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A & W 1 
 
 
 
 
 A & W 2 
 
Sumário 
OPTOMETRIA ................................................................................................................................................. 9 
1. Terminologia e Abreviaturas Mais Utilizadas em Optometria ................................................................... 9 
1.1 Abreviaturas ............................................................................................................................................ 9 
1.2 Termos ................................................................................................................................................... 10 
2. Olho Emétrope ............................................................................................................................................ 14 
2.1 Distância Focal ....................................................................................................................................... 14 
2.2 Acomodação .......................................................................................................................................... 15 
 2.2.1 Processo de Acomodação .......................................................................................................... 15 
 2.2.2 Tríade de Acomodação .............................................................................................................. 16 
 2.2.3 Sincinesia de Acomodação ......................................................................................................... 16 
 2.2.4 Componentes de Acomodação .................................................................................................. 16 
2.3 Ponto Remoto ....................................................................................................................................... 17 
2.4 Ponto Próximo ....................................................................................................................................... 17 
2.5 Ponto Próximo de Acomodação ............................................................................................................ 18 
2.6 Amplitude de Acomodação ................................................................................................................... 18 
3. Olho Amétrope ........................................................................................................................................... 18 
3.1 Ametropia Esférica ................................................................................................................................ 18 
3.2 Ametropia Cilíndrica ............................................................................................................................... 18 
4. Miopia ......................................................................................................................................................... 18 
4.1 Ponto Remoto do Míope ....................................................................................................................... 19 
4.2 Classificação da Miopia .......................................................................................................................... 19 
4.3 Classificação da Miopia de Acordo com a Dioptria ................................................................................ 20 
4.4 Sinais e Sintoma ..................................................................................................................................... 20 
4.5 Tipos de Correção da Miopia ................................................................................................................. 20 
4.6 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................... 20 
5. Hipermetropia ............................................................................................................................................ 20 
5.1 Ponto Remoto do Hipermétrope .......................................................................................................... 21 
5.2 Classificação da Hipermetropia .............................................................................................................. 21 
5.3 Acomodação do Hipermétrope ............................................................................................................. 21 
5.4 Hipermetropia Baseada na Acomodação .............................................................................................. 22 
5.5 Exemplo de Caso .................................................................................................................................... 22 
5.6 Classificação da Hipermetropia de Acordo com a Dioptria .................................................................. 22 
5.7 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................... 22 
5.8 Tipos de Correção de Hipermetropia .................................................................................................... 22 
5.9 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................... 23 
 
 A & W 3 
 
6. Astigmatismo .............................................................................................................................................. 23 
6.1 Causas do Astigmatismo ........................................................................................................................ 23 
6.2 Classificação do Astigmatismo I ............................................................................................................ 23 
6.3 Classificação do Astigmatismo II ............................................................................................................ 25 
6.4 Astigmatismo Induzido ........................................................................................................................... 25 
6.5 Transposição .......................................................................................................................................... 25 
6.6 O Astigmatismo Segundo sua Focalização ............................................................................................ 25 
6.7 Classificação Conforme a Formação da Imagem .................................................................................. 25 
6.8 Classificação Segundo a Posição do Eixo ............................................................................................... 26 
6.9 Sintomas do Astigmatismo .................................................................................................................... 26 
6.10 Correção do Astigmatismo .................................................................................................................. 26 
6.11 Modelo de Prescrição para Visão de Longe ........................................................................................ 26 
7. Presbiopia ................................................................................................................................................... 27 
7.1 Amplitude de Acomodação ................................................................................................................... 27 
7.1.1 Técnica de Sheard ...................................................................................................................... 27 
7.1.2 Técnica de Donders .................................................................................................................... 27 
7.2 Presbiopia e a acomodação ................................................................................................................... 29 
7.3 Classificação da Presbiopia ....................................................................................................................para identificar sua etiologia e aplicar estratégias de tratamento 
apropriadas. A ambliopia funcional ocorre antes 6-8 anos de idade sendo causa principal à privação 
(estrabismo ou anisometropia). 
 
 
10.2 CAUSA DA AMBLIOPIA FUNCIONAL 
✓ Forma de privação: catarata congênita ou traumática, blefaroptose completa precoce, opacidade da 
córnea, hifema, hemorragia vítrea, terapia de oclusão descontrolada, terapia de penalização 
descontrolada. 
✓ Estrabismo unilateral constante (olho desviado): a imagem do olho desviado é suprimida, para 
evitar a visão dupla a criança utiliza apenas o melhor olho. 
✓ Erro refrativo não corrigido ambliogênico: quando um olho tem mais miopia, hipermetropia ou 
astigmatismo que o outro, o olho com visão borrada (fora de foco) é suprimido e pode tornar-se 
amblíope. 
✓ Anisometropia (esférica ou astigmática). 
✓ Isometropia. 
✓ Estrabismo aniso combinado. 
 
 
 A & W 35 
 
10.3 CAUSA PSICOGÊNICAS 
✓ Conversão histeria. 
✓ Fingimento. 
 
 
10.4 CAUSA ESTRUTURAIS/PATOLÓGICAS 
✓ Acromatopsia. 
✓ Coloboma. 
✓ Fibras nervosas da retina mielinizadas. 
✓ Retinopatia da prematuridade. 
✓ Miopia degenerativa. 
✓ Nervo óptico hipoplásico. 
✓ Ceratocone. 
✓ Opacidades dos meios transparentes do olho: ocorre devido à existência de uma barreira a chegada 
da luz a retina em toda a sua intensidade, impedindo a formação de uma imagem bem definida. 
✓ Coriorretinite macular, cicatriz perimacular. 
✓ Patologia Macular (por exemplo, doença de Stargardt) 
✓ Atrofia óptica. 
✓ Neurite retrobulbar. 
✓ Nistagmo (congênito, latente, manifesto latente). 
✓ Craniofaringioma. 
 
 
10.5 SINAIS COMUNS, SINTOMAS E COMPLICAÇÕES 
Ambliopia de um olho (como na ambliopia anisometrópica e estrabísmica) geralmente produz pouca 
desvantagem e poucos sintomas, porque o paciente normalmente tem boa acuidade visual no olho normal, 
o mais significativo dos problemas geralmente provem de uma diminuição da estereopsia, o que pode 
resultar em exclusões ocupacionais e desempenho de visão menos eficiente em certas tarefas, como dirigir 
e coordenar atividades de mão-olho, além disso, a ambliopia pode contribuir para o aparecimento tardio de 
estrabismo. 
 
 
10.6 DETECÇÃO E PREVENÇÃO ANTECIPADA 
A ambliopia é uma condição evitável e tratável, especialmente se detectado cedo. Rastreamento de causas 
de ambliopia por privação de forma devem ser conduzidos pelos profissionais de cuidados primários da 
criança dentro das primeiras (4-6) semanas de vida. As crianças em risco devem ser monitoradas 
anualmente durante todo o período de desenvolvimento sensível (nascimento até 6-8 anos de idade). 
O rastreio do erro refrativo ambliogénico e do estrabismo devem também começar durante o primeiro ano 
de vida. Crianças em risco precisarão ser monitoradas anualmente. Triagem de crianças com histórico 
familiar de estrabismo ou ambliopia pode ser uma estratégia, portanto, os optometristas devem alertar os 
pais sobre a prevalência e risco para o desenvolvimento de ambliopia e encorajar os mesmos à procurar 
cuidados profissionais regulares para os seus filhos. 
 
 
10.7 TRATAMENTO 
O tratamento da ambliopia começa com o uso da correção óptica (se indicado), seguida da oclusão do olho 
de melhor acuidade visual, para permitir que o olho fraco se desenvolva. Às vezes é necessário fazer oclusão 
alternada dos dois olhos. 
 
 A & W 36 
 
Quando o tratamento é seguido corretamente, sob orientação e na época adequada, ocorre melhora na 
grande maioria dos casos. 
 
 
 
11. HISTÓRIA CLÍNICA OPTOMÉTRICA 
 
O exame optométrico tem como finalidade: 
Identificar o estado motor, sensorial e funcional do sistema visual, bem como corrigir o defeito refrativo 
encontrado, através da prescrição de lentes ou encaminhar o paciente a um especialista, caso o paciente 
precise de algum tratamento adequado. 
A história clínica é o registro dos dados e resultados obtidos durante a anamnese, é o interrogatório no qual 
se tem um contato inicial com o paciente, identificando o problema principal pelo qual o paciente veio à 
consulta, problemas secundários, buscando a orientação para a solução do problema principal da consulta, 
obtendo o controle em relação a evolução de certos casos e a resposta a determinados tratamentos. 
Captação dos dados, informações do paciente para que possamos interpretar e chegar a um prognóstico. 
 
11.1 FICHA CLÍNICA 
1) Identificação do paciente 
2) Anamnese 
3) Dominância Ocular 
4) Acuidade Visual 
5) Avaliação Ocular (segmento anterior e posterior) 
6) Avaliação Pupilo-motor (Reflexos Pupilares) 
7) Avaliação Sensorial 
8) Exame Refrativo 
9) Prova Ambulatorial 
10) Diagnóstico 
11) Conduta 
 
11.2 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Nome Sexo Idade/data de nascimento 
Endereço Fone Escolaridade 
Atividade profissional/ Ocupação Hobbies 
Última Consulta 
 
 
12. ANAMNESE 
A palavra “Anamnese” vem do Grego ANAMNESIS e quer dizer: “recordação, recuperar algo previamente 
aprendido”. De ANA= através, + MNESIS= memória. 
 
Consiste em uma entrevista com o paciente. 
 
 A & W 37 
 
Na anamnese o optometrista deve anotar toda a história de saúde geral e ocular do paciente que esteja 
relacionado a saúde ocular do mesmo. 
Deve-se dialogar com o paciente para que você possa conhece-lo e correlacionar os dados durante o 
atendimento para um melhor diagnóstico e resultados. 
Existem 3 modalidades: 
✓ Tributa Livre (paciente) 
✓ Tributa Dirigida (optometrista) 
✓ Tributa mista (ambos) 
 
 
12.1 MOTIVO PRINCIPAL DA CONSULTA 
Devemos questionar qual o motivo que levou o paciente a procurar uma consulta. 
✓ Qual o motivo que o trouxe até aqui? 
✓ O que está acontecendo? 
✓ Como está sua visão? 
✓ Tem percebido algo de diferente? 
Exemplo: Dificuldades para enxergar, Rotina, dores de cabeça, entre outros. 
 
 
12.2 SINAIS E SINTOMAS 
Sinal: manifestações observadas pelo profissional, ou seja, quando o examinador perceber alguma 
alteração. 
 
Sintoma: manifestações que o Px relatar. 
• Hiperemia 
• Epífora (processo alérgico, meio ambiente) 
• Blefarite 
• Fenda Ocular 
• Pálpebra caída (ptose) 
• Cefaléia (onde? Período do dia?) 
• Prurido 
• Astenopia 
• Visão embaçada 
• Sensação de corpo estranho 
• Visão dupla 
• Dor ocular 
• Moscas volantes (miodeopsias) - (desde quando tem?) 
• Fotofobia 
• Ardência 
• Dificuldade de identificar cores 
• Pálpebra tremendo (contração fibrilar, típico de stress, fumo, álcool, cafeína, drogas) 
• Olho seco 
• Secreções (como? quando? onde?) 
 
 
12.3 ANTECEDENTES PESSOAIS: SAÚDE GERAL E OCULAR 
Devemos fazer perguntas do tipo: 
✓ Se usa óculos, há quanto tempo? 
✓ Sofreu algum acidente lesionando a cabeça? trauma, tombos em escadas, acidente automobilístico. 
 
 A & W 38 
 
✓ Sofreu algum acidente que tenha provocado alguma lesão ocular? golpe, corpo estranho, objetos 
cortantes, queimaduras, colírios utilizados. 
✓ Possui algum tipo de doenças? diabetes, hipertensão arterial sistêmica (HAS), alergias, sinusite, 
câncer. 
✓ Fez algum tratamento ocular/geral ou cirurgia ocular/geral? Caso positivo, por quanto tempo? 
conjuntivite, calázio, hordéolo, glaucoma. 
 
 
12.4 ANTECEDENTES FAMILIARES (PAI, MÃE, IRMÃOS, AVÓS): 
SAÚDE GERAL E OCULAR 
Nosso intuito é descobrir se houve ou há casos de doenças oculares na família, como catarata, glaucoma, 
doenças sistêmicas, problemas refrativos na família. 
• Trauma ocular 
• Corpo estranho 
• Queimaduras 
• Cirúrgicos 
• Conjuntivite 
• Ceratite 
• Glaucoma 
• Uveíte 
• Descolamento de retina 
• Toxoplasmose 
• Catarata 
• Pterígio 
• Câncer 
 
 
13. DOMINÂNCIA OCULAR 
 
Superioridade funcional e uso preferencial de um olho sobre o outro. 
13.1 TÉCNICA 
Fazer um triangulo com as mãos como o mostrado na figura abaixo e focalizar um objeto à distância (no caso 
a letra "E"). 
Ao fechar o olho não dominante você continuará enxergando o objeto focalizado anteriormente, mas ao 
fechar o olho dominante, esse objeto sairádo seu campo de visão. 
O olho dominante é aquele o qual o objeto será visto da mesma forma de quando ambos os olhos estavam 
abertos. 
 
 
 A & W 39 
 
14. EXAME DO SEGMENTO ANTERIOR 
O exame do segmento anterior nos ajuda a verificar se existe alguma anormalidade em qualquer das 
estruturas oculares externas ou de seus anexos. É uma técnica que permite a observação das estruturas 
oculares externas. Pode-se realizar uma biomicroscopia profunda com uma lâmpada de fenda ou 
oftalmoscópio e uma análise mais simples com uma lanterna e lupa. 
 
14.1 TÉCNICA – lanterna/lupa - observar: 
Px com olhos fechados → Pálpebras, cílios, sobrancelhas. 
Px com olhos abertos → Cílios inferiores, bordas das pálpebras e pontos lacrimais. 
Px olhando para cima → Limbo, Conjuntiva bulbar, Fundo de saco conjuntival, Conjuntiva tarsal, Borda da 
pálpebra, Canal lacrimal, Carúncula lacrimal. 
Px olhando para baixo → Conjuntiva bulbar superior, Conjuntiva tarsal superior. 
Px olhando para os lados → Ângulos internos e externos do globo. 
Px olhando para frente → Córnea, íris, pupila e câmara anterior. 
 
14.2 ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS: 
GLOBO OCULAR: Observar sua posição dentro da órbita, seu tamanho em relação ao outro olho (Aspectos 
normais) 
 
SOBRANCELHAS: Observar sua espessura, cor, posição e aspecto. Se há ou não presença de cicatriz 
(presentes, alinhadas, completas, cicatriz em terço médio nasal ou temporal). 
 
CÍLIOS: Observar sua espessura, cor, posição e aspecto, se há falhas, se há uma camada apenas ou mais, a 
direção para onde estão crescendo (Alinhados, completos, ausentes, crostas) 
 
PÁLPEBRAS: Observar espessura, o estado das bordas, a amplitude no abrir e fechar dos olhos, se há 
presença de secreções, excesso de pele (regular, uniformes, nódulo em terço (médio, nasal ou temporal). 
 
SACO LACRIMAL: Verificar se há inflamação. 
 
CONJUNTIVA: Observar se há hiperemia, edema, se existem papilas, folículos ou algum sinal de inflamação 
ou infecção (rosada, amarelada, branca, hiperemica). 
 
ESCLERA: Observar sua coloração (rosada, amarelada, branca). 
 
CÓRNEA: Observar brilho, o tamanho, a estrutura, transparência (transparente, opacificações, úlceras ou 
infiltrações). 
 
CÂMARA ANTERIOR: Observar a transparência do humor aquoso, se há a presença de sangue ou pus. 
 
ÍRIS: Observar há a presença total ou parcial da íris, a coloração, espessura, se há a presença de nistagmo e 
comparar a coloração da íris dos dois olhos (cor uniforme, coloboma). 
 
1) Limbo 
2) Conjuntiva bulbar 
3) Fundo de saco conjuntival 
4) Conjuntiva tarsal 
5) Borda da pá lpebra 
6) Canal lacrimal 
7) Carú ncula lacrimal 
 
 A & W 40 
 
 
 
 
 
15. ACUIDADE VISUAL 
 
A acuidade visual (AV) é um dos componentes do sentido da visão. É um ato clínico importante pela 
informação que contém, assim como pelas correlações clínicas, refrativas e patológicas a que se pode 
suspeitar através dela. 
Ao medir a visão sempre é necessário ter em mente que estamos diante de um fenômeno complexo, de que 
fazem parte: o sistema óptico, os fenômenos neurológicos de transmissão dos estímulos recebidos e 
condições psicológicas favoráveis. 
Considerando certas condições precárias na determinação da acuidade visual, é mesmo assim o método 
mais rápido, seguro, barato e simples da prática optométrica. 
 
A Acuidade Visual tem como objetivo medir a capacidade de visão (potência) de uma pessoa, nível de 
"nitidez" com que o olho consegue enxergar. Definida como o poder de discriminação que o olho tem ou a 
capacidade de reconhecer os detalhes dos objetos. 
Utilizaremos a medida em “pés” que é utilizada internacionalmente. 
A acuidade aparece marcada por dois números, em forma de fração, como por exemplo: 20/200, 20/100, 
20/70, 20/40, 20/30, 20/20. Cada linha da tabela corresponde a uma fração, que representa uma acuidade 
visual e cada olho deve ser testado separadamente. 
 
 
16. TABELA DE SNELLEN 
 
A tabela contém uma série progressiva de fileiras de letras. O teste consiste em ler essas linhas de letras que 
vão diminuindo sucessivamente. A avaliação é realizada com a tabela posicionada a uma distância padrão (6 
mts) da pessoa a ser testada. Cada linha da tabela corresponde a uma fração que representa uma acuidade 
visual e cada olho deve ser testado separadamente. 
 
 
 
 A & W 41 
 
 
 
1 pé = 30,48 cm x 20 pés = 609,60 cm = 6,10 mts 
20/100 (pés) = 0,2 (decimal) x 100% = 20% de visão (porcentagem) 
 
 
 
 
17. MEDIDA DA ACUIDADE VISUAL 
 
A definição do ângulo visual de um olho é pré-determinada pelo tamanho da célula fotorreceptora (cones), 
responsável pela visão de detalhes. 
A avaliação da Acuidade Visual (AV) depende do tamanho do ângulo visual, que é formado pelas duas linhas 
traçadas das extremidades do objeto até a retina. 
Para produzir-se uma imagem do tamanho mínimo, o objeto deve ter um ângulo visual mínimo de um minuto 
(1’). Cada detalhe (pedaço) da letra de Snellen tem um ângulo visual de 1 minuto (1’). A letra completa tem 
um ângulo visual de 5 minutos (5’) a uma distância estabelecida (6,10 metros). 
 
 
17.1 PARA DETERMINAR A CAPACIDADE DA VISÃO, UTILIZAMOS 
OS SEGUINTES PRINCÍPIOS: 
Mínimo Visível - É capacidade de determinar o brilho e contraste mínimo visível de um objeto. 
Mínimo Perceptível - É a capacidade de perceber o objeto no espaço por meio de detecção de pontos e 
linhas em fundo uniforme. 
Mínimo Separável - É o menor ângulo visual necessário para que possa haver detecção entre dois objetos. 
Mínimo Legível - É a capacidade em reconhecer letras ou formas (optotipos) cada vez menores. 
 
 
 
17.2 CLASSIFICAÇÃO DA AV 
Segundo a visão: 
• Monocular (OD/OE) 
• Binocular (AO) 
 
 
 A & W 42 
 
Segundo a distância: 
• Visão de longe: VL – 6,10 mts 
• Visão de perto: VP – 33 a 40 cm 
 
Segundo correção: 
• S/C – Sem correção 
• C/C – Com correção 
 
Segundo o OPTOTIPO: 
• Angular: 1 caractere por vez (visível) 
• Morfoscópico: 1 linha inteira (separável) 
 
 
 
18. OPTOTIPOS 
 
Optotipos são tabelas composta por letras ou figuras baseadas no ângulo visual de 5’, construídas para serem 
destinadas a medição da acuidade visual (AV). 
 
 
18.1 TIPOS DE OPTOTIPOS 
• Snellen 
• E-direcional 
• Anéis de Landolt 
• Bicromáticos (Verde/Vermelho) 
• Visão Subnormal 
• Jaeger (visão de perto – 33 a 40 cm) 
 
 
18.1.1 OPTOTIPOS DE SNELLEN 
Tabelas construídas com letras do alfabeto para medir a AV morfoscópica em adultos ou crianças 
alfabetizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 43 
 
18.1.2 OPTOTIPOS E DIRECIONAL 
Tabela construída com a letra E em distintas direções e sentidos. 
 
 
 
 
 
18.1.3 OPTOTIPOS ANÉIS DE LANDOLT 
Tabela construída com a falha do anel ou a “boca” da letra C orientada em 4 posições. Serve para medir a 
AV morfoscópica em adultos, analfabetos e crianças. 
 
 
 
 
 
18.1.4 OPTOTIPOS BICROMÁTICOS 
Utilizado para o afinamento da dioptria esférica, verificando se há hipo ou hipercorreção na mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 44 
 
18.1.5 OPTOTIPOS DE ALLEN 
Tabela construída a partir do ângulo visual de 5’, com figuras e desenhos populares de fácil interpretação 
para crianças ou analfabetos. 
 
 
 
 
 
18.1.6 OPTOTIPOS DE JAEGER 
Tabelas construídas com frases em diversos tamanhos para medir a AV de perto em jovens e adultos, mas 
principalmente adultos a partir dos 40 anos. 
 
 
 
 
 
18.1.7 TABELA DE ROSENBAUM ETDRS (EARLY TREATMENT DIABETIC 
RETINOPATHY STUDY) - (LOGMAR). 
Tabela de perto construída com números e E direcional para medir a AV de perto a 40 cm. 
 
 
 A & W 45 
 
Estudo no tratamento precoce da Retinopatia Diabética. 
O ETDRS OU LOGmar foi projetado para eliminar imprecisões da tabela de Snellen e Sloan. 
 
 
 
 
19. COMO MEDIR A ACUIDADE VISUAL (AV) 
19.1 - VISÃO DE LONGE 
1) Selecione o optotipo adequado para o paciente. 
2) Observar sempre o paciente, nunca a tabela de optotipo. 
3) Coloque o paciente diante do optotipoà uma distância de 6,10 mts e na altura de seus olhos. 
 
4) Oclua o olho esquerdo do paciente. 
 
5) Peça ao paciente que leia desde o início da tabela até onde consiga enxergar com nitidez. Atente-se até 
quando o paciente for incapaz de ler algumas das letras de determinada linha. 
Anote o resultado da escala para a AV do Olho Direito (OD). 
Exemplo: OD 20/60. 
 
6) Após a anotação da AV do OD. Oclua o olho direito do paciente e repita o procedimento para o OE e anote 
os resultados. 
Exemplo: OE 20/40 
 
7) Em seguida, Px com os dois olhos abertos, proceda com a AV, tomando nota para AO. 
Exemplo: 20/40 
SEQUÊNCIA PARA MEDIDA 
 
 
 A & W 46 
 
19.1.1 - ANOTAÇÃO EM CASO DE LEITURA PARCIAL 
OD: 20/40 +2 
Paciente leu toda a linha do 20/40 + 2 letras da linha 20/30. 
 
 
OE: 20/30 -2 
Paciente leu mais da metade da linha 20/30, não conseguindo ler apenas 2 letras desta linha. 
 
 
19.1.2 - APROXIMAR A 3 METROS 
8) Se o paciente não conseguir enxergar a maior letra da tabela (20/200) estando a uma distância de 6 
metros, aproxime o Px a 3 mts. A linha que o Px enxergar, devemos multiplicar por 2x o valor do denominador 
da escala de AV de 6 mts. 
Exemplo, a letra 20/200, será uma letra 20/400 a 3 mts. 
 
 
19.1.3 - APROXIMAR A 1,5 METROS 
9) Caso o Px não enxergue nítido a maior letra da tabela estando a 3 metros, aproxime o Px a 1,5 metro. 
A linha que o Px enxergar multiplique, neste caso por 4x o valor do denominador da escala de AV de 6 mts. 
Exemplo, a linha 20/200 da tabela feita para 6 mts, se for lida a 1,5 metro terá o valor de AV 20/200 x 4 = 
20/800. 
 
 
 
CASO O PX NÃO ENXERGUE A MAIOR LETRA DA TABELA A UMA DISTÂNCIA DE 1,5 MTS, 
PROCEDA COM OS SEGUINTES PASSOS: 
 
19.1.4 - CONTAR DEDOS (CD) 
10) Posicione-se a 1 metro do Px e peça para que ele responda a quantidade de dedos que está vendo a 1 
metro. Caso ainda não enxergue, avance para 50 cm. O paciente enxergando, anote: 
Registre como CONTAGEM DE DEDOS à 50 cm. 
 
 
19.1.5 - MOVIMENTO DE MÃO (MM) 
11) Caso o Px não tenha consegui êxito na Contagem de Dedos, posicione-se a 1 metro do Px e movimente 
sua mão. Pergunte ao Px se ele consegue ver a mão em movimento. 
Inicie a uma distância de 1 mt, caso ainda não enxergue, refaça à 50 cm. 
Px enxergando, registre como MOVIMENTO DE MÃO à 50 cm. 
 
 A & W 47 
 
19.1.6 - PROJEÇÃO E PERCEPÇÃO LUMINOSA (PPL) 
12) Caso o PX não veja o Movimento de Mão, coloque uma luz a 50 cm e movimente-a nos quatro pontos 
do campo visual (superior, inferior, nasal, temporal), perguntando se o mesmo consegue vê-la. Caso o 
paciente enxergue: registre como PROJEÇÃO LUMINOSA. 
 
