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Clínica Cirúrgica - Estudo Pré-Prova
Cicatrização
É a cascata de eventos celulares e
moleculares interagindo de forma
coordenada para a reconstrução do tecido
Animais superiores
Possuem a capacidade regenerativa
limitada
Proliferação (processo de cicatrização):
Epitelial
Endotelial
Fibroblástica – produção de colágeno
Fases
Inflamatória
De desbridamento
De reparo
De maturação
*O evento é em cascata, mas não ocorre
de maneira uniforme. Uma ferida pode ter
diferentes fases de cicatrização ao mesmo
tempo.
FASE INFLAMATÓRIA
Ocorre logo após a lesão
Sangramento (lesão)→ vasoconstrição (5
a 10 min - controle da hemorragia)→
vasodilatação↔ inflamação (através de
mediadores químicos).
Vasodilatação→ aumento do espaço
intracelular aumenta→ fibrinogênio
(fibrina), leucócitos e Fator Quimiotático
Plaquetário (atrai mais células
inflamatórias
FASE DE DESBRIDAMENTO
Presença do exsudato (identificação
macroscópica da fase)→ limpeza da
ferida→migração de fibroblastos
Exsudato formado por leucócitos
(neutrófilos – 6h e macrófagos – 12h),
fluido e tecido morto
FASE DE REPARO (neovascularização)
Fibrócitos→ ativação de fibroblastos→
proliferação de fibroblastos (ocorre devido
a uma ligeira queda do pH e O2 tecidual -
20 mmHg)
Importante manter a [ ] O2 no sangue
para que ocorra difusão do vaso para a
ferida
Para ocorrer a migração, precisa ser uma
substância de base (colágeno, fibronectina
– adesão e quimiotaxia de células de
reparo );
Hipoxemia tecidual→ liberação de HIF-1
(fator induzível por hipóxia)→
neovascularização
Proliferação fibroblastos→ tecido de
granulação
*Melhor fase para fazer enxerto de pele
FASE DE MATURAÇÃO
Início: 17-20 dias
Término: indefinido (até anos)
Tempo de maturação do colágeno: 12-18
meses
↑ resistência do tecido cicatricial
Para que haja migração epitelial – tensão
do O2 reestabelecida e energia (animal
bem nutrido)
Chalone (marcador do processo de
cicatrização) – da substância ↓ à medida
que a cicatrização avança
Contração do ferimento – ferida diminui
*gato tem cicatrização por segunda
intenção mais lenta que o cão
FATORES QUE INTERFEREM NA
CICATRIZAÇÃO
Que retardam:
Paciente
Características do ferimento
Externos
Paciente
Animais idosos – ↓metabolismo
Desnutrição (hipoproteinemia) –
dificuldade em formar colágeno
PPT 105 microrganismos/g de
tecido; Aparência ao exame: sujo, coberto
por exsudato (viscoso e espesso)
TIPOS DE FERIMENTOS
Abrasão: Escoriação da pele ou mucosa de
forma superficial
Ocorre por fricção, meio mecânico
Sensível à pressão e o toque
Laceração: Ocorre rasgamento – danifica a
pele e tecidos subjacentes
Superficiais ou profundas
Bordas irregulares
Avulsão: Laceração ou rasgamento de
tecido e suas ligações
Criação de flapes cutâneos
Lesão por desenluvamento – em membros
locomotores com perda cutânea extensa
Penetrante ou perfurante: Ocorrem por
projéteis ou objetos pontiagudos
Presença de pedaços da pele e pelo
incrustado no ferimento
Esmagamento:Compressão do tecido ou
combinação de outros tipos de ferimentos
Danos extensos
Contusões na pele e nos tecidos mais
profundos
*Acompanhar a evolução da ferida
diariamente
Queimadura:
Espessura: parcial ou completa
Temperatura: calor ou frio
Substância química
* Resfriar a pele de imediato com
compressa de água fria para reduzir a
temperatura da pele
Condutas adicionais
6 a 8 h, traumatismo mínimo e/ou
contaminação mínima;
Lavagem
Desbridamento
Fechamento primário
Se ferida penetrantes:
Limpeza /lavagem do pertuito
Exploração cirúrgica
Fechamento primário
Tratar como ferimento aberto
Objetivo: convertê-lo para limpo
Controlar a infecção para a aproximação
cirúrgica
Algumas feridas irão cicatrizar por
contração e epitelização
* Projétil de arma de fogo queima o tecido
do percurso que percorre. Só deve ser
retirado se estiver comprometendo
alguma função, caso contrário, a retirada
pode ser mais prejudicial
> 6 a 8h, traumatismo intenso e/ou
contaminação intensa
1º Tricotomia (tesoura com óleo (para
pêlo não cair na ferida))
2º lavagem abundante (500 mL a 1L)
Solução salina ou eletrolítica balanceada,
estéreis e mornasfechado: trauma
torácico rombo – tratamento conservador.
Pneumotórax atraumático: espontâneo ou
idiopático: tratamento conservador,
considerando a pleurodese. E se essa
técnica não funcionar fazer uma
toracotomia com acesso por esternotomia
mediana.
Ruptura diafragmática:
Ruptura do diafragma com migração dos
órgãos abdominais para a cavidade
torácica.
É classificada em congênita ou adquirida.
A congênita é rara e os animais morrem
ao nascimento. A forma adquirida é mais
comum e causada por acidentes
automobilísticos.
Fisiopatologia:
Trauma ao aumento repentino da pressão
intra-abdominal à glote ABERTA à
esvaziamento abrupto dos pulmões -->
gradiente de pressão pleuroperitoneal ou
entre tórax e o abdome à ruptura do
diafragma.
Diagnóstico:
Sem predisposição racial --> maior
observação em machos, mas sem
explicação genética, talvez pelo
comportamento
Duração de horas ou anos.
Em casos crônicos: dispneia (em fêmeas
agravada após gestação pela diminuição
do espaço abdominal, aumentando a
pressão contra o diafragma), intolerância
a exercícios, anorexia, depressão e perda
de peso, dor após a ingestão de alimentos,
vomito e/ou diarreia.
Exame físico: TPR, choque, arritmias
cardíacas, hidrotórax (pelo fígado adentrar
tórax)
Exames complementares: RX, US
(normalmente suficientes) e celiografia de
contraste positivo (raramente indicada)
Tratamento:
Pré-operatório: suporte, decúbito
esternal, elevar o tórax e deixar o abdome
mais baixo.
Lembrar de síndrome de reperfusão –
iniciar a terapia de combate aos radicais
livres antes da cirurgia.
Posicionamento: decúbito esternal,
treembleding
Operatório:
Laparotomia mediana supraumbilical ou
transumbilical. Dificilmente combinada a
esternotomia mediana, deixar como plano
B.
Reposicionamento de vísceras.
Toracostomia.
Rafia do diafragma – teste do borracheiro.
Em caso de avulsão do diafragma, fazer
sutura do diafragma nas costelas.
Lâmina de Silastic pode ser usada para
avulsão de diafragma também, mas é
menos comum.
Se a lesão é muito extensa fazer enxerto
musculares: transverso do addômen +
peritônio ou reto do abdômen + peritônio.
CIRURGIAS ORTOPÉDICAS
Cicatrização óssea
Fatores que influenciam
Biológicos
Localização da fratura→ nutrição do osso
vem de tecidos adjacentes: cobertura
muscular maior oferece aporte sanguíneo
maior
Lesões concomitantes em tecidos moles
Mecânicos
Estabilidade dos segmentos e fragmentos
ósseos
Cicatrização direta x indireta
Cicatrização óssea direta
Cicatrização que ocorre com a substituição
do tecido ósseo lesionado por outro
tecido ósseo com formação de pouco
tecido fibroso (ideal, é mais rápido)→
carpinteiro
Para que ocorra, é necessário fragmentos
estáveis e distância entre eles de 0,1 a 0,3
mm→ haverá formação de tecido fibroso
em pouca quantidade→ deposição de
matriz óssea→ osso
Cicatrização óssea indireta
Quando há vários fragmentos ósseos,
sendo impossível uni-los perfeitamente,
se trabalha pensando em preservar o
envoltório da ferida→ jardineiro
Se não ocorre estabilização dos
fragmentos e distância entre eles de até
0,1 a 0,3 mm→ formação de tecido
fibroso inicial em grande quantidade→
tecido fibrocartilaginoso→ cartilagem→
osso (caminho mais longo)
Objetivos da cirurgia ortopédica
1°: promover a cicatrização
Direta ou indireta: observar se a fratura é
passível de cicatrização direta, se não,
utilizar a indireta
É possível que a fratura cicatrize sem
cirurgia, mas ao realiza-la está se fazendo
promoção da cicatrização (aproximar ao
máximo de cicatrização óssea direta)
2°: restaurar a função
3°: obter aparência cosmética aceitável
Como alcançar esses objetivos?
