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CENTRO UNiVERsITÁRIO UDF DE BRASÍLIA CURSO DE PEDAGOGIA Anos inicias Redescobrindo o colorir Brasília Novembro de 2024 Sulamita Souza Apresentação da Escola: Raio de Sol Durante o estágio na Escola Raio de Sol, vivenciei momentos intensos e desafiadores, mas também extremamente enriquecedores. Trabalhei com sete turmas, totalizando 120 alunos, em um ambiente acolhedor e bem estruturado. A escola conta com espaços que facilitam o aprendizado, como parquinhos, sala de vídeo, biblioteca equipada, sala maker e outros recursos pedagógicos que promovem experiências de ensino diversificadas. A equipe pedagógica é composta por seis professores e 7 monitores, além de assistentes e secretários, todos comprometidos em atender as necessidades dos alunos de forma integral. A inclusão é um dos grandes pilares da escola, que se destaca por oferecer suporte especializado para estudantes com condições especiais, promovendo um ambiente de respeito e igualdade, essencial para o desenvolvimento de todos. Apresentação do PPP A Escola Raio de Sol é pautada pela valorização da inclusão, pela formação de cidadãos críticos e pela criação de um ambiente acolhedor onde o respeito às diferenças é fundamental. Alinhada aos princípios do seu Projeto Político Pedagógico (PPP), a instituição acredita que o aprendizado vai além do conteúdo acadêmico. Seu objetivo é preparar os alunos para a vida em sociedade, promovendo o desenvolvimento integral por meio do pensamento reflexivo e da convivência harmônica. Assim, a escola constrói um espaço em que a diversidade é celebrada, e cada aluno é incentivado a superar seus desafios e a explorar suas potencialidades. As metodologias pedagógicas adotadas na Escola Raio de Sol refletem as contribuições teóricas de Piaget e Vygotsky, buscando um ensino inovador e participativo. Com base na teoria construtivista de Piaget, a escola valoriza a construção do conhecimento a partir das experiências do aluno, respeitando suas fases de desenvolvimento cognitivo. Já a abordagem sociointeracionista de Vygotsky reforça a importância das interações sociais e do uso da mediação para promover o aprendizado, com ênfase no papel do professor e no trabalho colaborativo em sala de aula. A prática pedagógica se concretiza por meio de aulas interativas que utilizam vídeos, músicas e filmes para estimular o raciocínio lógico e o pensamento crítico. O ensino de idiomas, como o inglês, e a inserção de artes, como a música, ampliam a formação dos alunos e proporcionam um aprendizado mais dinâmico e significativo. Atividades lúdicas, práticas e interdisciplinares são integradas ao cotidiano escolar, permitindo que os alunos aprendam de forma criativa e reflexiva. Além disso, temas sociais e ambientais são frequentemente discutidos, fomentando a consciência cidadã e o engajamento com questões contemporâneas A Experiência no Estágio: Aprendendo a Ensinar e a Incluir Minha experiência no estágio na Escola Raio de Sol foi transformadora. Ao assumir pela primeira vez o papel de professora, senti-me ansiosa e insegura. No entanto, essas emoções iniciais logo deram lugar ao encantamento pela prática educativa. Trabalhar com uma turma diversa, incluindo crianças com autismo, foi um desafio que me trouxe aprendizados profundos sobre paciência, empatia e a importância da inclusão. Inspirada pela perspectiva de Vygotsky, compreendi a relevância de atuar como mediadora do aprendizado, criando pontes entre os alunos e os conteúdos ensinados. A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) tornou-se uma ferramenta essencial para entender as potencialidades de cada aluno e propor atividades desafiadoras, mas acessíveis. Ao mesmo tempo, as ideias de Piaget ajudaram-me a planejar ações pedagógicas adequadas ao estágio de desenvolvimento das crianças, respeitando seu ritmo e seus interesses. A convivência com os alunos, especialmente aqueles que enfrentam barreiras de aprendizagem, reforçou minha crença no poder transformador da educação inclusiva. A Escola Raio de Sol, com sua estrutura e compromisso com o acolhimento, oferece um ambiente que fomenta não apenas o aprendizado acadêmico, mas