 
19.1.7 - PERCEPÇÃO DE FOSFENO (PF) 
13) Caso você tenha feito os testes anteriores e mesmo assim o Px reporta não enxergar, peça ao Px que 
feche os olhos, sobre suas pálpebras, incida a luz da lanterna fazendo uma pressão leve sobre o globo ocular. 
Verifique se o paciente percebe a luz. Caso ele consigo perceber essa projeção de luz, registre 
como PERCEPÇÃO DE FOSFENO. 
 
 
19.1.8 - AMAUROSE 
Caso não haja Percepção Luminosa 
Caso não haja percepção de luz. 
Registre como AMAUROSE (Paciente Cego) 
 
 
19.1.9 - FURO ESTENOPÊICO - (PH – Pin Hole) 
Toma-se a acuidade visual com o Furo Estenopêico, quando a 
AV habitual em visão de longe for igual ou inferior a 20/40. 
Ao diminuir os círculos de difusão de luz e aumentar a profundidade do foco, melhora se a Acuidade Visual. 
Melhorando a AV com o furo estenopêico, a visão poderá ser melhorada com lentes graduadas, caso não 
haja melhora na AV, isso poderá ser o indício de alguma anormalidade que não será possível a correção 
através de lentes graduadas. 
 
 
19.1.10 - FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO PARA 
UMA BOA AV. 
➢ Iluminação adequada do ambiente 
➢ Iluminação do optotipo 
➢ Contraste das letras 
➢ Tamanho correto das letras em relação à distância do paciente 
➢ Posicionamento do optotipo 
➢ Diâmetro pupilar 
➢ Altura do paciente em relação à altura do optotipo 
➢ Utilização do optotipo de acordo com a capacidade intelectual de cada paciente 
➢ Postura do paciente 
➢ Oclusão correta do olho 
➢ Estado fisiológico do paciente 
 
 
19.1.11 - COMO ANOTAR NO HISTÓRICO CLÍNICO 
➢ Anotar o tipo de tabela e a distância entre a mesma e o paciente. 
➢ Anotar em leitura de Snellen (20/20) ou decimal (1,0). 
➢ Caso o paciente leia toda a linha e não consiga ler a linha seguinte, anote onde ele parou: Exemplo: 
20/60. 
➢ Caso ele leia a linha, mas não consiga ler as últimas letras, anote: 
➢ Exemplo: 20/60 -2. 
➢ Caso ele leia a linha 20/60 completa e a próxima apenas 2 letras, anote: 20/60 +2. 
 
 A & W 48 
 
 
 
 
19.2 - VISÃO DE PERTO 
1) Selecione a tabela de perto (Jaeger) adequada para o paciente, podendo utilizar E-direcional, números ou 
texto. 
 
2) Ilumine a tabela de perto. 
 
3) Oclua o olho esquerdo (OE), pois começaremos a medição pelo OD. 
 
4) Tabela na distância de 33 à 37 cm do olhar do Px. 
Peça ao paciente que leia a primeira linha (J1), caso ele não consiga, passe para a próxima. 
 
5) Anote o valor da AV de perto para o OD pela medida de Jaeger ou pela medida em metros. 
Exemplo: J1= 0,37m / J2= 0,50m. 
 
6) Oclua o OD e repita o procedimento para o OE e depois em AO. 
Faça as devidas anotações. 
 
7) Caso o paciente não enxergue a linha J6 em um dos olhos ou com ambos abertos, peça para ler o título. 
O Px lendo, anote: TÍTULO 
 
 
 
 
 A & W 49 
 
8) Se mesmo assim o paciente não conseguir ler, peça para observar o contorno da tabela, a qual tem o 
formato quadrado e peça para relatar quantas linhas enxerga. 
Anote a quantidade de linha: 6 LINHAS 
 
 
19.2.1 - FATORES QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO PARA 
UMA BOA AV. 
➢ Iluminação da tabela de perto 
➢ Posicionamento correto da tabela 
➢ Distância correta da tabela 
➢ Utilização da tabela de acordo com a capacidade intelectual de cada paciente 
➢ Oclusão correta do olho 
➢ Estado fisiológico do paciente 
 
 
19.2.2 - COMO ANOTAR NO HISTÓRICO CLÍNICO 
➢ Anotar em Jaeger (JX – Título – XLinhas) 
➢ Utilizar as siglas: 
S/C – sem correção 
C/C – com correção 
OD – olho direito 
OE – olho esquerdo 
AO – ambos os olhos. 
➢ Anotar cada olho separadamente e depois a AV de ambos os olhos. 
➢ Primeiro anote a visão de longe (VL) e depois a visão de perto (VP). 
 
 
19.3 – AV EM CRIANÇAS 
19.3.1 - PVE – POTENCIAL VISUAL EVOCADO (recém nascido a 16 meses) 
O olho é estimulado por pulsos brilhantes de luz ou pela observação de listras brancas e pretas 
quadriculadas. 
 
 
 A & W 50 
 
19.3.2 - TAMBOR OPTOCINÉTICO (recém-nascido a 16 meses) 
O tambor é girado provocando nistagmo, havendo a presença do mesmo, significa que a visão está presente. 
 
 
 
19.3.3 - TESTE DE OLHAR PREFERENCIAL (16 meses a 2 anos) 
Verifica-se a preferência da criança em relação a listras de cores branca e preta e sua espessura (Cartões de 
Teller). 
 
 
 
19.3.4 - CUBOS DE FOOK (a partir de 4 anos) 
Cubo com caracteres de tamanhos variados. Avalia-se a AV angular. 
 
 
 
19.3.5 - NYLH: NEW YOUK LIGHT HOUSE (de 3 a 5 anos) 
Avalia a AV angular com cartões a 3 mts. 
 
 
 A & W 51 
 
 
 
 
 
 
20. AVALIAÇÃO REFLEXOS PUPILARES 
 
Exame de reação das pupilas ao estímulo luminoso (reflexo fotomotor) que provocam movimentos pupilares 
de miose e midríase. 
 
Objetivo: Avaliar as vias aferentes (visual de ida da informação) e eferentes (visual de volta da informação) 
das funções neurovisuais, através de um estímulo visual, determinando a capacidade de reação a esse 
estímulo, responsável pela função pupilar. 
 
BASE FISIOLÓGICA: 
REFLEXO FOTOMOTOR 
O estímulo parte da retina, nervo óptico, quiasma óptico e trato óptico. Neste ponto a via pupilar se separa 
da via óptica atravessa o corpo geniculado lateral sem fazer sinapse. As fibras retino pré tectais dirigem-se 
ao colículo superior através dos braços do colículo superior, chegando ao teto do mesencéfalo, onde fica o 
núcleo pré tectal,então as fibras cruzam parcialmente e vão aos núcleos de Edinger Westphal. A partir daí, 
começa a via eferente onde as fibras saem dos núcleos do III par envolvendo o nervo motor ocular comum, 
fazendo a última sinapse nos gânglios ciliares, chegando ao olho pelos nervos ciliares curtos, ocasionando 
miose. 
Resumo reflexo fotomotor 
Aferência (luz): nervo óptico (II NC) – fibras retino-pré-tectais. 
Mediação central: núcleo pré-tectal (teto do mesencéfalo, na borda do colículo superior). 
Eferência (miose): núcleo de Edinger-Westphal – nervo oculomotor (III NC)- músculo esfíncter da pupila. 
 
REFLEXO CONSENSUAL 
Contração das duas pupilas quando uma é estimulada. Se produz devido ao entrecruzamento das fibras da 
via aferente. 
 
REFLEXO ACOMODATIVO 
Por inervação recíproca do III par que produz acomodação pelos músculos ciliares, convergência pelos retos 
médios e miose pelo esfíncter pupilar. 
 
 A & W 52 
 
Resumo Reflexo Acomodativo/Convergêncial 
Aferência (luz desfocada): nervo óptico (II NC) – fibras retinogeniculadas, e radiações ópticas. 
Mediação central: córtex visual e campo ocular pré-frontal (área ocular frontal). 
Eferência (ajuste do foco): nervo oculomotor (III NC) - retos mediais-músculo ciliar-músculo esfíncter da 
pupila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20.1 - FOTOMOTOR 
O teste avalia a via AFERENTE através da contração pupilar, se está presente ou ausente e será realizado 
através da iluminação de um dos olhos com uma fonte luminosa. 
Este reflexo é conhecido também como direto ou ipsi lateral. 
 
TÉCNICA 
• Monocular 
• Paciente olhando para o infinito. 
• Incidir a luz no olho do paciente (OD) 
• Iluminar e avaliar o mesmo olho. 
• Repetir o procedimento 3x. 
• Observar o reflexo, o diâmetro pupilar, velocidade de contração (miose/midríase). 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
• Presente Reagente. 
• Presente Reagente Lento 
• Ausente 
PIRRLA: Pupilas Iguais, Redondas, Reagem a Luz e Acomodação. 
Repetir o procedimento no olho esquerdo. 
 
 
 
 
 A & W 53 
 
20.2 - CONSENSUAL 
O teste avalia a via EFERENTE e será realizado através da iluminação de um dos olhos e a observação do olho 
OPOSTO. 
Este reflexo é conhecido também como indireto ou contralateral. 
 
TÉCNICA 
• Paciente olhando para o infinito. 
• Incidir a luz no olho do paciente (OD) 
• Avaliar olho oposto (OE). 
• Repetir o procedimento 3x. 
• Observar o reflexo, o diâmetro pupilar, velocidade de contração (miose/midríase). 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
• Presente/Reagente. 
• Presente/Reagente Lento 
• Ausente 
Incidir agora a luz no OE e avaliar o OD. 
 
 
 
20.3 - ACOMODATIVO 
Quando se olha para um objeto que está perto dos olhos, as pupilas se contraem (miose), independente de 
modificações na iluminação. Este movimento está associado à contração dos músculos retos mediais 
(convergência) e dos músculos ciliares (acomodação). 
O teste irá avaliar a CONVERGÊNCIA dos olhos para um objeto próximo, causando a contração pupilar. 
TÉCNICA 
• Objeto a frente do paciente. 
• Paciente com AO abertos, olha para o infinito, depois olha para o objeto próximo. 
• Avaliar a contração pupilar. 
• Repetir o procedimento 3x. 
• Procedimento feito com o objeto a 40 e 20 cm. 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
• Presente/Reagente. 
• Presente/Reagente Lento 
• Ausente 
 
 
 
 A & W 54 
 
21. ÂNGULO DE KAPPA 
 
O ângulo Kappa é o ângulo entre o eixo visual e o eixo pupilar. 
Eixo pupilar é a linha perpendicular à linha corneal que passa no centro da pupila. 
Eixo visual é a linha que une o ponto de fixação (objeto) com o ponto imagem (fóvea). 
OBJETIVO: Dar indício da fixação do paciente, permitindo-nos observar onde a fixação encontra-se. 
Ao incidirmos a luz no olho do paciente, a mesma tem que incidir na região macular (fóvea) e se refletir na 
córnea, no ponto exato onde atravessa o eixo pupilar e o eixo visual. O teste avalia a fixação de forma 
monocular. 
TÉCNICA 
• Teste monocular (ocluir o OE) 
• Incidir a luz no olho do paciente. 
• Distância de aproximadamente 40 cm. 
• Luz direta ao olho do paciente (OD). 
• Observar a posição do reflexo corneal em relação ao centro da pupila. 
• Repetir o procedimento no OE. 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
Kappa Zero: O reflexo coincide com o centro da pupila. A imagem se localiza na fóvea e a fixação é central. 
 
 
Kappa Positivo: O reflexo está deslocado nasalmente. Considera-se positivo fisiológico e a fixação 
possivelmente será central. A imagem se localiza na fóvea, pois a fóvea possui um pequeno deslocamento 
na retina, devido à inclinação do olho. 
 
 
 
Kappa Negativo: O reflexo corneal/foveal está deslocado temporalmente e nos dá indício de uma fixação 
excêntrica. A imagem se localiza em um ponto nasal da retina, distante da fóvea e a AV normalmente é 
menor que 20/40. 
 
 
 
 A & W 55 
 
22. TESTE DE HIRSCHBERG 
 
Visa avaliar o paralelismo dos eixos visuais (binocular) ligados a posição primária da visão, ou seja, ambos os 
olhos estarão na mesma posição, bem como a presença ou não de estrabismo manifesto (tropias). 
PARALELISMO: ambos os olhos estarão na mesma posição. 
O método de Hirschberg baseia-se na premissa de que para cada 1 mm de descentração do reflexo de luz na 
córnea, corresponde a 7° e para cada 1° de desvio há uma perda de 1,75 Δ. Portanto, um reflexo de luz na 
margem pupilar (pupila de 4 mm), corresponde a 14°, arredondado para 15º, dando um valor real de 26,25 
DP. Sendo mais uma vez arredondado para 30 DP. 
 
TÉCNICA 
• Teste binonocular 
• Incidir a luz no arco interciliar do paciente. 
• Distância de aproximadamente 40 cm. 
• Pedir ao paciente que observe a luz. 
• Observar a posição do reflexo corneal em relação ao centro da pupila. 
• Observar a posição dos reflexos em ambos os olhos. 
 
 
 
 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
Centrado: O reflexo de luz deve estar centrado simetricamente em ambos os olhos. 
Descentrado: Em um olho centrado e no outro olho desviado, tanto nasal quanto temporal, superior ou 
inferior. 
Igualmente descentrado em ambas (nasal ou temporal). O reflexo igualmente descentrado em ambos os 
olhos, seja temporal ou nasalmente, não há desvio manifesto, portanto, será Hirschberg centrado. 
 
Classificação: Centrado ou Descentrado 
 
 
 
 
 
 A & W 56 
 
 
 
 
 
 
 
22.1 DESVIOS OCULARES 
ENDODESVIO/ESODESVIO: Desvio para o lado nasal. 
EXODESVIO: Desvio para o lado temporal. 
HIPERDESVIO: Desvio para cima. 
HIPODESVIO: Desvio para baixo. 
 
 
 
23. PPC – PONTO PRÓXIMO DE 
CONVERGÊNCIA 
 
É o ponto mais próximo aos olhos no qual há convergência e esta pode ser mantida por alguns segundos, 
usando o máximo de convergência e mantendo a fusão. 
A uma distância menor que essa, ocorre a quebra da fusão e o paciente ou relata diplopia ou suprime uma 
das imagens. A insuficiência de convergência ocorre quando o paciente tem dificuldade de convergir o 
bastante e manter a convergência a uma distância adequada a atividades de perto, como a leitura. Os 
principais sintomas da insuficiência de convergência são astenopia ou cefaléia frontal em trabalhos de perto 
e dificuldade de leitura. 
Objetivo: Avaliar a capacidade de convergir, mantendo a fusão. 
O teste é realizado com a face do cartão que contém apenas uma letra e/ou um desenho voltados para a 
extremidade do objeto real. 
 
Pré-requisitos: 
• Paciente ter binocularidade; 
• Paciente não ter estrabismo manifesto; 
• Paciente não possuir Nistagmo (não importa o valor, pois todo nistagmo tem bloqueio); 
• Afácia 
Se o reflexo encontra-se no meio da pupila, o Hirschberg é 0. 
Se o reflexo encontra-se dentro da pupila, porém descentralizado, o 
desvio representa 7. 
Se o reflexo está sobre o bordo pupilar - 15. 
Se o reflexo está entre o bordo pupilar e o limbo, o desvio é de 30. 
Se o reflexo está no limbo, o desvio é de 45. 
 
 
 A & W 57 
 
FORMAS DE AVALIAR: 
Objetiva: quando o avaliador percebe o rompimentoda binocularidade. 
Subjetiva: quando o paciente reporta ver duplo. 
 
MEIOS DE AVALIAÇÃO: 
• Objeto real (palito acomodativo). 
• Lanterna (luz). 
• Lanterna (luz) + filtro. 
• Régua de PPC/PPA ou Escala milimétrica. 
 
TÉCNICA: 
PPC com O.R. (Objeto Real) 
• Teste binocular. 
• Colocar um objeto a frente dos olhos do paciente a 40 cm, solicitando que o mesmo fixe a parte 
superior com os 2 olhos abertos. 
• Posicionar uma régua na lateral do rosto ou uma escala. 
 
Subjetivo: Aproximar progressivamente o objeto até que o paciente reporte ver duplo. 
Objetivo: Aproximar progressivamente o objeto e verificar qual o olho que irá desviar. O olho que 
permanecer fixando será o olho dominante e o que não conseguir fixar será o dominado. 
Registra-se a distância a que um dos olhos cessa a fixação (ponto de ruptura) e qual olho. Medir a distância 
com uma régua. 
Após registrar a distância a que um dos olhos cessou a fixação (ponto de ruptura), afastar o objeto até que 
o paciente reporte recuperar a fixação (ponto de recuperação). 
 
PPC com Luz: O avaliador deverá proceder da mesma forma que o teste anterior, porém neste teste utilizará 
a lanterna (luz). 
Aproxima-se a lanterna. Valor normal +/- 2 cm mais afastado que o PPC com OR. 
 
PPC com Luz + Filtro vermelho: O avaliador deverá proceder da mesma forma que o teste anterior, porém 
neste teste utilizará a lanterna (luz) + armação de prova + filtro vermelho no olho direito. 
Pedir ao paciente que reporte o que está vendo (deverá ver duas cores misturadas). 
Aproximar a lanterna até que o paciente veja duas cores separadas ou quando verificarmos que houve a 
ruptura. Paciente irá reportar ver duas luzes, uma vermelha e outra branca, em posição horizontal ou vertical 
(raro). 
Medir a distância que deverá ser +/- 2 cm mais afastada que o PPC com luz. 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
Criança: PPC Objeto Real: dorso (nariz) ou entre 5 e 6 cm 
Adulto Objeto Real: entre 6 e 10 cm 
Présbita Objeto Real: acima de 10 cm 
Acima de 15 cm: Insuficiência de Convergência 
 
Ponto de Recuperação: entre 10 e 15 cm 
 
Obs.: os testes de acomodação e convergência (ppc/ppa), devem ser realizados com correção e sem 
correção. Nos casos de pacientes com presbiopia, os testes devem ser realizados com a devida correção 
para ponto próximo. 
 
 A & W 58 
 
 
 
Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência e, por isso, o paciente 
deve ter sua acomodação avaliada. 
 
 
 
24. PPA – PONTO PRÓXIMO DE 
ACOMODAÇÃO 
 
O Ponto Próximo de Acomodação (PPA) é a menor distância dos olhos a um objeto para a qual ocorre a 
acomodação, isto é, a imagem pode ser vista com nitidez. O PPA varia com a idade, enquanto o PPC 
geralmente mantém-se. Via de regra, o PPC é muito mais próximo dos olhos que o PPA. 
OBJETIVO: Determinar a habilidade de acomodação de acordo com a idade. 
 
FORMAS DE AVALIAR: 
Subjetiva: quando o Px reporta ver desfocado. 
 
 
MEIOS DE AVALIAÇÃO: 
• Régua de PPC/PPA. 
 
TÉCNICA: 
O teste deve ser feito com o paciente sem sua correção e depois usando sua correção para longe, qualquer 
que seja o tipo de ametropia que apresente. Inicialmente, testa-se cada olho em separado e depois os dois 
olhos simultaneamente. 
Usa-se a face do cartão semelhante ao do teste de Snellen em tamanho reduzido. 
Inicialmente, o cartão será posicionado na extremidade da régua que deverá estar apoiada no buço do 
paciente. Pede-se que este escolha a menor letra que consiga ver com nitidez. Lentamente aproxima-se o 
cartão do paciente até que ele reporte ter perdido a nitidez daquela letra. Quando então deve-se recuar um 
pouco o cartão até que volta a nitidez. Faz-se a leitura da distância na régua. 
Nesse ponto, o cursor indica na escala de centímetros a distância do PPA do paciente. A resposta deve ser 
interpretada em função da idade. Na mesma posição do cursor em que foi feita a leitura do PPA, encontra-
se na escala de Duane, idade para a qual aquele PPA é considerado normal. 
A terceira escala da régua indica o valor do PPA em dioptrias esféricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 59 
 
25. DUCÇÕES 
 
Ducções é o estudo dos movimentos que se realiza de forma monocular com a finalidade de estabelecer a 
presença de limitações (paresias) ou paralisias musculares e a amplitude máxima de ação de cada músculo. 
 
TÉCNICA: 
• Teste monocular 
• Paciente posicionado de forma reta e cabeça imóvel. 
• Oclua o olho esquerdo e avaliar o olho direito. 
• Coloque um objeto aproximadamente a 40 cm na frente do olho direito do paciente. 
• Explique que deverá seguir o objeto unicamente com o olho, sem mover a cabeça. 
• Mova a luz nas diferentes posições de mirada, voltando após cada movimento a PPO (posição 
primária do olhar), direto em frente. 
Movimento para fora = ABDUÇÃO 
Movimento para dentro = ADUÇÃO 
Movimento para cima = SUPRADUÇÃO 
Movimento para baixo = INFRADUÇÃO 
 
• Avalia cada músculo no seu campo de ação. Detecta a presença de limitações (PARALISIA ou 
PARESIA). 
• O paciente deve seguir a luz sem mexer a cabeça nas 8 posições de mirada em X e retornando a 
posição primária. 
• Observar se o reflexo corneal está centrado em todas as posições. 
• Repetir o procedimento para o OE. 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
SPEC – Quando normais ou SEM LIMITAÇÕES - (Suave Preciso Extenso Completo). 
 
Com Limitação (PARESIA OU PARALISIA): 
Anota-se PARESIA ou PARALISIA seguido do músculo correspondente. 
Exemplo: Paralisia do RMD (reto medial direito), Paresia do OSE (oblíquo superior esquerdo). 
 
 
 
 
 A & W 60 
 
 
 
 
 
26. VERSÕES 
 
Versões é o estudo dos movimentos conjugados dos olhos, portanto realiza-se de forma binocular. 
Objetivo: Avaliar o movimento conjugado dos músculos e determinar se há a presença de HIPER ou HIPO 
funções nos músculos extra-oculares em casos onde existe visão binocular. 
 
TÉCNICA: 
• Teste binocular 
• Paciente posicionado de forma reta e cabeça imóvel. 
• Coloque um objeto a aproximadamente 40 cm, na altura dos olhos. 
• Mova o objeto nas 8 posições de mirada em H, voltando sempre entre cada uma delas à posição 
primária do olhar. 
• Observe se o reflexo corneal permanece centrado em ambos os olhos. Se em alguma posição 
diagnóstica deste reflexo se descentrar, analise qual dos músculos está falhando. 
 
 
 A & W 61 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO EM H DIAGNÓSTICO EM X 
 
 
 
ANOTAÇÃO CLÍNICA 
• SEM LIMITAÇÕES 
 
• COM LIMITAÇÕES: 
Hiper Leve + Hipo Leve - 
Hiper Moderada ++ Hipo Moderada - - 
Hiper Severa +++ Hipo Severa - - - 
 
 
 
27. COVER TEST 
 
Teste para avaliar a presença, tipo e magnitude de um desvio (Tropia ou Foria). 
Deve ser realizado com correção e sem correção, em VL e VP. 
Pré-requisitos: Paciente colaborador e com fixação central. 
Distância medida: 6 m / 40 cm / 20 cm 
 
 
 A & W 62 
 
27.1 COVER TEST SIMPLES OU COVER-UNCOVER: 
Determina o tipo de desvio (foria ou tropia). 
Tem por finalidade diagnosticar a presença de heterotropias ou heteroforias em posição primária do olhar. 
Sendo um teste unilateral no qual o observador irá ocluir um olho e observar o olho contralateral. 
 
TÉCNICA: 
• Paciente olhando para o ponto de fixação. 
• Observador em frente ao paciente exceto em cover test ponto remoto. 
• Oclua o OE, e observe OD, deixe o oclusor na frente do OE por uns 3 segundos e retire. 
• Verifique se há movimentos do OD no momento que oclui o OE. 
• Repita o mesmo processo agora ocluindo OD e observando OE. 
• Repita o processo para cada olho pelo menos 3 vezes. 
• Caso perceba algum movimento teremos diagnosticado uma tropia, seja constante ou intermitente. 
• Caso não observe nenhum movimento de fixação ou refixação, o pacientenão possuirá desvio manifesto 
ou latente. 
• Execute agora o cover test alternante para detectar heteroforias. 
 
 
27.2 COVER ALTERNANTE: 
Determina o sentido do desvio (endo (eso), exo, hiper, hipo). 
Ocluí-se alternadamente os olhos e observa-se se há movimento do olho que é desocluído. 
 
TÉCNICA: 
• Peça ao paciente que olhe para o optotipo a 6 metros. 
• Oclua o OD por 2 segundos. 
• Passe o oclusor para o OE por 2 segundos e observe se o OD direito realiza algum movimento ao ser 
desocluído. 
• Passe o oclusor novamente para OD e observe se o OE realiza algum movimento ao ser desocluído. 
• Repita esse movimento mais duas vezes. 
 
Observa-se ao desocluir: 
✓ Não há movimento, temos uma ORTOFORIA. 
✓ Há um movimento de dentro para PPO, temos uma endoforia ou esoforia. 
✓ Há um movimento de fora para PPO, temos uma exoforia. 
✓ Há um movimento de baixo para PPO, temos uma hipoforia. 
✓ Há um movimento de cima para PPO, temos uma hiperforia. 
 
