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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br Aula prática 1 – Microbiologia Professor Gabriel Dequigiovanni PARTE 1: Normas Para o Trabalho no Laboratório O laboratório é um lugar privilegiado para a realização de experimentos, possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas. Possui ainda local especial para manipulação das substâncias tóxicas, denominado capela, que dispõe de sistema próprio de exaustão de gases. O laboratório é um local onde há um grande número de substâncias que possuem os mais variados níveis de toxicidade e periculosidade. Este é um local bastante vulnerável a acidentes, caso não se trabalhe com as devidas precauções. As regras gerais de segurança em laboratório visam tornar o trabalho no laboratório uma atividade segura, minimizando os riscos de acidentes. Para tirar o máximo de proveito delas, é necessário que todos os usuários as conheçam e as pratiquem, desde o primeiro instante em que pretenderem permanecer em um laboratório. São regras simples, fáceis de memorizar e de seguir. I. INSTRUÇÕES GERAIS PARA LABORATÓRIO 1. Lembre-se de que o laboratório é um lugar para trabalhos sérios e não para experimentos ao acaso. 2. Compareça pontualmente às aulas nos dias e nos laboratórios designados para sua turma. 3. É obrigatório o uso de jaleco de mangas longas, calçado fechado e calça comprida para assistir as aulas práticas, sem essas condições o aluno não poderá assistir às aulas práticas. 4. Os materiais desnecessários à prática (bolsas, pastas, celulares) devem ser mantidos fora das mesas de trabalho. 5. Os materiais necessários na bancada são: o Roteiro de Aula Prática, lápis, caneta e borracha. Caso precisar de outro material será solicitado pelo professor. 6. É proibido fumar, comer e beber no laboratório. 7. Estudar previamente os roteiros de práticas e anotar as observações e resultados. 8. Realize somente os experimentos indicados ou autorizados. 9. Nunca prove uma droga ou uma solução. 10. Use somente o material e reagente que estiver sobre sua mesa, precisando de outros solicite ao professor, técnico ou monitor. 11. Não jogue material sólido na pia. 12. Ao lidar com vidrarias, proceda com cuidado para evitar quebras e cortes perigosos. 13. Não colocar os dedos ou as mãos na boca, no rosto ou em qualquer parte da pele durante as aulas 14. A seriedade e a ordem durante a realização dos experimentos são fundamentais para evitar acidentes. 15. Se ocorrer qualquer acidente (ferimento, queimaduras) ou quebra de materiais ou aparelhos chame imediatamente o professor. 16. Lembre-se que só você responde pela sua segurança. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br II. PRINCÍPIOS GERAIS DE TÉCNICAS A. Antes do Experimento: 1. Leia as práticas com antecedência para obter melhor aproveitamento das aulas. 2. Vista o avental (guarda-pó, bata). 3. Organize o seu campo de trabalho. 4. Verifique se o material está em condições adequadas (não utilize material trincado ou quebrado). 5. No início de cada trabalho prático, a superfície da bancada deve ser desinfetada com álcool 70%. 6. Deve-se ter sempre o cuidado de lavar e realizar a antissepsia das mãos, antes e após o término dos trabalhos realizados no laboratório. B. Durante o Experimento: 1. Leia duas vezes o rótulo dos frascos de reativos, antes de utilizá-los. Nunca utilize um reagente que não esteja identificado ou rotulado. Na dúvida solicite ajuda do professor. 2. Não manuseie sólidos e líquidos desconhecidos apenas por curiosidade. 3. Identifique imediatamente qualquer reagente ou solução preparada. 4. Para evitar contaminação das soluções: - Antes de introduzir pipetas nas soluções, certifique-se de que estão limpas; - Use sempre uma pipeta para cada reagente; - Não troque as rolhas ou tampas dos frascos dos reagentes; - Nunca devolva a solução para o frasco estoque; - Não use a mesma vidraria para medir substâncias ou soluções diferentes. 5. Nunca teste amostras ou reagentes pelo sabor. Não leve à boca qualquer reagente. 6. Para verificar o odor da substância, nunca leve o rosto diretamente sobre o frasco. Os vapores devem ser abanados com uma das mãos em direção ao nariz, enquanto se segura o frasco com a outra mão. 7. Não leve a mão à boca ou aos olhos enquanto estiver manuseando produtos químicos ou biológicos. 8. Reagentes voláteis ou tóxicos devem ser manuseados na capela. 9. Nunca deixe ou abra frascos de líquidos inflamáveis (éter, álcool, acetona, benzeno, etc.), nas proximidades de chamas. 10. Não circule no laboratório com frascos de álcool ou outros produtos voláteis e inflamáveis, quando a chama do Bico de Bünsen estiver acesa. 11. Não pipetar com a boca, os ácidos concentrados e outras substâncias perigosas, use pipetador ou pêra de sucção. 14. Não utilizar materiais escolares (lápis, caneta) para misturar substâncias. 