticas e econômicas. Desta forma, cabe não só se pensar em introduzir novos processos, mas preparar a força de trabalho para desempenhar com eficácia esses novos papéis. AULA 3 FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR Com o passar dos anos, o administrador, em plena Era da Informação, deixou de ser um mero supervisor do trabalho das pessoas e da utilização de recursos organizacionais, com tarefas simples e limitadas, para ser um condutor de negócios e gestor de oportunidades e ameaças que constituem o entorno das organizações. Seu papel passou a ser multivariado e contingencial. Mas, de fato, quais seriam as funções do administrador? A primeira delas é planejar. Do ponto de vista organizacional, planejar significa pôr em prática as habilidades conceituais do gestor. Ou seja, definir as metas, os meios e recursos (financeiros, humanos, tecnológicos, materiais) para se alcançar os objetivos organizacionais. Será, portanto, a ação norteadora para todas as outras ações. Um bom gestor deve pensar com antecedência o que deseja alcançar e traçar planos e cronogramas para que possa acompanhar sua execução. É através do planejamento que a organização pode evitar o desperdício e apresentar maiores chances de se atingir os objetivos traçados. Até porque, se não utilizarmos o planejamento no presente, dificilmente conseguiremos implantar o que desejamos no futuro. Funciona assim também para a nossa vida pessoal. Se desejarmos ter uma prospecção financeira futura, será necessário fazer um planejamento de gastos e receitas para que se consiga o que se planejou. Para uma viagem, por exemplo, é necessário que se pesquise antes o lugar desejado, quanto será necessário de recurso, quem fará a viagem e qual o período mais apropriado para que a viagem aconteça. Quando se trata de uma organização, deve-se buscar ao máximo evitar os improvisos. Desta forma, planejar é decidir antecipadamente. Geralmente, nas empresas, os seus diretores se reúnem anualmente para discutir sobre seus projetos e como a equipe pode trabalhar para que sejam bem-sucedidos. Como você pode perceber, quando os objetivos são estabelecidos e as formas de alcançá-los traçadas, o administrador está planejando. Embora muitas vezes aquilo que se planejou leve anos e anos para que vire uma realidade. Aquele que não prevê os acontecimentos a longo prazo se expõe a infelicidades próximas. (Confúcio) Um plano deve conter objetivos, plano de ação, recursos, meios, mas ainda assim suas formas e conteúdo vão variar de uma empresa para outra. Por exemplo, em uma organização, o objetivo pode ser um resultado desejado como entrar em um novo segmento, acabar com a criminalidade; em outras, o objetivo pode ser a realização de um produto, como comprar um novo imóvel ou desenvolver uma nova marca para o negócio. Quando uma organização se prepara para competir no mercado, existe uma forte tendência de que o seu negócio dê certo. Com a falta de planejamento, existe grande probabilidade de que o desempenho organizacional não seja satisfatório. Podemos perceber isso através das pesquisas realizadas pelo SEBRAE. Ainda existe um percentual muito significativo de empresas que fecham suas portas antes de completarem cinco anos de existência. Um dos motivos que podem ser atribuídos a esse fato é a falta de planejamento. No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. Durante décadas, o planejamento foi utilizado de forma desestruturada e fragmentada, sendo adotado apenas por poucas grandes empresas. Nos últimos trinta anos, o uso do planejamento passou a ser formal, sendo utilizado por todos os níveis da organização: estratégico, tático e operacional. Embora as empresas tenham o planejamento como exercício anual, revisando a missão, as principais metas e expectativas dos acionistas, é importante considerar que elas também devem desenvolver os planos de contingência para as situações inesperadas, como crises econômicas, catástrofes ambientais e desastres. Sobretudo, porque os gestores, de um modo geral, lidam com o futuro em um ambiente incerto e em constante mudança. Organizar é a segunda função administrativa. Uma organização é a coordenação racional das atividades de um certo número de pessoas, que desejam alcançar um objetivo comum e explícito, mediante a divisão das funções e do trabalho e por meio da hierarquização da autoridade e da responsabilidade. (SCHEIN apud LACOMBE; HEILBORN 2008). Envolve a atribuição de tarefas em departamentos e os recursos que serão alocados para esses departamentos atingirem os objetivos. Através da organização é que se define a estrutura e configuração da ação empresarial como um todo. De certa forma, é imprescindível que o gestor busque disponibilizar todos os recursos e competências que deverão ser utilizados para que se obtenha resultado e consiga executar o que foi planejado. Nesse sentido, a organização depende do planejamento. O planejamento define o que fazer e a organização de como fazer. Através dele, a empresa deverá reunir e integrar os seus recursos e competências, definir a estrutura, estabelecer a divisão do trabalho, ou seja, se configura no caminho que a empresa utiliza para pôr o planejamento em prática. Eis o grande desafio da função de organizar: alcançar a coerência entre todas as áreas de decisão. No sentido de proporcionar maior clareza ao processo da gestão como um todo, a empresa pode definir a função de organizar abrangendo quatro elementos: TAREFAS: representa a divisão do trabalho. PESSOAS: designação das pessoas para ocupação dos cargos. Nesse quesito é necessário um cuidado especial ao se designar uma pessoa para ocupar uma determinada tarefa. É importante se considerar as habilidades, aptidões, experiências de cada membro que compõe a organização. O gestor deve buscar a pessoa certa, na tarefa certa, e no tempo certo. ÓRGÃOS: configura-se no agrupamento de pessoas e tarefas, como exemplo dos departamentos ou unidades da organização. Essas pessoas se reúnem sob uma autoridade hierárquica única para exercer uma função ou um conjunto de funções. RELAÇÕES: representam as relações entre os órgãos que compõem a organização e entre parceiros externos à organização. A partir da definição desses quatro elementos, a empresa compõe o seu organograma, que nada mais é do que a representação visual da estrutura de uma organização. No organograma devem estar indicadas as tarefas departamental e lógica do seu ordenamento, ou seja, é a ilustraçãoda organização do trabalho das pessoas. Um dado curioso é que nem sempre o fato de uma empresa possuir organograma significa que ela é uma empresa bem organizada. Desta forma, cabe ao gestor definir alguns princípios na elaboração do seu organograma, a saber: simplicidade, ou seja, apresentar apenas os componentes fundamentais que auxiliarão no entendimento da estrutura organizacional. padronização, ou seja, estabelecer uniformidade e coerência. atualização, que nada mais é do que o retrato da realidade da organização em um dado momento. Assim sendo, cada vez que as circunstâncias o exigirem, o organograma deve ser atualizado. O organograma pode ser vertical, que é quando a estrutura está voltada para o controle vertical da organização; ou horizontal, voltado para a definição da divisão técnica do trabalho. O organograma vertical é o mais tradicional. As principais vantagens do organograma é que, através dele, é possível se analisar as deficiências da estrutura (lacunas, duplicações de cargos etc.); indicar aos funcionários como eles estão enquadrados no sistema em que atuam; além de proporcionar melhores condições de controle. Através do desenho da estrutura organizacional é que se decide o nível de centralização e descentralização. Quando a autoridade está concentrada em apenas uma pessoa, ou em poucas pessoas, a organização é centralizada. Nas organizações centralizadas, o poder de decisão está localizado próximo ao topo da organização. A principal vantagem é uma maior uniformidade e controle. Já nas organizações descentralizadas, as decisões são tomadas em níveis mais baixos. Desta forma, os ocupantes de determinados cargos transferem parte de suas atribuições para representantes de outros cargos. A principal vantagem é que ela estimula a autonomia e proporciona um melhor aproveitamento do potencial das pessoas. Uma empresa de sucesso que optou pelo modelo da descentralização é a Johnson & Johnson, que oportuniza uma total autoridade a todas as suas companhias operadoras. Quando os trabalhos são divididos de forma racional, o administrador está organizando. Após o planejamento e organização, a próxima função é a direção. E o que isto representa? Isto representa a estratégia do gestor de acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la funcionar. Desta forma, é através da direção que os objetivos devem ser alcançados por meio da atividade das pessoas que compõem a organização. É a função administrativa relacionada à interação entre os administradores e seus subordinados, ou seja, a função que coloca em prática as habilidades de motivar e liderar pessoas por parte dos gestores. Por envolver o gerenciamento de pessoas, dirigir constitui uma das funções administrativas mais complexas, sobretudo porque uma vez que se agrupam pessoas com objetivo e perspectiva individual, existe um grande desafio para se alinhar esse objetivo individual com os objetivos organizacionais. Nesse sentido, a função da direção envolve o contato direto e próximo com as pessoas, ajudando a guiá-las no caminho dos objetivos de equipe e organizacionais. Alguns aspectos estão mais ligados à direção, como: Assim, como você deve estar imaginando, a direção deve buscar criar um ambiente de trabalho cooperativo, manter um fluxo claro de comunicação, criar situações que possibilitem às pessoas aprender e crescer. Na função de direção, a comunicação representará a troca de pensamentos, a inter-relação por meio de palavras. Configura-se no processo de passar informação de uma pessoa para outra. No que tange à motivação, o gestor deve entendê-la como a ação que vai impulsionar um indivíduo a agir de determinada forma, quer seja provocado por um estímulo interno, quer seja por um estímulo externo. Eis um grande desafio, administrar desejos e necessidades diversas, dentro de um mesmo ambiente organizacional. Daí, a liderança passa a exercer também um papel extremamente importante na empresa. Através da liderança, o gestor desenvolverá técnicas para conduzir as pessoas, fazendo uso adequado de incentivos para obter motivação. Configura-se na capacidade de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito. Nessa perspectiva, a conduta do diretor deverá ser exemplo para todos os seus seguidores. Na função de direção, a liderança exerce um papel mais relevante. Desta forma, aquele que exerce função da direção deve ser visto como um agente transformador, adaptando-se aos avanços tecnológicos e científicos, com o propósito de responder às demandas do mercado. Observa-se que em um cenário marcado por constantes e aceleradas transformações em todos os aspectos, sobretudo no que se refere ao aumento da competitividade e necessidade de sobrevivência, as organizações, independentemente do seu tamanho, têm buscado monitorar tanto o seu ambiente externo quanto interno. Para tanto, dirigir significa adotar um perfil eficiente, que combine aspectos relacionados à execução das tarefas com aspectos relacionados ao lado emocional, visando equilibrar e orientar as relações de trabalho. Nesse sentido, o relacionamento interpessoal passa a refletir no desenvolvimento de uma organização, a partir da valorização cada vez maior dos recursos e talentos humanos, criando sinergia no ambiente organizacional. Essa sinergia se refere a tentar obter da equipe um resultado que seja maior do que o somatório das capacidades e habilidades individuais de seus membros. Para que exista sinergia, são necessárias a comunicação e troca de informações, o que só pode acontecer quando existe um relacionamento interpessoal — formal ou informal — de qualidade entre aqueles que fazem parte de uma organização. Existem dois estilos de direção: Teoria X e Teoria Y. Na Teoria X, é desenvolvido um estilo de direção voltado apenas aos objetivos empresariais, sem levar em consideração as aspirações individuais dos membros que compõem a organização. É considerada uma teoria ultrapassada, uma vez que tem uma forte tendência a levar as pessoas a fazerem exatamente o que a organização deseja, sem considerar as opiniões e objetivos individuais. Segundo Chiavenato (2007), o salário é a única motivação para essa teoria. Na Teoria Y, a direção desenvolve um estilo de gestão aberto, democrático, participativo e dinâmico. Nesse estilo de direção, percebe-se uma administração por objetivos que realçam a iniciativa individual, ou seja, existe uma preocupação com autodesenvolvimento das pessoas. O trabalho é encarado como uma atividade natural, as pessoas são criativas e competentes. Trata-se, portanto, de um estilo de direção pautado em ações inovadoras e humanistas. Na teoria Y, as decisões são descentralizadas e as responsabilidades delegadas, com maior significação do trabalho. Como você pode imaginar, o papel de direção passou por diversas transformações ao longo dos anos. A autoridade, que antes era exercida pelo chefe em uma relação de comando e controle, teve que ceder espaço a uma direção participativa direcionada para a motivação e liderança, com foco também nas pessoas. Por fim, após o planejamento, organização e direção, o gestor deve controlar. Vamos compreender melhor essa etapa. Através do controle, será possível mensurar e avaliar os resultados da ação empresarial e suas consequências. Ou seja, o seu principal papel é acompanhar a execução das atividades, tendo em vista os objetivos organizacionais. Desta forma, o controle se preocupa em manter a empresa em condições que permitam o funcionamento adequado em prol do cumprimento dos seus objetivos, de acordo com o que foi planejado. As organizações devem pensar no controle como uma forma de monitorar o progresso da empresa e implementar as mudanças necessárias para que ela cumpra a sua missão. Nesse sentido, no cotidiano das empresas, marcado por adversidades emudanças constantes, faz parte da premissa dos gestores buscar respostas para as questões do tipo: nossos resultados estão compatíveis com nossos objetivos? Nossas metas estão sendo atingidas? Nossa equipe está motivada e engajada na consecução das estratégias organizacionais? As corporações de sucesso empreendem esforços significativos no acompanhamento da qualidade de sua atuação. Desta forma, torna-se uma prática monitorar o desempenho das pessoas, fornecer feedback, identificar problemas e corrigi-los. Com o avanço da tecnologia da informação, as organizações estão utilizando a internet e outras tecnologias para coordenar e monitorar virtualmente o seu negócio, sobretudo porque a falta de um controle eficaz pode causar sérios problemas à organização e ameaçar o seu futuro. Em muitas organizações, existe uma resistência muito grande aos sistemas de controle. Essa resistência é atribuída ao fato de os sistemas