Desvio Latente: Forias = não é perceptível, são bilaterais. 
Desvio Manifesto: Tropias = é perceptível, são uni ou bilaterais 
Tropia Intermitente: às vezes o olho desvia, às vezes não. 
Tropia Alternante: o olho sempre desvia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 63 
 
 
Ø – ortoforia (normal) 
X – exoforia 
E – endorforia 
XT – exotropia 
XTD – exotropia direita 
XTE – exotropia esquerda 
ET – endotropia 
ETD – endotropia direita 
ETE – endotropia esquerda 
X(T) – exotropia intermitente 
E(T) – endotropia intermitente 
XTA – exotropia alternante 
ETA – endotropia alternante 
D/E – hiperforia do OD sobre OE 
ET/D – hipertropia do OE sobre OD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. REFRAÇÃO 
 
Quando a luz proveniente de um meio, incide numa superfície, a ultrapassa e passa a propagar-se em outro 
meio, chamamos de refração. Ação ou efeito de refratar, de desviar a luz de sua direção normal. 
 
 
29. PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE 
TRABALHO 
 
29.1 CAIXA DE PROVAS OU FORÓPTERO/REFRATOR GREENS 
• Lentes Esféricas Negativas 
• Lentes Esféricas Positivas 
• Lentes Cilíndricas Negativas 
• Lentes Cilíndricas Positivas 
• Prisma 
• Cilindro Cruzado de Jackson 
• Armação de Provas 
• Furo Estenopeico 
• Fenda Estenopeica 
• Acessórios 
 
 A & W 65 
 
29.2 CILINDRO CRUZADO 
Utilizado para afinamento do eixo e das dioptrias cilíndricas. 
 
 
 
 
29.3 RÉGUA ESQUIASCÓPICA 
Composta por lentes esféricas positivas e negativas, colocadas sequencialmente. 
 
 
 
 
29.4 QUADRO DE OPTOTIPOS 
- Tabelas para Longe 
- Tabelas para Perto 
 
TIPOS DE OPTOTIPOS 
✓ Snellen; 
✓ E direcional 
✓ Anéis de Landolt 
✓ Optotipos bicromáticos 
✓ Optotipos para visão subnormal 
✓ Optotipos de visão de perto 
 
 
29.5 DIAL PARA POSIÇÃO DO EIXO 
Utilizado para verificar a posição do eixo. 
 
 
 
 
 
29.6 BICROMÁTICO 
Teste utilizado para afinamento da dioptria esférica. 
 
 
 
29.7 LUZES DE WORTH 
Teste utilizado para determinar a presença da visão binocular (fusão) e detectar anomalias da visão binocular 
como: supressão (mecanismo inibitório sensorial autônomo) e diplopia (visão dupla). 
 
 
 
 
 
 
 A & W 66 
 
29.8 RETINOSCÓPIO 
Equipamento utilizado para investigar, diagnosticar e avaliar os erros refrativos do olho do paciente. 
O sistema óptico do retinoscópio possui tanto o espelho plano como o côncavo. O espelho plano reflete os 
raios paralelos como se viessem do infinito e o espelho côncavo possui um ponto focal que inverte o efeito 
dos raios refletidos, por isso o movimento das sombras se observa contrário ao espelho plano. 
 
 
29.9 OFTALMOSCÓPIO - PANOPTIC 
Equipamento utilizado para observar a transparência dos meios refringentes, determinar a existência de 
patologias, analisar alterações oculares, fixação do paciente. 
 
 
30. RETINOSCOPIA 
 
Retinoscopia (análise da retina) é o nome originalmente dado a análise do reflexo da luz na retina. Também 
é denominada de esquiascopia, que significa a análise das sombras. 
Introduzida no final do século XIX por Ferdinand Cuignet, oftalmologista militar francês (1823 – 1889), a 
esquiascopia (do grego, skia = sombra e skopein = examinar) é um método objetivo de refração baseado na 
observação dinâmica de jogos de luz e sombra na pupila do paciente. Permite avaliar a refração ocular sem 
qualquer intervenção deste, por meio de simples projeção de um foco luminoso no olho e através da 
observação do movimento da sombra projetada pela pupila na retina. 
A Retinoscopia à luz em faixa representa o mais prático e exato dos métodos objetivos de refração (Alves, 
Aderbal – 2014). 
Retinoscopia é um método que objetiva investigar, diagnosticar e determinar o estado refrativo em visão de 
longe no olho do paciente. Com o auxílio do retinoscópio, que projeta através da pupila, uma faixa luminosa, 
podemos analisar o reflexo da luz na retina que nos permite avaliar e deduzir, através dos movimentos das 
sombras, a refração objetiva na superfície da retina. 
O princípio da esquiascopia consiste em projetar um feixe luminoso no olho do paciente e transformar a 
retina numa fonte de luz secundária. O feixe oriundo da retina refrata-se através do olho não acomodado e, 
por definição, forma o seu conjugado óptico no ponto remoto do paciente. A determinação da refração 
equivale a localizar a posição deste ponto remoto. 
Na retinoscopia, a retina se converte numa fonte luminosa ao refletir raios de luz que proveem do 
retinoscópio. Quando iluminamos o olho com o retinoscópio, observamos o movimento do reflexo de luz na 
retina e, ao compararmos com o movimento da luz proveniente do retinoscópio, estes dois movimentos 
devem se neutralizar por meio de uma lente apropriada. 
A Retinoscopia é uma das técnicas mais importante a ser dominada pelo optometrista, pois além de 
determinar o defeito refrativo, obtemos informações qualitativas do sistema visual através da observação 
das características do reflexo retiniano (intensidade do reflexo, oscilações de intensidade, oscilações do 
diâmetro pupilar etc.). 
Quando se ilumina o olho do paciente com a luz do retinoscópio, a retina se comporta como um espelho que 
absorve e reflete a luz até a pupila do paciente. Este reflexo é o que será observado pelo examinador e 
servirá para determinar o estado refrativo do paciente. 
O sistema óptico do retinoscópio contém um espelho que varia os focos. O espelho plano (faixa mais larga) 
reflete os raios paralelos como se viessem do infinito, já o espelho côncavo (faixa mais estreita) possui um 
ponto focal que inverte o efeito dos raios refletidos, por isso o movimento das sombras se observa contrário 
ao espelho plano, e se utiliza para confirmar o ponto de neutralização. 
 
 
 A & W 67 
 
30.1 O REFLEXO LUMINOSO PUPILAR E AS SOMBRAS 
Ao iluminarmos o olho do paciente, a luz refletida que emerge da retina, passa através da pupila do paciente 
e do orifício de observação do retinoscópio, para cair na retina do examinador (optometrista). Se esta luz 
chega, totalmente e sem desvios, à retina do examinador, este verá a pupila do paciente completamente 
iluminada, mas se a luz chega parcialmente à retina do examinador, este observará que uma parte da pupila 
do paciente estará iluminada, enquanto que a outra parte estará escura. Esta parte escura é o que se 
denomina "sombra ou reflexo" em retinoscopia. 
Ao movimentar o aparelho lateralmente, poderemos analisar a reação da sombra e interpretar o resultado. 
Ao realizar a retinoscopia, o primeiro passo é determinar o tipo de sombra que estamos observando: Direta 
(favor) ou Inversa (contra). 
Analisamos os meridianos principais de forma independente seguindo os seguintes parâmetros: Direção, 
espessura, brilho, velocidade. 
 
 
 
 
 
30.2 FAIXA DE LUZ DO RETINO NA VERTICAL 
Posição da banda na vertical, movimenta-se a faixa na horizontal, avalia-se o meridiano de 180°. 
 
 
 
 
 
30.3 FAIXADE LUZ DO RETINO NA HORIZONTAL 
Posição da banda na horizontal, movimenta-se a faixa na vertical, avalia-se o meridiano de 90°. 
 
 
 
 
30.4 FAIXA DE LUZ DO RETINO OBLÍQUA 
Posição da banda na direção oblíqua, movimenta-se a faixa na direção perpendicular. 
Exemplo: Banda a 120°, observa-se meridiano a 30° 
 
 
 A & W 68 
 
30.5 POSIÇÃO DAS FAIXAS 
Avaliar sempre um meridiano e depois o outro perpendicularmente (Ângulo Reto – diferença de 90°) 
 
 
 
 
30.6 AMETROPIAS ESFÉRICAS 
Ametropia esféricas terão as sombras com direção, brilho, espessura e velocidade IGUAIS em todos os 
meridianos. 
 
 
 
 
 
30.7 AMETROPIAS CILÍNDRICAS 
Ametropias cilíndricas terão sombras com direção, brilho, espessura e velocidade DIFERENTES em cada 
meridiano. 
 
 
 
30.8 NEUTRALIZANDO AS SOMBRAS 
O exame consiste em observar o movimento da faixa por meio da pupila, quando se desloca no mesmo 
sentido ou em sentido contrário ao movimento do aparelho, e neutralizar este movimento com o auxílio de 
lentes colocadas em frente ao olho do paciente. (Alves, Aderbal – 2014) 
Trabalhando com o espelho plano utilizaremos as lentes da seguinte forma: 
 
 
 A & W 69 
 
 
MOVIMENTO OBSERVADO LENTES UTILIZADAS 
Faixa Direta “A favor” (mesmo sentido do retinoscópio) Lentes Positivas 
Faixa Inversa “Contra” (sentido oposto ao do retinoscópio) Lentes Negativas 
 
Caso identifique no espelho plano, um movimento de faixa contra, será neutralizado com lentes negativas. 
 
Caso identifique no espelho plano, um movimento de faixa a favor, será neutralizado com lentes positivas. 
 
Movimento Neutro: Na incidência de luz, a pupila aparecerá toda iluminada e a faixa desaparecerá. 
 
 
 
 
 
 
 
30.9 CARACTERÍSTICAS DAS SOMBRAS 
A sombra do reflexo retiniano apresenta características diferentes em cada dioptria, devendo ser observado 
os seguintes pontos: 
DIREÇÃO: 
Se a faixa está a direta (favor) – neutralizar com lentes positivas. 
Se a faixa está inversa (contra) – neutralizar com lentes negativas. 
 
VELOCIDADE: Se o movimento é rápido ou lento. E ametropias mais elevadas, a velocidade é mais lenta. A 
medida que se aproxima o ponto de neutralização, essa velocidade aumenta. 
 
ESPESSURA: se a faixa é fina ou mais grossa. 
 
INTENSIDADE: Se o reflexo está mais brilhante ou mais opaco. Nas ametropias mais altas o reflexo é opaco 
e tênue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 70 
 
31. RETINOSCOPIA ESTÁTICA 
 
Define-se retinoscopia estática, o exame feito com o olho do paciente completamente relaxado com foco de 
observação no infinito, tendo assim a retina conjugada com seu ponto remoto. 
Com esta postura, todo corpo ciliar e cristalino estarão relaxados, não interferindo no resultado final da 
retinoscopia e garantindo uma medição precisa da ametropia do paciente, ou seja, mantendo a acomodação 
em repouso, encontrando assim o Ponto Remoto mediante a neutralização das sombras que se produzem 
pela reflexão da luz na retina do paciente. 
Paciente não pode apresentar TROPIA, pois isso impossibilitará a realização do exame. 
 
 
 
31.1 DISTÂNCIA DE TRABALHO E LENTE DE TRABALHO 
Para a realização da retinoscopia estática, o optometrista deverá estar a uma determinada distância do 
paiente, denominada de “DISTÂNCIA DE TRABALHO” e está deverá ser de acordo com a dioptria da “LENTE 
DE TRABALHO” (RL). 
A lente de trabalho tem como objetivo neutralizar a distância e o efeito negativo que o feixe do retino 
produz. 
A Lente de trabalho será de acordo com a distância focal (D = 1/f). 
Distância de trabalho = 50 cm 
D = 1/0,50mt = +2,00 D 
 
Distância de trabalho = 40 cm 
D = 1/0,40mt = +2,50 D 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
Essa distância deve ser respeitada até o final da avaliação, sendo que qualquer variação compromete o 
resultado de sua retinoscopia. 
 
 
31.2 MÉTODO DE NEUTRALIZAÇÃO POR ESFERA 
No método de neutralização por esfera o optometrista deverá neutralizar os dois principais meridianos do 
olho do paciente com lentes esféricas (positivas ou negativas), verificando se todos os meridianos são iguais 
(olho com poder esférico) ou se há diferença de faixas entre os meridianos (olho com astigmatismo regular). 
 
 
 
31.3 TÉCNICA – RETINOSCOPIA ESTÁTICA 
• Realizada binocularmente; 
• Paciente com os dois olhos abertos olhando para o infinito (acomodação em repouso); 
• RL – lentes de trabalho de acordo com a distância → 50 cm = +2,00D em ambos os olhos; 
• Luz normal e banda para baixo com faixa mais larga; 
• Neutralizar as sombras 
• Sombras a favor, neutralizar com lentes positivas. 
• Sombras contras, neutralizar com lentes negativas. 
 
 
 A & W 71 
 
1. Primeiramente para a realização do exame é necessário que a sala de trabalho tenha as medidas 
adequadas, onde o paciente deverá estar posicionado a uma distância de 6 mt da tabela de optotipo para 
as mensurações optométricas do ponto remoto. 
 
2. Verificar a postura do paciente, iluminação da sala (luz reduzida), altura da tabela em relação ao paciente, 
posicionamento e ajustes da armação de provas ou greens. 
 
3. Defina a distância e a lente de trabalho. 
 
4. Colocar de forma binocular as lentes de trabalho na armação de provas, ou seja, nos dois olhos e ajustar 
a armação no rosto do paciente. 
 
5. Posicionar o paciente olhando para o optotipo (letra “E” da tabela - 20/200) a uma distância de 6 mts. 
 
6. Paciente irá permanecer com os dois olhos abertos. 
 
7. Posicionar-se para a realização do procedimento, alinhando-se ao eixo visual do OD do paciente e observar 
com seu OD através do retinoscópio, o reflexo retiniano. Mantendo os dois olhos abertos (examinador). 
Respeite o lado do exame, para que você não obstrua a visão do paciente e consequentemente provoque 
acomodação do cristalino. Peça para que o paciente lhe informe caso isso ocorra. 
 
 
 
 
8. Observe o meridiano horizontal (180°) com a faixa de luz do retinoscópio na posição vertical. Faça um 
movimento lateralmente e observe a direção, velocidade e intensidade da sombra. 
 
 
 
 
 
9. Gire a faixa de luz do retinoscópio perpendicularmente, ou seja, na posição horizontal para observar o 
meridiano vertical (90°) e movimentando pela vertical, observe as características do reflexo. 
 
 
 
 
 
 A & W 72 
 
10. Caso a sombra não esteja retilínea, gire a posição da faixa do retino e vá movimentando a faixa até que 
localize o eixo o qual a faixa de luz retiniana se torne mais precisa. Analise em seguida o eixo perpendicular 
a este. 
 
 
 
 
11. Se o movimento do reflexo retiniano estiver “a favor” ao movimento da faixa luminosa do retinoscópio, 
adicione lentes positivas. 
Se o movimento do reflexo retiniano estiver “contra” o movimento da faixa luminosa do retinoscópio, 
adicione lentes negativas. 
 
A favor Contra 
 
A sombra “a favor” do movimento do retinoscópio ocorre no caso de hipermetropia. 
A sombra “contra” do movimento do retinoscópio ocorre no caso de miopia. 
 
 
12. Neutralize o primeiro meridiano, de acordo com a posição de eixo encontrada e o movimento do reflexo 
retiniano. Adicione lentes positivas ou negativas, de acordo com a direção das sombras, que deverão ser 
colocadas sobre a lente de trabalho. 
Inicie de 0,25D em 0,25D (negativas ou positivas, de acordo com a faixa) até preencher todo o meridiano. 
Anote o valor da lente a qual houve o preenchimento e o eixo. 
Exemplo: OD +1,00 x 180° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Após neutralizar um meridiano, gire a faixa do retinoscópio para o eixo perpendicular em 90° e neutralize 
este segundo meridiano. 
Anote o valor da lente a qual houve o preenchimento e o eixo. 
 
 
 A & W 73 
 
Em pacientes com ametropias esféricas, os meridianos terão o mesmo valor e irão se neutralizar com a 
mesma lente. 
AMETROPIA ESFÉRICA 
Exemplo: OD +1,00 x 180° 
 OD +1,00 x 90°Em pacientes com ametropias cilíndricas, os meridianos terão valores diferentes, uma sombra será mais 
rápida que a outra e serão neutralizados com lentes de valores diferentes. 
Sendo assim, remova a lente que neutralizou o meridiano anterior e comece a neutralização novamente com 
lentes de 0,25D em 0,25D. 
AMETROPIA CILÍNDRICA 
Exemplo: +1,00 x 180° 
 +2,50 x 90° 
 
 
 
 
31.4 RESULTADOS DA RETINOSCOPIA 
O resultado do valor encontrado deve ser anotado da seguinte forma: 
 
Em ametropias esféricas será anotado o valor da lente utilizada para neutralizar ambos os meridianos, sem 
a necessidade de se anotar o eixo, pois sendo uma ametropia esférica, o valor será o mesmo em todos os 
meridianos. 
AMETROPIA ESFÉRICA 
Exemplo: + 1,00 x 180° 
 + 1,00 x 90° 
 
RESULTADO: OD +1,00 DE 
 
 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
Em ametropias cilíndricas, o valor a ser utilizado como esférico será sempre o do MERIDIANO MAIS 
POSITIVO, neste caso, +2,50 D. 
O eixo a ser utilizado será sempre do MERIDIANO MAIS POSITIVO, que está relacionado ao cilíndrico 
negativo, portanto neste caso usaremos 90°. 
O valor do cilíndrico será A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS LENTES (dois meridianos) 
AMETROPIA CILÍNDRICA 
Exemplo: + 1,00 x 180° 
 + 2,50 x 90° 
 
O valor do cilindro será sempre a distância entre os dois meridianos. 
Cilíndrico: 2,50 – 1,00 = 1,50 
 
O resultado será, portanto: 
RESULTADO: OD +2,50DE ˂˃ -1,50DC X 90° 
 
 
 
 A & W 74 
 
NÃO SE ESQUEÇA!!!! 
O valor do cilindro será sempre a distância entre os dois meridianos. 
 
EXEMPLO 1: +4,50 x 180° 
 +2,00 x 90° 
 
+4,50DE -2,50DC X180° 
 
+4,50 = Esférico mais positivo 
-2,50 = Diferença entre os meridianos 
180° = Eixo do mais positivo 
 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
 
EXEMPLO 2: -1,25 x 180° 
 +0,25 x 90° 
 
+0,25DE -1,50DC X90° 
 
+0,25 = Esférico mais positivo 
-1,50 = Diferença entre os meridianos 
90° = Eixo do mais positivo 
 
ATENÇÃO 
Vale salientar que este não será o valor prescrito para o uso de óculos ou Lentes de Contato, mas o valor 
total que deverá ser afinado através dos passos seguintes. 
 
 Tenha cuidado para não acabar confundindo e somando o valor da lente de trabalho ao valor final da 
retinoscopia, ou seja, em sua distância de 50 cm estará utilizando uma lente de +2,00D em AO, esse valor 
não será levado em consideração na retinoscopia final. 
 
 Por exemplo, em uma neutralização OD -1,50DE em todos os meridianos, com lente de trabalho de 
+2,00DE, uma ametropia esférica, sua Retinoscopia Estática final será: 
OD -1,50DE → que será afinada posteriormente. 
 
 
 
31.5 RETINOSCOPIA SEM A LENTE DE TRABALHO 
Caso não utilize a lente de trabalho (RL), o valor da lente deverá ser compensado (de acordo com a distância 
de trabalho) “NEGATIVA E ALGEBRICAMENTE” do resultado da dioptria esférica encontrada na refração. 
 
Exemplo 1: Distância de Trabalho = 50 cm → Lente de Trabalho +2,00DE 
 
OD: +2,50DE -1,00DC x 180° 
Conta a ser feita: Diop Esf. +2,50 - (+2,00 Dist Trab) = +0,50DE 
 
Resultado Final = +0,50DE -1,00DC x 180° 
 
 
 
 A & W 75 
 
Exemplo 2: Distância de Trabalho = 50 cm → Lente de Trabalho +2,00DE 
OD: -3,00DE – 1,50DC x 180° 
Conta a ser feita: Diop Esf. -3,00 - (+2,00 Dist Trab) = -5,00DE 
 
 
 
Resultado Final = -5,00DE -1,50DC x 180° 
 
 
 
31.6 AV PÓS RETINOSCOPIA 
Após a neutralização dos meridianos, com os devidos valores anotados e com o valor da Retinoscopia, 
devemos proceder da seguinte maneira: 
➢ Retirar as lentes de trabalho da armação de provas ou do Foróptero. 
➢ Montar na armação de provas o valor Esférico e Cilíndrico no eixo da retinoscopia. 
➢ Realizar e anotar a AV visual monocular e binocularmente. 
 
 
 
32. RETINOSCOPIA DINÂMICA 
 
Na retinoscopia dinâmica estaremos trabalhando com a acomodação e a convergência. 
Existem 6 tipos de retinoscopia dinâmica, e em todas elas serão necessárias compensar ao resultado 
encontrado um valor referente ao esforço acomodativo. 
Dentre elas a mais utilizada e difundida é a técnica dinâmica de Merchan ou MEM (Método Estimado 
Monocular). 
 
OBJETIVO: Determinar a refração objetiva para visão de longe mantendo a acomodação ativa, fixando à uma 
distância próxima. 
 
REQUISITO: O paciente não pode ser afácico. 
 
 
 
32.1 TÉCNICA – RETINOSCOPIA DINÂMICA 
• Monocular - Paciente com um dos olhos ocluídos 
• Fixando (olhando) para o retinoscópio ou para o cartão do retino; 
• Acomodação totalmente ativada; 
• Sem utilização de RL – (lente de trabalho); 
• DT – (distância de trabalho) 40 cm; 
• Luz normal e banda para baixo com faixa mais larga; 
• Neutralizar sombras. 
• Ao valor encontrado devemos descontar do esférico algebricamente um valor de acordo com a idade 
do paciente. 
 
1. Técnica monocular – Começaremos avaliando o OD. 
 
2. Ocluir o OE do Paciente. 
 
 A & W 76 
 
3. Colocar-se a 40 cm a frente do paciente (Distância de Trabalho). 
 
4. Na retinoscopia dinâmica o paciente deve fixar a uma distância de 40 cm, olhando em direção a luz do 
retinoscópio ou um cartão de fixação posicionado na cabeça do retino. 
 
5. ACOMODAÇÃO ATIVADA – sem utilização da lente de trabalho. 
 
6. Luz normal e banda do retino para baixo com a faixa mais larga. 
 
7. Avalie o meridiano horizontal (180°) e o vertical (90°) do mesmo modo realizado na Retinoscopia Estática. 
 
 
8. Observe o movimento e as características da sombra. 
 
9. Neutralize o primeiro meridiano, de acordo com a posição de eixo encontrada e o movimento do reflexo 
retiniano. Adicione lentes positivas ou negativas, de acordo com a direção das sombras. 
Inicie de 0,25D em 0,25D (negativas ou positivas, de acordo com a faixa) até preencher todo o meridiano. 
Anote o valor da lente a qual houve o preenchimento e o eixo. 
Exemplo: OD + 4,00 x 180° 
 
 
 
 
 
10. Após neutralizar um meridiano, gire a faixa do retinoscópio para o eixo perpendicular em 90° e neutralize 
este segundo meridiano. 
Exemplo: OD + 2,00 x 90° 
 
 
32.2 RESULTADOS DA RETINOSCOPIA 
Ao VALOR ESFÉRICO encontrado será compensado algebricamente um determinado valor, sendo este o LAG 
da acomodação, e esse valor será descontado de acordo com a idade do PX. 
 
 
 A & W 77 
 
Exemplo: 
AMETROPIA ESFÉRICA – Paciente com 35 anos 
EXEMPLO: +4,00 x 180° 
 +4,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: +4,00 – 1,25 = +2,75DE 
RESULTADO: OD: +2,75DE 
 
 
 
 
EXEMPLO: -4,00 x 180° 
 -4,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: -4,00 – 1,25 = -5,25DE 
RESULTADO: OD: -5,25DE 
 
 
 
EXEMPLO: 0,00 x 180° 
 0,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: PL – 1,25 = -1,25DE 
RESULTADO: OD: -1,25DE 
 
 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
AMETROPIA CILÍNDRICA – Paciente com 35 anos 
EXEMPLO: +4,00 x 180° 
 +2,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: +4,00DE ˂˃ -2,00DC X 180° 
OD: +4,00 – 1,25 = +2,75DE 
 
RESULTADO: OD: +2,75DE ˂˃ -2,00DC X 180° 
 
 
 
 
EXEMPLO: -4,00 x 180° 
 -2,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: -2,00DE ˂˃ -2,00DC X 90° 
OD -2,00 – 1,25 = -3,25DE 
 
RESULTADO: OD: -3,25DE ˂˃ -2,00DC X 90° 
 
 
 
 
 
 A & W 78 
 
EXEMPLO: +2,00 x 180° 
 -1,00 x 90° 
 
Retinoscopia: OD: +2,00DE ˂˃ -3,00DC X 180° 
OD +2,00 – 1,25 = +0,75DE 
 
RESULTADO: OD: +0,75DE ˂˃ -3,00DC X 180° 
 
 
ATENÇÃO 
O astigmatismo não muda, nem o eixo, somente a Dioptria Esférica. 
 
 
 
32.3 AV PÓS RETINOSCOPIA 
Após a neutralização dos meridianos, descontar o valor da tabela de acordo com a idade, e com os devidos 
valores da Retinoscopia, devemos proceder da seguinte maneira: 
➢ Montar na armação de provas o valor Esférico e Cilíndricono eixo da retinoscopia. 
➢ Realizar e anotar a AV visual monocular e binocularmente. 
 
