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‘ 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE–CCBS 
CURSO DE ENFERMAGEM 
 
 
MIRLEY DOS SANTOS 
RIBAMAR JUNIOR DE SOUZA JARDIM 
VALÉRIA SOUSA DAMASCENO 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS COM PÉ DIABÉTICO EM 
PACIENTE IDOSO: revisão integrativa da literatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2021 
 
 
MIRLEY DOS SANTOS 
RIBAMAR JUNIOR DE SOUZA JARDIM 
VALÉRIA SOUSA DAMASCENO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS COM PÉ DIABÉTICO EM 
PACIENTE IDOSO: revisão integrativa da literatura 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa, apresentado ao Curso de 
Enfermagem, do Centro de Ciências Biológicas e 
da Saúde da UNAMA, como requisito parcial da 1ª 
avaliação da disciplina Trabalho de Conclusão de 
Curso I, orientado pela Profa. Dra. Neyla Arroyo 
Lara Mourão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2021 
 
 
 
MIRLEY DOS SANTOS 
RIBAMAR JUNIOR DE SOUZA JARDIM 
VALÉRIA SOUSA DAMASCENO 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS COM PÉ DIABÉTICO EM 
PACIENTE IDOSO: revisão integrativa da literatura 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de 
Enfermagem do Centro de Ciências Biológicas e 
da Saúde da UNAMA, como requisito parcial da 1ª 
avaliação do TCC I. 
 
 
 
 
Avaliado por: 
 
 
 
______________________________________ 
Profa. Dra. Neyla Arroyo Lara Mourão 
UNAMA 
 
 
 
Data: ____ / ____ / ____ 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2021 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Assistência, Enfermagem, Idoso, Pé diabético. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6 
1.1 TEMA DO ESTUDO ................................................................................................... 6 
1.2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA DA PESQUISA ........................................................ 8 
1.3 QUESTÕES NORTEADORAS .................................................................................. 9 
1.4 OBJETIVOS ............................................................................................................... 9 
1.4.1 Objetivo Geral ....................................................................................................... 9 
1.4.2 Objetivos Específicos .......................................................................................... 9 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 10 
2.1 DIABETES MELLITUS (DM) .................................................................................... 10 
2.2.1 Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) ........................................................................... 11 
2.2.2 Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) ........................................................................... 11 
2.2.3 Programa HIPERDIA ........................................................................................... 12 
2.2.4 Pé diabético em idoso ........................................................................................ 12 
2.2 PÉ DIABÉTICO: A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM.................................................. 13 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 15 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 TEMA DO ESTUDO 
 
O aumento da proporção de idosos na população mundial traz consigo um 
aumento também da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, já que 
essas doenças estão relacionadas diretamente com a longevidade. Dentre essas 
doenças, o diabetes mellitus (DM) se destaca com uma alta taxa de morbimortalidade, 
principalmente nas faixas etárias mais avançadas (HÜTHER; ARBOIT, 2020). 
Estima-se que a população mundial com DM. Atualmente. seja de 
aproximadamente 387 milhões, com expectativa de 471 milhões em 2035, e, 
associada à rápida transição demográfica, gere uma pirâmide etária com maior peso 
relativo, principalmente entre adultos e idosos. Estudos mostram que o diabetes 
acomete 18% dos idoso e que 50% das pessoas com DM tipo 2 apresenta mais d 60 
anos de idade, além disso, o diabetes nesta população está relacionado a um maior 
risco de morte prematura por conta da associação com outras comorbidades e 
grandes síndromes geriátricas (PEREIRA et al., 2012) 
Diabetes Mellitus (DM) é uma condição crônica de etiologia diversificada, 
caracterizada por hiperglicemia relacionada à deficiência de insulina, em se tratando 
de DM tipo II ou DM tipo I, elevando os riscos de danos micro e macro vasculares nos 
portadores e causando redução da expectativa e da qualidade de vida. A Diabetes 
Mellitus tipo 2 (DM2) geralmente está associada ao excesso de peso, sedentarismo, 
tabagismo e histórico familiar da doença (SANTOS et al., 2019). 
O idoso diabético, quando comparado ao não diabético, está mais sujeito a um 
maior uso de medicamento e a apresentar perdas funcionais (dificuldade de 
locomoção, por exemplo), problemas cognitivos, depressão, quedas e fraturas, 
incontinência urinária e dores crônicas, devendo, portanto, ser tratado de forma 
individualizada. Entre suas complicações, o pé diabético e a amputação de 
extremidades são algumas das mais graves e de maior impacto na qualidade de vida 
e produtividade de um indivíduo. O pé diabético é conceituado como uma infecção, 
ulceração e/ou destruição de tecidos moles associados a alterações neurológicas e 
vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros inferiores (MARQUES 
et al., 2019) 
A síndrome do pé diabético é uma comorbidade clínica, de base neuropática, 
induzida pela hiperglicemia sustentada. Nela, com ou sem a coexistência de Doença 
7 
 