abrangentes de controle fornecerem dados de desempenho dos funcionários, além de revelarem erros que causem instabilidade no emprego. Cabe ao gestor fazer com que o controle organizacional seja entendido como um processo sistemático de monitorar as atividades organizacionais tornando-as consistentes com os planos e metas traçados pelos acionistas da empresa. O controle, antes do processo, pode ser chamado de controle por adiantamento das informações. Como a própria classificação já sugere, esse tipo de controle busca identificar e definir os problemas antes de ocorrerem. É o que os bancos geralmente fazem. Antes de fornecer um empréstimo a um correntista, o gerente exige uma série de documentos e comprovações. “De acordo com Kaplan e Norton (1997), o BSC é um instrumento que mede o desempenho organizacional em quatro perspectivas (financeira, clientes, processos internos e aprendizagem/crescimento), permitindo que a organização acompanhe o desempenho financeiro, monitore e ajuste a estratégia.” Para saber mais sobre o Balanced Scorecard, leia as páginas 23-26, do livro Incrementando a Estratégia - Uma abordagem do balanced scorecard, disponível na Biblioteca Virtual. Quando o controle é realizado durante o processo, ele é chamado de controle simultâneo. Nesse tipo de controle, o foco está nos processos contínuos. Em contrapartida, quando o controle está focado nas saídas da organização, ou seja, após o processo, a organização está adotando o controle pelo feedback. Nesse controle, os problemas são resolvidos depois que eles acontecem. Exemplos: a análise de uma venda depois que ela acontece e as ligações pós-venda. Através do Balanced Scorecard, o gestor tem condições de fazer um monitoramento financeiro dos processos internos, dos clientes e do aprendizado e crescimento organizacional. Como você pôde perceber, o ciclo PDCA é muito utilizado como modelo para o planejamento. Vamos entender o que é PDCA... O ciclo PCDA é um método interativo de gestão baseado nas funções da administração: Planejar, Executar, Verificar e Agir. “Plan”, planejar; “Do”, fazer ou agir; “Check”, checar ou verificar; e “Action”, no sentido de corrigir ou agir de forma corretiva. O PDCA se configura em um método utilizado para o controle eficaz das atividades de uma organização, sobretudo àquelas relacionadas às melhorias. Através dele, a empresa implementa ações de melhorias constantes nas áreas, auxiliando no processo de tomada de decisões administrativas. Visualize como exemplo a atuação de um empresário, dono de um restaurante localizado em uma capital brasileira. Suas atividades são focadas antes, durante e depois da prestação dos serviços. Antes, será necessário verificar as atividades de recepção, compra dos alimentos e bebidas, iluminação, segurança, garçons, cozinheiras, limpeza etc. O acompanhamento de como as cozinheiras preparam as comidas e como os garçons atendem os clientes podem ser entendidos como a função de controlar durante o processo. Ao final do dia, o acompanhamento de quantos pratos foram vendidos e a estatística de satisfação dos clientes em relação ao restaurante representam o controle depois do processo. É importante destacar que todas as quatro funções administrativas (Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar) são interdependentes, mas interagem entre si de modo dinâmico. Em síntese, as funções do administrador são: No planejamento estratégico, que é o mais utilizado pelas organizações, devem ser envolvidos os objetivos e estratégias de longo prazo, a análise da situação das forças e fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio, ficando sob a responsabilidade dos altos executivos. Já no planejamento tático, são envolvidos os planos mais específicos e as principais ações que uma unidade deve empreender. No plano operacional, estão envolvidos os procedimentos que requerem um tempo mais curto, envolvendo os níveis inferiores da organização. Agora vamos destacar as habilidades que um administrador deve desenvolver. Como visto, observe que, para pôr em prática o ciclo PDCA, o administrador deve ter habilidades técnicas para utilizar os conhecimentos, métodos e técnicas na realização de tarefas específicas. Se você é um engenheiro de uma determinada construção, a competência técnica está relacionada aos conhecimentos sobre engenharia e sobre o projeto de obra para o qual você foi contratado. Também como exemplo, você pode perceber como a habilidade característica de um contador, advogado, ou seja, aqueles que detêm um conhecimento especializado. Observe que é uma habilidade, geralmente adquirida por meio da experiência e treinamento profissional. O conhecimento técnico possibilita ao gestor reconhecer problemas, equacionar soluções e, ainda, introduzir modificações no processo produtivo. Habilidades humanas para trabalhar com pessoas, saber se comunicar, compreender as motivações das pessoas envolvidas no negócio e principalmente, desenvolver uma liderança eficaz. Podemos considerar também como competência interpessoal. Através da habilidade humana, o administrador tende a envolver o grupo, de modo que ele caminhe na direção dos objetivos organizacionais. Desta forma, um bom administrador deve buscar desenvolver a habilidade de lidar com pessoas. Até porque as pessoas são as organizações. E, por fim, habilidades conceituais para gerenciar ideias, definir a missão do negócio, estabelecer a visão de futuro e a estratégia organizacional. De certa forma, as habilidades conceituais abrangem todas as formas de raciocinar, de modo a saber agir diante de situações complexas e adversas. Através da habilidade conceitual, o administrador consegue visualizar a empresa como um todo. Todas essas habilidades vão variar de acordo com os níveis da administração. No nível estratégico (alta direção), em que são estabelecidos os objetivos e estratégias organizacionais, se percebe maior evidência das habilidades conceituais. No nível tático (gerência), se observa maior evidência das habilidades humanas; já no nível operacional (supervisão), se percebe basicamente as habilidades técnicas. Na medida em que os níveis hierárquicos são mais altos, a proporção da necessidade de cada uma dessas habilidades varia. É importante que você perceba que o será um bom gestor aquele que tiver conhecimento, habilidade e atitude. Para o conhecimento atribui-se visão ampla e articulada com as áreas de cognição; quanto às habilidades atribuem-se relacionamentos interpessoais, criatividade e inovação; quanto à atitude, fica o comportamento ético e o empreendedorismo. Desta forma, além de competências técnicas sólidas, o administrador deve ter competências conceituais e integradoras. Até porque o processo de gerenciar uma empresa está alinhado ao processo de gerenciar a mudança. O que, de certa forma, exige do administrador um perfil que seja capaz de enfrentaralterações rápidas e complexas, além de compreender a necessidade de se criar novos produtos e oferecer novos serviços. Vídeo da Unidade Para saber mais sobre organização e funções do administrador, assista agora ao vídeo da unidade Funções do administrador. Atividade Tratando-se do modelo de planejamento PDCA, relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda. 1. Planejar Mensurar e avaliar os resultados. Acompanhar a execução. 2. Organizar Acionar a empresa, dinamizá-la e fazê-la funcionar. 3. Controlar Definir a estrutura e configuração. 4. Dirigir Definir as metas, os meios e recursos para se alcançar os objetivos organizacionais. https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413440 ENCERRAMENTO RESUMO DA UNIDADE Nesta unidade, você estudou alguns conceitos que permeiam a prática administrativa, bem como as principais funções da administração, além das competências e habilidades necessárias ao administrador do século XXI. Vamos resgatar e responder as questões norteadoras. Acompanhe comigo. 1) Como o profissional deverá administrar uma organização? Você estudou que atualmente administrar não é, apenas, um ato de manipular coisas e gerenciar pessoas. Por tanto, o administrador deve ser capaz de aprender e empreender, contribuindo para o desenvolvimento individual e coletivo dentro de uma organização. Ele precisa adaptar-se às demandas atuais, tais como, os avanços tecnológicos e científicos, para que seja capaz de atender às demandas da sua área de atuação. 2) Em que se configura a administração? A partir do que foi exposto, a concepção acerca da administração vem sendo aprimorada, até porque a realidade das organizações vem sofrendo transformação, quer seja pelo número excessivo de empresas apresentadas pelo mercado, quer seja pela exigência dos membros que utilizam os bens ou serviços produzidos por essas empresas. 3) Quais as principais funções e habilidades do Administrador? Dentre as suas funções, o administrador precisa saber planejar, organizar, dirigir e controlar. O administrador deve ter habilidades técnicas para utilizar os conhecimentos e métodos na realização de tarefas específicas, além de habilidades humanas para trabalhar com pessoas, saber se comunicar, compreender as motivações dos envolvidos no negócio, desenvolvendo uma liderança eficaz. E, por fim, habilidades conceituais para gerenciar ideias, definir missão do negócio, estabelecer a visão de futuro e a estratégia organizacional. Atividades Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. Lembre-se: procure o professor-tutor no fórum "Fale com o tutor". UNIDADE 2 CONHECENDO AS ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO INTRODUÇÃO 1) Como o profissional deverá administrar uma Organização 2) Qual o perfil do Administrador de uma organização? 3) Quais são as áreas de atuação ou funções de uma organização? Você já parou para pensar sobre as principais áreas que compõem uma organização? Nesta unidade, você vai conhecer as características de uma organização e como dela podem originar resultados satisfatórios para o negócio. Você verá como se processa a produção de uma empresa, as principais atribuições da área de marketing, como o gestor deve voltar a sua atenção para a área financeira, que é a principal responsável por assegurar a sustentabilidade econômica dos negócios, além de refletir acerca da importância do gerenciamento de pessoas na rotina da administração. Convidamos você a aprofundar seus conhecimentos e aprender um pouco mais sobre os assuntos aqui expostos. Bom estudo! Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Compreender a necessidade de uma gestão eficiente e eficaz, além de identificar as áreas de atuação de uma organização e suas principais características. Conteúdo Programático Esta unidade está dividida em: • Aula 1 - Administração de uma Organização • Aula 2 - Funções Organizacionais: operações e marketing • Aula 3 - Funções Organizacionais: de pesquisa e desenvolvimento, da área de finanças e de recursos humanos Rota de Aprendizagem A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. https://a9255-1339971.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339971/course%20files/unidade-2/RA/G_FGE_RA_U2.htm AULA 1 ADMINISTRAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO O termo organização é constituído por um grupo de pessoas que se juntam de forma organizada com o intuito de atingir interesses comuns. Este grupo de pessoas é responsável pela coordenação, pela condução, pelo gerenciamento de materiais, recursos financeiros; informações diversas; estrutura física; espaço e tempo. Seu principal objetivo é atingir interesses comuns que resultem em produtos e/ou serviços. Para que este grupo de pessoas possa conseguir atingir interesses comuns e resultar em produtos e/ou serviços, se faz necessário que a organização seja bem administrada, com capacidade de utilizar corretamente seus recursos e atingir seus objetivos. Assim sendo, visando otimizar os seus processos, a administração foi dividida em áreas como operações, marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e recursos humanos, as quais discorrermos. Para que você possa perceber melhor essa inter-relação, apresentamos a figura a seguir, que demonstra de forma objetiva a conexão dos recursos necessários para o atingimento correto dos objetivos propostos pela organização. A partir dessa análise dos recursos versus serviços, observa-se que é a eficiência na gerência e uma boa administração da organização que farão com que as organizações, de maneira geral, sejam capazes de utilizar corretamente seus recursos e atingir seus objetivos. Segundo Maximiano (2004, p. 22): O desempenho das organizações é importante para clientes e usuários, funcionários, acionistas, fornecedores e para a comunidade em geral. Para atender a todas estas expectativas, as organizações precisam ser bem administradas. Você já percebeu que administrar é um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma organização, que é entendida como um grupo de duas ou mais pessoas que interagem em prol de um objetivo. Para atingir eficiência, a gestão da organização, seja ela do governo, privada ou do terceiro setor, faz-se necessário uma maior interação entre os níveis de uma organização. São eles: ESTRATÉGICO, no qual se encontram os diretores, a alta gestão responsável pela tomada de decisões. No nível estratégico, são definidos os objetivos e fins da organização. Ex.: Diretores de uma fábrica de automóveis. TÁTICO/INTERMEDIÁRIO, no qual se encontram os gerentes, os responsáveis pela execução das tarefas. Ex.: Gerentes de uma fábrica de automóveis. OPERACIONAL, no qual se têm o maior número de empregados. Chamamos de “chão de fábrica”, onde as tarefas são realizadas, executadas. Ex.: Operários de uma fábrica de automóveis. A partir da definição desses níveis é que surgem as áreas de uma organização, que também são denominadas de funções organizacionais. Atividade Em uma organização, o planejamento ocorre em três níveis: estratégico, tático e operacional. O estratégico é de longo prazo, tem maior impacto e refere-se àsdecisões da instituição. O tático é de médio prazo e busca resposta a questões imediatas. O operacional cuida da documentação escrita e da normalização dos processos. A partir dessas informações, julgue o próximo item. Ao final do ano, uma organização pensa em um plano de expansão com o qual irá aumentar o número de filiais, iniciando as operações no exterior. Em relação a esse projeto, podemos afirmar que está no nível estratégico. 