 
32.4 OBSERVAÇÕES FINAIS 
A Retinoscopia Dinâmica é normalmente realizada em casos especiais, como crianças não colaboradoras e 
pelo fator de acomodação, estrabismo, problemas acomodativos, PX com prótese ocular. 
Geralmente esta técnica é realizada logo após a obtenção da refração do Px pelo método da retinoscopia 
estática, no que permite uma análise objetiva sobre o estado da acomodação do paciente. 
A retinoscopia dinâmica será de 0,50 a 0,75D mais positiva que a retinoscopia estática. Se a diferença for 
maior ou menor, indicará problemas na acomodação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 79 
 
 
 
 
 
 
33. TESTES SUBJETIVOS 
 
DEFINIÇÃO 
Determinar SUBJETIVAMENTE o estado refrativo do paciente. É utilizado após a retinoscopia, sendo que 
poderá modificar significamente o seu valor. Tem como objetivo evitar a acomodação, que é capaz de 
modificar os valores obtidos na retinoscopia, bem como dar ao paciente a lente mais positiva que obtenha 
a melhor AV para visão de longe monocularmente, para depois ser balanceada binocularmente. 
 
 
EQUIPAMENTOS: 
• Optotipos (Snellen, dial, cruz, relógio) 
• Caixa de provas 
• Armação de provas ou Foróptero 
 
 
33.1 TÉCNICA 1: MONOCULAR DE EMBORRONAMENTO 
(MIOPIZAÇÃO) 
A técnica serve para afastar um possível erro causado pela acomodação. 
− Paciente deve estar bem posicionado; 
− Na armação de provas ou greens, ajustar a distância pupilar do paciente; 
 
 A & W 80 
 
− Realizar monocularmente (começar pelo OD e ocluir o OE); 
Utiliza-se o método de emborramento, que consiste em colocar diante do olho do paciente lentes de 
potência positiva para deslocar a imagem retiniana para antes da retina e depois reduzir progressivamente 
o valor da potência da lente até posicionar a imagem sobre a retina. 
 
 
AO VALOR DO ESFÉRICO ENCONTRADO NA RETINOSCOPIA 
1 Passo - Monocular. 
 
2 Passo - Ao valor do esférico encontrado na retinoscopia iremos acrescentar dioptrias positivas para 
relaxar a acomodação e borrar a visão do paciente de forma que faça com que o mesmo enxergue borrada 
a letra 20/200 do optotipo localizado a 6 metros de distância (em média positivando em +2,00D). 
 
EXEMPLO: 
Retinoscopia: +1,50 DE -1,00DC x 180 
Adicionar mais +2,00 ao esférico = +3,50DE 
 
 
Retinoscopia: -3,50 DE -1,00DC x 180 
Adicionar mais +2,00 ao esférico = -1,50DE 
Adicionar mais ou menos +2,00 ao esférico, o que irá deixar a letra do 20/200 borrada. 
 
 
3 Passo - Explique ao paciente que ele verá a letra borrada e que necessitará de sua máxima colaboração, 
tratando de ler as linhas do optotipo à medida que as identifique, mesmo que não estejam totalmente 
nítidas. 
 
 
AO VALOR DO CILÍNDRICO DA RETINOSCOPIA, IREMOS PROCEDER DA SEGUINTE MANEIRA: 
• Se o valor do cilíndrico for menor que 1,00D, iremos retirá-lo e iniciaremos o subjetivo somente com o 
valor esférico. 
 
• Se o valor do cilíndrico for maior que 1,00D e menor que 3,00D iremos colocar na armação 50% do valor 
encontrado na retinoscopia. 
 
• Se o valor do cilíndrico for maior que 3,00D iremos colocar 75% do valor encontrado na retinoscopia. 
 
Exemplo 1: 
Retinoscopia: +1,50 DE -1,00DC x 180 
Subjetivo: +3,50 DE (retirar todo o cilindro) 
 
 
Exemplo 2: 
Retinoscopia: +1,50 DE -2,50 DC x 180 
Subjetivo: +3,50 DE -1,25DC (50% de 2,50) x 180 
 
 A & W 81 
 
Exemplo 3: 
Retinoscopia: +1,50 DE -4,00 DC x 180 
Subjetivo: +3,50 DE -3,00 DC (75% de 4,00) x 180 
 
 
Exemplo 4: 
Retinoscopia: -1,50 DE -1,00DC x 180 
Subjetivo: +0,50 DE (retirar todo o cilindro) 
 
 
Exemplo 5: 
Retinoscopia: -2,50 DE -2,50 DC x 180 
Subjetivo: -0,50 DE -1,25 DC (50% de 2,50) x 180 
 
 
Exemplo 6: 
Retinoscopia: -3,00 DE -4,00 DC x 180 
Subjetivo: -1,00 DE -3,00 DC (75% de 4,00) x 180 
 
Paciente deverá observar atentamente o optotipo 
4 Passo - Trabalhando com o esférico (maior facilidade utilizando o Foroptero). 
Inicie o processo positivando o esférico em 0,25 e diminua 0,50 de maneira que o paciente consiga ler cada 
vez melhor as linhas do optotipo sem ser necessário ver completamente nítida. 
Iniciaremos a massagem acomodativa aumentando o valor do esférico positivado na técnica anterior em 
0,25 e diminuindo 0,50. Essa técnica normalmente é feita através do foróptero. 
 
Exemplo 1: 
Retinoscopia: +1,50 DE -4,00 DC x 180 
Miopização: +3,50 DE -3,00 DC x 180 
Subjetivo: +3,75 DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: +3,25 DE (diminuiu -0,50) 
Subjetivo: +3,50 DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: +3,00 DE (diminuiu -0,50) 
Subjetivo: +3,25 DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: +2,75 DE (diminuiu -0,50) 
 
 
Retinoscopia: -2,50 DE -2,50 DC x 180 
Miopização: -0,50 DE -1,25 DC x 180 
Subjetivo: -0,25DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: -0,75 DE (diminuiu -0,50) 
Subjetivo: -0,50 DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: -1,00 DE (diminuiu -0,50) 
Subjetivo: -0,75 DE (aumentou +0,25) 
Subjetivo: -1,25 DE (diminuiu -0,50) 
 
4 Passo - Trabalhando com o esférico na caixa de provas. 
Na armação de provas iremos diminuir o valor positivado de 0,25D em 0,25D da seguinte forma: 
- Inserir o valor positivado. 
- Colocar a próxima e retirar a anterior, isso irá controlar melhor a acomodação. 
- Paciente deverá fechar e abrir os olhos entre a mudança das lentes. 
De maneira que o paciente consiga ler cada vez melhor as linhas do optotipo. 
 
 A & W 82 
 
5 Passo – Esse processo deverá ser feito até que o paciente enxergue a acuidade visual de 20/40. 
 
 
6 Passo – Ao chegar a uma acuidade visual de 20/40 mude o optotipo para o dial ou leque astigmático 
para obter a correção cilíndrica, caso paciente seja astigmata. 
 
 
33.2 TÉCNICA 2: DIAL ASTIGMÁTICO 
 
 
 
O Dial é utilizado para confirmar o astigmatismo do paciente. 
Caso o paciente reporte ver umas das linhas do dial mais nítidas, o eixo do astigmatismo estará a 90° do eixo 
relatado. 
 
Para determinar o eixo do astigmatismo, perguntamos ao paciente: 
- Existe alguma linha mais escura que as outras? 
- Qual das linhas você vê mais preta? 
- Quais ressaltam mais? 
 
EXEMPLO: Paciente reporta ver as linhas 5,6,7 mais nítidas. Entre as três, escolhemos a do meio e o eixo 
será o contrário em 90°, ou seja 180°. 
 
 
 Dial original Dial já com o eixo perpendicular 
 
 A & W 83 
 
A linha respondida com maior nitidez, a diferença em 90° será tomada como posição do eixo do 
astigmatismo. 
 
 
No Leque Astigmático a direção destas linhas e feita em comparação com as horas do relógio. 
Multiplicamos o número que o paciente reporta por 30°, com isso iremos obter o eixo do cilindro. 
 
 
EXEMPLO: Paciente reporta ver a linha 6 mais nítida. 
Realizamos o seguinte cálculo: 6 x 30 °= 180° 
A linha respondida com maior nitidez, iremos multiplicar por 30°, que dará como resultado o eixo do 
astigmatismo. 
3
4
5
6
1
2
3
 
 
 
 
EM CILÍNDRICOS BAIXOS (ATÉ -1,00) O QUAL NO INÍCIO DO SUBJETIVO RETIRAMOS TODO O VALOR: 
- Paciente pode reportar que vê todas as linhas com a mesma intensidade, com isso podemos entender que 
o paciente não tem astigmatismo. 
- O paciente pode reportar que vê uma ou mais linhas mais escura em relação as demais, com isso podemos 
entender que o paciente tem astigmatismo e continuaremos com o afinamento do cilindro. 
 
 
 
Para o Dial de Snellen: 
 
 
 A & W 84 
 
Com a marcação da lente cilíndrica na posição do eixo indicado, iremos adicionar lentes cilíndricas de 
-0,25 em -0,25 até que o paciente reporte ver todas as linhas iguais do leque ou dial astigmático. 
 
EXEMPLO 1 
Retinoscopia: +1,50 DE -1,00 DC x 180 
Miopização: +2,00 DE 
 
Dial: +2,00 DE -0,25 DC x 180 (acrescentar lentes cilíndricas negativas até o paciente reportar que esteja..Dial: +2,00 DE -0,50 DC x 180 ...vendo todas da mesma forma) 
Dial: +2,00 DE -0,75 DC x 180 
 
 
 
 
 
EXEMPLO 2 
Retinoscopia: -2,50 DE -2,50 DC x 180 
Miopização: -2,00 DE -1,25 DC x 180 
Dial: -2,00 DE -1,25 DC x 180 (acrescentar lentes cilíndricas negativas até o paciente reportar que esteja... 
Dial: -2,00 DE -1,50 DC x 180 ...vendo todas da mesma forma) 
Dial: -2,00 DE -1,75 DC x 180 
Dial: -2,00 DE -2,00 DC x 180 
Dial: -2,00 DE -2,25 DC x 180 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 85 
 
Projetar de novo o optotipo de acuidade visual (Snellen). 
 
Acertado o valor e eixo do cilindro, retornar à linha de 20/40 do optotipo. 
Caso seja necessário, diminuir as esferas positivas até a melhor acuidade visual com nitidez. 
 
 
 
34. TESTE BICROMÁTICO 
 
O Teste Bicromático de AV tem como objetivo, obter o afinamento da dioptria esférica verificando se há 
uma hiper ou hipo correção na dioptria do paciente. 
 
 
 
Esse teste é baseado no princípio de que o índice de refração do meio relaciona-se com o comprimento de 
onda da luz que determina o balanceamento entre os efeitos de dispersão da luz pelo sistema dióptrico 
ocular. 
Na óptica as duas cores com comprimento, frequência e amplitude de onda utilizadas para estudo dos erros 
refrativos (ametropias) são o verde (aproximadamente 550 nm) e o vermelho (aproximadamente 720 nm). 
O teste bicromático é utilizado para verificação da correção esférica. Este teste explora a aberração 
cromática longitudinal natural do olho, que resulta numa imagem retiniana que se estende numa sucessão 
de imagens correspondendo a cada uma das cores do espectro luminoso. 
Baseia-se particularmente no fato da imagem verde se formar à frente da imagem vermelha. 
O teste permite avaliar a focagem do olho, por simples observação de caracteres sobre fundo vermelho e 
verde. 
 
 
 
 
 
 A & W 86 
 
34.1 TESTE 
- Monocular; 
- Paciente posicionado a 6 metros da tabela do Bicromático; 
- Paciente com a correção encontrada no afinamento; 
 
 
PERGUNTAR: 
Qual dos dois lados o paciente vê as letras mais nítidas, se é sobre o fundo vermelho ou sobre o fundo verde? 
Ou se estão iguais? 
 
 
 
 
RESPOSTAS: 
Vê melhor do lado VERMELHO 
- Aumentar esferas NEGATIVAS 
 
 
 
RESPOSTAS: 
Vê melhor do lado VERDE 
- Aumentar esferas POSITIVAS 
 
 
 
 
 
 
 A & W 87 
 
RESPOSTAS: 
Os dois lados estão iguais! 
- A dioptria esférica está adequada. 
 
 
ATENÇÃO!!! 
A pergunta deve ser bem direcionada para que o paciente observe e escolha as letras sobre o fundo vermelho 
ou verde, não a cor que vê melhor! 
 
34.2 HIPER E HIPO CORREÇÃO - MÍOPE 
Quando temos um MÍOPE HIPERCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERDE mais nítidas, por isso 
precisará de afinamento positivo, ou seja, diminuir esferas negativas. 
Exemplo: 
OD: -1,00DE → -0,75DE 
 
 
Quando temos um MÍOPE HIPOCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERMELHO mais nítidas, por isso 
precisará de afinamento negativo, ou seja, aumentar esferas negativas. 
OD: -1,00DE → -1,25DE 
 
 
34.3 HIPER E HIPO CORREÇÃO - HIPERMÉTROPE 
Quando temos um HIPERMÉTROPE HIPERCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERMELHO mais nítidas, 
por isso precisará de afinamento negativo, ou seja, diminuir esferas positivas. 
OD: +1,00DE → +0,75DE 
 
 
Quando temos um HIPERMÉTROPE HIPOCORRIGIDO ele verá as letras do lado VERDE mais nítidas, por isso 
precisará de afinamento positivo, ou seja, aumentar esferas positivas. 
OD: +1,00DE → +1,25DE 
 
“BICROMÁTICO” 
Fundo Verde → Positivar 
Fundo Vermelho → Negativar 
 
 A & W 88 
 
35. CILINDRO CRUZADO DE JACKSON 
(CCJ) – DIOPTRIA CILÍNDRICA 
 
O Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) é uma das ferramentas mais úteis na refração subjetiva. 
É um método subjetivo de afinar o astigmatismo. É um instrumento constituído de 2 cilindros de mesma 
potência, mas sinais diferentes, com eixos colocados perpendicularmente na mesma lente e um cabo 
equidistante fixo em sua bissetriz. 
 
 
Possuem intervalos dióptricos de: +ou- 0,25D, +ou- 0,50D. Existem cilindros com outras potencias, mas 
menos usados na prática clínica: +/- 0,75, +/- 1,00. 
 
 
 
Os eixos dos cilindros estão representados por: 
• Pontos/Riscos vermelhos: cilindro negativo 
• Pontos/Riscos brancos ou pretos: cilindro positivo. 
 
 
35.1 MANUSEIO 
Uma alça é anexada entre os dois eixos marcados, que permite que a lente seja "girada" frente aos olhos de 
maneira rápida. 
Desta forma, as posições dos eixos negativo e positivos são trocados rapidamente e alternados. 
 
 
 A & W 89 
 
35.2 A ESCOLHA DO CCJ 
Visão 20/25 ou melhor: use o CCJ de 0,25DC (até -1,50 DC). 
Se os resultados não forem confiáveis, mude para o CCJ de 0,50 e veja se obtém resposta do paciente mais 
confiável. 
 
Visão 20/40 ou pior: use o CCJ de 0,50DC (maior -1,50DC). 
Se os resultados forem confiáveis e a visão melhorar, mude para o CCJ de 0,25. 
 
“POR QUE COMEÇAR O AFINAMENTO PELO EIXO? 
Porque o eixo correto pode ser encontrado na presença de uma potência incorreta, mas a potência 
cilíndrica completa não será encontrada na presença de um eixo incorreto.” 
 
 
 
35.3 AFINANDO O EIXO DA DIOPTRIA CILÍNDRICA 
TÉCNICA DE AFINAMENTO DO CCJ 
VAMOS AO EXEMPLO 
Retinoscopia: OD: PL -1,00DC x 180° 
Coloque a lente cilíndrica de -1,00 x 180° 
 
1. Coloque na armação de prova a correção obtida na refração subjetiva. 
O afinamento com CCJ é iniciado com a correção subjetiva do eixo do cilíndrico da refração. Refração 
montada na armação de provas ou greens. 
 
2. Monocular. 
Ocluir o olho contralateral e medir AV do olho com a lente cilíndrica. 
 
3. Paciente deve ser orientado sobre qual optotipo deverá fixar (letra ou figura) da 1ª ou 2ª linha acima 
da melhor acuidade visual. Explique ao paciente que ele deverá escolher uma letra da linha acima da 
melhor acuidade visual e que você irá mostrar 2 imagens, sendo imagem “1” e imagem “2”. Ele deverá 
informar em qual posição ele vê melhor a letra, se é na primeira, segunda ou se as 2 estão iguais (nítidas 
ou borradas). 
 
 
 
4. Segure o CCJ pelo cabo, paralelo à marcação do cilíndrico da lente de prova. 
 
Lembrando sempre de deixar o olho contralateral ocluído. 
Para afinamento do “EIXO” o CABO SEMPRE ficará paralelo ao eixo da lente cilíndrica. 
 
 A & W 90 
 
Obteremos duas posições que serão denominadas 1 e 2. 
Pergunte ao paciente em qual posição ele vê a figura mais nítida ou se estão iguais. 
 
 
 
5. Caso o paciente não perceba uma melhora em nenhuma das imagens e diga que AMBAS ESTÃO 
IGUAIS, é provável que a posição de eixo esteja correta. 
 
6. Se houver melhora visual, ocorrerá em uma das duas posições. 
 
7. Na posição que o paciente relatar melhor imagem, remova o CCJ e gire a lente no sentido da marcação 
VERMELHA. Primeira vez gire 15°. 
 
PACIENTE ENXERGOU MELHOR NA “POSIÇÃO 2” 
 
Recoloque o CCJ alinhando o cabo com o novo Eixo → 15° 
 
 
 
8. Posicione agora o cabo do CCJ no novo eixo e faça novamente o teste. Verifique qual imagem estará 
mais nítida ao girar o CCJ. 
 
 
 
 
9. Paciente reportando melhora em uma delas: na segunda vez gire 10° e na seguinte apenas 5º no sentido 
da marcação VERMELHA. 
 
 
 A & W 91 
 
10. Quando paciente relatar melhora na imagem, no sentido contrário ao que esta seguindo, volte 5° e 
encerre o afinamento do eixo. 
Esteja atento para girar a lente sempre na posição do cilindro negativo, marcação VERMELHA. 
 
 
 
11. Repita a operação até o paciente não sentir ou quase não sentir diferença nas imagens. 
POSIÇÃO FINAL DO EIXO - 20° 
OD: PL – 1,00DC X 20° 
 
 
 
 
 
35.4 AFINANDO A POTÊNCIA DA DIOPTRIA CILÍNDRICA 
TÉCNICA DE AFINAMENTO DO CCJ 
VAMOS AO EXEMPLO 
VALOR INICIAL DA POTÊNCIA -1,00DC 
OD: PL – 1,00DC X 20° 
 
1. Coloque o CCJ com os pontos do cilindro paralelos aos da lente cilíndrica da armação de prova, seja o 
vermelho ou29 
7.4 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................... 29 
7.5 Adição .................................................................................................................................................... 29 
7.6 Correção da Presbiopia ......................................................................................................................... 30 
7.7 Modelo de Prescrição para Perto .......................................................................................................... 30 
7.8 Modelo de Prescrição para Longe + Adição .......................................................................................... 30 
8. A Visão ........................................................................................................................................................ 31 
8.1 Binocularidade ou Visão Binocular ........................................................................................................ 31 
8.2 Diplopia ou Visão Dupla ......................................................................................................................... 31 
9. Anisometropia ............................................................................................................................................ 32 
9.1 Classificação da Anisometropia ............................................................................................................. 32 
9.2 Sintomas ................................................................................................................................................ 33 
9.3 Correção da Anisometropia ................................................................................................................... 33 
10. Ambliopia .................................................................................................................................................. 34 
10.1 Descrição e Classificação da Ambliopia ............................................................................................... 34 
10.2 Causa da Ambliopia Funcional ............................................................................................................ 34 
10.3 Causa Psicogênicas .............................................................................................................................. 35 
10.4 Causas Estruturais/Patológicas ........................................................................................................... 35 
 
 A & W 4 
 
10.5 Sinais Comuns, Sintomas e Complicações ........................................................................................... 35 
10.6 Detecção e Prevenção Antecipada ...................................................................................................... 35 
10.7 Tratamento .......................................................................................................................................... 35 
11. História Clínica Optométrica .................................................................................................................... 36 
11.1 Ficha Clínica ......................................................................................................................................... 36 
11.2 Identificação do Paciente .................................................................................................................... 36 
12. Anamnese ................................................................................................................................................. 36 
12.1 Motivo Principal da Consulta .............................................................................................................. 37 
12.2 Sinais e Sintomas ................................................................................................................................. 37 
12.3 Antecedentes Pessoais: Saúde Geral e Ocular .................................................................................... 37 
12.4 Antecedentes Familiares ..................................................................................................................... 38 
13. Dominância Ocular ................................................................................................................................... 38 
13.1 Técnica .................................................................................................................................................. 38 
14. Exame do Segmento Anterior .................................................................................................................. 39 
14.1 Técnica ................................................................................................................................................. 39 
14.2 Aspectos a Serem Observados ............................................................................................................ 39 
 
EXAME CLÍNICO 
15. Acuidade Visual ........................................................................................................................................ 40 
16. Tabela de Snellen ..................................................................................................................................... 40 
17. Medida da Acuidade Visual ..................................................................................................................... 41 
17.1 Princípios ............................................................................................................................................. 41 
17.2 Classificação da A.V. ............................................................................................................................ 41 
18. Optotipos .................................................................................................................................................. 42 
18.1 Tipos de Optotipos .............................................................................................................................. 42 
18.1.1 Optotipos de Snellen ................................................................................................................ 42 
18.1.2 Optotipos E Direcional ............................................................................................................. 43 
18.1.3 Optotipos Anéis de Landolt ...................................................................................................... 43 
18.1.4 Optotipos Bicromáticos ............................................................................................................ 43 
18.1.5 Optotipos de Allen ................................................................................................................... 44 
18.1.6 Optotipos de Jaeger ................................................................................................................. 44 
18.1.1 Tabela de Rosenbaum ETDRS ................................................................................................... 44 
19. Como Medir a Acuidade Visual ................................................................................................................ 45 
19.1 Visão de Longe ..................................................................................................................................... 45 
19.1.11 Como Anotar No Histórico Clínico ......................................................................................... 47 
19.2 Visão de Perto ..................................................................................................................................... 48 
 
 A & W 5 
 
19.2.2 Como Anotar No Histórico Clínico ...........................................................................................branco/preto. 
Para afinamento da “POTÊNCIA” os PONTOS do CCJ referentes ao valor do cilindro SEMPRE ficarão paralelos 
ao eixo da lente cilíndrica. 
 
 
 
 
2. Gire o cabo do CCJ, alternando entre os pontos vermelhos (negativo) e os brancos ou pretos (positivos). 
Diga ao paciente que você irá mostrar 2 imagens, sendo imagem “1” e imagem “2”. Pergunte ao paciente 
em qual posição ele vê a figura mais nítida ou se estão iguais. 
 
 
3. Caso o paciente não perceba melhora em nenhuma das imagens e diga que AMBAS ESTÃO IGUAIS, é 
provável que o valor da potência esteja correto e o teste termina. 
 
 
 
 A & W 92 
 
4. Se houver melhora visual, ocorrerá em uma das duas posições. 
 
 
 
5. Caso paciente escolha a melhor posição com os pontos VERMELHOS sobre a marcação, deverá ser 
aumentado o valor do cilindro de acordo com a potência do mesmo (-0,25/-0,50). 
Exemplo: – 1,00DC X 20° → Nova lente – 1,25 DC X 20° 
 
 
6. Se a escolha for dos pontos BRANCOS/PRETOS (positivos) sobre a marcação, o valor do cilíndrico deverá 
ser diminuído de acordo com a potência do mesmo (-0,25/-050). 
Exemplo: – 1,00DC X 20° → Nova lente – 0,75 DC X 20° 
 
 
7. Recoloque o CCJ alinhando os pontos do CCJ com a marcação da lente cilíndrica e repita o procedimento 
até o paciente não indicar melhoria em nenhumas das duas posições diagnósticas. 
 
 
 
 
35.5 DETECTANDO O ASTIGMATISMO 
Procedimento para quando a retinoscopia não foi capaz de detectar o poder dióptrico astigmático. 
Coloque o CCJ a 90°, 180°, 45° e 135° para verificar o astigmatismo por quadrantes isolados. 
 
 
 
Caso em uma dessas posições: 180°, 90°, 45°, 135°, o paciente relate alguma melhora, coloque uma lente 
cilíndrica de “-0,25DC” na posição indicada por ele e comece o afinamento do EIXO. 
 
Realize a prova ambulatorial para este paciente e tome a acuidade visual de perto com a refração final. 
Caso o paciente necessite de correção para perto, realize as técnicas para visão de perto. 
 
 
 A & W 93 
 
36. CILINDRO CRUZADO DE JACKSON 
(CCJ) – DIOPTRIA ESFÉRICA 
 
36.1 AFINANDO O ESFÉRICO 
Após realizar o afinamento do EIXO e a POTÊNCIA da DIOPTRIA CILÍNDRICA do paciente, mesmo que este 
leia a linha 20/20 na tabela de optotipo, é necessário e obrigatório afinar a DIOPTRIA ESFÈRICA, para isso 
usamos várias técnicas, sendo uma delas o CCJ. 
 