1°: avaliar a fratura
2°: seleção adequada no método de
coaptação
Escore de avaliação de fraturas
Baseia-se na graduação dos fatores
Fatores mecânicos
Número de membros lesionados
Se o animal tem 1 membro lesionado, ele
realiza apoio nos outros 3→ cães e gatos
devem sustentar o peso em pelo menos 3
membros
Se tem 2 membros lesionados, o apoio já
se torna complicado
Tamanho e atividade do paciente
Animais mais pesados e ativos aumentam
esforço sobre o foco de fratura (membro
menos instável→ afeta cicatrização)
Capacidade de obter fixação com divisão
de carga entre a coluna óssea e o implante
A intenção ao se colocar implante é que
ele, durante o tempo de cicatrização do
osso, sustente a carga daquele segmento
fraturado e a medida em que o osso
cicatriza, a carga do implante deve ser
passada gradualmente ao osso→ se o
implante não for capaz de proporcionar
esse suporte, irá atrapalhar a cicatrização
Quanto maior o número, mais fácil é a
cicatrização
Auxilia na escolha do implante
Fatores biológicos
Consideram o tempo no qual os implantes
deverão ficar funcionais
Idade do paciente
Paciente mais idoso: metabolismo lento
→ processo de cicatrização lento
Local de fratura
Fraturas da diáfise distal de tíbia ou rádio
Tecido envoltório mais esparso =
consolidação mais lenta
Fraturas femorais ou umerais semelhantes
= consolidação mais rápida
Quanto maior o número, mais fácil é a
cicatrização
Fatores clínicos
Estão relacionados a cooperação do
paciente e do tutor: se não há
cooperação, haverá mobilidade da fratura
(existe mobilidade com cuidados
adequados, mas é mínima)
Quando não é prevista uma consolidação
óssea precoce
Precoce: 
Algodão da atadura sobre o tronco do
animal (na porção pélvica ou torácica)
Estribo→malha ortopédica→ algodão (3
a 6 camadas)→ atadura crepom
Schroeder-Thomas
Indicações
Fraturas mediais: rádio/ulna, tíbia
Boa estabilização do membro
pré-operatório
Material
Liga de alumínio: diâmetros (em
polegadas) de 1/8, 3/16 ou 3/8
Complicações
Contraturas do musculo quadríceps
(ocorre mais em animais de raças
pequenas)
Técnica
45º para membro pélvico e 30º para
membro torácico
Métodos de fixação cirúrgica
Métodos de coaptação externo não
cirúrgicos utilizados geralmente no
pré-operatório→ em animais com
escores baixos, esses métodos podem ser
utilizados como correção definitiva
Externos
Fixadores esqueléticos externos
Fixador fica implantado somente por
pinos (pinos inteiros ou meios pinos) ao
osso e a barra que faz a estabilização dos
segmentos é externalizada
Vantagens
Possibilidade de colocar fixador sem
mexer no foco de fratura (atende bem ao
quesito do jardineiro)
Pode retirar o fixador com facilidade(ambulatorialmente) após terminado o
processo de cicatrização
Indicações
Fraturas
Artrodeses temporárias
Tipos
Aparelho de Kirshner
Fixador externo de resina acrílica
Ilizarov: método de extiramento
Internos
Implante fica em contato direto com o
osso
Pinos intramedulares
Indicações
Fraturas: úmero, fêmur, tíbia (literatura
não indica para rádio)
Métodos complementares
Objetivo: neutralizar forças rotacionais e
axiais
Se o fêmur, por exemplo, girar em torno
do próprio eixo: pino não consegue
estabilizar
Força no sentido do pino: não estabiliza
Fios de cerclagem
Fixação externa não cirúrgica
Fios ortopédicos (de aço)
Técnicas
Cerclagem
Hemicerclagem
Indicações
Sempre em combinação com outros
métodos para neutralizar força axial,
rotacional, de curvatura
Método
Fios colocados de 3 a 4 mm da
extremidade da fratura
Fios distanciados 1 cm um do outro
A cerclagem (ossos 4 e 5 da figura) são
usadas para fraturas obliquas e as
hemicerclagem para fraturas obliquas e
transversais (ossos 1, 2 e 3). O fio é
colocado de meio a um centímetro da
fratura e são colocados no mínimo dois
fios
Placas e parafusos
Métodos mais rígidos
Indicações
Fraturas de ossos longos
Fraturas de esqueleto axial
Método
Sistema AO/ASIF (association for the study
of internal fixation)
Técnica
Sempre atravessar 6 corticais por
segmento
Parafuso não passa pelo foco de fratura
Escolha do implante
Escores baixos: 0-3
Placa óssea e parafusos
Prolongamento das placas ósseas
Placa óssea + bastão intramedular
Fixador esquelético externo + placa óssea
Fixador esquelético externo + pino
intramedular (com ou sem conexão)
Usar roscas em relevo ou uma
combinação de pinos de transfixação com
roscas em relevo e lisos
Escores Intermediário: 4-7
Neste caso, o implante divide a carga com
o osso
Placas ósseas
Fixadores esqueléticos externos tipos I e II
Pino intramedular + fixador esquelético
externo (com ou sem conexão)
Pino intramedular + cerclagem
Escores altos: 8-10
Neste caso espera-se uma divisão de carga
imediata entre osso-constructo de
implante a rápida consolidação óssea
Fixadores esqueléticos externos tipo I com
pinos de transfixação lisos
Pino intramedular + fio de cerclagem +
coaptação externa
Classificação de fraturas expostas
Fratura exposta é emergência ortopédica
(não necessariamente precisa ser operado
imediatamente→ estabilizar primeiro)
Tipo 1: houve trauma e o osso fraturado
causou lesão de dentro para fora. O osso
não está exposto para o meio externo,
mas já é visível pela pele
Tipo 2: segmento ósseo bastante visível
Tipo 3: laceração grande do tecido que
recobre osso, exposição do osso. Fratura
que há comprometimento arterial (não há
fornecimento de sangue) não terá sucesso
na cirurgia ortopédica se não fizer
recomposição da vascularização
Caso clínico: animal foi operado após 30
dias da fratura→ perdeu benefício do
coágulo (do jardineiro)→ só dá para
realizar em 10-15d pós fratura, nesse caso
já há bastante tecido fibrosado
Realizado método Tain?
Animal de escore elevado: ele era muito
agitado
Recomposição dos fragmentos, cerclagem,
pino intramedular conectado a um
aparelho de fixação externa
Realizar radiografia após 8 semanas para
ver se houve a formação de ponte óssea
Depois da formação da ponte,
implementa-se técnica de ativação do
fixador: diminui rigidez do fixador para
aumentar a carga sobre a região afetada
→ nesse caso, foi retirado o pino
intramedular
Caso clínico: fratura distal de rádio
(transversa) geralmente ocorre em cães de
raças pequenas
Uma das mais difíceis de operar: mais
pobre em resultado, cobertura muscular
pobre, obriga método de fixação óssea
direta
Uma das técnicas mais utilizadas é placa
em T: musculatura é pobre e não há
vascularização entre a placa e o osso,
então se perde toda a irrigação cranial→
atraso grande na cicatrização ou até não
cicatrizar
Outra opção é colocar placa no sentido
lateral: vantagem é o fácil acesso
Professor usou técnica de fixador externo:
pino distal entra cruzado e dois pinos no
segmento proximal→ não oferece fixação
tão rígida quanto a colocação de placa
(pinos são muito finos, necessário
colaboração do tutor)
Caso clínico: fratura completa de rádio e
ulna (transversal)
Animal de temperamento equilibrado e de
musculatura forte
Colocação de placa, mas no segmento
proximal não era possivel adotar o
principio das 6 corticais e foi colocado um
pino intramedular na ulna para melhor
fixação (pino na ulna não consegue chegar
na extremidade distal pois o canal se
estreita)
Pós-operatório
Animal não pode correr após, ideal é
caminhar (usar coleira)
Antibioticoterapia
Indicações
Lesões abertas
Traumas graves: contusão significativa de
tecido mole, fraturas múltiplas, tempo
cirúrgico superior a 2h
Microorganismos mais frequentes:
Staphylococcus spp., E. coli, anaeróbios
Radiografia
Após imobilização
4 a 6 semanas durante a cicatrização→ só
liberar animal quando estiver perfeita
dentro do possível
Crioterapia (fase aguda)
Redução do edema e da dor
Iniciar no pós-operatório imediato
Panqueca de gelo: 20 min 3x ao dia ou 15
min 4x ao dia durante 2 a 3 dias
Calor (fase crônica)
Redução da dor e melhora da circulação
Após 3 dias
Durante 20 minutosPressão (7 a 8 psi) – soro, equipo e agulha
18G acoplada
3° proteger a área em torno da ferida;
Aplicação de um lubrificante hidrossolúvel
estéril (KY Jelly) ou tampões embebidos
em solução NaCl 0,9%
*Pomadas devem ser aplicadas apenas ao
redor da ferida
4º preparar a pele depilada
Uso de iodo-povidine ou gliconato de
clorexidina (melhor – menos irritante)
5º desbridamento
6º manter aberto para reduzir o número
bacteriano ou colocar drenos
Ferimentos por mordedura:
São contaminados
Devem ser tratados como ferimentos
abertos ou fechados com drenagem
Nas escarificações:
Evitar o uso de detergentes – causam
irritação, intoxicação e dor, além de
facilitarem a infecção
*Não utilizar álcool em feridas, somente
em pele íntegra
TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO
Cirúrgico
Autolítico
Ambiente úmido no ferimento
Ação de enzimas endógenas
Mecânico
Curativos secos que se aderem ao
ferimento, ao retirar faz o debridamento
Enzimático
Enzimas que fazem a proteólise no
ferimento – pomada Iroxol
Biocirúrgico
Larvas de moscas (Lucelia sericata) – em
tecidos necrosados. Debridamento mais
seletivo
Avaliação da Viabilidade Tecidual
Viável: enchimento capilar bom, rosado,
flexível, morno, sensível
Viabilidade duvidosa: enchimento capilar
ruim, azul a roxa, sensibilidade deficiente
– faz monitoramento e aguarda até o dia
seguinte para classificar em viável ou
inviável
Inviável: enchimento capilar ausente,
preto a preto azulado, inflexível, frio,
insensível
Drenos
Presença ou não de vácuo (80mmHg)
Ativo – tem vácuo e é sempre fechado.
Vantagem que não precisa ser no ponto
mais baixo da ferida, porém drena pouco
Passivo – não tem vácuo e é aberto.
