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Anestesiologia
✔ Conceitos:
• MPA: drogas administradas antes da anestesia a fim de preparar o paciente
para a própria anestesia; (É utilizada com o objetivo de preparar o paciente
para a anestesia promovendo sedação, analgesia, menor incidência de
efeitos adversos, enfim, torna o ato anestésico mais agradável para o animal
e anestesista.)
• Sedação, analgesia: perda ou ausência de sensibilidade à dor (objetivo da
MPA) → permitem uma menor incidência de efeitos colaterais;
• Co-indução: analgésico/relaxante/ansiolítico utilizado para auxiliar agente
indutor.
• Indução: leva o paciente ao plano anestésico, é causada pelos agentes
indutores (que induzem o animal à anestesia);
•Manutenção: mantém a anestesia durante a cirurgia através de infusão.
O fármaco indutor também pode ser o fármaco de manutenção.
- Anestésica/analgésica
✔ Finalidades gerais:
• Sedar;
• Reduzir estresse;
• Redução da dor; analgesia preventiva;
• Inibir o estágio 2 da anestesia (delírio e excitação) → MPA causa menor
evidência desse estágio.
• Redução de efeitos indesejáveis de outros fármacos.
• Potencializar outros fármacos → o MPA entra em sinergismo com o indutor e
diminui a dose do mesmo;
• Recuperação suave
• Redução de secreções
• Prevenir ou reduzir incidência de vômitos
• Mais utilizados: acepromazina com morfina
GRUPOS FÁRMACOS
TRANQUILIZANTES Fenotiazínicos:
➔ Acepromazina
➔ Cloropromazina
➔ Levomepromazina
ANSIOLÍTICOS Benzodiazepínicos:
➔ Midazolam
➔ Diazepam
HIPNOANALGÉSICOS Opióides:
➔ Morfina
➔ Metadona
➔ Meperidina
➔ Tramadol
➔ Buprenorfina
➔ Butorfanol
Agonistas de receptores Alfa-2:
➔ Xilazina
➔ Detomidina
➔ Dexmedetomidina
ANTICOLINÉRGICOS Atropina:
➔ Não é utilizado com MPA
✔ ANTICOLINÉRGICOS: Atropina:
- Não é um anestésico e nem um analgésico, somente anticolinérgico.
➔ Anticolinérgico inibe a ação do neurotransmissor acetilcolina (Ach – atua no
sistema nervoso parassimpático), → impede que Ach se ligue aos receptores
pós- ganglionares muscarínicos e impede a ativação do sistema
parassimpático no órgão efetor);
Ele atua no SNAP (sistema nervoso autônomo parassimpático), que é mediado
pela ação da Ach nos receptores muscarínicos nos neurônios pós-
ganglionares;
- O sistema parassimpático causa relaxamento e digestão do organismo;
Mecanismo de ação
Efeitos cardiovasculares: O animal fica taquicardíaco, porém o débito
cardíaco não sofre mudanças (pois com a taquicardia, há um menor
diastólico para o enchimento do coração);
Broncodilatação: mais fácil usar um broncodilatador, a atropina não é
utilizada para broncodilatador.
Indicação clínica: Usado em pequenos animais, somente quando há
necessidade. Ex: pacientes que usam fentanil, a atropina pode causar uma
bradicardia no paciente. Não usa de maneira preventiva (MPA);
A atropina não é utilizada como MPA.
✔ TRANQUILIZANTES: Fenotiazínicos:
Pontos de interesse (Fenotiazínicos):
- Diminuem ansiedade com tranquilização sem produzir desligamento do
ambiente;
- Aumento da dose não incrementa o grau de tranquilização;
- Promovem ptose palpebral, prolapso de pênis, abaixamento de cabeça
e protrusão de membrana nictitante;
- Promovem hipotensão arterial (bloqueio dos receptores α-1
adrenérgicos) e queda na pressão venosa central;
- Produzem depressão miocárdica e diminuição da temperatura corporal;
- Possuem ação antiarritmica (barbitúricos e halotano);
- Produzem, eventualmente, bradicardia, bloqueio atrioventricular em
animais predispostos (braquicefálicos);
- Diminuem o limiar convulsivo;
- Possuem ação antiemética e anti-histamínica
- Promovem pouca depressão respiratória, mas potencializam a de
outros agentes;
- Não são analgésicos
Envolvem a acepromazina, Levomepromazina e cloropromazina.