Arterial Periférica (DAP), há alterações biomecânicas que resultam em deformidades 
e ulceração do pé, em planos cutâneos ou profundos, associadas a traumatismo 
prévio e infecções desencadeantes (VARGAS et al., 2017) 
No Brasil, no âmbito das políticas públicas de atenção básica à saúde, o 
Programa Nacional de Diabetes se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, 
no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde; a 
prevenção de agravos; o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da 
saúde. Nesse domínio de atenção cabe à equipe multiprofissional o atendimento ao 
diabético, entretanto o desenvolvimento de atividades educativas e o estabelecimento 
de estratégias para favorecer adesão ao tratamento são de competência do 
profissional enfermeiro (MARQUES et al., 2019). 
A atuação do enfermeiro junto à equipe multiprofissional de saúde é muito 
importante no sentido de orientar os pacientes diabéticos sobre os cuidados diários 
com os pés e a prevenção do aparecimento das úlceras como também outras 
complicações. No entanto grande parte dos casos, devido à procura tardia por 
tratamentos, os pacientes apresentam lesões já em estágio avançado. Atualmente 
existem muitas opções para o tratamento das lesões, tais como curativos com vários 
tipos de cobertura existentes no mercado, desbridamento de tecidos desvitalizados, 
revascularização, aplicação local de fatores de crescimento e a amputação de 
extremidades que é uma opção adotada com maior frequência (LIMA; ASSIS; 
TREVISAN, 2015). 
O enfermeiro tem como papel realizar uma avaliação sistemática dos pés do 
paciente diabético, pois é essencial na identificação dos fatores de risco e na redução 
das chances de ulcerações e amputações. Esta avaliação deverá ser associada a 
história clínica do paciente, investigando a ocorrência de lesões ou amputações 
prévias, observação de incapacidade do paciente para realizar o autocuidado com os 
pés. Ao buscar conhecer as ações de cuidado do enfermeiro com o paciente com pé 
diabético, evidencia-se queos enfermeiros conhecem os fatores que originam a lesão 
e os cuidados que devem ser realizados para preveni-las. Entre esses cuidados estão: 
o controle da glicemia, cuidados com os pés, adesão ao tratamento medicamentoso, 
alimentação adequada e detecção de alterações de sensibilidade plantar. O pé 
diabético causa aos pacientes diversos danos como incapacidade, disfunções, dores 
crônicas, diminuição da autoestima e da qualidade de vida e saúde (HÜTHER; 
ARBOIT, 2020). 
8 
 