1. Certo 2. Errado AULA 2 FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS: OPERAÇÕES E MARKETING Vamos especificar, agora, cada uma das funções organizacionais. As áreas de atuação de uma organização também são conhecidas como funções organizacionais. São constituídas por áreas de atuação específicas de uma organização na consecução de um produto e/ou serviço pretendido. Segundo Maximiano (2004, p,22) “as funções organizacionais são tarefas especializadas que contribuem para a organização realizar seus objetivos”. Ao longo dos estudos, você vai perceber que existem várias funções da administração, estabelecidas pelos teóricos. Essa variação está atrelada ao nível de complexidade de cada organização. Neste capítulo, discorreremos sobre as 05 (cinco) principais delas, que são consideradas as mais usuais. São elas: • Funções de Operações. • Funções de Marketing. • Funções de Pesquisa e Desenvolvimento. • Funções de Finanças. • Funções de Recursos Humanos. O papel da Administração Geral é constituído pelo conjunto de todas estas funções, conforme demonstrado no gráfico a seguir: FUNÇÕES DE PRODUÇÃO (OPERAÇÕES) Toda organização existe para produzir bens e/ou serviços para, em seguida, ofertar ao mercado de modo a satisfazer um desejo ou necessidade do consumidor. Partindo-se desse princípio, a área de produção/operações representa o cerne da empresa. As funções de produção são compreendidas pelo processo de geração; de operação; de transformação; de utilização de recursos diversos (humanos, materiais, financeiros, informação, espaço e tempo) de uma organização para gerar produtos e/ou serviços que serão ofertados às pessoas, clientes, usuários estabelecidos como seu público-alvo. Ou seja, é a área responsável por transformar insumos (matéria-prima) em produtos, sendo assim, é também conhecida como “funções produtivas”. Observe os exemplos: vidro ou acrílico são transformados em garrafas; plásticos são transformados em embalagens; pessoas são capacitadas, a partir de aulas que são ministradas por professores. De acordo com Bulgacov (2006), a partir da classificação dos sistemas de produção e de suas fases, se discute o planejamento, a programação e o controle da produção. É importante destacar que ... Produção e operações são partes integrantes de um mesmo sistema. Para facilitar sua compreensão, apresentamos como o exemplo a fabricação de automóveis. A fábrica vai cuidar da preparação e fabricação do automóvel que será disponibilizado para venda. Entretanto, só a fabricação não será suficiente. Será necessário também voltar a atenção para o serviço de assistência que será prestado ao consumidor e a manutenção dos automóveis após produzidos. Essa assistência é o que chamamos de operações. Como você pôde perceber, produção e operações fazem parte de um mesmo sistema. Dentro de uma organização, o objetivo da produção é fornecer bens ou serviços. Nesse sentido, é importante reforçar que: No fornecimento de bens, as matérias-primas são transformadas por meio do esforço de pessoas ou uso de máquinas. Ex.: fabricação de roupas; de alimentos; de imóveis; de máquinas; de automóveis etc. Na prestação de serviços, os processos são desenvolvidos junto aos clientes. Ex.: a qualificação de alunos na universidade, pelos diversos professores; a recuperação de pacientes nos hospitais pelo trabalho dos médicos etc. Configura-se na responsabilidade do gerente de produção ou gerente de operações, ou ainda, gerente administrativo para algumas organizações, implementar um processo produtivo, articulado com as demais áreas da administração e que esteja em consonância com os objetivos estratégicos traçados pelos diretores da empresa. Para isso, o gerente de produção deve ter como foco nas suas tarefas a determinação do local de produção, o cálculo do tamanho das instalações, o conhecimento das pessoas e suas habilidades, a projeção do produto/serviços que se pretende produzir, além do controle das matérias-primas do estoque. Existem 03 (três) tipos principais de processos produtivos. São eles: Produção em massa: consiste no fornecimento de produtos idênticos e em grande quantidade. Ou seja, o foco é no alto volume de produção e baixa variedade dos produtos. Representa o sistema de produção utilizado na linha de montagem, visto na indústria automobilística. Neste tipo de produção, observa-se uma utilização mais intensa da mão de obra e dos equipamentos, porém com pouca flexibilidade para mudanças. Ex.: veículos, cadeiras, mesas, aparelhos eletrônicos etc. Produção por processo contínuo: consiste no fornecimento ininterrupto de um único produto. Representa um fluxo contínuo de produção, com pouca variedade de produtos. Ex.: gasolina, serviços telefônicos, transmissão de programas de televisão. Produção unitária e em pequenos lotes: consiste no fornecimento de produtos sob encomenda. A produção é feita em lotes separados e a produção se inicia com o pedido, sendo as encomendas entregues após a produção. Para a produção em pequenos lotes, é recomendada para a fabricação de produtos repetidos em volumes baixos. Ex.: montagem de aviões, cortes de cabelos, revisão em automóveis, confecção de roupas sob medidas. OBSERVAÇÃO: i. Os sistemas de produção em massa são estáveis e padronizados, para que os produtos e serviços não apresentem variações. ii. Os processos contínuos funcionam como máquinas que trabalham ininterruptamente, para produzir sempre o mesmo produto. Para auxiliar o gerente de produção, na fabricação dos produtos e serviços, a administração da produção foi dividida em fases, que possibilita ao gestor desta área ter maior controle dos processos. São elas: Infraestrutura – é a localização da unidade produtiva, da mão de obra necessária para a produção e dos investimentos em equipamentos. É muito importante que o gestor dedique atenção a esta fase, pois um cálculo equivocado na infraestrutura pode comprometer todo o processo de produção, além de que planos de recuperação podem custar muito caro e requerem tempo, que muitas vezes o mercado não disponibiliza. Projetos de produção – esta seria a próxima fase, na qual deverá constar todo o projeto do produto (forma, embalagem, qualidade, quantidade). No projeto de produção, deverá constar a sequência das operações, duração e prioridades. Antes de produzir um produto novo no mercado, o gestor deve buscar fazer um projeto- piloto, através de testes, para avaliar se o produto será bem aceito no mercado. Algumas instituições, por exemplo, adotam a política do endomarketing (marketing interno), que tem como objetivo convencer inicialmente o público interno, no caso, os próprios funcionários, das qualidades do produto. Somente após esse processo é que o produto é lançado no mercado. Planejamento da produção – trata-se da operação dos recursos materiais, humanos e financeiros, destinados à produção. Na fase do planejamento, são feitos os testes em relação ao produto, com o intuito de corrigir as possíveis falhas que tenham sido geradas no processo de produção, antes da apresentação do produto ao consumidor final. Processo da produção – nesta fase, será determinado o método a ser adotado na operação da organização. Arranjo do layout – configura-se na organização da área de trabalho, de armazenagem, além do fluxo de tarefas. O objetivo desta fase é otimizar o tempode trabalho e disponibilizar espaço físico adequado à realização dos trabalhos. A preocupação com o layout nas organizações tem sido cada vez mais evidente, sobretudo porque os gestores passaram a considerar que, oportunizando boas condições físicas de trabalho, o processo de produção tende a ser mais eficiente e eficaz. Gestão do estoque – essa é a fase que representa uma das principais atividades do gerente de operações. A gestão do estoque envolve o gerenciamento das matérias-primas e de como elas serão estocadas após a produção. É muito importante que haja um controle efetivo do estoque. Para tanto, o gestor deve fazer um estudo de mercado e estabelecer parâmetros de indiquem a previsão de demanda dos seus produtos, para que ele não falte no mercado. Hoje, as empresas já contam com sistemas informatizados de controle de estoque que permitem mais agilidade e segurança no acompanhamento do nível de estoque. Controle de produção – trata-se do controle dos custos de produção e controle de qualidade. Atualmente, os consumidores têm um nível de exigência muito mais elevado do que décadas atrás. Isso porque existem diversas opções de compras que acabam fazendo com que eles desistam do consumo de uma determinada marca, caso haja alguma falha, para consumirem um produto concorrente. É o chamado desapego às marcas, que tem impactado na fidelidade aos produtos. Daí a necessidade de os gestores estabelecerem o controle da produção e se preocuparem com a qualidade dos seus produtos e serviços. FUNÇÕES DE MARKETING As funções de marketing têm como propósito manter uma ligação direta entre a organização e seus clientes, consumidores, usuários e público-alvo. É vista como uma das ferramentas de análise de mercado mais úteis para o gestor. Em qualquer tipo de organização, seja ela do governo, do setor privado ou mesmo do terceiro setor, todas necessitam realizar atividades de Marketing. Seja para divulgar programas de governo em benefício da população; para ampliar a divulgação de ações realizadas por entidades sem fins lucrativos; ou mesmo para ampliar a área de divulgação dos produtos a serem ofertados para o consumidor final. As organizações que desejam se destacar e obter o sucesso do seu negócio devem manter um contato direto com seus consumidores e fornecedores, sem esquecer de acompanhar as ações dos seus concorrentes. Como você pode perceber, o estudo do ambiente em que a empresa opera (microambiente e macroambiente) será primordial para o trabalho das demais áreas. No estudo do ambiente, também conhecido como estudo de mercado, deve-se buscar respostas do tipo: quem constitui o mercado? O que o mercado compra? Quem participa da compra? Como o mercado compra? Com qual periodicidade o mercado compra? Dentre as funções da área do marketing está a de criar, comunicar e entregar valor aos clientes, de modo a satisfazer seus desejos e necessidades por meio do processo de troca, e superar expectativas, a ponto de o consumidor voltar a repetir a compra e propagar positivamente a imagem do seu negócio. De acordo com Maximiano (2011, p. 09), a função do marketing pode ser voltada para 05 (cinco) segmentos. É o chamado composto de marketing ou mix de marketing ou ainda 5Ps. O estudo dos 5Ps será de extrema relevância para que os produtos e serviços sejam produzidos de acordo com as expectativas do cliente. São eles: Pesquisa de mercado: neste segmento, o marketing procurar identificar os interesses, necessidades e tendências do mercado. O objetivo da pesquisa de mercado é conhecer e acompanhar as necessidades dos clientes. Ex.: Uma empresa deseja lançar um produto novo no mercado, ampliando o seu portfólio de vendas. Para identificar se o produto será bem aceito pelo consumidor, ela pode contratar uma agência especializada em pesquisa de mercado, ou ainda desenvolver sua própria pesquisa, visando identificar as probabilidades de o produto dar certo. Para isso, busca-se coletar dados desses potenciais clientes, que pode ser feito através de meios virtuais, físicos ou da própria entrevista. Essa estratégia foi adotada por Mamede Paes Mendonça, empresário de destaque da rede supermercadista do país. Origens de Marketing Marketing é uma palavra em inglês originada em “market”, que significa mercado. Na verdade essa palavra deriva do latim “mercare”, que definia o ato de comercializar produtos na antiga Roma. Enquanto tudo o que se produzia era vendido, ou melhor, era comprado, não havia a necessidade de um esforço adicional de vendas e, portanto, o marketing era desnecessário. Somente no século passado constatou-se a sua necessidade. O marketing foi criado nos Estados Unidos, coração do capitalismo, na década de 1940. Hoje é usada para designar o trabalho de planejar e executar ações voltadas para o mercado. (Fonte: Simone Bacellar Leal Ferreira – Apresentação em Slides). Desenvolvimento de Produtos: neste segmento, o marketing procurar criar produtos e serviços. Fornece também informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas. Entende-se por produto tudo aquilo que é oferecido ao mercado para venda, podendo este ser um bem tangível (produto físico) ou intangível (serviços). Na oferta do produto, a área de marketing deve buscar definir como deve ser a rotulagem das embalagens, o desenho do produto, garantia, assistência técnica se for o caso, tudo conforme demandado e desejado pelo mercado. Para os profissionais de marketing, cabe destacar que os consumidores atuais buscam além do consumo do produto. Os consumidores buscam valor agregado. Desta forma, a empresa deve se preocupar com os benefícios que serão atribuídos aos produtos/serviços, a exemplo de conforto no momento da compra, bom atendimento, brindes, descontos, facilidade de pagamento, status em relação ao consumo da marca, a ponto do consumidor perceber que o valor pecuniário pago pelo produto, justifica tendo em vista os benefícios adquiridos, sempre visando ganhar frente ao concorrente. Preço: neste segmento, o marketing determina políticas comerciais e estratégicas de preço de mercado. Para o estabelecimento do preço, deverão ser avaliados, inicialmente, os custos com a fabricação do produto e o percentual de lucro que se deseja obter com a venda do produto. Além dos cursos e lucro, outras variáveis devem ser levadas em consideração, a exemplo do objetivo de preço (penetração de mercado, desova de estoque, investimento), preço dos concorrentes. Na medida em que o produto vai se firmando no mercado e passando pelas etapas do ciclo de vida do produto, os preços vão variando. Desta forma, é importante destacar que o preço do produto é mutável, podendo sofrer alteração em função do movimento dos concorrentes e variação dos custos de produção. Ex.: Os produtos que estão com período de validade próximo. Geralmente, a empresa responsável pela oferta do produto adota a política promocional para estimular o consumidor a comprar. Em mudança de estação, as lojas de vestuário, também adotam promoção, para findar o estoque das mercadorias da coleção anterior. Outro exemplo são os produtos quando são lançados no mercado; as empresas buscam adotar preços atrativos para que o consumidor sinta interesse em experimentar o produto, comprando ao menos uma unidade. Merchandising, significa todas as estratégias adotas pela empresa com o objetivo de destacar o produto no ponto de venda. Geralmente são representados pelos promotores de vendas, ações de degustação, arrumação do produto de forma diferenciada no ponto de venda (ex. ovos de chocolate, no período da Páscoa) Distribuição ou Praça: neste segmento, o marketing procurar desenvolver canais de distribuição e gestão de pontos de venda. Configura-se na preocupação desde a fabricação até a apresentação do produto ao consumidor, no ponto de venda. Nadistribuição é importante uma atenção especial para entrega do produto certo, no tempo certo e no local certo. As empresas podem optar por um canal de distribuição direto, sem intermediário, onde o consumidor adquire o produto diretamente no ponto de vendas (distribuição direta requer altos investimentos) ou ainda optar por um canal de distribuição indireto, quando existir intermediário na apresentação do produto ao consumidor final. Ex.: Lojas, vitrines, venda de porta em porta, venda pela internet. Promoção: neste segmento, o marketing se comunica com o público-alvo por meio de atividades. Representa a preocupação da área do marketing em promover a venda, ou seja, em criar estratégias que incentivem o consumo dos produtos/serviços. Geralmente são representadas pelas ações de publicidade, propaganda, promoção de vendas, relações públicas. Ex.: propaganda, publicidade e promoção nos pontos de vendas, merchandising. Em algumas organizações, de maneira geral, a atividade de “vendas” é construída como função separada do Marketing. (MAXIMIANO, 2011, p.09) É importante reforçar que existem outros segmentos que estão ligados à área do Marketing, mas, apesar de ser um campo recente, a área de Marketing avançou e consolidou um mix de funções integradas que têm norteado as ações estratégicas dos negócios. Atividade Em uma organização, de maneira geral, é responsabilidade do Gerente de Produção ou Gerente de Operações ou ainda Gerente Administrativo, para algumas organizações, implementar um processo produtivo, articulado com as demais áreas da administração e que esteja em consonância com os objetivos estratégicos traçados pelos diretores da empresa. Para isso, o gerente de produção deve ter como foco nas suas tarefas a determinação do local de produção, o cálculo do tamanho das instalações, o conhecimento das pessoas e suas habilidades, a projeção do produto/serviços que se pretende produzir, além do controle das matérias-primas do estoque. Existem 03 (três) tipos principais de processos produtivos. A respeito deles, marque a alternativa que contém estes 03 (três) elementos: 1. Produção em massa; Produção por processo contínuo; e Produção unitária e em pequenos lotes. 