TÉCNICA DE AFINAMENTO DO CCJ 
1. MONOCULAR. 
2. Mude o optotipo para a cruz. 
 
 
 
 
3. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO a 90º e BRANCA/PRETO a 180º) 
NÃO GIRAR. 
 
 
 
4. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal, vertical ou iguais? 
 
5. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS: 
✓ Vê melhor o componente HORIZONTAL. 
Positivar o valor do esférico, ou seja, AUMENTE as Dioptrias Positivas ou DIMINUA as Dioptrias Negativas 
de 0,25D em 0,25 D até que paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 94 
 
✓ Vê melhor o componente VERTICAL. 
Negativar o valor do esférico, ou seja, DIMINUA as Dioptrias Positivas ou AUMENTE as Dioptrias Negativas 
de 0,25D em 0,25D até que o paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente. 
 
 
 
✓ Todos estão iguais, dioptria está correta. 
 
5. Tome a Acuidade Visual do paciente MONOCULARMENTE. 
 
6. Repita todo o procedimento de afinamento para o olho contralateral, sempre de forma monocular. 
 
 
RECOMENDAÇÕES: 
Em astigmatismo oblíquo, em astigmatismo irregular, em astigmatismo regular muito baixo ou muito alto, 
os resultados nem sempre são confiáveis. 
 
 
 
37. REFRAÇÃO COM FENDA ESTENOPEICA 
 
Um dos objetivos da fenda estenopêica é identificar o eixo do astigmatismo, quando há uma maior 
dificuldade em identificar os meridianos através do retinoscópio. 
Na utilização da fenda estenopeica a participação do paciente é imprescindível. 
A refração com fenda estenopêica é mais eficaz em acuidades visuais abaixo de 20/40. 
 
TÉCNICA DE AFINAMENTO DO CCJ 
1. MONOCULAR. Ocluir o OLHO ESQUERDO e colocar a fenda no OLHO DIREITO do paciente. 
 
2. Com a Fenda na HORIZONTAL, ajuste a armação de prova de maneira PRECISA para que a altura da fenda 
fique centralizada na PUPILA do paciente. 
 
 
3. Com a Fenda na VERTICAL, ajuste a armação de prova de maneira PRECISA para que a DNP da fenda fique 
centralizada na PUPILA do Paciente. 
 
 
 A & W 95 
 
Depois do ajuste PRECISO da armação de prova, começaremos nossa refração SUBJETIVA com a Fenda 
Estenopeica. 
 
4. Sem lente de trabalho no olho direito, somente com a fenda na HORIZONTAL vamos medir a Acuidade 
Visual do Paciente. 
 
5. Após mediar a AV do paciente, peça que o mesmo GIRE a fenda até que ele perceba uma melhora em sua 
Acuidade Visual (peça para ele fixar uma letra). Verifique o eixo escolhido e anote. 
 
6. Com o paciente olhando uma linha abaixo de sua melhor Acuidade Visual, pegue duas lente da caixa de 
prova, uma NEGATIVA outra POSITIVA. 
 
 
7. Pergunte ao paciente: A visualização fica melhor com a Lente 1 ou Lente 2. 
 
8. Caso o paciente escolha, por exemplo a Lente 2 (-0,50D), pegamos uma lente de -0,25D e novamente 
perguntamos ao paciente: a visualização fica melhor com a Lente 1 (-0,25) ou Lente 2 (-0,50). Caso o paciente 
escolha a Lente 2, iremos aumentando o valor da lente até que ele reporte ver com nitidez a linha escolhida. 
Meridiano 45° = - 0,75 Esférico / AV =20/20 
 
9. Retire as lentes, e gire perpendicularmente a FENDA em relação ao eixo encontrado, e recomece seguindo 
os passos anteriores realizados no primeiro meridiano. 
Meridiano 135° = + 0,50 Esférico / AV =20/20 
 
RX Subjetiva 
+0,50-1,25x135° 
 
 
 
38. PROVA AMBULATORIAL 
 
Consiste em montar a refração final, após todos os afinamentos, na armação de provas, ajustando: DNP, Distância ao 
vértice, Ângulo pantoscópico, altura da ponte, hastes, e pedir que o paciente caminhe e observe ao seu redor; olhando 
em todas as direções; ângulo dos objetos (quadros, portas etc) pela sala de exame, durante uns 5 minutos para que 
este sinta e avalie como será sua nova correção. 
É uma avaliação subjetiva feita de forma binocular, a qual realizamos para determinar a dioptria de aceitação e 
conforto visual do paciente. 
 
 A & W 96 
 
39. VISÃO DE PERTO - ADIÇÃO 
 
39.1 ADIÇÃO 
A correção é realizada com lentes esféricas, as quais denominamos de adição. Pacientes com presbiopia irão 
necessitar de correção ocular que irá variar entre +0,75D e +3,00D para melhorar a sua visão de perto. A 
tabela abaixo serve como orientação para a avaliação e prescrição, ela pode variar, caso o paciente tenha 
alguma ametropia ou problemas acomodativos. 
 
 
 
 
39.2 TÉCNICA 
1. Técnica MONOCULAR. 
 
2. Paciente deve estar bem posicionado e com a correção para longe já afinada e pós teste ambulatorial. 
Deverá segurar uma tabela de perto à uma distância de 35 cm. 
 
2. Tomar a Acuidade Visual com a nova correção (monocularmente e binocularmente). 
 
3. Adicione lentes esféricas positivas sobre a correção de longe. Pacientes que estão iniciando a presbiopia 
ou pré-presbitas, inicie com uma lente de +0,75D e aumente de +0,25D em +0,25D, até que o paciente 
enxergue a linha de melhor acuidade visual (J1). Pacientes já presbita, utilize como base a tabela acima. 
 
4. Repita o procedimento para o olho contralateral e anote os resultados. 
 
5. Binocularmente, solicite ao paciente que leia toda a linha do J1. 
Caso tenha dado diferença nos valores da adição entre um olho e outro, exemplo +1,50OD e +1,75OE. 
Prescreva a adição que ficar mais confortável em sua binocularidade. 
 
 
39.3 MODELOS DE PRESCRIÇÕES 
➢SOMENTE PRESBITA - ADIÇÃO 
Paciente com 41 anos 
 
 
 
 A & W 97 
 
➢AMÉTROPE E PRESBITA 
Paciente com 41 anos 
COM A ADIÇÃO DESTACADA 
 
 
 
 
 
COM A ADIÇÃO JÁ SOMADA A RECEITA. 
 
 
 
Antes de refratar, uma boa anamneses ocupacional será fundamental.Se o paciente usar muito a visão de 
perto no trabalho, fique atento aos sintomas e a prescrição. 
 
Após a adição, caso o paciente afaste a carta de optotipo a mais de 40 cm, significa que a dioptria usada é 
insuficiente. Caso aproxime demasiadamente a carta de optotipo, este estará hiper refratado. 
 
Um bom trabalho e uma boa refração evita que o paciente reclame posteriormente que sente dores 
intraoculares (identificadas por ele como dor de cabeça). Oriente com inteligência o paciente, pois isto faz 
parte do sucesso da correção. 
 
 
 
 
40. CILINDRO CRUZADO DE JACKSON 
(CCJ) – VISÃO PARA PERTO 
Afinar a correção da visão de perto a uma distância de trabalho determinada segundo os requerimentos do 
paciente (adição: Add) . 
 
40.1 TÉCNICA DE AFINAMENTO DO CCJ 
1. MONOCULAR. 
2. Cartilha para visão de perto (Cruz). 
 
 
 
 A & W 98 
 
3. Coloque a correção de perto no paciente, ocluindo o OE. 
 
4. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO a 90º e BRANCA/PRETO a 180º) 
NÃO GIRAR. 
 
5. Peça ao paciente que fixe a cartilha para visão de perto, colocando a mesma na sua distância habitual de 
trabalho. 
 
6. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal, vertical ou iguais? 
 
 
7. POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS: 
✓ Vê melhor o componente HORIZONTAL. 
Positivar o valor do esférico, ou seja, AUMENTE as Dioptrias Positivas ou DIMINUA as Dioptrias Negativas 
de 0,25D em 0,25 D até que paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente ou se inverta 
o padrão (vê melhor os componentes verticais). 
 
✓ Vê melhor o componente VERTICAL. 
Negativar o valor do esférico, ou seja, DIMINUA as Dioptrias Positivas ou AUMENTE as Dioptrias Negativas 
de 0,25D em 0,25D até que o paciente reporte que os dois componentes são vistos igualmente ou se inverta 
o padrão (vê melhor os componentes horizontais). 
 
✓ Todos estão iguais, dioptria está correta. 
 
 
8. Repita todo o procedimento de afinamento para o olho contralateral, sempre de forma monocular. 
 
 
 
 
 
41. RX FINAL 
 
Ao final dos testes para afinamento, encontraremos o máximo positivo para a melhor AV, porem nem 
sempre será com o maior conforto para o paciente. 
A análise através da anamnese, a correlação de dados, o teste ambulatorial serão ao final a soma que dará 
ao paciente o melhor conforto visual, com boa AV, com isso nem sempre o valor dióptrico será o valor 
refratado e mais positivo. 
Esse valor encontrado será a refração que será prescrita ao paciente. 
 
 
 
 A & W 99 
 
 
 
 
 
42. OFTALMOSCOPIA 
42.1 OFTALMOSCOPIA OU FUNDOSCOPIA 
Avalia o segmento anterior e posterior do olho. É o exame em que se visualizam as estruturas do fundo de 
olho, dando atenção ao nervo óptico, aos vasos retinianos e a retina propriamente dita, especialmente sua 
região central, denominada mácula. 
O exame de fundo de olho é realizado desde 1851, quando Von Helmholtz inventou o primeiro 
oftalmoscópio. Se constitui no principal elo entre a oftalmologia e os demais ramos da medicina. 
O princípio óptico consiste na projeção de luz, que proveniente do oftalmoscópio é projetado no interior do 
olho e mediante a reflexão dessa luz na retina, é possível observar suas estruturas. 
 
Extremamente importante para a detecção de várias doenças, não apenas relacionadas ao olho em si, mas 
também ao nosso Sistema Vascular (sistema composto por veias e artérias, e que está relacionado à doenças, 
como a Hipertensão). 
O exame do Fundo de Olho é a melhor forma que temos para analisar as condições dos vasos sanguíneos de 
nosso corpo sem utilizar um método invasivo. 
 
 
Existem dois tipos de fundoscopia: 
DIRETA: na qual se obtém uma imagem ampliada, quinze vezes maior, mas com restrito campo de visão. 
 
INDIRETA: que proporciona uma imagem com ampliação menor, porém com visualização mais ampla da 
retina, evidenciando-se até sua periferia. 
 
 
 
 
 
 A & W 100 
 
42.1.1 OFTALMOSCOPIA DIRETA 
VANTAGENS: 
✓ Portátil; 
✓ Fácil uso; 
✓ Imagem direta; 
✓ Magnificação de 15 vezes; 
✓ Pode ser usado com e sem dilatação. 
 
DESVANTAGENS: 
✓ Campo visual pequeno; 
✓ Sem estereopsia (percepção de profundidade); 
✓ Opacidades mínimas podem degradar a imagem. 
 
 
42.1.2 OFTALMOSCOPIA INDIRETA 
VANTAGENS: 
✓ Campo visual mais amplo; 
✓ Visão binocular, favorece estereopsia. 
 
DESVANTAGENS: 
✓ Requer mais habilidade; 
✓ Magnificação apenas 3 vezes; 
✓ Requer dilatação; 
✓ Imagem invertida. 
 
 
42.2 EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICOS QUE PODEMOS ENCONTRAR 
NA OFTALMOSCOPIA: 
✓ Aumento da pressão intracraniana; 
✓ Hipertensão intracraniana idiopática (pseudo tumor cerebral). 
✓ Trombose veia cerebral. 
✓ Encefalopatia hipertensiva. 
✓ Neuropatia óptica isquêmica 
✓ Oclusão da artéria central da retina. 
 
 
 
42.3 FISIOLOGIA DA OFTALMOSCOPIA 
 
 
 A & W 101 
 
 
 
 
Constrição Pupilar (miose): Contração do músculo circular (constritor) da íris. 
Mediação: Sistema Nervoso Parassimpático 
 
Dilatação Pupilar (midríase): Contração do músculo radial (dilatador) da íris. 
Mediação: Sistema Nervoso Simpático 
 
 
42.3.1 DILATAR OU NÃO 
 
VANTAGENS 
✓ Melhor exame de fundo de olho (amplitude) 
 
DESVANTAGEM 
✓ Visão Turva; 
✓ 15 minutos ou mais para ocorrer a dilatação; 
✓ Limita as respostas de reflexo pupilar para outros exames neurológicos; 
✓ Risco de induzir glaucoma de ângulo fechado. 
 
 
42.4 FERRAMENTAS DA OFTALMOSCOPIA DIRETA 
42.4.1 LENTES DO OFTALMOSCÓPIO DIRETO 
Composto de duas rodas principais que são utilizadas para a troca das lentes (positivas e negativas) que irão 
permitir uma focalização melhor das diversas estruturas. 
 
 
 
Filtro verde: Detecção de 
pequenas hemorragias e 
alterações vasculares a nível 
retiniano. Elimina a coloração 
vermelha do fundo do olho 
deixando-se perceber em 
contrastes as alterações 
vasculares. 
 
Filtro Polarizado: Diminui a 
intensidade da luz do 
oftalmoscópio. 
 
 
 A & W 102 
 
42.4.2 MIRAS 
 
FILTRO AZUL COBALTO: Utiliza-se para teste com fluoresceína em adaptação de lentes de contato. 
 
 
GRANDE ABERTURA OU GRANDE ANGULAR (foco maior): Utilizada em pupilas maiores ou dilatadas 
e no Teste de Bruckner. 
 
MÉDIA ABERTURA OU MÉDIA ANGULAR: Utilizadas em pupilas de tamanho normal. 
PEQUENA ABERTURA OU PEQUENA ANGULAR (foco menor): Utilizadas em pupilas não dilatadas ou 
em ambientes com grande iluminação. Diminui a MIOSE por estimular uma zona menor da retina. 
 
FENDA: Determina elevações ou depressões do tapete retiniano. 
 
 
RETÍCULO DE FIXAÇÃO: Utilizado para determinar a zona da retina com a qual o paciente fixa. 
 
 
 
42.5 TESTE DE BRUCKNER 
O teste de Bruckner, também conhecido como “teste do olhinho”, avalia a transparência dos meios 
refringentes do olho (córnea, humor aquoso, cristalino, humor vítreo). 
Recomenda-se realizar o Teste de Bruckner antes de iniciar-se a oftalmoscopia propriamente dita. 
 
1. Binocular - Iremos observar as duas pupilas do paciente utilizando o oftalmoscópio a uma distância de 50 
cm. 
2. O oftalmoscópio deverá estar com a lente em 0. 
3. O paciente deverá estar observando um ponto de fixação (E do optotipo). 
4. O teste será realizado com o paciente sem oclusão de qualquer espécie. 
Caso não haja nenhuma obstrução/alteração nos meios refringentes, as pupilas aparecerão com a coloração 
avermelhada ou alaranjada. 
 
 Reflexo Normal Reflexo Anormal em Olho Direito Reflexo Anormal em Olho Direito 
 
 
 
 
 A & W 103 
 
42.6 TÉCNICA DA OFTALMOSCOPIA 
✓ Deve realizar o exame em uma sala escura; 
✓ Escolha da abertura; 
✓ Utilize a mão direita e olho direito para examinar o olho direito do paciente e vice versa; 
✓ Paciente sem óculos, mas pode estar com lente de contato; 
✓ Usar seletor de dioptrias; 
✓ Evitar usar iluminação do oftalmoscópio no máximo, 80%. 
✓ Paciente deve olhar para um ponto de fixação. 
✓ Comece em uma distância de 30 cm e em um ângulo de 15°;✓ Lentamente aproxime-se do olho do paciente e focalize a retina; 
✓ Use seletor de dioptrias para ajustar o foco; 
 
✓ Localize o disco óptico, que está posicionado a nasal, caso não o localize de imediato, selecione um vaso 
e siga-o sentido nasal. 
 
✓ O Disco óptico poderá ser visto a uma distância de 3 cm à 5 cm do paciente; 
✓ Examine o disco óptico em sua cor, bordas, elevação, escavação; 
✓ Examine as condições dos vasos e siga os até onde conseguir; 
✓ Para localizar a mácula, foque no disco óptico e conte dois diâmetros do mesmo em sentido temporal, ou 
foque no disco e solicite ao paciente que olhe para a luz do aparelho. 
✓ Usar o filtro verde ajuda a examinar as condições da mácula. 
 
Para examinar a periferia da retina peça ao paciente olhar: 
✓ Para cima, para baixo, para temporal, para nasal e examine toda a área da retina. 
 
 
Utilizando a roda de lentes, através das lentes de dioptrias positivas e negativas, serão analisadas as 
estruturas como: 
• Córnea e filme lacrimal: lente +20,0 a +25,0D 
• Câmara Anterior: lente +17,0 a +20,0D 
• Íris e Cristalino: +10,0 a +12,0D 
• Humor vítreo: +6,0 a +8,0D 
• Retina: +2,0 a –2,0D. 
OBS: Estes valores podem mudar, isso irá depender do olho do avaliado e avaliador. 
O observador estará aproximadamente a 2,5 cm do olho do paciente. 
Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão livres de qualquer anomalia. 
 
 A & W 104 
 
42.7 ANOTAÇÕES 
FUNDO DE OLHO: Observaremos sua coloração e em geral seu conteúdo, pois não é normal ver manchas 
vermelhas, brancas ou amarelas no fundo de olho, devendo estar limpo de qualquer tipo de alteração. 
 
COLORAÇÃO: Devemos observar a coloração e o aspecto geral do fundo do olho. Manchas vermelhas ou 
brancas devem ser analisadas, pois não são consideradas normais. A coloração de ser de um vermelho pálido 
uniforme, com variações normais segundo a raça, segundo o estado refrativo e segundo a idade. 
 
 
 
 
 
PAPILA OU DISCO ÓPTICO: Observaremos suas bordas, a cor do disco (amarelo suave), o tamanho, a forma 
(redonda, ligeiramente ovalada vertical/horizontal), escavação que não deve alcançar nunca a borda do 
disco, a pulsação venosa. 
• As margens estão finas, borradas ou inchadas? 
• A cabeça do nervo óptico está elevada? 
• Qual a cor? Está pálido? 
Tamanho normal da papila +/- 1,5mm vertical e +/- 1,2 mm horizontal. 
Papila Inclinada: Papila em forma de gota. Geralmente ocorre em Astigmatismos 
acima de 6,00D. 
 
 
ANEL DE COROIDEO: (cor marrom) Anel encontrado margeando a borda da papila. 
 
 
ESCAVAÇÃO: Analisar a proporção do diâmetro da escavação em relação ao diâmetro da papila. 
 
 
Qual proporção da escavação em relação ao disco óptico? 
Valor normal da escavação: de 0,1 a 0,4 – simétricos em AO. A escavação é medida de 0,1 a 1,0. 
Escavação de até 0,5 simétrico podemos considerar como normal. Valores acima de 0,5 simétricos, podemos 
considerar como anormal (suspeita de glaucoma) e diferenças de 0,2 assimétricos, devemos suspeitar de 
aumento de escavação no olho que estiver com a escavação maior, podemos considerar anormal (suspeita 
de glaucoma). 
 
 
 A & W 105 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na avaliação da relação Escavação/Disco E/D, além da proporção, verificamos também a espessura entre a 
borda neurorretiniana e a borda da escavação, para essa avaliação damos o nome de regra ISNT, sendo 
“fundamental” na clínica do glaucoma. O uso da “regra ISNT” — em relação à espessura decrescente 
fisiológica da camada de fibras — inferior, superior, nasal e temporal do nervo, é imprescindível para um 
correto exame do paciente. 
O examinador deve se concentrar na rima neural ou neurorretiniana ao invés da escavação apenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 106 
 
PROFUNDIDADE DA ESCAVAÇÃO: Para saber a profundidade da escavação, medimos a profundidade 
apenas quando o tamanho é acima de 0,4. Para avaliarmos a profundidade, devemos aumentar as dioptrias 
negativas. Dentro da escavação observaremos a lâmina crivosa (pontos cinzas). A cada 3,00D negativas, será 
equivalente a 1mm de profundidade. O resultado será quando os pontos cinzas estiverem nítidos. A 
profundidade normal é de 1 a 1,5mm. 
 
 
ARCADA VASCULAR: Na avaliação vascular da retina, dividimos os ramos arteriovenosos principias em áreas 
de interesse. Essas áreas denominamos de arcadas vasculares são divididas em porções: nasais, temporais, 
superiores e inferiores, tendo como delimitação o ponto de origem no nervo óptico. 
 
 
 
VASOS: 
AS VEIAS são mais largas e mais escuras, vem da periferia e vão se unindo e aumentando o calibre conforme 
aproximam-se da papila. No fundo de olho existe a presença de pulso venoso, visualizado no nervo óptico. 
Não é a artéria que pulsa no fundo de olho, é a veia. Ao visualizar a papila, pode-se encontrar as bordas 
borradas e então pesquisa-se a presença de pulso venoso no centro. Se esta veia não apresentar pulso 
nervoso, tem-se a certeza de que está havendo edema nesta papila. Pulso venoso e bordas borradas 
caracterizam quadro de borda borrada. Edema de papila não tem pulso venoso. 
ARTÉRIAS mais estreitas e mais claras, apresentam o reflexo dorsal arteriolar. Iniciam na artéria central da 
retina que penetra pela papila e se bifurca em ramos. 
Devemos observar o percurso desde a papila até a periferia da retina. Verificar as tortuosidades, os 
cruzamentos artério/venosos. As veias são de cor mais escura que as artérias e duas vezes mais grossas, 
tendo como relação A/V - 2/1, ou seja a espessura de duas artérias equivale a espessura de uma veia. 
 
 
CRUZAMENTOS A/V PATOLÓGICOS: 
ENTRECRUZAMENTOS ARTÉRIO-VENOSOS NORMAIS: Geralmente as artérias passam sobre as veias sem 
haver interrupção do fluxo sanguíneo venoso e quando não há retificação no trajeto venoso. Normalmente 
as artérias passam sobre as veias sem que haja alterações. Existem anomalias em que as veias passam sobre 
as artérias. 
ENTRECRUZAMENTOS ARTÉRIO-VENOSOS PATOLÓGICOS: Acontecem na retinopatia hipertensiva, 
retinopatia diabética, hipercolesterolemia, arteriosclerose. Podem se apresentar em diversas formas: bico 
de flauta (a artéria passa por cima da veia e esta fica com dois lados, com aspecto de bico de flauta), ponta 
de lápis (a artéria passa sobre a veia e esta fica mais fina, junto à artéria), deflexão da veia (a veia sofre 
deflexão quando ela “vai para baixo” para evitar que a passagem da artéria cause interrupção do seu fluxo), 
embainhamento arteriolar (é um edema; ao redor da artéria surge uma faixa branca, que é um edema na 
parede desta artéria, criando uma flebite – processo inflamatório), interrupção venosa próxima à artéria 
(ocorre mais comumente nas arterioscleroses, a região ao redor da artéria fica esbranquiçada devido à 
turgidez “endurecimento” da artéria). 
 
 A & W 107 
 
A arteríola e a vênula compartilham a adventícia no local onde se cruzam. O espessamento arteriolar na 
hipertensão causa alterações patológicas nos cruzamentos. O sinal mais precoce é o ocultamento da vênula. 
Com a progressão, podem ocorrer apagamento (sinal de Gunn), deflexão (sinal de Salus) e dilatação (sinal 
de Bonnet) venosos. 
Gunn: Cruzamento de artéria sobre veia. 
Salus: Cruzamento de veia sobre artéria. 
Bonnet: Dilatação do segmento distal da vênula no cruzamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÁCULA: Situada no lado temporal da papila e a uns dois diâmetros papilares de distância. Observaremos 
o brilho foveal, sua uniformidade, coloração e ausência de vasos. De cor mais intensa que o restante da 
retina. 
 
 
 
EFICIÊNCIA RETINIANA: Relaciona e quantifica a Acuidade Visual A/V do paciente em relação ao ponto de 
fixação retiniana. 
 
 
 A & W 108 
 
FIXAÇÃO: Para melhor avaliação, mude a mira do oftalmoscópio para a mira do retículo de fixação, lente em 
zero, peça ao paciente que olhe a luz. 
• Oclui o outro olho. 
• Deveapresentar aspecto avascular, cor vermelho cereja com um reflexo central brilhante (fóvea). 
• Repita o procedimento com o olho esquerdo, colocando o oftalmoscópio na sua mão esquerda e 
observando também com seu olho esquerdo. 
 
✓ Fixação Central: quando o brilho foveal estiver localizado no centro da mira. 
✓ Fixação Central Instável: quando o brilho foveal ora está localizado dentro da mira, ora fora da 
parte central da mira. 
✓ Fixação Excêntrica: quando o brilho foveal estiver localizado fora da mira. 
A fixação excêntrica indica tropias ou microtropias. 
 
 
 
 
 
HUMOR VÍTREO: Deve apresentar-se limpo e transparente. Podemos encontrar depósitos de cálcio, 
depósitos de colesterol, condensações, degenerações, hemorragias e deslocamentos. 
 
