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<p>7</p><p>INSTITUTO MISSIONÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – IMES</p><p>FACULDADE PAN-AMERICANA – FPA</p><p>CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA</p><p>ELITELMA</p><p>RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Bragança – PA</p><p>2021</p><p>ELITELMA</p><p>RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Relatório de estágio apresentado como requisito avaliativo do curso de Graduação em Pedagogia da Faculdade Pan Americana sobre orientação da Prof.ª Esp. Valcilene da Costa Ribeiro.</p><p>Bragança – PA</p><p>2021</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO...................................................................................................4</p><p>2. CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO ESTAGIADO........................................5</p><p>2.1 Caracterização da Turma Estagiada..................................................................6</p><p>3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL........................................................7</p><p>3.1 Concepção de Criança.....................................................................................8</p><p>3.2 Papel do Professor...........................................................................................9</p><p>3.3 Planejamento de Ações.................................................................................11</p><p>3.3.1 PLANO DE AULA........................................................................................13</p><p>3.4 Descrição e Analise Reflexiva das Atividades de Estágio Educação Infantil...................................................................................................................15</p><p>4. PRATICA EDUCATIVA....................................................................................18</p><p>4.1 Reflexão sobre a Intervenção........................................................................18</p><p>4.2 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................19</p><p>4.3 REFERENCIAS..............................................................................................20</p><p>4.4 ANEXOS</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Este relatório foi construído pela acadêmica Elitelma, graduando (a) do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade Pan Americana. Apresenta o resultado de várias atividades, as quais foram planejadas e desenvolvidas no Estágio de Observação da disciplina Teoria e Prática da Educação Fundamental. O estágio ocorreu na Instituição de Ensino Centro Educacional Prof.ª Arlinda Neves - CEAN, localizada à rua Av. Marechal Floriano Peixoto 1567 - Centro, Bragança - PA.</p><p>O estágio é uma exigência legal e contribui na busca de aprimoramento profissional, incialmente foi destinado um período de observação e contextualização da escola selecionada.</p><p>Compreende-se que a fase do estágio, e toda a experiência adquirida durante o processo é de grande relevância para a vida de um graduando, pois é um período de extrema contribuição para uma boa formação, dessa maneira, nós estudantes de pedagogia iremos pôr em prática tudo aquilo que nos foi repassado desde o início do curso.</p><p>O presente relatório é referente a experiência de estágio supervisionado na educação infantil no ano de 2020 do curso de Pedagogia da Faculdade Pan Americana, situada na cidade de Bragança - Pa. O estágio foi realizado na Instituição de Ensino Centro Educacional Prof.ª Arlinda Neves - CEAN, com a carga horária de ---- horas, nos períodos de 08 de novembro a 02 de dezembro de 2021, com a turma do Maternal 2, no qual foram adquiridas experiências de um estágio em época de pandemia, durante o estágio a ajuda da professora responsável, da coordenadora pedagógica, e a diretora da unidade, foram cruciais para a realização do mesmo.</p><p>2 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO ESTAGIADO</p><p>A Instituição de Ensino Centro Educacional Prof.ª Arlinda Neves - CEAN; localizada à rua Av. Marechal Floriano Peixoto 1567 - Centro, Bragança - PA; E-mail: ceanbraganca@gmail.com; Contato: (91) 98011-4080; é uma Instituição é privada que atende crianças de 1 a 5 anos de idade. Hoje, o Cean Bragança possui um total de 96 alunos.</p><p>O Cean Bragança oferece toda a estrutura necessária para o conforto e desenvolvimento educacional dos seus alunos, como por exemplo: Banda Larga, Reciclagem de Lixo, Parque Infantil, Pátio Coberto, Área Verde e Internet.