São agentes antipsicóticos e neurolépticos, que resultam em sedação de grau
leve (sem perda de consciência);
- Na clínica podem ser utilizados para diminuir os efeitos de euforia que
o animal apresenta.
Não é analgésico, mas potencializa o poder de analgésico por sinergismo;
Seus efeitos são mais intensos quando são associados com opióides e
benzodiazepínicos.
- É apresentado em 1% e 2%
Mecanismo de ação
Sistema nervoso central: age como antagonista dopaminérgico e
serotoninérgico, que são neurotransmissores do sistema simpático, e ocupa o
lugar desses neurotransmissores em seus receptores, impedindo seus efeitos.
- São utilizados para relaxar o animal sem hipnose, são mais utilizados
em animais ansiosos e com estímulo dopaminérgicos.
➔ A DOPAMINA é o hormônio da ansiedade e do medo, ao atender um gato
ou cachorro, ele pode ter um pico de dopamina por estar em um novo lugar,
ou por sentir cheiros diferentes e de outros animais.
➔ A SEROTONINA é o hormônio da felicidade, mas também tem relação com a
ansiedade;
OBS: Fenotiazínicos proporcionam uma redução do limiar convulsivo, então
não podem ser utilizados em pacientes que convulsionam.
No sistema cardiovascular, os Fenotiazínicos causam o bloqueio de
receptores alfa adrenérgicos.
➔ Os receptores Alfa-1 adrenérgico causa vasoconstrição
➔ O bloqueio desses receptores causa vasodilatação, diminuindo a pressão
arterial (hipotensão).
A dexmedetomidina (hipnoanalgésico) é um agonista alfa-2 adrenérgico, ela
faz o contrário dos fenotiazínicos.
Sistema respiratório: os fenotiazínicos agem como broncodilatadores, então
são indicados em animais com dificuldade respiratória devido ao calor.
Na temperatura corporal ocorre:
➔ Redução → com o bloqueio dos receptores alfa-adrenérgicos, ocorre a
vasodilatação que faz o animal perder mais calor;
➔ Depressão do centro termorregulador → promove a queda de temperatura
➔ Vasodilatação periférica → troca de calor fica mais fácil com o meio
externo que está com temperatura mais baixa.
Dilatação esplênica: Os fenotiazínicos (como o acepram) causam
vasodilatação do baço, fazendo com que ocorra diminuição de hemácias
circulantes, pois elas são direcionadas ao baço. Isso pode piorar animais com
anemia.
Sinais de sedação em pequenos animais:
➔ Tranquilização leve e moderada;
➔ Protusão de 3° pálpebra;
➔ Ptose (queda) palpebral;
➔ Abaixamento da cabeça.
Indicações clínicas:
O uso de fenotiazínicos é indicado nos casos de:
- Dificuldade respiratória devido ao calor: abaixa a temperatura;
- Hipertérmicos: ajuda na regulação da temperatura.
Contra indicações clínicas/cirúrgicas:
- Desidratação/hipovolemia (volume de plasma sanguíneo baixo): A
acepromazina diminui a pressão arterial ainda mais por causa da
vasodilatação. A força hidrostática e o volume de sangue dentro do
vaso diminui, dificultando a distribuição de sangue para a periferia (o
animal deve ficar vasoconstrito).
- Debilitados/anêmicos: O acepran causa a vasodilatação esplênica, o
volume das hemácias diminui na grande circulação. → Hipotérmicos:
acepran diminui a temperatura.
- Chocados;
- Histórico de convulsão/epilepsia: acepran diminui limiar de convulsão;
- Vasodilatados (SIRS, SEPSE): A pressão arterial diminui → hipotensão
que pode causar choque.
- Diminuição de eletrólitos: PA diminui
- Esplenectomia: O acepran vasodilata o baço → perda de sangue
intensa.