 
 
 
42.8 PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO FUNDO DE OLHO 
 
42.8.1 GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO 
O glaucoma é uma doença grave que surge na sequência do aumento da pressão intraocular. A perda de 
visão é consequência da destruição das células ganglionares (nervo óptico), uma estrutura que liga o olho ao 
cérebro occipital e responsáveis pela condução das imagens da retina até ao cérebro. 
Geralmente é assintomático até os estágios mais tardios. Sintomas precoces podem incluir perda da visão 
periférica. Visão tubular e perda da fixação central ocorrem, em geral, quando a doença está avançada. 
 
Sinais: 
Pressão intraocular: Embora a maioria dos pacientes tenha PIO elevada (faixa normal de 10 a 21 mmHg), 
quase metade apresenta PIO de 21 mmHg, ou ainda mais baixa, em qualquer rastreamento. 
Nervo óptico: Apresenta-se com perda de tecido da borda, palidez regional, hemorragia em chama de vela 
ou na camada de fibras nervosas que atravessam a margem do disco (hemorragia de Drance), fosseta 
adquirido, defeito na camada de fibras nervosas, assimetria escavação/disco (E/D) > 0,2 na ausência de uma 
causa (exemplo: anisometropia, tamanhos de nervo diferentes), vasos em baioneta (angulação aguda dos 
vasos sanguíneos conforme saem do nervo), razão E/D aumentada (> 0,6; menos específico), aumento 
progressivo da escavação e maior escore de Disc Damage Likelihood Scale . 
Glaucoma primário de ângulo aberto com escavação avançada do nervo óptico. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 204 a 212 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/glaucoma/ 
 
 
 
 A & W 109 
 
42.8.2 GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO FECHADO 
Sintomas: Dor, visão borrada, halos coloridos ao redor de luzes, cefaleia frontal, náuseas e vômitos. 
Sinais Críticos: Ângulo fechado no olho envolvido, PIO agudamente elevada e edema microcístico da córnea. 
Ocorrência de ângulo estreito ou ocluído no outro olho se for de etiologia primária. 
Bloqueio pupilar: A aposição do cristalino e da íris posterior na pupila causa bloqueio do fluxo de humor 
aquoso da câmara posterior para a câmara anterior. Esse mecanismo provoca aumento da pressão na 
câmara posterior, movimentação anterior da periferia da íris e obstrução subsequente da malha trabecular 
(MT). Olhos predispostos têm recesso do ângulo da câmara anterior estreito, inserção da raiz da íris na íris 
anterior ou comprimento axial mais curto. 
 Glaucoma agudo de ângulo fechado com pupilas em dilatação média e câmara anterior rasa. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 204 a 212 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/glaucoma/ 
 
 
 
42.8.3 PAPILEDEMA 
Edema de disco óptico causado por pressão intracraniana aumentada. 
Sintomas: Episódios de perda visual transitória, frequentemente bilateral (durando segundos), muitas vezes 
precipitada após levantar-se de uma posição deitada ou sentada (alterando a pressão intracraniana); 
cefaleia; visão dupla; náuseas; vômitos; e, raramente, diminuição na acuidade visual (uma diminuição leve 
na acuidade visual pode ocorrer em uma situação aguda se associada a um distúrbio macular). Defeitos do 
campo visual e perda grave da acuidade visual central ocorrem mais comumente com papiledema crônico. 
 Papiledema. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 271 a 273 
 
 
42.8.4 DESLOCAMENTO VÍTREO POSTERIOR 
O vítreo é um fluido gelatinoso e transparente que preenche a maioria do interior do globo ocular e que 
ajuda a manter a forma do olho, sendo constituído por 99% de água, encontrando-se em contato com a 
superfície da retina. A retina está localizada na parte mais interna do olho e ocupa um importante papel na 
visão. O sistema ótico do olho foca a luz na retina, esta recebe as imagens e envia-as para o cérebro, através 
do nervo ótico sob a forma de impulsos nervosos. 
O descolamento do vítreo ocorre quando existe uma separação do vítreo com a retina. O descolamento do 
vítreo é das patologias que mais frequentemente afetam o humor vítreo. 
Sintomas: Moscas volantes (“teias de aranha”, “insetos” ou “manchas” que mudam de posição com os 
movimentos oculares), visão borrada, flashes de luz, os quais são mais comuns com pouca iluminação e no 
campo visual temporal. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 293, 294 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/descolamento-de-vitreo/ 
 
 A & W 110 
 
42.8.5 DESLOCAMENTO DE RETINA 
O descolamento de retina é um problema grave em que ocorre o descolamento da retina neurossensorial 
do epitélio pigmentado, podendo provocar perda de visão. 
A retina possui um importante papel na visão, é uma fina camada de tecido, sensível à luz, localizada na 
parte mais interna do olho. O sistema ótico do olho foca a luz na retina, esta por sua vez recebe as imagens 
e envia-as para o cérebro, através do nervo ótico sob a forma de impulsos nervosos. 
O descolamento posterior do vítreo, lesões ou traumas no olho ou na cabeça podem causar rasgaduras 
ou buracos na retina. As rasgaduras permitem que o vítreo se infiltre para debaixo da retina. O descolamento 
inicial da retina pode ser localizado ou amplo, todavia se não se efetuar um tratamento rápido toda a retina 
pode descolar, levando à cegueira. 
Sintomas 
Flashes de luz, moscas volantes, cortina ou sombra movendo-se sobre o campo visual, perda de visão central 
ou periférica, ou ambas. 
Sinais Críticos: Elevação da retina a partir do epitélio pigmentar da retina (EPR) por líquido no espaço sub-
retiniano devido a uma concomitante ruptura ou rupturas da espessura total da retina. 
 
 
 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 295 a 298 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/descolamento-de-retina/ 
 
 
 
42.8.6 EXSUDATOS DUROS E MOLES (ALGODONOSOS) 
Embranquecimento da retina decorrente da retinite infecciosa, como vista em toxoplasmose, vírus herpes 
simples, vírus varicela-zóster e citomegalovírus. Essas entidades normalmente têm vitreíte e hemorragias 
retinianas associadas a elas. 
Obs.: Mesmo quando houver a presença de um único exsudato algodonoso (EA), essa alteração não será 
algo normal. 
Sintomas: A acuidade visual costuma ser normal. Em geral são assintomáticos. 
Sinais Críticos: Embranquecimento na Camada de Fibras Nervosas da superfície da retina. 
 
Exsudatos moles: são observados como manchas brancas superficiais, bem delimitadas de bordos 
irregulares, que tendem a desaparecer em semanas ou meses. Resultam da isquemia microvascular na 
camada de fibras nervosas da retina, causando infarto e destruição dos axônios. Histologicamente 
correspondem a acúmulo de organelas, pela alteração no transporte axoplasmático das fibras acometidas. 
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/descolamento-de-vitreo/
 
 A & W 111Exsudato mole (algodonoso) 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 300, 301 
 
 
Exsudatos duros: (também chamados de exsudatos graxos) são depósitos profundos intra-retinianos, que 
usualmente ocorrem na hipertensão, arteriosclerose, diabetes, anemias, doença de Coats, oclusão da veia 
retiniana e neuropatias ópticas. Aparecem como manchas individuais bem delineadas, pequenas, discretas, 
brilhantes, amarelo-esbranquiçadas ou ligeiramente cerosas, como anel parcial ou completo que circunda 
os microaneurismas, ou zonas de edema retiniano, geralmente se localizam perto da mácula, ou espalhadas 
pelo fundo de olho. 
 
 Exsudato duro 
FONTE: https://www.diabetes.org.br/ebook/component/k2/item/41-retinopatia-diabetica 
 
 
 
 
42.8.7 RETINOPATIA HIPERTENSIVA 
A retinopatia hipertensiva resulta de alterações sofridas pelos vasos da retina em doentes com hipertensão 
arterial. As mudanças observadas na retina, resultantes da retinopatia hipertensiva, são mudanças ocorridas 
na circulação arterial e arteriolar como consequência da pressão arterial elevada. 
Sintomas: Em geral assintomática, embora possa apresentar visão diminuída. 
Sinais Críticos: Estreitamento arteriolar retiniano generalizado ou localizado, quase sempre bilateral. 
Alterações em cruzamentos arteriovenosos (“entrecruzamentos AV patológicos”), esclerose arteriolar 
retiniana (em fio de “cobre” ou “prata”), exsudatos algodonosos, hemorragias em forma de chama de vela, 
macro aneurismas arteriais, oclusão central ou de um ramo de uma artéria ou veia. 
 
 Retinopatia hipertensiva com estreitamento arteriolar e entalhamento em cruzamento arteriovenoso. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 308 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/retinopatia-hipertensiva/ 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 112 
 
42.8.7.1 CLASSIFICAÇÃO DA RETINOPATIA HIPERTENSIVA 
RETINOPATIA HIPERTENSIVA GRAU 1 
Alterações hipertensivas e ateroscleróticas (retinopatia hipertensiva grau I). Estreitamento arteriolar 
generalizado com relação e cruzamento arteriovenosos patológicos. 
 FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas 
 
 
RETINOPATIA HIPERTENSIVA GRAU 2 
Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos e exsudatos duros. 
 FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas 
 
 
 
RETINOPATIA HIPERTENSIVA GRAU 3 
Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos e hemorragia em 
chama de vela. 
 FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas 
 
Estreitamento arteriolar generalizado, relação e cruzamento arteriovenosos patológicos, dilatação e 
tortuosidades venosas, hemorragias em chama de vela e exsudatos algodonosos. 
 FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas 
 
 
 
 
 A & W 113 
 
RETINOPATIA HIPERTENSIVA GRAU 4 
Edema de papila. Carateriza a hipertensão acelerada maligna. 
 FONTE: http://www.ligadeoftalmo.ufc.br/?s=ensino&p=atlas 
 
 
 
42.8.8 RETINOPATIA DIABÉTICA 
A retinopatia diabética é uma doença ocular causada por altos valores de açúcar (glicemia) no sangue 
(diabetes) e que também é responsável por provocar danos nos vasos da retina. A retinopatia diabética 
apresenta uma incidência superior à retinopatia hipertensiva, resultando mesmo numa das principais causas 
de cegueira nos adultos. 
A retinopatia diabética pode causar perda de visão de duas formas: 
1. Os vasos sanguíneos anormais (neo-formados), como são frágeis, rompem-se e libertam sangue na cavidade vítrea, 
obscurecendo ou tirando mesmo a visão. Isto, normalmente, acontece nos estágios mais avançados da doença. 
2. O fluido sanguíneo pode exsudar para a região macular (parte da retina que corresponde à visão central), 
provocando edema e consequentemente perda de visão. Pode ocorrer em qualquer estágio da retinopatia 
diabética, embora seja mais provável que ocorra em fases avançadas da doença. 
 
42.8.8.1 RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO PROLIFERATIVA 
A retinopatia diabética não proliferativa é o estágio menos avançada da doença, podendo-se dentro desta 
também identificar diferentes graus de evolução da retinopatia. Muitas vezes, estes estágios iniciais também 
são apelidados por retinopatia diabética pré-proliferativa. 
Na retinopatia diabética incipiente como o próprio nome indica, a doença encontra-se numa fase inicial e 
não acarreta alterações visuais. No entanto, a perda de visão pode acontecer, afetando ambos os olhos, se 
ocorrer a evolução da retinopatia diabética. 
A retinopatia diabética não proliferativa ligeira é o estágio precoce da doença. Nesta fase da retinopatia 
diabética são visíveis micro aneurismas (pequenas dilatações vasculares) na retina posterior. Na retinopatia 
não proliferativa moderada, à medida que a doença vai progredindo são visíveis para além dos micro 
aneurismas, hemorragias, exsudados moles e duros na retina posterior. Na retinopatia não 
proliferativa severa ou grave para além dos sinais da retinopatia moderada, são também visíveis vasos 
sanguíneos obstruídos, privando diversas áreas da retina do suprimento sanguíneo. Estas áreas da retina 
isquêmicas vão estimular a formação de novos vasos sanguíneos. 
 Retinopatia diabética não proliferativa moderada com micro aneurismas e exsudatos algodonosos. 
 
 
 
 
 
 A & W 114 
 
42.8.8.2 RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA 
A retinopatia diabética proliferativa é a fase mais avançada da doença, sendo caracterizada pelo 
aparecimento de novos vasos na superfície da retina e da papila. Estes vasos sanguíneos são frágeis e 
constituídos apenas por endotélio. Crescem ao longo da retina e em direção ao vítreo sem causar qualquer 
sintomatologia ou perda de visão, no entanto, como têm finas e frágeis paredes podem romper e libertar 
sangue na cavidade vítrea, provocando perda de visão severa e até mesmo cegueira. A retinopatia diabética 
proliferativa, se não for tratada antecipadamente, pode causar perda severa da visão. 
 Retinopatia diabética proliferativa com neovascularização e micro aneurismas dispersos. 
 
 Retinopatia diabética proliferativa com neovascularização do disco óptico. 
 
 Retinopatia diabética não proliferativa com edema macular clinicamente significativo. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 310, 311, 312 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/retinopatia-diabetica/ 
 
 
 
42.8.9 DMRI – DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE 
A degeneração macular é uma doença da retina que afeta a mácula em que o envelhecimento é a sua 
principal causa. Contudo, nem sempre o envelhecimento é a causa para a degeneração da mácula. A 
degeneração macular em jovens e crianças, ou seja numa idade mais precoce também é possível apesar de 
ser bastante menos frequente que nas pessoas mais idosas. 
Na degeneração macular, a mácula encontra-se danificada, o centro do campo visual é afetado e as imagens 
são desfocadas, distorcidas ou escuras. O termo maculopatia é utilizado para nos referirmos a patologias da 
mácula. 
 
42.8.9.1 DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE - SECA 
DMRI seca ou atrófica é a forma mais comum e mais leve da doença, acometendo cerca de 90% dos casos. 
Neste caso, as drusas estão localizadas na região macular (área central da retina) e evoluem lentamente para 
atrofia levando à perda da visão. Não existe hoje nenhum tratamento específico para DMRI seca, sendo 
necessária reabilitação com auxílios ópticos para visão subnormal. 
Durante a oftalmoscopia poderá ser percebida a presença de drusas maculares, que são depósitos de 
algumas substâncias, de cor amarela e que surgem debaixo da retina. A maioria das pessoas desenvolve 
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/maculopatia/
 
 A &W 115 
 
drusas maculares muito pequenas, como resultado do envelhecimento. A presença de drusas maculares de 
médio e grande dimensão pode indiciar a presença da doença oculares. 
 DMRI seca com drusas finas. 
 
 
42.8.9.2 DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE - ÚMIDA 
DMRI úmida ou exsudativa é a forma mais grave da doença. Neste caso existe uma neovascularização, ou 
seja, a formação de novos vasos sanguíneos ruins, sob a retina, chamados de membrana neovascular sub 
retiniana e que leva a uma perda rápida e irreversível da visão. Para este quadro, existem tratamentos com 
laser e injeção intra-vítreo que impedem a formação dos novos vasos sanguíneos. 
 DMRI exsudativa. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 322, 323, 324 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/degeneracao-macular/ 
 
 
 
42.8.10 CATARATA 
A catarata ocular caracteriza-se pela perda progressiva da transparência do cristalino (lente natural do olho). 
Os sintomas iniciais como a visão turva, diminuição da visão noturna e fotofobia (sensibilidade à luz) podem 
ser muito ténues numa primeira fase, agravando-se a sintomatologia com o decorrer do tempo, ou seja, o 
cristalino torna-se opaco (turvo) com a idade, instalando-se de uma forma lenta e progressiva, afetando, 
desta forma, a visão. Esta causa (o envelhecimento) é a mais comum no surgimento da catarata no olho, 
contudo podem existir outras para além do envelhecimento. No olho com catarata, a visão estará 
dependente do grau de opacificação do cristalino. Quanto maior for a opacificação do cristalino, maiores 
serão as perturbações na visão. Em situações extremas os doentes podem perder a visão (cegueira). 
Sintomas: Borramento ou perda da visão lentamente progressivos, em geral ao longo de meses a anos, 
afetando um ou ambos os olhos. Ofuscamento, particularmente por faróis de automóvel ao se dirigir à noite, 
e percepção diminuída para cores podem ocorrer, mas não no mesmo grau que nas neuropatias ópticas. As 
características da catarata determinam os sintomas particulares. 
Sinais Críticos: Opacificação do cristalino, visão borrada da retina com turvação do reflexo vermelho à 
retinoscopia. Alteração miópica, ou “segunda visão”, assim chamada. A catarata isoladamente não causa 
defeito pupilar aferente relativo (DPAR). 
 
Catarata. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 394, 395, 396 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/cataratas/ 
 
 A & W 116 
 
42.8.11 TOXOPLASMOSE 
A toxoplasmose ocular é uma doença dos olhos provocada por um protozoário designado por “toxoplasma 
gondii”. A toxoplasmose também é conhecida como a “doença do gato” por ser, habitualmente, transmitida 
pelas fezes deste animal, sendo ele o hospedeiro definitivo. Os roedores, os pássaros, os animais domésticos 
e o homem são hospedeiros intermediários. 
A toxoplasmose é uma doença infeciosa crônica que pode provocar danos em diversas partes do nosso 
organismo e não apenas nos olhos. 
A toxoplasmose ocular provoca uma ou várias lesões (cicatrizes) na retina como retinite necrosante focal, 
associada a vitrite e, por vezes, com uveíte. Quanto maiores forem as lesões provocadas pela toxoplasmose, 
mais comprometida estará a visão podendo até, em alguns casos, o doente vir a cegar. As lesões vão ficando 
cicatrizadas sob a forma de múltiplas áreas de branco acinzentadas ao nível do epitélio pigmentado da retina 
e quanto maiores forem, maior será a sua interferência na visão, podendo mesmo conduzir à cegueira, se a 
lesão for na mácula. 
Esta patologia pode provocar lesões num olho (unilateral) ou nos dois olhos (bilateral). 
Sintomas: Visão borrada e moscas volantes. Pode ter vermelhidão e fotofobia. A dor está normalmente 
ausente, exceto na presença de iridociclite. 
Sinais Críticos: Lesão retiniana nova unilateral branco-amarelada, geralmente associada a cicatriz 
coriorretiniana pigmentada antiga. Há reação inflamatória vítrea focal moderada a severa diretamente sobre 
a lesão. A cicatriz pode estar ausente em casos de toxoplasmose adquirida recentemente. 
 Toxoplasmose. 
FONTE: Gerstenblith, Adam T., Rabinowitz, Michael P. Manual de Doenças Oculares do Wills Eye Hospital, 6ª edição, Editora Artmed. Pag 369, 370, 371 
FONTE: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/toxoplasmose-ocular/ 
 
 
 
 
43. LUZES DE WORTH 
É um teste clínico usado principalmente para avaliar o grau de visão binocular de um paciente. 
Visão binocular envolve uma imagem sendo projetada por cada olho simultaneamente em uma área no 
espaço e sendo fundida em uma única imagem. 
O teste é usado na detecção da supressão do olho direito ou esquerdo, ou em casos de diplopia homônima 
ou cruzada. A supressão ocorre durante a visão binocular quando o cérebro não processa a informação 
recebida de um dos olhos. Esta é uma adaptação comum ao estrabismo, ambliopia e aniseiconia. 
 
É composto de quatro círculos iluminados (dois verdes, um vermelho e um branco) em um fundo negro. 
O teste é subjetivo e realizado Binocularmente: 
 
Longe: 6,10 mts (Tabela de Optotipo) 
Perto: 33 a 50 cm. (Lanterna Worth) 
 
 
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/uveite/
 
 A & W 117 
 
43.1 TESTE SUBJETIVO BINOCULAR PARA LONGE 
1. Tabela na distância de 6,10 mts. 
2. Paciente com óculos Bicromático (lente vermelha (RL) no OD e lente verde (GL) no OE) 
3. Inicie o teste perguntando quantas luzes o paciente enxerga. 
4. Depois pergunte quais as cores e as posições de cada uma delas. 
 
POSSÍVEIS RESULTADOS PARA LONGE 
Resposta: Relata ver 4 luzes e acerta a posição de cada cor. 
Resultado: Visão Binocular Normal, sem Diplopia e Supressão. 
 
 
 
 
43.2 TESTE SUBJETIVO BINOCULAR PARA PERTO 
1. Tabela na distância de 33 cm a 50 cm. 
2. Paciente com óculos Bicromático (lente vermelha (RL) no OD e lente verde (GL) no OE) 
3. Aproxime a lanterna de Worth na distância indicada. 
3. Inicie o teste perguntando quantas luzes o paciente enxerga. 
4. Depois pergunte quais as cores e as posições de cada uma delas. 
 
 
 
POSSÍVEIS RESULTADOS PARA PERTO 
Resposta: Relata ver 4 luzes e acerta a posição de cada cor. 
Resultado: Visão Binocular Normal, sem Diplopia e Supressão. 
 
 
DEMAIS RESULTADOS... 
Resposta: Relata ver 2 luzes vermelhas. 
Resultado: Visão Binocular Alterada. Supressão O.E 
 
 
 A & W 118 
 
Resposta: Relata ver 3 luzes verdes. 
Resultado: Visão Binocular Alterada; Supressão O.D 
 
 
 
 
 
Resposta: Relata ver 5 luzes 3 verdes e 2 vermelhas. 
Resultado: Diplopia Homônima. 
 
 
 
 
Resposta: Relata ver 5 luzes 3 verdes e 2 vermelhas. 
Resultado: Diplopia Cruzada. 
 
 
 
 
Resposta: Relata ver 1 luz vermelha, 2 verdes, a branca ele relata ver mesclado em com predominância do 
verde. 
Resultado: Síndrome de Mono fixação com OE dominante.49 
19.3 Acuidade Visual em Crianças ............................................................................................................... 49 
 
TESTES VISUAIS 
20. Avaliação dos Reflexos Pupilares ............................................................................................................ 51 
20.1 Fotomotor ........................................................................................................................................... 52 
20.2 Consensual ........................................................................................................................................... 53 
20.3 Acomodativo ....................................................................................................................................... 53 
21. Ângulo de Kappa ...................................................................................................................................... 54 
22. Teste de Hirschberg .................................................................................................................................. 55 
23. PPC – Ponto Próximo de Convergência ................................................................................................... 56 
24. PPA – Ponto Próximo de Acomodação .................................................................................................... 58 
25. Ducções ..................................................................................................................................................... 59 
26. Versões ..................................................................................................................................................... 60 
27. Cover Test ................................................................................................................................................. 61 
 
TÉCNICAS REFRATIVAS 
28. Refração .................................................................................................................................................... 64 
29. Principais Instrumentos de Trabalho ....................................................................................................... 64 
30. Retinoscopia ............................................................................................................................................. 66 
30.1 O Reflexo Luminoso Pupilar e as Sombras .......................................................................................... 67 
30.2 Faixa de Luz do Retino na Vertical ...................................................................................................... 67 
30.3 Faixa de Luz do Retino na Horizontal .................................................................................................. 67 
30.4 Faixa de Luz do Retino Oblíqua ........................................................................................................... 67 
30.5 Posição das Faixas ............................................................................................................................... 68 
30.6 Ametropias Esféricas ........................................................................................................................... 68 
30.7 Ametropias Cilíndricas ......................................................................................................................... 68 
30.8 Neutralizando as Sombras ................................................................................................................... 68 
30.9 Características das Sombras ................................................................................................................ 69 
31. Retinoscopia Estática ............................................................................................................................... 70 
31.1 Distância de Trabalho e Lente de Trabalho ......................................................................................... 70 
31.2 Método de Neutralização por Esferas ................................................................................................. 70 
31.3 Técnica ................................................................................................................................................. 70 
31.4 Resultados ........................................................................................................................................... 73 
31.5 Retinoscopia sem a Lente de Trabalho ............................................................................................... 74 
31.6 AV Pós Retinoscopia ............................................................................................................................ 74 
 
 A & W 6 
 
32. Retinoscopia Dinâmica ............................................................................................................................. 75 
32.1 Técnica .................................................................................................................................................. 75 
32.2 Resultados ........................................................................................................................................... 76 
32.3 AV Pós Retinoscopia ............................................................................................................................ 78 
32.5 Observações Finais .............................................................................................................................. 78 
 
AFINAMENTOS REFRATIVOS SUBJETIVOS 
33. Testes Subjetivos ...................................................................................................................................... 79 
33.1 Técnica 1: Monocular de Emborramento (Miopização) ..................................................................... 79 
33.2 Técnica 2: Dial Astigmático .................................................................................................................. 82 
34. Teste Bicromático ..................................................................................................................................... 85 
34.1 Teste .................................................................................................................................................... 86 
34.2 Hiper e Hipo Correção - Míope ........................................................................................................... 87 
34.3 Hiper e Hipo Correção - Hipermétrope ............................................................................................... 87 
35. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) – Dioptria Cilíndrica .......................................................................... 88 
35.1 Manuseio ............................................................................................................................................. 88 
35.2 A Escolha do CCJ .................................................................................................................................. 89 
35.3 Afinando o Eixo da Dioptria Cilíndrica .................................................................................................. 89 
35.4 Afinando a Potência da Dioptria Cilíndrica .......................................................................................... 91 
35.5 Detectando o Astigmatismo ................................................................................................................. 92 
36. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) – Dioptria Esférica ............................................................................ 93 
36.1 Afinando o Esférico ............................................................................................................................. 93 
37. Refração com Fenda Estenopeica ............................................................................................................94 
38. Prova Ambulatorial .................................................................................................................................. 95 
39. Visão de Perto - Adição ............................................................................................................................ 96 
39.1 Adição .................................................................................................................................................. 96 
39.2 Técnica ................................................................................................................................................. 96 
39.3 Modelos de Prescrições ....................................................................................................................... 96 
40. Cilindro Cruzado de Jackson (CCJ) – Visão para Perto ........................................................................... 97 
40.1 Técnica ................................................................................................................................................. 97 
41. RX Final ..................................................................................................................................................... 98 
 
OFTALMOSCOPIA 
42. Oftalmoscopia .......................................................................................................................................... 99 
42.1 Oftalmoscopia ou Fundoscopia ........................................................................................................... 99 
 42.1.1 Oftalmoscopia Direta ............................................................................................................. 100 
 
 A & W 7 
 
 42.1.1 Oftalmoscopia Indireta .......................................................................................................... 100 
42.2 Exemplos de Diagnosticos que Podemos Encontrar na Oftalmoscopia ........................................... 100 
42.3 Fisiologia da Oftalmoscopia .............................................................................................................. 100 
 42.3.1 Dilatar ou Não ........................................................................................................................ 101 
42.4 Ferramentas da Oftalmoscopia Direta .............................................................................................. 101 
 42.4.1 Lentes do Oftalmoscopio Direto ............................................................................................ 101 
 42.4.1 Miras ....................................................................................................................................... 102 
42.5 Teste de Bruckner .............................................................................................................................. 102 
42.6 Técnica da Oftalmoscopia ................................................................................................................. 103 
42.7 Anotações .......................................................................................................................................... 104 
42.8 Principais Patologias do Fundo de Olho ............................................................................................ 108 
 42.8.1 Glaucoma Primário de Ângulo Aberto ................................................................................... 108 
 42.8.2 Glaucoma Primário de Ângulo Fechado.................................................................................. 109 
 42.8.3 Papiledema ............................................................................................................................. 109 
 42.8.4 Deslocamento de Vítreo Posterior ......................................................................................... 109 
 42.8.5 Deslocamento de Retina ........................................................................................................ 110 
 42.8.6 Exsudatos Duros e Moles ....................................................................................................... 110 
 42.8.7 Retinopatia Hipertensiva ........................................................................................................ 111 
 42.8.8 Retinopatia Diabética .............................................................................................................. 113 
 42.8.9 DMRI - Degeneração Macular Relacionada a Idade .............................................................. 114 
 42.8.10 Catarata ................................................................................................................................. 115 
 42.8.11 Toxoplasmose ....................................................................................................................... 116 
43. Luzes de Worth ....................................................................................................................................... 116 
 
 
 A & W 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Página em Branco 
 
 
 
 
 
 
 A & W 9 
 
Optometria: Medida da Visão 
OPTOMETRIA é a ciência que estuda o sistema visual, habilitando profissionais independentes na área da saúde, não médicos, 
que atuam na prevenção de problemas oculares e sistêmicos; sendo ainda um especialista na determinação de defeitos refrativos e 
disfunções visuais, especificando as ações e medidas corretoras adequadas sem a utilização de drogas ou intervenções cirúrgicas. 
(Fonte: WCO - World Council Optometry). 
 