</p><p>Na Escola há 18 funcionários, sendo 06 Professores e 01 Cuidadora, 06 Serviços Gerais, 02 Vigias, 01 Diretora e 01 Coordenadora, 01 Secretaria.</p><p>O Centro Educacional Professora Arlinda Neves, CEAN, foi idealizado pelas irmãs Ana Karina e Adla Ribeiro após o falecimento da genitora Arlinda Neves em 03 de junho de 2014. Em outubro de 2014, as irmãs tiveram a ideia de homenagear a genitora que foi professora nas escolas de Bragança por 25 anos. Com muita luta elas conseguiram com a ajuda incansável de seu genitor, Raimundo Soeiro, doravante dono do instituto, inaugurar no dia 23 de janeiro de 2015 .</p><p>Com uma proposta inovadora de aprendizagem para a educação infantil baseada na ludicidade, o Cean iniciou o ano letivo com apenas 4 salas de aula e 66 anos. Como se tratava de uma proposta fora das apresentadas pelas escolas da cidade, o centro educacional teve algumas resistências por parte dos pais que pensavam na aprendizagem lúdica como apenas para brincarem sem fins educacionais.</p><p>A luta foi árdua e identificando algumas limitações de aprendizagens em sala de aula, as professoras foram trazendo as problemáticas para a gestão que resolveu inovar mais ainda, aderindo a educação inclusiva com assistência em sala de aula.</p><p>Há 5 anos estão tentando vencer barreiras para levarem uma educação de qualidade e envolvimento entre a família e a escola , não apenas com a educação mas também com a saúde mental e física da criança.</p><p>Com uma visão inovadora quebrando a barreira do quadro /caderno, nossa crença em uma aprendizagem humanizada e lúdica utilizando brinquedos e brincadeiras ,contação de história, teatro, música, roda de conversa, pretendemos formar cidadãos pensantes e independentes.</p><p>Embutindo valores através da conscientização das crianças para o respeito com sigo mesmo e com o próximo. Nossa missão é colher os frutos no futuro da formação de homens e mulheres responsáveis e comprometidos com a sociedade, a natureza e a família.</p><p>Acreditamos que a educação infantil é apenas o primeiro degrau da vida acadêmica e pessoal da formação do ser humano. Esse é o alicerce da construção da vida de sucesso de nossas crianças.</p><p>2.1 Caracterização da Turma Estagiada</p><p>Na sala de aula estagiada o número total de alunos totalizava seis. A relação dos alunos diante das aulas e dos conteúdos foi de intensa participação, os educandos foram espontâneos, apresentaram interesse e dedicação nas aulas, buscaram trabalhar em equipe, e com o auxílio da professora estabeleceram diálogo entre as demais áreas do conhecimento, apropriando–se, de saberes alfabéticos.</p><p>Notou-se, que o relacionamento entre os aprendizes é composto principalmente pela amizade, pela convivência e pelo diálogo, entre a professora e os demais colegas. Nas aulas participadas, os discentes se comportaram de maneira participativa e disciplinada, os quais fizeram uso de uma linguagem padrão. Verificou-se, que os alunos foram bastante ativos, buscaram transmitir e compartilhar ideias. Como percebemos durante a observação da sala, as crianças gostam muito de brincar com as peças de lego para criarem coisas.</p><p>O diálogo é um princípio educativo que beneficia alunos e professores, sendo a base de uma boa convivência social e coletiva. A comunicação foi frequente entre a docente e a turma observada, sendo que o diálogo e o interesse em aprender é relevante para a turma. O nível socioeconômico e cultural dos educandos é composto pela sua maioria de classe media.</p><p>3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>A Educação Infantil se constitui como local coletivo privilegiado para a vivência da infância. O termo “privilegiado” é utilizado, por ser espaço pensado com e para todos os atores sociais: crianças, meninos e meninas, pobres e ricos(as), negros(as), brancos(as) e indígenas, brasileiros(as) e estrangeiros(as), sejam eles(as)</p><p>deficientes, com distúrbios globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação ou não.</p><p>Na Educação Infantil as crianças têm direito ao lúdico, à imaginação, à criação, ao acolhimento, à curiosidade, à brincadeira, à democracia, à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à convivência e à interação com seus pares para a produção de culturas infantis e com os adultos, quando o cuidar e o educar são dimensões presentes e indissociáveis em todos os momentos do cotidiano das unidades educacionais.