2. Produção esporádica; Produção por processo descontínuo; e Produção unitária e em pequenos lotes. 3. Produção em massa; Produção por processo descontínuo; e Produção Global ou em pequenos intermediários. 4. Produção em massa; Produção por processo contínuo; e Produção Global ou em pequenos intermediários. 5. Produção em esporádica; Produção por processo contínuo; e Produção Global ou em pequenos intermediários. AULA 3 FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS: DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO, DA ÁREA DE FINANÇAS E DE RECURSOS HUMANOS FUNÇÕES DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO As funções de pesquisa e desenvolvimento têm como propósito transformar as informações de marketing, as ideias originais e os avanços da ciência em produtos e serviços. As funções de pesquisa e desenvolvimento normalmente são resultantes de outras funções organizacionais a exemplo das funções operacionais e de marketing. FUNÇÕES DA ÁREA DE FINANÇAS As funções financeiras têm como propósito fazer com que as organizações saibam gerir de forma correta os recursos financeiros que são obtidos. Esta função estabelece orientações prudenciais para que as empresas consigam cumprir seus compromissos dentro dos prazos previamente estabelecidos. Representa a área responsável por assegurar um fluxo de caixa positivo e crescente às empresas. Com o advento da globalização, do avanço tecnológico, da comunicação em tempo real, de hábitos de mais voláteis, de certa forma acabam fazendo com que os consumidores fiquem mais seletivos e exigentes. Com isso, o gerenciamento das finanças nas empresas vem passando por mudanças significativas ao longo dos anos. Neste mesmo contexto, aliado ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil, que prevê para as micro e pequenas empresas altas cargas tributárias, taxas de juros elevadas, além da dificuldade de acesso às linhas de crédito, muitas dessas PMEs têm tido ciclo de vida mais curtos, encerrando suas atividades antes de completarem cinco anos de existência. Partindo-se desse princípio, torna-se evidente que as empresas devem desenvolver estratégias que assegurem um fluxo de caixa positivo e crescente. Como você pode perceber, o foco atual do gestor financeiro é que o investimento gere caixa. A visão de décadas passadas, de que o que importava para o proprietário era possuir um grande patrimônio, cedeu espaço para uma preocupação voltada para os fluxos de caixa futuros, ao valor do dinheiro no tempo, além da taxa interna de retorno. A função financeira de uma empresa tem como principal atribuição administrar os recursos financeiros com o propósito de maximizar a riqueza dos seus acionistas. Segundo Bulgacov (2006), para que esse propósito seja atingido, o responsável pela área financeira deve ter a compreensão de alguns conceitos básicos: Análise de custo benefício: Ocorre quando as decisões financeiras são tomadas quando os benefícios superam os custos. Regime de Competência: Ocorre quando a contabilidade reconhece as despesas e receitas, independentemente se ocorreram ou não entradas e saídas de caixa. Regime de Caixa: Ocorre quando as despesas e receitas são reconhecidas apenas quando ocorrem entrada e saída de dinheiro. Na medida em que o gestor financeiro passa a ter ciência desses conceitos básicos, as funções financeiras de curto e longo prazo passam a ser mais efetivas. As funções financeiras de curto prazo são também chamadas de gestão do capital de giro, e envolvem a administração do caixa dos créditos e cobranças, além dos financiamentos de curto prazo. Já as funções financeiras de longo prazo envolvem os recursos de financiamento e investimento. Segundo Maximiano (2004, p.25), a função financeira de uma organização tem por objetivo proteger e utilizar eficazmente os recursos financeiros. São características das funções financeiras: • Planejamento • Financiamento • Controle • Investimento A eficácia das funções financeiras está diretamente ligada à forma como os recursos financeiros são planejados, originados, controlados e destinados para as finalidades das entidades diversas. As funções financeiras abrangem decisões de: Planejamento: esta área procura prever as necessidades de recursos financeiros para o atendimento das finalidades de uma determinada empresa. Financiamento: esta área procura identificar várias alternativas de fontes de recursos financeiros, ou seja, possibilidades de obtenção de recursos. É importante definir a proporção adequada de capitais emprestados, além das diferentes combinações de recursos. Existe a possibilidade de que esse financiamento seja interno, quando a retenção dos caixas líquidos é gerada pelas operações da empresa. Por exemplo, quando o gestor financeiro quita todas as despesas da empresa e obtém algum saldo positivo após o pagamento das despesas. Neste caso, destacamos a política de dividendos, que definirá o percentual de lucros que caberá aos acionistas e o percentual de lucro que será reinvestido na própria empresa. Ou ainda, a possibilidade de que esse financiamento seja externo, quando os recursos são obtidos através de terceiros. Quando o caixa gerado internamente não é suficiente para o financiamento de novas oportunidades de investimento, os acionistas têm a possibilidade de recorrer a fundos de fontes externas, que podem ser provenientes de novos acionistas ou de terceiros. Para o financiamento externo, cabe chamar a atenção para a elevada taxa de juros, gerada pelos bancos ou financeiras, que pode levar ao insucesso do negócio, caso se acorde um financiamento que a empresa não tenha condições de arcar. Controle: estaárea procura acompanhar, controlar e gerir os recursos financeiros que são obtidos por uma organização, proporcionando, assim, que ela consiga utilizar corretamente esses recursos para suas respectivas finalidades. Desta forma, caberá à controladoria financeira, o planejamento econômico financeiro que visa assegurar o alcance dos objetivos traçados pelos proprietários. Investimento: esta área procura identificar alternativas para a correta aplicação dos recursos financeiros de uma organização. FUNÇÕES DE RECURSOS HUMANOS Diferentemente de como acontecia no passado, na qual a atenção dos gestores era voltada para a tecnologia do produto ou do processo, com economias de escala, os gestores passaram a entender que selecionar, formar e integrar grupos de trabalho engajados, que vestem a camisa da empresa e conhecedores de seus papeis, têm feito toda diferença na gestão organizacional. Desta forma, os administradores que desejam construir uma organização com vida longa, deverão dar prioridade ao desenvolvimento das pessoas. Todas as operações de negócios podem ser resumidas em três fatores: pessoas, produtos e lucros. As pessoas vêm em primeiro lugar. Se você não tiver uma boa equipe, não poderá fazer muito com o resto. (LEE IACOOCA). Uma empresa é uma entidade do meio social. É constituída de pessoas. O resultado de uma empresa depende muito mais do desempenho das pessoas do que da Excelência de seus desempenhos manuais ou estrutura da organização. Hélio Beltrão. (LACOMBE; HEILBORN, 2008). A função de Recursos Humanos, também conhecida como função de Gestão de Pessoas, ou ainda, função de Desenvolvimento Humano, é considerada como função de destaque na gestão organizacional. O seu principal papel é colocar a pessoa certa, no lugar certo, pelo tempo certo. Ou seja, seu propósito é identificar formas de descobrir, integrar e manter as pessoas que uma organização mais precisa. Esta área é uma das áreas mais importantes dentro de uma organização, visto que envolve pessoas, principais responsáveis pelo progresso ou regresso de uma empresa. E para uma organização conseguir obter um sucesso, ela precisa adotar alguns critérios seletivos que promovam uma maior qualidade no universo de seus profissionais. Estes critérios seletivos que uma organização precisa ter para garantir o sucesso nas suas atividades-fim estão relacionados a: Identificar os Recursos Humanos qualificados e comprometidos com as suas atribuições. Adaptar os profissionais à organização. Manter os profissionais comprometidos e satisfeitos com a organização. Ratificando esta informação, Maximiano (2004, p.25) diz que “a função de Recursos Humanos de uma organização tem por objetivo encontrar, atrair e manter as pessoas de que a organização necessita”. Para que uma organização consiga chegar ao sucesso pretendido, ela necessita passar por algumas etapas que vão desde o planejamento da entrada das pessoas em uma organização, à sua saída do emprego e até mesmo a sua recolocação no mercado de trabalho. São elas: Planejamento: esta etapa consiste em planejar a quantidade de pessoas que devem fazer parte de uma determinada organização, identificar as suas competências e estabelecer o perfil de cada uma delas, para poder assumir uma função. Ex.: Elaboração de edital para contração de pessoal etc. Recrutamento: esta etapa consiste em identificar, através de critérios preestabelecidos, pessoas do mercado de trabalho que possuam as habilidades necessárias para atender às responsabilidades que foram planejadas. Ou seja, é o processo de identificação e atração de candidatos qualificados para ocupar um cargo. Esse processo pode ser interno, quando o preenchimento da vaga é feito pelos próprios funcionários da organização, a exemplo de uma promoção, pela qual um colaborador da empresa irá exercer uma nova função. O recrutamento interno é recomendado quando se tem preocupação com custo, tempo e motivação, já que o recrutamento interno é favorável a esses aspectos. Ele pode ser feito através de transferência de pessoal, promoção, programas de desenvolvimento de pessoal ou plano de carreiras. Neste caso, em geral, se motiva todos os empregados, através da perspectiva de carreiras; ou pode ser externo, quando o recrutamento é feito considerando candidatos de fora da empresa. O recrutamento externo pode trazer novas experiências, conhecimentos e percepções do mercado, agregando valor ao negócio. As atividades de recrutamento devem ser estimulantes para os potenciais candidatos, no sentido que eles despertem o interesse em ingressar na organização. Mas como saber quem deve ser recrutado? O primeiro passo é definir o perfil desejado para o cargo e o que se espera do candidato, conhecer a cultura e os valores da empresa. Ex.: Processo de seleção de pessoal, divulgação das vagas, informações em quadros de aviso, apresentações ou indicações, agências de emprego, apresentações espontâneas, intercâmbio com outras empresas. Seleção: após as atividades de recrutamento, será necessário selecionar entre os candidatos interessados aquele que melhor apresenta as competência e habilidades requeridas pelo cargo e preenche a vaga. É importante que o profissional que irá selecionar o candidato conheça o perfil esperado pela empresa. Ex: Entrevistas, dinâmicas de grupo, testes, triagem preliminar de currículo, entrevistas com chefias futuras, exames médicos. Treinamento: A contratação não significa que a pessoa selecionada esteja apta a executar a função. Cabe à organização oferecer as condições necessárias para isso. Desta forma, esta etapa consiste em capacitar as pessoas que foram devidamente selecionadas, através de recrutamento e seleção, moldando-as para assumir, com mais competências, as responsabilidades dos cargos que lhes foram dados. Cabe destacar que, nas organizações bem administradas, o treinamento é usado continuamente tanto para proporcionar ao empregado novas habilitações, como para melhorar as que ele já possui. Ex.: Cursos de Capacitação em Gestão de Pessoas; Curso de Formação de Gerentes; Universidades Corporativas etc. Avaliação: esta etapa consiste em acompanhar, mediante critérios avaliativos, o desempenho das pessoas no desenvolvimento de suas competências dentro de uma organização. São essas informações que diagnosticam a necessidade de treinamento e realocações. O sistema de avaliação deve ser confiável e válido; relacionado ao trabalho realizado pelo empregado, padronizado e prático. Ex.: Feedback; Avaliação Bimestral de Desempenho; Cumprimento de Metas; Avaliação 360° etc. Remuneração: esta etapa é representada pela recompensa dada às pessoas pelo desenvolvimento de suas atividades dentro de uma organização. Ex.: Salários; Gratificações; Premiações etc. Higiene, saúde e segurança: A preocupação com a qualidade de vida no trabalho tem sido muito frequente nas organizações. Esta etapa é representada por uma forma de proteção dada às pessoas que atuam dentro de uma organização para quando necessitarem. Esta proteção está relacionada à higiene, à saúde e à segurança de maneira geral. A responsabilidade desta proteção é dada às pessoas que atuam na empresa e poderá ser ampliada também aos seus familiares. Ex.: Plano de Saúde; Plano Odontológico; Seguro de Bens Móveis etc. Administração de Pessoal: esta etapa é representada pelas atividades meramente administrativas que envolvem as pessoas dentro de uma organização. Atividades de natureza burocrática. Ex.: Registro de Pessoal; manutenção de Prontuários; Preparação de Folha de Pagamento etc. Funções pós emprego: esta etapa é representada pelos benefícios que são dados exclusivamente para os ex-funcionários. Uma forma de recolocação ao mercado. Ex.: Aposentadorias etc. Para saber mais sobre as funções organizacionais, assista agora ao vídeo daunidade, Conhecendo as áreas de atuação de uma organização. Como você pôde perceber, para que a atuação da gestão de pessoas seja efetiva, será necessário que o gestor possua uma visão global do negócio, uma vez que ela é formada por pessoas em toda sua extensão. Para tanto, deve-se buscar sempre se atualizar, desenvolver práticas de liderança de pessoas que tragam resultados positivos para as empresas, além de transformar o seu trabalho num processo contínuo de aprendizagem, com possibilidades de auto-desenvolvimento e desenvolvimento das suas equipes de trabalho. Enfim, as funções organizacionais são as tarefas especializadas desenvolvidas por pessoas ou grupos, com o propósito de possibilitar que a organização alcance seus objetivos. Atividade A função da área financeira é estabelecer orientações prudenciais para que as empresas consigam cumprir seus compromissos dentro dos prazos previamente estabelecidos. Representa a área responsável por assegurar um fluxo de caixa positivo e crescente às empresas. A respeito do setor financeiro, é correto afirmar: https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413443 1. No que tange ao fluxo de caixa, as PMEs têm tido um ciclo de vida cada vez mais longo, ultrapassando os cinco anos de existência. 