Antagonista
Os fenotiazínicos não possuem um fármaco reversor, e de acordo com a dose
usada, seus efeitos podem durar de 4 a 6 horas; A dopamina não se usa mais
para reverter a acepromazina por não ter efeito, considerando que o acepran
impede que ela se ligue nos receptores.
✔ ANSIOLÍTICOS: Benzodiazepínicos: Midazolam e Diazepam
Pontos de interesse:
- Produzem efeitos ansiolíticos, tranquilizantes, hipnóticos,
miorrelaxantes, amnésia e alterações psicomotoras;
- O diazepam (0,5 a 1mg/kg) e o midazolam (0,2 a 0,5mg/kg) são os mais
empregados na medicina veterinária;
- A absorção do diazepam é lenta (IM);
- Não produzem efeitos cardiovasculares importantes (propilenoglicol);
- Podem promover excitação paradoxal
- Possuem antagonista específico (Flumazenil 0,02 a 0,1mg/kg IV)
Midazolam e Diazepam são fármacos que diminuem a ansiedade, pois são
miorrelaxantes;
- Deprimem o sistema límbico no SNC
- Ativam receptores GABAérgicosGABA é o principal receptor inibitório do SNC e é liberado por neurônios
chamados Gabaérgicos e se conecta a receptores específicos dos outros
neurônios. Esses neurônios receptores passam por uma diminuição na
condução neuronal, o que provoca a inibição do SN. Resultando em:
relaxamento, concentração e sono.
➔ O fármaco deve ser escolhido de acordo com a via de administração.
Vias de administração:
- IV → Intravenoso = em equinos utiliza-se Diazepam por ser mais barato;
- IM → Intramuscular = não é recomendado usar o Diazepam por ser um
fármaco oleoso e causar dor na aplicação. Usa o Midazolam.
- Intra-retal = utiliza-se Diazepam
- Nasal = utiliza Midazolam
Ação:
→ Ansiolítica e hipnótico (avaliar paciente);
→ Miorrelaxante;
→ Anticonvulsivante = aumenta o limiar convulsivo;
→ Não provocam alterações hemodinâmicas e respiratórias (muito seguro).
Normalmente é associado a outros fármacos
Anestésicos dissociativos:
Ketamina / Cetamina:
- Aumenta o tônus muscular somático → quando administrada via IV
pode causar espasticidade (aumento da rigidez muscular) e convulsão.
A ketamina é associada com um miorrelaxante, pois também são
anticonvulsivantes.
- A dissociação de um cão/gato muito bravo não pode ser feita com
acepran (causa sedação leve/média), por isso é feito um anestésico
dissociativo como a ketamina junto com o Midazolam.
- Também pode ser feito com xilazina ou dexmedetomidina ao invés da
ketamina, mas não é muito recomendada por ter um tempo de ação
mais lento, o efeito vasoconstritor é lento.
Agentes indutores (para redução da dose):
O Midazolam é muito utilizado como co-indutor na anestesia geral, porém,
possui uma ação prolongada, fazendo com que o animal fique de 30 a 60
minutos vocalizando na baia (não é recomendado em animais saudáveis em
cirurgias eletivas).
O MIDAZOLAM NÃO FAZ EFEITO SOZINHO, por isso é utilizado em
associação.
- Exceto em caso de convulsão, é recomendado utilizá-lo pelo efeito
imediato (pacientes idosos e calmos).
Exceções
- Em animais muito jovens não é bom utilizar Midazolam e diazepam,
exceto em potros e bezerros. Nos potros e nos bezerros o Midazolam
age de maneira eficaz sozinho, mas normalmente é associado com o
butorfanol.
- Em animais idosos que possuem a síndrome de disfunção cognitiva,
ajuda o paciente a não ficar agitado no pós-operatório.
Antagonista
- FLUMAZENIL: caso o Midazolam deixe o animal muito excitado, o
flumazenil pode ser usado para reverter.
✔ HIPNOANALGÉSICOS: Opióides e Agonistas de receptores Alfa-2:
Opióides
➔ Morfina
➔ Metadona
➔ Meperidina
➔ Tramadol
➔ Buprenorfina
➔ Butorfanol
Pontos de interesse:
- Promovem analgesia;
- Podem causar sedação, euforia e excitação;
- Como efeitos colaterais pode-se citar a depressão respiratória e alguns
efeitos gastrintestinais (emese);
- Promovem a redução no requerimento de anestésicos gerais.