Depende da gravidade e dever ser
colocado no ponto mais baixo da ferida
Tipo de coleta do material drenado
Fechado – material drenado é coletado
em tubo
Aberto – material é drenado para o
ambiente
CIRURGIA ÓTICA
Otite – inflamação do conduto auditivo
Otohematoma – coleção de sangue dentro
da placa cartilaginosa
Marcos anatômicos cirúrgicos do pavilhão
auricular
Trago
Incisura pré-trágica
Incisura intertrágica
OUVIDO EXTERNO
Conduto vertical + conduto horizontal
(forma de “L”)
Cartilagem auricular e cartilagem anular
(porção horizontal) até o osso petroso
OUVIDO MÉDIO
Membrana timpânica e cavidade
timpânica (cheia de ar – conecta à faringe
pela tuba auditiva)
Ossículos (martelo, estribo e bigorna) –
conectam a membrana timpânica ao
ouvido interno
*pode ocorrer otite média sem que ocorra
otite externa
Em cães: pequeno recesso epitimpânico
dorsal e grande bula timpânica ventral
Em felinos: fino septo ósseo (cavidade
timpânica dividida) – separa a cavidade
timpânica do recesso epitimpânico. Para a
drenagem completa deve perfurar o septo
ósseo
Comunicação entre os compartimentos
pela fenda estreita dorsal
Perto da fenda localiza-se o promontório –
inervação simpática – lesão = Síndrome de
Horner
OUVIDO INTERNO
Labirinto ósseo e membranoso
Localizado na parte petrosa do osso
temporal
Audição e equilíbrio
Classificação das otites
QUANTO À LOCALIZAÇÃO
Otite externa compromete:
Conduto vertical
Conduto horizontal
Estruturas adjacentes: meato auditivo
externo e pavilhão auricular
Otite média compromete:
Cavidade timpânica
Membrana timpânica
Otite interna compromete:
Labirinto ósseo e membranoso
Audição e equilíbrio – inclinação da
cabeça e andar circular pequeno para o
lado da lesão
*4 primeiros pares de nervos cranianos o
sinal clínico é contralateral à lesão
Pré-Operatório:
Exames:
Otoscopia: lesões no canal auditivo
externo, integridade da membrana
timpânica (retilinizar a pina para visualizar
a membrana timpânica
Radiografias cranianas: neoplasia,
otopatia média
Verificar se há ossificação de conduto
timpânico e bula timpânica que ocorre em
otite crônica
Citologia da secreção
Cultura e antibiograma (se for indicado a
depender da citologia)
Determinar a extensão e gravidade da
doença:
Otohematoma
Dor aguda à palpação profunda do ouvido
Espessamento e calcificação do canal
auditivo
Abscesso periorbital ou retrobulbar – otite
crônica Hipoplasia/má formação do palato
mole – doença do ouvido médio em cães
Sinais clínicos de otopatia média e/ou
interna: Inclinação de cabeça
Nistagmo
Ataxia assimétrica
Marcha em círculos
Rolamento
Dificuldade de ficar em estação
Náuseas/vômitos
Síndrome de Horner (otite média)
Enoftalmia unilateral
Protuberância da membrana nictitante
Miose
Ptose em grau variável (leve inclinação da
pálpebra superior)
Paralisia do nervo facial
O nervo facial sai pelo forame
estilomastóideo caudal. Pela localização
do nervo a otite média ou interna pode
acometer o nervo e inflamar esse tronco
Diminuição do reflexo palpebral
Alargamento da fissura palpebral
Queda da orelha e do lábio
Salivação excessiva
Tratamento:
Lavar o ouvido com NaCl 0,9% para avaliar
o conduto auditivo e planejar cirurgia –
animal sedado. Aspirar no final com
aspirador cirúrgico
Tópico: otites externas
Ceruminolíticos
Pomadas
EDTA
EDTA + álcool benzílico + trometamina –
infecções resistentes
*Não usar álcool se a membrana
timpânica estiver rompida
Otite média: responde melhor a
antibioticoterapia Sistêmico – pouco
eficiente para otite externa Penetração
eficiente a partir da mucosa da membrana
timpânica ATB + AI
Antibioticoterapia: mesmas usadas em
dermatites: penicilina sintética,
cefalosporinas
Coletar cerúmen para citologia e cultura
TRANSOPERATÓRIO
Técnicas:
Otite externa:
Ressecção lateral do canal auditivo (RLCA)
– procedimento de Zepp
Ablação vertical do canal auditivo
Ressecção total do canal auditivo (TECA) –
canal horizontal comprometido
Otite média:
Osteotomia da bula ventral ou lateral
Miringotomia – se detectada otite média
com secreção no ouvido médio –
perfuração da membrana timpânica com
agulha e drenagem para nasofaringe
Ressecção Lateral do Canal Auditivo
(Técnica de Lacroix modificada pelo
procedimento de Zepp)
Objetivo: melhorar drenagem e ventilação
Indicações:
hiperplasia mínima do epitélio do canal
auditivo vertical
Neoplasias pouco extensas
Vantagem: preserva conduto auditivo
Contra-indicações:
estenose ou obstrução do canal auditivo
horizontal
otite média intercorrente (osteotomia da
bula ventral)
hiperplasia epitelial intensa
Hipotireoidismo e seborreia idiopática
primária
Obs: Tratamento não curativo,
necessidade de tratamento
acompanhamento clínico pelo resto da
vida.
Ablação Canal Vertical
Objetivo: melhorar drenagem e ventilação
Indicações:Canal vertical doente, mas
horizontal sadio
Neoplasias no canal vertical
Otite externa crônica (alguns animais)
Complicações (raras)
Paralisia do nervo facial
Ablação Total do Canal Auditivo (TECA)
Objetivo: melhorar a drenagem e
ventilação
Indicações:Otite externa crônica não
responsiva a tratamento clinico
Intensa calcificação e ossificação da
cartilagem auricular
Hiperplasia epitelial grave que se estende
para além de pavilhão auricular ou do
canal vertical
Animais nos quais as RLCA falhou
Animais com canais auditivos muito
estenosados
Riscos: lesão neurológica
Contraindicações:
Animais com doença passageira
*Ressecção até o osso petroso
Recomendável a divulsão romba
Remover epitélio da porção óssea
Ostectomia da Bula Timpânica – ventral
ou lateral
Indicações:
Otite externa crônica
Neoplasia do ouvido médio em gatos que
tem pólipo nasofaríngeo – drenagem do
ouvido médio
*Antes fazer uma rinoscopia e/ou
tomografia
*Se for necessário fazer nos dois ouvidos,
o melhor acesso é oventral. Se for em um
ouvido só, fazer acesso lateral
Objetivo: drenagem
Colocação de dreno – temporário. Após
retirada, cicatrização por 2º intenção
Acesso Ventral
Permite:Maior exposição da cavidade
timpânica
Acesso a ambas as bulas sem
reposicionamento do animal
Melhor drenagem da bula que a
osteotomia lateral
*Antes da osteotomia, tentar fazer
drenagem por meringotomia
Complicações:
TransitóriasMais frequentes em felinos
Otohematoma: Coleção de sangue dentro
da placa de cartilagem do ouvido
Inchaços flutuantes na superfície côncava
do pavilhão auricular
Fisiopatologia: Causa não bem
compreendida
Associado a: otite externa
otite bacteriana (cães)
otite parasitária (gatos)
agitação da cabeça
traumas
fragilidade capilar – animais sem otite
externa (Síndrome de Cushing)
Origem do hematoma: ramos da artéria
auricular dentro da cartilagem auricular
fraturada
Tratamento cirúrgico
Tratamento
Objetivos: remover o hematoma, prevenir
recorrência,manter a aparência natural do
ouvido
Técnicas: Colocação de drenos (não muito
recomendado – pode favorecer o
crescimento bacteriano e virar abscesso)
Incisão cirúrgica + sutura – somente na
parte côncava de espessura completa
*Espessura parcial – ancora a sutura na
cartilagem convexa
Laser de dióxido de carbono – sem suturas
Sutura sempre paralela à incisão – 1ª linha
de sutura paralela à linha de incisão, 2ª
linha de sutura paralela à 1ª e entre duas
suturas
Incisão fecha por segunda intenção
Curativo
Algodão hidrofílico e gaze – enrola a
orelha como um charuto
Fazer capacete: malha ortopédica, 3
camadas de algodão ortopédico
(hidrofóbico) e atadura crepom
Colar elizabetano
CIRURGIAS ESOFÁGICAS
Esofagotomia
Esofagectomia
Anatomia cirúrgica
Início: C1
Porções: Cervical: Início na faringe, na
altura da 1ª vértebra cervical à esquerda
da linha média
Torácica: à esquerda da linha média até a
bifurcação traqueal e à direita da linha
média a partir da bifurcação
Abdominal: pequeno – imperceptível no
cão
Camadas da parede:
Mucosa
Submucosa: Camada de sustentação, a ser
incorporada em todas as suturas (ponto
de ancoramento)
Muscular
Adventícia
Áreas com menor capacidade de expansão
(locais mais prováveis de reter corpo
estranho): Entrada do tórax; Base do
coração ; Região epifrênica (no hiato
esofágico)
Doenças mais frequentes
Corpo estranho
Perfurações
Lacerações
Sinais Clínicos de Esofagopatias
Regurgitação
Disfagia
Dispnéia
Ptialismo
Alterações do apetite ou normal
Alterações na preensão x deglutição
Dilatação do esôfago cervical durante a
expiração
Tosse (pode fazer falsa via e causar
pneumonia aspirativa)
Outros sinais:
Inapetência
Inquietação/depressão
Desidratação
Angústia respiratória
Perda de peso – obstrução crônica
Perfuração de vasos maiores adjacentes
ao esôfago – choque hipovolêmico
Sinais de pneumonia aspirativa
Dispneia
Febre
Secreção nasal purulenta bilateral
Crepitações
*Sempre que um cão apresentar
pneumonia, deve-se considerar a
aspiração como diagnóstico diferencial
mesmo que não haja relato de vômito
Fisiopatologia
CE à estímulo à peristalseàpersistência
e/ou pressão do CEàperfuração + necrose
Diagnóstico
Maior incidência em cães de raças
pequenaserutação, vômito, abertura pilórica→
Rotação do estômago→ Rotação do baço
em seu pedículo
Alterações: Compressões da veia cava
caudal e veia porta resultando;
Sequestro de sangue nas redes capilares
esplênica, renal e da musculatura caudal;
Redução no retorno de sangue venoso ao
coração;
Redução do débito cardíaco e pressão
arterial;
Choque Obstrutivo
Anaerobiose;
Redução do metabolismo hepático sobre
endotoxinas
Choque Séptico
Hipoperfusão:
Degeneração do miocárdio, inflamação e
necrose;
Estase vascular, hipóxia e acidose:
Coagulopatia vascular disseminada (CID);
Insuficiência respiratória;
Dificuldade de expansão do tórax;
Redução da complacência pulmonar;
Agravamento da hipóxia.