1. TERMINOLOGIAS E ABREVIATURAS 
MAIS UTILIZADAS EM OPTOMETRIA 
 
1.1 ABREVIATURAS 
 
A. A. - Amplitude de Acomodação 
A° - Astigmatismo 
Acc – Acomodação 
Ad - Adição 
A. O. - Ambos os olhos 
A. V. - Acuidade Visual 
Cil ou Cyl – Cilíndrico 
C.V. - Campo Visual 
Conv. – Convergência 
^ - Prisma 
D ou Dpt – Dioptria 
D^ ou Dpt^ - Dioptria Prismática 
DP – Distância Pupilar 
DNP – Distância Naso Pupilar 
Dx – Diagnóstico 
Div. – Divergência 
 - Combinado 
Esf. ou E – Esférico 
F.O. – Fundo de Olho 
K – Keratometria - Ceratometria 
 
 A & W 10 
 
L.C. – Lente de Contato 
N.D.N. – Nada digno de nota 
O. D. – Olho Direito 
O. E. – Olho Esquerdo 
O.D.E. – Olho Direito e Esquerdo 
Ph. - Furo Estenopeico (Pinhole) 
P.P.C. – Ponto Próximo de Convergência 
P.P.A. – Ponto Próximo de Acomodação 
Px – Paciente 
R. E. – Retinoscopia Estática 
R. D. – Retinoscopia Dinâmica 
Rx – Receita, Fórmula, Prescrição 
C/C. – Com Correção 
S/C. – Sem Correção 
V.B. – Visão Binocular 
V.L. – Visão de Longe (∞ óptico 6,10mt) 
V.P. – Visão de Perto (33 a 40 cm) 
Tx. – Tratamento 
 
1.2 TERMOS 
 
Acomodação – É a capacidade refrativa que o olho tem em produzir um poder aditivo para ver nítido os 
objetos localizados a diferentes distâncias. 
 
Acuidade Visual – É a capacidade de discriminação dos detalhes de um objeto. 
Adição – É o valor dióptrico utilizado para présbita. 
Afácia – Ausência do cristalino. 
Pseudo Afácia – Cristalino substituído por lente intra-ocular. 
Amaurose – Termo técnico para cegueira. 
Ametropia – Defeito de refração. 
Amplitude de Acomodação – É a capacidade máxima de acomodação do olho. 
Aniridia – Ausência congênita ou traumática da íris. 
Aniseiconia: Diferença de forma e tamanho de imagens retinianas. 
 
 A & W 11 
 
Anisocoria – Pupilas de diferentes tamanhos. 
Assintomático – Quando o paciente não apresenta sintomas. 
Astenopia– Cansaço/fadiga visual (conjunto de sinais e sintomas). 
Blefarite – Inflamação das bordas livres das pálpebras. 
Calázio – inflamação de uma das glândulas que produzem material sebáceo. 
Hordéolo – pequeno abscesso que ocorre na borda das pálpebras, cílios. 
Câmara Anterior (CA) – Espaço entre a córnea e a íris, preenchido pelo humor aquoso. 
Câmara Posterior (CP) – Espaço entre a parte posterior da íris e anteriordo cristalino, preenchido pelo humor 
aquoso. 
Segmento Anterior – Esclera, córnea, íris, corpo ciliar, humor aquoso e cristalino. 
Segmento Posterior – Câmara vítrea, humor vítreo, retina, coróide. 
Campo Visual (CV) – É o espaço que se pode perceber tendo o olhar fixo em um só ponto. 
Catarata – Opacificação do cristalino, normalmente associado ao processo senil, pode ocorrer 
congenitamente. 
Cefaléia – Dor de cabeça. Deve-se determinar a localização, a frequência, o período, a intensidade, se está 
associada à outra patologia (frontal, temporal, parietal, occipital). 
Conjuntivite – Inflamação da conjuntiva. 
Convergência (conv) – Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto próximo para manter a 
visão simples (normal) 
Coloboma – Ausência de parte de um tecido. 
Diagnóstico – Resumo simples e objetivo da história clínica. 
Diplopia – Visão dupla de um objeto. Na diplopia ou visão dupla o paciente vê duas imagens em vez de 
uma, ou seja, é um sintoma em que um único objeto é “entendido” pelo cérebro como se tratasse de dois 
objetos. 
 
Distância Pupilar – Distância do centro de uma pupila até a o centro da outra. 
Distância Nasopupilar – Distância do centro de uma pupila até a parte nasal. 
Divergência (div) – Capacidade de dirigir os eixos visuais em direção a um ponto mais afastado. 
Efeito estenopeico – Paciente entrecerra os olhos fazendo uma fenda para obter melhor visão. 
Enucleação – Remoção do globo ocular. 
Epífora – Lacrimejamento involuntário e contínuo, devido a obstrução das vias lacrimais, pode estar 
associada a patologias, esforço visual, defeitos refrativos. 
Estereopsia – visão pela percepção de profundidade. 
Escotoma – São áreas sem visão dentro do campo de visão que podem ser resultado de um dano na retina. 
 
 A & W 12 
 
Enoftalmia – Uma retração anormal do olho em relação à órbita. A enoftalmia é o afundamento do globo 
ocular para dentro da órbita, que pode ser congênito ou adquirido. 
Exoftalmia – Olhos saltados. Condição médica em que o paciente apresenta uma protrusão de um ou dos 
dois olhos para fora da órbita. A exoftalmia exibe uma proporção maior do que o normal da parte branca 
dos olhos, fazendo os olhos parecerem "arregalados" 
Fotofobia – Sensibilidade anormal e desconforto a luz. 
Filme Lacrimal – Porção de lágrima que recobre a córnea e a conjuntiva. 
Fundo de Olho – porção posterior do olho visualizada através da oftalmoscopia 
Fusão – junção das imagens recebidas pelos dois olhos em uma imagem 
Hemianopsia – perda de meio campo de visão de um ou ambos os olhos 
Hiperemia – Olhos vermelhos. Acúmulo excessivo de sangue em um determinado tecido, está associado a 
patologias do segmento anterior, defeitos refrativos, mobilidades oculares, alergias. 
Hifema – Presença de sangue na câmara anterior. 
Hipópio – Presença de pus na câmara anterior. 
Infinito Óptico (∞) – é a distância em que os raios de luz chegam paralelos ao sistema óptico. Em optometria 
é considerado como 6,10 metros 
Lâmpada de Fenda ou Biomicroscópio – instrumento utilizado para avaliação dos olhos e seus anexos. 
Midríase – Aumento do diâmetro da pupila. 
Miose – Diminuição do diâmetro da pupila. 
Miodesopsia (moscas volantes) – são pequenos pontos escuros que parecem mover-se na frente de um ou de 
ambos os olhos. 
Nistagmo – Movimento rápido e involuntário do globo ocular. 
Ortóptica – Estudo da visão binocular, anomalias e tratamentos. 
Ponto Próximo de Acomodação (PPA) – é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto nítido, usando 
ao máximo a acomodação 
Ponto Próximo de Convergência (PPC) – é o ponto mais próximo onde um objeto pode ser visto simples usando 
ao máximo a convergência 
Prurido – Termo técnico para coceira. 
Pterígio – espessamento vascularizado da conjuntiva em formato triangular que se estende do ângulo interno 
(nasal) em direção à córnea. 
Pinguécula – degenerescência da conjuntiva que se manifesta como um depósito de cor amarela 
esbranquiçada na junção entre a córnea e a esclera. 
Ptose – Alteração da pálpebra superior, pode ser monocular ou binocular. O tratamento é cirúrgico quando 
as pálpebras afetam a visão. 
 
 
 A & W 13 
 
Ponto Cego – Área do campo visual que corresponde ao nervo óptico. 
 
Com o olho direito fechado, olhe para o círculo (distância de +/- 40 cm). 
Com o olho esquerdo fechado, olhe para a letra X (distância de +/- 40 cm). 
 
 
Receita (RX) – é a fórmula, a prescrição óptica que será dada ao paciente 
Sinais – Manifestações que o examinador observa. Pode ser sinais oculares ou gerais. 
Sintomas – Manifestações que o paciente relata. 
Distiquíase – Na distiquíase temos uma segunda fileira de cílios, parcial ou completa, que emergem na 
margem das pálpebras. 
Triquíase – Cílios crescem com desvio para dentro do globo ocular. 
Visão Binocular (VB) – capacidade dos olhos em focalizar um objeto e fundir as duas imagens em uma só 
Visão Monocular (VM) – visão de um olho só 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 14 
 
2. OLHO EMÉTROPE 
 
Olho que não precisa de correção. Classificamos um indivíduo como emétrope quando os raios de luz 
paralelos vindos do infinito óptico (∞ = 6,10 mts) incidem no olho, atravessando os meios refringentes, 
sendo o ponto focal formado exatamente sobre a retina, mais precisamente na fóvea, isso faz com que a 
imagem de um objeto distante se forme de maneira muito nítida na retina. 
O paciente emétrope possui as estruturas do globo ocular em equilíbrio em relação ao seu EAP (eixo 
anteroposterior), isso significa que a potência óptica (poder refrativo) do olho é compatível com seu 
tamanho. 
 
 
2.1 DISTÂNCIA FOCAL 
Distância focal e a distância linear entre o centro de uma lente (ponto de origem) e o seu foco principal, ou 
seja, a distância que o olho humano foca o que quer enxergar. Esse ajuste de foco se dá por meio da 
acomodação do cristalino que permite ajustar a visão para objetos próximos ou distantes, proporcionando 
assim uma visão nítida, o que é chamado de “poder de acomodação”. 
 
 
 
2.1.1 DISTÂNCIA FOCAL (DF) 
 
Exemplo: DF para 3,00D (Dioptrias) 
DF = (1/3,00) = 0,33 mts x 100 = 33 cm. 
Ou seja, a uma distância de 33 cm o paciente precisa acomodar 3,00D para poder enxergar com nitidez. 
Dioptria (D) 
 
Exemplo: D para 1 mt. 
D = (1/1) = 1,00D. 
Ou seja, a uma distância de 1 metro o paciente acomoda 1,00D para poder enxergar com nitidez. 
 
 
Quanto maior a distância, melhor a acomodação do olho, menor dioptria. 
DF = 0,50 cm → D = 2,00D 
DF = 2,00 mt → D = 0,50D 
 
 A & W 15 
 
2.2 ACOMODAÇÃO 
A acomodação do cristalino está associada ao poder de relaxamento ou contração dos músculos ciliares do 
globo ocular, de acordo com a distância. Processo esse que garante que a imagem seja fixada na retina 
permitindo uma visualização nítida do objeto/imagem. Quando o músculo ciliar relaxa, a lente do globo 
ocular fica com menor curvatura e mais esticada, o que permite a focalização de objetos distantes. Quando 
o músculo ciliar contrai, a lente do globo ocular aumenta sua curvatura, garantindo a visualização de objetos 
próximos. Podemos considerar que a acomodação é um mecanismo fisiológico que o olho possui, através 
do cristalino, de focalizar com nitidez os objetos localizados em diferentes distâncias, sendo necessária a 
variação do poder dióptrico. Essa distância está compreendida entre o ponto próximo (em média 25 cm) e 
o ponto remoto (infinito visual). 
Segundo Hermann Von Helmholtz (1821-1894), formado em física, tornou-se professor de fisiologia e física, 
dedicando toda sua vida ao estudo da fisiologia óptica. O ato de acomodação resulta de uma contração do 
músculo ciliar que reduz o diâmetro do corpo ciliar e relaxa a tensão zonular. Isto permite que cristalinos 
jovens retomem suas formas originais de curvaturas acentuadas e poder óptico elevado para focalizar 
objetos próximos sobre a retina. Quando a acomodação cessa, o músculo ciliar relaxa e retorna a sua 
configuraçãodesacomodada, a tensão zonular é novamente aumentada e o cristalino é tracionado no 
equador aumentando assim sua distância focal. 
 
 
Fonte: Duke-Elder S. Adjustments to the optical system: accommodation. In: Duke-Elder S, eds. System of Ophthalmology: Ophthalmic Optics and Refraction, St. Louis: 
C.V. Mosby, 1970; Vol. V, Chap. IV. 
 
 
2.2.1 PROCESSO DE ACOMODAÇÃO 
− O músculo ciliar se contrai; 
− As zônulas se relaxam; 
− O esfíncter da íris se contrai; 
− O cristalino aumenta sua curvatura e seu poder dióptrico. 
 
 
 
 
 A & W 16 
 
2.2.2 TRÍADE DE ACOMODAÇÃO 
Ao ato da acomodação são verificadas três respostas fisiológicas: 
a) A pupila se contrai; 
b) Os olhos convergem; 
c) Ocorre a resposta acomodativa. 
 
Em conjunto as três respostas são denominadas de "tríade da acomodação” ou "reflexo de perto”. Muitos 
são os sintomas e sinais observados quando a acomodação de uma pessoa não está adequada. Tanto quando 
é excessiva ou simplesmente porque não consegue manter o foco em condições favoráveis por muito tempo. 
 
 
2.2.3 SINCINESIA (MOVIMENTO) DE ACOMODAÇÃO 
a) Convergência: é a fusão das imagens em uma só. Se dá ao mesmo tempo que a acomodação. Toda vez 
que olhamos para perto, o olho acomoda. 
 
b) Acomodação: é ver nitidamente a qualquer distância. A acomodação proximal é provocada pela sensação 
de proximidade de um objeto. 
 
c) Miose: contração da pupila que elimina as aberrações esféricas para haver mais profundidade de foco. 
Sempre que o olho vê um objeto perto ocorre uma diminuição do diâmetro pupilar, essa contração é mais 
lenta que a produzida por luz. 
 
d) Retinal: estimulada pela percepção de uma imagem borrada na retina. 
 
 
Quando o processo de acomodação do cristalino é prejudicado, há alterações que implicam em alterações 
na visão, causando como, por exemplo, a presbiopia ou espasmo de acomodação. 
 
 
 
 
 
2.2.4 COMPONENTES DE ACOMODAÇÃO 
Depois de vários anos de estudo, Heath (1956), dividiu a acomodação nos seguintes componentes: 
 
2.2.4.1 - ACOMODAÇÃO REFLEXA 
A acomodação reflexa é a resposta automática do poder refrativo do olho em colocar uma imagem 
desfocada numa imagem nítida e focada na retina, ou seja, é a capacidade de resposta do mecanismo da 
acomodação de mudar a incidência da luz em vergência. Ocorre para um desfocamento até 2,00 D, sendo 
superior a isso é requerido um esforço de acomodação voluntária, é o primeiro componente mais 
importante para a acomodação. 
 
 
 
 
 A & W 17 
 
2.2.4.2 - ACOMODAÇÃO POR CONVERGÊNCIA 
A acomodação por convergência é a quantidade de acomodação que é estimulada ou relaxada pelo efeito 
da convergência. É induzida pela ligação neurológica entre a acomodação e a ação da inervação da 
convergência para manter a imagem nítida e perfeita quando os objetos se aproximam, é considerado o 
segunda maior componente da acomodação. 
 
 
2.2.4.3 - ACOMODAÇÃO PROXIMAL 
A acomodação proximal é a quantidade de acomodação induzida pela sensação de proximidade. É ativada 
para objetos localizados até 3 metros, o que influência o sistema oculomotor. Em condições normais de 
binocularidade a contribuição proximal é relativamente baixa, cerca de 4%, em condições de ambiente 
fechado. 
 
 
2.2.4.4 - ACOMODAÇÃO TÔNICA 
É a inervação que dá vitalidade ao músculo ciliar na ausência de qualquer estímulo, desfocado ou 
disparidade. Em sujeitos jovens, numa sala escura a três metros das paredes sem qualquer estímulo, o seu 
valor médio da acomodação tónica é aproximadamente de 1,00 D, num grupo de adultos entre os 21 anos a 
50 anos de idade com a melhor correção e binocularidade normal, verificaram que a acomodação tónica 
varia significativamente no intervalo de 0,70 D a 2,50 D e vai diminuindo numa taxa de 0,04 D/ano ou seja, 
ao longo da idade. 
 
 
2.2.4.5 - EXAME CLÍNICO DA ACOMODAÇÃO 
A visão binocular, para o seu bom funcionamento, tem dois sistemas interligados entre si que são o 
acomodativo e a vergência. Desse modo, os exames para medir os parâmetros acomodativos devem ser 
efetuados monocularmente para que não haja interferência da vergência. 
 
2.2.4.6 - EXAMES CLÍNICOS DA ACOMODAÇÃO 
➢ Amplitude de acomodação 
➢ Atraso acomodativo 
➢ Flexibilidade acomodativa 
 
 
2.3 PONTO REMOTO 
É o ponto mais afastado para se ver uma imagem nítida e focada. Nesta situação os músculos ciliares 
encontram-se totalmente relaxados (acomodação em repouso). Em uma pessoa emétrope esse ponto 
encontra-se no infinito óptico. 
 
Emétrope: o ponto remoto está infinitamente afastado (D⇾∞) 
 
 
2.4 PONTO PRÓXIMO 
É o ponto mais próximo que uma pessoa pode enxergar corretamente com nitidez. O que caracteriza esta 
situação é que os músculos ciliares encontram-se totalmente contraídos. Acomodação ativada. 
 
 A & W 18 
 
2.5 PONTO PRÓXIMO DE ACOMODAÇÃO 
É a posição em que um objeto pode se aproximar do olho, mantendo ainda a imagem nítida, momento esse 
em que está ocorrendo a máxima acomodação. 
 
 
2.6 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 
É a variação máxima possível da acomodação. Corresponde à diferença entre a Acomodação máxima e 
ausência da mesma. Apresenta redução fisiológica com o tempo. 
A acomodação pode ser estimulada por vários métodos: 
✓ Com lentes esféricas negativas 
✓ Por aproximação de um estímulo 
✓ Com prismas base externa 
 
 
 
 
3. OLHO AMÉTROPE 
 
O olho amétrope apresenta alguma deficiência de refração caracterizada pela não formação da imagem 
sobre a retina, tendo os raios vindos do infinito, atravessando os meios transparentes e formando seu foco 
antes ou depois da retina. 
 
 
3.1 AMETROPIA ESFÉRICA 
Quando a potência de refração do olho for igual em todos os meridianos, tendo seu ponto focal para longe 
formado antes ou após a retina. 
 
 
3.2 AMETROPIA CILÍNDRICA 
Quando a potência de refração do olho for diferente nos dois meridianos principais. Os pontos focais podem 
ser formados tanto antes quanto depois da retina, um antes e outro após ou até mesmo um deles se 
formando sobre a retina. 
 
 
 
4. MIOPIA 
Palavra que tem origem no grego myo(fechar) + óps(olho) 
 
A miopia é considerada uma ametropia esférica. Na miopia, os raios luminosos provenientes do infinito 
óptico ao penetrarem no olho são focalizados antes da retina, ou seja, o foco não é formado diretamente 
sobre a retina e sim antes dela, dificultando a visão do paciente.Devemos considerar que a miopia é uma 
ametropia que causa dificuldades para se enxergar ao longe, enquanto sua visão de perto é boa, mas 
dependendo do alto valor dióptrico o paciente apresentará dificuldades para enxergar de perto também. 
O olho de uma pessoa míope tem o comprimento maior que o normal ou o poder refrativo do cristalino 
encontra-se aumentado. Possui efeito similar ao de uma lente positiva (possui excesso de convergência – 
“olho maior”), por isso dizemos que a miopia é um defeito positivo que se corrige com lentes denominadas 
negativas ou divergentes. 
 
 A & W 19 
 
 
 
 
4.1 PONTO REMOTO DO MÍOPE: 
O ponto remoto do míope (PRM) que deveria estar no infinito, estará a uma distância menor de acordo com 
o grau de miopia, estando entre o infinito e o olho do paciente. 
Míope - o ponto remoto do míope (PRM) está a uma distância Dm finita (menor) do olho. 
 
 
Exemplo = PR em 20 cm. 
D = . 1 . = . 1 .= -5,00 D 
 PR 0,20 mt 
 
 
 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DA MIOPIA 
MIOPIA REFRATIVA: causada pelo índice de refração dos meios transparentes e pela curvatura da córnea ou 
do cristalino. 
 
MIOPIA AXIAL: causada pelo alongamento do globo ocular, com diâmetro anteroposterior maior que o 
normal. 
 
MIOPIA PATOLÓGICA: miopia degenerativa que provoca alterações na retina e está associada com um 
alongamento anormal do olho, resultando em transformações no fundo de olho. 
 
MIOPIA CONGÊNITA: alto grau de miopia ao nascimento, pode estar associada a outra patologia como 
Toxoplasmose, Sífilis, Síndrome de Down. 
 
PSEUDOMIOPIA: situação patológica que simula a miopiae que se desenvolve pelo excesso de acomodação, 
provocada muitas vezes pela grande demanda da visão de perto. 
 
NOTURNA: Devido à falta de iluminação, o olho apresenta dificuldades em ver os detalhes e a pupila dilata 
para captar mais luz. Dilatação = midríase. 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 20 
 
4.3 CLASSIFICAÇÃO DA MIOPIA DE ACORDO COM A DIOPTRIA 
MUITO BAIXA: de - 0,25 D a - 1,00D 
BAIXA: de - 1,25 D a - 3,00D 
MÉDIA: de - 3,25 D a - 6,00D 
ALTA: de - 6,25 D a - 10,00D 
MUITO ALTA: > - 10,25D 
 
 
4.4 SINAIS E SINTOMAS 
✓ Baixa acuidade visual para longe, mas geralmente boa visão de perto 
✓ Efeito estenopeico (Fenda com as pálpebras) 
✓ Tensão ocular 
✓ Olhos grandes 
 
 
4.5 TIPOS DE CORREÇÃO DE MIOPIA 
✓ Óculos: Lentes Esféricas (-), divergentes, côncavas. 
✓ Lentes de Contato: Gelatinosas ou Rígidas 
✓ Cirurgias refrativas: PRK ou Lasik 
 
 
4.6 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
➢ MIOPIA 
 
 
 
5. HIPERMETROPIA 
Palavra que tem origem no grego hyper(aumentada) + óps(olho) 
 
Ametropia esférica aonde os raios paralelos vindos do infinito óptico, que ao refratarem no olho, formam 
seu foco após a retina, estando à acomodação em repouso. Com isto, o indivíduo tem dificuldade de 
enxergar objetos que estão longe. Objetos quando são aproximados fazem com que o foco se distancie mais 
da retina, atrapalhando principalmente o hábito da leitura. 
Pacientes jovens de baixa hipermetropia costumam compensar a necessidade de correção através da 
acomodação do cristalino, sem que isso gere sintomas, ou seja, em alguns caso o paciente terá uma boa 
visão para longe devido a acomodação. 
A pessoa que tem Hipermetropia tem o comprimento do olho menor que o normal, com isso o EAP (eixo 
anteroposterior) do hipermetrope é muito pequeno em comparação ao poder refrativo do olho do paciente. 
Podemos definir como um defeito negativo que corrigimos com lentes denominadas positivas ou 
convergentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 21 
 
5.1 PONTO PRÓXIMO DO HIPERMÉTROPE 
Para uma pessoa de visão normal este ponto está localizado a 25 cm do olho (do cristalino) que 
é denominada distância mínima de visão distinta, já para o hipermetrope este ponto próximo localiza-se a 
uma distância superior a 25 cm. 
Hipermetrope: o ponto próximo do hipermetrope (PPH) está a uma distância mínima maior do que 25 cm, 
que é a distância do ponto próximo do olho normal (PPN). 
 