Agonistas de receptores Alfa-2:
➔ Xilazina
➔ Detomidina
➔ Dexmedetomidina
Pontos de interesse:
- Promovem sedação dose-dependente;
- Promovem a diminuição da atividade simpática (SNC), redução de
catecolaminas e hormônios do estresse (estimulação dos receptores α
-2 adrenérgicos);
- Promovem sedação, hipnose e relaxamento muscular;
- Provocam diminuição da frequência cardíaca, bloqueios AV de 1°, 2º e
até 3º graus, diminuição do débito cardíaco e hipotensão.
- Promovem prolapso peniano, ptose labial, abaixamento de cabeça,
anorexia, diminuição da motilidade intestinal e hematócrito;
- Promovem aumento do tônus uterino e da glicose sanguínea;
- Promovem depressão respiratória dose-dependente;
- São agentes analgésicos.
Estão localizados na membrana pré-sináptica, atuam inibindo a liberação de
noradrenalina na fenda sináptica, impedindo que se ligue nos receptores
alfa-2. ]
- A noradrenalina é um neurotransmissor que aumenta o tônus
simpático, então a sua inibição resulta em uma diminuição do tônus
simpático.
Antagonista
Possuem reversor A NALOXONA, mas quase nunca são utilizados. Pode
ocorrer caso o dexmedetomidina causa efeitos adversos ou toxicidade.
Ação
➔ Sedação intensa
➔ Analgesia visceral
➔ Miorrelaxante importante
Efeitos cardiovasculares:
Os alfa-2 não são utilizados em cardiopatas devido ao efeito hemodinâmico
ruim (alterações em FC, DC, PA, volume sistólico).
BAV (bloqueio atrioventricular)
➔É um atraso na condução da corrente elétrica à medida que ela atravessa o
sistema de condução atrioventricular.
➔Ocorre durante a anestesia por causa do estimulo parassimpático do alfa-2.
➔É possível até que o paciente entre em dissociação atrioventricular, onde o
átrio trabalha em uma frequência e o ventrículo em outra.
Efeitos no TGI
Em pequenos animais causa vômitos. Mas em grandes animais reduz a
atividade ruminal, ocasionando acumulo de gás metano no rumem
(timpanismo).
Em pequenos animais:
Efeito clinico dose- dependente.
→ Mais utilizados em gatos.
→ XILAZINA e DETOMIDINA não são utilizados em pequenos animais, pois
necessitam utilizar doses muito altas, causando efeitos colaterais/adversos.
Logo, não é recomendado utilizar somente afa-2 em pequenos animais.
→ DEXMEDETOMIDINA é utilizada normalmente (exceto em cardiopatas), pois
consegue atuar no sítio de ação. Ela faz com que o paciente consuma menos
oxigênio, logo, permite que o animal aguente mais alterações hemodinâmicas.
✔ OPIÓIDES
Os opióides são os agentes de primeira linha no tratamento da dor aguda e
realizam a prevenção de diversos estágios da dor; São derivados naturais ou
sintéticos do ópio (como a cocaína, heroína, codeína).
Seus efeitos dependem de qual receptor opióide tem mais afinidade:
Receptores:
Mi (µ) → analgesia, sedação, euforia, depressão respiratória.
Kappa (K) → analgesia e sedação
Sigma (8)
Delta (∆)
Receptor Mi (µ) • Envolve: Morfina = potente analgésico Metadona Fentanil
Resulta em:
• Analgesia intensa, realiza verdadeira analgesia. Todo opióide que realmente
é analgésico potente, é agonista Mi.
• Sedação
• Euforia
• Depressão respiratória
• Não faz alteração hemodinâmica – os opióides são muito seguros, cada um
tem efeito adverso, porém é melhor do que o paciente sentir dor.
O estímulo relaciona a dor é muito pior que um opióide, ou seja, mesmo que
um animal seja cardiopata, deve ser realizada a morfina para evitar que o
animal fique com dor.