Diagnóstico
Anamnese + Sinais clínicos:
Abdome cranial progressivamente
distendido e timpânico;
Vômito improdutivo;
Sialorréia;
Agitação;
Depressão;
Sinais de choque: palidez em mucosas,
pulso fraco, freqüência cardíaca
aumentada, TPC elevado, taquipnéia.
Radiografia:
Simples, decúbito lateral direito;
Contrastadas;
Abdominocentese ou lavagem peritoneal
diagnóstica
Tratamento
Pré-Operatório;
Fluidoterapia agressiva;
Cateterizar as veias jugular ou cefálica,
evitar safena;
90 mL/kg em 30 a 60 min.
Correção de desequilíbrio ácido-básico;
Corticoterapia ou uso de AINEs (?);
Combate aos radicais livres;
Mensilato de deferoxamina;
10 minutos antes da descompressão e
duas horas depois;
10 mg/kg; IV;
Antibioticoterapia;
Descompressão gástrica;
Passagem de sonda orogástrica;
Gastrocentese percutânea (18G);
Gastrotomia sob anestesia local
Operatório :
Objetivos: correção do posicionamento do
estômago, acesso e tratamento das lesões
isquêmicas do estômago e do baço,
prevenção de recorrência;
Técnicas
Reposicionamento do estômago;
Gastropexia permanente;
Gastrectomia parcial (10% dos casos);
Reposicionamento do baço;
Esplenectomia;
Coloração da Serosa no Período
Transoperatório
Serosa pálida de coloração esverdeada à
acinzentada;
Sugere: lesão arterial ou arteriovenosa
com isquemia ou necrose da parede
gástrica;
Indica: possível ressecção;
Serosa preta ou azul-escura;
Sugere: oclusão venosa com hemorragia
subserosa ou intramural;
Indica: reposicionamento e reavaliação;
Serosa vermelho-escura hemorrágica;
Sugere: lesões reversíveis;
Indica: reposicionamento.
Reavaliar entre 10 e 15 min após
reposicionamento.
Pós-Operatório
Fluidoterapia;
Repor potássio (15 a 20 mEq/L);
PPTRetração ou crescimento desordenado da
gengiva (hiperplasia gengival)
Fisiopatologia
CÁLCULO DENTÁRIO (TÁRTARO)→ Toxinas
bacterianas→ PERIODONTITE→ alveolite
e reabsorção óssea→
COMPROMETIMENTO DA SUSTENTAÇÃO
Diagnóstico Anamnese:
Halitose; Hiporexia; Evita roer objetos;
Exame físico; Inspeção; Palpação;
Gengivite: sangramento ao toque;
Investigar – Coração, rins, fígado e
articulações.
Pré-operatório
Antibioticoterapia profilática;
Investigar lesões em outros órgãos.
Tratamento
Remoção do cálculo:
Coroa e áreas expostas da raiz;
1º Passo: Ultrassom;
Cuidado:
Microlesões da superfície dentária;
Produção de calor lesivo;
Potência mais baixa possível;
Utilizar pouca pressão na aplicação da
ponta;
Subgengival – Atenção com resfriamento
2º Passo:
Scaler universal;
Complementa a limpeza;
3º Passo
Limpeza dos sulcos gengivais e das bolsas
periodontais;
Uso de cureta;
Aplainamento das raízes;
Curetagem subgengival;
4º Passo;
Polimento da coroa;
Pômice (pasta de areia média prophy);
Motor com acessório ângulo prophy e
taça;
Objetivo: torná-las lisas
Pós-operatório
Profilaxia oral;
Alimentação com ração seca;
Escovação dentária;
Especial atenção na saída das glândulas
parótidas;
Uso de brinquedos;
Limpeza anual.
Prognóstico
Gengivite – Bom após a limpeza;
Periodontite: Reservado;
Lesões irreversíveis;
Raízes dos dentes expostas;
Gengiva retraída
Intestino Delgado
Enterotomia;
Enterectomia;
Anastomoses intestinais;
Enteroenteropexia;
Enteropexia
Camadas
Mucosa;
Submucosa: vasos sanguíneos, linfáticos e
inervação;
Muscular;
Serosa
Indicações Cirúrgicas
Obstrução intestinal por corpos estranhos
ou massas; Traumatismos; Perfuração;
Isquemia; Mal posicionamentos;Infecções;
Procedimentos diagnósticos ou de
suporte; Coleta de material para biopsia,
cultura ou citologia; Posicionamento de
sondas alimentares.
Diagnóstico
Diferenciar doenças do intestino delgado
de doenças do intestino grosso;
Radiografias simples e/ou contrastadas;
Ultrassonografia;
Endoscopia digestiva;
Abdominocentese e/ou lavagem
peritoneal diagnóstica
Tratamento
Pré-operatório:
Principais produtores de toxinas:
Escherichia coli;
Clostridium spp;
Controle da flora bacteriana;
Jejum alimentar;
Antibioticoterapia profilática;
Considerar:
Diarréia sanguinolenta, leucocitose,
leucopenia e/ou choque;
Obstrução intestinal;
Cirurgia com duração superior a 2h.
Corpos Estranhos
Diagnóstico;
Anamnese: proprietário presenciou a
ingestão;
Felinos: corpos estranhos lineares;
Sinais clínicos:
Relatados: vômito, anorexia, depressão,
diarréia e dor abdominal;
Ao exame físico: além dos anteriores,
postura anormal, desidratação;
Palpação abdominal;
Exames complementares;
Radiografias, ultrassonografia,
endoscopia;
Tratamento;
Enterotomia
Tumores Intestinais
Considerações: Maioria é maligna;
Prevalência maior em animais idosos (9 a
13 anos);
Intestino delgado;
Cães e gatos Siameses;
Adenocarcinomas;
Felinos: Linfossarcomas (FIV e FeLV em
felinos);
Adenocarcinomas;
Mastocitomas
Tratamento;
Ressecção cirúrgica;
Quimioterapia;
Radioterapia: tumores na metade distal
do reto e canal anal
Intussuscepção
Conceito: invaginação de um segmento
intestinal (intussuscepto) no interior do
lúmen de um segmento intestinal
adjacente (intussuscepiente).