</p><p>Dessa forma, a organização do tempo e dos espaços deve privilegiar as relações entre as crianças com a mesma idade e também de faixas etárias diferentes, suas escolhas e autonomia, a acessibilidade aos materiais, o deslocamento pelas salas e outras dependências da instituição e fora dela. As crianças devem ter contato com o conhecimento construído historicamente e serem valorizadas também como produtoras e co-construtoras dos mesmos. Desse modo, o papel do Educador é daquele que escuta as vozes dos meninos e meninas, articula e apoia suas descobertas, criando condições para a produção do conhecimento de maneira integral e não fragmentada.</p><p>Destaca-se que considerar as falas e expressões das crianças, carregadas de indicações sobre como as mesmas pensam a escola da infância constituem-se em um valioso subsídio para a construção de espaços mais ricos e significativos para elas, considerando seus interesses e necessidades. Nesse sentido, a EI é pensada para e com as crianças e suas famílias.</p><p>A proposta pedagógica, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - Resolução CNE/CEB nº 5/09, deve respeitar os princípios éticos, políticos e estéticos e ter como objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens.</p><p>Enfim, o grande desafio é fazer a Educação Infantil aquele oásis citado inicialmente: um local para ser criança; para se viver a infância; onde se brinca; onde as falas, expressões e choros são considerados; onde se corre; se pinta; se dança; se canta; se fotografa; se desenha; se cozinha; se escreve; se lê; na relação com o espaço/tempo/materiais, com os adultos e especialmente com outras crianças.</p><p>3.1 Concepção de Criança</p><p>A concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época. Assim é possível que, por exemplo, em uma mesma cidade existam diferentes maneiras de se considerar as crianças pequenas dependendo da classe social a qual pertencem, do grupo étnico do qual fazem parte. Boa parte das crianças pequenas brasileiras enfrenta um cotidiano bastante adverso que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida e ao trabalho infantil, ao abuso e exploração por parte de adultos. Outras crianças são protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral todos os cuidados necessários ao seu desenvolvimento. Essa dualidade revela a contradição e conflito de uma sociedade que não resolveu ainda as grandes desigualdades sociais presentes no cotidiano. A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.</p><p>As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão submetidas e seus anseios e desejos. No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.</p><p>As crianças são sujeitos históricos e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.</p><p>Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns de ser das crianças, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças.</p><p>A concepção de construção de conhecimentos pelas crianças em situações de interação social foi pesquisada, com diferentes enfoques e abordagens, por vários autores, dentre eles: Jean Piaget, Lev Semionovitch Vygotsky e Henry Wallon. Nas últimas décadas, esses conhecimentos que apresentam tanto convergências como divergências, têm influenciado marcadamente o campo da educação. Sob o nome de construtivismo reúnem se as ideias que preconizam tanto a ação do sujeito, como o papel significativo da interação social no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.</p><p>3.2 Papel do Professor</p><p>O papel do professor é fundamental dentro da escola e se reflete em toda a sociedade, pois ele é um agente ativo na formação de um cidadão. As crianças necessitam de modelos a serem seguidos para que ajam em prol da equidade no mundo, e seus únicos exemplos nos primeiros anos de vida são os pais, seguidos dos professores e amizades encontrados no ambiente escolar.</p><p>Além de ser um educador, atuando como gestor de aprendizagem, o professor tem influência para orientar e motivar seus alunos desde o primeiro contato do seu filho com a escola. É ele quem facilita o acesso a informações e dados, ao conhecimento acumulado pela sociedade, conduzindo, avaliando e executando experiências, eventos e projetos para que a construção da aprendizagem seja completa desde os primeiros anos no colégio.</p><p>A Educação Infantil é primordial na formação de um indivíduo no que diz respeito não somente a transmissão de conhecimento, mas também ao englobar questões relacionadas ao amor, fraternidade, dignidade, solidariedade, responsabilidade, ética e outros valores fundamentais para a convivência harmoniosa do ser humano na sociedade.