15. O material volumétrico vem calibrado com água e uma temperatura determinada, conforme vem registrado (15°C, 20°C, 25°C). Estas vidrarias não podem ser secas em estufas a altas temperaturas. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br C. Depois do experimento: 1. Descartar os reagentes conforme recomendado em cada aula. 2. Lave os tubos e outros materiais utilizados. MANTER LIMPO TODO O MATERIAL É NOSSA RESPONSABILIDADE. 3. Todo material contaminado antes de ser lavado, deve passar pelo processo de esterilização, para que toda a sua flora microbiológica seja completamente destruída, evitando-se que o mesmo seja fonte de contaminação. 4. Todo material que deve ser esterilizado e/ou lavado (tubos, pipetas, placas frascos, etc.) deverá ser colocado em lugar indicado, ao final de cada atividade desenvolvida no laboratório. 5. Limpe e organize a bancada. 6. Fechar todos os bicos de gás e torneiras. 7. No término de cada trabalho prático, a superfície da bancada deve ser desinfetada com álcool 70%. 8. Lavar as mãos APÓS A AULA PRÁTICA. PARTE 2: Vidrarias e Manuseio de Material de Laboratório A – MATERIAL DE ROTINA NO LABORATÓRIO O estudante deve conhecer o material que será utilizado no laboratório, saber manipulá-lo e ter conhecimento dos cuidados relativos à sua conservação. VIDRARIAS Placa de Petri: São recipientes redondos, de vidro ou plástico, com tampa rasa. Geralmente é recomendado determinar-se o seu diâmetro e altura, de acordo com o tipo de trabalho a ser realizado. As mais usadas medem cerca de 100 mm de diâmetro por 10 mm de altura. Balão de fundo chato: utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o tripé com tela de amianto. Balão de fundo redondo: utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado a rotaevaporador. javascript:void(0) javascript:void(0) http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TRIPÉ http://www2.fc.unesp.br/lvq/teladeamianto.gif javascript:void(0) javascript:void(0) http://www2.fc.unesp.br/lvq/rotoevaporador.gif CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br Balões volumétricos: Podem ser de vidro comum ou pirex, com diversas capacidades. Medem um volume exato, a uma determinada temperatura, geralmente 20o C, podendo ser utilizados sem erro apreciável a 20o C 8o C. Utilizados para o preparo de soluções. Por se tratar de vidrariavolumétrica aferida, não o submetem as altas temperaturas. Béqueres: geralmente de vidro pirex; diversas capacidades. São destinados a conter e não medir volumes e é de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. Erlenmeyer: Geralmente de vidro pirex; diversas capacidades. São destinados a conter volumes. Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. Alça de Drigalski: É obtido pela manipulação de uma vareta de vidro à chama do maçarico. Serve para espalhar suspensões de microrganismos na Placa de Petri contendo meio de cultura sólido. Deve ser flambada á chama antes e após o uso. Pipeta graduada: utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não pode ser aquecida. ser lavadas e enxaguadas com água destilada logo após o uso, principalmente quando se medir líquidos viscosos. Pipeta volumétrica: usada para medir e transferir volume de líquidos. Não pode ser aquecida pois possui grande precisão de medida. ser lavadas e enxaguadas com água destilada logo após o uso, principalmente quando se medir líquidos viscosos. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#TELA DE AMIANTO javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br Proveta: podem ser de vidro comum ou pirex com diversas capacidades. Serve para medir e transferir volumes de líquidos com precisão de até 0,5% (Mais preciso que um béquer ou erlenmeyer. Não pode ser aquecida. Tubo de ensaio: De vidro pirex comum, de diversos tamanhos. Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a chama do bico de Bünsen. Quando aquecidos devem ser agitados continuamente para evitar borbulhamento intenso. Existem tubos especiais para centrífugas, utilizados em reações químicas, que formam substâncias insolúveis, e que necessita de uma precipitação rápida por meio de um centrifugador. Bureta: aparelho utilizado em análises volumétricas para dispensar líquidos com grande exatidão. Pode-se livrar-se de quantidades de volume variáveis, devido às marcas de graduação e extensão. Lâminas de vidro: São de vidro claro e transparente, com formato retangular. São utilizadas para exame dos microrganismos em microscópio óptico. Lamínulas: São pequenas lâminas de vidro transparente, quadradas, finas, destinadas a cobrir as preparações contidas nas lâminas, nos ensaios a fresco. Também são usadas para o preparo de lâminas fixadas para uso por longos períodos. Tubos de Durham: São tubos de vidro pequenos e cilíndricos. Servem para captar o gás formado em uma fermentação. Vidro de relógio: peça de vidro de forma côncava. É usada em análises e evaporações. Não pode ser aquecida diretamente. