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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD RELATÓRIO DE PRÁTICA VIRTUAL IDENTIFICAÇÃO DADOS DA PRÁTICA INTRODUÇÃO O colesterol é um esteroide alicíclico cuja estrutura química é formada por um per-hidrociclopentenofenantreno, um grupo hidroxila, um centro insaturado, uma cadeia hidrocarbônica ramificada e dois grupos metil. É formado por 27 carbonos provenientes da acetil-coenzima A (acetil-CoA), insolúvel em água e solúvel em solventes não polares. Esse composto é fundamental no organismo humano, uma vez que compõe a membrana plasmática e participa da síntese dos sais biliares, além de ser precursor de hormônios esteroides e vitamina D. Considerado o principal esterol sintetizado no tecido animal, o colesterol é obtido, em parte, por meio da alimentação, e em parte por síntese nas células, principalmente as hepáticas e intestinais, que, diante de uma redução da produção do colesterol por ingestão alimentar, aumentam a síntese para suprir essa demanda. Em contrapartida, quando há o aumento da ingestão de colesterol na dieta, a biossíntese endógena diminui. O colesterol pode ser encontrado em sua forma livre (não esterificado) ou esterificada (ésteres de colesterol), sendo sua menor parte encontrada na forma livre. O transporte dessas moléculas pelo plasma ocorre por meio das lipoproteínas, macromoléculas solúveis em água. O colesterol contido nessas moléculas pode estar na forma esterificada ou livre. Com base na densidade das lipoproteínas, é possível classificá-las em quatro tipos principais: quilomícron (QM); lipoproteína de alta densidade (HDL, high-density lipoprotein); lipoproteína de baixa densidade (LDL, lowdensity lipoprotein); e lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL, very-low-density lipoprotein). Entre elas, a LDL é a principal molécula associada aos distúrbios dislipidêmicos, pois tem a CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD maior quantidade de colesterol em sua estrutura, sendo a mais associada a aterosclerose e outros distúrbios cardiovasculares OBJETIVOS Aprender sobre o colesterol, uma molécula orgânica da classe dos lipídeos que tem papel fundamental para a homeostasia celular. Essa molécula tem sido avaliada no plasma sanguíneo ou soro a fim de monitorar seus índices, que frequentemente têm sido associados a comorbidades. A redução do colesterol total tem sido parte integrante de campanhas de saúde pública, bem como de modelos de previsão de risco de doenças cardiovasculares. Este experimento permite avaliar os níveis de colesterol total no soro/plasma pelo método enzimático. • reconhecer a estrutura química do colesterol total; • avaliar os níveis de colesterol total no plasma/soro; • interpretar os resultados obtidos no teste bioquímico. MATERIAIS • Banho-maria; • Caneta marcadora; • Cubeta; • Espectrofotômetro; • Kit Colesterol total (reagente de trabalho e solução padrão de colesterol); • Micropipeta de 100 µL; • Micropipeta de 1000 µL; • Ponteira para micropipeta; • Recipiente de descarte; • Suporte para micropipeta; • Suporte para tubo de coleta; • Suporte para tubo de ensaio; • Tubo de coleta com amostra de soro; • Tubo de ensaio. METODOLOGIA Envolve o uso de enzimas específicas para reagir com o colesterol presente no sangue e gerar uma reação que resulta em uma mudança de cor. A CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD intensidade da cor gerada está diretamente relacionada à concentração de colesterol total na amostra. A leitura dessa intensidade de cor é feita em espectrofotômetro. Passos principais do método enzimático: 1. Coleta da amostra de sangue: A amostra de sangue geralmente é coletada em um tubo contendo anticoagulante ou diretamente em um tubo de coleta seco. 2. Preparação da amostra: A amostra de sangue é preparada para a análise. Em alguns casos, pode ser necessário separar o soro ou plasma da parte celular do sangue. 3. Adição de reagentes: Reagentes contendo enzimas como a colesterol oxidase, peroxidase e outras podem ser adicionados à amostra. O colesterol presente na amostra será convertido em um composto colorido, através da ação dessas enzimas. 4. Reação química: O colesterol é oxigenado pela enzima colesterol oxidase, liberando peróxido de hidrogênio (H₂O₂), que é então utilizado em uma reação com um indicador colorido, gerando uma mudança de cor na solução. 5. Leitura da absorbância: A intensidade da cor gerada é medida por um espectrofotômetro a uma determinada longitude de onda (geralmente cerca de 500 nm). A concentração de colesterol total é proporcional à absorbância medida. 6. Cálculo da concentração de colesterol: A partir da absorbância medida, o valor da concentração de colesterol total é calculado utilizando uma curva padrão previamente determinada. RESULTADOS E DISCUSSÕES 1. Qual é o conceito da espectrofotometria? CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD A espectrofotometria é uma técnica que mede a quantidade de luz absorvida ou transmitida por uma amostra. A intensidade de absorção está relacionada à concentração de substâncias na amostra, com base na Lei de Beer-Lambert. 2. O que é absorbância e transmitância? • Absorbância é a medida da luz absorvida pela amostra, sendo proporcional à concentração da substância. • Transmitância é a fração de luz que passa pela amostra, sendo inversamente proporcional à absorbância. 3. Explique o tipo de reação bioquímica que ocorreu na realização do teste? No teste de colesterol total, o colesterol é oxidado pela colesterol oxidase, gerando peróxido de hidrogênio (H₂O₂). Este, por sua vez, reage com um substrato cromogênico na presença de peroxidase, formando um produto colorido. A intensidade da cor gerada é medida espectrofotometricamente e está diretamente relacionada à concentração de colesterol. REGISTRO FOTOGRÁFICO REFERÊNCIAS DEVLIN, T. M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. 7. ed. São Paulo: Blucher, 2011. CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - NEAD JAMA. Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults. Executive summary of the third report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) expert panel on detection, evaluation, and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III). JAMA, 2001, v. 285, n. 19, p. 2486-2497. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1001/jama.285.19.2486. Acesso em: 7 jul. 2021. MALTA, Deborah Carvalho et al. Prevalência de colesterol total e frações alterados na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22, supl. 02, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/gxFK6KvfqFRPWJxwJKmhFqq/?lang=pt. Acesso em: 9 jul. 2021. MATHEUS, A. S. de M.; COBAS, R. A.; GOMES, M. B. Dislipidemias no diabetes melito tipo 1: abordagem atual. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 52, n. 2, p. 334–339, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/Qzdm5STCwsdzXSr5jh9wsJb/?lang=pt. Acesso em: 7 jul. 2021. 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