</p><p>Engana-se quem pensa que o papel do professor é apenas ensinar. Ele também é um dos responsáveis por estimular atitudes respeitosas por parte das crianças: o professor ensina o seu filho a respeitar os demais colegas de classe, a aguardar a vez dele na fila, a ser gentil com as outras pessoas que trabalham na escola, entre outras atitudes que, consequentemente, serão levadas para fora do ambiente escolar.</p><p>O educador também é responsável por proporcionar às crianças experiências que auxiliam a desenvolver suas capacidades cognitivas, como atenção, memória, raciocínio e o bem estar em um ambiente cheio de pluralidade. Para isso, ele promove atitudes, estratégias e comportamentos que favorecem a melhor aceitação e desenvolvimento da criança no ambiente escolar, sempre de maneira carinhosa, servindo de exemplo para os mais novos.</p><p>É na fase dos 0 aos 6 anos, chamada de primeira infância, que as crianças passam a perceber</p><p>o mundo e despertam uma curiosidade nata e investigativa, sempre questionando e querendo saber o porquê das coisas. Com isso, a criança constrói sua própria identidade, baseada na exploração do meio em que vive, na construção dos relacionamentos interpessoais, na obtenção do conhecimento e valores a ela ensinados, e nas brincadeiras, que são a forma mais produtiva de adquirirem conhecimento e se relacionarem com outros.</p><p>Por isso, na primeira infância, é primordial que o educador também ofereça, juntamente com os pais, todas as ferramentas necessárias para a construção dessa identidade. Vocês podem fazer isso criando situações que permitam agregar conhecimento, organizar o espaço físico, ensinar como manipular e explorar materiais concretos e harmonizar trocas orais constantes com crianças e adultos.</p><p>Dessa forma, ocorrerão as trocas afetivas, enfrentamentos e resoluções de conflitos, e vocês perceberão como a criança lida com frustrações e desafios.</p><p>O professor é uma figura fundamental na vida das crianças, e aqueles que atuam na educação infantil são verdadeiros pilares para o desenvolvimento do seu filho. A escola é o segundo ambiente socializador em que a criança é inserida, onde o educador pode ajudar a adquirir novos conhecimentos todos os dias e a desenvolver interações, impactando em seu modo de perceber o mundo.</p><p>3.3 Planejamento de Ações</p><p>Primeiramente, ao planejar, deve-se partir da análise da realidade da criança, da comunidade e da instituição, possibilitando a verificação dos limites, das possibilidades e das necessidades. E ao planejar na educação infantil, se faz necessário contemplar as seguintes dimensões: o educar, o cuidar e o brincar, além dos elementos da rotina.</p><p>Portanto, compreendendo o ato de planejar como meio facilitador do trabalho docente, pretendeu-se conhecer e desenvolver essa prática amparadora. Desta forma, Jesus e Germano (2013), consideram que a teoria histórico-cultural articula as ideias que trabalham a interação da criança e o meio, ou seja, quanto maior a diversidade de contato com temas gerais, as crianças terão uma aprendizagem mais significativa, e essa aprendizagem irá ocorrer pela mediação do adulto facilitador.</p><p>Ao se considerar o adulto como mediador do processo de aprendizagem, coloca-se em discussão a atenção que todo professor precisa ter, pois, para exercer a sua prática, o docente precisa reconhecer os conteúdos a serem ensinados, além de buscar uma didática com recursos diferenciados e facilitadores, para que a compreensão ocorra de forma integral para todas as crianças.</p><p>Para Jesus e Germano (2013), ao tratar a educação das crianças como um ato essencial, considera-se que elas sejam sujeitos ativos da sociedade, que refletem e desejam, e para que sua educação seja contemplada de forma intencional, o trabalho do educador seguirá linhas organizadas, a fim de coordenar sua prática no ensino.</p><p>Em linhas gerais, o professor possui a escolha do recurso de planejar. Para Araújo (2010, p. 9):</p><p>Atualmente, planejar, é traçar, delinear, programar, elaborar um roteiro na tentativa de desenvolver conhecimentos, de interação, de experiências múltiplas e significativas para com os alunos. Por isso não é algo que se encontre pronto, como uma receita. Ao contrário, o planejamento é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando e buscando novos significados para a sua prática pedagógica.