Receptor Kappa (k)
Butorfanol (opioide sedativo)
→ usado muito em equinos e em eco (ECG) de cães e gatos.
É agonista Kappa e antagonista Mi
→ butorfanol não pode ser utilizado associado com morfina, mas pode ser
utilizado para reverter os sinais da morfina e vice-versa.
Butorfanol, kappa e morfina Mi juntos não causam efeitos.
Resulta em:
- Analgesia visceral, mas não somática;
- Ex: não é recomendado para fraturas, pois é uma dor somática, não
visceral. Sedação importante. Não utilizar butorfanol nem meperidina
em mastectomia.
Receptor Sigma (8) e Delta (∆) Não tem efeitos claros na veterinária.
• Sigma = disforia, excitação, efeitos alucinógenos
• Delta = efeitos poucos conhecidos.
Efeitos desejáveis
- Analgesia = dependente da classe do opioide empregado;
- Sedação = não se usa metadona e morfina para sedação leve e sim
butorfanol
- Ansiolise = sofrimento
Efeitos colaterais
- Bradicardia = é reflexa a vasoconstrição, pois aumenta a pressão
arterial.
Ex: é administrada morfina no paciente com 120 bpm, e então vão pra 80
bpm → pois essa droga faz a liberação de norepinefrina que faz
vasoconstrição → PA aumenta → bradicardia reflexa.
- Excitação → Um equino sem dor e saudável com morfina fica eufórico,
mas em um pós-op de cólica ele não excitará, pois está com dor.
➔ Por isso em equinos são utilizados agonistas Mi – menos comum
utilizar em cão e gato
➔ Para diminuir disforia em cão, pode ser utilizado acepromazina
(tranquilizante) com morfina, que resultará em sedação.
✔ OPIÓIDES: AGONISTAS TOTAIS
Antagonista dos opioides: naloxona → utilizada como reversor de opioides.
É utilizada em neonatos depois da cesárea para reverter esse efeito opioide
nos próprios filhotes.
➔ Entretanto, o filhote ainda não tem receptor para isso, entãonão há efeito
algum;
➔ O que pode acontecer é alguma droga usada na cesárea passar um efeito
residual, por isso escolher bem os fármacos é essencial.
➔ Apesar de haver um reversor. Somente em casos extremos;
- Ex: butorfanol em idosas com síndrome de disfunção cognitiva →
paciente fica disfórico.
MORFINA
Para dor moderada – severa.
- Ex: em pós-operatório de paciente de coluna.
Paciente tem grande chance de induzir vômito por causa da morfina, então
deve-se evitar utilizá-la sempre no mesmo paciente (de maneira horária).
Realiza degranulação de mastócitos, que possuem histamina → causam
vermelhidão, coceira, vasodilatação.
→ Em mastocitoma (tumor dos mastócitos);
➔ Não utilizar morfina
➔ Utilizar difenidramina ou corticoide antes da cirurgia para evitar a maior
degranulação dos mastócitos causada pela própria manipulação do tumor.
➔ Evitar morfina em animais com mastocitoma ou animais muito brancos →
utilizar metadona.
METADONA
Para dor moderada – severa. É mais potente que a morfina.
- Pode ser usado em paciente com mastocitoma.
MEPERIDINA
- Não é muito utilizada
- Para dor leve e sedação.
Ex: utilizar em dor de ouvido, unha encravada, quando não é muito grave.
Não é indicada para pré-operatório de uma cirurgia de mastectomia.
FENTANIL, REMIFENTANIL, ALFENTANIL, SUFENTANIL.
- IV;
- IM -> não é recomendado (é preferível realizarmorfina, metadona ou
butorfanol);
São 100x mais potente quando comparado a morfina (precisam de menos mili
ou microgramas são necessários para atingir analgesia);
São mais utilizadas como co-indutores (pois causam depressão
cardiorrespiratória: - Auxiliam na indução; - Diminuem dose do agente indutor;
- Ajudam na analgesia e sedação;
✔ OPIÓIDES: AGONISTAS/ANTAGONISTAS
BUTORFANOL / NALBUFINA
São antagonistas Kappa e antagonistas Mi; Utilizados para:
➔ Analgesia visceral (dor discreta)
➔ Sedação (exames que não envolvam dor, como eletrocardiograma,
ultrassom)
➔ Estabilidade hemodinâmica
Nunca associa butorfanol com morfina, morfina perde o efeito.