Ocorrência;
Qualquer segmento do intestino Ileocólica
e jejuno-jejunais;
Cães (Pastores Alemães);
Animais com menos de 1 ano de idade;
Gatos (Siameses são mais afetados);
Causas
Enterites;
Iatrogênica: íleo paralítico, aderências ou
disfunção na anastomose após cirurgia;
Tratamento
Correção cirúrgica:
Enterectomia e enteroanastomose;
Enteropexia;
Enteroenteropexia;
Evitar recorrência de intussuscepção
Local: Ligamento duodenocólico até a
junção ileocólica
Intestino Grosso, Períneo, Reto e Ânus
Funções;
Armazenamento e expulsão do bolo fecal;
Absorção de água e eletrólitos;
Redução de 90% do volume fecal;
Reabsorção de água, sódio e cloreto;
Cálcio (cães);
Secreção: bicarbonato de sódio e potássio
Flora bacteriana – 1014 bactérias/grama •
1011 anaeróbios obrigatórios;
Digestão de materiais residuais;
Biotransformação de fármacos;
Suprimento sanguíneo;
Artéria ileocólica (Íleo,ceco, cólons
ascendente e transverso);
Artéria mesentérica caudal (Cólon
descendente e reto)
Cuidados Pré-Operatórios
Dieta pobre em resíduos (2 a 3 dias antes);
Jejum alimentar – 24h – 4 a 8h (em
pacientes pediátricos);
Reposição hidroeletrolítica;
Laxantes (24h antes) – Polietilenoglicol –
Bisacodil;
Enemas – Água morna (24h antes) –
Iodo-povidona a 10% (3h antes);
CUIDADO: perfurações, debilidade da
parede e/ou obstruções
DOENÇAS COLÔNICAS
• Colopexia
• Colectomia
• Tiflectomia
INDICAÇÕES CIRÚRGICAS
• Lesões que provoquem:
Obstrução
• Tumores
• Intussuscepção
• Massas granulomatosas
Perfuração
Inércia colônica
Inflamação colônica
Inversão cecal
OBSTIPAÇÃO
• Definição
• Causas de constipação
– Dietéticas e ambientais – Dor à
defecação – Obstrução mecânica –
Doenças neurológicas – Doenças
endócrinas e metabólicas – Induzida por
fármacos
• Diagnóstico
– Ocorrência: animais idosos
• Fraturas pélvicas
• Corpos estranhos (ossos)
– Sinais clínicos
• Anorexia, vômito, depressão e
inapetência
• Tenesmo
• Defecação em pequena quantidade com
muco
• Hematoquezia
• Aumento de volume abdominal
– Exame físico
• Tratamento
– Conservador
– Cirúrgico
• Colotomia
• Reconstrução pélvica
• Colectomia parcial
• Castração/ prostatectomia
MEGACÓLON IDIOPÁTICO
• Causa – Desconhecida – Doença
adquirida
• Sinais Clínicos – Anorexia, vômito,
desidratação, depressão e perda de peso
• Diagnóstico
– Exame físico – Exames complementares
• Radiografia
• Tratamento
– Conservador
• Cisaprida, laxativos, manejo dietético
– Cirúrgico
• Colectomia parcial ou subtotal
– Anastomose ileoretal
– Anastomose entre segmentos colônicos
TUMORES
• Ocorrência
– Cães – Pólipos
• Adenomatosos
• Adenocarcinomas
– Outros
• Leiomiomas e leiomiossarcomas
• Plasmocitomas
• Mastocitomas
• Diagnóstico
• Tratamento
DOENÇAS PERINEAIS
HÉRNIA PERINEAL
• Definição Separação dos músculos
perineias permitindo que o conteúdo
pélvico e/ou abdominal desloque a pele
perineal
• Sinonímia Hérnia caudal, ciática, dorsal
ou ventral
• Prevalência
– Cães
• Machos intactos (93%) • Machos com
mais de 5 anos • Cadelas↔traumatismos
– Lado direito
• Fisiopatologia
– Enfraquecimento do diafragma pélvico
• Hormônios masculinos
• Esforço
• Fraqueza
• Atrofias musculares– Congênitas –
Adquiridas
– Afecções que causem esforço
• Prostatite, cistite, obstrução do trato
urinário • Obstrução colorretal,
desvio/dilatação retal • Inflamação
perianal, saculite anal •
Diarréia/constipação
• Classificação
– Unilateral ou bilateral
– Caudal
• Mais frequente
• Entre os músculos elevador anal,
esfinctérico anal externo e obturador
interno
– Ciática
• Entre o ligamento sacrotuberoso e o
músculo coccígeo
– Dorsal
• Entre os músculos elevador anal e
coccígeo
– Ventral • Entre os músculos
isquiouretral, bulbocavernoso e
isquiocavernoso
• Saco herniário – Camada fina de fáscia
perineal, tecido subcutâneo e pele
• Anel herniário
• Conteúdo herniário
– Cães • Gordura pélvica ou
retroperitoneal • Fluido seroso • Reto •
Próstata • Bexiga • Intestino delgado
– Felinos
• Reto
• Tratamento
– Pré-operatório
• Esvaziamento da bexiga – Cistocentese
ou cateterização
– Cirúrgico • Herniorrafia • Orquiectomia
– Machos inteiros tem recorrência 2,7
vezes maior
FÍSTULAS PERIANAIS
• Definição – Tratos ulcerantes profundos,
progressivos e supurativos nos tecidos
perianais
• Sinonímia – Anusite, fístulas pararretais,
fístulas perineais
• Prevalência – Cães com base da cauda
larga e inserção baixa – Pastores Alemães
• Maior densidade de glândulas apócrinas
na zona cutânea do canal anal – Setter
Irlandês
• Fisiopatologia
– Etiologia: desconhecida
– Causaspredisponentes • Infecção e
abscedação das glândulas perianais •
Ambiente anal úmido e contaminado •
Conformação da cauda
• Tratamento
– Cirúrgico • Debridamento e fulguração
das fístulas • Amputação da cauda
DOENÇAS RETAIS
• Ressecção de: – Tumores – Segmento
intestinal não funcional
• Reparo de: – Prolapso retal –
Perfurações – Fístulas
PROLAPSO RETAL
• Definição Protrusão de mucosa retal do
ânus
• Sinonímia Eversão retal, eversão anal,
prolapso anal
• Prevalência Caninos e felinos Manx:
frouxidão da musculatura anal
• Causas – Enterite em animais jovens
(endoparasitismo) – Tumores ou hérnias
perineais em animais de meiaidade a
idosos – Qualquer afecção que cause
tenesmo
• Fisiopatologia
– Fraqueza dos tecidos conjuntivos ou
músculos perirretais e perianais –
Contrações peristálticas descoordenadas –
Inflamações ou edemas de membranas
mucosas retais – Edemaciação do tecido
evertido impedindo retorno espontâneo e
levando ao ressecamento, escoriações,
sangramento e necrose
• Classificação
– Incompleto: envolve somente a mucosa
– Completo: envolve as demais camadas
• Tratamento
– Prolapso agudo com danos teciduais e
edema mínimos
• Lavagem com soluções salina
• Redução digital
• Aplicação de sutura em bolsa de tabaco
– Identificar e tratar a causa
• Tratamento
– Prolapso não redutível ou severamente
traumatizado
• Antibioticoterapia profilática – Gram
negativos e anaeróbios
• Resseccção
• Colopexia (recidivas repetidas)
DOENÇAS DOS SACOS ANAIS
IMPACTAÇÃO E INFECÇÃO DE SACO ANAL
• Definição Acúmulo anormal de secreção
do saco anal secundário à inflamação,
infecção ou obstrução do duto
• Sinonímia Saculite anal, abscesso das
glândulas ad-anais
- FISIOPATOLOGIA
- Infecção ou obstrução do duto
↨ ↨
Supercrescimento bacteriano
→Inflamação→ Aumento das secreções
Impactação→Rompimento
• Tratamento
– Clínico
– Cirúrgico • Saculectomia
TRAUMA ABDOMINAL
Lesões abdominais penetrantes
Lesões abdominais não penetrantes
EXAME FÍSICO
Acessar rapidamente os sinais vitais
TPR
Sinais de choque
Palpação abdominal
Distensão por gases
Líquido livre
Limitações
50% de eficácia n Condições do paciente
Desenvolvimento atrasado dos sinais
Base mínima de dados
Hematócrito
Proteínas Plasmáticas Totais
Uréia sérica
Glicose sérica
Urinálise
Outro exames úteis: Sódio sérico, Potássio
sérico, Hemogasometria
TÉCNICAS INVASIVAS
Paracentese
Em quatro quadrantes
Lavagem Abdominal Diagnóstica (LAD)
MÉTODO DE LPD
Solução NaCl 0,9% morna n 22 mL/Kg
Recuperação do líquido, Citologia, Análise
bioquímica, Tubo com EDTA, Tubo sem
EDTA
RESULTADOS DA LPD
Sangue
Visualização direta (“método do jornal”)
Amostras a cada 5 a 20 min
Houve aumento do Ht?
Choque não responde à fluidoterapia?
Neutrófilos degenerados, bactérias, fibras
vegetais
Creatinina: ruptura do trato urinário
Amilase: lesão no pâncreas
Fosfatase alcalina (isquemia intestinal)
Contagem leucocitária (células/mL)
“Saudáveis” 2.000 n> 9.000
(animais recém operados)
LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA
Quadrante Cranial
Diafragma
Fígado
Vesícula e árvore biliar
Estômago, piloro, duodeno proximal
Baço
Pâncreas
Veia porta, artérias hepáticas e veia cava
caudal
Quadrante Caudal
Duodeno ao Cólon
Mesentério
Bexiga
Uretra
Próstata ou útero
Anéis inguinais
“Calhas” direita e esquerda
Rins, Ovários, Adrenais, Ureteres
COMPLICAÇÕES
Deiscência de suturas
Método de Remendamento de Serosa
Peritonite
PERITONITE
TRATAMENTO
Antibioticoterapia sistêmica
Cultura e antibiograma a partir da LPD n
SUPORTE
Flunixin-meglumine n 1 mg/Kg, IV, s.i.d.
DRENAGEM ABDOMINAL ABERTA (DAA)
Heparina em dose baixa n 50 a 100 UI/Kg,
SC, b.i.d
Heparina + Plasma (CID) n 5 a 10 UI + 1
unidade de plasma fresco Incubar por 30
minutos
Administrar 10 mL/Kg, IV
CIRURGIAS URINÁRIAS
Anatomia cirúrgica
Rim esquerdo é mais caudal que o direito.
O rim dos gatos é relativamente maior que
o dos cães.
A irrigação é feita pelas artérias renais e a
drenagem pelas veias renais.
Os machos tem a uretra mais longa e é
dividida em porção peniana, porção
membranosa e porção prostática.
Laparotomia deve ser feita paramediana
por conta do prepúcio
Sintópia: uretra fica ventral ao reto. Nos
felinos tem as glândulas bulbo-uretrais e
serve como um marco anatômico para a
uretrotomia perineal.
Inervação: simpática, parassimpática e
somática.
Nervo pélvico (ramo do nervo sacral) –
parassimpática – bexiga e trato urinário
inferior.
Nervo hipogástrico – simpática
Nervo pudendo – somática – trato
urinário inferior (maior inervação nos
felinos – sondagem sempre com uso de
anestesia. A ausência causa contração da
uretra e não há progressão da sonda,
podendo romper na uretra pélvica).
Doenças de tratamento cirúrgico
TUS: ureter ectópico; urólitos, neoplasias,
abcessos perirrenais (conteúdo purulento
do parênquima renal invade cápsula renal)
ou perinéfricos.
TUI: urólitos, obstrução (cálculos ou
tumor); cistite idiopática felina (CIF);
ruptura de bexiga.
Urolitíases
São cálculos formados no trato urinário.