1.2 JUSTIFICATIVA E PROBLEMA DA PESQUISA 
 
O DM é considerado uma epidemia mundial e um grave problema de saúde 
pública. É caracterizado como um distúrbio metabólico crônico, com 
comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de 
energia, associado a uma variedade de complicações em órgãos essenciais para a 
manutenção da vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, até 2020, 
a principal causa de incapacidades e morte em nível mundial estará intimamente 
relacionada às doenças crônicas, incluindo o DM (VARGAS et al., 2017) 
Independentemente do desenvolvimento econômico, político e social de um 
país, o Diabetes mellitus (DM) é um importante e crescente problema de Saúde 
Pública. Sua prevalência, em particular a do tipo 2, está aumentando de forma 
exponencial e é mais encontrada nas faixas etárias avançadas, em face do aumento 
da expectativa de vida e do crescimento populacional. No entanto, verifica-se 
ampliação do número de casos na faixa etária de 20 a 45 anos. Outro fato relevante 
é a associação da doença com a hospitalização de seu portador, causada, na maioria 
das vezes, pelas complicações da DM (SANTOS et al., 2019). 
Nesse sentido, a atenção primária tem papel fundamental no processo, pois é a 
principal porta de entrada ao sistema de saúde, configurando como espaço de 
coordenação das respostas às necessidades das pessoas, suas famílias e 
comunidade, articulando-se as bases de promoção, prevenção e recuperação da 
saúde, concomitantemente à Estratégia de Saúde da Família (ESF), garantindo a 
integralidade do cuidado (MARQUES et al., 2019) 
O interesse pelo tema surgiu durante o período das aulas da disciplina “Cuidado 
ao idoso” referente ao sétimo semestre, quando foram observados problemas 
relacionados as ações do enfermeiro com o paciente idoso portador do pé diabético e 
foi destacada a importância das medidas preventivas e da promoção à saúde. 
Destacou assim, também, que, o profissional enfermeiro, a partir do processo de 
enfermagem, deve atender de forma integral o idoso, utilizando-se do seu pensamento 
crítico para organizar, sistematizar e conceituar a assistência de enfermagem. 
Partindo dos fatos acima, questiona-se: como é a atuação do enfermeiro no 
cuidado da pessoa idosa com o pé diabético evidenciados na literatura cientifica no 
período de 2016 a 2020? 
9 
 
O estudo é relevante para construção do conhecimento sobre a problemática, 
contribuindo para a ampliação do debate sobre a ação do enfermeiro para essa 
população, visto ser o profissional que pauta seu cuidado de forma integrada e 
humanizada no sentido de auxiliar o cliente para melhorar sua qualidade de vida. 
Espera-se, portanto, contribuir na construção do conhecimento científico sobre 
boas práticas na promoção da saúde do idoso e assim, sensibilizar a comunidade 
profissional de enfermagem para a importância que ela tem e seu diferencial na 
melhoria contínua da saúde dessa população. 
 
1.3 QUESTÕES NORTEADORAS 
 
1.3.1 Como os enfermeiros promovem o cuidado da pessoa idosa com pé diabético? 
 
1.3.2 Quais as ações que o enfermeiro realiza previstas no programa do Hiperdia? 
 
1.4.2.3 Quais as ações que o enfermeiro realiza para prevenir o pé diabético na 
pessoa idosa com DM? 
 
1.4 OBJETIVOS 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Descrever como é a atuação do enfermeiro no cuidado da pessoa idosa com o 
pé diabético evidenciados na literatura cientifica nos últimos cinco anos? 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 
1.4.2.1 Investigar, na literatura, como os enfermeiros promovem o cuidado a pessoa 
idosa com pé diabético. 
 
1.4.2.2 Evidenciar, com base na literatura, as ações que o enfermeiro realiza previstas 
no programa do Hiperdia. 
 
1.4.2.3 Identificar, na literatura, as ações que o enfermeiro realiza para prevenir o pé 
diabético na pessoa idosa com DM. 
 