2. Para ter sucesso nos negócios, o foco atual do gestor financeiro é que o investimento gere caixa. Desta forma, ele deve ter uma visão voltada para a construção de um grande patrimônio. 3. As funções financeiras de curto prazo são também chamadas de gestão do Capital de Giro, que envolve a administração do caixa dos créditos e cobranças, além dos financiamentos de curto prazo. Já as funções financeiras de longo prazo envolvem os recursos de financiamento e investimento. 4. No que tange às decisões de financiamento, esta área procura prever as necessidades de recursos financeiros para o atendimento das finalidades de uma determinada empresa. 5. Em relação ao controle financeiro, esta área procura identificar alternativas para a correta aplicação dos recursos financeiros de uma organização. ENCERRAMENTO 1) Como o profissional deverá administrar uma Organização? Você estudou que administrar é um processo pelo qual o administrador cria, mantém e opera uma organização e, para atingir eficiência, faz-se necessário que ele integre os níveis da organização, a saber: estratégico, tático/intermediário e operacional. 2) Qual o perfil do Administrador de uma organização? O administrador precisa desenvolver um perfil proativo, ficando atento ao perfil do funcionário que quer contratar. 3) Quais são as áreas de atuação ou funções de uma organização? Nesta unidade, você estudou que as funções organizacionais são de pesquisa e desenvolvimento, financeira e de recursos humanos. As funções de pesquisa e desenvolvimento são resultantes de outras funções organizacionais a exemplo das funções operacionais e de marketing. As funções financeiras têm a finalidade de fazer com que as organizações possam gerir os recursos financeiros adquiridos. A função de recursos humanos tem como objetivo identificar formas de descobrir, integrar e manter as pessoas que uma organização mais precisa. E, para encerrar, foi exposto que uma seleção envolve os seguintes processos, a saber: UNIDADE 3 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS INTRODUÇÃO 1) Como deve ser a estrutura de uma organização? 2) Quais os fatores que influenciam na definição da estrutura organizacional? 3) Quais os processos organizacionais que perpassam pela empresa? Toda organização existe para produzir produtos/serviços para serem ofertados ao mercado. Desta forma, basicamente, todas elas vão desenvolver atividades muito próximas, mesmo em se tratando da oferta de produtos e serviços diferentes: cuidar da produção, da fabricação, da comunicação com o mercado, das finanças, do gerenciamento das pessoas. São as chamadas funções organizacionais. Mas qual a relação das funções organizacionais com as estruturas organizacionais? Vamos estudar, nesta unidade, os aspectos que envolvem as estruturas e as funções organizacionais. Boa leitura! Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Compreender os processos organizacionais que perpassam pelas empresas tradicionais e contemporâneas, bem como a diferenciação da estrutura organizacional. Conteúdo Programático Esta unidade está dividida em: • Aula 1 - Pessoas, organização funcional e territorial • Aula 2 - Organizações por produtos, cliente, divisionais e projetos • Aula 3 - Processos organizacionais Rota de Aprendizagem A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. https://a9255-1340862.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1340862/course%20files/unidade-3/RA/G_FGE_RA_U3.htm AULA 1 PESSOAS, ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL E TERRITORIAL Você já deve ter percebido que o desempenho das funções depende da estrutura, e essa estrutura, assim como a forma de dividir o trabalho, vai mudar de empresa para empresa. Como exemplo, citamos a empresa A, que produz materiais de limpeza, e a empresa B, que também produz material de limpeza. As empresas A e B são concorrentes e, tanto a A quanto a B, ofertam ao mercado produtos similares, por isso concorrem entre si. Porém, as duas, mesmo ofertando produtos similares, apresentam estruturas e estilos de gestão diferentes. Desta forma, é importante destacar que a estrutura organizacional é influenciada pelo modelo de gestão adotado pela organização. Cada uma delas deve possuir unidades de trabalho, que também são conhecidas como departamentos. É muito comum que cada departamento fique responsável por uma função organizacional. E é exatamente essa departamentalização, que estamos nos referindo como unidades de negócios, que dá consistência aos organogramas organizacionais. Para que o gestor possa definir o seu critério de departamentalização, ele deve considerar alguns aspectos. Dentre eles, destacamos: Pessoas: A atribuição de responsabilidade para as pessoas representa a tarefa menos complexa no que tange a definição da estrutura organizacional. Nesse tipo de estrutura, não há formalização na descrição dos cargos e sim das tarefas, ou seja, todos os funcionários fazem de tudo um pouco. Nessa estrutura existe um contratempo que você já deve estar imaginando qual é: como não há definição dos cargos, quando um funcionário é deslocado para outra área, as tarefas são redistribuídas, o que pode acabar gerando um acúmulo de função e, por consequência, um aumento na insatisfação no quadro dos funcionários. A estrutura baseada em pessoas não é indicada para empresas de médio e grande porte, visto que nessas empresas a definição dos cargos e funções deve estar muito bem definida para que se possa ter um controle maior e mais efetivo, e para que os resultados esperados pelos gerentes das áreas possam ser atendidos. ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: Já o critério de departamentalização baseado em organização funcional pode ser aplicado tanto na pequena empresa quanto na grande empresa. Na estrutura funcional, as responsabilidades de trabalho são atribuídas às funções organizacionais; ou seja, o setor de produção representará uma unidade de negócio e terá as suas responsabilidades atribuídas. Da mesma forma, as funções de marketing, finanças, pesquisa e desenvolvimento, e gestão de pessoas. São as estruturas organizacionais departamentalizadas pelo critério funcional. É um critério que é utilizado pelos diversos níveis hierárquicosda empresa. Por exemplo: o primeiro nível, representado pelo administrador, irá administrar todo o conjunto das funções organizacionais. Já nos departamentos, os gestores das áreas irão administrar as suas equipes. Esse é, inclusive, um estilo de estrutura organizacional muito comum nas empresas, sobretudo porque pode ser utilizado em diversas situações. Observe através do exemplo que... a sua implantação pode ser feita tanto para empresas de pequeno porte, e que estão iniciando no mercado, quanto por grandes empresas que possuem pequena variação de portfólio (mix) de produtos. Mesmo sendo de grande porte, essas empresas têm o seu processo de distribuição concentrado em apenas um canal (exemplo: empresas que só vendem os produtos através da internet, outras que só vendem de porta em porta, ou ainda, outras que só vendem no ponto de venda fixo); ou quando suas operações estão concentradas em uma mesma área geográfica. Desta forma, uma das principais características das estruturas funcionais é que elas possuem um único centro de resultado, ou seja, o lucro ou prejuízo será avaliado para a empresa como um todo e não apenas das unidades operacionais. Esta é uma forma que acaba motivando toda empresa no cumprimento da meta estabelecida pelos acionistas do negócio. Assim sendo, se a equipe comercial não bate a meta das vendas, a equipe de produção também não baterá e assim vai gerando impacto em toda empresa. Na estrutura funcional, nem sempre haverá um departamento para cada função. O que vai determinar esse fato é a necessidade de cada negócio. Um sócio- presidente pode também acumular a função de diretor de vendas. Ou ainda, quando um diretor for demitido, outro diretor pode acumular a função até que um novo diretor seja contratado. Existem casos em que a estrutura funcional da empresa exige a criação de uma nova diretoria. Acompanhe os exemplos: uma empresa que possui um número muito grande de colaboradores, precisa implantar a Diretoria de Gestão de Pessoas para administrar o volume grande de admissão, demissão, treinamento e desenvolvimento desses colaboradores. Desta forma, o seu organograma será composto de mais uma função organizacional. Já uma outra empresa que possua um foco voltado para a tecnologia, pode definir na sua estrutura a Diretoria de Tecnologia; uma outra que possua um foco muito grande na comercial, pode criar na sua estrutura a Diretoria de Marketing e Vendas. A estrutura funcional é mais indicada quando a empresa possui um ambiente externo estável. O ambiente externo apresenta as variáveis incontroláveis ao negócio, a exemplo de: aspectos ambientais, econômicos, políticos, sociais. E quando essas variáveis, apesar de serem incontroláveis, impactam pouco no negócio, o gerenciamento da estrutura funcional é facilitado. É importante chamar à atenção para o fato de que as estruturas funcionais podem variar de empresa para empresa e elas podem ter as funções se desdobrando em subfunções, que por sua vez, também podem sofrer novos desdobramentos. Neste caso, mesmo com os desdobramentos, o administrador principal tem controle sobre a organização, no que tange ao cumprimento da missão organizacional. Além disso, as tarefas são distintas e bem definidas. Dentre as vantagens da estrutura funcional destacamos: Favorece a especialização profissional: as organizações funcionais tendem a favorecer o desenvolvimento da competência técnica, uma vez que as funções são definidas e os grupos podem se concentrar apenas nas suas atividades, o que acaba melhorando a produtividade, além de revelar os melhores especialistas. Na departamentalização funcional, os profissionais da mesma especialidade ficam concentrados na mesma unidade de negócio/departamento. A grande vantagem é que existe boa produtividade, além de um trabalho eficiente feito por bons especialistas. Possibilita um melhor controle dentro da função: os procedimentos e técnicas tendem a ser padronizados e uniformes. O comando da área funcional fica por conta do diretor da função. Favorece a redução dos custos: a redução dos custos é proveniente da especialização dos funcionários da área e da alta produtividade gerada pela especialização. Possibilita melhor centralização: facilita o destaque da liderança da chefia principal, tendo em vista que os executivos das funções organizacionais são especialistas e cuidam das suas atribuições específicas. Mesmo com as vantagens apresentadas, cabe do gestor uma reflexão sobre a implantação da estrutura funcional, visto que ela também apresenta desvantagens, as quais destacamos a seguir: • Dificuldade de descentralização das ações: na estrutura funcional, a ação de uma área específica impacta na outra, ou seja, se a área de vendas vai muito bem, o setor de produção será afetado da mesma forma que o setor financeiro e setor de pessoal, que precisará de mais funcionários para atender a demanda do comercial. Neste exemplo específico, na estrutura funcional, as decisões são tomadas pelo alto escalão da empresa, o que acaba dificultando os fluxos de trabalho e a comunicação. Além disso, quando a empresa vai aproveitando as oportunidades de mercado e crescendo, as decisões tomadas apenas no topo tendem a atrasar todo processo; • Falta de visão sistêmica do administrador principal: os administradores são dedicados às suas especialidades e não possuem visão sistêmica da organização. O que acaba requerendo treinamentos especializados e rodízios de funções. • Dificuldade na avaliação dos resultados de cada unidade: na estrutura funcional, não é possível comparar o desempenho de cada função isoladamente, bem como também não é possível apurar o resultado financeiro de cada função. O controle é feito através de índices de padrões de desempenho e estabelecimento de metas. As desvantagens da estrutura funcional geram impactos muito mais expressivos nas empresas de médio e grande porte, ao contrário das pequenas empresas onde muitas vezes essas desvantagens passam despercebidas ou não existem. Mas, se existem desvantagens, quando a estrutura funcional deve ser a opção da empresa? É bem simples. A estrutura funcional deve ser escolhida quando as vantagens superam as desvantagens. Geralmente essas vantagens são mais evidentes quando a empresa é pequena e está iniciando suas atividades, isto é, quando sua estrutura é mais simples. Na medida em que a empresa vai crescendo, e sua estrutura passa a ser mais complexa, quando passa a existir diversificação dos produtos e das tecnologias, cabe uma análise acerca da necessidade de mudança da departamentalização funcional. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL – é utilizado quando se usa o critério geográfico de departamentalização, por isso é também chamado de critério geográfico. Este é um tipo de estrutura escolhido quando a organização atua em locais diferentes e necessitam de autonomia para o desenvolvimento da gestão. É também utilizado no primeiro nível hierárquico, quando há muita dispersão geográfica nas suas atividades. Como exemplo você pode pensar nas multinacionais, onde cada território acaba gerando uma empresa distinta. Dentre as principais características do modelo territorial, destacamos: o controle de cada unidade regional é da administração central; os funcionários de cada região são especialistas nas suas unidades territoriais; os treinamentos da mão de obra seguem as características da cultura regional; podem gerar disfunções, caso haja crescimento. Veja a seguir um exemplo de estrutura territorial: Atividade A expressão a seguir traduz um conceito de uma terminologia relacionada nas alternativas. Identifique qual alternativa correta corresponde ao respectivo conceito. “Significa fazer a coisa bem feita, ou seja, fazer aquilo que está sendo feito da melhor forma possível.” 1. Isonomia.2. Eficácia. 3. Eficiência. 4. Economicidade. 