</p><p>Nesse sentido, o planejamento assume um papel reflexivo, pois, a partir desse meio, o professor pode se orientar, se dirigir aos alunos, e corrigir os seus erros. Jesus e Germano (2013), entendem o ato de planejar como uma condução do trabalho educativo. Assim, o planejamento irá interferir no ato da intencionalidade, valorizando a intenção de programar, documentar e orientar.</p><p>O planejamento na Educação Infantil é um momento que possibilita o professor encontrar soluções para obter avanços no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança, por isso deve ser uma atividade contínua, onde o professor não somente escolhe os conteúdos a serem passados, mas faz todo um processo de acompanhamento onde diagnostica os avanços e dificuldades de toda a turma e também de forma individual, já que é fundamental o professor levar em consideração as peculiaridades e as especificidades de cada criança, já que cada uma tem seu modo de agir, pensar e sentir (JESUS; GERMANO, 2013, p. 3).</p><p>Os objetivos das atividades ganham mais produtividade e sentido quando ocorre o planejamento. Araújo (2010) acrescenta dizendo que esse instrumento, nos leva a organização do trabalho, por trazer elementos que contemplem as decisões pedagógicas do professor, sobre o que ensinar.</p><p>Ao projetar ações para o futuro o professor demonstra seus objetivos e consegue identificar junto com as crianças se estes foram ou não alcançados com êxito, além de considerar necessidades de mudanças para que o processo se torne ainda mais rico (JESUS; GERMANO, 2013, p. 3).</p><p>O planejar pode ser feito individualmente por cada professor ou de modo participativo, ele pode passar por mudanças no decorrer das aulas e deve ser desenvolvido diferentemente para cada turma, respeitando as especificidades de cada criança, atentando-se também a faixa etária atendida. Se faz necessário lembrar, que o planejamento é flexível e pode sofrer alterações no ato de sua execução, como quando surgem imprevistos inesperados, em que, os objetivos podem não ser atingidos conforme o planejado.</p><p>Araújo (2010) qualifica o planejamento participativo, quando há a participação do supervisor ou coordenador pedagógico, sendo eles essenciais para ajuda da construção do planejamento e para que ele seja realizado constantemente em aula, “pois, desta forma, havendo cumplicidade entre esses profissionais haverá maior segurança para que esta linha de trabalho pedagógico tenha êxito” (ARAÚJO, 2010, p. 13).</p><p>Jesus e Germano (2013, p. 4), afirmam que é preciso,</p><p>aprofundar-se no estudo de teorias e concepções que abordem de maneira diferente o processo de ensino condiciona liberdade na prática diária deste profissional que atuará com intencionalidade e compreensão de suas ações, planejando uma rotina flexível, que considera as necessidades de surjam, mas que esteja norteada numa concepção de educação e infância que criem condições de desenvolvimento para a criança baseadas no desafio de promover e possibilitar as máximas qualidades humanas no sujeito.</p><p>Diante esses aspectos, planejar irá garantir melhores resultados ao profissional e preparará o docente para ensinar de forma intencional e significativa, visando uma educação de qualidade ao educando.</p><p>3.4 Descrição e Analise Reflexiva das Atividades de Estágio na Educação Infantil.</p><p>As atividades, observadas e analisadas no presente estágio, foram muito interessantes e instrutivas, podemos perceber claramente a distância entre o que está escrito na Proposta Pedagógica da escola e o que acontece na instituição no seu dia a dia. Utilizando-se de idéias dos pensadores teóricos como Durkheim, Machado, Piaget, Emilia Ferreiro, Vigotsky e Comte, a escola prima pelo trabalho consciente, e visa transformar o educando em um cidadão crítco-social que tenha a plena consciência de seus direitos.</p><p>No dia oito de novembro do ano de dois mil e vinte e um (2021), segunda-feira, concretizou-se o primeiro contato com a escola selecionada para a realização do estágio, em conversa com a diretora que gentilmente mostrou interesse em disponibilizar espaço para estagiar, fui informada sobre o horário de início das aulas. No mesmo dia e horário, foi entregue a carta de apresentação e fez-se a apreciação da estrutura da escola seguida de uma breve conversa com a gestora, em que a mesma foi informada da dinâmica e dos objetivos do estágio. Neste dia também dei inicio ao estagio na turma do maternal II. Neste dia a aula seguiu desta forma: Acolhida das crianças e em seguida Oração, passando-se para uma Roda de conversa, e em seguida houve uma aula sobre LINGUAGEM: com Revisão das vogais utilizando-se o livro nas páginas: 96,97,98,99,100,101,102</p><p>e 103.