 
10 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 DIABETES MELLITUS (DM) 
 
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, porém, não é uma enfermidade 
única, e sim uma junção heterogênea de distúrbios metabólicos que apresenta em 
comum a hiperglicemia, advindos de distorções na ação ou secreção da insulina. É 
um problema de saúde pública e um dos mais incidentes da atualidade; considerada 
uma doença com alto índice de morbidade e mortalidade. A prevalência de DM nos 
países da América Central e do Sul foi estimada em 26,4 milhões de pessoas e que 
em 2030 serão 40 milhões (BRASIL, 2013). 
Sua classificação deve ser feita de acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e Associação Americana de Diabetes (ADA), com base na sua fisiopatologia. 
Os tipos de diabetes mais frequentes são o Diabetes Tipo 1, que compreende cerca 
de 10% dos casos, e o Diabetes Tipo 2, que compreende cerca de 90% dos casos, o 
Diabetes mellitus gestacional (DMG) atualmente a comete em torno de 18% das 
gestações. Indivíduos com glicemias de jejum alteradas e aqueles com intolerância à 
glicose são considerados categorias de risco. No Brasil, sua prevalência é de 12,3%, 
sendo o quarto pais do mundo com maior número de diabéticos: 14 milhões de 
pessoas tem a doença no Brasil (DATASUS, 2017). 
Os portadores de DM, em particular os idosos, necessitam de um 
acompanhamento sistemático por uma equipe multiprofissional de saúde que ofereça 
as ferramentas necessárias para o manejo da doença com vistas a alcançar níveis 
normais de glicose sanguínea evitando complicações agudas e crônicas, com uma 
adequação satisfatória ao estilo de vida (NOGUEIRA et al., 2016). 
O DM é uma doença progressiva na qual os indivíduos acometidos, 
especialmente idosos, tendem a deteriorar seu estado de saúde com o passar do 
tempo, principalmente após os 10 anos de convívio com a doença, quando começam 
a aparecer as complicações derivadas do mau controle glicêmico, que podem refletir 
negativamente na sua vida (LIMA et al., 2018). 
O idoso diabético, quando comparado ao não diabético, está mais sujeito a um 
maior uso de medicamentos, apresentar perdas funcionais (dificuldade de locomoção, 
por exemplo), problemas cognitivos, depressão, quedas e fraturas, incontinência 
urinária e dores crônicas, devendo, portanto, ser tratado de forma individualizada 
(SBD, 2017) 
11 
 
2.2.1 Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) 
O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) caracteriza-se como uma patologia autoimune 
causada pela destruição das células beta-pancreáticas, responsáveis pela produção 
de insulina, esse quadro resulta na dependência, ao longo da vida, da administração 
do hormônio via exógena para a redução da hiperglicemia. Embora há tempos o DM1 
ser conhecido como “diabetes juvenil”, devido ao frequente diagnóstico em crianças e 
jovens, a maioria dos indivíduos acometidos são adultos (CHIANG et al, 2014). 
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células 
beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a 
glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que 
caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas 
com a doença. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode 
ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, 
medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o 
nível de glicose no sangue. O exercício físico é considerado estratégia que apresenta 
resultados positivosna gestão e tratamento do DM1. Contudo, essa estratégia cria 
desafios para esses pacientes. Durante o exercício físico, vários hormônios (insulina, 
glucagon, catecolaminas, hormônio do crescimento e cortisol, principalmente) são 
responsáveis por controlar absorção da glicose e o metabolismo energético. Equilíbrio 
entre insulina e hormônios contrarreguladores varia de acordo com tipo, intensidade 
e duração da atividade (SBD, 2017). 
 