5. Perfeição. AULA 2 ORGANIZAÇÕES POR PRODUTOS, CLIENTE, DIVISIONAIS E PROJETOS Nesta aula, convidamos você a mergulhar um pouco mais no universo da administração, entendendo as estruturas das organizações. Iniciamos com a organização por produtos. ORGANIZAÇÕES POR PRODUTOS – é aplicada quando a empresa trabalha com um portfólio de produtos muito variado e quando esses produtos apresentam diferenças significativas e justificam uma administração individual. Cada unidade de trabalho vai administrar um grupo de operações relativo ao produto. Geralmente é utilizado em empresas industriais, que necessitam padronizar e organizar seu sistema de produção. É um tipo de estrutura muito comum nas concessionárias de veículos, quando o consumidor encontra um setor de veículos usados, que conta com seu grupo de vendedores específicos, e um setor de veículos novos, que também tem seu grupo de vendedores também específicos. Dentre as principais características da estrutura por produto, destacamos: o planejamento, a fabricação e a distribuição são específicas para os diversos produtos e serviços, o que acaba gerando uma preocupação com o aprimoramento e inovação; há uma concentração de esforços voltada para as necessidades específicas que são atendidas pelos produtos e, neste caso, o maior beneficiado é o cliente que tem seu desejo atendido. ORGANIZAÇÃO POR CLIENTE: é a estrutura utilizada quando a empresa atende a diversos clientes, com necessidades muito distintas e específicas. O foco principal é a satisfação do cliente, com a intenção em favorecer o processo de repetição de compra por parte do cliente. É um tipo de estrutura muito comum em lojas de departamentos, agências de propaganda, bancos que possuem contas especiais etc. A estrutura por cliente geralmente é aplicada quando a empresa atende a uma carteira de clientes que exigem um tratamento muito especializado e diferenciado. O que pode ser justificado pelo volume de compras do cliente, nível de fidelidade, características especiais do produto. Dentre as características da estrutura por clientes, destacamos: interesse em entender a necessidade dos clientes e melhor forma de atendê-los; há uma maior clareza na responsabilidade em relação ao atendimento ao cliente; a avaliação de desempenho é mais clara ESTRUTURAS DIVISIONAIS: É um modelo de estrutura funcional, organizado em divisões autônomas, chamadas de unidades de negócios, e atuam com certa independência. Divisionalização é definida por Lacombe e Heilborn (2008 p. 393) como “separação de uma organização com estrutura funcional em divisões autônomas, denominadas centro de resultados, que passam a operar com relativa independência”. Na estrutura divisional, as funções organizacionais operam como se fossem empresas semi-independentes. Desta forma, você deve entender como estrutura divisional a departamentalização no primeiro nível, feita por área geográfica ou produto, ou ainda por carteira de clientes, tendo o seu primeiro nível atuando com autonomia. Por exemplo, é como se uma multinacional fosse dividida em algumas empresas menores. Neste caso, as unidades divisionais serão cobradas pelos resultados da empresa, sendo que, nessas unidades, os responsáveis pelas áreas se reportarão ao principal executivo da divisão. ESTRUTURA POR PROJETOS: nesta estrutura, apresentaremos três tipos principais, mais comuns nas empresas, são eles: projetos funcionais; projetos autônomos e estruturas matriciais. Os projetos funcionais acontecem dentro de uma mesma área funcional e o gestor desta área é responsável pelo resultado do projeto. Por exemplo, um projeto de capacitação dentro da área de vendas. Já nos projetos autônomos, as equipes são concentradas nos objetivos do projeto. Logo, será designado um gerente de projeto e pessoas são escolhidas para tratarem especificamente deste projeto no qual foram inseridas. Desta forma, o projeto autônomo será indicado para grandes empreendimentos, como construtoras do ramo civil e naval. Já a ESTRUTURA MATRICIAL é indicada quando o projeto requer uma equipe multidisciplinar designada para a sua elaboração e execução. É composta por funcionários temporários das áreas funcionais que, embora sejam emprestados ao projeto, continuam fazendo as suas funções normalmente. Neste tipo de projeto, o tempo é limitado à duração do contrato. Dentre as vantagens da estrutura matricial, destacamos: • Máximo aproveitamento do pessoal. • Flexibilidade para aumento e redução do quadro. • Facilidade de apuração do resultado. • Maior possibilidade de controle. • Maior oportunidade para equipe técnica se destacar. Em relação às desvantagens da estrutura matricial, destacamos: • Menor lealdade à instituição. • O aprimoramento teórico dos técnicos tende a ficar em segundo plano. • Tendência de conflitos de autoridade entre os gerentes do projeto. É importante que o gestor analise as vantagens e limitações da implantação da estrutura matricial, sobretudo no que tange a custos e benefícios. Veja os exemplos que justificam a estrutura matricial: • Projetos de grande magnitude, como a mudança de um sistema produtivo, ou abertura de uma nova unidade de negócio, partindo de um novo segmento. • Projetos interdisciplinares, como a construção de um prédio ou a montagem de um filme. • A estrutura matricial pode ser utilizada na organização como um todo, ou em parte dela. Por isso, é importante definir as funções que darão apoio ao projeto, estabelecer a estrutura de cada centro e a descrição das funções da administração central. Como você pôde perceber, a definição da estrutura organizacional está associada à definição dos objetivos da instituição e o que será necessário para que esses objetivos sejam alcançados. Para saber mais sobre as estruturas das organizações, assista agora ao vídeo da unidade, Tratamento contábil das operações nas seguradoras. Atividade Após o estudo do roteiro desta aula e com os conhecimentos observados na videoaula, em relação às estruturas organizacionais, relacione a coluna da direita com a coluna da esquerda. 1. Organização Territorial. 2. Organizações por Produtos. 3. Organização por Cliente. 4. Estruturas Divisionais. • É aplicado quando a empresa trabalha com um portfólio de produtos muito variado e quando esses produtos apresentam diferenças significativas e justificam uma administração individual. • É utilizado quando se usa o critério geográfico de departamentalização, por isso é também chamado de critério geográfico. • É um modelo de estrutura funcional, organizado em divisões autônomas, chamados de unidades de negócios, atuam com certa independência. • É a estrutura utilizada quando a empresa atende a diversos clientes, com necessidades muito distintas e específicas. https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413444 AULA 3 PROCESSOS ORGANIZACIONAIS Nesta etapa, descreveremos alguns processos organizacionais que muitas vezes são utilizados pelas organizações. São eles: Centralização e descentralização Centralização, como o próprio nome já sugere, se configura na reserva de autoridade em pontos centrais da organização, ou seja, boa parte das decisões não é tomada por quem executa as tarefas e sim por quem ocupa um cargo mais alto na organização. Na organização centralizada, a autoridade está concentrada em uma pessoa ou um grupo pequeno de pessoas. É muito comum visualizarmos a centralização nas pequenas empresas, que não podem manter uma grande estrutura e quando se busca facilitar a liderança pessoal; quando o foco é aumentar a integração, caso as áreas estejam seguindo rumos diferentes; além de quando se pretende otimizar os recursos escassos. Outro fato que cabe chamar a atenção acerca da necessidadede centralização é quando os recursos são escassos, tendo em vista a necessidade de racioná-los, o que acaba requerendo a centralização das decisões. Ao contrário, na descentralização, o poder de decisão é distribuído. Neste caso, as decisões relativas ao trabalho são tomadas por quem o executa. A autoridade é descentralizada por meio da delegação. Tanto a centralização quanto a descentralização serão adotadas pela organização, de acordo com a sua complexidade, tamanho, variedade de produtos, além da tecnologia empregada. As principais vantagens da descentralização são: maior fluidez nos processos; não sobrecarregar a alta direção com decisões de baixo impacto; maior agilidade na resolução de problemas específicos, além de estimular a motivação do tomador de decisão, uma vez que ele passa a ter iniciativa e senso de responsabilidade. A descentralização tende a gerar maior agilidade nas tomadas de decisões, entretanto as organizações descentralizadas podem correr o risco de que as decisões sejam tomadas de forma equivocada, uma vez que o tomador de decisão não possui a visão global da empresa. Em alguns casos, também se observa uma falta de identificação do funcionário com a empresa, o que acaba comprometendo os processos. Desta forma, para evitar erros na tomada de decisão, a alta direção deve implantar um bom sistema de comunicação, para que os demais níveis tenham conhecimento e visão sistêmica do negócio. As pessoas que costumam trabalhar em organizações centralizadas tendem a se desestimular pelo trabalho, uma vez que têm pouca iniciativa e baixo índice de responsabilidade. Por isso, é importante que a alta direção tenha o cuidado de ter as pessoas certas, no local certo, envolvidas e motivadas para trabalhar corretamente a apresentar resultados eficientes e eficazes. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS ORGANIZAÇÕES CENTRALIZADAS E DESCENTRALIZADAS VANTAGENS DESVANTAGENS Centralização Descentralização Centralização Descentralização Uniformidade de procedimentos Gerentes autônomos e responsáveis por suas decisões Dependência da hierarquia para tomar decisões Perda de uniformidade Facilidade de controle Facilidade de avaliar gerentes Uniformidade impede competição Tendência ao desperdício e duplicação Rapidez na comunicação Competição positiva entre unidades Dependência na hierarquia para avaliar gerentes Comunicação dispersa Acesso rápido à informação Criatividade na busca de soluções Desestímulo à criatividade Dificuldade de localizar responsáveis Reduzida duplicação de esforços Agilidade na tomada de decisões Ineficiência no uso dos recursos Dificuldade de controle e avaliação Fonte: Maximiano, 2011, p.191. A partir do quadro ilustrativo das vantagens e desvantagens da centralização e descentralização, é possível perceber que quanto maior a centralização, mais a autoridade é concentrada no nível mais elevado da hierarquia. Já quanto maior for a descentralização, mais a autoridade é delegada e distribuída nos níveis mais baixos da hierarquia, de modo a adaptar a execução das tarefas às características locais e necessidades do cliente. Burocracia e desburocratização Agora, aprofunde seus conhecimentos realizando a leitura do artigo intitulado Em busca de uma teoria da burocracia pública não-estatal: política e administração no terceiro setor, disponível no link: http://goo.gl/bexhTf O termo burocracia está associado à ideia de inflexibilidade, morosidade nos processos, complicação e entrave no funcionamento administrativo. É muito comum ouvir dizer que o serviço público é muito burocrático, sobretudo porque existem http://goo.gl/bexhTf muitos procedimentos a serem cumpridos de forma rigorosa. Só que a burocratização também existe no setor privado. Você deve estar se perguntando, mas no modelo atual de gestão, a burocratização ainda é aplicada? A burocratização foi crucial na era industrial, quando era exigido um controle muito eficiente, o ambiente era estável e havia pouca necessidade de mudança. Com o processo de evolução advindo da era do conhecimento, a necessidade de mudanças e adaptações às exigências do mercado é constante, e a burocratização tende a ser deficiente. No mercado em que a concorrência é muito acirrada, os consumidores exigem um atendimento cada vez mais personalizado e ágil, a burocratização tende a comprometer o processo. De fato, as instituições burocráticas muitas vezes acabam dedicando tempo excessivo executando tarefas inúteis, em detrimento de atividades que agreguem valor ao produto ou serviço. Como o cenário empresarial é marcado por mudanças, a burocratização acaba causando entrave no processo de transformação e implantação de inovações necessárias ao negócio. E, quando essas mudanças são operadas, acontecem do alto escalão para o baixo escalão. Como você pode perceber, a desburocratização favorece uma administração mais humana e eficaz, dedicando mais confiança às equipes e acompanhando aqueles que não cumprirem as tarefas acordadas. O conceito de valor agregado é muito comum nas empresas desburocratizadas. Na desburocratização, os funcionários são chamados a participar das decisões; existe um apoio da administração superior, a gestão é mais otimista e humorada, além de existir um forte esforço de motivação e integração. Reengenharia Substituição dos processos ineficientes por outro redesenhado, com menor quantidade de recursos e etapas melhor definidas. No período da administração científica, a reengenharia foi vista como algo negativo devido ao fato de ser associada à redução de custos e essa redução de custos, muitas vezes, representava o corte de pessoal. Desta forma, durante um determinado período, a reengenharia ficou associada à demissão em massa. Além desse aspecto, a mudança dos recursos e processos poderia fazer com a organização perdesse a sua identidade e o risco acabasse sendo maior que os benefícios. Por esses motivos, a reengenharia também passou a ser conhecida como redesenho de processos. A metodologia para a implantação da reengenharia pode ser definida da seguinte forma: 1. Diagnóstico – identificar a necessidade de o processo ser redesenhado. 2. Mapeamento – traçar as etapas do processo. 3. Identificar problemas – identificar a ineficiência do processo. 4. Alternativas – traçar as alternativas para redesenhar o processo. 