também o crescimento humano. Esse estágio consolidou minha paixão pela educação e me mostrou que cada desafio é uma oportunidade de aprendizado mútuo. Metodologia A escola foi um dos aspectos que mais me cativou, principalmente pela forma como ela promove a interação e o pensamento crítico dos alunos. Durante as aulas, percebi como atividades criativas e discussões dinâmicas podem engajar os estudantes e despertar neles o interesse pelo aprendizado. Essa experiência reforçou minha visão sobre a importância do papel do professor como um guia que não apenas transmite conhecimento, mas também inspira os alunos a pensar de forma crítica e a enfrentar os desafios da vida. Encerrar esse estágio me deixa com um profundo sentimento de gratidão e realização. A Escola Raio de Sol, com sua filosofia inclusiva e métodos pedagógicos inovadores, me ensinou muito sobre como o ensino pode transformar vidas. Sinto-me motivada a continuar desenvolvendo projetos educativos que unam criatividade e respeito às diferenças, contribuindo para a formação de alunos mais críticos, conscientes e preparados para construir uma sociedade mais justa e inclusiva. Entre Ensinar e Aprender: Vivências e Descobertas da Professora em Formação Durante meu estágio, fui acolhida pela professora Lidiany, uma educadora experiente e dedicada. Ela se formou em Pedagogia na Anhaguera e sempre atuou em sala de aula, acumulando uma vasta experiência na área. Sua postura firme, porém acolhedora, é um reflexo de sua prática pedagógica voltada ao respeito e ao incentivo ao aprendizado. A turma, composta por 15 alunos, apresenta uma grande diversidade de perfis e desafios. Entre os alunos, há três com diagnóstico de autismo, o que exige um cuidado ainda maior na adaptação das atividades e na atenção às necessidades individuais. Um destaque na turma é João, o representante, que se mostra um líder nato, ajudando os colegas e colaborando para manter a organização e a harmonia entre os alunos. A professora Lidiany foi uma fonte constante de aprendizado para mim, compartilhando conselhos valiosos que facilitaram minha adaptação ao ambiente escolar. Um dos ensinamentos mais marcantes foi a importância de falar na altura dos alunos, estabelecendo contato visual para criar empatia e compreensão. Além disso, ela enfatizou a necessidade de dizer “não” com firmeza, mas de forma respeitosa, ajudando a construir limites claros e assertivos. No início, confesso que me senti um pouco perdida em meio à dinâmica da sala de aula e aos desafios que surgiam. No entanto, ao observar e aprender com a professora Lidiany, comecei a entender como cada aluno é único, trazendo suas dificuldades, mas também muita vontade de aprender e crescer. Essa experiência desafiadora acabou sendo enriquecedora, pois me permitiu refletir sobre a importância da paciência, da escuta ativa e da adaptação às necessidades individuais de cada criança. Ao final do estágio, percebi o quanto valeu a pena enfrentar os desafios iniciais. A convivência com a turma e a orientação da professora Lidiany me proporcionaram um aprendizado que levarei para a vida toda, fortalecendo minha visão sobre o poder da educação como ferramenta de transformação e inclusão. Entre Desafios e Conquistas: Minhas Vivências no Estágio O estágio foi, sem dúvidas, uma das experiências mais desafiadoras da minha vida. Nunca havia estado em uma sala de aula como professora, e, por ser uma realidade completamente nova, enfrentei momentos em que pensei: O que estou fazendo aqui?. Conciliar trabalho, faculdade e as exigências do estágio foi extremamente difícil. Estou no quinto semestre da graduação, trabalhhei na madrugada e, muitas vezes, dormi apenas três horas por noite. Esse desgaste físico e mental quase me fez desistir. Apesar de tudo, a oportunidade de estar em sala de aula me trouxe uma gratificação imensa. Ver as carinhas curiosas e ansiosas paraaprender me encheu de energia e me deu forças para continuar. Escrever este portfólio tem sido uma oportunidade de refletir sobre essa jornada e perceber que tudo valeu a pena. De Aluna a Professora: Um Novo Olhar Sobre a Sala de Aula Estar do outro lado da sala, como professora, é uma