2.2.2 Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) 
A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) geralmente está associada ao excesso de peso, 
sedentarismo, tabagismo e histórico familiar da doença. Entre suas complicações, o 
pé diabético e a amputação de extremidades são algumas das mais graves e de maior 
impacto na qualidade de vida e produtividade de um indivíduo, é conceituado como 
uma infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles associados a alterações 
neurológicas e vários graus de doença arterial periférica (DAP) nos membros 
inferiores (SILVA et al., 2017). 
Segundo Muro et al. (2018), para prevenir e diminuir a incidência dessa patologia 
e suas complicações, é necessária uma avaliação detalhada dos aspectos físicos, 
reconhecimento dos fatores de risco e no desenvolvimento de programas 
educacionais abrangentes. Destaca-se a importância de uma equipe multidisciplinar 
12 
 
no intuito de diagnosticar precocemente o problema e prevenir os agravos, para isso, 
é importante que os profissionais envolvidos conheçam metodologias adequadas e 
atualizadas que possam ser utilizadas na prática clínica e estabeleçam uma linha de 
conduta padronizada a fim de adequar a assistência ao controle apropriado do pé 
diabético e suas implicações. 
Estudos comprovam a eficiência de estratégias e programas desenvolvidos na 
atenção primária à saúde, por profissionais de enfermagem, que envolvem assistência 
e ensino para o autocuidado na melhoria do controle do DM, redução da prevalência 
de úlceras nos pés e de amputações em membros inferiores (SILVA et al, 2017). 
 
2.2.3 Programa HIPERDIA 
Segundo o Ministério da saúde (MS) foi criado uma portaria de nº 371 no dia 04 
de março de 2002, com essa portaria o Programa Nacional de Hipertensão e Diabetes 
mellitus (HIPERDIA) é destinado ao cadastramento e acompanhamento de portadores 
de hipertensão arterial e diabetes mellitus, são atendidos nas redes ambulatoriais do 
Sistema Único de Saúde (SUS) (ALVES, CALIXTO, 2012). 
Ainda Felipetti, et al. (2016) relatam que o programa HIPERDIA tem a finalidade 
para permitir e gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição de 
medicamentos de forma regular e sistemática a todos os cadastrados. O sistema que 
gera grandes informações e envia todos os dados para o cartão nacional de saúde 
que vai garantir a identificação única do usuário do sistema único de saúde. A HAS e 
o DM são DCNTS de grande magnitude e alvo de criteriosa investigação da Pesquisa 
Nacional de Saúde (PNS) representam importantes fatores de risco para o 
agravamento das doenças cardiovasculares e uma das principais causas de 
morbimortalidade na população brasileira (SILVA et al., 2016). 
 
2.2.4 Pé diabético em idoso 
De acordo com o Manual do Pé Diabético (BRASIL, 2016), 5% dos indivíduos 
diagnosticados com DM há menos de dez anos e 5,8% daqueles que receberam o 
diagnóstico há mais de dez anos apresentam feridas nos pés e ainda 0,7% e 2,4% 
dos mesmos respectivamente sofreram amputação. Este número é bastante 
significativo em vista do impacto e irreversibilidade de tal procedimento. 
13 
 
Para o diagnóstico do pé diabético, devido à sua complexa etiologia necessita-
se de um levantamento minucioso do histórico clínico, bem como um exame objetivo 
rigoroso e detalhado (SOUZA, 2013) 
Sobre a anamnese, é necessário se atentar para o tempo de DM e controle 
glicêmico, uma vez que quanto maior for o tempo de doença, maior é o risco de 
complicações; histórico de complicações micro e macro vasculares, que são 
indicativos de maior avanço na doença e, portanto maior risco de complicações em 
pé diabético, outro indicativo de doença avançada é o histórico de ulcerações e/ou 
amputações já ocorridas; também avalia-se a dor em membros inferiores, a fim de 
detectar neuropatia; Verifica-se a acuidade visual, que pode implicar numa auto 
inspeção do pé de má qualidade; e, por fim, verifica-se se o paciente é tabagista, pois 
o tabagismo é o maior motivo de morte evitável e seu cessamento em indivíduos com 
DM, é a medida de maior impacto no risco de complicações (BRASIL, 2016). 
Quanto aos exames físicos, são avaliados os aspectos clínicos, neurológicos e 
vasculares. A avaliação clínica verifica deformidades no pé e falta de hidratação que 
são sinais de neuropatia; coloração pálida ou cianótica, temperatura fria dos pés, 
atrofia de unhas e rarefação de pelos indicam insuficiência arterial; analisa-se a 
presença de dermatofitose e onomicose, que podem servir de porta de entrada para 
infecções; também verificam-se as unhas em relação ao seu corte, cujo formato deve 
ser reto, a fim de evitar unha encravada (BRASIL, 2016). 
A avaliação neurológica consiste na detecção de neuropatia a partir de testes, 
como por exemplo, a avaliação tátil com monofilamento e vibratória, para aferição da 
sensibilidade tátil, dolorosa e vibratória, bem como verificar reflexos tendíneos e 
função motora. Por sua vez, a avaliação vascular, através de, no mínimo, a apalpação 
dos pulsos pediosos e tibiais posteriores, diagnostica vasculopatia (BRASIL, 2016). 
 