✔ OPIÓIDES: AGONISTAS PARCIAIS TRAMADOL
➔ Dor leve.
➔ Atua na receptação da serotonina, principalmente em cão, e não está
relacionado com ação opióide.
➔ Nos gatos, diferentes dos cães, tem efeito opióide, mas é utilizado no
pós-operatório, nunca em cirurgia de dor moderada-severa.
- Evitar em pacientes epiléticos, pois diminui o limiar convulsivo, ou seja,
o animal irá convulsionar mais facilmente.
- Gera uma boa estabilidade hemodinâmica, mas ainda não é
recomendada para ser utilizada como MPA ou analgesia pós-operatória
em castração de fêmeas, pois ela pode sentir dor visceral, resultando
em taquicardia ou hipertensão.
- NALOXONA – reversor dos opióides
Principais receptores Mi e kappa
Agonistas totais Morfina, metadona, fentanil e
meperidina
Agonistas antagonistas Butorfanol
Agonistas parciais Tramadol
Antagonista Naloxona
✔ NEUROLEPTOANALGESIA
É a associação de tranquilizante + analgésico opioide = o que resulta numa
tranquilização e analgesia interna sem perda de consciência (o animal não
fica anestesiado)
• Exemplos de tranquilizantes:
- Benzodiazepínicos → Midazolam
- Fenotiazínicos → acepromazina
- Agonista alfa-2:
Em grande: xilazina e detomidina
Em pequenos: dexmedetomidina
• Exemplos de analgésicos opioides:
- Fentanil
- Tramadol
- Morfina
- Metadona
VANTAGENS:
➔ Redução da dose de cada fármaco
➔ Efeitos colaterais menos pronunciados
➔ Efeitos clínicos mais intensos, devido ao sinergismo das drogas;
Ex: acepromazina apresenta efeitos analgésicos com a morfina, sendo que ela
não é analgésica sozinha;
Nesse caso, antes de usar o acepran, deve ser avaliado se este fármaco é
benéfico para o determinado paciente.
➔ Analgesia
➔ Utilização de antagonistas: todos os fármacos vistos tem antagonistas
INDICAÇÕES
➔ Contenção química:
- Para paciente agressivo. Pode usar uma morfina e xilazina, metadona e
acepram. Utiliza-se em doses baixas.
➔ Procedimentos poucos invasivos que não necessitem de anestesia geral:
- Enucleação em cavalo, foi feita uma neuroleptoanalgesia sem precisar
de anestesia geral.
➔ Procedimentos ambulatoriais em pacientes dolorosos
➔ Em grandes animais, uma boa neuroleptoanalgesia e anestésico local é
possível realizar cirurgia.
Não é recomendado o mesmo em cães
Acepromazina (tranquilizante) + opioides: Deve ser utilizada a dose
terapêutica do acepran (0,02 a 0,05 mg/kg) e associá-la com um opioide
(morfina, metadona, butorfanol, fentanil, alfentanil). - Lembrando que animal
não pode usar acepran se tiver anemia.
Midazolam + opioides: Pode usar essa associação em MPA e como co-indutor
IV (intravenoso) junto com fentanil ou propofol → efeitos gabaergicos.
Agonista alfa 2 + opioide Dependendo da dose, é o mais pesado de todos =
causa maior relaxamento e tranquilização intensa;
✔ ANESTESIA DISSOCIATIVA
É caracterizada por estado anestésico por interrupção do fluxo de
informações para o córtex sensitivo (consciência). Causa o bloqueio dos
estímulos sensitivos no tálamo, que a estrutura relacionada aos sentimentos,
na área límbica.
- O anestésico dissociativo mais utilizado é a KETAMINA e TILETAMINA.
- Essa anestesia causa estimulação de áreas límbicas: os humanos
podem ter alucinações.