 
 
 
 
Exemplo = PP em 40 cm. 
 
 1 . = . . 1 . . -.. 1 . .→. . 1 . . - . 1 . 
 f PPn PPh 25 cm 40 cm 
 
→ 1 . = 0,04 – 0,025 = 0,015 cm 
 f 
→ 1 . = .. 0,015 .. 
 f 1 
 
0,015f = .1 
f = .1/0,015 
f = 66, 7 cm 
 
 
D . = . 1 . → . 1 . = +1,50 D 
 f 0,667 mt 
 
 
 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DA HIPERMETROPIA 
HIPERMETROPIA REFRATIVA: aumento do índice de refração do núcleo do cristalino. Falta do cristalino 
(afácia). 
HIPERMETROPIA DE CURVATURA: Córnea ou cristalino de face muito plana. 
HIPERMETROPIA AXIAL: O comprimento do EAP (eixo anteroposterior) do olho é menor que o normal, neste 
caso não há poder positivo suficiente para focar os raios luminosos na retina. 
 
 
5.3 ACOMODAÇÃO DO HIPERMÉTROPE 
A córnea e o cristalino operam juntos em refratar os raios de luz e focalizá-los no fundo do globo ocular. A 
acomodação resulta da mudança na forma do cristalino, através da alteração na sua curvatura e espessura 
central, modificando o poder dióptrico do olho. 
Em virtude dessa função, o cristalino pode corrigir determinados erros hipermetrópicos e quanto mais jovem 
a pessoa for, melhor será sua facilidade de acomodação. 
 
 
 A & W 22 
 
5.4 HIPERMETROPIA BASEADA NA ACOMODAÇÃO 
HIPERMETROPIA TOTAL: Obtida através da refração. 
 
HIPERMETROPIA LATENTE: Não aparente, oculta. Corrigida espontaneamente devido à sua grande 
amplitude de acomodação. Assintomática. 
 
HIPERMETROPIA MANIFESTA: Quando há a diminuição do poder de acomodação a hipermetropia pode 
deixar de ser automaticamente corrigida. 
Dividida em duas partes: facultativa ou absoluta. 
FACULTATIVA: O paciente tem 100% de acuidade visual com ou sem óculos. Pode ser compensada pela 
acomodação. Pode apresentar sintomatologia ou não dependendo da idade do paciente, da amplitude de 
acomodação e da demanda visual. 
ABSOLUTA: O paciente não tem 100% de acuidade visual sem os óculos. Não há compensação pela 
acomodação, sendo assim a visão de longe e de perto tornam-se borradas. 
 
 
5.5 EXEMPLO DE CASO 
HIPERMETROPIA TOTAL: RX: +2,00DE (obtida através da refração) 
HIPERMETROPIA MANIFESTA: Pelo processo de miopização, paciente aceita uma correção de RX: +1,50DE. 
HIPERMETROPIA LATENTE: É a diferença entre a hipermetropia TOTAL e a MANIFESTA. 
Isto é: (+2,00) - (+1.50) = +0,50DE. 
 
 
5.6 CLASSIFICAÇÃO DA HIPERMETROPIA DE ACORDO COM A 
DIOPTRIA 
MUITO BAIXA: de + 0,25 D a +1,00 D 
BAIXA: de +1,25 D a +3,00D 
MÉDIA: de +3,25 D a +6,00D 
ALTA: de +6,25 D a +10,00D 
MUITO ALTA: > +10,25D 
 
 
5.7 SINAIS E SINTOMAS 
✓ Baixa acuidade visual para longe e perto. 
✓ Lacrimejamento 
✓ Cefaléia (dor de cabeça), predominante à noite e frontal. 
✓ Astenopia acomodatícia (Cansaço ocular). 
✓ Estrabismo convergente, pode estar associado a um endodesvio devido a acomodação excessiva. 
✓ Hiperemia (Vermelhidão no final do dia) 
✓ Olhos pequenos 
 
 
5.8 TIPOS DE CORREÇÃO DE HIPERMETROPIA 
✓ Óculos: Lentes Esféricas (+), lentes convergentes, convexas. 
✓ Lentes de Contato: Gelatinosas ou Rígidas 
✓ Cirurgias refrativas: PRK ou Lasik 
 
 
 
 
 A & W 23 
 
5.9 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
➢HIPERMETROPIA 
 
 
 
 
6. ASTIGMATISMO 
Palavra que tem origem no grego em que “a”(falta de) + stigma (um ponto) 
 
É uma ametropia ocular onde o foco é formado em dois pontos diferentes no olho do indivíduo, pois os raios 
de luz que incidem nos olhos não são refratados igualmente em todos os meridianos, sendo assim não 
chegam ao mesmo ponto na retina. A diferença de curvatura nos meridianos principais da córnea ou 
cristalino irão resultar em diferentes profundidades de foco que irão distorcer a visão tanto de longe quanto 
de perto, ou seja, uma imperfeição na simetria do sistema óptico ocular causando assim o astigmatismo. 
Ametropia cilíndrica. 
 
 
6.1 CAUSAS DO ASTIGMATISMO 
HERANÇA GENÉTICA: mal formação, geralmente o astigmatismo aparece ao nascimento e sofre poucas 
alterações durante o desenvolvimento. 
TRAUMAS: gerados por acidentes que deixam lesões que podem diminuir ou aumentar a curvatura em 
certos meridianos gerando astigmatismos. 
PÓS-CIRÚRGICO: como efeito colateral de certos tipos de cirurgias ou no manejo pós-operatório. 
CERATOCONE: problema de natureza patológica dentro das distrofias corneais assumindo um aspecto de 
cone que geralmente é bilateral. 
 
 
6.2 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - I 
REGULAR: quando os dois principais meridianos do olho formam um angulo de 90° entre eles. Não 
patológico. 
IRREGULAR: quando os principais meridianos do olho não formam ângulos de 90° entre eles. Pode ser 
patológico ou não. Esse tipo de astigmatismo deve ser corrigido com outros meios ópticos, por exemplo 
lentes de contato específicas. Exemplo: Ceratocone. 
 
 
 
 
 
 A & W 24 
 
6.3 CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO - II 
ASTIGMATISMO CORNEAL 
Astigmatismo da Córnea. 
Córnea de formato irregular, é o tipo de astigmatismo mais comum, possui diferenças de até 6,00D que é o 
limite para sua classificação nos Astigmatismo regulares. 
Os valores dos meridianos principais da córnea são obtidos mediante medidas ceratométricas. 
ATC = D> - Dde córnea. 
 
ASTIGMATISMO TOTAL 
Será a soma do astigmatismo total de córnea com o astigmatismo residual. 
Será diagnosticado pelo especialista através do exame de refração (retinoscopia). 
DC RX = ATC + Res 
 
 
 
6.4 ASTIGMATISMO INDUZIDO 
O astigmatismo induzido pode ser causado pela correção errada, óculos mal ajustados ou influência das 
lentes oftálmicas. 
 
 
 
6.5 TRANSPOSIÇÃO 
A transposição é a MUDANÇA DE NÚMEROS E SINAIS, SEM ALTERAR O VALOR DIÓPTRICO DA LENTE. 
Toda lente cilíndrica, combinada ou tórica, possui duas formas de serem lidas ou prescritas, sendo uma com 
o cilíndrico positivo e outra com o cilíndrico negativo. 
 
REGRAS DA TRANSPOSIÇÃO: 
 
Esférico: Soma-se com o valor do cilíndrico. 
Cilíndrico: Manter o valor e inverter o sinal. 
Eixo°: 0° a 90° soma-se 90 
Eixo°: 91° a 180° subtrai-se 90 
 
 
 
 
 A & W 25 
 
6.6 O ASTIGMATISMO SEGUNDO SUA FOCALIZAÇÃO DIVIDE-SE EM: 
SIMPLES: quando não está associado a outro defeito de refração. 
COMPOSTO: quando os dois focos se formam antes ou depois da retina, podendo ser miópico ou 
hipermetrópico. 
MISTO: quando os dois focos se formam, um antes do plano retiniano e o outro atrás desse plano. 
 
 
6.7 CLASSIFICAÇÃO CONFORME A FORMAÇÃO DA IMAGEM 
ASTIGMATISMO MIÓPICO SIMPLES: quando o foco de um meridiano é formado sobre a retina e o foco do 
outro meridiano é formado antes da retina. 
 
 
 
ASTIGMATISMO MIÓPICO COMPOSTOS: quando os dois meridianos formam dois focos diferentes antes da 
retina. 
 
 
ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO SIMPLES: quando o foco de um meridiano é formado sobre a retina e o 
foco do outro meridiano é formado depois da retina. 
 
 
ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO COMPOSTO: quando os dois meridianos formam dois focos diferentes 
depois da retina. 
 
 
 
ASTIGMATISMO MISTO: quando serão formados dois focos diferentes, sendo um antes da retina e o outro 
após. 
 
A diferença entre eles será o astigmatismo. 
 
 
 A & W 26 
 
6.8 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A POSIÇÃO DO EIXO 
➢ CILÍNDRICO NEGATIVO 
 
 
A favor da regra: Quando a curva vertical da córnea é mais acentuada do que a horizontal. (WR). 
Contra a regra: Quando a curva horizontal da córnea é mais acentuada do que a vertical. (AR). 
Oblíquos: Astigmatismos que se encontram entre 30 e 60°, 120 e 150°. 
Quando uma superfície refratante tem o mesmo raio de curvatura em todos os meridianos se denomina 
superfície ESFÉRICA, e quando os raios de curvatura são diferentes se denominam TÓRICA. 
 
 
6.9 SINTOMAS DO ASTIGMATISMO 
São geralmente subjetivos, podendo-se destacar: 
✓ Astenopia (Cansaço ocular). 
✓ Hiperemia. 
✓ Prurido (Coceira) 
✓ Dor ocular. 
✓ Salto de letras ou linhas. 
✓ Inversão de sequência numérica 321, 312. 
✓ Visão embaçada. 
✓ Visão dupla. 
 
 
6.10 CORREÇÃO DO ASTIGMATISMO 
Óculos: os astigmatismos serão corrigidos com lentes cilíndricas que irão compensar tais diferenças de 
curvatura. 
Lentes de Contato: os astigmatismos irregulares serão corrigidos com lentes de contato rígidas. 
Correção por cirurgia refrativa. 
 
 
6.11 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA VISÃO DE LONGE 
➢ ASTIGMATISMO 
 
 
CILÍNDRICO NEGATIVO 
WR = A favor da regra 
AR = Contra a regra 
O = Oblíquo 
 
 
 A & W 27 
 
7. PRESBIOPIA 
Presbi (idoso) + opia (visão) 
 
Conhecida popularmente como “Síndrome do braço curto” ou “Vista Cansada”, a Presbiopia ocorre quando 
o cristalino não consegue focalizar objetos próximos, pela perda da capacidade acomodativa, uma condição 
em que a função fisiológica do cristalino foi perdida. 
É uma redução fisiológica da amplitude de acomodação devido à idade, normalmente se manifesta por 
volta dos 40 anos. Conforme se avança a idade, o músculo ciliar perde a sua elasticidade e o cristalino torna-
se menos flexível, havendo assim a perda da capacidade acomodativa, prejudicando a visão de perto. 
 
 
7.1 AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO 
Diferença entre o ponto mais próximo e o mais distante o qual se consegue focar um texto de maneira 
adequada, tendo como como base as posições do ponto remoto (ponto mais distante para visão nítida na 
retina) e o ponto próximo (ponto mais próximo em que se forma uma imagem nítida na retina). 
A diferença entre a capacidade de foco do olho, será a Amplitude de acomodação. 
 
✓ Quando em repouso (cristalino), com refração mínima. 
✓ Quando acomodado (cristalino), com refração máxima. 
 
Podemos medir a amplitude de acomodação através de algumas técnicas, dentre elas: 
➢ Técnica de Sheard 
➢ Técnica de Donders 
 
 
 
7.1.1 TÉCNICA DE SHEARD 
Determinar a máxima capacidade acomodativa do olho, mediante o estímulo da acomodação com lentes 
negativas. 
✓ Paciente usando sua correção para longe; 
✓ Técnica monocular; 
✓ Tabela de perto a 33 cm; 
✓ Solicitar ao paciente que leia uma linha acima da melhor acuidade visual a 40 cm. 
✓ Adicionar lentes negativas de -0,25D até o paciente reportar visão borrada. 
✓ Não aproximar a tabela, mantê-la a 33 cm. 
Ao resultado final acrescenta-se -3,00, referente a distância de 33 cm que estava a tabela. 
 
 
7.1.2 TÉCNICA DE DONDERS 
Determinar a máxima capacidade acomodativa do olho, mediante a aproximação da cartela de VP. 
✓ Paciente usando sua correção para longe; 
✓ Técnica monocular; 
✓ Tabela de perto a 50 cm; 
✓ Solicitar ao paciente que leia uma linha acima da melhor acuidade da tabela de perto; 
✓ Aproximar a tabela até o paciente enxergar borrado; 
✓ Após isso, medir a distância do olho até a tabela. 
✓ Converter esse valor em dioptrias. 
 
 
 A & W 28 
 
 
 
 
 
 
 
 A & W 29 
 
7.2 PRESBIOPIA E A ACOMODAÇÃO 
A aparição da presbiopia pode variar de acordo com os fatores externos a que é condicionado o sistema 
acomodativo (cristalino e músculo ciliar) pela presença de ametropias e do tipo de trabalho visual que realiza 
o indivíduo, podendo ser antecipado ou retardado, ou seja, devemos levar em consideração tipo de 
ametropia, a idade do paciente, ocupação, distância que costuma trabalhar, se pratica leitura por horas 
extensas. 
 
 
7.3 CLASSIFICAÇÃO DA PRESBIOPIA 
1) INCIPIENTE: este é o primeiro estágio, o problema refrativo está na fase inicial, quando pode ser um pouco 
mais difícil de ler letras pequenas, mas com esforço consegue enxergar. 
2) FUNCIONAL: é o momento em que a presbiopia passa a ser notada, o paciente relata queixas que são 
confirmadas através da AV. 
3) ABSOLUTA: com a diminuição progressiva da acomodação, os olhos já não conseguem focar os objetos 
próximos, é o estado mais avançado da presbiopia. 
4) PREMATURA: aparece antes dos 40 anos, deve-se a diversos fatores atribuídos. 
5) NOTURNA: existe muita dificuldade na visão de perto em ambientes com pouca luminosidade. 
 
 
7.4 SINAIS E SINTOMAS 
✓ A principal queixa é de borramento visual para perto. 
✓ Necessidade de afastar algo que se está lendo. 
✓ Astenopia 
✓ Visão imprecisa 
✓ Cefaléia 
✓ Esforço e ardência ocular. 
✓ Dor ocular 
✓ Lacrimejamento 
 
 
7.5 ADIÇÃO 
A correção é realizada com lentes esféricas, as quais denominamos de adição. Pacientes com presbiopia irão 
necessitar de correção ocular que irá variar entre +0,75 D e +3,00 D para melhorar a sua visão de perto. A 
tabela abaixo serve como orientação para a avaliação e prescrição, ela pode variar, caso o paciente tenha 
alguma ametropia. 
 
 
 
 
 
 
 A & W 30 
 
7.6 CORREÇÃO DA PRESBIOPIA 
ÓCULOS – LENTES ESFÉRICAS 
As lentes simples para visão ao perto são adequadas para a correção da presbiopia em indivíduos 
emétropes. 
As lentes bifocais possuem duas lentes independentes para a visão de perto e de longe. 
As lentes trifocais são semelhantes às lentes bifocais, mas possuem três zonas de visão (para a visão de 
perto, longe e intermédia) apresentando assim uma zona para visão intermédia acima da zona de visão de 
perto. 
As lentes progressivas são lentes multifocais que possuem zonas de visão de perto e de longe permitindo 
uma boa visualização a todas as distâncias. 
As lentes ocupacionais são lentes adaptadas as necessidades especiais de visão, ligadasa determinadas 
profissões. 
 
LENTES DE CONTATO 
Lentes de contato simples (para a visão de longe) implicam na associação de óculos de leitura. 
Lentes de contato de monovisão: consiste na colocação de lentes de contato simples em cada olho (Longe 
e perto). 
Lentes de contato bifocais e multifocais: são as lentes de contato para pacientes que necessitam de uma 
boa visão a várias distâncias. 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: Lasik e Técnica intraocular. 
 
 
 
7.7 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA PERTO 
➢SOMENTE PRESBITA - ADIÇÃO 
Paciente com 41 anos 
 
 
 
7.8 MODELO DE PRESCRIÇÃO PARA LONGE + ADIÇÃO 
➢AMÉTROPE E PRESBITA 
Paciente com 41 anos 
 
ÓCULOS PARA PERTO - 1ª CASO 
Adição: 1,25 
Esférico positivo (+) = soma-se o valor do esférico + adição. 
OD → +2,00 + 1,25 = +3,25D 
Esférico negativo (-) = soma-se o valor do esférico + adição. 
OE → -2,00 + 1,25 = -0,75D 
O valor do cilíndrico permanece o mesmo. 
 
 A & W 31 
 
ÓCULOS PARA PERTO - 2ª CASO 
 
 
Adição: 1,25 (não visível na prescrição) 
Longe (esférico) = +2,00 D 
Perto (esférico) = +3,25 D 
OD → +3,25 – 2,00 = Adição de 1,25D 
 
Longe (esférico) = -2,00 
Perto (esférico) = -0,75 
OE → -0,75 – (- 2,00) = Adição de 1,25D 
 
 
 
8. A VISÃO 
 
8.1 BINOCULARIDADE OU VISÃO BINOCULAR 
Visão binocular ou Binocularidade consiste na coordenação e integração das informações que os olhos 
recebem separadamente (profundidade, largura, altura), sendo que a fusão no cérebro dessas duas imagens 
permite que se obtenha a formação de uma imagem única e tridimensional. 
PERCEPÇÃO: Cada olho capta uma imagem distinta em sua fóvea ou região da retina. 
FUSÃO: O cérebro unifica as imagens de cada olho sobrepondo-as e tornando uma só imagem. 
ESTEREOPSIA: O cérebro depois de unificar as imagens distintas, cria a sensação de volume e profundidade. 
 
8.2 DIPLOPIA OU VISÃO DUPLA 
Visão dupla de um objeto. Na diplopia ou visão dupla o paciente vê duas imagens em vez de uma, ou seja, é 
um sintoma em que um único objeto é “entendido” pelo cérebro como se tratasse de dois objetos. 
 
 
 
 
 
 
 A & W 32 
 
9. ANISOMETROPIA 
“Palavra que tem origem no grego significando “diferentes medidas” 
 
Classificação clínica: 
A anisometropia poder ser classificada pelo erro refrativo, magnitude da diferença refrativa, etiologia e 
contribuição dos componentes oculares. 
Anisometropia é o termo empregado a condição em que o erro refrativo é diferente entre os olhos. Quanto 
maior a diferença existente, maior a possibilidade de causar transtornos na visão binocular. 
Nas anisometropias não corrigidas, além das diferenças de tamanho das imagens também ocorrem 
diferenças de nitidez na formação das mesmas, porém, quando as imagens são focadas na retina, com óculos 
ou lentes de contato, a diferença de nitidez desaparece. 
 
 
A diferença de tamanho ou forma das imagens projetadas na retina recebe o nome de aniseiconia. 
 
 
9.1 CLASSIFICAÇÃO DA ANISOMETROPIA 
Pode ser classificada em: 
SEGUNDO O ERRO REFRATIVO: 
Hipermetropia simples: quando um olho é hipermetrope e o outro emétrope. 
Hipermetropia composta: quando ambos os olhos são hipermetropes. 
Miópica simples: quando um olho é míope e o outro emétrope. 
Miópica composta: quando ambos os olhos são míopes. 
Astigmática simples: quando um olho é astigmática e o outro não. 
Astigmática composta: quando ambos os olhos são astigmáticos. 
Antimetrópica: quando um olho é míope e o outro hipermetrope. 
 
 
SEGUNDO A MAGNITUDE DA DIFERENÇA REFRATIVA: 
0 a 2,00D (baixa): boa tolerância para correção total com óculos. 
2,01 a 6,00D (alta): problemas na integração binocular. 
+ 6,00D (muito alta): assintomático pela presença de supressão central. 
 
 
 
SEGUNDO A ETIOLOGIA: 
Congênitas: Glaucoma congênito, catarata congênita, blefaroptose, edemas dos tecidos periorbitários, após 
trauma obstétrico. 
Adquiridas: Traumas oculares, ou seja, lesões que deformem o bulbo ocular (extração unilateral do 
cristalino, cirurgia refrativa, ceratoplastia penetrante). 
 
 
 
 
 A & W 33 
 
SEGUNDO OS COMPONENTES OCULARES: 
Axial: Resultado das diferenças de comprimento dos eixos dos bulbos oculares, 
ou seja, quando a anisometropia é resultado da diferença no comprimento do 
eixo anteroposterior do globo ocular. 
Refrativa: Consequências da diferença no índice de refração dos meios ópticos 
entre os olhos ou nas curvaturas das superfícies oculares. 
 
 
9.2 SINTOMAS 
Os sintomas variam de acordo com o tipo de anisometropia. 
Todos os sintomas de uma anisometropia estão relacionados com as alterações binoculares. 
✓ Astenopia 
✓ Cefaléia 
✓ Fotofobia 
✓ Prurido 
✓ Hiperemia 
✓ Diminuição da AV 
✓ Visão imprecisa 
✓ Lacrimejamento 
 
Dados importantes: 
Analisadas 500 pessoas portadoras de anisometropias e que usam correção óptica verificou-se: 
✓ Cefaléia (67%) 
✓ Astenopia (67%) 
✓ Fotofobia (27%) 
✓ Dificuldade de leitura (23%) 
✓ Náuseas (15%) 
✓ Tontura (7%) 
✓ Fadiga geral (7%) 
✓ Percepção distorcida do espaço (6%) 
 
Anisometropia e Ambliopia: Ambliopia por anisometropia é a redução de visão resultante da refração 
desigual. 
Anisometropia e Anisoforia: Induzida pelos efeitos prismáticos das lentes corretoras. 
Aniseiconia: Diferenças de tamanhos as imagens formadas na retina, induzida pelo efeito prismático das 
lentes corretoras. 
 
9.3 CORREÇÃO DA ANISOMETROPIA 
A prescrição ótica através de óculos ou lentes de contato é a forma de tratamento mais apropriada para a 
correção das anisometropias. Assim, o objetivo é possibilitar a formação de imagens claras na retina de 
ambos os olhos. Muitas correções ópticas existem para correção da anisometropia, evite diferenças maiores 
que 3,00D positivas, isso para óculos, pois o mesmo leva ao aparecimento de aniseiconia e anisoforia e seus 
sinais e sintomas. 
Para uso de óculos, otimizar a adaptação e recomenda-se prescrição iseicônica 
 
 
 
 
 
 A & W 34 
 
10. AMBLIOPIA 
 
Ambliopia é a baixa da visão em um olho que não se desenvolveu adequadamente na infância, as vezes é 
chamado "olho preguiçoso". Isto ocorre apesar deste olho ser anatomicamente normal. É uma condição 
unilateral ou bilateral em que a acuidade visual corrigida é mais pobre do que 20/20 na ausência de qualquer 
evidência de anomalia estrutural ou doença ocular. O olho amblíope não apresenta um amadurecimento 
normal da visão e é detectado quando se identifica uma diferença de visão entre os dois olhos. 
A condição é frequente, acometendo 2 a 3% da população. 
A Ambliopia causa déficits e não apenas diminuição da acuidade visual, incluindo: 
✓ Maior sensibilidade aos efeitos de interação de contorno. 
✓ Distorções espaciais anormais e incertas. 
✓ Fixação monocular imprecisa e instável. 
✓ Reflexo ocular de perseguição lento. 
✓ Redução de sensibilidade ao contraste. 
✓ Resposta acomodativa imprecisa. 
A perda de acuidade visual na Ambliopia pode variar entre 20/25 (abaixo da AV normal) para 20/200 ou pior 
(cego funcional). 
A Ambliopia funcional só se desenvolve em crianças até os 6-8 anos, embora possa persistir pela vida toda, 
uma vez estabelecida. 
Um estudo de acuidade visual patrocinado pela National Eye Institute, descobriu que a ambliopia funcional 
é a principal causa da perda da visão monocular na faixa etária entre 20 a 70 anos, superando a retinopatia 
diabética, glaucoma, degeneração macular e catarata. 
 
 
10.1 DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA AMBLIOPIA 
Cada um dos olhos envia uma imagem para o cérebro que precisa “juntá-las” em uma só. Quando cada olho 
tem uma diferença na captação da imagem, o cérebro irá “receber” duas imagens muito diferentes entre si 
e não consegue trabalhar com elas, como defesa acaba eliminando automaticamente a imagem que vem do 
olho com baixa visão. Essa supressão faz com que não haja desenvolvimento de sua capacidade visual e ele 
vai ficar mais fraco (amblíope ou olho preguiçoso) 
A classificação da Ambliopia baseia-se nas condições clínicas responsáveis pelo seu desenvolvimento. Esta 
classificação serve como método prático

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