experiência completamente diferente de ser aluna. Percebi que o papel do professor vai muito além de ensinar conteúdos; é preciso romper inércias, assumir o protagonismo e manter a segurança para lidar com as mais diversas situações. Um momento especial no estágio foi a convivência com um aluno que me chamou bastante atenção. Ele também tem TDAH e está em processo de diagnóstico e acompanhamento. Ajudá-lo foi muito enriquecedor, pois me vi refletida em sua vivência. Saber que ele terá apoio e que suas dificuldades serão compreendidas me deixou muito feliz. Não significa que ele não enfrentará desafios, mas é um alívio pensar que talvez ele não precise passar por tantas dificuldades quanto eu enfrentei no meu percurso escolar. Entre Diferenças e Aprendizados: Uma Jornada de Crescimento no Estágio Durante o estágio, conhecer e trabalhar ao lado de uma pessoa tão diferente de mim foi um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, um dos momentos mais transformadores da experiência. Sou uma pessoa espontânea e extrovertida, enquanto ela tem um jeito mais reservado e metódico. No início, confesso que fiquei aflita, pensando que nossas personalidades poderiam entrar em conflito. Mas, para minha surpresa, isso não aconteceu. Pelo contrário, nossa convivência foi muito produtiva. Ela se mostrou paciente e sempre disposta a me ajudar em todos os aspectos do estágio, desde as intervenções em sala até as reflexões sobre a prática pedagógica. Houve um momento em que percebi que estava presa a uma inércia, sem saber muito bem como lidar com certas situações. Porém, com sua orientação e apoio, consegui superar essa dificuldade. O resultado foi mais do que satisfatório. Além de adquirir conhecimentos práticos e fortalecer minhas habilidades como futura professora, aprendi o valor de ouvir, observar e respeitar estilos diferentes de trabalho e ensino. Essa troca de experiências não só me ajudou a crescer profissionalmente, mas também me fez valorizar ainda mais a diversidade nas relações interpessoais. Hoje, olhando para trás, sinto-me muito feliz e grata por tudo o que vivemos e construímos juntas. Essa parceria inesperada me ensinou que, mesmo nas diferenças, é possível criar algo significativo e valioso. Zumbi no Pátio: Aprendendo com História, Cultura e Expressão Minha experiência de estágio com a turma foi enriquecida por uma atividade especial que uniu leitura, reflexão e dramatização. Inspirada no livro Zumbi, o Pequeno Guerreiro, decidi trabalhar com os alunos não apenas o conteúdo histórico, mas também a importância da cultura africana e do legado deixado por Zumbi dos Palmares. Iniciamos a atividade com a leitura de trechos do livro, apresentando a história de Zumbi de forma lúdica e envolvente. Para estimular a imaginação dos alunos, mostrei imagens do personagem e do contexto histórico em que ele viveu. Em seguida, pedi que expressassem o que haviam aprendido sobre a história e a cultura apresentadas, valorizando suas percepções e opiniões. Para tornar a aula mais dinâmica e interativa, realizamos a atividade no pátio, saindo do ambiente tradicional da sala de aula. Esse espaço aberto permitiu que os alunos explorassem sua criatividade e se sentissem mais à vontade. Propus uma pequena dramatização inspirada no livro, adaptada ao jeito e às ideias das crianças. Cada um contribuiu com algo único: gestos, falas ou expressões que trouxeram vida à história de Zumbi. Essa experiência foi muito significativa. Os alunos demonstraram interesse em conhecer uma cultura diferente da que estão habituados e se envolveram ativamente na atividade. Além disso, perceberam que a história de Zumbi não é apenas uma narrativa do passado, mas um exemplo de luta, resistência e valorização das diferenças. O resultado foi incrível, pois, além de aprenderem, os alunos também desenvolveram habilidades como expressão oral, trabalho em grupo e empatia. Essa vivência reforçou para mim o poder transformador da educação e o quanto é importante inovar nas estratégias de ensino para despertar o interesse e a participação ativa dos estudantes. Zumbi dos Palmares: Plantando Sementes de Consciência no 3º Ano do Ensino Fundamental Escolhi o tema Zumbi