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO DE BUNSEN http://www2.fc.unesp.br/lvq/prexp02.htm#BICO DE BUNSEN javascript:void(0) javascript:void(0) CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br Câmara de Newbauer: São escavadas, milimetradas e permitem contar o número de células contidas em um volume determinado de suspensão microbiana. Bico de Bünsen: Possuem uma entrada de gás ajustável que permite regular a composição de mistura de gás com ar. Ao acender o bico de gás, ter o cuidado de não abrir a entrada de gás antes de ter a mão à chama para acendê-lo. É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório, mas contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas, chapas de aquecimento e banho-maria. Estante para tubo de ensaio: é usada para suporte de tubos de ensaio. Pinça de madeira: usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento. Pinça metálica: usada para manipular objetos aquecidos. Pisseta ou frasco lavador: usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, álcool ou outros solventes. Tela: suporte para as peças a serem aquecidas. A função é distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de Bünsen. Tripé: sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto. C – MANIPULAÇÃO DO MATERIAL RECEBIDO PROCEDIMENTO GERAL PARA USO DE PIPETAS Quando usar uma pipeta (graduada ou volumétrica), coloque um pipetador adequado na parte superior do tubo de sucção. Nunca use a boca para encher as pipetas, e jamais coloque uma pipeta nos lábios, seja qual for o líquido que esteja sendo medido. javascript:void(0) javascript:void(0) http://www2.fc.unesp.br/lvq/mantadeaquecimento.gif javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br 1. Antes de medir o volume do líquido, lave a pipeta com uma pequena quantidade do líquido. 2. Encha a pipeta com o líquido, levando-o até 1 a 2 cm acima da marca da graduação. 3. Com o auxílio de um papel absorvente, remova todo o líquido que aderiu à parte externa da haste inferior. 4. Mantenha a pipeta na posição vertical e a marca no nível do seus olhos. 5. Deixe o líquido escorrer lentamente até que a parte inferior do menisco fique na posição correta. 6. Encoste a ponta da pipeta na parte interna do recipiente de trabalho (proveta ou balão volumétrico), e deixe o líquido escoar. 7. Remova a pipeta e lave-a sob água corrente ou conforme recomendações específicas. Leitura do nível de um líquido - menisco: para ler corretamente o nível de um líquido, é importante olhar pela linha tangente ao menisco, que é côncavo no caso de líquidos que aderem ao vidro, e convexo no caso de líquidos que não aderem ao vidro (mercúrio). O menisco consiste na interface entre o ar e o líquido a ser medido. O seu ajuste deve ser feito de modo que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha de referência ou traço de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano. CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL Av. Tito Muffato, n. 2317, Bairro Santa Cruz CEP: 85806-080, Cascavel (PR) Fone: (45) 3036-3653 | Fax: (45) 3036-3638 www.univel.br Parte 3: Atividades práticas 1) Identifique as vidrarias presentes na sua bancada com os nomes corretos utilizando as fichas de identificação disponíveis. 2) Utilizando a pipeta volumétrica. a. Adicionar água em um béquer de 50 mL. b. Com o auxílio de uma pipeta volumétrica, pipetar 10 mL de água destilada contida no béquer e transferir para um erlenmeyer de capacidade apropriada, conforme figura a. 3) Utilizando a pipeta graduada: a. Medir 5 mL de água e transferir para um Erlenmeyer adequado. b. Medir 7 mL de água e transferir para um Erlenmeyer adequado. 4) Utilizando a proveta. a. Coloque 20 mL de água em uma proveta de 50 mL. b. Com o auxílio de uma pipeta Pasteur adicione 20 gotas de água. Observe a variação de volume. c. Coloque 20 mL de água em um béquer de 50 mL. Em seguida, com o auxílio de uma pipeta Pasteur adicione 20 gotas de água. Observe a variação de volume. Compare com a variaçãoobservada para a proveta. 5) Aquecimento no bico de Bunsen. a. Adicionar 4 mL de água destilada em um tubo de ensaio. b. Segurar o tubo de ensaio com uma pinça de madeira presa próximo à parte superior. c. Aquecer a água, na chama, com pequena agitação, até a ebulição da água. Observação: Não manter o tubo de ensaio parado quando aquecido. Pode ocorrer projeção do líquido quente durante a ebulição. Parte 4: Exercícios 1) Qual é a importância do conhecimento das vidrarias para o trabalho em laboratório? 2) Existe diferença entre pipetagem com pipeta graduada e volumétrica? 3) Em qual instrumento foi possível observar melhor a variação de volume após a adição de 20 gotas de água no experimento com a proveta e o béquer? Qual dos dois instrumentos você julga ser melhor para medir o volume? Explique.