2.2 PÉ DIABÉTICO: A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO E 
TRATAMENTO 
 
A responsabilidade em identificar e acompanhar os fatores desencadeantes para 
o pé diabético deve ser reconhecido pelo enfermeiro; um exemplo eficaz de ação em 
prevenção é a avaliação podológica, que implica no exame dermatológico, sendo um 
ato importante para a identificação de sinais e sintomas em nível de vascularização, 
estrutura e sensibilidade do pé, situação da higiene e tipo de calçado utilizado 
(TEIXEIRA et al., 2011). 
14 
 
Acredita-se que o enfermeiro é responsável por colher o histórico do paciente 
com DM, identificar, durante as consultas, fatores de risco e morbidades, avaliar e 
realizar exame físico da pele e dos pés de modo a prevenir lesões e o pé diabético. 
Em todos esses tipos de tratamento a atuação dos enfermeiros é muito importante, já 
que eles estão em constante contato com o paciente, realizando os curativos, 
acompanhando a evolução clínica das feridas e, principalmente, dando apoio 
psicológico. (SANTOS et al., 2019) 
O profissional enfermeiro, a partir do processo de enfermagem, deve atender de 
forma integral o idoso, utilizando-se do seu pensamento crítico para organizar, 
sistematizar e conceituar a assistência de enfermagem (NOGUEIRA et al., 2016). 
Os cuidados prescritos por enfermeiros são fundamentais para promoção, 
prevenção e reabilitação da saúde dos usuários, principalmente dos portadores de 
Diabetes Mellitus tipo 2. Devem ser desenvolvidas atividades educativas para 
aumento do nível de conhecimento dos pacientes e da comunidade, contribuindo para 
a adesão do paciente ao tratamento, assim como a solicitação de exames 
determinados pelo Ministério da saúde (VIEIRA et al., 2017). 
Neste contexto, Silva et al. (2019) descrevem que a educação em saúde como 
forma de promover a prevenção. Sendo necessário estimular os pacientes a 
compreender seus problemas e os cuidados a serem adotados. Descreve também a 
importância da educação permanente para o enfermeiro assistir ao paciente com pé 
diabético, prestando, assim, uma assistência de maior qualidade. 
Conforme Fassina et al. (2018), a redução de complicações no pé diabético, 
depende principalmente das orientações diretas ao paciente e seus familiares sobre 
os cuidados a serem adotados e também pelas campanhas educativas. Os indivíduos 
diabéticos devem ser estimulados a incorporar novas atividadesna sua rotina diária 
para evitar o aumento dos níveis glicêmicos na corrente sanguínea. Ainda, devem ser 
instruídos sobre a nutrição, a importância de seguir o tratamento medicamentoso e de 
terem conscientização sobre a valia da atividade física. 
 
 
 
 
 
15 
 
REFERÊNCIAS 
 
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cuidado da pessoa com doença crônica diabetes mellitus – Caderno nº 36. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2013. 
 
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Atenção Básica. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com 
doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 
 
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inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 
 
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