Esses cálculos são de diferentes
composições (estruvita, oxalato de cálcio,
urato de amônio, oxalato de cálcio e
cistina) e, é importante mandar os
cálculos para a patologia para identificar a
sua composição e a principal causa da
formação desses cálculos --> cada tipo de
concreção tem uma causa
Os cálculos de estruvita, mais comuns em
felinos, estão relacionados com a
inflamação --> mudanças no pH urinário
devido a dieta à aumento da concentração
da urina, levando à formação de
concreção à Infecção de trato urinário
(felinos ao possuírem alimentação de, por
exemplo, somente 2x vezes por dia
promove alteração de pH)
Nos cães é diferente, começa com uma
infecção do trato urinário à mudança de
pH à formação da concreção.
Localização: maior parte dos cálculos
estão na bexiga e uretra, de 90 a 95%,
somente 5 a 10% localizam-se nos rins e
ureteres
Fatores contribuintes: pH urinário,
infecção, concentração aumentada de
cristais
Esquema: mudança de pH --> formação da
concreção --> ITU
Nos dálmatas (cálculos de urato): falha do
transporte hepático de ácido úrico,
levando à redução na produção de
alantoína ao aumento da excreção de
ácido úrico (mais sais – maior
concentração de sais – maior
probabilidade de agregação de solutos).
Urolitíases vesicais e uretrais:
Incidência dos cálculos é maior em fêmeas
e as obstruções são maiores em machos –
explicado pela própria anatomia.
Fêmeas – fácil fazer uma cistite infecciosa
(predispõe aos cálculos), mas é difícil
observar obstruções uretrais em fêmeas
pois a uretra é mais larga. Pode empurrar
esses cálculos para a bexiga.
Difícil ocorrer cálculos em machos pela
uretra ser mais longa, urina é estéril,
infecciosa somente pela última porção,
protege mais o trato urinário do macho,
no entanto, são mais predispostos às
obstruções uretrais pois há abaulamento
do canal da uretra em certos pontos
Observar a causa da formação dos
cálculos e como eles são formados é
importante para evitar que aja
recorrência.
Cálculos mais encontrados: fosfato
amoníaco magnesiano, oxalato de cálcio,
urato, silicato, cistina, mistos
Diagnóstico:
Exame físico/ anamnese: ITU, distensão
vesical, dor abdominal, estrangúria,
azotemia pós-renal (laboratorial, se não
tratada pode evoluir para azotemia renal),
ruptura vesical (uroabdome, sinal de
Cullen, formação de halo vermelho em
volta do umbigo).
Exames complementares: RX simples e
contrastado (se tem hematúria – não fazer
duplo contraste) – cistografia e
uretrografia; US; patologia clínica;
urocultura e antibiograma (em caso de
suspeita de infecção).
Indicações cirúrgicas:
Dissolução do urólito ineficaz – pode ser
pela compressão, por alteração da dieta;
Anormalidades anatômicas intercorrentes
(não consegue eliminar);
Cálculos muitograndes – possibilidade de
obstrução uretral – cirurgia;
Uropatia obstrutiva – hidronefrose,
hidroureter, insuficiência renal (podem
levar a azotemia pós-renal – grave) -->
reestabelecer fluxo urinário conforme o
caso
Tratamento clínico para cálculos uretrais
Retropropulsão (por toque retal,
compressão do assoalho do reto, região
mais proximal, desobstruir uretra na
região proximal, retirar cálculo pela
bexiga, compressão digital, injetar fluido,
mais fácil empurrar para a bexiga)
Urohidropropulsão (aliviar a pressão da
bexiga e empurrar o cálculo, para
pequenos cistólitos).
Sondagem uretral e tentativa de empurrar
o cálculo para a bexiga (felinos sedação,
realizar citocentese, corrigir necessidades
hidroeletrolíticas e aí sim realizar
procedimento de sondagem).
DEVE-SE fazer fluidoterapia
A dissolução por meios clínicos é possível
para: estruvita, cistina, urato
Recuperação cistostópica
Pré-operatório: corrigir a azotemia,
distúrbios hidroeletrolíticos e
ácido-básicos, avaliar a ITU e tratá-la +
antibioticoterapia --> utilizar Ringer
Lactato (60 ml/kg/hora), relativamente
agressiva, normalmente utilizar cristalóide
Cuidar o potássio, normalmente paciente
será hipercalêmico, acompanhar potássio
sérico e esperar diminuir, se não diminuir
animal pode morrer --> entrar com terapia
adjuvante, como:
Insulina + glicose 50% --> insulina regular
(infusão lenta de 0,1 a 05 U/KG IV) e
glicose através do Bolus (2 a 4 ml/U de
insulina diluída 1:1 em solução de NaCl a
0,9%, imediatamente após a
administração de insulina) ou pelo fluido
(50 ml de glicose a 50%/C de fluido ?,
glicose a 5% é inadequada)
Bicarbonato de sódio: não é muito
indicado, deve-se usar 0,3 x déficit de
base x peso corporal (kg) para chegar ao
pH 7,4 – contraindicado em pacientes com
pH maior que 6,9 (exacerbação de
hipecalcemia); inicia de 30 a 60 minutos
seu efeito e dura horas
Gliconato de cálcio a 10%: trata efeito
cardiovasculares, não reduz hipercalemia
(K sérico elevado) mas diminui os efeitos
deletérios da mesma (arritmia, por
exemplo, comprometendo a vida do
animal) --> 0,5 a 1 mg/kg, IV, de 5 a 15
minutos, início imediato, monitorar
frequência cardíaca com o ECG;
bradicardia ou diminuição do intervalo QT
deve-se descontinuar temporariamente a
infusão
Operatório: cistotomia (machos e fêmeas),
cistostomia (cateterização pré-púbica) e
uretrotomia (cães machos, pré-escrotal ou
perineal)
Indicações de uretrotomia: remover
urólitos que não puderam ser deslocados
para a bexiga, facilitar a colocação de
catéteres vesicais, obter tecido para
biopsia
Uretrostomia:
Técnicas: pré-escrotal (cães), escrotal
(cães), perineal (cães e gatos); pré-púbica
ou ante-púbica (cães), transpúbica (gatos)
e sub-púbica (cães e gatos)
Indicações:
Cálculo obstrutivo recorrente que não
pode ser controlado com medicamentos;
Cálculos que não podem ser removidos
por retropropulsão ou uretrotomia;
Estreitamento da uretra (traumas);
Neoplasia ou trauma grave uretral ou
peniano, amputação peniana.
Transpélvica: realizada em gatos machos,
alternativa para pré-púbica ou subpúbica
Remoção de porção do isquio:
exteriorização da uretra ventralmente
Subpúbica: mais tolerada por gatos,
constrição repetida após uretrostomia
perineal --> uretra exteriorizada caudal a
sínfise do púbis
Cicatrização/regeneração da bexiga: após
ser operada tem 100% do vigor tecidual
entre 14-21 dias e reepitelização completa
em 30 dias.
Uretra: regeneração da mucosa em até 6
dias; extravasamento de urina à retarda a
cicatrização, sobretudo urina infectada;
promove fibrose periuretral e est
reitamento subsequente.
Colocação de cateter uretral – sim
(contato da urina com a ferida – promove
a estenose, realizar desvio urinário para
evitar – prof prefere colocar cateter) x
não.
Suturas: padrões:
Uma camada: simples continua ou
interrompida.
Duas camadas: mucosa: simples contínua
(diminui o sangramento); seromuscular:
Cushing ou lembert. Prof prefere
Fios monofilamentosos absorvíveis;
O isolamento é com compressas secas. As
compressas úmidas são usadas apenas
para contato com o órgão.
Ácido poliglicólico, poliglecaprone e
poliglactina – 910 não são indicados
Poligliconato, Glycomer, Polidiaxanona,
Poliglitone são indicados
Após sutura, encher de soro e pressionar
para garantir que não haja vazamento.
Cistite idiopática felina: (CIF)
Definição: processo inflamatório vesical
sem causa definida.
Introdução
Incidência de DTUIF: 10% de todos os
atendimentos em felinos são relacionados
com DTUIF, animais de meia idade,
aproximadamente 3% dos 10% são casos
sobre CIF
Acomete machos e fêmeas igualmente, no
entanto, machos são muito mais
propensos a obstrução uretral do que
fêmeas
Etiologia
Multifatorial: dieta, ITU, obesidade,
alcalinidade da urina - agentes virais não
possuem correlação direta
Doenças neuroendócrinas: sinais clínicos
iniciados por estresse e fatores
ambientais.
Fatores de risco
● Excesso de peso/escore corporal
● Animais sedentários
● Comportamento de caça reduzido
● Comportamento mais nervoso e
medroso
● Felinos propensos a se esconder na
presença de desconhecidos
● Baixo consumo de água
● Gatos confinados no interior de casas
● Locais com muitos gatos
● Estresses ambientais como brigas com
os demais gatos
● Jato urinário limpa a via urinária
uretral, portanto, quanto mais
frequente o fluxo urinário a limpeza da
uretra é melhor, diminuindo chances
de desenvolver CIF
Classificação:
Histológica
Não ulcerativa (tipo 1): mais associada às
alterações neurogênicas e mais comum
em felinos
Ulcerativa (tipo 2): mais associada à
inflamação, rara em gatos
Não obstrutiva
Obstrutiva: (estrelinhas são os pontos de
obstrução)
Obstrutiva e não obstrutiva causam
disúria
Fisiopatologia
Parede vesical saudável:
Inflamação vesical neurogênica
Sinais clínicos: sinais de DTUIF, polaciúria,
estrangúria, hematúria
Outros sinais inespecíficos: apatia,
hiporexia ou anorexia, depressão e uremia
Combinação variável de comorbidades:
comportamentais, endócrinas,
cardiovasculares, gastrintestinais
Sinais clínicos de CIF obstrutiva de 36 a 48
horas: anorexia, desidratação, vômito,
hipotermia, estupor, bradicardia
O exame clínico deve focar nessa
diversidade de sinas e não apenas nos
relacionados à bexiga
Diagnóstico
Exame físico: bexiga distendida e firme,
dor a palpação abdominal, machos fazer
palpação uretral – lembrar que animal
com CIF obstrutiva e não obstrutiva
apresentará disúria
Pré-operatório:
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos
– acidose metabólica e hipercalemia
(hipercalemia mais propensa a causar
morte no momento transoperatório do
animal)
Animais com anúria mais comum
hipercalemia, animais com poliúria (não é
o caso da CIF) ocorre hiperpotassemia
Suporte – alimentação e fluido.