dos Palmares: Resistência, História e Cultura Afro-brasileira para desenvolver uma sequência didática no 3º ano do Ensino Fundamental por razões que vão além do campo acadêmico. Essa escolha é profundamente pessoal, conectada às dificuldades que enfrentei na minha infância. Trabalhar esse tema com os alunos é, para mim, uma forma de cumprir uma missão importante: ajudar a construir uma sociedade mais respeitosa e consciente, onde as diferenças sejam valorizadas e o preconceito, combatido. Acredito que debater sobre Zumbi dos Palmares e a cultura afro-brasileira em sala de aula vai muito além de ensinar história; é um convite para que as crianças reflitam sobre valores como respeito, igualdade e resistência. Mesmo que os resultados não sejam imediatos, sei que estamos plantando sementes que, com o tempo, podem germinar e transformar a visão de mundo desses jovens. Essa sequência didática foi pensada para abordar o tema de forma interdisciplinar e dinâmica, envolvendo atividades que promovem a interação, o pensamento crítico e a valorização da cultura africana. Por meio de leituras, discussões, dramatizações e produções artísticas, os alunos terão a oportunidade de conhecer mais sobre Zumbi dos Palmares, sua luta pela liberdade e seu legado de resistência. Estar em sala de aula, levando uma temática tão significativa, é gratificante. É como se, ao ensinar sobre Zumbi, eu estivesse, de certa forma, reparando parte das dores que enfrentei na infância. Saber que as próximas gerações podem crescer com uma visão mais inclusiva e respeitosa me dá esperança de que, mesmo que os resultados não sejam visíveis de imediato, estamos fazendo a diferença. Afinal, como educadores, nosso papel é plantar sementes que, um dia, florescerão em forma de uma sociedade mais justa e igualitária. Gratidão e Aprendizado: Reflexões Sobre Minha Experiência no Estágio Sou profundamente grata pela oportunidade de ter trabalhado nessa escola durante o meu estágio. Essa vivência não só ampliou minha carga de experiências, mas também me trouxe uma nova perspectiva sobre a educação e o papel do professor. Antes, parecia fácil estar "do lado de lá", como aluna, observando o trabalho do professor. Hoje, estando "do lado de cá", reconheço os desafios, as responsabilidades e, principalmente, a grandeza dessa profissão. Confesso que ainda estou aprendendo a lidar com as complexidades de ser professora. Cada dia em sala de aula me ensina algo novo e me permite fazer uma leitura diferente sobre o que penso e respeito. Ser professora não é apenas uma profissão; é um chamado que exige dedicação, paciência e, acima de tudo, humanidade. Minha experiência ainda é limitada, mas carrego comigo um desejo profundo de alcançar o nível de excelência que vejo em meus mestres, que são verdadeiras referências para mim. Quero mencionar, com gratidão especial, as professoras da faculdade que tanto me inspiram: Janete, Adriana, Bernadete e Joana. Tudo o que aprendi com elas tem sido essencial para minha jornada. Se um dia eu chegar a ser metade do que elas são como educadoras, estarei extremamente feliz. Entendo que o aprendizado é um processo contínuo, e somente com o tempo poderei atingir os objetivos que almejo. Essa experiência foi um passo importante nessa caminhada, e cada desafio enfrentado me aproximou um pouco mais do sonho de ser uma professora que faz a diferença na vida dos seus alunos. Lentes da Docência: Um Olhar Sobre o Estágio Referências Teóricas PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação,jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1987. . Referências Didáticas BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br. Referências Pessoais (Agradecimentos e Inspirações) LIRA, Adriana. Professora da Universidade que influenciou positivamente sua prática. CARDOSO, Janete. Professora supervisora pedagogica. CARBONESI, Joana. Orientadora inspiradora durante a formação. Referências Complementares (Materiais Utilizados) Recursos literários: Zumbi, o Pequeno Guerreiro (se aplicável, inclua o autor e a editora do livro mencionado). OpenAI. ChatGPT: Modelo de Linguagem Baseado em Inteligência Artificial. Disponível em: https://openai.com.