Pontos de interesse:
- Não é anestesia geral (produzem um estado de catalepsia);
- Sempre deve ser utilizada em associação (tranquilizante / agente
sedativo)
- Movimento ocular, lacrimejamento e nistagmo são comuns;
- Manutenção dos reflexos oculares e laríngeos, associado a salivação
profusa;
- Podem ser utilizados em todas as vias de administração usuais;
- Aumentam a pressão intracraniana e intra-ocular (?);
- As doses utilizadas em cães de 11 a 22mg/kg IM e 5 a 10mg/kg IV em
gatos as doses variam de 8 a 15mg/kg IM e 2 a 8mg/kg IV;
A anestesia dissociativa é marcada por um estado de catalepsia, caso a
ketamina não seja utilizada com associação (como a xilazina);
- Catalepsia: rigidez muscular, espástico, tônus muscular aumentado.
- Assim, a ketamina deve ser utilizada com outro fármaco, caso contrário,
a indução é muito intensa.
A ketamina causa redução do efeito inibitório da GABA (bloqueio de receptor
NMDA impede a liberação do neurotransmissor GABA), ocorre estímulo de
receptores nicotínicos/ação nicotínica muscular, resultando em catalepsia,
rigidez no pós-operatório e hiperatividade límbica.
➔ Os receptores nicotínicos são responsáveis pela contração muscular;
➔ Por isso a ketamina é usada associada com outras drogas, como o
midazolam, pois ele é gabaérgico e evita os efeitos excitatórios da ketamina
no pós-operatório.
➔ A ketamina é agonista de receptores opiáceos sigma → que são os
receptores marcados por disforia/excitação, por isso a ketamina deixa o
animal eufórico.
Efeitos farmacológicos:
No sistema nervoso central:
Causa aumento de fluxo sanguíneo cerebral em doses
dissociativas/anestésicas, a ketamina aumenta a pressão intracraniana (PIC) e
a pressão liquórica. Logo a ketamina é contra indicada para pacientes com:
➔ Traumatismo craniano, pois aumenta PIC
➔ Neoplasias no SNC, pois também aumenta a PIC
➔ Pacientes epiléticos, a ketamina diminui o limiar convulsivo, deixando muito
mais fácil para que o paciente epilético tenha convulsão. Mas ainda pode ser
usada em dose analgésica paramanter o paciente sedado semaumento da
PIC → isso é possível pois a ketamina tem efeito dose-dependente.
- Ex: se tem um paciente com histórico de convulsão e o veterinário não
quer usar ketamina nem como analgésico, não tem problema, mas em
dose analgésica a ketamina pode ser usada.
No sistema cardiovascular:
Causa efeitos simpaticomiméticos em pacientes saudáveis:
➔ Aumento de FC, PA e DC, por causa da inibição da recaptação das
catecolaminas
No sistema respiratório:
Manutenção do drive respiratório/oxigenação:
➔ Efeitos depressores dose-dependente, o que diminui a FR, VT e aumenta a
PaCO2
✔ INDUÇÃO ANESTÉSICA
BARBITÚRICOS
➔ Tiopental = não é tão usado na rotina, é usado mais para eutanásia. ** não
faz IM.
Pontos de interesse:
- Provoca depressão progressiva do SNC;
- Produzdepressão no centro bulbar (diminui a amplitude respiratória e
volume-minuto);
- Produz efeito cumulativo;
- Provoca relaxamento muscular, hipnose, contudo, não são analgésicos
eficientes;
- O seu uso é contra-indicado em cardiopatas (arritmias), nefropatas e
hepatopatas
CARACTERÍSTICAS
- Podem causar flebite e necrose tecidual caso sejam administradas fora
da veia (Ex: tiopental causa ferida grave na pele).
- Tiopental tem ação ultra curta → começa a ter efeito em 15 a 30
segundos;
MECANISMO DE AÇÃO
- Diminui * a ligação e seletividade da acetilcolina na membrana pós
sináptica → impede a contração muscular = promove relaxamento
muscular.