Tentativas de desobstrução: palpação
peniana (as vezes é possível sentir e
desfazer a desobstrução, dependendo do
caso do animal), compressão vesical
(animal com hematúria normalmente
possui compressão), sondagem uretral sob
anestesia geral (retrohidropropulsão),
cistocentese aliviatória (drenar líquido,
diminui a hipercalemia, níveis de potássio
voltam ao normal, animal estável para
cirurgia)
Se fizer 2 cistotomias, melhor optar por
uma cistostomia – último caso.
Tratamento clínico: conservador
Deixar o animal em um local tranquilo
para evitar o estresse.
Administrar tranquilizantes e analgésicos –
acelilpromazina + buprenorfina +
medetomidina.
Esvaziar a bexiga repetidamente –
cistocentese e compressão (caso o animal
não esteja com miccção espontânea após
ação dos fármacos)
Se o animal melhorar com esses
procedimentos, dispensa a cirurgia
Administrar fluídos se necessário
Tratamento operatório - indicações
Cistotomia: em casos de obstrução,
cistotomia da bexiga para retirada de
cálculo
Uretrotomia perineal: só fazer quando se
esgotar os outros recursos, em animais
com episódios repetidos,tratamento de
obstruções não eliminadas por
cateterismo, estenose uretral pela
obstrução e cateterização (não há fluxo
urinário).
Complicações pós-operatórias inerentes a
técnica:
Infecções bacterianas – alterações do
meato uretral (na fêmea há vagina para
proteger, no macho a região é mais
propensa a infecções), comprometimento
dos mecanismos intrínsecos de defesa,
perda da função do esfíncter uretral
estriado (em alguns casos), incontinência
urinária (rara).
Padrão de sutura de uretrostomia: in n out
Teste feito no meato uretral: colocação de
pinça Halsted e pinça deve conseguir
penetrar no meato, se sim, cirurgia foi
bem sucedida
TRAUMATOLOGIA
Tipos de lesões abdominais:
Penetrantes: são cirúrgicas
Não penetrantes ou contusos: um desafio
diagnóstico.
Diagnóstico:
Exame físico:
Abordagem rápida dos sinais vitais (TPR);
ABC do trauma;
Palpação abdominal: presença de liquido
livre, distensão de abdômen por gás,
neste caso estaremos a um passo bem a
frente do diagnóstico, geralmente os
sinais são inconclusivos
Acurácia: em 50% dos pacientes o exame
físico não é acurado, dificilmente é
possível estabelecer causa e diagnóstico
no exame físico, tanto por motivos das
condições do paciente quanto pelo
desenvolvimento atrasado dos sinais.
Desenvolvimento atrasado dos sinais:
havendo hemorragia em fígado ou baço os
sinais podem aparecer após 4 horas; em
avulsão mesentérica podem demorar dias;
em extravasamento de bile podem
demorar semanas à erros de diagnóstico.
Exames complementares: são muito
importantes para formação de uma base
de dados, mesmo que o animal
apresente-se inicialmente bem
Coletar sangue: hematócritos, dosagem
de PPT e albumina, uréia, glicose,
hemogasometria (solicitar sódio e
potássio no mínimo).
Coletar urina: urinálise; as vezes pelo
aspecto macroscópico já se tem algum
caminho a seguir.
US: FAST (técnica ultrassonográfica focada
para trauma, extremamente rápida,
foca-se nos pontos de trauma) --> possui
limitação de evolução da doença, nem
sempre paciente com trauma irá
apresentar edema (mais comum pacientes
instáveis apresentar)
Paracentese: caso a FAST indique líquido
livre, pode ser por punção única (um dedo
a direita ou a esquerda da cicatriz
umbilical) ou em quatro quadrantes (é
usada porque é necessária uma
quantidade mínima de liquido para o
diagnóstico = 5ml).
Lavagem peritoneal diagnóstica (LPD):
certificar que não há trauma de
diafragma. Fazer quando não conseguir
liquido suficiente ou não puder fazer a
paracentese.
Infusão de solução NaCl 0,9% morna,
22ml/kg à movimenta o animal à recupera
esse material e coloca em tubo com EDTA,
sem EDTA (levar pra citologia e
bioquímica).
Como realizar a Lavagem Peritoneal
diagnóstica?
Material: solução NaCL 0,9% morna,
aproximadamente 22 ml/kg, utiliza-se
seringa + agulha e injeta líquido em tubo
com EDTA e sem EDTA
Se o líquido conter sangue, mandar um
tubo para citologia
Resultados da LPD:
Método do jornal: visualização direta
- Colocar o tubo com líquido na frente do
jornal se conseguir ler o jornal – não é
emergência cirúrgica --> monitorar
amostra de 5 em 5 até 20 em 20 minutos
- Se não conseguir ler o jornal – o animal
precisa ser operado imediatamente.
Sangue para hematócrito (em animais não
emergenciais): confrontar: Ht da LPD x Ht
venoso.
Monitoramento: coletar cada amostra de
5 em 5 minutos:
- Se Ht do sangue venoso for = ou animal
com choque não tem relação com este
pressuposto e normalmente não responde
ao tratamento, deve ir direto para a
cirurgia mesmo sem avaliação de líquido
nessa situação
- Se Ht venoso > LPD cirurgia pode
esperar, fazendo monitoramento de 5, 10
ou 20 minutos à tratamento para a
estabilização. Se não houver resposta
clinica o animal pode ser enviado para a
cirurgia.
Estimativa de perda de sangue para a
reposição:
X = L x V/ H – L
● X = volume de sangue no
abdômen
● L = Ht da LPD
● H = Ht sangue periférico antes
da fluidoterapia
● Essa forma determina o
volume de sangue no abdômen
e é importante para saber o
quanto deve ser reposto de
sangue ao animal.
Diagnóstico de peritonite:
Diagnóstico por imagem
Radiografia: simples e contrastadas (em
casos de suspeita de perfuração –
cuidado).
Uretrocistografia ou urografia excretora:
quando creatinina do LPD maior que
creatinina sérica
US: método FAST, AFAST, TFAST, deve-se
realizar US abdominal e pélvica
Tomografia computadorizada: ótima, mas
nem sempre disponível
Ressonância magnética: recomendada
para pacientes estáveis
Tratamento cirúrgico: laparotomia
exploratória
Os traumas perfurantes são
obrigatoriamente cirúrgicos. Os traumas
contusos são necessários investigar e
adotar a melhor conduta. O fígado, o baço
são os mais comumente afetados.
Incisão mediana ou paramediana:
xifo-pubiana
Celotomia e laparotomia não são termos
corretos, mas são utilizados como
sinônimos de abertura da cavidade
abdominal
Exploração sistemática: quadrantes e
calhas.
Quadrantes:
Cranialmente: diafragma. Fígado, vesícula
e arvore biliar, estomago e piloro,
duodeno proximal.
Caudal: duodeno ao cólon, mesentério,
bexiga, uretra, próstata ou útero, anéis
inguinais.
Calhas: afastam os outros e inspeciona:
Os rins, ovários, adrenais e ureteres.
Complicações mais frequentes
Eventração e evisceração/ deiscência de
suturas: prevenção – recobrimento com
omento ou serosa.
Peritonite:
Em derramamento de urina não há
emergência cirúrgica se a urina estiver
estéril. Fazer a estabilização do animal
para fazer a cirurgia. A peritonite nesse
caso é química e é resolvida pelo
organismo.
Se a urina estiver infecciosa – fazer
imediatamente.
Tratamento:
Antibioticoterapia sistêmico a partir de
cultura e antibiograma a partir de LPD.
Suporte de oxigênio e nutricional.
Lavagem copiosa com 200 a 300mL de
soro fisiológico.
Flunixina-meglumina 1mg/kg IV, 24 horas
--> antinflamatório
Remoção dos debris e evitar a CID:
Heparina em dose baixa: 50 a 100UI/kg,
SC, BID.
Heparina + plasma (CID): 5 a 10UI + 1
unidade de plasma fresco, deixa incubar
por 30 minutos e administrar 10ml/kg/IV.
Drenagem abdominal aberta: DAA: é feita
uma sutura entre o peritônio e a pele
criando uma fístula de tamanho suficiente
para que a lavagem seja realizada (2x ao
dia, e o procedimento é cirúrgico). Após
lavagem, fazer curativo com gazes estéril e
uma barreira de compressa molhada em
iodo-povidona e uma atadura por cima.
Peritonite generalizada à DAA.
Drenagem peritoneal fechada: indicado
para peritonite focal ou quando for usado
um dreno pode ser feita em casos de
peritonite generalizada (dreno colocado
entre o fígado e diafragma e uma porção é
exteriorizada até um coletor). Animais
muito grandes pode ser usado até dois
drenos.
TÓRAX
Anatomia
TRS: cavidades nasais, nasofaringe,
laringe, traqueia até a entrada torácica
TRI: traqueia intratorácica, brônquios,
pulmões, pleuras, diafragma, parede
torácica.