</p><p>Na terça-feira 09-11, iniciamos as atividades com Acolhida, seguida de Oração e Roda de conversa. Este dia da semana é o DIA DE FRUTA, nesse dia da semana, sugerimos que a criança traga frutas em seu lanche, como incentivo à alimentação saudável. Foi trabalhada MATEMÁTICA, com assunto Numerais no livro nas paginas de páginas: 95,96,97,98,99,100,101 e 102. Neste dia também foi trabalhado as Atividade para o portifólio.</p><p>Na quarta-feira 10-11, as atividades foram iniciadas com Acolhida, em seguida Oração, e depois Roda de conversa. A aula em si foi sobre Ciencias, abordando NATUREZA E SOCIEDADE: Água, nas páginas: 95,96 e 99, terminando com Dever de casa.</p><p>Na quinta-feira 11-11, iniciamos as atividades com Acolhida, seguida da Oração, e em seguida Roda de conversa. Neste dia foi trabalhada EDUCAÇÃO FÍSICA onde trabalhamos Atividade lúdica.</p><p>Na sexta-feira 12-11, como de costume iniciamos com Acolhida, seguida da Oração e a Roda de conversa. Neste dia trabalhamos o INGLÊS e também Artes. Neste dia da semana é o Dia do brinquedo, onde as crianças são convidadas a trazerem das suas casas seus brinquedos favoritos.</p><p>Na segunda-feira 15-11 foi Feriado do Dia da Bandeira.</p><p>Na terça-feira 16-11, retomamos as atividades com Acolhida, seguida da Oração e da Roda de conversa, onde foi conversado sobre o projeto com o tema "Amor não tem cor". Neste dia foi o DIA DE FRUTA, onde sugerimos que a criança traga frutas em seu lanche, como incentivo à alimentação saudável. Também foi trabalhado LINGUAGEM: Encontros vocálicos - páginas: 104,105 e 106.</p><p>Na quarta-feira 17-11, iniciamos como de costume com Acolhida, depois Oração e Roda de conversa sobre a culinária afro-brasileira. Neste dia trabalhamos também MATEMÁTICA: Numerais 16 e 17 - páginas: 103, 104, 105 e 106. Neste dia as crianças levaram imagens da culinária afro-brasileira. Dever de casa.</p><p>Na quinta-feira 18-11, tivemos como de costume a Acolhida, em seguida Oração e depois Roda de conversa. Tivemos também EDUCAÇÃO FÍSICA, onde foi trabalhado a Confecção de cartazes da culinária afro-brasileira.</p><p>Na sexta-feira 19-11, iniciamos com Acolhida, Oração e Roda de conversa. Neste trabalhamos o INGLÊS. Neste dia cada criança levou um prato da culinária afro-brasileira, para a exposição. Os pai foram convidados a estarem na escola às 16:00hs para prestigiarem as atividades das crianças.</p><p>Na segunda-feira 22-11, tivemos Acolhida, Oração e Roda de conversa. Trabalhamos Linguagem: Encontros vocálicos - páginas: 107, 108 e 109. Tivemos também Atividade lúdica relacionada ao estudo.</p><p>Na terça-feira 23-11, iniciamos com Acolhida, em seguida Oração e Roda de conversa. Tivemos o DIA DE FRUTA, nesse dia da semana, sugerimos que a criança traga frutas em seu lanche, como incentivo à alimentação saudável. Trabalhamos Matemática: Numeral 18 - páginas: 107 e 108 e Dever de casa.</p><p>Na quarta-feira 24-11, tivemos Acolhida, Oração e Roda de conversa. Trabalhamos o assunto Natureza e sociedade: Órgãos do sentido - páginas: 100, 101, 102, 103 e 104, com atividades lúdicas relacionadas ao estudo.</p><p>Na quinta-feira 25-11, iniciamos com Acolhida, em seguida Oração e Roda de conversa. Tivemos também EDUCAÇÃO FÍSICA com atividades</p><p>Na sexta-feira 26-11, iniciamos com Acolhida, em seguida Oração e Roda de conversa. Tivemos também INGLÊS e Artes. Dia do brinquedo.</p><p>Na segunda-feira 29-11, tivemos Acolhida, Oração e Roda de conversa. Trabalhamos Linguagem: Encontros vocálicos - páginas: 110, 111 e 112. Tivemos também Atividade lúdica relacionada ao estudo.</p><p>Na terça-feira 30-11, tivemos Acolhida, Oração e Roda de conversa. DIA DE FRUTA, nesse dia da semana, sugerimos que a criança traga frutas em seu lanche, como incentivo à alimentação saudável. Trabalhamos o assunto Natureza e sociedade: Tempo - páginas: 107, 108 e 109, com atividades lúdicas relacionadas ao estudo.</p><p>Na quarta-feira 01-12, iniciamos como de costume com Acolhida, depois Oração e Roda de conversa. Neste dia trabalhamos também MATEMÁTICA: Numerais 19 e 20 - páginas: 109, 110, 111 e 112. Dever de casa.</p><p>Na quinta-feira 02-12, iniciamos como de costume com Acolhida, depois Oração e Roda de conversa. Neste dia trabalhamos também EDUCAÇÃO FÍSICA, trabalhamos Natureza e sociedade: Vestuário - páginas: 110 e 111.</p><p>Na sexta-feira 03-12, iniciamos como de costume com Acolhida, depois Oração e Roda de conversa. Neste dia trabalhamos também INGLÊS e Artes. Foi o Dia do brinquedo.