5. Implementar e monitorar – implementar o processo redesenhado e acompanhar os resultados. O foco da reengenharia está no processo e não na função. Desta forma, a atuação dos gerentes está nos trabalhos restritos e nos processos centrais da empresa, ou seja, recomeçar um processo, destacar como um trabalho é feito e implementar técnicas para que seja feito melhor ainda. Frequentemente, a reengenharia é aplicada nas empresas porque elas precisam ofertar produtos com qualidade cada vez maiores, sendo produzidos a custos cada vez menores. Logo, o foco sempre é a qualidade total. Downsizing É o planejamento da eliminação de cargos e funções de uma organização, ou, simplesmente, uma redução no tamanho da empresa no que tange ao número de empregados e níveis hierárquicos, visando minimizar os custos. As empresas que decidem implantar o downsizing devem ficar atentas a essa reestruturação. Não se pode correr o risco de demitir a equipe que tem conhecimento do negócio e fragilizar o capital intelectual que detém o conhecimento técnico dos processos. Além disso, o processo de comunicação deve ser efetivo, para que não abale a motivação e consequentemente o desempenho dos funcionários que ficarem na organização. Quando ele é bem planejado, traz benefícios importantes para empresa, como redução de custos, maior flexibilidade e maior agilidade na tomada de decisões. Benchmarking Representa um processo decomparação do desempenho de uma empresa com o desempenho de outra. O foco do benchmarking é um aproveitamento de uma técnica positiva utilizada por outra empresa, concorrente ou não, que tenha dado resultado positivo ao negócio. Essa técnica de sucesso é implantada em outra empresa como se fosse um processo de imitação das melhores práticas de administração, de modo que essa empresa possa ganhar vantagem competitiva no mercado. A seguir, apresentamos algumas definições sobre benchmarking, que lhe possibilitará ter uma visão mais ampliada sobre esse processo. Processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas em relação aos mais fortes concorrentes, ou em relação às empresas reconhecidas como líderes em suas indústrias. (David Kearns – executivo da Xerox). Técnica que consiste em fazer comparações e imitar organizações, concorrentes ou não, do mesmo ramo de negócios ou de outros, que façam algo de maneira particularmente bem feita e são reconhecidas como líderes. A essência do benchmarking é a busca das melhores práticas da administração, como forma de ganhar vantagens competitivas (LACOMBE; HEILBORN, 2008, p. 470). Cabe chamar a atenção para o fato de que as práticas de benchmarking visam a melhoria da qualidade, tendo como referência uma prática de gestão diferenciada e que gere resultado satisfatório para o mercado. Entretanto, é importante destacar que a implantação dessa prática utilizada pelo concorrente que deu certo muitas vezes requer uma adaptação para a outra empresa. O que significa dizer que não basta apenas replicar a melhor prática em relação a produtos, operações e processos. É necessário que haja uma adaptação e adequação à realidade de cada empresa. O benchmarking funciona, portanto, como um processo de aprendizado, baseado em uma experiência de sucesso, com a única e exclusiva intenção de obter resultados iguais ou melhores. Atividade - Centralização, como o próprio nome já sugere, se configura na reserva de autoridade em pontos centrais da organização, ou seja, boa parte das decisões não é tomada por quem executa as tarefas, e sim por quem ocupa um cargo mais alto na organização. Em relação à centralização e descentralização, é corretor afirmar: 1. aA centralização é mais indicada quando os recursos são escassos, tendo em vista a necessidade de racioná-los, o que acaba requerendo a centralização das decisões. 2. bA descentralização tende a gerar maior morosidade nos processos, tendo em vista que as tomadas de decisões estão dispersas entre as áreas. 3. cNa centralização, as decisões relativas ao trabalho são tomadas por quem o executa. 4. dAs pessoas que costumam trabalhar em organizações centralizadas tendem a se desestimular pelo trabalho, uma vez que têm pouca iniciativa e baixo índice de responsabilidade. 5. eDentre as desvantagens da descentralização está a dependência na hierarquia para avaliar gerentes. javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; ENCERRAMENTO 1) Como deve ser a estrutura de uma organização? Para responder a primeira questão, ressaltamos que, de acordo com o estudado, a estrutura de uma organização é influenciada pelo modelo de gestão adotado pela organização. Cada uma delas deve possuir unidades de trabalho, que também são conhecidas como departamentos. 2) Quais os fatores que influenciam na definição da estrutura organizacional? A segunda questão é respondida destacando que os principais fatores que influenciam na definição da estrutura organizacional são, justamente, os processos que a envolvem. 3) Quais os processos organizacionais que perpassam pela empresa? Por fim, na terceira questão, entre os processos organizacionais que perpassam as empresas, destacam-se a centralização e descentralização, burocratização e desburocratização, reengenharia, downsizing e benchmarking. Resumo da Unidade https://www.youtube.com/watch?v=2-Bj-XJ8svA Nesta unidade, apresentamos os requisitos para se definir a estrutura de uma organização. Você aprendeu a diferença entre estrutura e departamento. Atividades Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. UNIDADE 4 MUDANÇA ORGANIZACIONAL E GLOBALIZAÇÃO INTRODUÇÃO 1) O que você entende por mudança organizacional? 2) Quais os impactos da evolução tecnológica no cenário empresarial? 3) Quais os tipos de globalização? A ciência da administração passou por muitas transformações ao longo dos séculos. Saímos de uma era de pensamento mecanicista, com foco na produção em massa e subvalorização do trabalho, para a era da informação, com mudanças e incertezas. Parece contraditório, não é mesmo? Mas a única certeza que o gestor pode ter hoje no ambiente dos negócios é que tudo vai continuar mudando, inclusive, em uma velocidade cada vez mais acelerada. A partir de agora estudaremos os tipos de globalização, suas vantagens e desvantagens nas organzações. Boa leitura! Objetivo Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: • Entender o processo de Globalização; os tipos, as vantagens e desvantagens geradas pelo surgimento da Globalização nas empresas, de maneira geral e para o seu público consumidor. Conteúdo Programático Esta unidade está dividida em: • Aula 1 - Caracterização da mudança organizacional • Aula 2 - Panorama geral da globalização • Aula 3 - Tipos de globalização Rota de Aprendizagem A Rota de Aprendizagem apresenta as ações que devem ser realizadas nesta unidade. Utilize a Rota de Aprendizagem para planejar e gerir, com eficiência, as suas ações e o seu tempo de estudo. Isso facilitará a construção do seu conhecimento e aumentará a possibilidade de que você tenha um bom desempenho nas avaliações. Clique aqui para acessar a Rota de Aprendizagem. https://a9255-1339966.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339966/course%20files/unidade-4/RA/G_FGE_RA_U4.htm AULA 1 CARACTERIZAÇÃO DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL O desenvolvimento tecnológico e a tecnologia da informação, os mercados livres, e- business, e-commerce, associados ao processo de comunicação em tempo real, à globalização e ao aumento da oferta dos produtos e serviços por parte dos concorrentes, mudaram o foco da gestão. A ênfase dada ao capital financeiro cedeu espaço para a ênfase ao capital intelectual. A máxima da vez é a capacidade de produzir mais e melhor. Daí a necessidade de que o gestor, nesse contexto de mudança, busque diferenciar “administrar o conhecimento” de “administrar a informação”. Enquanto “administrar a informação” é gerenciar um conjunto de dados relacionados ao negócio, “administrar o conhecimento” significa dar mais ênfase nas pessoas e nas suas práticas de trabalho. Mesmo com o uso da tecnologia da informação, mudando o modo de pensar das pessoas e das organizações, a atenção dos gestores continua cada vez mais voltada para cortar custos, aumentar a eficiência, melhorar o serviço ao cliente, aumentar a velocidade da produtividade e da inovação. Todos esses fatores são encaminhados pelo capital humano da organização. A tecnologia da informação traz algumas vantagens para o negócio, as quais descrevemos a seguir: através dela é possível conectar os funcionários ao redor do mundo, possibilitando-lhes ter acesso à informação, compartilhar e trocar ideias. A sua equipe de trabalho poderá ter acesso a informações sobre seus clientes, concorrentes, fornecedores, com maior engajamento intelectual e maiores desafios. Diante de todo esse contexto, até que ponto toda essa mudança organizacional é importante? Paraesse questionamento, destacamos uma única resposta: as organizações que acompanham as exigências do mercado global, mudam com sucesso, potencializam a sua lucratividade e são admiradas. E quais os fatores que levam à mudança organizacional? A mudança organizacional deve ser entendida, assim como o próprio nome já sugere, como a perspectiva de implantação de uma ideia nova ou um novo comportamento por uma organização. Geralmente, essa mudança vem a partir da necessidade de novos produtos e tecnologias, mudança nas pessoas e na cultura da organização. Quando se trata de mudança no produto, está associada ao tipo ou volume do mesmo. Como as necessidades dos consumidores têm variado muito a cada década, para se manterem vivas no mercado, as organizações precisam adaptar os seus produtos e serviços a essas novas necessidades. Para que essa mudança ocorra, caberá ao gestor estabelecer uma política de exploração, que nada mais é do que estabelecer condições que favoreçam a criatividade e geração de novas ideias; cooperação, ou seja, o envolvimento de todas as áreas da organização na implantação dessa inovação; e empreendedorismo, que significa levar essa nova ideia adiante, ou seja, realizar. A mudança na tecnologia está relacionada ao processo de produção da organização, ou seja, como a organização fará o seu trabalho. É uma mudança estrutural no modo como a organização é projetada e administrada, ou seja, é uma mudança que envolve hierarquia de autoridade, metas e características estruturais. Quando essa mudança é relacionada a cultura e pessoal, ela está focada nos valores, normas, atitudes, crenças e comportamento dos funcionários. A mudança de ordem cultural em uma organização requer alguns cuidados indispensáveis. São eles: O fato é que a organização precisa ser continuamente redesenhada de modo a criar novos produtos e valores para os clientes, a partir de novas habilidades, novas tarefas desenvolvidas, novas relações internas implementadas e novas para serem estabelecidas. A palavra de destaque é organizar-se e mudar com flexibilidade, com capacidade de se adaptar às variações do ambiente, sempre com foco na melhoria contínua. Todo esse estudo sobre mudança organizacional não pode ser feito sem que destaquemos as mudanças do cenário empresarial, as quais chamamos a atenção: as unidades de negócios deixaram de ser tradicionais departamentos funcionais para serem flexíveis, com equipes de trabalhos multifuncionais, com visão global e abrangente do trabalho. os valores que nortearão o comportamento da empresa foram invertidos de dentro para fora, com foco no cliente. os gerentes devem mandar menos e liderar mais. a nova concepção do trabalho está voltada para as tarefas em equipe e processos de operações conjunta, com o uso da capacidade individual combinando com o da coletiva. Resistência à mudança Muitas vezes essa necessidade de mudança ocorre devido às forças de fora da organização, como exemplo da evolução tecnológica, da globalização, da economia, concorrentes, da cultura social. Outras vezes, ocorre por necessidade da própria organização, que optam por aprimorar os seus processos. Quando uma necessidade de mudança é percebida, o primeiro passo é iniciá-la. E é exatamente neste estágio de início que as ideias são desenvolvidas. Em seguida ao início da mudança está a implementação da mesma. Nesta fase, as novas ideias precisam ser implementadas. É muito comum ocorrer resistência à mudança nas organizações e muitas vezes esta resistência está associada ao autointeresse, ou seja, uma divergência de interesses entre os funcionários e a organização; falta de entendimento e compreensão dos motivos da mudança; falta de informação sobre os eventos futuros, ou seja, incerteza. Para que essas resistências sejam minimizadas, o administrador deve ter um claro entendimento de como administrar a mudança de forma eficaz, e deixar claro para os envolvidos qual a perspectiva futura da empresa e o que ela pretende com a mudança. O estado de transição A empresa precisa estar focada na excelência, que nada mais é do que tornar-se uma das melhores naquilo que faz. Para tanto, precisa entender o que acontece com ela, o que os clientes necessitam e desejam, e se adaptar rapidamente a essas necessidades. Até porque o sucesso do passado não assegura o sucesso do futuro. Atividade Marque a única alternativa que contém apenas “vantagens da globalização”: 1. aLivre Comércio de Mercadorias; Livre Fluxo de Recursos Financeiros; e Aumento no Fluxo de Informações. 2. bO aumento da competitividade das empresas; Livre Fluxo de Recursos Financeiros; e Aumento no Fluxo de Informações. 3. cLivre Comércio de Mercadorias; Aumento da competitividade das empresas; e Aumento no Fluxo de Informações. 4. dLivre Comércio de Mercadorias; Livre Fluxo de Recursos Financeiros; e Excessiva entrada de capital especulativo. 5. eO aumento da competitividade das empresas; Excessiva entrada de capital especulativo; e Rápidas mudanças em curto espaço de tempo. javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; AULA 2 PANORAMA GERAL DA GLOBALIZAÇÃO Historicamente, o movimento de globalização se iniciou no século XV, com as grandes navegações europeias e a colonização da América, África e Ásia. A globalização se intensificou com a Revolução Industrial inglesa no século XVIII, com investimentos em infraestrutura nas ex-colônias, para aprimorar o seu sistema de exportação. Já no século XX, a globalização cresceu através dos projetos de modernização dos países subdesenvolvidos. Apesar da sua força estar em crescimento no mercado geral, até aquele momento, a globalização da sociedade capitalista ainda se deparava com a barreira socialista. A partir dos anos 90, com o término do bloco soviético, a expansão do capitalismo atingiu todo o planeta, liderado por grandes corporações dos Estados Unidos, Europa e Japão. Sobre este fato, Santos (2000, p.23) afirma que “a globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista”. Embora tenha surgido a promessa de maior liberdade e riqueza para todos, a ideologia de um capitalismo de livre mercado (neoliberal), que defende as empresas a exemplo de instituições mais eficientes do que os governos, se revelou um amargo remédio para a economia, para os trabalhadores e para o meio ambiente. Ao invés da livre concorrência, o livre mercado proporcionou a aliança das empresas e a formação de cartéis em todos os setores, resultando assim em uma economia altamente concentrada. Para os trabalhadores, as multinacionais produziram um leilão às avessas nos seus salários, direcionando investimentos para os países com a mão de obra mais barata e obediente. E para o meio ambiente, a lógica do crescimento infinito está produzindo a exaustão dos recursos naturais, a poluição e o lixo em uma escala maior que a capacidade de decomposição da natureza. Ao analisar o panorama global nos últimos anos, pode-se observar uma significativa e acelerada mudança econômica, a exemplo da inovação em tecnologia; o surgimento de novos meios de comunicação que possibilitaram a troca de informações de forma mais tempestiva; o surgimento de equipamentos mais avançados e com alta tecnologia; o avanço nos transportes e na telefonia; a maior possibilidade na geração de novos conhecimentos e do avanço da internet. Estes fatores permitiram, portanto, uma competitividade cada vez mais intensa por parte das empresas de maneira geral. Possibilitou também que as empresas ajustassem suas estruturas para sobreviverem no mercado atual, o que beneficia o consumidor final pelo fato de ter a opção de selecionar, neste mercado