- ➔ indução anestesia
COMPOSTOS IMIDAZÓLICOS
ETOMIDATO
➔ não produz efeito analgésico
➔ potente agente hipnótico
Pontos de interesse:
- Possui forte ação hipnótica;
- É potencializado pelas fenotiazinas e benzodiazepinas;
- Causa pouca alteração nos parâmetros cardiorrespiratórios e
hemogasométricos;
- A dose recomendada é de 0,5 a 1mg/kg IV;
- Seu uso pode provocar supressão da supra renal.
Farmacocinética
Possui uma hemodinâmica perfeita, mas a indução dele é ruim.
➔ Deve ser associado com benzodiazepínico para sedar melhor
MECANISMO DE AÇÃO
Não elucidado por completo
➔ Potencializa os efeitos gaba – prolongando o tempo de abertura dos canais
de cloro. Aumenta a probabilidade da abertura desses canais.
➔ Potencializa o n° de receptores GABA disponíveis: Deslocando os inibidores
endógenos da ligação com este neurotransmissor.
No SNC:
➔ Inibe atividades das sinapses espinhais e supre- espinhais pela
potencialização do GABA;
➔ Baixo fluxo dg cerebral, PIC e consumo de o2 ➔ Não induz a hipertermia
maligna
➔ Pode ser utilizado em neurocirurgias (efeito protetor)
➔ Possui propriedades anticonvulsivantes. Mas não é indicado. No sistema
Cardiovascular:
Muito usado pelo efeito cardiovascular em pacientes ASA 3 e 4.
➔ Discreto aumento de FC, VS (volume sistólico) e DC. Ou seja, melhora
hemodinâmica do paciente.
No sistema Respiratório:
➔ Apnéia transitória – último passo da depressão respiratória
➔ Não há depressão respiratória.
PROPOFOL
É um anestésico muito bom.
➔ Líquido hidrófobo em temperatura ambientes
➔ Não possui conservantes
➔ Pouco analgésico
➔ Relaxamento muscular moderado
Pontos de interesse:
- Possui margem de segurança maior que a dos barbitúricos (pode ser
usado em pacientes de alto risco);
- Não possui efeito cumulativo;
- Devido a sua constituição (emulsão) deve ser mantido em geladeira (4º
C) e descartado após o uso (risco de contaminação);
- A dose empregada varia de 2 a 8 mg/kg em cães e gatos;
No SNC:
Baixo PIC, PERFUSÃO e metabolismo cerebral
No sistema Cardiovascular:
➔ Baixa PA, FC, DC
➔ Inotropismo negativo
➔ Não é arritmogênico (potencializa os efeitos arritmogênico da adrenalina)
No sistema Respiratório:
➔ Faz apneia
➔ Baixo fm e F = expele menos CO2
➔ Alta PaCO2
No sistema Digestório:
Diminui a contração do esfíncter esofágico posterior
CETAMINA
Também é um anestésico intravenoso/injetável :
- Pode ser anestésica dissociativo o u analgésica em doses menores
- É a única dose anestésica intravenosa que tem potencial analgésico.
No SNC:
Aumenta o consumo de oxigênio, fluxo cerebral, PIC ➔ Evitar em animais
epilépticos
Cardiovascular:
➔ Tem uma estimulação generalizada, pode aumentar a atividade simpática,
mas nem sempre é benéfico
➔ Aumento do fluxo coronariano pode ser insuficiente para atender ao
aumento da demanda de oxigênio pelo miocárdio
Respiratório:
➔ Respiração apneutica = respira fundo e depois 20 segundos sem respirar.
✔ Agentes anticolinérgicos:
ATROPINA
Pontos de interesse:
- Reduzem a salivação e secreção bronquial;
- Bloqueiam os impulsos dos nervo vago;
- Os principais agentes são a atropina e a escopolamina no mercado
nacional;
- Produzem taquicardia sinusal (problemas para animais debilitados).
✔ Anestésicos inalatórios (halogenados):
Pontos de interesse:
- Sensibiliza o miocárdio para arritmias induzidas pelas catecolaminas
(halotano);
- Possui metabolização hepática (halotano cerca de 30%);
- É mais seguro que o halotano e possui a taxa de metabolização de 0,2%
(isoflurano);
- O isoflurano não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas, contudo,
produz depressão respiratória e hipotensão mais intensa que o
halotano;

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