</p><p>4. PRATICA EDUCATIVA</p><p>4.1 Reflexão sobre a Intervenção</p><p>Os estudantes aprendem em ritmos diferentes e nem sempre todos os alunos apresentam o mesmo desempenho quando o ensino não é personalizado. O desnível de conhecimento pode significar problemas de aprendizagem, e nesse cenário, intervenções pedagógicas podem ser necessárias.</p><p>Uma intervenção pedagógica acontece quando se observa dificuldades que atrapalham o desenvolvimento no aprendizado dos alunos. Conduzida pelo professor, essa interferência tem o objetivo de ajudar os estudantes a aprender e superar os desafios.</p><p>Não existem fórmulas prontas para ações de intervenção pedagógica, elas devem levar em conta as características individuais de cada aluno, além do contexto e da realidade do estudante.</p><p>A intervenção pedagógica acontece quando o professor ou psicopedagogo precisa interferir no processo de desenvolvimento de um aluno que apresenta problemas de aprendizagem. Essa interferência acontece através de estratégias e abordagens educacionais que possibilitem ao aluno absorver o conhecimento de forma diferenciada. Uma ação de intervenção pedagógica tem o objetivo de:</p><p>· Melhorar o engajamento dos estudantes</p><p>· Aproximar a família da escola</p><p>· Aumentar o desempenho dos alunos</p><p>· Facilitar os processos dos professores</p><p>· Reduzir desníveis de conhecimento</p><p>As ações de intervenção pedagógicas são indicadas para situações em que os estudantes apresentem dificuldades de aprendizagem. As ações devem acontecer a partir do momento em que o professor identifica a dificuldade, evitando que o problema seja amplificado e comprometa o desenvolvimento do aluno. Cada segmento da educação básica apresenta desafios que devem ser observados e que podem indicar a necessidade de interferências psicopedagógicas.</p><p>A educação infantil é um dos momentos mais propícios para a realização de intervenções pedagógicas, pois é nessa fase da vida que costuma-se identificar mais dificuldades de aprendizagem, principalmente no processo de alfabetização.</p><p>Nessa faixa etária, atividades lúdicas como jogos e brincadeiras podem ajudar a despertar o interesse na leitura, enquanto contação de histórias e atividades em grupo estimulam a criatividade e a sociabilidade da criança.</p><p>5 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Concluo que a experiência adquirida durante o estágio na Educação Infantil foi primordial para a minha formação, mesmo com todas as dúvidas e inseguranças, e principalmente de estarmos em época de pandemia, e não ser da forma que se foi imaginado, ficou compreendido que o estágio é onde se tem a certeza do que se quer seguir, é através dele que nós acadêmicos de Pedagogia inovaremos os métodos de se trabalhar em sala de aula.</p><p>Ao realizar o estágio de observação e regência, percebi na prática educativa o dia a dia do professor que às vezes nos revelam momentos bons e até mágicos ou situações totalmente inversas, mas, que nos ensina a pensar melhor e refletir profundamente a nossa missão como educador. Portanto, o estágio de observação foi muito importante para o meu aprendizado, pois pude perceber que ensinar não é muito fácil, é preciso ter habilidade, dinâmica e domínio de conteúdo.</p><p>Quanto às aulas observadas, foi muito válido porque eu aprendi muito com a professora, que ao abordar os conteúdos em sala de aula, é visível a participação dos alunos, como também o desinteresse de alguns. Mas, mesmo diante das dificuldades pude presenciar a criatividade, e boa vontade da professora em deixar o seu recado de maneira produtiva de modo que, as aulas tornaram-se prazerosas e cativantes. E assim, os alunos mostraram desenvoltura nas atividades propostas pelo livro didático.</p><p>Posso dizer então, que tanto o estágio de observação quanto o de estágio de regência foram imprescindível para o meu aprendizado.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, F. P. Planejamento pedagógico na educação infantil. Fevereiro/2010.</p><p>CORREIA, Larissa Costa; FRANZOLIN, Fernanda. Estágio supervisionado no curso de pedagogia: Reflexões acerca da prática docente. p,5.2013.</p><p>FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2011.</p><p>JESUS, D. A. D; GERMANO, J. Importância do planejamento e da rotina na educação infantil. Setembro/2013.</p><p>PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004.</p><p>image4.png</p><p>image1.emf</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p>