A parede torácica é formada por 13 pares
de costelas, e pode ser variável
dependendo do animal. As ultimas 4
costelas não fazem conexão com o
esterno, somente os 9 primeiros --> parte
mais cranial do esterno é chamada de
manúbrio, 4 costelas que não se
interligam com o esterno denominam-se
arco costal
Diafragma tem a porção muscular e a
porção tendinosa. A porção muscular é
nomeada de acordo com a inserção do
musculo, costaris, lombaris e ++. Existe o
forame cava, o hiato esofágico e o hiato
aórtico.
Lobectomia: técnica cirúrgica de retirada
do lobo pulmonar
Pleura e mediastino:
Pleura parietal reveste a cavidade torácica
e pleura visceral reveste os órgãos.
Mediastino é delgado sendo permeável a
líquidos e ao ar.
Pressão negativa faz com que ocorra
movimentos da inspiração e expiração,
quando as costelas são “puxadas” pela
inspiração, os lobos pulmonares também
se movimentam, “puxando” o ar para
dentro
A irrigação da parede torácica é feitapelas
artérias intercostais (artéria aorta dá
origem às artérias intercostais).
A drenagem é feita pelas intercostais. As
intercostais drenam para a veia Ázigos
direita que desemboca na cava cranial ou
entre as cavas (diferenças individuais).
O plexo vasculonervoso passa caudal as
costelas.
Protocolo geral:
Pré-operatório:
Exame físico:
Inicia-se pelo estado geral do paciente
Observar o animal em decúbito esternal
em posição quadrupedal
Há dispneia? -- inspiratória (doença do
TRS, animal demora mais tempo
inspirando) ou expiratória (doença do TRI,
animal demora mais tempo expirando).
Padrão respiratório: restritivo (animal não
consegue expandir totalmente o tórax);
paradoxal (tórax move-se em um
momento e abdômen se move em
momento diferente, uma janela entre as
costelas vai para dentro, todos os espaços
intercostais se movem na inspiração e um
espaço se movimenta em direção
contrária – indicativo de fatura múltipla
de costelas)
Observar se há simetria das costelas
durante o movimento de respiração de
acordo com a posição dele, deve estar
simétrico
Condutas para estabilizar o paciente:
Atenção ao decúbito:
Lateral – hemitórax com a lesão para
baixo;
Esternal – nas suspeitas de pneumotórax.
Lateral com lado acometido para baixo
(lesões neoplásicas extensas)
Monitorar as funções respiratórias e
cardíacas: TPR, hemogasometria e
oximetria de pulso.
Fornecimento de oxigênio:
Punção cricóide ou cricotiroidostomia:
introduz uma agulha ou cateter venoso na
camada cricóide. Pode passar um fio de
náilon no cateter e amarra no
traqueo-tubo e faz a intubação retrograda.
Cateter transtraqueal: cateter entre os
anéis traqueais, oferecer oxigênio
umidificado, com solução NaCl --> mais
invasivo que sonda nasal, necessita de
bloqueio local
Sonda nasal: uni ou bilateral, com gasto de
oxigênio menor --> penetrar até lateral do
olho, utiliza-se somente bloqueio por
colírio nasal (Tetracaína)
Máscara: a atmosfera é menos rica e é de
fácil execução, gera muito stress
Tubo endotraqueal: possível em animais
com perda de consciência e em animais
com dificuldades de respiração maior -->
precisa que o animal esteja sem
consciência e se reflexos, maior
oferecimento de oxigênio
Tenda: gasto alto de oxigênio, promove
formação de atmosfera em volta do
animal, método que promove maior
conforto para o animal, o ambiente fica
saturado por CO2, a vantagem é em
animais muito agitados e bravos -->
caríssima, aumenta oximetria e reduz
capnografia, mas seria o melhor método
menos estressante
Diagnóstico:
Há suspeita de pneumotórax:
toracocentese diagnóstica e se houver ar,
fazer a drenagem
Bloqueios nervosos intercostais – bloqueio
das costelas ao lado.
Radiografia torácica -- 3 posições
Tomografia – se radiografia não for
suficiente
Ressonância -- se tomografia não for
suficiente
Toracocentese: material – sistema
fechado:
Para punção: agulha (19G a 23G), agulha
hipodérmica, escalpe ou cateter ou sonda
mamaria para bovinos.
Colocação de dreno torácico -- tamanho
do tubo -- mesmo tamanho do brônquio
principal. Se for drenar ar é melhor usar
um dreno menor.
Sistema de drenagem --> quando há
líquido usar o sistema com 2 garrafas,
quando há somente ar usar 1 garrafa,
dificilmente usar 3 garrafas:
O material vai para: Tubo com EDTA, tubo
sem EDTA, citologia.
Toracostomia: drenagem de líquido ou ar,
sondas uretrais são as mais indicadas para
drenar grandes quantias de ar --> catéter
inserido com sonda hemostática,
inclinando e inserindo até romper parede
torácica --> bolsa de tabaco ou sandália de
bailarina para suturar sonda na pele
Pós-operatório:
Monitorar a função respiratória; animais
submetidos a toracotomia podem
apresentar uma claudicação transitória
por causa da lesão do musculo grande
dorsal (evitar secção do grande dorsal,
somente abertura das fibras)
Cães e gatos são resistentes à pleurodese
(animais não formam fibrina com tanta
facilidade como a espécie humana)
Complicações:
Edema pulmonar de reexpansão (EPR):
Ocasionado pelo aumento da
permeabilidade associada a lesão de
microvasos pulmonares.
Anormalidades dos microvasos
pulmonares provocadas pelo colapso
crônico;
Estresse mecânico ocasionado pela
expansão abrupta, perda da pressão
negativa muito rápida
Tromboembolismo pulmonar (TEP):
Obstrução do fluxo sanguíneo nos vasos
pulmonares.
Trombo ou êmbolo originário à originário
do sistema venoso sistêmico ou coração
direito.
Tratado com uso de anticoagulantes.
Técnicas cirúrgicas utilizadas
Fios monofilamentares absorvíveis ou
inabsorvíveis --> absorvíveis
monofilamentosos devem ser os mais
utilizados, multiilamentosos s~çao
contraindicados
Afastadores auto estáticos
Pinças anguladas (de Stankcy ou Mixer)
Serras de esterno ou para ossos.
Pulmões e parede torácica:
Colheita para biópsia: por toracoscopia,
dirigida em janela, cirúrgica, intratorácica
Lobectomia parcial ou total
Esternectopia parcial.
Cavidade pleural e diafragma:
Toracocentese: diagnóstica ou de
drenagem
Toracostomia
Toracotomia:
Simples: intercostal: com ressecção de
costela;
Esternectomia mediana;
Transesternal.
Combinada: toracoabdominal ou
toracocervical.
Pleurodese: ineficiente em cães e gatos
Comunicação pleurovenosa ou
pleuroperitoneal ativa.
Linfangiografia mesentérica
Ligadura do ducto torácico.
Doenças de tratamento cirúrgico:
Pulmões e parede torácica:
Tórax instável.
Abscesso pulmonar --> material purulento
na cavidade torácica leva a quadro grave
Torção do lobo pulmonar --> leva a
isquemia e necrose se não tratado
Pectus excavatum (peito escavado) -->
tórax mais “afundado” ao centro, correção
no tratamento por aparelho ortopédico
Pectus carinatum --> tórax forma uma
“cunha”, oposto do exacavatum
Cavidade pleural e diafragma:
Pneumotórax.
Hérnia diafragmática: adquirida,
congênita/peritôniopericárdica (animal
normalmente morre nas primeiras horas
de vida, observar na necropsia)
Efusão pleural: quilotórax e piotórax.
Timonas: cistos branquiais tímicos e cistos
mediastinicos (neoformações)
Pneumotórax
É o acúmulo de ar ou gás dentro do
espaço pleural.
Classificação: unilateral ou bilateral,
aberto ou fechado, não traumático ou
traumático, por tensão (flape tecidual
atuando como válcula de uma via), não
traumático/espontâneo/idiopático
(primário e secundário),
pneumomediastino
Pneumotórax fechado traumático:
Fisiopatologia:
1. trauma --> 2. compressão torácica
gerada --> 3. quando encontra glote
fechada --> 4. leva à ruptura do
parênquima ou árvore brônquica
Um trauma rombo causa compressão
torácica. Se a glote estiver fechada há uma
ruptura do parênquima ou da arvore
brônquica. Pode ser que não há o
rompimento completo e haja a formação
de vesículas subpleurais que se rompem
posteriormente e causam o pneumotórax.
Outra forma dele acontecer é a onda de
choque do trauma causar uma força de
rasgamento do parênquima.
Diagnóstico
Anamnese: traumatismo.
Exame físico: dispneia aguda, respiração
restritiva, sons pulmonares abafados
dorsalmente a auscultação, enfisema
subcutâneo, percussão timpânica.
Solicitar radiografia (antes e após
drenagem)
Conduta:
Providenciar um ambiente rico em
oxigênio;
Em caso traumático: toracocentese para
drenagem, animal em repouso por 3 a 5
dias e esperar melhora, se não houver
melhora fazer toracotomia
Toracotomia para drenagem na região
intercostal ou esternotomia mediana
Se houver fratura de costela fazer o
bloqueio anestésico no plexo intercostal;
Depois da toracotomia cobrir a ferida;
Considerar pleurodese: função de criar
uma aderência entre as pleuras ajudando
a fechar as lesões. Nos cães é melhor a
sanguínea.
Tratamento:
Toracotomia exploratória de urgência. A
estabilização fisiológica é mais
importante.
Indicações:
Pneumotórax traumático aberto: aberto
torácico penetrante – toracotomia
exploratória de urgência. Fazer a
exposição por esternotomia mediana.
Pneumotórax traumático

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