competitivo, mercadorias, produtos e/ou serviços de melhor qualidade e com menor custo. Neste contexto de rápidaalteração, a contribuição dos avanços tecnológicos, principalmente daqueles na área da Tecnologia da Informação (TI), é evidente, conforme já anunciamos. É possível observar que esse avanço garantiu o acesso a quantidades notáveis de informações a um preço relativamente acessível, e tem também gerado oportunidades estratégicas para uma ampliação do número de indústrias e companhias no mundo como um todo, principalmente sendo instaladas em países diferentes de sua origem. É importante destacar que a habilidade de acessar e utilizar eficazmente a informação tornou-se importante fonte de vantagem competitiva em praticamente todos os setores. Fato este que deverá ser levado em consideração por todas as empresas. Dentre as diversas mudanças econômicas, pode-se dizer que a globalização e o avanço tecnológico foram as que tiveram mais impactos e resultados para as empresas, para as pessoas, para o governo. Segundo Kotler (2000, p.55), “as empresas de hoje podem encará-las de duas formas, tanto como desafios, quanto como oportunidades a serem exploradas”. Em ambos os casos as empresas devem encará-los como “metas” para ampliar seus negócios em um mercado cada vez mais competitivo. Todos estes fatores, e outros mais, deram origem à globalização. A globalização não tem preferência, pois envolve países pobres, ricos, pequenos ou grandes, e atinge todos os setores da sociedade. Por ser um fenômeno tão abrangente, exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. Como podemos conceituar e caracterizar a globalização? A globalização poderá ser entendida com uma disseminação de inovações econômicas no mundo, que permite um amplo acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração internacional. De forma objetiva Kuazaqui (1999, p.57) diz que: a globalização pode ser representada pela diminuição das barreiras geográficas e econômicas que permitem que cada empresa desenvolva negócios em qualquer país, e usufrua de mercados fornecedores produtores, comercializadores, consumidores e clientes, e respeitando as características que formam a base cultural de cada nação, como a cultura, língua, costumes e tradições. O que o autor enfatiza em sua citação é que hoje as empresas não tem mais limitação de espaço, de modo a impossibilitar sua ampliação de negócios, isto porque, fatores como a tecnologia, novos meios de comunicação e a globalização com um todo, permitem que as empresas ampliem cada vez mais seus negócios sejam eles no âmbito comercial, industrial ou de serviços, em qualquer parte geográfica do mundo. Do ponto de vista de Lacombre (2008, p. 504), “A globalização é um processo em que a vida na sociedade sofre influência cada vez maior de todos os países, incluindo os aspectos políticos, econômicos, culturais, artísticos, modas e meios de comunicação”. A figura a seguir demonstra, de forma objetiva, este processo de globalização: Todo este avanço da globalização exige que as empresas, de maneira geral, sejam administradas com uma visão internacional, não apenas com o propósito de atingir o público local. Hoje as pessoas, empresas, sociedade de maneira geral, carecem de extrema adequação ao mercado que está em evolução, caso contrário, elas poderão ficar fora dele. Vídeo da Unidade Para saber mais sobre a globalização, assista agora ao vídeo da unidade, Mudança organizacional e globalização. Se preferir, faça o download do áudio (mp3 compactado) deste vídeo clicando aqui. Atividade A globalização não tem preferência, pois envolve países pobres, ricos, pequenos ou grandes e atinge todos os setores da sociedade, e por ser um fenômeno tão abrangente, exige novos modos de pensar e enxergar a realidade. Sobre este assunto, identifique a alternativa correta que traduz melhor a sua definição: 1. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de inovações econômicas no mundo, que permite um amplo acesso por parte das pessoas, https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413447 https://viz-wcs.voxeldigital.com.br/login.aspx?CodTransmissao=413447 https://a9255-1339966.cluster51.canvas-user-content.com/courses/9255~6124/files/9255~1339966/course%20files/unidade-4/audio/G_FGE_U4_mp3.zip de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração internacional. 2. A Globalização poderá ser entendida como uma disseminação de tarefas administrativas no mundo, que permite um pequeno acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração internacional. 3. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas administrativas no âmbito de uma organização, que permite um pequeno acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração internacional. 4. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas administrativas no mundo, que permite um pequeno acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, incentivando a integração das pessoas na organização. 5. A Globalização poderá ser entendida com uma disseminação de tarefas administrativas no mundo, que permite um grande acesso por parte das pessoas, de maneira geral, e os consequentes ajustes políticos e culturais que derivam dessa difusão, dificultando a integração internacional. Aula 3 Tipos de globalização Atualmente é importante dizer que em um mercado competitivo, esta disputa não mais se dá entre os países e sim através das empresas, de maneira geral. Isto porque, atualmente, com o avanço da globalização, através da ampliação dos meios de comunicação e do fácil acesso das pessoas às informações, o público alvo das empresas poderá estar em qualquer parte do mundo. Em cada localidade as empresas necessitam considerar alguns fatores imprescindíveis como mercado, a cultura, os valores e os costumes locais, de forma que possam agir como se fossem empresas locais, independentemente de sua origem ser completamente distinta da sua área geográfica de atuação. Todos estes fatores fizeram com que surgissem, portanto, alguns tipos de globalização. São eles: Globalização da Demanda Este tipo de globalização é caracterizado quando os mesmos produtos são vendidos no mundo inteiro, em decorrência do aumento do poder aquisitivo da moeda. Exemplo: um tênis de uma determinada marca é vendido no Brasil e na Argentina. Ou seja, nos dois países, o mercado favorece o consumo. Globalização da Oferta Este tipo de globalização é caracterizado quando uma determinada localidade internacional oferece condições para as indústrias que permitam maiores vantagens competitivas em termos de custos e produtividade da mão de obra, acesso a matérias-primas mais baratas, ganhos em escala e a existência de infraestrutura mais adequada à produção. Exemplo: mercado de perfumaria nos Estados Unidos e no Brasil –as condições de oferta são diferentes. https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-1 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-2 Globalização da Competição Este tipo de globalização é caracterizado quando uma empresa multinacional decide maximizar seus lucros em termos globais em vez de gerá-los para cada país. Exemplo: uma determinada empresa decide aumentar o preço de um produto específico, considerando a necessidade de aumentar o seu lucro, mas não considera a especificidade local. Ou seja, o produto é ofertado em países diferentes, mas com o mesmo preço. Globalização da Estratégia Este tipo de globalizaçãoé caracterizado quando uma empresa consegue produzir cada componente de um produto em um país ou região, ao invés da fabricação do produto completo em um só país ou região, e cada componente produzido permite a geração de maiores vantagens competitivas e de ganhos financeiros. Neste tipo de globalização, as empresas produzem o que é mais conveniente e vendem onde é mais atraente financeiramente, bastando a terceirização da segunda opção. Exemplo: uma marca de tênis vende produtos no mundo inteiro e tem apenas uma fábrica. Quais as vantagens e desvantagens da globalização? Para as empresas brasileiras, a globalização possui várias vantagens, tanto para as organizações, quanto para seus stakeholders (pessoas ou grupos que têm interesse pela empresa). No entanto, muitos empresários e gestores brasileiros não vislumbraram, ainda, os inúmeros benefícios advindos de tal oportunidade. Em virtude da crise econômica que afeta alguns setores da economia nacional, que pode resultar em estagnação ou até mesmo retração desses mercados, além da concorrência disputada, tanto entre empresas nacionais, quanto estrangeiras que aqui resolvem se instalar, muitos empresários brasileiros estão encontrando na globalização a oportunidade não só de manter suas empresas rentáveis, como também de proporcionar um incremento em seus lucros. https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-3 https://ead.uva.br/disciplinas/grad/publica/cont/def/fge/re/u4/aula-3.htm#link-4 Estas oportunidades podem ser consideradas, para algumas empresas, como aspectos vantajosos e, para outras, desvantajosos. A vantagem ou desvantagem dentro de uma organização vai depender do objeto de estudo: as empresas, de maneira geral, ou os beneficiários dos seus serviços, dos seus produtos ou do seu comércio, as pessoas, o consumidor final. Portanto, às vezes, o que está se considerando como vantagem para a empresa poderá ser desvantagem para os consumidores finais, ou vice-versa. a) Vantagens da globalização Em decorrência da globalização, as empresas obtêm inúmeras vantagens em um mercado como um todo. No universo dessas vantagens, existem 03 (três) delas que são consideradas como mais importantes. São elas: Livre comércio de Mercadorias Livre Fluxo de Recursos Financeiros Aumento no Fluxo de Informações O livre comércio de mercadorias favorece a especialização competitiva, fomentando a eficiência do produtor e a satisfação do cliente. Em relação ao livre fluxo de recursos financeiros, a globalização possibilita um aumento e velocidade de circulação dos recursos que tendem a fluir para onde são mais necessários, sem ter que enfrentar as barreiras que eram impostas à circulação de capitais. Já em relação ao aumento do fluxo de informações, a globalização permite o acesso a todo tipo de informação que se deseja. b) Desvantagens da globalização Em decorrência da globalização, além das vantagens anteriormente mencionadas, as empresas também obtêm inúmeras desvantagens em um mercado como um todo. No universo dessas desvantagens, existem algumas delas que são consideradas como mais importantes. São elas: O aumento da competitividade das empresas Isto resulta na maior restrição das vagas de emprego. Com a grande busca por vagas de empregos, muitas pessoas procuram melhores formações profissionais e fica cada dia mais difícil conseguir um bom emprego. Excessiva entrada de capital especulativo Isto pode resultar em prejuízos significativos a países que possuam economias fragilizadas. Rápidas mudanças em curto espaço de tempo Isto promove uma necessidade constante de acompanhamento da globalização por todas as pessoas, em todos os níveis de atividade. Uma vez não acompanhando a evolução da globalização, estas pessoas poderão ser excluídas do mercado Dificuldade de comercialização internacional com empresas situadas em países não desenvolvidos Estas empresas não acompanharam a globalização, por isto não estão tão atualizadas com o mercado internacional. Como você pode perceber, a globalização é um fenômeno antigo, mas que nos últimos anos tem mudado a forma de pensar das pessoas; e se muda a forma de pensar das pessoas, muda a forma de gerir os negócios. Até porque as pessoas são a organização. O grande destaque, para o qual chamamos a atenção, é o fato de que a globalização proporciona uma integração de todos os mercados: financeiro, serviços, mão de obra, matéria-prima, envolvendo todos os países do mundo inteiro. Além disso, a globalização perpassa por todas as atividades humanas, mudando o seu comportamento e valores; daí a sua grande relação com as empresas, que, de uma forma ou de outra, passaram a ter que se adequar a essas novas exigências, reformulando suas estratégias e valores. Não há como negar que ela está presente, influenciando todos os negócios. Portanto, resistir a ela significa comprometer a eficiência, o comércio internacional, além do seu próprio crescimento. Atividade Após a leitura e interpretação das informações a seguir sobre “Panorama Geral da Globalização”, marque a alternativa correta: I. Historicamente, o movimento de globalização se iniciou no século XV, com as grandes navegações europeias e a colonização da América, África e Ásia. II. A globalização se intensificou com a Revolução Industrial inglesa no século XVIII, com investimentos em infraestrutura nas ex-colônias, para aprimorar o seu sistema de exportação. III. Já no século XX, a globalização cresceu através dos projetos de modernização dos países subdesenvolvidos. 1. aApenas as alternativas I e II são verdadeiras. 2. bApenas as alternativas I e III são verdadeiras. 3. cApenas as alternativas I e III são falsas. 4. dAs alternativas I, II e III são verdadeiras. 5. eAs alternativas I, II e III são falsas. javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; javascript:; ENCERRAMENTO 1) O que você entende por mudança organizacional? De acordo com as ideias expostas, a mudança organizacional é a perspectiva de implantação de uma ideia nova ou um novo comportamento por uma organização. Geralmente, essa mudança vem a partir da necessidade de novos produtos e tecnologias, mudança nas pessoas e na cultura da organização. 2) Quais os impactos da evolução tecnológica no cenário empresarial? A evolução tecnológica proporciona integração de todos os mercados, dentre eles financeiro, serviços, mão de obra, matéria-prima, envolvendo todos os países do mundo inteiro. 3) Quais os tipos de globalização? Os tipo de globalização pontuados foram: globalização da demanda, da oferta, da competição e da estratégia. Por fim, apresentaremos no quadro abaixo, um resumo sobre as vantagens e desvantagens da globalização. Globalização nas empresas Vantagens Desvantagens Livre comércio de Mercadorias O aumento da competitividade das empresas Livre Fluxo de Recursos Financeiro Excessiva entrada de capital especulativo Aumento no Fluxo de Informações Rápidas mudanças em curto espaço de tempo Dificuldade de comercialização internacional com empresas situadas em países não desenvolvidos Resumo da Unidade Você estudou, nesta Unidade, os principais aspectos que levam a mudanças organizacionais, os impactos das tecnologias nas empresas para a atualização dos negócios e entrega dos produtos e serviços aos clientes. Você estudou a definição de globalização e a sua relação com gerenciamento das empresas. Atividades Além do estudo dos roteiros, do livro da disciplina, das leituras complementares e dos vídeos das unidades, você deverá realizar as atividades pontuadas que se encontram no ambiente virtual de aprendizagem. Acompanhe os prazos de envio das avaliações no documento “Calendário e Critérios de Avaliação”, na introdução da disciplina. Lembre-se: procure o professor-tutorno fórum "Fale com o tutor".