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Como Deve Ser Feita a Administração de Adrenalina na PCR? A adrenalina é um medicamento fundamental no atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR), atuando como um vasoconstritor e estimulante cardíaco potente. Sua administração visa aumentar a força de contração do coração e melhorar a circulação sanguínea, auxiliando na recuperação da atividade cardíaca e na preservação da perfusão dos órgãos vitais. Indicações e Momento da Administração Primeira administração: Após a primeira rodada de desfibrilação, caso não haja retorno da circulação espontânea (RCE) Ritmos chocáveis: Administrar após tentativa de desfibrilação sem sucesso Ritmos não-chocáveis: Administrar o mais precocemente possível após confirmação da PCR Preparação e Dosagem Dose padrão: 1mg de adrenalina (1:1000) Diluição: Em 10ml de solução fisiológica 0,9% Apresentação: Ampolas de 1ml contendo 1mg de adrenalina Armazenamento: Manter protegido da luz e em temperatura adequada Vias de Administração Via intravenosa (IV): Via preferencial para administração Deve ser seguida de flush de 20ml de solução fisiológica Elevação do membro após administração Via intraóssea (IO): Alternativa quando acesso IV é difícil Mesma dosagem da via IV Necessidade de flush após administração Via endotraqueal (ET): Utilizada quando não há acesso IV ou IO Dose deve ser 2 a 2,5 vezes maior que a dose IV Diluir em 5-10ml de água destilada Monitorização e Cuidados É crucial que a administração da adrenalina seja realizada por profissional de saúde capacitado, em ambiente seguro e com monitorização constante. Durante e após a administração, deve-se observar: Parâmetros vitais: Monitorização contínua de ritmo cardíaco, pressão arterial e saturação Sinais de RCE: Presença de pulso central, movimentos respiratórios, alterações no ETCO2 Efeitos adversos: Arritmias, isquemia miocárdica, hipertensão após RCE Administração em PCR Refratária Em casos de PCR refratária, que não respondem à desfibrilação e aos medicamentos iniciais, a adrenalina pode ser reaplicada seguindo estas orientações: Intervalo: A cada 3-5 minutos Dose: Manter 1mg por administração Duração: Manter durante todo o período de RCP Documentação: Registrar horários e doses de todas as administrações É fundamental seguir os protocolos institucionais e as diretrizes atualizadas de atendimento à PCR, sempre considerando as particularidades de cada caso e as condições do paciente. A equipe deve estar preparada para identificar e tratar possíveis complicações, mantendo uma comunicação clara e efetiva durante todo o atendimento.